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REVISADA paliativo(4)

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Anne Silva

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REVISADA - Grupo 57
Eliane Ferreira da Silva
Senyse Fernandes Mendes
Francisca pereira de Sá Rosa
Laisa Eloá Silva Dante
Adriano Filipe Barreto Grangeiro
Edna Marques de Oliveira
⁠Melissa Alves Nogueira
Cláudia De Donato
⁠Pablo Gabriel Ramos Dos Santos
1.Introducão
O envelhecimento populacional é uma realidade crescente e heterogênea, manifestando-se de formas distintas em cada indivíduo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030 uma em cada seis pessoas terá 60 anos ou mais. Esse cenário impõe desafios complexos aos sistemas de saúde, às famílias e à sociedade, sobretudo diante da terminalidade da vida.
Nesse contexto, os cuidados paliativos emergem como uma abordagem ética e humanizada, voltada à dignidade, à autonomia e à qualidade de vida, mesmo em condições de doença avançada. Fundamentados nos princípios da bioética - autonomia, beneficência e justiça - buscam não apenas aliviar dor e sofrimento, mas também oferecer acolhimento psicológico, social e espiritual ao paciente e à sua família.
2.Compreensão do contexto
A OMS define cuidados paliativos como uma abordagem que não acelera e nem adia a morte, mas promove bem-estar e dignidade em todas as etapas da doença. Trata-se de um olhar integral para o paciente, contemplando dimensões físicas, psíquicas, sociais, familiares e espirituais.
Ferramentas como o DAM (Diagrama de Abordagem Multidimensional) auxiliam nesse processo ao organizar a discussão multiprofissional, permitindo identificar sofrimentos e direcionar intervenções de forma integrada e singularizada. Entretanto, persistem lacunas significativas: a escassez de serviços especializados, barreiras culturais na aceitação da finitude e a insuficiente formação profissional em cuidados paliativos. Esses aspectos reforçam a urgência de incorporar a abordagem interdisciplinar na prática cotidiana.
3.Contribuições interdisciplinares
A forca dos cuidados paliativos está na complementaridade da equipe multiprofissional, que oferece um cuidado amplo e integrado. Cada área contribui de forma única:
Psicomotricidade: O psicomotricista atua de forma integral-corpo, mente e emoções-em um momento de vulnerabilidade e intensas transformações. Utiliza a atividade psicomotora como recurso para favorecer a funcionalidade, estimular a autonomia possível e preservar a autoestima e a satisfação pessoal nesta etapa da vida.
A saúde bucal é frequentemente comprometida em pacientes paliativos devido a múltiplos fatores: doença primária (ex.: câncer diabetes cardíacas...), comorbidades, efeitos adversos de tratamentos (quimio/radioterapia), medicamentos (causando mucosites xerostomia ou candidíase), higiene prejudicada e próteses inadequadas. Essas alterações resultam em dor, disfagia, desnutrição, dificuldade de comunicação e redução da autoestima, impactando diretamente a qualidade de vida. A Odontologia Paliativa é um pilar indispensável para o controle sintomático efetivo. Sua integração às equipes multidisciplinares respaldada por protocolos e educação permanente assegura abordagens proativas que reduzem sofrimento, preservam a dignidade e elevam o conforto global do paciente.
A enfermagem é uma peça importante nos cuidados paliativos por manter um maior contato com os pacientes e familiares onde colhem dados para o relato com os outros profissionais da saúde, dados que muitas vezes passam despercebidos. A enfermagem oferece conforto não só de saúde, mas espiritual e emocional de maneira respeitosa e digna para que o paciente e familiares saibam lidar com a doença da melhor forma Edna Marques de Oliveira. 
Sobre paliativos existe equipes de medicina especializadas, as quais podem definir o momento de entrar com os cuidados paliativos. São executadas reuniões com equipe multidisciplinar atuantes no caso clínico e com os familiares, decidindo se haverá medidas de resgate como intubação, manobras de RCP entre outras abordagens pertinentes ao caso. 
A psicologia atua tanto no suporte aos familiares como ao paciente, ajudando no enfrentamento da doença, nos momentos de informações mais densas. Acolhe e escuta o idoso em relação aos seus medos, perdas e desejos, ajuda na elaboração do processo de morte, luto antecipatório, promove o fortalecimento e autonomia, busca de sentido a vida, facilita a comunicação entre paciente, equipe e família, previne o sofrimento psicológico intenso, como ansiedade, depressão ou desespero. Havendo o preparo psicológico das pessoas durante o ocorrer da doença e dos cuidados paliativos. 
A fisioterapia, auxilia com o conforto respiratório, controle de dor e manutenção das funcionalidades, dialoga com outras equipes para que haja o menor impacto possível das disfuncionalidades da patologia no corpo, equipe muito atuante na questão de conforto, para que o paciente tenha o mínimo de funcionalidade e conforto enquanto houver vida.
As condutas da equipe de nutrição visam avaliar o estado nutricional do paciente, planejar diversas dietas individualizadas respeitando as limitações e preferencias do idoso, ajustar a alimentação para sua condição (seja oral, enteral ou parenteral); priorizar o prazer de comer, prevenir e tratar sintomas como disfagia, inapetência, constipação ou náuseas; orientações para a família sobre o preparo de alimentos e adaptação da dieta. 
Sobre as atribuições da equipe de Serviço social, está em avaliar o contexto social e familiar do idoso, identificar as redes de apoio e fragilidades sociais do mesmo; facilitar o acesso a benefícios sociais, oferecer suporte a família em relação aos cuidados e tomada de decisões, mediar conflitos familiares e promover esculta qualificada, atuar na articulação com serviços da rede de saúde e assistência social no acesso a consultas, medicações que acionado viabiliza as necessidades do paciente. E casos em que há uma equipe religiosa, espiritualidade, essa equipe oferece suporte espiritual, respeitando a crença do idoso e da família na busca de reduzir o sofrimento existencial. Busca promover o conforto espiritual com escuta compassiva, rituais religiosos quando solicitados, mediar a presença de líderes espirituais. Trabalhar o sentido da vida e da morte segundo a crença de cada idoso e oferecer suporte aos profissionais da equipe multidisciplinar diante da morte e do luto. 
4.Crítica
O envelhecimento da população, somado ao aumento de doenças degenerativas, impõe desafios que ultrapassam os limites biomédicos e envolvem dilemas éticos, estruturais e sociais. No Brasil, embora existam iniciativas isoladas, como aponta o Atlas de Cuidados Paliativos (ANCP), a criação da Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP, 2024) representa um marco importante. Essa política busca ampliar e qualificar a atenção no SUS, fruto de mobilização popular e de especialistas. Ainda assim, persistem demandas urgentes: expandir políticas públicas, formar profissionais e sensibilizar a sociedade para compreender a finitude como parte natural da vida. Nesse cenário, a atuação interdisciplinar se reafirma como compromisso ético e humano, garantindo cuidado integral até o último instante.
Para as famílias, acompanhar um ente querido em cuidados paliativos significa enfrentar desafios práticos e emocionais. Por isso, é fundamental também "cuidar de quem cuida”, oferecendo suporte psicológico, social e espiritual, respeitando crenças e decisões. O acompanhamento contínuo da equipe deve promover diálogo honesto, empatia e respeito, minimizando estigmas e aliviando sofrimentos. Os estudos dificilmente abordam as ações das equipes multiprofissionais que como uma unidade visam o acolhimento do idoso; temos ainda que há a política do hospital humanizado, com normas e ações que visam acolher o paciente, já lhe passando segurança, acolhimento e todo suporte de psicologia e assistência social visando acompanhar, orientar e conduzir a família e o idoso. 
Para o paciente, o diagnóstico de uma doença ameaçadora da vida provoca reflexões profundas sobre sua trajetória e seu futuro. Nesse contexto, os cuidados paliativos devem ser iniciados desdeo diagnóstico e mantidos ao longo do tratamento, com foco no controle da dor, alívio de sintomas e suporte emocional oferecido por uma equipe multiprofissional.
Guiados pelos princípios da bioética, os cuidados paliativos se sustentam em quatro pilares básicos: comunicação eficaz, controle de sintomas, apoio à família e trabalho em equipe. 
5-Conclusão
Dialogar sobre a finitude é um desafio cultural e humano, mas indispensável. Os cuidados paliativos se apresentam como caminho de acolhimento, dignidade e respeito, garantindo que a vida seja cuidada em todas as suas fases-inclusive em sua etapa final.
Conclui-se que dialogar sobre a finitude é um desafio cultural, mas essencial. Os cuidados paliativos representam não apenas uma prática clínica, mas um compromisso ético de oferecer dignidade, acolhimento e sentido à vida até seu último instante
Referências 
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de atenção domiciliar – Volume 3: Cuidados Paliativos na Atenção Domiciliar. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_domiciliar_v3.pdf. Acesso em: 19 ago. 2025.
2. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Cuidados paliativos: diretrizes para cuidados paliativos centrados na pessoa e integrados em sistemas de saúde. Genebra: OMS, 2020. Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/331589. Acesso em: 19 ago. 2025.
3.PEDUZZI, Marina. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 35, n. 1, p. 103–139, fev. 2001. Disponível em: DOI 10.1590/S0034-89102001000100016. Acesso em: 19 ago. 2025.
4. COSTA, Rosemary Pereira. Interdisciplinaridade e equipes de saúde: concepções. Mental, Barbacena, v. 5, n. 8, p. 107–124, jun. 2007. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-44272007000100008. Acesso em: 19 ago. 2025.
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