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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Denominação competência: Privativa Tributos: Impostos, como regra. Entidades Políticas União, Estados, Municípios e DF Denominação competência : Comum Tributos> Taxas e Contribuições Melhoria Entidades políticas> União, Estados, Municípios e DF Competencia Cumulativa Tributos> Impostos em Geral Entidades políticas União e DF Competência Residual Impostos e Contribuições Seguridade Social União COMPETENCIA> Extraordinária TRIBUTO> Imposto Extraordinário Guerra ENTIDADES POLITICAS: União COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – RESUMO No Brasil, a competência tributária: a) É estabelecida em lei (artigos 153 a 156 da Constituição de 1988.); b) Obedece ao Princípio do Federalismo; c) Estabelece que o contribuinte é súdito, ao mesmo tempo, de 3 Governos distintos. Competência Tributária é a distribuição aos entes políticos de parcelas do Poder de Tributar; ⮚ A CF não cria nenhum tributo – apenas outorga competência para que os entes políticos o façam ; ⮚ O exercício da competência tributária pelos entes políticos se dá por meio da edição de leis (competência legislativa); ⮚ A competência tributária é indelegável, irrenunciável, incaducável, inalterável e facultativa; ⮚ Competência Tributária pode ser: ⮚ Privativa: atribuída privativamente a um único ente politico ⮚ Comum: atribuída a todos os entes políticos ⮚ Residual: somente à União - impostos residuais (CF/88, art. 154, I) ⮚ Extraordinária: somente à União - IEG (CF/88, art. 154, II) ⮚ Cumulativa: impostos nos Territórios e no DF (CF/88, art. 147) ⮚ Embora a competência tributária seja indelegável, a capacidade tributária ativa pode ser atribuída a outra pessoa jurídica de direito público (funções de arrecadar, fiscalizar tributos ou executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas); PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA I –Não pode exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; LEI é em sentido estrito – Lei Ordinária ou Lei Complementar Lei Complementar: - aprovada por maioria absoluta; - exigida em matérias específicas da Constituição. (quando há aprovação de 50% mais 1 do total de membros de cada casa. No Senado Federal, por exemplo, a maioria absoluta só acontece com voto favorável de 41 senadores (81 ao todo) Lei Ordinária: - aprovada por maioria simples; - exigida de modo residual, nos casos em que não houver a expressa exigência de lei complementar (Maioria simples alcançada 50% mais 1 dos deputados e/ou senadores presentes à sessão de cada casa do Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputados). PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE v *As vezes a lei é publicada mais ela precisa esperar um prazo para entrar em vigor PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE Para instituir um tributo ou aumentá-lo para o exercício financeiro seguinte, a lei deverá ser publicada até, no máximo 31 de dezembro do ano anterior. EXCEÇÕES a) alterações de alíquotas - Impostos Federais Impostos: II (importação), IE (exportação), IPI (produtos industrializados) e IOF (operações financeiras) PRINCÍPIO DA NOVENTENA/ NONAGESIMAL Veda a cobrança de alguns tributos antes de decorridos o prazo de 90 (noventa) dias desde a data em que tenha sido publicada a lei que os instituiu ou majorou EXCEÇÕES ⮚ ao Princípio da Anterioridade de Exercício • Empréstimo Compulsório de calamidades ou guerra (art. 148, I, CF) • Impostos Extrafiscais: II, IE, IPI e IOF (art. 150, § 1º, CF) • Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154, inciso II, CF) • E outros... DIFERENTE> Irretroatividade é princípio geral do Direito e se aplica no direito tributário e quer dizer que a lei deve ser anterior ao fato gerador do tributo por ela criado ou majorado (CF, art. 150, III, “a”). Significa que a lei não volta no tempo. Uma lei publicada hoje não vale ontem. Anterioridade é princípio constitucional tributário, exige lei anterior ao início do exercício financeiro no qual o tributo é cobrado (CF, art. 150, III “b”). Não é voltar no tempo, mas dar tempo às pessoas de se adaptarem a uma mudança que acabou de ocorrer. PRINCÍPIO DA ISONOMIA/IGUALDADE Princípio da Igualdade (CF, art. 5º, caput) Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade Princípio da Isonomia (CF, art. 150, II) É vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade (Aristóteles) Não ferem o Princípio da Isonomia: ✔ A pessoalidade e a gradação dos tributos, principalmente impostos, em atendimento à capacidade contributiva (art. 145, § 1º da CF). Ex: IRPF ✔ Tratamento diferenciado às ME, EPP ✔ Seletividade de alíquotas de IPI e ICMS em razão da essencialidade. Ex: tributo que incide na bebida x tributo que incide no alimento. ✔ Tratamento diferenciado de IPVA dependendo do uso do veículo. Ex: deficiência em se locomover é isento. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA A Constituição define expressamente quais impostos podem ser cobrados pela União, pelos estados e pelos municípios, sendo esta divisão denominada competência tributária PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte … Caráter pessoal: leva em consideração condições pessoais do contribuinte Ex.: Imposto de renda - valor total da renda, despesas dedutíveis, número de dependentes…