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MICROBIOLOGIA N1 gabi harumi PREPARAÇÃO DE ESFREGAÇO 1) Esfregaço fixado Colônia macroscópica, bactérias do mesmo gênero e diferentes cepas Coloração de GRAM peptideoglicano formado de aminoácidos e carboidratos GRAM + Peptídeo glicano espesso GRAM - Peptídeo glicano menor e possui membrana externa na parede celular ● lugol fixa o corante ● membrana externa é dissolvida no álcool - acetona e a bactéria fica sem coloração ● fucsina ou safranina colore gram - MORFOLOGIA BACTERIANA COCOS EM CADEIA gram + COCOS AGRUPADOS gram + DIPLOCOCOS gram + MICROBIOTA NORMAL DO CORPO HUMANO FUNÇÕES 1. Impedir colonização por patógenos 2. Absorção de nutrientes 3. Produção de vitaminas Desequilíbrio pode causar danos exemplo candidíase vaginal Microbiota do mal pode causar pneumonia da microbiota do trato respiratório LOCAIS QUE TEM MICROBIOTA Fezes e orofaringe Pele Trato respiratório superior Trato digestório Trato urinário Trato genital LOCAIS QUE NÃO TEM MICROBIOTA Licor raquidiano e sangue PERIGO quando a pessoa é imunossuprimido MICRORGANISMOS TRANSITÓRIOS são perigosos em hospitais - grande variedades - gênero Staphylococcus spp - bacilos gram + e - ESTUDO COCOS GRAM POSITIVOS gênero: Staphylococcus spp = cachos de uva Streptococcus spp Enterococcus spp (em cadeia) = exceção do S. pneumoniae, os diplococos CARACTERÍSTICAS: 1) Encontrado em microbiota normal (pele e nariz) 2) Facultativos 3) Cápsulas 4) Catalase positiva CLASSIFICAÇÃO PADRÃO DE HEMÓLISE BETA HEMOLÍTICO: hemólise total ➔ Streptococcus pyogenes ➔ Streptococcus agalactiae ➔ Enterococcus spp ALFA HEMOLÍTICO: hemólise parcial (esverdeado) ➔ Streptococcus pneumoniae ➔ Streptococcus grupo viridans ➔ Streptococcus bovis ➔ Enterococcus spp obs: Se teve hemólise alfa na orofaringe é microbiota e só se dá atenção a orofaringe se for beta GAMA HEMOLÍTICO: Não tem hemólise ➔ Streptococcus bovis ➔ Enterococcus spp ➔ Streptococcus viridans De acordo com o padrão de hemólise escolhe o tipo de prova bioquímica para fazer ESPÉCIES IMPORTANTES DE STAPHYLOCOCCUS - Staphylococcus aureus - Staphylococcus saprophyticus - Staphylococcus epidermidis STAPHYLOCOCCUS AUREUS 1) FATORES DE VIRULÊNCIA ➔ Ácido teicóico: Está na parede celular da bactéria para fixação das mucosas (são iguais as cápsulas) ➔ Proteína A: Liga-se à porção Fc de IGg e não deixa neutrófilo se ligar com a porção Fc. Isso atrapalha a destruição da bactéria obs: Bactéria se liga com Fab e Fc se liga no neutrófilo Se no manitol cresceu e ficou com colônia vermelha (não é aureus) Se cresceu e ficou amarela (pode ser aureus) ➔ Toxinas: Leucocidina e Enterotoxina (não ingere a bactéria, mas sim a enterotoxina nem toda cepa produz) ** Toxina Esfoliativa = desprende a epiderme obs: Intoxicação a toxina já está pronta e na infecção demora para a bactéria produzir a toxina ➔ Enzimas: Nuclease: Quebra o ácido nucleico Penicilinase: Não está presente em qualquer staphy. aureus, é resistente a penicilina Coagulase: Todos staphylococcus vão ter!! É a transformação de fibrinogênio em fibrina (Para a bactéria é interessante pegar o fibrinogênio e transformar em fibrina para que fique sólida “rígida” e proteja a bactéria. Estafiloquinase: Dissolve fibrina e dissemina pelos tecidos (Cai na corrente sanguínea) ➔ Hialuronidase e Colagenase: Função: A hialuronidase quebra o hialuronato de sódio, que é um componente fundamental da matriz extracelular, especialmente em tecidos conjuntivos. O hialuronato ajuda a manter a coesão entre as células. Relação com Staphylococcus aureus: A produção de hialuronidase permite que o S. aureus degrade a matriz extracelular e se espalhe mais facilmente pelos tecidos do hospedeiro, facilitando a disseminação da infecção. Função: A colagenase quebra o colágeno, que é uma proteína estrutural encontrada em grande quantidade na derme e outros tecidos conjuntivos. O colágeno proporciona resistência e integridade ao tecido. Relação com Staphylococcus aureus: A produção de colagenase ajuda S. aureus a invadir e destruir os tecidos conectivos do hospedeiro, promovendo a disseminação da infecção, especialmente em tecidos mais profundos, como pele, músculos e articulações. obs: O soro não tem fibrinogênio e o plasma tem fibrinogênio, isso quer dizer que dá para descobrir se a bactéria é staphylococcus aureus colocando no plasma. Pois, o plasma é líquido, então se for aureus ele no plasma ficará sólido. 2) DOENÇAS Doença de Ritter (pele escaldada) - Mais comuns em bebês, pois não possuem anticorpos Impetigo Bolhoso - Staphylococcus aureus ou Streptococcus Intoxicação Alimentar - Não é uma infecção - Comida contaminada com a toxina da bactéria (enterotoxina), diferente da infecção STAPHYLOCOCCUS EPIDERMIDIS - Encontrado na microbiota da pele - Infecções oportunistas - Infecções nosocomiais (Entra no cateter pela corrente sanguínea e atinge o coração) STAPHYLOCOCCUS SAPROPHYTICUS - Infecções do trato urinário STREPTOCOCCUS - fastidiosos - ágar-sangue - catalase NEGATIVA 1) FATORES DE VIRULÊNCIA ➔ Cápsula ➔ Proteína M: (diferentes cepas - 100 sorotipos) Faz aderência e impede a opsonização pelo sistema complemento FATOR ANTIFAGOCITÁRIO ➔ Toxina Eritrogênica Aumenta a permeabilidade dos capilares e surge o ERITEMA (rubor) ➔ Estreptolisinas S e O Lisam as hemácias ➔ Desoxirribonuclease = ácido nucleico REBECCA LANCEFIELD CARBOIDRATO C Desenvolvida por Rebecca Lancefield em 1933, a classificação de Lancefield agrupa as espécies de Streptococcus com base na presença de antígenos carboidratos específicos na parede celular. Esses antígenos são polissacarídeos (carboidratos compostos por várias unidades de açúcar) que variam entre os diferentes grupos de Streptococcus. A classificação original usa letras (A, B, C, etc.) para designar os diferentes grupos de Streptococcus com base nos tipos de carboidratos presentes. STREPTOCOCCUS PYOGENES - Não invasivos: Faringite, Impetigo e Erisipela - Bacteremia Invasiva ➔ COMPLICAÇÕES PÓS-ESTREPTOCÓCICA Febre reumática: Complicação pós faringite Glomerulonefrite aguda: Produção de muitos anticorpos que se acumula junto com as células fagocitárias nos glomérulos obs: A maioria das bactérias da cavidade oral é alfa-hemólise STREPTOCOCCUS AGALACTIAE (DO GRUPO B) - Meningite neonatal - Septicemia - Transmissão pela microbiota vaginal ENTEROCOCCUS (DO GRUPO D) - Enterococcus faecalis - Microbiota intestinal (maior parte de infecções urinárias é a ESCHERICHIA COLI) - Infecções oportunistas - Resistentes a muitos antibióticos STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE TUBERCULOSE Gênero: Mycobacterium spp ➔ Bacilo Gram + ➔ MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSAS (MNT): Crescimento lento São do mesmo gênero, mas não causam tuberculose. CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES: ➔ Parede celular composta por ácido micólico (NÃO PODEM SER COLORADOS POR COLORAÇÃO DE GRAM) ➔ Resistentes a desinfetantes ➔ Bacilos álcool-ácidos resistentes ➔ Aeróbico obrigatório (ar) ➔ Crescimento lento ➔ Coloração de Baar (Ziehl-Neelsen) PATOGENICIDADE Inalação da bactéria – A bactéria entra nos pulmões. Macrófagos alveolares – A bactéria é fagocitada pelos macrófagos, mas sobrevive e se multiplica dentro deles. Granuloma – Forma-se uma lesão granulomatosa como resposta imunológica, com a tentativa de isolar a infecção. Infecção latente – A bactéria não se multiplica ativamente, mas permanece no estado latente dentro dos granulomas. Calcificação – Lesões podem se calcificar, indicando controle da infecção primária.Imunossupressão – O enfraquecimento do sistema imunológico pode permitir a reativação da infecção latente. Reativação – A infecção se torna ativa novamente, causando sintomas clínicos e podendo se espalhar para outros órgãos. INFECÇÃO LATENTE: ➔ Sem sintomas ➔ Não transmitem a doença ➔ São reconhecidos por testes que detectam contra o bacilo ➔ Período de latência: anos ou décadas ➔ Se a resposta imune não for suficiente não gera granuloma ➔ Necrose caseosa INFECÇÃO ATIVA: ➔ Doente ➔ Mycobacterium se multiplica dentro dos macrófagos pulmonares (fagocita a mycobacterium) TUBERCULOSE ou PNEUMONIA A pneumonia e a tuberculose são doenças respiratórias, mas têm causas, evolução e tratamentos diferentes. A pneumonia é uma infecção pulmonar causada por diversos patógenos, como bactérias, vírus ou fungos, e costuma se desenvolver rapidamente, com sintomas como febre, tosse e dificuldade para respirar, sendo tratada com antibióticos ou antivirais. Já a tuberculose é uma infecção crônica causada pela Mycobacterium tuberculosis, geralmente de progressão lenta, com sintomas como tosse persistente, suores noturnos e perda de peso, sendo tratada com um regime prolongado de antibióticos específicos. Ambas podem levar a complicações graves se não tratadas adequadamente, mas a tuberculose é mais propensa a se tornar latente e reativar, enquanto a pneumonia é geralmente resolvida com tratamento oportuno. DIAGNÓSTICOS ➔ Reconhecidos por testes que detectam a imunidade contra os bacilos ➔ Resposta Imune Específica: humoral: produção de anticorpo celular: células ativadas TESTE CUTÂNEO DA TUBERCULINA 1) TESTE PPD (Proteína da bactéria purificada): ➔ Injetado no paciente intradérmico e tem epítopos ➔ Serve para o sistema imune entender que tem epítopo (antígeno). Se a pessoa já teve o sistema imune (memória imunológica) acúmula células ➔ Hoje ajuda na tuberculose de criança O teste tuberculínico (PPD), também conhecido como teste de sensibilidade à tuberculina, não é utilizado para diagnosticar a doença ativa, mas sim para indicar uma infecção latente ou uma exposição prévia à bactéria Mycobacterium tuberculosis. Isso ocorre porque o teste não detecta a presença da bactéria no organismo, mas sim a resposta imunológica do indivíduo à tuberculose. Quando uma pessoa foi exposta à tuberculose ou tem uma infecção latente, o sistema imunológico desenvolve uma resposta imunológica (inflamatória) à proteína da tuberculina (PPD), que é injetada na pele. MATERIAL CLÍNICO ➔ Escarro (Três amostras, dias consecutivos e alternados) ➔ Lavado Broncoalveolar e lavado brônquico ➔ Urina (Tuberculose Renal) IDENTIFICAÇÃO DIRETA DO BACILO ÁLCOOL-RESISTENTE (B.A.A.R) Fixação da amostra: A amostra (geralmente escarro ou uma amostra biológica) é fixada em uma lâmina de microscópio, geralmente por aquecimento. Aplicação do corante primário: A fucsina fenicada é aplicada na lâmina e a lâmina é aquecida suavemente. O aquecimento ajuda o corante a penetrar na parede lipídica espessa das micobactérias. Descoloração: Após a coloração com fucsina, a lâmina é lavada com uma solução de álcool-ácido (mistura de ácido clorídrico com álcool etílico). Esse passo elimina a cor da maioria das células, mas as micobactérias retêm a fucsina devido à sua parede lipídica. Contracoloração: A lâmina é então corada com azul de metileno ou outro corante de contraste, que cora as células não ácido-álcool resistentes, como células humanas e outras bactérias, de azul ou verde. Etapas do processo GeneXpert: 1. Coleta da Amostra: Normalmente, uma amostra de escarro é coletada de pacientes suspeitos de ter tuberculose. Pode-se também usar outras amostras biológicas, dependendo da doença. 2. Preparação da Amostra: A amostra é processada, e o material genético (DNA) da bactéria é extraído. 3. Amplificação de DNA (PCR): A plataforma amplifica rapidamente as sequências genéticas específicas da Mycobacterium tuberculosis (no caso da tuberculose) ou de outros patógenos. 4. Detecção: O GeneXpert então detecta se o material genético amplificado corresponde a uma sequência conhecida, confirmando a presença do patógeno. Lowenstein-Jensen é um meio de cultura utilizado principalmente para o cultivo de micobactérias, incluindo a Mycobacterium tuberculosis, causadora da tuberculose. É um dos meios mais tradicionais e amplamente utilizados em laboratórios de microbiologia para isolar e cultivar micobactérias, devido à sua capacidade de favorecer o crescimento dessas bactérias de crescimento mais lento. A cultura radiométrica e fluorimétrica são métodos laboratoriais utilizados para detectar e identificar micobactérias, como a Mycobacterium tuberculosis, através da medição do metabolismo bacteriano. Essas técnicas são alternativas mais rápidas e sensíveis em comparação com os métodos convencionais de cultivo, como o meio Lowenstein-Jensen, que requer um longo período de incubação. Vamos explorar essas duas abordagens: Cultura Radiométrica A cultura radiométrica é um método que utiliza isótopos radioativos para medir a atividade metabólica das micobactérias. Nesse método, um substrato radioativo (geralmente, um carbono ou enxofre radioativo) é incorporado ao meio de cultivo. As bactérias que metabolizam esse substrato liberam radiação, que pode ser detectada e medida por um detector, indicando a presença e a atividade metabólica das micobactérias. BACILOS GRAM NEGATIVOS ➔ Família Enterobacteriaceae ➔ Catalase negativa ➔ Fermentam glicose ➔ Oxidase negativa ➔ Habitat natural: Intestino humano PROVA DA OXIDASE Usa um reagente incolor: N'N'N'N'-tetrametil-parafenileno diamina AS DIFERENÇAS DOS SOROTIPOS: Está na parede celular, flagelo e cápsula ➔ Faz a sorotipagem para descobrir se a E.Coli é uma bactéria patogênica dentro das fezes COPROCULTURA MEIOS DIFERENCIAIS E FRACAMENTE SELETIVOS: ➔ Mac Conkey ➔ EMB FORTEMENTE SELETIVO ➔ SS Diferencia a lactose que pode ou não ser fermentada (se fermentar as colônias ficam pink); lactose negativa e h2s positiva ou negativa Ponto preto: H2S (se a bactéria produz H2S) Fermentação de lactose: O meio SS contém lactose, que é fermentada por muitas enterobactérias, como Escherichia coli. A fermentação da lactose resulta na formação de ácido láctico, que diminui o pH do meio, fazendo com que as colônias dessas bactérias adquiram uma coloração vermelha ou rosa. Não-fermentadores de lactose: Salmonella e Shigella, por sua vez, não fermentam lactose, o que significa que elas não produzem ácido e não alteram o pH do meio. As colônias de Salmonella e Shigella aparecem incolores ou transparentes. Produção de H2S (hidrogênio sulfídico): Salmonella é capaz de produzir H2S, o que resulta na formação de uma coloração preta nas colônias devido à reação do sulfato de sódio com o ferro presente no meio, formando sulfeto de ferro. Shigella, em geral, não produz H2S, portanto, suas colônias permanecem incolores. ➔ HEKTOEN ➔ VERDE BRILHANTE CALDO DE ENRIQUECIMENTO 1) SELENITO Objetivo: Enriquecimento de Salmonella e Shigella a partir de amostras fecais ou alimentos. Como funciona: O caldo contém sais de selenito, que inibem o crescimento de muitos microrganismos Gram-positivos e de outras bactérias Gram-negativas, permitindo o crescimento de Salmonella e Shigella, que são mais resistentes a esses compostos. Este caldo não é seletivo o suficiente para identificar as bactérias diretamente, mas ajuda a aumentar sua concentração antes da identificação em meios seletivos. Características: O caldo de selenito promove o crescimento de Salmonella em particular, ao inibir outras bactérias não desejadas. 2) TETRATIONATO Objetivo: EnriquecerSalmonella a partir de amostras intestinais ou fecais. Como funciona: O caldo contém tetrationato, um composto que permite o crescimento de Salmonella enquanto inibe o crescimento de outras bactérias, como Escherichia coli. O tetrationato favorece o crescimento de Salmonella devido à sua capacidade de reduzir o oxigênio, criando condições anaeróbicas favoráveis. Características: Usado especialmente para amostras em que Salmonella está em baixas concentrações ou é difícil de cultivar. EXEMPLO: ➔ 1 DIA chegou fezes no lab -> coloca no tioglicolato (para ver se salmonelas e shigelas cresçam mais rápidos), coloca no SS e Mac Conkey ➔ 2 DIA -> deu negativo no SS e Mac Conkey (então faz provas bioquímicas), no tioglicolato semeia no SS ➔ 3 DIA -> faz a leitura se tem salmonella e shigella. ➔ 4 DIA -> No dia da leitura tem uma salmonella no SS, faz um antibiograma. No SS faz prova bioquímica e leitura se for possível antibiograma PROCEDIMENTO GERAL EM ETAPAS Semeadura em MC e SS (24 horas): Inoculação das amostras nos meios de cultura para isolamento de microrganismos. Leitura e Provas Bioquímicas: Observação do crescimento das colônias e realização de testes bioquímicos para caracterização das bactérias. Identificação Bioquímica: Comparação do perfil bioquímico com padrões conhecidos para identificação da bactéria. Sorologia: Uso de testes sorológicos para detectar antígenos ou anticorpos específicos de bactérias. Antibiograma: Teste de sensibilidade aos antibióticos para determinar o tratamento adequado. IMUNODIAGNÓSTICO SOROLOGIA PAREADA: A sorologia pareada é um método de diagnóstico laboratorial utilizado para detectar infecções, especialmente aquelas causadas por vírus ou bactérias. Esse tipo de teste envolve a coleta de duas amostras de sangue de um paciente em momentos diferentes, com o objetivo de comparar as respostas imunológicas ao longo do tempo, especialmente a produção de anticorpos (como IgM e IgG) contra um agente infeccioso específico. Como funciona a sorologia pareada? 1. Primeira amostra (amostra inicial): A primeira amostra de sangue é coletada no início da infecção, ou seja, logo após o paciente começar a apresentar os primeiros sintomas ou sinais de uma infecção. 2. Segunda amostra (amostra final): A segunda amostra é coletada após um intervalo de tempo (geralmente 14 a 21 dias após a coleta inicial), permitindo que o sistema imunológico tenha tempo para produzir anticorpos de forma mais robusta. 3. Análise dos anticorpos: As duas amostras de sangue são analisadas para a presença e os níveis de anticorpos específicos (como IgM e IgG) contra o patógeno. Se houver um aumento significativo na quantidade de anticorpos entre a amostra inicial e a amostra final, isso indica que o paciente foi exposto recentemente ao agente infeccioso e está em processo de produção de anticorpos em resposta à infecção. Objetivo da sorologia pareada O principal objetivo é verificar o aumento titulante de anticorpos, o que confirma a infecção ativa ou recente do paciente. Um aumento significativo nos anticorpos entre as duas amostras indica que o organismo está respondendo ao patógeno de maneira imunológica. REATIVIDADE CRUZADA A reação cruzada é um fenômeno imunológico que ocorre quando anticorpos (produzidos para combater um patógeno específico) se ligam a antígenos semelhantes presentes em outros patógenos ou substâncias, que não são o alvo original. Em outras palavras, a reação cruzada acontece quando os anticorpos reagem com substâncias que não são exatamente idênticas, mas possuem uma estrutura semelhante o suficiente para desencadear a resposta imunológica. Como a reação cruzada ocorre: O sistema imunológico é projetado para reconhecer antígenos específicos, como proteínas ou carboidratos na superfície de vírus, bactérias ou outros patógenos. Quando o corpo é exposto a uma infecção, ele gera anticorpos específicos contra esses antígenos. Porém, alguns antígenos de patógenos diferentes podem ter estruturas parecidas o suficiente para que os anticorpos gerados contra um patógeno reconheçam esses outros antígenos como sendo semelhantes, e acabem se ligando a eles. Isso pode resultar em resultados falso-positivos em testes de diagnóstico, já que o anticorpo se liga ao antígeno errado, causando a detecção de uma infecção que não está presente. A reação cruzada é uma das razões pelas quais alguns testes sorológicos podem ser imprecisos. Exemplos de Reação Cruzada: 1. Infecções bacterianas e virais semelhantes: Alguns vírus ou bactérias têm proteínas de superfície semelhantes, e anticorpos gerados contra um patógeno podem reagir com esses antígenos em outro patógeno. Por exemplo, anticorpos contra o Vírus Epstein-Barr (que causa mononucleose) podem reagir com proteínas de outros vírus ou até com proteínas de algumas bactérias. 2. Doenças autoimunes: Em algumas condições autoimunes, o sistema imunológico pode produzir anticorpos contra estruturas do próprio corpo (autoantígenos), mas esses anticorpos também podem reagir com proteínas presentes em patógenos, levando a uma reação cruzada que pode resultar em diagnóstico errado de infecção. 3. Sorologia em doenças infecciosas: Em testes sorológicos, por exemplo, o exame para detectar a toxoplasmose (causada pelo parasita Toxoplasma gondii) pode, às vezes, mostrar reatividade cruzada com anticorpos gerados contra outros parasitas com antígenos semelhantes. Da mesma forma, a febre tifoide pode apresentar reatividade cruzada com outras infecções bacterianas, como a leptospirose. TÉCNICAS DIRETAS E INDIRETAS EXERCÍCIOS QUE EU LEMBRO DA N1 - 1) S. Pneumoniae, qual meio eh semeado, qual morfologia, qual foi o resultado do meio, pq foi semeado em TSI e se a coloração deu vermelha no TSI pq deu isso - 2) Alguma coisa do Enterococus tinha que saber o meio de cultura 2 meios / Prova de identificação e exames - 3) Criar um plano de como realizar a identificação do S. Aureus (semeou em tal meio de cultura qual foi resultado -> identificou e fez provas de identificação (catalase e soro) - 4) Classificar as moléculas nas explicações e colocar que bactérias que são (tipo: Proteína a -> Impede ligação fc no IGG -> bactéria. Stayph aureus - 5) Sorotipagem é um teste que … e o que influencia é a Janela imunológica .. (se a frase era verdadeira e complementava a outra ou se era falso) - 6) PPD, (infecção tardia, quanto tempo dura o teste) era de verdadeiro e falso - 7) Coloração de B.A.A.R - 8) Sensibilidade e especificidade (ex: 90% de sensibilidade os 10% seria de Vf ou Vp …) Etapas do processo GeneXpert: Cultura Radiométrica Como funciona a sorologia pareada? Objetivo da sorologia pareada Como a reação cruzada ocorre: Exemplos de Reação Cruzada: