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Introdução à patologia geral

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CONCEITOS BÁSICOS EM PATOLOGIA
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PATOLOGIA 
"A coisa mais difícil do mundo é enxergar com os 
olhos tudo que diante deles está!" 
GOETHE
O QUE É PATOLOGIA ?
Para o estudante, a patologia deve ser encarada como uma 
introdução ao estudo (gr. "logos") da doença (gr. "pathos"), que 
aborda principalmente o mecanismo de formação das doenças 
e também as causas, as características macro e microscópicas 
e as consequências destas sobre o organismo. 
Para o clínico, a patologia representa um meio de apoio e de 
confirmação de diagnósticos.
Para o patologista (profissional treinado para reconhecer 
morfologicamente as lesões), a patologia é o estudo das lesões 
decorrentes das doenças. Mais que um objectivo, o grande 
desafio é entender a doença (i.e., saber como e por que 
determinadas lesões ocorrem em determinadas circunstâncias, 
e quais as suas consequências.). 
• Patologia: estudo (logos) do sofrimento (pathos)
* Disciplina que engloba as ciências básicas e a prática 
clínica e dedica-se ao estudo das alterações estruturais e 
funcionais nas células, tecidos e órgãos envolvidos nas 
doenças
Conceitos em Patologia
Especial:
Respostas específicas de órgãos e 
tecidos
especializados a estes estímulos
Geral:
Reacções básicas das células e
tecidos a estímulos causadores
de doenças 
Conceitos em Patologia 
Patologia
Técnicas 
Moleculares
Imunologia
Microbiologia
Morfologia
Histoquímica
Imunohistoquímica
Explicar os sinais e sintomas manifestados pelos pacientes,
permitindo uma base sólida para cuidados clínicos e terapêuticos
É uma alteração orgânica geralmente constatada a partir de 
alterações na função [sintomas] de determinado órgão ou 
tecido, decorrentes de alterações bioquímicas e morfológicas 
causadas por alguma agressão, de tal maneira que se 
ultrapasse os limites de adaptação do organismo. 
O QUE É DOENÇA ?
• Se existe vida, então existe também doença! O conflito saúde x doença 
sempre existiu, para toda espécie de ser vivo. Na pré história, o homem 
parecia agir instintivamente, como os animais, no tratamento de suas 
enfermidades. Assim, é comum achar pinturas rupestres de homens das 
cavernas lambendo suas feridas, ou bebendo muita água e ficando nas 
proximidades de fogueiras quando tinha febre...
• Com o desenvolvimento da inteligência, alguns começaram a se 
destacar entre as tribos e utilizar empiricamente ervas, raízes, tecidos 
animais e mesmo procedimentos "cirúrgicos" (a 4.000 a.C. já existia 
trepanação craniana, com cicatrização), para "afastar os maus espíritos" 
das doenças [daí a designação comum de "sacerdotes" ou "feiticeiros"]. A 
doença era tida então como um reflexo da ira dos deuses...
No Egito dos Faraós, a mais de 5.000 anos, 
desenvolveu-se a técnica de embalsamento, o 
que permite os primeiros estudos anatómicos 
das doenças. Assim, em 1900 a.C. no "Papiro de 
Kahum" já havia referências a pequenas cirurgias 
e outras terapêuticas...
Na Grécia, entre 460 a 355 a.C. Hipócrates considerado 
ainda hoje como o "Pai da Medicina", criou a célebre "Teoria 
Humoral da Enfermidade", com base na aparência externa do 
indivíduo e correlacionou causas e efeitos, ainda que 
empiricamente. Posteriormente Galeno contribuiu e difundiu 
tal doutrina, que persistiu até o início do Renascimento.
Na Roma antiga , entre 42 a.C. e 37 d.C. viveu 
Celsus, que descreveu os 4 sinais cardeais da 
inflamação ["Signa inflammationis quatror sunt: 
Rubor et Tumor, cum Calor et Dolor"]
Entre 1514 e 1564, Andreas Vesalius revolucionou 
a anatomia, procurando associar função com 
estrutura anatómica. Publicou "Tabulae anatomica 
sex" em 1538 e "De humani corporis fabrica" em 
1543. Aos 30 anos foi forçado a abandonar a 
cátedra de anatomia em Pádua e, mais tarde, foi 
condenado pela inquisição à uma peregrinação a 
Jerusalém, morrendo no caminho.
O Renascimento marcou a perda das superstições 
e dos medos! Acabou a Inquisição e fazer autópsia 
deixou de ser violação da alma do cadáver! Com 
isto a patologia evoluiu bastante. Houve intenso 
desenvolvimento científico e o aparecimento de 
inúmeros livros e revistas científicas...
• Robert Hooke, estudando a cebola, criou o microscópio e baptizou a 
unidade fundamental dos tecidos com o nome de "célula" [pequena 
cela onde ficavam presos estruturas como o núcleo e o citoplasma...].
• Em 1628, William Harvey (1578-1657), descrevia o sistema circulatório
("Exercitatio anatomica de motu cordis et sanguinea in animalibus").
• No início do século XVIII, Giovanni Baptista Morgagni (1682-1771) 
começou a correlacionar alterações orgânicas constatadas na 
autópsia com sintomas das doenças.
• François Marie Xavier Bichat (1771-1802) estudou a constituição 
tecidular dos órgãos através de métodos físico- químicos, concluindo 
existir cerca de 21 tecidos diferentes no ser humano. É, por isto, 
considerada o "Pai da Histologia" e também a responsável pela 
clássica divisão entre patologia geral e patologia especial.
• Carl Rokitansky (1804-1878) estabeleceu as bases estruturais das 
doenças e a técnica de autópsia com estudo sistemático de cada 
órgão. Foi um excelente patologista descritivo. Em 1866 já tinha feito 
mais de 30 mil autópsias.
lesão microscópica [célula lesada]  lesão microscópica [tecido lesado]  lesão
macroscópica [órgão lesado]  lesão na função/sintoma [organismo lesado].
Rudolph Virchow (1821-1902), 
considerado como o "Pai da 
Histopatologia", pelo baptismo da 
maioria dos termos ainda hoje 
utilizados na prática médica. Em 
1858 escreveu "Die 
Cellularpathologie" (Patologia 
Celular) e criou um periódico [em 
1847] - “Virchow’s Archive", que 
permanece até hoje como um 
grande periódico em patologia. 
Aplicou a teoria celular em 
patologia, estabelecendo pela 1a vez 
a sequência:
• O patologista definitivamente não é:
"o cirurgião do além!"
"aquele que descobre tudo, mas só depois que o paciente já 
morreu!"
"aquele cujos pacientes nunca reclamam”
• Na verdade o patologista é um profissional que procura reconhecer, 
interpretar e entender as lesões e as doenças, de modo a estabelecer 
racionalmente [sem empirismo!] o diagnóstico morfológico (as vezes 
também o diagnóstico etiológico provável) e o prognóstico.
O QUE FAZ UM PATOLOGISTA 
?
Conceitos em Patologia 
Patologia
Etiologia (causa)
Patogenia
Alterações morfológicas
Fisiopatologia
1. Etiologia - Parte da patologia que estuda às causas das lesões;
2. Patogenia - Parte da patologia que estuda os mecanismo de 
formação das lesões;
3. Alterações morfológicas - Parte da patologia que estuda as 
características das lesões;
4. Fisiopatologia - Parte da patologia que se dedica ao estudo das 
alterações da função de órgãos lesados.
Conceitos em Patologia 
Causa primária
Diagnóstico
correcto
Compreensão da
doença
Tratamento
adequado
Etiologia (Causa)
Intrínseca
(genética)
Adquirida
(Causa infecciosa,
nutricional,
química, fisíca...)
AGENTES ETIOLÓGICOS: Qualquer agente que determine reacções anormais 
na célula, podendo levar à perda da capacidade de compensação e gerar 
alterações bioquímicas, fisiológicas e morfológicas. A lesão bioquímica 
precede a lesão fisiológica que precede a lesão morfológica.
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES ETIOLÓGICOS:
Intrínsecos:
Modificações no genoma, na hereditariedade e na embriogênese;
Erros metabólicos inatos;
Disfunções imunológicas (autoimunidade; hipersensibilidades; imunossupressão);
Distúrbios circulatórios;
Distúrbios nervosos e psíquicos;
Envelhecimento;
Extrínsecos:
Físicos:temperatura; electricidade; radiações; magnetismo, gravidade e pressão.
Químicos:
Exógenos
Inorgânicos Ácidos, bases, metais 
pesados
Orgânicos Toxinas, venenos, 
organo-sintéticos
Endógenos Hormonais, catabólitos, enzimas, 
anticorpos, etc...
Infecciosos:
Agentes Acelulares Prions (<5 nm); viroides 
(<5 nm); virus (20-200 nm)
Agentes Unicelulares Células procarióticas (200-
2000 nm): clamídias, 
micoplasmas, rickettsias, 
bactérias
Células eucarióticas 
(>2000 nm): fungos, 
protozoários
Agentes Multicelulares Helmintos
Artrópodes
• Patogenia: Sequência de eventos na 
resposta das células e tecidos ao “agente” 
etiológico, desde o estímulo inicial até a 
expressão final da doença.
Conceitos em Patologia 
Causa Primária
(infecciosa, degenerativa 
ou genético-molecular)
Expressão
da doença
Eventos bioquímicos,
imunológicos e
morfológicos
• Alterações morfológicas: Alterações 
estruturais nas células e tecidos que são 
características da doença ou diagnosticas do 
processo etiológico
• Fisiopatologia: A natureza das alterações 
morfológicas e sua distribuição nos diferentes órgãos 
e tecidos influencia as funções normais e determina 
sinais e sintomas, bem como o curso clínico 
(prognóstico) da doença 
Conceitos em Patologia 
Alterações morfológicas 
Neoplasia da retina Neoplasia maligna de pequenas
células com formação de rosetas
Retinoblastoma
Fisiopatologia 
Newton já dizia: "A cada acção corresponde uma reacção!" O organismo 
também obedece essa lei natural. Assim, a cada agressão, o organismo reage. 
Estas reacções, no entanto, vão depender da intensidade e da persistência da 
agressão e da resistência do local agredido.
Reacções às 
Agressões
Adaptação  Alt. 
progressivas
NecroseAlt. Regressivas 
(atrofia/degeneração)
Alt. Inflamatórias
Alt. Neoplásicas
Comprometimento 
causado pela 
agressão:
molecular celular e 
subcelular
tissular e 
celular
orgânico e 
tissular
sistémico e 
orgânico
Nível de resolução bioquimico ultraestrutural histológico anátomo 
patológico
clínico
Constatação por técnicas 
moleculares
microscopia 
eletrônica
microscopia 
óptica
olho nu sintomas
A capacidade de entender a doença depende do nível de resolução no 
qual as informações importantes são captadas.

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