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Estrutura e Funcionamento da Educação Básica 1 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 Caro aluno, Vamos iniciar uma nova disciplina no curso de Pedagogia e estudaremos os aspectos legais que dão as orientações para a organização das escolas e que também estruturam as relações entre as diferentes esferas administrativas e os órgãos gestores dos sistemas de ensino. Esse curso tem o objetivo de apresentar a construção social e histórica da legislação educacional brasileira e estudar a segunda Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96, destacando, inicialmente, os fi ns e princípios da e educação brasileira e, a seguir, as atribuições e competências das diferentes esferas de poder executivo, os níveis e modalidades de ensino. O conhecimento e a compreensão da estrutura e do funcionamento da educação básica brasileira permitem perceber a abrangência e a importância da educação nacional como um processo social que alcança o que há de mais profundo na vida da sociedade. Em 5 de outubro de 1988, tivemos a promulgação da nossa atual Constituição Federal, na qual a educação nacional é considerada como um direito social e tem defi nidos seus fi ns, princípios, sua estrutura e seu funcionamento. Em 20 de dezembro de 1996, foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso a nova Lei de Diretrizes e Bases da Fins e Princípios da Educação Nacional 5 10 15 20 25 2 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 Educação Nacional, sob o número 9.394, publicada no Diário Ofi cial da União em 23 de dezembro de 1996. 1 FINS E PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO NACIONAL Antecedentes da nova LDB A primeira proposta do projeto de lei para a nova LDB foi apresentada em dezembro de 1988 pelo Deputado Otávio Elísio (PSDB-MG) na Câmara dos Deputados e recebeu o nº 1.158- A/88. O deputado Jorge Hage (PSDB-MG), relator da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados, apresentou um substitutivo à proposta original. As discussões sobre elas foram até o fi nal do mandato legislativo de 1987 a 1990. No mandato seguinte, de 1991 a 1994, as discussões sobre a nova lei abrangeram instituições científi cas, acadêmicas e estudantis, movimentos sindicais, sindicatos de professores, de trabalhadores em educação, de donos de escolas, entidades de classe e outros interessados, e o substitutivo apresentado pelo deputado Jorge Hage incorporou muitos projetos e emendas. Em 13 de maio de 1993, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei substitutivo e encaminhou-o para aprovação ao Senado Federal. A aprovação do projeto de lei substitutivo não se realizou devido a muitas discordâncias, o que levou o senador Cid Sabóia de Carvalho a apresentar esse projeto à Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O texto 5 10 15 20 3 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 apresentado estava coerente com as discussões realizadas pelos deputados e representantes da sociedade civil ligados à questão educacional. Afi nal, o que aconteceu? No novo mandato legislativo, de 1995 a 1998, sem a aprovação do projeto de lei apresentado, em 1995, o Ministério da Educação enviou um novo projeto de LDB, assinado pelo senador Darcy Ribeiro. Esse projeto substitutivo não se assemelhava ao projeto aprovado pela Câmara dos Deputados e debatido por vários anos pelos deputados e representantes interessados em educação da sociedade civil. Os senadores, pressionados para a aprovação do projeto apresentado pelo senador Darcy Ribeiro, gravemente doente, e pelo apoio ao governo de 60 dos 81 senadores, discutiram as duas propostas ao mesmo tempo. O senador Darcy Ribeiro apresentou muitas versões de seu projeto, nas quais procurava incorporar emendas que visaram à diminuição das resistências. Houve críticas sobre a forma irregular como o projeto da LDB do governo foi apresentado ao Senado Federal; defensores do projeto aprovado pela Câmara dos Deputados, como o professor Florestan Fernandes, argumentaram que o projeto do governo possuía caráter genérico, centralizador e privatista. 5 10 15 20 4 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 O projeto aprovado pela Câmara dos Deputados foi arquivado e, em janeiro de 1996, foi aprovado pelo Senado Federal o projeto apresentado pelo senador Darcy Ribeiro. O projeto voltou à Câmara dos Deputados, e o relator foi o deputado José Jorge (PFL-PE); foi aprovado em 17 de dezembro de 1996 com pequenas alterações que não contrariaram o projeto. Em 20 de dezembro de 1996, o presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, transformou-o na Lei nº 9.394/96, publicada no Diário Ofi cial da União em 23/12/1996. Finalmente, a educação básica torna-se direito para todo cidadão brasileiro. Conceituação da lei Antes de iniciarmos a discussão sobre a Lei 9.394/96 propriamente dita, vamos tratar dos conceitos da lei. A Lei 9.394/96 teve como base para sua elaboração os princípios orientadores da Constituição Federal, em primeiro lugar, e depois do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. A escrita das leis segue um mesmo critério: são escritas por meio de artigos, incisos e parágrafos, por exemplo, Constituição Federal, Constituições Estaduais, leis orgânicas, leis complementares, decretos, resoluções, pareceres, deliberações, indicações, regimentos. A partir da Constituição Federal, cada Estado e o Distrito Federal devem elaborar as Constituições Estaduais, e os Municípios, 5 10 15 20 5 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 as leis orgânicas, e, a partir desses dispositivos legais, defi nirem as regras que orientarão seus respectivos sistemas de ensino. • Artigo, inciso, parágrafo e alíneas: - artigo: segundo Acquaviva (2005, p.156), elemento estrutural da lei que consiste em sua unidade básica; - inciso: segundo Acquaviva (2005, p.471), o inciso, também denominado de item, é elemento estrutural da lei que divide o artigo ou o parágrafo, atuando de forma a discriminar aquele quando o assunto não possa ser condensado nem constituir parágrafos; - parágrafo: segundo Acquaviva (2005, p.627), elemento natural da lei que consiste na imediata divisão de um artigo, versando sobre assunto complementar ao trecho em que fi gura, explicando a disposição principal; - alínea: segundo Acquaviva (2005, p.131), elemento estrutural da lei, consistente numa das subdivisões do artigo, assinalada por uma letra, destacada por intermédio de um parêntese, assim, a)...b)... • Indicação, parecer, deliberação e resolução: O Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão colegiado do Ministérioda Educação (MEC) e os Conselhos Estaduais de Educação (CEE´s), órgãos colegiados das Secretarias Estaduais da Educação (SEE) e Conselhos Municipais de Educação (SME´s), órgãos colegiados das Secretarias Municipais de Educação usam como instrumentos para a elaboração das orientações emanadas pela Constituição Federal leis complementares, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei 9.394/96 (LDBEN), indicações, pareceres, deliberações e resoluções. 5 10 15 20 25 6 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 As Secretarias de Educação Estaduais e Municipais usam como instrumentos de orientação as resoluções. • Portaria, comunicado: - os órgãos de administração do sistema usam as portarias e os comunicados para expedir suas orientações e determinações. • Regimento: - as instituições de ensino e os colegiados elaboram seus regimentos internos. O regimento é um documento legal interno das instituições que determina as atribuições e competências dos integrantes da instituição e as relações destas com a comunidade. Constituição Federal de 1988 A Constituição Federal de 1988, chamada por Ulisses Guimarães de “Constituição cidadã”, no capítulo III, determina os fi ns, princípios da educação, cultura e desporto, sendo que a seção I trata da educação. Nessa seção, do artigo 205 ao 214, encontram-se os fi ns e princípios da educação nacional, prevendo a estrutura e o funcionamento dela. Dos textos constitucionais brasileiros, o atual é o que tratou a educação no Brasil de forma mais detalhada. 5 10 15 20 7 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 Podemos reagrupar os nove princípios educacionais citados na Constituição em: • condições de garantia da universalidade do ensino escolar: inciso I – igualdade de condições de acesso e permanência na escola e inciso VI – gratuidade do ensino público; • princípio da expressão da liberdade: inciso II- liberdade de pensamento e de sua expressão; inciso III – pluralidade de ideias e de concepções pedagógicas; IV-respeito à liberdade e à tolerância; inciso V – espaço para a livre iniciativa na oferta do ensino; • princípios relacionados ao conteúdo do ensino: inciso IX – garantia do padrão de qualidade; inciso X – valorização da experiência humana; • princípios relacionados com o mundo sociocultural: inciso XI – vinculação entre a educação, o trabalho e as práticas sociais; • princípio de democratização do poder: inciso VIII- gestão democrática do ensino público. A LDBEN 9.394/96, seguindo os princípios constitucionais e ampliando-os, apresenta as diretrizes e bases da educação nacional em nove títulos e 92 artigos. Apresentaremos a lei fazendo uma síntese de seus artigos. A lei inicia pela conceituação de educação, no art. 1º. Dispõe sobre os princípios e fi ns da educação escolar nos arts. 2º ao 7º; descreve a organização do ensino nos arts. 8º ao 20; defi ne os níveis da educação básica, que são a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, e as modalidades do ensino básico, que são a Educação de Jovens e Adultos, Educação Profi ssional e Educação Especial e o Ensino Superior nos arts. 21 ao 60; trata das condições dos profi ssionais da educação nos arts. 61 ao 67; determina a procedência e os critérios de uso dos recursos fi nanceiros destinados à educação 5 10 15 20 25 30 8 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 nos arts. 68 ao 77; do artigo 78 ao 92 estabelece as disposições gerais e transitórias para a aplicação da lei. Título I – Da educação Art 1º - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º - Esta lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º - A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. A educação é conceituada no caput do artigo, conforme o entendimento dos legisladores que aprovaram a lei e é entendida como todos os processos formativos que ocorrem de diferentes maneiras e nas diversas instâncias da sociedade. No parágrafo primeiro, explicita que educação escolar é aquela que ocorre por meio do ensino, em instituições próprias. Signifi ca que a LDB cuida somente da educação escolar. Os outros processos formativos, que ocorrem em outras instâncias 5 10 15 20 9 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 sociais, podem ser considerados educação, porém não educação escolar. No parágrafo segundo, complementa o conceito de educação escolar defi nindo os dois princípios que devem norteá-la: a vinculação ao mundo do trabalho e à prática social. Podemos entender os dois objetivos principais da educação escolar: preparar o aluno para o trabalho e para o convívio social. A educação apresenta como novo mapa de referência para a escola e para o processo educativo a prática social, o mundo do trabalho, movimentos sociais e manifestações culturais. Título II – Dos princípios e fi ns da educação nacional Art. 2º - A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nas ideias de solidariedade humana, tem por fi nalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualifi cação para o trabalho. Reproduz de forma mais simplifi cada o que está no art. 205 da Constituição Federal de 1988, pois não cita que a educação deverá ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, como consta na Lei Maior. Devemos entender que a educação é um direito de todos, e é dever da família e do Estado proporcionar as condições para que esse direito seja usufruído. O Estado, seja a esfera federal, estadual ou municipal, deve garantir as vagas nas escolas públicas aos alunos, aos pais o dever de matricular seus fi lhos na escola e ao aluno o direito de estudar. As fi nalidades da educação brasileira são: 1- o pleno desenvolvimento do indivíduo, também previsto no art. 205 da CF; 5 10 15 20 25 10 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 2- o preparo para o exercício da cidadania está vinculado à qualifi cação para o trabalho, assim como 3- a prática social está vinculada ao mundo do trabalho, e ambos constituem os principais elementos da concepção de educação. O título II da LDB, apesar de conter apenas dois artigos, pode ser considerado como um dos mais importantes, pois expressa de maneira clara os princípios que devem norteara educação brasileira e suas fi nalidades. Art. 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I-igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II-liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III-pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV-respeito à liberdade e apreço à tolerância; V-coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI-gratuidade do ensino público em estabelecimentos ofi ciais; VII-valorização do profi ssional da educação escolar; VIII-gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX-garantia de padrão de qualidade; 5 10 15 20 25 11 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 X-valorização da experiência extra-escolar; XI-vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. O art. 3º repete o que está disposto no art. 206 da CF e amplia-o apresentando onze incisos, e o art. 206 da CF, nove. Eles são os princípios que signifi cam as ideias, os conceitos e as concepções que regem a educação brasileira. O inciso I do art. 3º da LDB repete o inciso I do art. 206 da CF e diz respeito à igualdade de condições para acesso e permanência na escola, que signifi ca criar condições para os cidadãos para o acesso à escola, por meio de ofertas de vagas nas escolas públicas aos que nela quiserem estudar. A permanência na escola, com sucesso, torna-se tão importante quanto o acesso à escola. O acesso e a permanência com sucesso signifi cam a qualidade de ensino que o cidadão deve ter para usufruir integralmente o direito à educação. O inciso II repete o inciso II do art. 206 da CF. A colocação desse princípio refl ete a coerência da concepção de educação para a construção do cidadão para uma sociedade democrática: liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber. O inciso III está integrado ao inciso V e ambos estão contidos no inciso III do art. 206 da CF: pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino, que também fazem parte de uma concepção de educação democrática. Signifi ca que as instituições privadas de ensino têm a garantia de oferecer ensino como uma garantia constitucional. O inciso IV, respeito à liberdade e apreço à tolerância, revela quais são os valores humanos que devem reger o ensino, que 5 10 15 20 25 30 12 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 são fundamentais à educação e que não está contemplado no art. 206 da CF. A LDB 9.394/96, lei complementar, pode e deve ampliar as ideias e concepções presentes na CF sem que isso signifi que ilegalidade ou inconstitucionalidade. O inciso VI repete o inciso IV do art. 206 da CF, gratuidade do ensino público em estabelecimentos ofi ciais; está colocado como princípio e não como obrigatoriedade, o que não garante que todos os níveis de ensino das escolas públicas não sejam privatizados. O inciso VII repete, com menor abrangência, o inciso V da CF, valorização do profi ssional da educação escolar, o que signifi ca que excluiu os trabalhadores não-docentes da categoria de profi ssionais da educação. O inciso VIII do art. 3º da LDB, gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino, repete o inciso VI do art. 206 da CF e é o princípio mais importante para os que defendem a educação pública democrática, gratuita e laica. O inciso IX do art. 3º está presente no inciso VII do art. 206 da CF, garantia de padrão de qualidade, porém, o difícil é deixar claro o que signifi ca o padrão de qualidade. O inciso X do art. 3º não aparece na CF e signifi ca reconhecer a importância das diferentes propostas pedagógicas existentes no princípio valorização da experiência extraescolar. É importante reconhecer o papel dos conteúdos sistematizados trabalhados pela escola. O inciso XI do art. 3º reforça a ideia já presente no art. 2º, como concepção de educação; apresenta-se também como princípio norteador da educação e do ensino brasileiro, 5 10 15 20 25 30 13 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 preparar o aluno para o trabalho e para a convivência em sociedade. Título III – Do direito à educação e do dever e educar Art. 4º - O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: I-Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II-progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao Ensino Médio; III-atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino; IV-atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a cinco anos de idade; V-acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI-oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII-oferta de educação regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola; VIII-atendimento ao educando, no Ensino Fundamental público, por meio de programas suplementares de 5 10 15 20 25 14 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; IX-padrões mínimos de qualidade de ensino, defi nidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Este artigo da LDB determina quais são os deveres do Estado na oferta da educação escolar pública para os cidadãos brasileiros. Retoma os deveres no caput do artigo e sete de seus incisos são os que estão apresentados no art. 208 da CF, sendo que três parágrafos fi nais desta estão contemplados em outras partes da Lei 9.394/96. Os deveres apresentados são as obrigações que devem ser cumpridas e que estão previstas nos seus incisos e representam as garantias mínimas a serem respeitadas na oferta da educação escolar pública. O inciso I do art. 4º dispõe que o Estado deve oferecer Ensino Fundamental gratuito para todos, inclusive para os que não tiveram acesso na idade própria. A Educação de Jovens e Adultos, antiga suplência, atende aos jovens, adultos e idosos que não estudaram na idade própria. O inciso II do art. 4º se assemelha ao inciso II do art. 208 da CF, que trata da progressiva extensão da obrigatoriedade e da gratuidade ao Ensino Médio; pode ser entendido como futura proposta para esse nível de ensino. A lei não deixa claro quando vai ocorrer, e já estamos há quinze anos da promulgação da Constituição Federal, ehá onze anos da LDBEN. O inciso III do art. 4º coincide com o texto constitucional no inciso III do art. 208, ao estabelecer qual deve ser a política educacional quanto à Educação Especial quando determina o “atendimento educacional especializado gratuito aos educandos 5 10 15 20 25 30 15 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”. O inciso IV do art.4º retrata o inciso IV da CF, que foi alterada pelo EC 53/96, em que atualmente consta: “Educação infantil, em creches e pré-escolas, às crianças até 5 (cinco) anos de idade” (NR), e não apresenta o que dispõe na LDB, que acrescenta a palavra “gratuito”. O inciso V do art. 4º, assim como o inciso V do art. 208 da CF, contempla o direito de todas as pessoas ao acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, porém, é limitado o direito quando acrescenta “segundo a capacidade de cada um”. O inciso VI do art. 4º coincide com o inciso VI do art. 208 da CF; dispõe sobre o dever do Poder Público quanto à “oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do aluno”. O problema está no entendimento desse princípio, que pode signifi car um ensino com menos conteúdo que o diurno. O inciso VII do art. 4º da LDB não está escrito na CF e afirma como dever do Estado a “oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola”. O cuidado no entendimento desse princípio é o da não-discriminação dessa educação escolar, na forma de ensinar ou na redução do conteúdo a ser ensinado. O inciso VIII do art. 4º retrata o inciso VII do art. 208 da CF, que cuida das condições objetivas da permanência dos alunos na escola, quando as condições socioeconômicas são adversas. O inciso IX do art. 4º que não está contemplado na CF, dispõe sobre padrões mínimos de qualidade de ensino, defi nidos 5 10 15 20 25 30 16 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 como variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino- aprendizagem. Apesar de defender a qualidade de ensino, não defi ne objetivamente quais são os critérios para que sejam elencados os padrões mínimos de qualidade de ensino; nesse sentido, pode incluir tudo. Art. 5º - O acesso ao Ensino Fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo. § 1º- Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de colaboração, e com a assistência da União: I-recensear a população em idade escolar para o Ensino Fundamental, e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso; II-fazer-lhes a chamada pública; III- zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. § 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino religioso obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis 5 10 15 20 17 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. § 3º - Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da CF, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente. § 4º - Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade. § 5º - Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior. O § 1º do art. 208 da CF está explicitado no caput do art. 5º da LDB e, de forma mais abrangente, explica o que é “direito público subjetivo” — aquele que pode exigir vaga para o acesso ao Ensino Fundamental para toda e qualquer criança que esteja fora da escola: “qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo”. O § 1º do art. 5º da LDB defi ne as competências dos estados e municípios, em regime de colaboração e contando com a ajuda da União, em três incisos, das medidas que devem ser tomadas para que o direito de acesso ao Ensino Fundamental seja garantido. O inciso I trata de uma das medidas que deve ser realizada pelo Poder Público, que é o recenseamento da população em idade escolar, de sua região, tanto da população em idade escolar, 5 10 15 20 25 30 18 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 como aquela que, embora fora da idade, não tenha frequentado o Ensino Fundamental. O inciso II, outra medida que é dever do Poder Público — a chamada da população para a matrícula. O inciso III, terceira medida, que é dever do Poder Público fazer com que os pais e responsáveis se responsabilizem pela frequência do aluno na escola. Esses três incisos estão agrupados no § 3º do art. 208 da CF. O § 2º do art. 5º regulamenta a importância do dever do Poder Público, em oferecer vagas no ensino fundamental para todos e depois o atendimento aos demais níveis e modalidades de ensino. O § 3º do art. 5º dispõe sobre a legitimidade de exigência, junto ao Ministério Público, do cumprimento do dever de garantir vagas para todos no Ensino Fundamental a “qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, ao Ministério Público”. Há a responsabilização da autoridade competente, sendo que a ação judicial será gratuita e de rito sumário, constando no § 2º do art. 208 da CF e do § 3º do art. 5º da LDB. O § 4º do art. 5º da LDB reafi rma a possibilidade de processar a autoridade competente, e só poderá ocorrer se houver a comprovação da negligência do Poder Público. O § 5º do art. 5º abre novas possibilidades para que o Poder Público ofereça acesso aos diferentes níveis de ensino, como forma de abrir novas possibilidades de atendimento, como, por exemplo, a Educação de Jovens e Adultos à distância. Art. 6º - É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade, 5 10 15 20 25 30 19 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 no Ensino Fundamental (obs.: redação dada pela Lei nº 11.114/05). Esse artigo complementa o art. 5º, como dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores no Ensino Fundamental, já a partir dos seis anos de idade. É direito das crianças o acesso ao Ensino Fundamental a partir dos seis anos. Art. 7 º - O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I-cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino; II-autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público; III-capacidade de autofi nanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da CF. O art. 7º prevê o direito à iniciativa privada de oferecer ensino e explicita nos três incisos as condições de como fazê-lo. Os incisos I e II já estavam previstos nos incisos I e II do art. 209 da CF. É o inciso III que faz referência ao art. 213 da CF e que trata da destinação das verbas públicas à iniciativa privada quando as escolas forem comunitárias, confessionais ou fi lantrópicas, comprovem fi nalidade não-lucrativa, apliquem seus excedentes fi nanceiros em educação e assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, fi lantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no encerramento de suas atividades. O § 1º do art. 213 da CF abre a possibilidade de destinação de recursos públicos às instituições privadas de ensino se o atendimento ao Ensino Fundamental se encontrar em duas situações: não ser possível pela escola pública devido à 5 10 15 20 25 30 20 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 inexistência ou falta de vagas na região onde o aluno mora ou o aluno demonstrar falta de recursos. É importante lembrar aqui que a questão da destinação de verbas públicas da educação para as instituições privadas de ensino sempre estiveram presentes nas Constituições Brasileiras, em 34, 46, na elaboração da primeira LDB brasileira, a LDB 4.024/61, e na atual Constituição Federal. As outras situações discutidas no art. 213 da CF serão retomadas no art. 77 da LDB. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA O presente curso tem o objetivo de apresentar a educação básica brasileira e conceituar e compreender a estrutura e o funcionamento dos sistemas de ensino. O curso “Estrutura e Funcionamento da Educação Básica” apresenta a construção histórica da legislação educacional brasileira, focalizando os fi ns e os princípios da educação nacional. Continuaremos a discussão sobre a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96, referente aos aspectos da implantação e do funcionamento da política educacional brasileira, segundo a LDB. 2 SISTEMA ESCOLAR BRASILEIRO 2.1 conceito de sistema O que signifi ca sistema? O professor José Augusto Dias (2004), citando Lalande, conceitua a palavra sistema como “Conjunto de elementos, materiais ou não, que dependem reciprocamente uns dos outros, de maneira a formar um todo organizado”. 5 10 15 20 25 21 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 Está presente a ideia de estrutura, de um todo formado por partes que são interdependentes e que estão presentes no interior de um conjunto de elementos. O que é a teoria de sistema? Quando usamos a teoria de sistema, referimo-nos a um ambiente que, além de considerar o que está dentro do sistema, analisa também o que está fora, pelas trocas que se realizam entre o sistema e o ambiente. O sistema pode ser aberto ou fechado. O fechado não faz troca com o ambiente. No sistema aberto, há troca, pela interação com o ambiente. Neste sentido, recebe informações de fora e devolve informações a partir do funcionamento do sistema — o feedback. Para se referir ao que entra como informação no sistema, usamos o conceito de inputs, e para o que é devolvido como informação para o ambiente, outputs. Nesse sentido, há a ideia de supersistema e subsistema. 2.2 O sistema escolar O sistema escolar brasileiro tem como fi nalidade proporcionar educação, e num aspecto específi co, que é a escolarização. É um processo sistemático e intencional, que tem como objetivo o desenvolvimento intelectual dos educandos e também dos aspectos físico, social, emocional e moral. Essa é a exigência da nossa sociedade em relação ao sistema educacional brasileiro. É um processo integral. Quais são as contribuições da sociedade para a escola? Podemos afi rmar que as contribuições da sociedade para a escola são o conteúdo cultural, os recursos humanos, os recursos fi nanceiros e os alunos. 5 10 15 20 25 22 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 Quais são as contribuições da escola para a sociedade? As contribuições da escola para a sociedade são a melhoria do nível cultural da população, o aperfeiçoamento individual, a formação de recursos humanos e o resultado de pesquisas nos diferentes campos do conhecimento humano. Estrutura do sistema escolar brasileiro Compreende uma rede de escolas e uma estrutura de sustentação. Rede de escolas: é o subsistema que se dedica à atividade fi m do sistema e distribui-se dentro de uma estrutura didática com duas dimensões: a) dimensão vertical: graus de ensino; b) dimensão horizontal: modalidades de ensino. Estrutura de sustentação: estrutura administrativa composta de elementos não-materiais, entidades mantenedoras e administração. a) Elementos não-materiais: • normas: --disposições legais: Constituição, leis e decretos; --disposições regulamentares: regimentos, portarias e instruções; --disposições consuetudinárias: ética, costumes e praxe; • metodologia de ensino; • conteúdo do ensino: currículos e programas. b) Entidades mantenedoras: • Poder Público: federal, estadual e municipal; 5 10 15 20 25 23 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 • entidades particulares: leigas e confessionais; • entidades mistas: autarquias. c) Administração: gestão do sistema. 2.3 Sistema escolar brasileiro 1- Dentro do território nacional; 2- sistema escolar está a serviço da cultura brasileira; 3- é ministrado na língua nacional; 4- está sujeito a uma legislação comum; 5- disposições legais que articulam os graus e equivalem às modalidades ensino. 2.4 Funcionamento do sistema escolar brasileiro Características 1- Do ponto de vista das entradas para o sistema: --entrada de recursos fi nanceiros; --recrutamento de pessoal em número e qualidade adequados para os diferentes postos; --admissão de alunos – 100% de atendimento. 2- Do ponto de vista do processo: --currículos e programas constantemente atualizados em função de necessidades individuais e sociais; --pessoal qualifi cado; --índices satisfatórios de desempenho, ausência de evasão e repetência. 5 10 15 20 24 Fins e Princípios da Educação NacionalDi ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 3- Do ponto de vista das saídas do sistema: --formação de profi ssionais dos vários níveis de acordo com as necessidades sociais; --desenvolvimento cultural da população – expressar- se por escrito e oralmente, com fl uência e elegância, e usufruir o patrimônio artístico e cultural; --suficiente orientação individual no sentido do emprego dos próprios recursos para a fruição de uma vida plena. Segundo Faustini (2004), as instituições sociais, para atender aos objetivos sociais que lhes são determinados, devem se ater a prescrições e regulamentos que lhes são específi cos. São atividades que estão previstas nas legislações gerais e específi cas já apontadas e que os teóricos da administração chamam de aspecto burocrático da organização. A forma burocrática tornou-se a maneira dominante de organização de todas as sociedades modernas da atualidade, e burocracia significa um tipo hierárquico de organização formal. Esse conceito foi descrito por Max Weber, que estabeleceu as características de uma organização burocrática do tipo ideal. Em uma organização burocrática, a autoridade é exercida por meio de um sistema de regulamentos e métodos, pela posição ofi cial que os indivíduos ocupam nessa organização. As posições estão colocadas obedecendo a um critério, que é o grau de importância da posição e que abarca a autoridade dos que estão abaixo. Há os que ocupam postos superiores e postos inferiores ou subordinados. Nessa hierarquia formal, existe uma estrutura de autoridade ou comando chamada cadeia de autoridade ou comando. As atividades aí desenvolvidas obedecem a regras abstratas e muito bem-definidas. 5 10 15 20 25 30 25 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 2.5 Níveis de administração dos sistemas de ensino Os sistemas de ensino brasileiro possuem uma rede de autoridades, seja quando nos referimos ao país, seja nas unidades escolares. Há uma hierarquia de autoridades e de repartições em todos os níveis administrativos e com funções claramente defi nidas. Apresentaremos a organização administrativa dos diversos órgãos relacionados à educação básica do sistema de ensino brasileiro e destacaremos suas funções, tal como se apresenta na legislação básica. A LDB dispõe, no título IV, art. 8º, sobre a organização da educação nacional, e no art. 9º, as competências e atribuições da União. O art. 8º trata da organização da educação nacional em sistemas de ensino, de acordo com as instâncias federal, estadual, Distrito Federal e municipal. Destaca o papel central da União na coordenação, articulação e normatização do sistema nacional de educação. A União tem a função de coordenar a política nacional de educação, articular os diferentes níveis e sistemas de ensino e exercer as funções normativa e redistributiva e supletiva em relação às outras instâncias educacionais. Os sistemas de ensino têm garantido o direito de liberdade em sua organização, de acordo com o § 2º do art. 8º da LDB. Função normativa: estabelecer as leis, regulamentos e normas que devem ser respeitados para o funcionamento integrado dos sistemas de ensino. Função redistributiva: a contribuição com verbas para o ensino quando os sistemas de ensino estaduais, do Distrito 5 10 15 20 25 26 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 Federal e dos municípios não atingirem o mínimo necessário de verbas para o desenvolvimento e a manutenção do ensino. Função supletiva: quando os sistemas de ensino tiverem difi culdade de desenvolver todas as atribuições e competências em relação à estrutura e ao funcionamento da educação básica. Art. 8º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. § 1º - caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. Art. 9º - A União incumbir-se-á de: I- elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II- organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições ofi ciais do sistema federal de ensino e dos territórios; III- prestar assistência técnica e fi nanceira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; IV- estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os 5 10 15 20 25 27 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum; V- coletar, analisar e disseminar informações sobre educação; VI- assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no Ensino Fundamental, Médio e Superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a defi nição de prioridades e a melhoria da qualidade de ensino; VII- baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação; VIII- assegurar processo nacional de avaliação nas instituições de educação superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de ensino; IX- autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. §1º - Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de educação, com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei. §2º - Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os dados e informações necessárias de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais. §3º - As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituição de educação superior. 5 10 15 20 25 28 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 Está previsto no Art. 16 como o sistema federal de ensino se constitui: Art. 16- O sistema federal de ensino compreende: I -as instituições de ensino mantidas pela União; II- as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada; III- os órgãos federais de educação. Neste sentido, a organização do sistema nacional de educação terá a seguinte estrutura: 2.5.1 Administração de nível federal A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacionalestabelece que o Ministério da Educação deverá “exercer as atribuições do poder público federal em matéria de educação, cabendo-lhe formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino e velar pelo cumprimento das leis que o regem” (art. 1º do anexo da Lei nº 9.131 de 24/12/95, que altera dispositivos da Lei 4.024 de 20/12/61 e dá outras providências). A expressão Poder Público abrange as autoridades estaduais e municipais em suas áreas de ação. 2.5.1.1 Ministério da Educação O MEC tem sofrido transformações para se adequar à nova legislação, e são assuntos de sua competência: Política Nacional de Educação 5 10 15 20 29 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio e Educação Profi ssional de Nível Médio Ensino Superior Educação de Jovens e Adultos Educação Especial Ensino a Distância Educação Profi ssional e Tecnológica Pesquisa Educacional Pesquisa e Extensão Universitária Magistério Coordenação de Programas de Atenção Especial a Crianças e Adolescentes Estrutura administrativa do MEC Gabinete Secretaria Executiva Órgão setorial: Consultoria Jurídica Órgãos específi cos singulares Secretaria da Educação Fundamental Secretaria da Educação Média e Tecnológica Secretaria de Avaliação e Informação Educacional Secretaria de Educação Especial 5 10 15 20 30 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 Secretaria de Educação a Distância Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) Instituto Benjamin Constant Instituto Nacional de Educação de Surdos Administração de nível regional: órgãos regionais Delegacias Órgão colegiado Conselho Nacional de Educação (CNE) 2.5.1.2 Conselho Nacional de Educação Atribuições: --formular e avaliar a política nacional de educação; --zelar pela qualidade do ensino; --velar pelo cumprimento das leis que o regem. É organizado em duas Câmaras: --Câmara de Educação Básica; --Câmara de Educação Superior. A Lei 9.394/96 prevê para os Estados, no art. 10: Art. 10- Os Estados incumbir-se-ão de: I--organizar, manter e desenvolver órgãos e instituições ofi ciais dos seus sistemas de ensino; 5 10 15 20 31 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 II--defi nir, com os Municípios, formas de colaboração da oferta do Ensino Fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos fi nanceiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público; III-- elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus municípios; IV--autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V--baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; VI--assegurar o Ensino Fundamental e oferecer, com prioridade, o Ensino Médio; VII--assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Obs.: o inciso VII foi acrescentado pela Lei nº 10.709/03). Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes aos Estados e Municípios. A Lei 9.394/96 determina, para a organização do sistema de ensino estadual e do Distrito Federal, no art. 17: Art. 17 – Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem: 5 10 15 20 25 32 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 I--as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público Estadual e do Distrito Federal: II--as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público municipal; III--as instituições de Ensino Fundamental e Médio criadas e mantidas pela iniciativa privada; IV--os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente. Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de Educação Infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino. 2.5.2 Administração de nível estadual Os estados e o Distrito Federal devem responsabilizar-se por organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições ofi ciais dos seus sistemas de ensino. Fazem parte integrante da administração de nível estadual: Funções executivas: • a rede de escolas para o desenvolvimento da educação escolar; • as secretarias ou departamentos de educação. 5 10 15 20 33 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 Funções normativas e órgão colegiado Conselhos Estaduais de Educação Constituídos de: Câmara de Educação Básica Câmara de Educação Superior A Lei 9.394/96 dispõe, para os municípios, no art. 11: Art. 11- Os Municípios incumbir-se-ão de: I- organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições ofi ciais dos seus sistemas de ensino, integrando-se às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; II- exercer ação distributiva em relação às suas escolas; III- baixar normas complementares para seu sistema de ensino; IV- autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V- oferecer a Educação Infantil em creches e pré- escolas e, com prioridade, o Ensino Fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos 5 10 15 20 34 Fins e Princípios da Educação Nacional Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino; VI- assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Obs.: o inciso VI foi acrescentado pela Lei nº 10.709/03). Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica. 2.5.3 Administração de nível municipal Os municípios podem ou não organizar seus próprios sistemas de ensino, pois podem se integrar ao sistema de ensino estadual ou compor, com ele, um único sistema de educação básica. Os municípios, a partir da Constituição Federal de 1988, são entes federados da União, e, como tais, devem atender às normas válidas para todo o território nacional. Fazem parte dos sistemas municipais deensino: Funções executivas: • instituições de Ensino Fundamental e Médio municipais; • instituições de Educação Infantil, municipais e privadas; • Órgãos municipais de educação. 5 10 15 20 35 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Di ag ra m aç ão : L éo 1 9/ 12 /0 8 -| |- 1 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 0 9/ 01 /0 9 -| | 2 º R ev isã o: A na - C or re çã o: L éo 1 0/ 01 /0 9 // 3 ª r ev isã o: A na / co rr eç ão : M ár ci o - 10 /0 1/ 09 Funções normativas: Conselho Municipal de Educação Quadro do sistema nacional de educação segundo a Lei 9.394/96 Lei n° 9.394 de 20/dez/96 Educação básica - art. 21, I Educação Superior - art. 43 De 0 a 5 anos De 6 a 14 anos De 15 a 17 anos Educação Infantil - arts. 29, 30, 31 Ensino Fundamental - arts. 32 a 34 Ensino Médio - arts. 35 e 36 - Graduação - Pós-graduação - Extensão - Especialização Creche Pré-escola Ciclos/séries Obs.: as Leis n° 11.114 de, 16/05/2005, e n° 11.274, de 06/02/2006 alteraram a Lei n° 9.394/96. Educação de Jovens e Adultos - art. 37 Ens. Fund. - art. 38, I + 15 anos Ensino Médio - art. 38, I + 18 anos Educação Especial - arts. 58 e 59 Fonte: Revista APASE, nº 6, ano VI, abr. 2007, p.13.