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Você acorda ao som do telefone: alertas de muitos usuários, logins estranhos, backups que não completaram. Não espere pensar demais — aja. Pare a propagação: isole máquinas comprometidas da rede imediatamente. Desconecte cabos, desative Wi‑Fi, remova pendrives suspeitos. Não desligue servidores importantes sem plano; prefira isolar segmentos e ativar roteamento de contingência. Preserve evidências: faça imagem forense dos discos e capture memória RAM sempre que possível. Não manipule arquivos originais; copie e trabalhe em cópias. Anote horários, procedimentos e quem acessou o sistema — construa cadeia de custódia desde o primeiro minuto.
Conte a história do ataque como se fosse um manual prático. Você entra no escritório numa manhã qualquer e percebe que os funcionários não conseguem abrir e‑mails. Ao mesmo tempo, um aviso na tela pede resgate. Respire fundo e siga o roteiro. Primeiro, autentique a situação: verifique logs do servidor de e‑mail, do firewall e do sistema de autenticação. Identifique a técnica usada: rançongware, phishing, comprometimento por força bruta, exploração de vulnerabilidade? Localize o ponto de entrada — um e‑mail com anexo malicioso, uma porta exposta, credenciais vazadas — e corte a fonte.
Implemente medidas de contenção em duas frentes: técnica e comunicativa. Tecnicamente, aplique bloqueios temporários de contas afetadas, rode ferramentas EDR/antivírus atualizadas e aplique regras no SIEM para deteções em tempo real. Reforce políticas de senhas e inicie reset de credenciais com MFA obrigatório. Se usar nuvem, revogue chaves de API comprometidas e altere permissões. Comunique internamente com clareza: instrua funcionários a não abrir anexos, a não alterar evidências e a encaminhar mensagens suspeitas ao time de segurança. Controle o fluxo de informação para evitar pânico e impedir ações que dificultem investigação.
Narrativamente, imagine o administrador que seguiu estes passos e evitou perda de dados críticos: ele usou snapshots de backups offline para restaurar sistemas e manteve práticas de segmentação de rede, limitando o alcance do invasor. Aprenda com ele: mantenha backups regulares e inacessíveis diretamente pela rede de produção; teste rotinas de restauração periodicamente. Não negocie com pressa: avalie impacto, consulte especialistas e autoridades. Pagar resgate não garante recuperação e pode financiar novas atividades criminosas.
Ao investigar, colete artefatos cruciais: arquivos de log, listas de processos, tabelas de conexões de rede, hashes de arquivos maliciosos e e‑mails suspeitos. Use ferramentas forenses reconhecidas e documente cada passo. Se necessário, contrate peritos independentes para preservar imparcialidade. Avise o departamento jurídico: a legislação brasileira exige medidas específicas. Registre ocorrência na delegacia especializada em crimes cibernéticos e notifique a autoridade de proteção de dados quando houver risco significativo aos titulares, conforme a LGPD. Forneça relatórios técnicos que permitam à polícia traçar a responsabilidade — lembre‑se do artigo 154‑A do Código Penal (invasão de dispositivo informático) e da relevância de provas técnicas.
Previna futuros incidentes com ações concretas: implemente princípio do menor privilégio, atualize sistemas e firmware, mantenha inventário de ativos e monitore vulnerabilidades. Configure MFA para acessos privilegiados, use gestão de identidades e privilégios (PAM), e segmente redes por função. Realize treinamentos regulares de conscientização para reduzir sucesso de phishing. Estabeleça um plano de resposta a incidentes claro, com papéis definidos, canais de comunicação e critérios de escalonamento. Teste o plano com exercícios simulados (tabletop drills) e refine‑o a cada lição aprendida.
Conte uma segunda cena: após o ataque, a empresa reorganiza processos. Ela cria políticas de backup 3‑2‑1, adota criptografia de dados em repouso e em trânsito, e integra logs em SIEM para correlação automática. Ela mantém contato com o CERT.br e com a polícia, participa de grupos de compartilhamento de inteligência e atualiza contratos com fornecedores exigindo cláusulas de segurança. Essa narrativa de recuperação deve orientar sua organização: não espere a catástrofe para agir.
Por fim, aja com transparência e responsabilidade. Informe clientes afetados com precisão e tempestividade; forneça orientações práticas para proteger suas informações. Avalie impacto reputacional e prepare mensagens públicas alinhadas ao jurídico. Aprenda sistematicamente: documente o incidente, faça post‑mortem sem culpabilizar pessoas, e implemente mudanças técnicas e culturais que reduzam risco futuro. Previna, detecte, responda e recupere — repita esse ciclo em constante evolução.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) Como identificar rapidamente um incidente cibernético?
Resposta: Monitore anomalias em logs, alertas do EDR/SIEM, quedas de serviço e comunicações internas de usuários.
2) Devo pagar resgate em caso de rançongware?
Resposta: Não é recomendado; avalie alternativas técnicas, consulte peritos e autoridades antes de decidir.
3) Quais provas preservar para investigação policial?
Resposta: Imagens forenses, dumps de memória, logs de rede/servidor, e‑mails suspeitos e registros de autenticação.
4) Quando notificar a ANPD ou titulares segundo a LGPD?
Resposta: Notifique quando houver risco relevante aos direitos dos titulares; consulte assessoria jurídica e registre comunicação em prazo adequado.
5) Quais medidas imediatas reduzem impacto?
Resposta: Isolamento de sistemas, reset de credenciais, ativação de backups offline, comunicação interna controlada e acionamento do plano de resposta.
5) Quais medidas imediatas reduzem impacto?
Resposta: Isolamento de sistemas, reset de credenciais, ativação de backups offline, comunicação interna controlada e acionamento do plano de resposta.

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