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Em 2016, os principais produtos importados pelo Brasil foram, em sua maioria, bens industrializados de média e alta complexidade tecnológica, como medicamentos, peças para veículos e componentes eletrônicos. Ao passo que a balança comercial brasileira demonstrava superávit pela exportação de produtos primários e agropecuários, a dependência estrutural de produtos industrializados permaneceu como marca da economia brasileira. Essa configuração expressa os efeitos históricos da Divisão Internacional do Trabalho (DIT), aprofundada no contexto da globalização e impulsionada pelas dinâmicas de especialização produtiva. Como destacam autores como Milton Santos (2006) e Octavio Ianni (2002), os países subdesenvolvidos participam de maneira subordinada da economia global, sendo fornecedores de matérias-primas e consumidores de tecnologias desenvolvidas nos países centrais. Essa lógica impõe desafios ao desenvolvimento autônomo, à soberania tecnológica e à redução das desigualdades globais. Os países desenvolvidos concentram investimentos em pesquisa e inovação, consolidando a liderança industrial e tecnológica. Já os países periféricos, como o Brasil, enfrentam obstáculos para consolidar cadeias produtivas completas, resultando em desequilíbrios estruturais nas balanças comercial e tecnológica. Com base no gráfico apresentado e nos dados da balança comercial brasileira, responda: quais as causas estruturais da dependência brasileira em relação às importações de bens industrializados e de alto valor agregado? Quais implicações econômicas, tecnológicas e geopolíticas dessa dependência para o país no contexto da globalização? image1.jpeg image2.png Em 2016, os principais produtos importados pelo Brasil foram, em sua maioria, bens industrializados de média e alta complexidade tecnológica, como medicamentos, peças para veículos e componentes eletrônicos. Ao passo que a balança comercial brasileira demonstrava superávit pela exportação de produtos primários e agropecuários, a dependência estrutural de produtos industrializados permaneceu como marca da economia brasileira. Essa configuração expressa os efeitos históricos da Divisão Internacional do Trabalho (DIT), aprofundada no contexto da globalização e impulsionada pelas dinâmicas de especialização produtiva.