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( ) c%delo das flores pode ser definido COl\lO scndo uma nova dimen- s~o ell' cor nexperimenta·;';!i·i·:ii··;; { :11111h1'11.11I1illlW1111~H'0 1I1('!lldlld(1111'11de Pl'S(flllsa, onde a psicana- IiM' II 11111IIIIii'1111111H"III11111j II'jllllllll'lllll( /e i11\'l'slig:ll;il11psicol6gica, em que II /111lll'iplil Imllllllll'lllll dll 111('1lldllllil IIiJ1I1'Ifnl't 11\':'lllscja dns sonhos, dos constituir-se num projeto sem saber para onde este caminho 0 levaria, perdeu-se ficando a deriva. ( . 0 metodo fenomenol6gico vai preocupar-se em mostrar, e nao em demonstrar. Tentou nos levar ao sentido, buscando 0 caminho das coisas, acreditando que 0 caminho se mostra. Ace!to~ 0 princfpio A da.tra~sp~ren- cia e nao 0 da manifestac;:ao, nem da aparenCla. Transparencla nao e umI mostrar~se em si mesmo e sim se anunciar atraves de algo que se mostra. Na pesquisa psicolGglca,em seu sentido qualitativo, a id€ia de feno- menD assumiu 0 sentido de entidade enquanto coisa, pensamento, pessoa, que se mostra enquanto situada, por meio da descric;:aodo situar~se. A par- tir de 1967, esta forma de pesquisa atingiu maior divulga~ao, fundamen- tando-se na busca de sentido nao mais se preocupando com generalizac;:6es, princfpios e leis, recorrendo, entao, a reduc;:aofenomenolGgica. A pesquisa fenomenolGgica, como uma das propostas de levantamen~ to e analise dos dados atraves de metodos qualitativos, segue os seguintes passos: • Tema - Constitui-se no fenomeno, na preocupa~ao com a natureza daquilo que se pretende investigar, sem 0 previo conhecimento sis~ tematizado do fenomeno,nao p~rtin~o,assim,de princfpios. expli- .cativos, teorias ou quatquerindica~aodefinidora do fenomeno. Ini- cia~se, entao, 0 trabalho, i,nterrogando dfen~meno, desconhecendo ascaracterfsticas. essenciais 40f~n?ll1e~9~u~~~qu~r ~st~dar . • .constitui~ao Dospados __~ essa~taBa'8~pe~q~isaclor at€m~se· ao que even t8ssigIlifi~~m.paraos sujei tose~p~s~u.isa, .···~.·.)i·/..··.··i.i' ....·.·..·· •. i pr~c~dinl{~lltoM~tod~16gif() •.7"TerrlS9rn8r~~urs8 .•••.•aentrevista que pretendein vestigar a ·.Yiy~nciCl.das·p~s§Qas.~l]1id~t~~tnit1aslas.situa~. ;., .. '::.:.: ..::: .. ::,':,.,;..:":'",:. ':F·: ;:.>:.:::' ','_' c. ,,-:>.:-:"'-, ,:.:':.,':,:,,';. :0-,:";-"; cia da linguagem como revcladora da articulac;ao dos sentlmentos e da interpretac;ao frente a relac;ao do ser com 0 mundo e as reflex6es de Kierkegaard como fundamento daquilo que e revelado na linguagem. Martin Heidegger (1889-1976), da mesma forma que Platao e Aristote- les, tinha como objetivo 0 estudo do ser, porem se diferenciou destes filo- ( sofos na medida em que acreditava gue,para refletir acerca do ser, deveria ( transforma-Io em ente. Para tanto, retirou 0 carater universal do ser e, par- tindo para 0 concreto, propos-se a iniciar seu estudo pelo ente em sua rea- ( lidade determinada e concreta. Acreditava que somente pelo exame refle- xivo do existente, chegaria a noc;ao do sentido do ser. Sua reflexao tern infcio com a analise do dasein (sein = a presenc;a, da = at). Com esta desig- nac;ao pretendesubstituir a palavra sujeito por um termo que caracteriza 0 ser em relac;ao. Ser-af significa 0 ser lanc;ado num mundo, cuja mera pre- senc;a'lmplica na possibilidade completa e total da existencia. Assim, cria ( a maxima do existencialismo, onde a existencia tem prioridade sobre a essencia. A essencia do ser reside na sua existencia, logo 0 ser nao pode jamais ser distinguido do seu modo de ser e as suas propriedades nada mais I sao do que modos possfveis do existente. > ( Para conhecer a estrutura da. existencia, Heidegger (1989) indica 0 caminho da quotidianidade, que admite nao ser uma tarefa facH, mas par- tindo-se da faticidade do mundo, da vida em ultima analise e da sua histo~ ricidade e que se pode chegar ao ser. A determinac;ao fundamental do dasein eo estar-no-mundo ou ser-no-mundo em seus tres aspectos: 0 mundo que :onsiste nutn conjunto de objetos que se apresentam utilitariamente para o dasein; serYindo-se do mundo para sua transformac;ao;o ser do existente, queconsis~et1UmC()njllntodeiPossibilidadesque ell.' podeTarealizar; 0 serem,que'lmplicaeIll objetivar-s~nomundo deac~rdo com as suasneces- I ,i~ades, tr~ze~d9afocarat~r,de i~tencio~alidad~. '>'." ";',, ",. ".',> ;.•••0.m~do;~isteflcial qu~ s;I',araoser~afclosdeIllais entes dglJ,~iyerso, consistindo .narelac;ao do daseiri com (j ,mundo" ~essencialmentepreocu- - A P,icoce"p;, h;"'no;,J, Urn,P'''I";'' F,~orn~"16':~"=~~-7-~-1,1 - '- 11pa'rao. A preocupac;ao imp6e a presen'ra do mundo, a praticidade dos obje- " tos, implicando tanto nos aspectos da vida interior como da vida exterior. Pertence a natureza mais intima da existencia humana com suas diferen- tes conotac;6es. A solicitude, outro modo essencial do ser-no-mundo, con- siste na atenc;ao ao proximo como tal. Heidegger (1989), na tentativa de descrever a estruturado dasein, afir- ma que este se manifesta sob tres formas ontologicas. A prime ira, que e considerada a situac;ao originaria, consiste na abertura do ser para 0 mun- do. A pre-senc;a como disposic;:aoe denominada quotidianamente como humor. 0 estado de humor na disposic;ao constitui-se, portanto, na aber- tura mundana da pre-senc;a. E 0 estado afetivo que varia incessantemen- te, segundo as vicissitudes da quotidianidade. Nesta forma ontologica, 0 sentimento, que reside na origem de todas as outras situac;6es, nos revela a situac;ao fundamental. Para se chegar a situac;ao originaria tem-se de par- tir de do is sentimentos que dai derivam: angustia e tedio. Segundo esse filosofo, atraves de tres perguntas poder-se-a chegar a estrutura do senti- mento da situac;ao de abertura para 0 mundo, san elas: De que temos me- do? 0 que e ter medo? Pelo que temos medo? Em seu livro 0 ser e a tem- po, Heidegger constata: "Todas as modifica~5es do temor, enquanto possibilidades de disposi~ao, apon- tam para 0 fato de que a pre-sen~a, como ser-no-mundo e temerosa." (p. 197) A segunda forma ontologica consiste no fato de dar significados ao mundo. Tem-se aqui a interpretac;ao ou compreensibilidade, que pretende situar 0 objeto de forma a apreender-Ihe 0 sentido. 0 objeto reduz-se ao seu sentido. Toda e qualquer disposic;aopossui a sua compreensibilidade, a qual, por sua vez, vem sintonizada com 0 humor. A compreensao subsiste no poder ser da presenc;a e em todas as dimens6es essenciais conduz as possi- bilidades, possuindo a estrutura existencial do projeto. Ela projeta 0 ser da presenc;a para sua destinac;:ao.Na compreensao, a presenc;a projeta seu ser para as possibilidades. A interpreta~ao funda-se numa visao previa, segun- do uma possibilidade de interpretac;ao; logo, nao isenta de pressuposto. 0 sentido, que consiste na sustentac;ao da compreensibilidade, articula-se na abertura da compreensao com sua caracterfstica basica deinterpretac;ao. Diz Heidegger( 1989): "Sentido e a perspectiva em fun~ao da qual se estrutura 0 projeto peia posi~ao pre\Ti~,vi~a() preYl~e .. . ............existencial inerente ao proprio discurso: a escuta. 0 discurso e a escuta fundem-se na compreensao. Para Heidegger (1989): A discursividade consiste, pois, no instrumento peIo qual 0 dasein da sentido ao mundo e ao seu proprio dasein. E atraves da necessidade de comu- nicac;:aoque 0 dasein se apresenta, reve!ando por este meio a sua existencia inautentica, onae a- sua constitui~ao existencial tende a degradar-se, esta- do de queda. Nesta situac;:ao,0 discurso toma-se falatorio, modo de ser da compreensao desarraigada da presen~a. A compreensibilidade nada mais implica do que em curiosidade, onde a principal ocupa~ao ever e nao com- preendcr, perde-se nas novidades, caracterizando-se pe!a impermanencia, excita-se e inquieta-se perante 0 novo. A curiosidade constitui-se de dois momentos: impermanencia no mundo circundante das ocupa~oes e disper- SaDfrente as novas possibilidades. A partir desses dois constitutivos, fun- da-se 0 dcsamparo. A disposi~ao ou humor toma-se ambigilidade, onde a ilusao da vivencia autentica traz 0 sentimento de ambigilidade, tomando- se impossfvel distinguir 0 autentico do inautentico. Soren Aabye Kierkegaard (1813/55), na sua obra literaria 0 desespero humano, propoe-se a descrever que: "0 homem e espfrito". Na tentativa de responder que e espfrito, diz "0 espfrito e 0 eu". 0 eu, para 0 autor, e uma reIa~ao que nao se estabe!ece com qualquer coisa alheia a si mesmo, mas consigo proprio. Diz ainda: "...mais e melhor do que na rela~ao propriamente dita consiste no orientar-se dessa rela~ao para a pr6pria interioridade." . 0 eunao e rela~ao em si, massim ~ao se a si prc5pJ:ia, mo sobre si proprio. Se a rela- consl~itlli-~iecomo um terceiro ter- aquela:que passa a ser o desespero pela carencia de neccssid"dl' Ol'one quando a possfvel repele a necessidade e a eu se precipita, pcrdelldo-sc 110 possfvcl. Este eu toma-se uma abstrac;ao, debatendo-se contra si 1I1CSIJlO, flois, impedido de mudar de lugar, prende-se a neces.sidade. No desespero pela carencia do possfvel, tudo se (om" uilla nccessidade, tem-se af 0 fatalista, que perde seu eu porque para de S(l 11:] ncccssidade. '*' detalhadamente observadas tanto nas expressoes quotidianas como nas cxistenciais. Ao descrever a psicoterapia como um processo que se constitui numa relac;aode intersubjetividades, a qual se funda no discurso do psicoterapeu- ta e do diente, toma-se imprescindfvel conhecer a estrutura em que a fala e a escuta se articulam. Conhecendo-se esta articulac;ao, pode-se promo- ver atuac;oes mais eficientes. 0 psic610gono lugar da escuta, na compreen- sao do relato daquele que the pede ajuda, pode apreender ospontos de desor- dem ou de estagnac;ao, facilitando 0 discurso do cliente e permitindo que os aspectos conflitivos emerjam. Este emergir na fala do diente, ao se dei- xar afetar pela intervenc;ao terapeutica, pode proporcionar a ampliac;aoda consciencia no sentido de um maior conhecimento de si mesmo. As expressoes de inautenticidade reveladas no discursodo cliente apa- recem sempre de acordo com a compreensibilidade da vivencia de cada um. Acerca desse tema diz Augras(1981): Em psicologia, a fala e considerada a instrumento fundamental na tare- fa do psic610go.Alguns te6ricos desta area do saber enfatizam a importan- cia do nao-verbal, porem, a grande maioria destaca aquilo que e verbaliza- do. Monique Augras (1981) verifica ser a linguagem 0 instrumcnto de que o homem dispoe para explicitar sua situac;ao. E continua: , "A fala, pdo seu carater f(sico a abstrato, interpretativo e manipulador, concen- tfa em si todas as modalidades de formulao;:ao e atuao;:ao do ser no mundo. Para Mender ao objetivo inicialmente propos to, qual seja 0 de encontrar na situao;:ao existencial subs(dios para estabelecer uma compreensao individual, 0 questiona- mcnro da linguagem afirma-se como meio necessario a investigao;:ao." ( p.23) "No campo do diagn6stico, a fala do cIiente, nas entrevistas e nas provas, e a manifestao;:ao de sua realidade, e como tal sera investigada, atraves dela e que serao trazidos a lume as suas vivencias: a sua hist6ria , 0 seu corpo, a sua estra- nheza, 0 seu fazer." (p.2S). I3andler e Grinder (1975) estruturam uma proposta te6rico-pratica em psicologia a programac;ao neurolingLifstica, a qual definem como um conjun- to de tecnicas que ensinam a entender as processos intemos das p'essoasatra- yeS da identificac;ao dos padroes das linguagens verbal e extraverbal. A experiencia no processo psicoterapeutico, ao longo dos anos, deixa cada vez mais claro que e atraves da comunicac;ao, estabelecida na relac;ao entre 0 psicoterapeuta e a cliente, que as psicoterapias atingem seu exito. Heidegger (1989), fil6sofo da daseinaruilise, na tentativa de construir sua~ otltologia, chega a dizer que e no discurso que a indivfduo revela aquilo que ele esconde. Ele, entre muitos autores, reconhece a importancia do discur so do sujeito para se chegar a compreensao au a constituic;ao do ser. Por outro lado, reconhece-se tambem que aquilo que a psicoterapeuta articula na sua linguagem e fundamental para que a process a tenha uma repercussao terapeutica. Milton Erickson (Zeig, 1985), neurologista ame- ricana, que atuou terapeuticamente atraves da hipnose, acreditava que aquilo que a psicoterapeuta falava c.onstitufa a elemento fundamental para mudanc;~daquele Jaspers o metodo de pesquisa utilizado nesse estudo foi 0 fenomenol6gico- empfrico, seguindo 0 esquema sugerido par Amatuzzi(1996): A fim de buscar a estrutura do processo psicoterapeutico, foram utili- zados como referencia dois psicoterapeutas que atuam numa proposta exis- tencial, as quais gravaram assess6esque foram material dessa pesquisa, devi- damente autorizados pelos seus clientes. o grupo de estudo constituiu-se par tres processos de psicoterapia, em cada um dos psicoterapeutas, destacando-se assessoesiniciais( tres), as inter- mediarias( cinco) e as finais (tres). Na analise dos dados noprocesso de escuta e fala, apreenderam-se as unidades de significado presentes no discurso psicoterapeutico. Os elemen- tos que aparecem com uma freqllencia significativa na psicoterapia pare- cem constituir alguns dos fundamentos do processo de escuta.e fala na rela- c;ao cliente-psicoterapeuta. As ullidades de significadq serilo d~critas na forma como aparecem nodiscurso psicoterapeuticoe,·. respectivamente, tivos, vac;6es, st'r;)(Id;llLi.~;)~1)(lssihilidades de manejo de psicoterapeuta, na ordem do dis- l'l11.~lIl';lr:1(I St'IIIidll, possihilidades futuras. 0 risco que esta implicando em cad a escolha, uma vez que quando uma diresitua~ao em que se encontra agora~ A expressao dessa vivencia atraves do discurso apa- reel', como lamenta~ao das possibilidades que nao foram escolhidas da segulOte forma: Perda do proprio referencial: Diz 0 cliente: "Todo mundo faz assim, nao fala de'sua privacidade, eu tambem nao falo, porque vou me expor: falo s6 amenidades, coisas superficiais. Sei que passo superficiali- dade, mas todo mundo passa," Kierkegaard (1968) refere-se a esta vivencia ao descrever a dialetica da liberdade, necessidade e possibilidade. Na vivencia dessa dialetica corre sempre 0 risco de perder-se em si mesmo ou de si mesmo. Heidegger (1989) fala da vivencia que se perde na impessoalidade como uma das formas de existir inautentica. A perda do pr6prio referencial e revelada pelo pleno desconhecimento do seu sentido, do seu prajeto e dal desconhece tambem os pr6prios referenciais. 0 existente fica a merce do que lhe dizem, das nor- mas que Ihe san impostas, Perde-se no mundo, nao sabe 0 que e seu e 0 que e do outro. 0 discurso compi5e-se pela incapacidade de tomar decisao, per- gunta sempre ao Gutro, inclusive ao psicoterapeuta, como deve praceder nas diferentes situa~i5es de sua vida. Sente-se perturbado pelas observa~i5es do outro ao seu respeito. Como um barco a deriva, sente-se feliz frente ao elogio do outro e infeliz diante da crltica. Sua a~ao e mediada pela insegu- ran~a e sua auto-imagem e desconhecida e avaliada como sem valor Na psicoterapia, deve-se trabalhar de forma a nunca servir como refe- rendal para 0 cliente, portanto deve 0 psicoterapeuta ter cautela para que as suas cren~as nao sejam ao cliente e ter um extremo contraIl' so- bre 0 ao cliente, nem que este insista que ~ ~ueixa fica em t~rno daquilo do qual outrara se abriu mao: Uma par- ttcIpante da pesquIsa lamentava-se da seguinte forma: "Sempre quis fazer diretto, mas quando terminei 0 segundo grau, meu noivo pediu- me em c,as~menro, com a condi~ao de que eu nao fosse para a faculdade, por is- sO,acabel,nao reahzando meu grande sonho, e hoje aos 40 anos com os mcus filhos en ados VIVO esta grande frustra~ao," Cabe ,ao ps!coterapeuta trazer a tona a vivencia inautentica, mobili- z~ndo 0 dlente a responsabilidade pela escolha e tambem clarificar a viven- CIa atual de modo a mostrar-Ihe que na medida em que se lamenta, se per- manece na mesma escolha. Angti.s,tia ,e~st~ncial: Os relatos nesta vivencia dao-se no sentido de encontrar JustIfrcatIvas para nao se Ian~ar para 0 devir na seguinte forma: "!,!a~ posso dormir fora de casa com .meu narnorado, meus pais nao acei:tam este tIpo e conduta, eles poderiam ter ufil enfarte, eeu nao posso fazer ista .com ell's." Heidegger (1989)certifica que a disposi~aopara da por do is sentimentos turldament~lis: an~~usl~ia. relaciona-se como I :11111111 lOlljl" II' 'CIl11l1l c1icnte buscando seu proprio referencial, insistindo em "I:IS 11l1111:1i li\IJ('S (' OIll'lllOIndopara as escolhas realizadas pOl'ell' proprio. o discurso desse cliente, na maioria das vezes, revela-se de forma reti- ccntc, po is ell' espera conhecer urn pouco mais do outro, para poder mos- lrar-sc de acordo com a expectativa daquele com quem se relaciona. Nos primeiros contatos, a ansiedade e sua marca regi;trada, parecendo insegu- 1'0, fr,'igil. 0 psicoterapeuta deve estar atento, pois deixa transparecer suas cxpectativas, segundo as quais 0 cliente vai se mostrar. Pouco a pouco, na psicoterapia deve-se caminhar a fim de que 0 clien- te entre em contato com a sua solidao e seu medo. "I: 11111:1'iIIl',:I:l,'"Eu queria podn scr 11111grande p/'o(jssion:J!('01111)1I11'11c1H'fc, livl'\lspuhlieauos, palcstras,o mno mundo. Serve tam- bem como fornecedorade dados, de realidadepara que oterapeutapossa distinguiro dado objetivo do subjetivo.;c o psicoterapeuta: "- 0 que voce foi f'lZer." "- Voce vai pensar que eu sou uma chata." Responde 0 psicoterapeuta: "- Er:.tao, parece que voce fala para que eu nao pense que voce e uma chata e nao porque voce queira realmente falar. Voce age comigo como age com 0 mundo sempre querendo atuar da forma que voce acredita que oou- tro quer que voce atue." , ~est~ i~t~rven:,;:.,:r',,':-'.:. :.: RQI1911a~(1954)escreveu, na decada de50, acerca da utilizas:aodas tesniC~trnpsisoteraIJiaeafinnouque.a abordagem existencialista em psi- colqgia.nagdispunl).a de 'tempo de existenciasuficiente para desenvolver r~'ClIrs~,sI~Cllic()s,lima vez que a proposta de uma psieo!l'.r;lpia com base na fdos()(w alnda cstava se estruturando. I!ojc, decpara 0 seu fundamenta, sem deixar de estar atento as reeomenda~5es de Forghieri(1993): "Ao se utilizar da redu~ao fenomeno16gica para investigar formas coneretas de existencia, ou experiencias vividas em determinadas situa~6es, 0pesquisador deve iniciar 0 seutrabalho yoltando-se para a,sua pr6pria vivencia a fim de refletir so- bre ela para captar 0 significado da mesma ell:1sua existencia."(p.59) A ideia de averigoar aquilo queJundamentaa psicoterapia n~mapro- posta fenomenol6gico-existencial surgi~da experi~J.lci,ac0D-10psic;6logo elf- nico ao longode 20 anosn~ssetipo de ati~iclade.()pol'l.tbdeIJartida foi, portanto,a pr6pri~vive~cia naO 56 comoaq~dequeajuda, rnastaD-1~~D-1 como aque1e que eajl1c1ado; ... . ... AUt mAS, MllIdl!'/('. () ser da compreensao. Petrop6lis: Vozes, 19R 1. AMATl lZZI, M:lllro M. Apontamentos acerca da pesquisa fcnolllcnol6gi- l':1. /c'slllc!u.\ £1(, l'sico!ogia, Brasilia: PUCCAMP, v.U, n.ll, ]1]1.5-10, j:lII./ahr.ll)l.)(). 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