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A eficiência marginal do capital
No capítulo 11 da TG, Keynes vai apresentar um importante conceito para as tomadas de decisões relativas ao investimento.
	O que é o investimento?
	É aquisição de um bem de capital (Bk ), em que se buscam dele rendimentos pelo tempo de vida do bem de capital.
	Decisões de investimento na teoria de Keynes referem-se às decisões de acumular ativos fixos de capital, ou seja, a planta industrial e os equipamentos. A principal característica desses ativos é a longa duração.
 Assim, a Teoria do Investimento em Keynes é baseada em dois elementos:
•	É a interpretação subjetiva que domina sobre os dados correntes quando as decisões de investimento são tomadas;
•	As decisões de investimento dependem das expectativas de longo prazo. (fluxo de caixa esperado de um bem de capital recentemente produzido).
O que determina a decisão de I?
•	A eficiência marginal do capital (EMgK ) e a taxa de juros.
•	A EMgK depende de 2 elementos:
a)	Fluxo de renda esperada: rendas futuras que se espera obter da venda dos produtos gerados por um investimento ou compra de um bem de capital, enquanto durar esse capital, e depois de deduzidas as despesas correntes para obtenção dos produtos.
Q1, Q2... Qn renda esperada do investimento.
(esta série expressa os rendimentos anuais, por exemplo, provenientes das vendas da produção de uma fábrica).
b)	Preço de oferta do bem de capital: preço que bastaria para induzir um fabricante a produzir uma nova unidade suplementar desse capital, isto é, o custo de reposição.
 
•	A relação entre a renda esperada de um bem de capital e seu preço de oferta ou custo de reposição, isto é, a relação entre a renda esperada de uma unidade adicional daquele tipo de capital e seu custo de produção. Ou seja, a eficiência marginal do capital é a razão ou proporção dos dois elementos tratados acima. Trata-se da taxa de desconto que tornaria o valor presente do fluxo de anuidades das rendas esperadas desse capital, durante toda a sua existência, exatamente igual ao seu preço de oferta.
•	Preço de oferta =
 
𝑸𝟏 /(𝟏 + 𝒓) + 𝑸𝟐/(𝟏 + 𝒓) ^2 +𝑸𝟑/(𝟏 + 𝒓)^ 𝟑 + ⋯ +	𝑸𝒏/(𝟏 + 𝒓) 𝒏
 •	EMgK = r (ou taxa de desconto)
•	É um conceito que equivale a taxa interna de retorno da
teoria das finanças.
•	A EMgK depende da taxa de retorno que se espera obter do dinheiro investido num bem recentemente produzido e não do resultado histórico obtido por um investimento em relação ao seu custo original.
•	Exemplo: se a taxa de desconto é igual a 10%, cada real esperado dentro de um ano vale, portanto, 90,91 centavos (1 real dividido por 1,10). Em seguida, 82,65 centavos investidos agora a 10% aumentarão até 1 real em dois anos. Assim, o valor atual de cada anuidade seria descontado da mesma maneira para tornar o conjunto de todas as anuidades igual ao preço de oferta corrente ou custo de reposição de sua fonte.
 •	Outro exemplo: considere que se quer ampliar a fábrica e se espera obter uma renda de R$ 1.100 mil no 1° ano e R$ 2.420 mil no final do 2º ano, tempo útil do equipamento. O custo de construção é de R$ 3.000 mil. Usando a fórmula chegaremos a uma taxa de 10% que é aquela que igualará o valor do rendimentos futuros ao preço de oferta corrente.
•	A eficiência marginal desse capital diminui à medida que o investimento aumenta (a EMgK é decrescente):
i.	a pressão sobre as fábricas produtoras daquele dado tipo de capital causará, normalmente, uma elevação de seu preço de oferta; (as perspectivas de lucro caem à medida que a oferta do capital é aumentada e a pressão sobre as fábricas de bens de capital faz subir o preço de oferta desses bens).
ii.	o aumento do estoque de capital resultante de sucessivas decisões de investimento produz uma redução da “escassez do capital”, diminuindo assim o fluxos de quase-renda esperada do bem de capital recentemente produzido.
•	O investimento é escasso. Quanto menos escasso é o capital (o investimento), menores são seus retornos (a EMgK). Por isso, a curva tem inclinação negativa.
•	Assim, a EMgK tem uma escala decrescente em relação ao investimento.
•	O investimento envolve a comparação entre a EMgK e a taxa de juros. Assim, o investimento ocorre enquanto a EMgK é maior que a taxa de juros. Quando a taxa de juros cai, aumenta investimento. Por outro lado, quando não houver mais investimentos para os quais a EMgK exceda a taxa de juros, o investimento se deterá.
•	O incentivo para investir depende, em parte, da curva de demanda por investimento e, em parte, da taxa de juros.
•	EMgK > i . SeEMgK

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