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Curso Extensivo
OAB 1ª Fase
Disciplina: Direito Empresarial 
Aula 01: Teoria da Empresa
Professor: Jairo Júnior 
 A evolução histórica do direito empresarial: teoria dos atos de comércio x teoria
da empresa
 No Brasil, adota-se originariamente a teoria dos atos comércio, nascendo o direito comercial
sob a perspectiva objetiva (Forgioni). A definição dos atos de comércio, todavia, não se
encontrava no Código Comercial de 1850, mas no Regulamento 357 que disciplinava a
“ordem do Juízo no Processo Commercial”. A partir da segunda metade do séc. XX, doutrina e
jurisprudência adotam a teoria da empresa, que vem a ser positivada no Código Civil de 2002
(unificação do direito privado). Exemplos de ato de comércio: compra e venda de
manufaturados; operações bancárias, de corretagem ou câmbio; empresas de fábrica;
seguros marítimos; armação e expedição de navios; dentre outros.
 A relevância da autonomia do Direito Empresarial se dá em decorrência de sua
dinâmica própria no capitalismo e em razão da função social da empresa,
engrenagem essencial para a movimentação da economia. Justifica-se, portanto, o
regime protecionista concedido ao empresário, na esteira da socialização dos
riscos decorrentes da empresa.
 O direito empresarial, hoje, caracteriza-se por ser ramo do direito privado voltado
à regulamentação da atuação do empresário no exercício da empresa, sob a
perspectiva interna e externa, podendo ser subdividido em direito societário;
direito cambiário; direito concorrencial; direito industrial; direito falimentar;
dentre outros sub-ramos.
• Empresa (atividade) x empresário (pessoa física ou jurídica).
• Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera
empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda
com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento
de empresa.
• Atividade econômica: conjunto ordenado de atos com fim lucrativo.
• Organização: articulação de capital, mão de obra, insumos e tecnologia (know how).
• Profissionalismo: habitualidade e pessoalidade (exercício pessoal da atividade econômica, 
ainda que por intermédio de colaboradores).
• Exclusão: atividades de natureza intelectual (artísticas, científicas ou literárias – geralmente 
atividades personalíssimas praticadas por liberais), salvo se houver elemento de empresa.
• Atividades específicas relevantes
• A advocacia nunca será considerada atividade empresária (ainda que haja a organização inerente à
empresa). Por quê?
• Art. 15, EOAB - Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de
serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada
nesta Lei e no regulamento geral
• A atividade rural pode ser considerada empresária?
• Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode,
observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito,
ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art968
• Na ordem jurídica brasileira, a empresa pode ser exercida
por três diferentes agentes.
• I. Pessoas naturais (empresários individuais);
• II. EIRELI (pessoa jurídica);
• III. Sociedades empresárias (pessoas jurídicas)

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