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Estrutura e funcionamento da ed básica - Unid I

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Estrutura e 
Funcionamento da 
Educação Básica
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Caro aluno,
Vamos iniciar uma nova 
disciplina no curso de Pedagogia 
e estudaremos os aspectos legais 
que dão as orientações para a 
organização das escolas e que 
também estruturam as relações 
entre as diferentes esferas
administrativas e os órgãos gestores dos sistemas de ensino.
Esse curso tem o objetivo de apresentar a construção 
social e histórica da legislação educacional brasileira e estudar 
a segunda Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
9.394/96, destacando, inicialmente, os fi ns e princípios da e 
educação brasileira e, a seguir, as atribuições e competências 
das diferentes esferas de poder executivo, os níveis e 
modalidades de ensino. O conhecimento e a compreensão da 
estrutura e do funcionamento da educação básica brasileira 
permitem perceber a abrangência e a importância da educação 
nacional como um processo social que alcança o que há de 
mais profundo na vida da sociedade.
Em 5 de outubro de 1988, tivemos a promulgação da nossa 
atual Constituição Federal, na qual a educação nacional é 
considerada como um direito social e tem defi nidos seus fi ns, 
princípios, sua estrutura e seu funcionamento.
Em 20 de dezembro de 1996, foi sancionada pelo presidente 
Fernando Henrique Cardoso a nova Lei de Diretrizes e Bases da 
Fins e Princípios da
Educação Nacional
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Educação Nacional, sob o número 9.394, publicada no Diário 
Ofi cial da União em 23 de dezembro de 1996.
1 FINS E PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Antecedentes da nova LDB
A primeira proposta do projeto de lei para a nova LDB foi 
apresentada em dezembro de 1988 pelo Deputado Otávio Elísio 
(PSDB-MG) na Câmara dos Deputados e recebeu o nº 1.158-
A/88. O deputado Jorge Hage (PSDB-MG), relator da Comissão 
de Educação, Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados, 
apresentou um substitutivo à proposta original. As discussões 
sobre elas foram até o fi nal do mandato legislativo de 1987 a 
1990.
No mandato seguinte, de 1991 a 1994, as discussões sobre 
a nova lei abrangeram instituições científi cas, acadêmicas e 
estudantis, movimentos sindicais, sindicatos de professores, de 
trabalhadores em educação, de donos de escolas, entidades de 
classe e outros interessados, e o substitutivo apresentado pelo 
deputado Jorge Hage incorporou muitos projetos e emendas.
Em 13 de maio de 1993, a Câmara dos Deputados aprovou 
o projeto de lei substitutivo e encaminhou-o para aprovação 
ao Senado Federal. A aprovação do projeto de lei substitutivo 
não se realizou devido a muitas discordâncias, o que levou o 
senador Cid Sabóia de Carvalho a apresentar esse projeto 
à Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O texto 
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apresentado estava coerente com as discussões realizadas pelos 
deputados e representantes da sociedade civil ligados à questão 
educacional.
 Afi nal, o que aconteceu?
No novo mandato legislativo, de 1995 a 1998, sem a 
aprovação do projeto de lei apresentado, em 1995, o Ministério da 
Educação enviou um novo projeto de LDB, assinado pelo senador 
Darcy Ribeiro. Esse projeto substitutivo não se assemelhava ao 
projeto aprovado pela Câmara dos Deputados e debatido por 
vários anos pelos deputados e representantes interessados em 
educação da sociedade civil.
Os senadores, pressionados para a aprovação do projeto 
apresentado pelo senador Darcy Ribeiro, gravemente doente, e 
pelo apoio ao governo de 60 dos 81 senadores, discutiram as 
duas propostas ao mesmo tempo.
O senador Darcy Ribeiro apresentou muitas versões de seu 
projeto, nas quais procurava incorporar emendas que visaram à 
diminuição das resistências.
Houve críticas sobre a forma irregular como o projeto da LDB 
do governo foi apresentado ao Senado Federal; defensores do 
projeto aprovado pela Câmara dos Deputados, como o professor 
Florestan Fernandes, argumentaram que o projeto do governo 
possuía caráter genérico, centralizador e privatista.
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O projeto aprovado pela Câmara dos Deputados foi arquivado 
e, em janeiro de 1996, foi aprovado pelo Senado Federal o projeto 
apresentado pelo senador Darcy Ribeiro.
O projeto voltou à Câmara dos Deputados, e o relator foi o 
deputado José Jorge (PFL-PE); foi aprovado em 17 de dezembro 
de 1996 com pequenas alterações que não contrariaram o 
projeto. Em 20 de dezembro de 1996, o presidente da república, 
Fernando Henrique Cardoso, transformou-o na Lei nº 9.394/96, 
publicada no Diário Ofi cial da União em 23/12/1996.
Finalmente, a educação básica torna-se direito para todo 
cidadão brasileiro.
Conceituação da lei
Antes de iniciarmos a discussão sobre a Lei 9.394/96 
propriamente dita, vamos tratar dos conceitos da lei. A Lei 9.394/96 
teve como base para sua elaboração os princípios orientadores da 
Constituição Federal, em primeiro lugar, e depois do Estatuto da 
Criança e do Adolescente – ECA. A escrita das leis segue um mesmo 
critério: são escritas por meio de artigos, incisos e parágrafos, 
por exemplo, Constituição Federal, Constituições Estaduais, leis 
orgânicas, leis complementares, decretos, resoluções, pareceres, 
deliberações, indicações, regimentos.
A partir da Constituição Federal, cada Estado e o Distrito 
Federal devem elaborar as Constituições Estaduais, e os Municípios, 
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as leis orgânicas, e, a partir desses dispositivos legais, defi nirem as 
regras que orientarão seus respectivos sistemas de ensino.
• Artigo, inciso, parágrafo e alíneas:
- artigo: segundo Acquaviva (2005, p.156), elemento 
estrutural da lei que consiste em sua unidade básica;
- inciso: segundo Acquaviva (2005, p.471), o inciso, 
também denominado de item, é elemento estrutural da 
lei que divide o artigo ou o parágrafo, atuando de forma 
a discriminar aquele quando o assunto não possa ser 
condensado nem constituir parágrafos;
- parágrafo: segundo Acquaviva (2005, p.627), elemento 
natural da lei que consiste na imediata divisão de um 
artigo, versando sobre assunto complementar ao trecho 
em que fi gura, explicando a disposição principal;
- alínea: segundo Acquaviva (2005, p.131), elemento 
estrutural da lei, consistente numa das subdivisões do 
artigo, assinalada por uma letra, destacada por intermédio 
de um parêntese, assim, a)...b)...
• Indicação, parecer, deliberação e resolução:
O Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão colegiado 
do Ministérioda Educação (MEC) e os Conselhos Estaduais 
de Educação (CEE´s), órgãos colegiados das Secretarias 
Estaduais da Educação (SEE) e Conselhos Municipais 
de Educação (SME´s), órgãos colegiados das Secretarias 
Municipais de Educação usam como instrumentos para a 
elaboração das orientações emanadas pela Constituição 
Federal leis complementares, como o Estatuto da Criança e 
do Adolescente (ECA) e a Lei 9.394/96 (LDBEN), indicações, 
pareceres, deliberações e resoluções.
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As Secretarias de Educação Estaduais e Municipais usam 
como instrumentos de orientação as resoluções.
• Portaria, comunicado:
- os órgãos de administração do sistema usam as 
portarias e os comunicados para expedir suas orientações 
e determinações.
• Regimento:
- as instituições de ensino e os colegiados elaboram seus 
regimentos internos. O regimento é um documento legal 
interno das instituições que determina as atribuições e 
competências dos integrantes da instituição e as relações 
destas com a comunidade.
Constituição Federal de 1988
A Constituição Federal de 1988, chamada por Ulisses 
Guimarães de “Constituição cidadã”, no capítulo III, determina 
os fi ns, princípios da educação, cultura e desporto, sendo que a 
seção I trata da educação. Nessa seção, do artigo 205 ao 214, 
encontram-se os fi ns e princípios da educação nacional, prevendo 
a estrutura e o funcionamento dela. Dos textos constitucionais 
brasileiros, o atual é o que tratou a educação no Brasil de forma 
mais detalhada.
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Podemos reagrupar os nove princípios educacionais citados 
na Constituição em:
• condições de garantia da universalidade do ensino 
escolar: inciso I – igualdade de condições de acesso e 
permanência na escola e inciso VI – gratuidade do ensino 
público;
• princípio da expressão da liberdade: inciso II- liberdade 
de pensamento e de sua expressão; inciso III – pluralidade 
de ideias e de concepções pedagógicas; IV-respeito à 
liberdade e à tolerância; inciso V – espaço para a livre 
iniciativa na oferta do ensino;
• princípios relacionados ao conteúdo do ensino: inciso 
IX – garantia do padrão de qualidade; inciso X – valorização 
da experiência humana;
• princípios relacionados com o mundo sociocultural: 
inciso XI – vinculação entre a educação, o trabalho e as 
práticas sociais;
• princípio de democratização do poder: inciso VIII- 
gestão democrática do ensino público.
A LDBEN 9.394/96, seguindo os princípios constitucionais 
e ampliando-os, apresenta as diretrizes e bases da educação 
nacional em nove títulos e 92 artigos. Apresentaremos a lei 
fazendo uma síntese de seus artigos. A lei inicia pela conceituação 
de educação, no art. 1º. Dispõe sobre os princípios e fi ns da 
educação escolar nos arts. 2º ao 7º; descreve a organização do 
ensino nos arts. 8º ao 20; defi ne os níveis da educação básica, que 
são a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, e 
as modalidades do ensino básico, que são a Educação de Jovens 
e Adultos, Educação Profi ssional e Educação Especial e o Ensino 
Superior nos arts. 21 ao 60; trata das condições dos profi ssionais 
da educação nos arts. 61 ao 67; determina a procedência e os 
critérios de uso dos recursos fi nanceiros destinados à educação 
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nos arts. 68 ao 77; do artigo 78 ao 92 estabelece as disposições 
gerais e transitórias para a aplicação da lei.
Título I – Da educação
Art 1º - A educação abrange os processos formativos 
que se desenvolvem na vida familiar, na convivência 
humana, no trabalho, nas instituições de ensino e 
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da 
sociedade civil e nas manifestações culturais.
§ 1º - Esta lei disciplina a educação escolar, que se 
desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, 
em instituições próprias.
§ 2º - A educação escolar deverá vincular-se ao mundo 
do trabalho e à prática social.
A educação é conceituada no caput do artigo, conforme o 
entendimento dos legisladores que aprovaram a lei e é entendida 
como todos os processos formativos que ocorrem de diferentes 
maneiras e nas diversas instâncias da sociedade.
No parágrafo primeiro, explicita que educação escolar é 
aquela que ocorre por meio do ensino, em instituições próprias. 
Signifi ca que a LDB cuida somente da educação escolar. Os 
outros processos formativos, que ocorrem em outras instâncias 
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sociais, podem ser considerados educação, porém não educação 
escolar.
No parágrafo segundo, complementa o conceito de educação 
escolar defi nindo os dois princípios que devem norteá-la: a 
vinculação ao mundo do trabalho e à prática social. Podemos 
entender os dois objetivos principais da educação escolar: 
preparar o aluno para o trabalho e para o convívio social.
A educação apresenta como novo mapa de referência para a 
escola e para o processo educativo a prática social, o mundo do 
trabalho, movimentos sociais e manifestações culturais.
Título II – Dos princípios e fi ns da educação nacional
Art. 2º - A educação, dever da família e do Estado, inspirada 
nos princípios de liberdade e nas ideias de solidariedade 
humana, tem por fi nalidade o pleno desenvolvimento do 
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualifi cação para o trabalho.
Reproduz de forma mais simplifi cada o que está no art. 205 
da Constituição Federal de 1988, pois não cita que a educação 
deverá ser promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, como consta na Lei Maior.
Devemos entender que a educação é um direito de todos, e 
é dever da família e do Estado proporcionar as condições para 
que esse direito seja usufruído. O Estado, seja a esfera federal, 
estadual ou municipal, deve garantir as vagas nas escolas 
públicas aos alunos, aos pais o dever de matricular seus fi lhos 
na escola e ao aluno o direito de estudar.
As fi nalidades da educação brasileira são:
1- o pleno desenvolvimento do indivíduo, também previsto 
no art. 205 da CF;
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2- o preparo para o exercício da cidadania está vinculado à 
qualifi cação para o trabalho, assim como
3- a prática social está vinculada ao mundo do trabalho, e 
ambos constituem os principais elementos da concepção 
de educação.
O título II da LDB, apesar de conter apenas dois artigos, pode 
ser considerado como um dos mais importantes, pois expressa 
de maneira clara os princípios que devem norteara educação 
brasileira e suas fi nalidades.
Art. 3º - O ensino será ministrado com base nos 
seguintes princípios:
I-igualdade de condições para o acesso e permanência 
na escola;
II-liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar 
a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III-pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV-respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V-coexistência de instituições públicas e privadas de 
ensino;
VI-gratuidade do ensino público em estabelecimentos 
ofi ciais;
VII-valorização do profi ssional da educação escolar;
VIII-gestão democrática do ensino público, na forma 
desta lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX-garantia de padrão de qualidade;
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X-valorização da experiência extra-escolar;
XI-vinculação entre a educação escolar, o trabalho e 
as práticas sociais.
O art. 3º repete o que está disposto no art. 206 da CF e 
amplia-o apresentando onze incisos, e o art. 206 da CF, nove. 
Eles são os princípios que signifi cam as ideias, os conceitos e as 
concepções que regem a educação brasileira.
O inciso I do art. 3º da LDB repete o inciso I do art. 206 da CF e 
diz respeito à igualdade de condições para acesso e permanência 
na escola, que signifi ca criar condições para os cidadãos para o 
acesso à escola, por meio de ofertas de vagas nas escolas públicas 
aos que nela quiserem estudar. A permanência na escola, com 
sucesso, torna-se tão importante quanto o acesso à escola. O 
acesso e a permanência com sucesso signifi cam a qualidade de 
ensino que o cidadão deve ter para usufruir integralmente o 
direito à educação.
O inciso II repete o inciso II do art. 206 da CF. A colocação 
desse princípio refl ete a coerência da concepção de educação 
para a construção do cidadão para uma sociedade democrática: 
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber.
O inciso III está integrado ao inciso V e ambos estão 
contidos no inciso III do art. 206 da CF: pluralismo de ideias e de 
concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e 
privadas de ensino, que também fazem parte de uma concepção 
de educação democrática. Signifi ca que as instituições privadas 
de ensino têm a garantia de oferecer ensino como uma garantia 
constitucional.
O inciso IV, respeito à liberdade e apreço à tolerância, revela 
quais são os valores humanos que devem reger o ensino, que 
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são fundamentais à educação e que não está contemplado no 
art. 206 da CF.
A LDB 9.394/96, lei complementar, pode e deve ampliar as 
ideias e concepções presentes na CF sem que isso signifi que 
ilegalidade ou inconstitucionalidade.
O inciso VI repete o inciso IV do art. 206 da CF, gratuidade 
do ensino público em estabelecimentos ofi ciais; está colocado 
como princípio e não como obrigatoriedade, o que não garante 
que todos os níveis de ensino das escolas públicas não sejam 
privatizados.
O inciso VII repete, com menor abrangência, o inciso V da CF, 
valorização do profi ssional da educação escolar, o que signifi ca 
que excluiu os trabalhadores não-docentes da categoria de 
profi ssionais da educação.
O inciso VIII do art. 3º da LDB, gestão democrática do 
ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas 
de ensino, repete o inciso VI do art. 206 da CF e é o princípio 
mais importante para os que defendem a educação pública 
democrática, gratuita e laica.
O inciso IX do art. 3º está presente no inciso VII do art. 206 
da CF, garantia de padrão de qualidade, porém, o difícil é deixar 
claro o que signifi ca o padrão de qualidade.
O inciso X do art. 3º não aparece na CF e signifi ca reconhecer a 
importância das diferentes propostas pedagógicas existentes no 
princípio valorização da experiência extraescolar. É importante 
reconhecer o papel dos conteúdos sistematizados trabalhados 
pela escola.
O inciso XI do art. 3º reforça a ideia já presente no art. 
2º, como concepção de educação; apresenta-se também 
como princípio norteador da educação e do ensino brasileiro, 
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preparar o aluno para o trabalho e para a convivência em 
sociedade.
Título III – Do direito à educação e do dever e educar
Art. 4º - O dever do Estado com educação escolar 
pública será efetivado mediante a garantia de:
I-Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, 
inclusive para os que a ele não tiveram acesso na 
idade própria;
II-progressiva extensão da obrigatoriedade e 
gratuidade ao Ensino Médio;
III-atendimento educacional especializado gratuito 
aos educandos com necessidades especiais, 
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV-atendimento gratuito em creches e pré-escolas às 
crianças de zero a cinco anos de idade;
V-acesso aos níveis mais elevados do ensino, da 
pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade 
de cada um;
VI-oferta de ensino noturno regular, adequado às 
condições do educando;
VII-oferta de educação regular para jovens e adultos, 
com características e modalidades adequadas às suas 
necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos 
que forem trabalhadores as condições de acesso e 
permanência na escola;
VIII-atendimento ao educando, no Ensino Fundamental 
público, por meio de programas suplementares de 
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material didático-escolar, transporte, alimentação e 
assistência à saúde;
IX-padrões mínimos de qualidade de ensino, defi nidos 
como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, 
de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do 
processo de ensino-aprendizagem.
Este artigo da LDB determina quais são os deveres do 
Estado na oferta da educação escolar pública para os cidadãos 
brasileiros. Retoma os deveres no caput do artigo e sete de seus 
incisos são os que estão apresentados no art. 208 da CF, sendo 
que três parágrafos fi nais desta estão contemplados em outras 
partes da Lei 9.394/96.
Os deveres apresentados são as obrigações que devem ser 
cumpridas e que estão previstas nos seus incisos e representam 
as garantias mínimas a serem respeitadas na oferta da educação 
escolar pública.
O inciso I do art. 4º dispõe que o Estado deve oferecer 
Ensino Fundamental gratuito para todos, inclusive para os que 
não tiveram acesso na idade própria. A Educação de Jovens e 
Adultos, antiga suplência, atende aos jovens, adultos e idosos 
que não estudaram na idade própria.
O inciso II do art. 4º se assemelha ao inciso II do art. 208 da 
CF, que trata da progressiva extensão da obrigatoriedade e da 
gratuidade ao Ensino Médio; pode ser entendido como futura 
proposta para esse nível de ensino. A lei não deixa claro quando 
vai ocorrer, e já estamos há quinze anos da promulgação da 
Constituição Federal, ehá onze anos da LDBEN.
O inciso III do art. 4º coincide com o texto constitucional 
no inciso III do art. 208, ao estabelecer qual deve ser a política 
educacional quanto à Educação Especial quando determina o 
“atendimento educacional especializado gratuito aos educandos 
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com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular 
de ensino”.
O inciso IV do art.4º retrata o inciso IV da CF, que foi alterada 
pelo EC 53/96, em que atualmente consta: “Educação infantil, 
em creches e pré-escolas, às crianças até 5 (cinco) anos de idade” 
(NR), e não apresenta o que dispõe na LDB, que acrescenta a 
palavra “gratuito”.
O inciso V do art. 4º, assim como o inciso V do art. 208 da CF, 
contempla o direito de todas as pessoas ao acesso aos níveis mais 
elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, porém, é 
limitado o direito quando acrescenta “segundo a capacidade de 
cada um”.
O inciso VI do art. 4º coincide com o inciso VI do art. 208 
da CF; dispõe sobre o dever do Poder Público quanto à “oferta 
de ensino noturno regular, adequado às condições do aluno”. 
O problema está no entendimento desse princípio, que pode 
signifi car um ensino com menos conteúdo que o diurno.
O inciso VII do art. 4º da LDB não está escrito na CF e afirma 
como dever do Estado a “oferta de educação escolar regular 
para jovens e adultos, com características e modalidades 
adequadas às suas necessidades e disponibilidades, 
garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de 
acesso e permanência na escola”. O cuidado no entendimento 
desse princípio é o da não-discriminação dessa educação 
escolar, na forma de ensinar ou na redução do conteúdo a 
ser ensinado.
O inciso VIII do art. 4º retrata o inciso VII do art. 208 da CF, 
que cuida das condições objetivas da permanência dos alunos 
na escola, quando as condições socioeconômicas são adversas.
O inciso IX do art. 4º que não está contemplado na CF, 
dispõe sobre padrões mínimos de qualidade de ensino, defi nidos 
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como variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos 
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem. Apesar de defender a qualidade de ensino, não 
defi ne objetivamente quais são os critérios para que sejam 
elencados os padrões mínimos de qualidade de ensino; nesse 
sentido, pode incluir tudo.
Art. 5º - O acesso ao Ensino Fundamental é direito 
público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo 
de cidadãos, associação comunitária, organização 
sindical, entidade de classe ou outra legalmente 
constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o 
Poder Público para exigi-lo.
§ 1º- Compete aos Estados e aos Municípios, em 
regime de colaboração, e com a assistência da União:
I-recensear a população em idade escolar para o 
Ensino Fundamental, e os jovens e adultos que a ele 
não tiveram acesso;
II-fazer-lhes a chamada pública;
III- zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela 
frequência à escola.
§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder 
Público assegurará em primeiro lugar o acesso 
ao ensino religioso obrigatório, nos termos deste 
artigo, contemplando em seguida os demais níveis 
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e modalidades de ensino, conforme as prioridades 
constitucionais e legais.
§ 3º - Qualquer das partes mencionadas no caput 
deste artigo tem legitimidade para peticionar no 
Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da 
CF, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial 
correspondente.
§ 4º - Comprovada a negligência da autoridade 
competente para garantir o oferecimento do ensino 
obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de 
responsabilidade.
§ 5º - Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade 
de ensino, o Poder Público criará formas alternativas 
de acesso aos diferentes níveis de ensino, 
independentemente da escolarização anterior.
O § 1º do art. 208 da CF está explicitado no caput do art. 5º 
da LDB e, de forma mais abrangente, explica o que é “direito 
público subjetivo” — aquele que pode exigir vaga para o acesso 
ao Ensino Fundamental para toda e qualquer criança que esteja 
fora da escola: “qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação 
comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra 
legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o 
Poder Público para exigi-lo”.
O § 1º do art. 5º da LDB defi ne as competências dos estados 
e municípios, em regime de colaboração e contando com a 
ajuda da União, em três incisos, das medidas que devem ser 
tomadas para que o direito de acesso ao Ensino Fundamental 
seja garantido.
O inciso I trata de uma das medidas que deve ser realizada 
pelo Poder Público, que é o recenseamento da população em 
idade escolar, de sua região, tanto da população em idade escolar, 
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como aquela que, embora fora da idade, não tenha frequentado 
o Ensino Fundamental.
O inciso II, outra medida que é dever do Poder Público — a 
chamada da população para a matrícula.
O inciso III, terceira medida, que é dever do Poder Público 
fazer com que os pais e responsáveis se responsabilizem pela 
frequência do aluno na escola.
Esses três incisos estão agrupados no § 3º do art. 208 da CF.
O § 2º do art. 5º regulamenta a importância do dever do 
Poder Público, em oferecer vagas no ensino fundamental para 
todos e depois o atendimento aos demais níveis e modalidades 
de ensino.
O § 3º do art. 5º dispõe sobre a legitimidade de exigência, 
junto ao Ministério Público, do cumprimento do dever de garantir 
vagas para todos no Ensino Fundamental a “qualquer cidadão, 
grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, 
entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, 
ao Ministério Público”. Há a responsabilização da autoridade 
competente, sendo que a ação judicial será gratuita e de rito 
sumário, constando no § 2º do art. 208 da CF e do § 3º do art. 
5º da LDB.
O § 4º do art. 5º da LDB reafi rma a possibilidade de processar 
a autoridade competente, e só poderá ocorrer se houver a 
comprovação da negligência do Poder Público.
O § 5º do art. 5º abre novas possibilidades para que o Poder 
Público ofereça acesso aos diferentes níveis de ensino, como 
forma de abrir novas possibilidades de atendimento, como, por 
exemplo, a Educação de Jovens e Adultos à distância.
Art. 6º - É dever dos pais ou responsáveis efetuar a 
matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade, 
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no Ensino Fundamental (obs.: redação dada pela Lei 
nº 11.114/05).
Esse artigo complementa o art. 5º, como dever dos pais 
ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores no Ensino 
Fundamental, já a partir dos seis anos de idade. É direito das 
crianças o acesso ao Ensino Fundamental a partir dos seis anos.
Art. 7 º - O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas 
as seguintes condições:
I-cumprimento das normas gerais da educação 
nacional e do respectivo sistema de ensino;
II-autorização de funcionamento e avaliação de 
qualidade pelo Poder Público;
III-capacidade de autofi nanciamento, ressalvado o 
previsto no art. 213 da CF.
O art. 7º prevê o direito à iniciativa privada de oferecer 
ensino e explicita nos três incisos as condições de como fazê-lo. 
Os incisos I e II já estavam previstos nos incisos I e II do art. 209 
da CF.
É o inciso III que faz referência ao art. 213 da CF e que trata 
da destinação das verbas públicas à iniciativa privada quando 
as escolas forem comunitárias, confessionais ou fi lantrópicas, 
comprovem fi nalidade não-lucrativa, apliquem seus excedentes 
fi nanceiros em educação e assegurem a destinação de seu 
patrimônio a outra escola comunitária, fi lantrópica ou 
confessional, ou ao Poder Público, no encerramento de suas 
atividades.
O § 1º do art. 213 da CF abre a possibilidade de destinação 
de recursos públicos às instituições privadas de ensino se 
o atendimento ao Ensino Fundamental se encontrar em 
duas situações: não ser possível pela escola pública devido à 
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inexistência ou falta de vagas na região onde o aluno mora ou o 
aluno demonstrar falta de recursos.
É importante lembrar aqui que a questão da destinação de 
verbas públicas da educação para as instituições privadas de 
ensino sempre estiveram presentes nas Constituições Brasileiras, 
em 34, 46, na elaboração da primeira LDB brasileira, a LDB 
4.024/61, e na atual Constituição Federal.
As outras situações discutidas no art. 213 da CF serão 
retomadas no art. 77 da LDB.
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO 
BÁSICA
O presente curso tem o objetivo de apresentar a educação 
básica brasileira e conceituar e compreender a estrutura e o 
funcionamento dos sistemas de ensino. O curso “Estrutura e 
Funcionamento da Educação Básica” apresenta a construção 
histórica da legislação educacional brasileira, focalizando os fi ns 
e os princípios da educação nacional.
Continuaremos a discussão sobre a nova Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96, referente aos aspectos 
da implantação e do funcionamento da política educacional 
brasileira, segundo a LDB.
2 SISTEMA ESCOLAR BRASILEIRO
2.1 conceito de sistema
O que signifi ca sistema?
O professor José Augusto Dias (2004), citando Lalande, 
conceitua a palavra sistema como “Conjunto de elementos, 
materiais ou não, que dependem reciprocamente uns dos outros, 
de maneira a formar um todo organizado”.
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Está presente a ideia de estrutura, de um todo formado 
por partes que são interdependentes e que estão presentes no 
interior de um conjunto de elementos.
O que é a teoria de sistema?
Quando usamos a teoria de sistema, referimo-nos a um 
ambiente que, além de considerar o que está dentro do sistema, 
analisa também o que está fora, pelas trocas que se realizam 
entre o sistema e o ambiente.
O sistema pode ser aberto ou fechado. O fechado não faz 
troca com o ambiente. No sistema aberto, há troca, pela interação 
com o ambiente. Neste sentido, recebe informações de fora e 
devolve informações a partir do funcionamento do sistema —
o feedback. Para se referir ao que entra como informação no 
sistema, usamos o conceito de inputs, e para o que é devolvido 
como informação para o ambiente, outputs.
Nesse sentido, há a ideia de supersistema e subsistema.
2.2 O sistema escolar
O sistema escolar brasileiro tem como fi nalidade proporcionar 
educação, e num aspecto específi co, que é a escolarização.
É um processo sistemático e intencional, que tem como 
objetivo o desenvolvimento intelectual dos educandos e também 
dos aspectos físico, social, emocional e moral. Essa é a exigência 
da nossa sociedade em relação ao sistema educacional brasileiro. 
É um processo integral.
Quais são as contribuições da sociedade para a escola?
Podemos afi rmar que as contribuições da sociedade para a 
escola são o conteúdo cultural, os recursos humanos, os recursos 
fi nanceiros e os alunos.
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Quais são as contribuições da escola para a sociedade?
As contribuições da escola para a sociedade são a melhoria 
do nível cultural da população, o aperfeiçoamento individual, a 
formação de recursos humanos e o resultado de pesquisas nos 
diferentes campos do conhecimento humano.
Estrutura do sistema escolar brasileiro
Compreende uma rede de escolas e uma estrutura de 
sustentação.
Rede de escolas: é o subsistema que se dedica à atividade 
fi m do sistema e distribui-se dentro de uma estrutura didática 
com duas dimensões:
a) dimensão vertical: graus de ensino;
b) dimensão horizontal: modalidades de ensino.
Estrutura de sustentação: estrutura administrativa composta 
de elementos não-materiais, entidades mantenedoras e 
administração.
a) Elementos não-materiais:
• normas: 
--disposições legais: Constituição, leis e decretos;
--disposições regulamentares: regimentos, portarias e 
instruções;
--disposições consuetudinárias: ética, costumes e praxe;
• metodologia de ensino;
• conteúdo do ensino: currículos e programas.
b) Entidades mantenedoras:
• Poder Público: federal, estadual e municipal;
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• entidades particulares: leigas e confessionais;
• entidades mistas: autarquias.
c) Administração: gestão do sistema.
2.3 Sistema escolar brasileiro
1- Dentro do território nacional;
2- sistema escolar está a serviço da cultura brasileira;
3- é ministrado na língua nacional;
4- está sujeito a uma legislação comum;
5- disposições legais que articulam os graus e equivalem às 
modalidades ensino.
2.4 Funcionamento do sistema escolar 
brasileiro
Características
1- Do ponto de vista das entradas para o sistema:
--entrada de recursos fi nanceiros;
--recrutamento de pessoal em número e qualidade 
adequados para os diferentes postos;
--admissão de alunos – 100% de atendimento.
2- Do ponto de vista do processo:
--currículos e programas constantemente atualizados em 
função de necessidades individuais e sociais;
--pessoal qualifi cado;
--índices satisfatórios de desempenho, ausência de evasão 
e repetência.
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3- Do ponto de vista das saídas do sistema:
--formação de profi ssionais dos vários níveis de acordo 
com as necessidades sociais;
--desenvolvimento cultural da população – expressar-
se por escrito e oralmente, com fl uência e elegância, e 
usufruir o patrimônio artístico e cultural;
--suficiente orientação individual no sentido do 
emprego dos próprios recursos para a fruição de uma 
vida plena.
Segundo Faustini (2004), as instituições sociais, para atender 
aos objetivos sociais que lhes são determinados, devem se ater 
a prescrições e regulamentos que lhes são específi cos. São 
atividades que estão previstas nas legislações gerais e específi cas 
já apontadas e que os teóricos da administração chamam de 
aspecto burocrático da organização.
A forma burocrática tornou-se a maneira dominante de 
organização de todas as sociedades modernas da atualidade, 
e burocracia significa um tipo hierárquico de organização 
formal. Esse conceito foi descrito por Max Weber, que 
estabeleceu as características de uma organização burocrática 
do tipo ideal.
Em uma organização burocrática, a autoridade é exercida por 
meio de um sistema de regulamentos e métodos, pela posição 
ofi cial que os indivíduos ocupam nessa organização. As posições 
estão colocadas obedecendo a um critério, que é o grau de 
importância da posição e que abarca a autoridade dos que estão 
abaixo. Há os que ocupam postos superiores e postos inferiores 
ou subordinados. Nessa hierarquia formal, existe uma estrutura 
de autoridade ou comando chamada cadeia de autoridade ou 
comando. As atividades aí desenvolvidas obedecem a regras 
abstratas e muito bem-definidas.
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2.5 Níveis de administração dos sistemas de 
ensino
Os sistemas de ensino brasileiro possuem uma rede de 
autoridades, seja quando nos referimos ao país, seja nas unidades 
escolares. Há uma hierarquia de autoridades e de repartições 
em todos os níveis administrativos e com funções claramente 
defi nidas.
Apresentaremos a organização administrativa dos diversos 
órgãos relacionados à educação básica do sistema de ensino 
brasileiro e destacaremos suas funções, tal como se apresenta 
na legislação básica.
A LDB dispõe, no título IV, art. 8º, sobre a organização da 
educação nacional, e no art. 9º, as competências e atribuições 
da União.
O art. 8º trata da organização da educação nacional em 
sistemas de ensino, de acordo com as instâncias federal, estadual, 
Distrito Federal e municipal. Destaca o papel central da União na 
coordenação, articulação e normatização do sistema nacional 
de educação.
A União tem a função de coordenar a política nacional de 
educação, articular os diferentes níveis e sistemas de ensino e 
exercer as funções normativa e redistributiva e supletiva em 
relação às outras instâncias educacionais.
Os sistemas de ensino têm garantido o direito de liberdade 
em sua organização, de acordo com o § 2º do art. 8º da LDB.
Função normativa: estabelecer as leis, regulamentos e normas 
que devem ser respeitados para o funcionamento integrado dos 
sistemas de ensino.
Função redistributiva: a contribuição com verbas para o 
ensino quando os sistemas de ensino estaduais, do Distrito 
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Federal e dos municípios não atingirem o mínimo necessário de 
verbas para o desenvolvimento e a manutenção do ensino.
Função supletiva: quando os sistemas de ensino tiverem 
difi culdade de desenvolver todas as atribuições e competências 
em relação à estrutura e ao funcionamento da educação básica.
Art. 8º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios organizarão, em regime de colaboração, os 
respectivos sistemas de ensino.
§ 1º - caberá à União a coordenação da política 
nacional de educação, articulando os diferentes 
níveis e sistemas e exercendo função normativa, 
redistributiva e supletiva em relação às demais 
instâncias educacionais.
Art. 9º - A União incumbir-se-á de:
I- elaborar o Plano Nacional de Educação, em 
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios;
II- organizar, manter e desenvolver os órgãos e 
instituições ofi ciais do sistema federal de ensino e dos 
territórios;
III- prestar assistência técnica e fi nanceira aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para 
o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o 
atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, 
exercendo sua função redistributiva e supletiva;
IV- estabelecer, em colaboração com os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios, competências 
e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino 
Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os 
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currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a 
assegurar formação básica comum;
V- coletar, analisar e disseminar informações sobre 
educação;
VI- assegurar processo nacional de avaliação do 
rendimento escolar no Ensino Fundamental, Médio e 
Superior, em colaboração com os sistemas de ensino, 
objetivando a defi nição de prioridades e a melhoria 
da qualidade de ensino;
VII- baixar normas gerais sobre cursos de graduação 
e pós-graduação;
VIII- assegurar processo nacional de avaliação nas 
instituições de educação superior, com a cooperação 
dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este 
nível de ensino;
IX- autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e 
avaliar, respectivamente, os cursos das instituições 
de educação superior e os estabelecimentos do seu 
sistema de ensino.
§1º - Na estrutura educacional, haverá um Conselho 
Nacional de educação, com funções normativas e de 
supervisão e atividade permanente, criado por lei.
§2º - Para o cumprimento do disposto nos incisos V a 
IX, a União terá acesso a todos os dados e informações 
necessárias de todos os estabelecimentos e órgãos 
educacionais.
§3º - As atribuições constantes do inciso IX poderão 
ser delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde 
que mantenham instituição de educação superior.
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Está previsto no Art. 16 como o sistema federal de ensino se 
constitui:
Art. 16- O sistema federal de ensino compreende:
I -as instituições de ensino mantidas pela União;
II- as instituições de educação superior criadas e 
mantidas pela iniciativa privada;
III- os órgãos federais de educação.
Neste sentido, a organização do sistema nacional de 
educação terá a seguinte estrutura:
2.5.1 Administração de nível federal
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacionalestabelece 
que o Ministério da Educação deverá
“exercer as atribuições do poder público federal em 
matéria de educação, cabendo-lhe formular e avaliar a 
política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino 
e velar pelo cumprimento das leis que o regem” (art. 1º do 
anexo da Lei nº 9.131 de 24/12/95, que altera dispositivos 
da Lei 4.024 de 20/12/61 e dá outras providências).
A expressão Poder Público abrange as autoridades estaduais 
e municipais em suas áreas de ação.
2.5.1.1 Ministério da Educação
O MEC tem sofrido transformações para se adequar à nova 
legislação, e são assuntos de sua competência:
Política Nacional de Educação
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Educação Infantil
Ensino Fundamental
Ensino Médio e Educação Profi ssional de Nível Médio
Ensino Superior
Educação de Jovens e Adultos
Educação Especial
Ensino a Distância
Educação Profi ssional e Tecnológica
Pesquisa Educacional
Pesquisa e Extensão Universitária
Magistério
Coordenação de Programas de Atenção Especial a Crianças 
e Adolescentes
Estrutura administrativa do MEC
Gabinete
Secretaria Executiva
Órgão setorial: Consultoria Jurídica
Órgãos específi cos singulares
Secretaria da Educação Fundamental
Secretaria da Educação Média e Tecnológica
Secretaria de Avaliação e Informação Educacional
Secretaria de Educação Especial
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Secretaria de Educação a Distância
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais 
(INEP)
Instituto Benjamin Constant
Instituto Nacional de Educação de Surdos
Administração de nível regional: órgãos regionais
Delegacias
Órgão colegiado
Conselho Nacional de Educação (CNE)
2.5.1.2 Conselho Nacional de Educação
Atribuições:
--formular e avaliar a política nacional de educação;
--zelar pela qualidade do ensino;
--velar pelo cumprimento das leis que o regem.
É organizado em duas Câmaras:
--Câmara de Educação Básica;
--Câmara de Educação Superior.
A Lei 9.394/96 prevê para os Estados, no art. 10:
Art. 10- Os Estados incumbir-se-ão de:
I--organizar, manter e desenvolver órgãos e 
instituições ofi ciais dos seus sistemas de ensino;
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II--defi nir, com os Municípios, formas de colaboração 
da oferta do Ensino Fundamental, as quais 
devem assegurar a distribuição proporcional das 
responsabilidades, de acordo com a população a ser 
atendida e os recursos fi nanceiros disponíveis em 
cada uma dessas esferas do Poder Público;
III-- elaborar e executar políticas e planos educacionais, 
em consonância com as diretrizes e planos nacionais 
de educação, integrando e coordenando as suas ações 
e as dos seus municípios;
IV--autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar 
e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições 
de educação superior e os estabelecimentos do seu 
sistema de ensino;
V--baixar normas complementares para o seu sistema 
de ensino;
VI--assegurar o Ensino Fundamental e oferecer, com 
prioridade, o Ensino Médio;
VII--assumir o transporte escolar dos alunos da rede 
estadual.
(Obs.: o inciso VII foi acrescentado pela Lei nº 
10.709/03).
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as 
competências referentes aos Estados e Municípios.
A Lei 9.394/96 determina, para a organização do sistema de 
ensino estadual e do Distrito Federal, no art. 17:
Art. 17 – Os sistemas de ensino dos Estados e do 
Distrito Federal compreendem:
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I--as instituições de ensino mantidas, 
respectivamente, pelo Poder Público Estadual e do 
Distrito Federal:
II--as instituições de educação superior mantidas 
pelo Poder Público municipal;
III--as instituições de Ensino Fundamental e Médio 
criadas e mantidas pela iniciativa privada;
IV--os órgãos de educação estaduais e do Distrito 
Federal, respectivamente.
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de 
Educação Infantil, criadas e mantidas pela iniciativa 
privada, integram seu sistema de ensino.
2.5.2 Administração de nível estadual
Os estados e o Distrito Federal devem responsabilizar-se 
por organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições 
ofi ciais dos seus sistemas de ensino.
Fazem parte integrante da administração de nível estadual:
Funções executivas:
• a rede de escolas para o desenvolvimento da educação 
escolar;
• as secretarias ou departamentos de educação.
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Funções normativas e órgão colegiado
Conselhos Estaduais de Educação
Constituídos de:
Câmara de Educação Básica
Câmara de Educação Superior
A Lei 9.394/96 dispõe, para os municípios, no art. 11:
Art. 11- Os Municípios incumbir-se-ão de:
I- organizar, manter e desenvolver os órgãos e 
instituições ofi ciais dos seus sistemas de ensino, 
integrando-se às políticas e planos educacionais da 
União e dos Estados;
II- exercer ação distributiva em relação às suas 
escolas;
III- baixar normas complementares para seu sistema 
de ensino;
IV- autorizar, credenciar e supervisionar os 
estabelecimentos do seu sistema de ensino;
V- oferecer a Educação Infantil em creches e pré-
escolas e, com prioridade, o Ensino Fundamental, 
permitida a atuação em outros níveis de ensino 
somente quando estiverem atendidas plenamente 
as necessidades de sua área de competência e 
com recursos acima dos percentuais mínimos 
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vinculados pela Constituição Federal à manutenção 
e desenvolvimento do ensino;
VI- assumir o transporte escolar dos alunos da rede 
municipal.
(Obs.: o inciso VI foi acrescentado pela Lei nº 
10.709/03).
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, 
ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino 
ou compor com ele um sistema único de educação 
básica.
2.5.3 Administração de nível municipal
Os municípios podem ou não organizar seus próprios 
sistemas de ensino, pois podem se integrar ao sistema de 
ensino estadual ou compor, com ele, um único sistema de 
educação básica. Os municípios, a partir da Constituição 
Federal de 1988, são entes federados da União, e, como 
tais, devem atender às normas válidas para todo o território 
nacional.
Fazem parte dos sistemas municipais deensino:
Funções executivas:
• instituições de Ensino Fundamental e Médio municipais;
• instituições de Educação Infantil, municipais e privadas;
• Órgãos municipais de educação.
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Funções normativas:
Conselho Municipal de Educação
Quadro do sistema nacional de educação segundo a Lei 
9.394/96
Lei n° 9.394 de 20/dez/96
 Educação básica - art. 21, I Educação
Superior - art. 43
 
 De 0 a 5 anos De 6 a 14 anos De 15 a 17 anos 
 Educação Infantil -
arts. 29, 30, 31
Ensino Fundamental -
 arts. 32 a 34 Ensino Médio -
arts. 35 e 36
 - Graduação
- Pós-graduação
- Extensão
- Especialização
 
 Creche Pré-escola Ciclos/séries 
 
Obs.: as Leis n° 11.114 de, 16/05/2005, e 
n° 11.274, de 06/02/2006 alteraram a Lei 
n° 9.394/96.
Educação de Jovens e Adultos -
art. 37 
 
Ens. Fund. -
art. 38, I
+ 15 anos
Ensino Médio -
art. 38, I
+ 18 anos
 
 Educação Especial - arts. 58 e 59 
 
Fonte: Revista APASE, nº 6, ano VI, abr. 2007, p.13.

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