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Aula 04

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Aula 04
Direito Administrativo p/ TRE-PI (Técnico Judiciário - Área Administrativa)
Professor: Daniel Mesquita
 
 
 
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Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 
 
AULA 04: Agentes Públicos. 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO À AULA 04 2 
2. BASE CONSTITUCIONAL E LEGAL 2 
3. CLASSIFICAÇÃO DE AGENTES PÚBLICOS 14 
A. AGENTES POLÍTICOS 16 
B. SERVIDORES PÚBLICOS 19 
C. MILITARES 22 
D. PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO 23 
4. FUNÇÕES, CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS 26 
A. CRIAÇÃO DE CARGOS 34 
B. ACESSIBILIDADE A BRASILEIROS E ESTRANGEIROS 36 
C. EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO 40 
D. CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES DE CONFIANÇA 58 
E. CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO 62 
F. DIREITO DE ASSOCIAÇÃO SINDICAL E DIREITO DE GREVE 65 
G. REMUNERAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS 69 
H. SERVIDORES EM EXERCÍCIO DE MANDATOS ELETIVOS 82 
5. RESUMO DA AULA 85 
6. QUESTÕES 94 
7. REFERÊNCIAS 101 
 
 
 Direito Administrativo p/ TRE-PI ʹ Técnico 
Judiciário (Área Administrativa). 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Daniel Mesquita 
 
 
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1. Introdução à aula 04
 
Nesta aula 04, para TRE-PI, cargo de Técnico Judiciário Administrativo, 
DERUGDUHPRV� D� PDWpULD� ³3 Agentes públicos. 3.1.2 Disposições 
constitucionais aplicáveis. 3.2 Disposições doutrinárias. 3.2.1 Conceito. 
3.2.2 Espécies. 3.2.3 Cargo, emprego e função pública.´ 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera 
da prova! 
Chega de papo, vamos a luta! 
 
2. Base constitucional e legal 
 
 O art. 37 da Constituição Federal contém algumas das mais 
importantes disposições constitucionais aplicáveis à administração 
pública em geral, em todas as esferas de governo. No art. 38, CF, estão 
previstas regras aplicáveis ao servidor público da administração direta, 
autárquica e fundacional que esteja no exercício de mandato eletivo. O 
art. 39, CF, traz regras especificamente aplicáveis aos servidores 
públicos estatutários. No art. 40, CF, está disciplinado o regime 
previdenciário desses servidores públicos (Regime Próprio de 
Previdência Social ± RPPS). Por fim, o art. 42, CF, trata dos militares. 
 Vamos falar rapidamente por alguns desses dispositivos 
constitucionais, que são bastante cobrados em provas de concursos, 
antes de entrarmos nos detalhes relativos aos agentes públicos. 
 
 Direito Administrativo p/ TRE-PI ʹ Técnico 
Judiciário (Área Administrativa). 
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 O art. 37, inciso I, da CF, estabelece que, para o preenchimento 
dos cargos, funções e empregos públicos no Brasil, aplica-se o princípio 
da ampla acessibilidade, garantindo essa possibilidade a todos os 
brasileiros, natos ou naturalizados, que preencherem os requisitos e aos 
estrangeiros, de acordo com a previsão legal. 
 Isso quer dizer que a investidura em cargo ou emprego público 
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo 
ou emprego, na forma prevista em lei. 
 Em relação às pessoas portadoras de necessidades 
especiais, a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos e 
definirá os critérios de sua admissão. 
 O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, 
prorrogável uma vez, por igual período. 
Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, 
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos 
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir 
cargo ou emprego, na carreira. 
Quanto à função de confiança e ao cargo em comissão, são 
destinados apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento. A função de confiança é exercida exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo enquanto o cargo em comissão é 
exercido por qualquer pessoa, desde que cumpridos os requisitos legais 
e obedecidos os percentuais mínimos previstos em lei para servidores 
de carreira. 
Em seu art. 37, inciso IX, a Constituição Federal prevê a 
possibilidade de contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público, cujos casos 
serão estabelecidos em lei. 
 
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É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação 
sindical e o direito de greve. 
No tocante à remuneração ou subsídio dos servidores públicos, 
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada 
a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, 
sempre na mesma data e sem distinção de índices. 
Além disso, a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, 
funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e 
fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de 
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões 
ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, deverão 
limitar-se ao teto remuneratório previsto no art. 37, inciso XI, da CF. 
Essa regra também se aplica às empresas públicas e às sociedades de 
economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de 
despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
Não serão computadas, para efeito do teto remuneratório, 
as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço 
público. Além disso, em regra, o subsídio e os vencimentos dos 
ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis. 
 A retribuição por subsídio foi fixada na CF para 
os seguintes cargos públicos: chefes do Poder Executivo de todas as 
ordens políticas; auxiliares imediatos do Poder Executivo; membros do 
Poder Legislativo; magistrados federais e estaduais; membros do MP; 
 
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ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas; membros da AGU; 
procuradores federais e estaduais; defensores públicos; servidores 
policiais; demais servidores organizados em carreira, desde que a lei 
que disciplina sua remuneração opte pelo subsídio. 
Quanto à acumulação remunerada de cargos públicos, a regra é 
sua vedação. Entretanto, o texto constitucional, em seu art. 37, incisoXVI, traz exceções, desde que haja compatibilidade de horários e seja 
respeitado o referido teto remuneratório: 
1. Dois cargos de PROFESSOR; 
2. Um cargo de PROFESSOR com outro, TÉCNICO OU 
CIENTÍFICO; 
3. Dois cargos ou empregos PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS 
DE SAÚDE, com profissões regulamentadas. 
Lembre-se que a proibição de acumular estende-se a empregos e 
funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades 
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. 
No caso de servidor público da administração direta, autárquica e 
fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as 
seguintes regras: 
1) Mandato eletivo federal, estadual ou distrital: afastamento do 
cargo, emprego ou função; 
2) Mandato de Prefeito: afastamento do cargo, emprego ou 
função, com possibilidade de escolher sua remuneração; 
3) Mandato de Vereador: há duas possibilidades ĺ a) 
compatibilidade de horários: vantagens de seu cargo, emprego 
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; b) 
 
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sem compatibilidade de horários: aplicação da regra do 
mandato de prefeito; 
4) No caso de afastamento do cargo, emprego ou função, o 
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, 
exceto para promoção por merecimento. Além disso, para 
efeito de benefício previdenciário, os valores serão 
determinados como se no exercício estivesse. 
Com base no art. 39 da Constituição Federal, a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os 
servidores da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações públicas. 
Essa é a redação original do texto constitucional e significa que as 
pessoas da Administração Direta e Indireta precisavam uniformizar o 
regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um único regime de 
servidor público para determinada ordem política, ou seja, uma lei que 
regule todos os servidores públicos de cargos efetivos de cada ente 
político (União, Estados, DF e municípios). 
Apesar de a EC nº 19/98 ter alterado a redação do 
supracitado dispositivo para afastar a obrigatoriedade do regime jurídico 
único dos servidores, o STF, no dia 2 de agosto de 2007, concedeu 
medida cautelar na ADI nº 2135 e suspendeu, até decisão final da ação, 
a eficácia da nova redação do dispositivo para manter a redação original 
da Constituição. Ou seja, o STF afastou a EC 19/98 e fez prevalecer a 
necessidade de regime jurídico único até os dias atuais. 
O art. 40 da Constituição Federal trata do regime de previdência 
social aplicável aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos 
estados, do DF e dos municípios, incluídas as respectivas autarquias e 
 
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fundações (RPPS), ou seja: regime próprio de previdência social 
dos servidores públicos efetivos. 
Esse regime é diferente do regime geral (RGPS), 
disciplinado no art. 201, CF, a que estão sujeitos os demais 
trabalhadores, não só os da iniciativa privada regidos pela CLT, 
autônomos e outros, mas também os servidores ocupantes, 
exclusivamente, de cargo em comissão, cargo temporário e emprego 
público. 
 OBS: o regime geral de previdência aplica-se subsidiariamente 
aos servidores públicos submetidos ao regime próprio. 
 O regime tem caráter contributivo e solidário. Dessa forma, 
não importa apenas o tempo de serviço do servidor; para fazer jus à 
aposentadoria, só será computado o tempo de efetiva contribuição do 
beneficiário. É vedado ao legislador estabelecer qualquer forma 
de contagem de tempo de contribuição fictício (art. 40, § 10, da 
Constituição). A instituição desse regime foi mantida em caráter 
facultativo para Estados e Municípios. 
Devem contribuir para o sistema o ente público, os servidores 
ativos e inativos e os pensionistas. As contribuições devem observar 
critérios que preserve o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema 
(art. 40, caput, da CF). 
No art. 40, §1º, a Constituição Federal prevê 3 
modalidades de aposentadoria: 
1. INVALIDEZ PERMANENTE: com proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição, em todos os casos, exceto quando a 
 
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invalidez decorrer de acidente de serviço, moléstia profissional 
ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei. 
2. COMPULSÓRIA (invalidez presumida): aos 70 anos de idade, 
independente de ser homem ou mulher, com proventos 
proporcionais ao tempo de contribuição. OBS: somente dará 
direito a proventos integrais se o funcionário já tiver 
completado o tempo de contribuição exigido para a 
aposentadoria voluntária, ou seja, 35 anos, para homem, e 30 
para a mulher. 
3. VOLUNTÁRIA: pode se dar com proventos integrais ou 
proporcionais. 
São 4 requisitos para aposentadoria voluntária com proventos 
integrais: 
ł�WHPSR�GH�HIHWLYR�VHUYLoR�S~EOLFR�����DQRV� 
ł� WHPSR� GH� VHUYLoR� QR� FDUJo efetivo em que se dará a 
aposentadoria: 5 anos; 
ł�LGDGH�PtQLPD�����DQRV��SDUD�R�KRPHP��H�����SDUD�D�PXOKHU� 
ł�WHPSR�GH�FRQWULEXLomR�����DQRV�SDUD�R�KRPHP�H����SDUD�D�
mulher. 
Já para a aposentadoria voluntária com proventos 
proporcionais são apenas 3 requisitos: 
ł�WHPSR�GH�HIHWLYR�VHUYLoR�S~EOLFR�����DQRV� 
ł� WHPSR� GH� VHUYLoR� QR� FDUJR� HIHWLYR� HP� TXH� VH� GDUi� D�
aposentadoria: 5 anos; 
 ł�LGDGH�PtQLPD�����DQRV��SDUD�R�KRPHP��H�����SDUD�D�PXOKHU� 
 
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ATENÇÃO, PARA PROVENTOS PROPORCIONAIS não se exige um 
tempo mínimo de contribuição, porém os proventos serão 
proporcionais ao tempo de contribuição. 
4. ESPECIAL: cabível para o professor, para o deficiente físico, 
para os que exerçam atividades de risco e para aqueles cuja 
atividades sejam exercidas sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física, não sendo 
admitido qualquer outro tratamento especial (art. 40, §§ 4º e 
5º, da CF). 
A aposentadoria especial do professor é a única que 
tem seus requisitos expressos já no texto constitucional. No caso de 
professor ou professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo 
exercício das funções de magistério na educação infantil e ensino 
fundamental e médio, o tempo de contribuição e o limite de idade dão 
reduzidos em 5 anos para a concessão de aposentadoria voluntária com 
proventosintegrais. Perceba que os professores universitários estão 
excluídos desse tratamento diferenciado. Ademais, não inclui a 
aposentadoria voluntária com proventos proporcionais. 
As demais hipóteses de aposentadoria especial possuem sua 
concretização condicionada à definição por lei complementar. 
 Na contagem do prazo para aquisição do direito à 
aposentadoria, o servidor pode considerar o tempo de contribuição 
tanto federal, quanto estadual ou municipal (art. 40, §9º, CF). Além 
disso, aplica-se o princípio da reciprocidade, que admite o 
aproveitamento do tempo de contribuição por serviço prestado à 
atividade privada (art. 40, §3º, CF). 
 
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Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos 
acumuláveis, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à 
conta do RPPS. 
O art. 40, §3º, da Constituição Federal, é a regra constitucional 
responsável pelo fim da aposentadoria com proventos integrais do 
servidor público. Os proventos não corresponderão, como antes era 
possível, ao valor da última remuneração do servidor. Seu valor será 
uma média calculada, nos termos da lei, com base nas remunerações 
sobre as quais o servidor contribuiu ao longo de sua vida profissional. 
O art. 40, §8º, da CF, prevê a revisão dos proventos, 
assegurando o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em 
caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em 
lei. Assim, fica instituído o princípio da preservação do valor real, que é 
o grande sonho de qualquer trabalhador, já que significa a manutenção 
do poder aquisitivo do servidor, do seu poder de compra. 
Com o fim da aposentadoria integral, levada a cabo pela 
EC41/2003, veio também a obrigatoriedade de instituição do regime 
de previdência complementar. O ente político que pretenda 
estabelecer como teto dos proventos por ela pagos o limite de 
benefícios do RGPS deverá instituir esse regime complementar, por 
meio de lei ordinária de iniciativa do chefe do Poder Executivo 
(Presidente da República, governador do estado ou do DF ou prefeito), 
com a finalidade de permitir que o servidor contribua mais e com isso 
conquiste o direito de adquirir proventos superiores ao teto. 
Esse regime complementar será organizado de forma autônoma 
em relação ao regime geral de previdência social e ao regime de 
previdência próprio do servidor público. Ficará a cargo de entidades 
fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que 
 
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oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente 
na modalidade de contribuição definida. 
O servidor que tenha ingressado no serviço público até a data da 
publicação do ato de instituição do correspondente regime de 
previdência complementar a ele estará sujeito somente se prévia e 
expressamente formalizar opção nesse sentido. 
A mesma EC 41/03 inseriu outro diVSRVLWLYR�³LQRFHQWH´�QR�DUW�����
da Constituição Federal, trata-se do § 18, que instituiu a 
obrigatoriedade da contribuição do inativo. A contribuição incide 
sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo 
regime próprio de previdência dos servidores civis que superem o limite 
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência 
(atualmente R$ 3.416,54), com percentual igual ao estabelecido para 
os servidores titulares de cargos efetivos (atualmente 11%). OBS: no 
caso de portador de doença incapacitante, essa contribuição 
incidirá apenas sobre as parcelas que superem o dobro do teto 
do RGPS. 
Outro dispositivo inserido pela EC 41/03 foi o §19 do art. 40 da 
Constituição Federal, que trouxe uma nova natureza para a figura do 
³DERQR�GH�SHUPDQrQFLD´, que continua servindo para evitar a saída 
dos servidores e risco de comprometimento dos serviços, garantindo o 
funcionamento da Administração Pública. 
E em que consiste esse instituto? Ele equivale à dispensa 
do pagamento da contribuição previdenciária para o servidor que 
permaneça em atividade após ter completado os requisitos para 
requerer a aposentadoria voluntária não proporcional (60 anos de idade 
e 35 de contribuição, se homem; 55 anos de idade e 30 de 
contribuição, se mulher; 10 anos de efetivo exercício no serviço público; 
 
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5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria). O servidor 
fará jus ao abono enquanto permanecer na ativa, até o limite de 70 
anos, idade em que é alcançado pela aposentadoria compulsória. 
O art. 41 da Constituição Federal trata da estabilidade do servidor 
público, que consiste em uma garantia constitucional de permanência 
no serviço público, e não no cargo, vinculado à atividade de mesma 
natureza de quando ingressou. 
 
Agora vamos falar de algumas importantes alterações promovidas 
pela Emenda Constitucional nº 19/1998 na Constituição no que diz 
respeito ao servidor público. 
Com a EC 19/98, a estabilidade passou a ser conferida somente 
após três anos de efetivo exercício e não mais dois anos apenas. 
Ademais, a nova redação passou a exigir outros requisitos além da 
prévia aprovação em concurso público. 
A partir da EC nº 19/98, passaram a ser requisitos concomitantes 
para aquisição de estabilidade: 
1. concurso público; 
2. cargo público de provimento específico; 
3. três anos de efetivo exercício; 
4. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão 
instituída para essa finalidade. 
A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica-
se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do 
vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto 
constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º): 
 
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1. sentença judicial transitada em julgado; 
2. processo administrativo, desde que assegurados o 
contraditório e a ampla defesa; 
3. insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação 
periódica, na forma de lei complementar, assegurados também 
o contraditório e a ampla defesa; 
4. excesso de despesa com pessoal. 
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, 
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, 
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado 
em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor 
estável ficaráem disponibilidade, com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
Quanto aos militares, o art. 42 da CF preceitua que os membros 
das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições 
organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, sendo as patentes dos 
oficiais conferidas pelos respectivos governadores. 
Por fim, em obediência à redação original do art. 39 da CF 
(determina que as pessoas da Administração Direta e Indireta 
uniformizem o regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um 
único regime para determinada ordem política), a Lei nº 8.112/90 
dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, 
das autarquias e das fundações públicas federais. 
Essas são as principais regras trazidas pela Constituição no que 
diz respeito aos servidores públicos (arts. 37 a 40). 
 
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1. (CESPE -2015- MPU -Analista do MPU) O ocupante de cargo 
vitalício só perde o cargo mediante regular processo judicial com 
sentença transitada em julgado. 
 
A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica-
se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do 
vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto 
constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º): 
1. sentença judicial transitada em julgado; 
2. processo administrativo, desde que assegurados o 
contraditório e a ampla defesa; 
3. insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação 
periódica, na forma de lei complementar, assegurados também 
o contraditório e a ampla defesa; 
4. excesso de despesa com pessoal. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
 
3. Classificação de agentes públicos 
 
 
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Agora destacaremos a principal classificação de agentes públicos 
adotada. Trata-se da apresentada por Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 
Para ela, os agentes públicos dividem-se em 4 categorias: 
1. agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à 
organização política do País; 
2. servidores públicos: em sentido amplo, englobam as 
pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades 
da Administração Indireta, com vínculo de dependência com o 
poder público (estatutário ou celetista), de natureza 
profissional, de caráter não eventual e mediante remuneração 
paga pelos cofres públicos; 
3. Militares: prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, 
Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e Corpos de 
Bombeiros Militares dos Estados, DF e dos Territórios, com 
vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio; e 
4. particulares em colaboração com o Poder Público: as 
pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, ainda que em 
caráter ocasional ou temporário, sem vínculo empregatício, 
com ou sem remuneração. 
 
 
 
2. (CESPE - 2013 - ANS - Técnico Administrativo) Agente público é 
aquele que exerce emprego ou função pública mediante remuneração. 
Veja o conceito dado por Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 
³$JHQWH� S~EOLFR� p� WRGD� SHssoa física que exerça, ainda que 
 
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transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, 
designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, 
PDQGDWR��FDUJR��HPSUHJR�RX�IXQomR�S~EOLFD�´� 
Diante desta definição o gabarito está errado. 
 
 
 
a. Agentes políticos 
 3DUD� &HOVR� $QW{QLR� %DQGHLUD� GH� 0HOOR�� ³DJHQWHV� SROtWLFRV� VmR� RV�
titulares dos cargos estruturais à organização política do País, 
ou seja, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço 
constitucional do Estado e, portanto, o esquema fundamental do 
poder��6XD�IXQomR�p�D�GH�IRUPDGRUHV�GD�YRQWDGH�VXSHULRU�GR�(VWDGR�´�
(Curso de Direito Administrativo, 2008). 
Podemos dizer que o agente político é aquele 
possuidor de cargo eletivo, eleito por mandatos transitórios. Exemplos: 
Os Chefes de Poder Executivo e membros do Poder Legislativo, além de 
cargos de Ministros de Estado e de Secretários nas Unidades da 
Federação, os quais não se sujeitam ao processo administrativo 
disciplinar. 
O regime jurídico desses agentes, os direitos e deveres aplicáveis 
a eles, estão previstos em lei ou, em alguns casos, na própria 
Constituição Federal, afastando, assim, a natureza contratual da 
relação. 
Assim, como bem salienta Fernanda Marinela, o vínculo jurídico 
desses agentes é, em regra, de natureza política. Podem ser 
nomeados, mas, em sua maioria, são escolhidos por eleição popular e o 
 
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que os qualifica não é a aptidão técnica e sim a qualidade de cidadão 
com a capacidade de conduzir a sociedade. 
 Suas principais características são: 
1. Competência prevista na própria Constituição Federal; 
2. Não sujeição às regras comuns aplicáveis aos servidores 
públicos em geral; 
3. Normalmente, a investidura em seus cargos é por meio de 
eleição, nomeação ou designação; 
4. Não são hierarquizados, salvo os auxiliares imediatos dos 
Chefes dos Executivos, sujeitando-se somente às regras 
constitucionais. 
Um parecer da AGU merece um destaque especial: 
Parecer-AGU nº GQ-35, vinculante: ³��� $� /HL� Qž� ������� GH� ������ FRPLQD� D�
aplicação de penalidade a quem incorre em ilícito administrativo, na condição 
de servidor público, assim entendido a pessoa legalmente investida em cargo 
público, de provimento efetivo ou em comissão, nos termos dos arts. 2º e 3º. 
Essa responsabilidade de que provém a apenação do servidor não alcança os 
titulares de cargos de natureza especial, providos em caráter precário e 
transitório, eis que falta a previsão legal da punição. Os titulares dos cargos 
de Ministro de Estado (cargo de natureza especial) se excluem da viabilidade 
legal de responsabilização administrativa, pois não os submete a positividade 
do regime jurídico dos servidores públicos federais aos deveres funcionais, 
FXMD�LQREVHUYkQFLD�DFDUUHWD�D�SHQDOLGDGH�DGPLQLVWUDWLYD�´ 
 
De acordo com esse parecer, os que possuem cargos eletivos, 
eleitos por mandatos transitórios, como os Chefes de Poder Executivo e 
membros do Poder Legislativo, além de cargos de Ministros de Estado e 
de Secretários nas Unidades da Federação, não se sujeitam ao processo 
administrativo disciplinar. 
 
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Para você que vai fazer esse concurso, é 
IMPORTANTE saber que atualmente há uma tendência a considerar os 
membros da Magistratura (juízes e desembargadores) e do Ministério 
Público (promotores e procuradores de justiça) como agentes políticos. 
 
1) ³2V�PDJLVWUDGRV�HQTXDGUDP-se na espécie de agente político, 
investidos para o exercício de atribuições constitucionais, 
sendo dotados de plena liberdade funcional no desempenho de 
suas funções, com prerrogativas próprias e legislação 
HVSHFtILFD´� �5(� ��������63�� 67)� ± Segunda Turma, Rel. Min. 
Néri da Silveira, julg: 05.03.2002, DJ: 12.04.2002). 
2) Segundo o STF, a função dos agentes diplomáticos é 
eminentemente política (Ext 1082, STF ± Tribunal Pleno, Rel. 
Min. Celso de Mello, julg: 19.06.2008, DJe: 07.08.2008). 
 
 
3. (CESPE - 2013 - MS - Administrador) Senadores, deputados e 
vereadores são considerados agentes políticos. 
Vimos que: agentes políticos são os titulares dos cargos 
estruturais à organização política do País, ou seja, são os 
ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional do 
Estado e, portanto, o esquema fundamental do poder. Sua função é 
D�GH�IRUPDGRUHV�GD�YRQWDGH�VXSHULRU�GR�(VWDGR�´ 
Resposta: certo. 
 
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4. (CESPE - 2013 - MS - Analista Administrativo) Os magistrados, 
agentes políticos investidos para o exercício de atribuições 
constitucionais, têm plena liberdade funcional no desempenho de suas 
funções, bem como prerrogativas próprias e legislações específicas. 
Jurisprudência pura do STF, veja o julgado: 
"A autoridade judiciária não tem responsabilidade civil pelos atos 
jurisdicionais praticados. Os magistrados enquadram-se na espécie 
agente político, investidos para o exercício de atribuições 
constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no 
desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e legislação 
específica. " (RE 228.977, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 5-
3-2002, Segunda Turma, DJ de 12-4-2002.) 
Resposta: certo. 
 
b. Servidores públicos 
 Em sentido amplo, englobam as pessoas físicas que prestam 
serviços ao Estado e às entidades da Administração Indireta, sejam 
pessoas jurídicas de direito público ou privado, com vínculo 
empregatício (ou seja, natureza profissional, de caráter não eventual e 
sob vínculo de dependência) e mediante remuneração paga pelos cofres 
públicos. 
 Subdividem-se em: 
1. SERVIDORES ESTATUTÁRIOS: sujeitos ao regime 
estatutário (= regime disposto em lei especial para disciplinar 
os servidores de determinado ente público) e ocupantes de 
cargos públicos (aqui se incluem os ocupantes de 
funções de confiança e cargos em comissão). 
 
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No regime estatutário, ressalvadas as pertinentes disposições 
constitucionais impeditivas, o Estado deterá o poder de 
alterar legislativamente o regime jurídico de seus servidores, 
inexistindo a garantia de que continuarão sempre 
disciplinados pelas disposições vigentes quando de seu 
ingresso, já que não há direito adquirido quanto à 
manutenção do regime. 
2. EMPREGADOS PÚBLICOS: contratados sob o regime da 
legislação trabalhista (CLT) e ocupantes de emprego público, 
tendo como vínculo jurídico um contrato de trabalho (regime 
contratual). 
Para o regime celetista ou contratual, os direitos e obrigações 
constituídos na ocasião da avença são unilateralmente 
imutáveis, gerando para o servidor direito adquirido. 
3. SERVIDORES TEMPORÁRIOS: contratados por tempo 
determinado para atender à necessidade temporária de 
excepcional interesse público. Exercem função, sem estarem 
vinculados a cargo ou emprego público. 
 
A Constituição exige a adoção, por parte de cada ente da 
Federação, de um só regime jurídico (regime jurídico único) 
aplicável a todos os servidores integrantes de sua administração 
direta, autarquias e fundações públicas. 
 
 
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CUIDADO!Os servidores das empresas públicas, sociedades de 
economia mista e fundações privadas regem-se pela legislação 
trabalhista. 
No caso dos empregados públicos, não podem Estados e 
Municípios derrogar outras normas da legislação trabalhista, já que não 
têm competência para legislar sobre Direito do Trabalho, reservada 
privativamente à União (art. 22, I, CF). 
 Aos servidores temporários aplica-se regime jurídico especial a 
ser disciplinado em lei de cada unidade da federação. 
 
 
 
 
5. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados ± Analista) Laura foi 
contratada pelo poder público federal, por tempo determinado, para 
atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, sem 
ter sido submetida a prévio concurso público. Nessa situação, a 
contratação é válida, já que o concurso público não é indispensável para 
a investidura e para o exercício da função pública. 
Como acabamos de ver, os servidores temporários são 
contratados por tempo determinado para atender à necessidade 
temporária de excepcional interesse público. Exercem função, sem 
estarem vinculados a cargo ou emprego público. Nesse caso, dispensa-
se o concurso público. 
Gabarito: Certo. 
 
 
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6. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) A Constituição 
Federal determina a obrigatoriedade de a União, os estados, o Distrito 
Federal e os municípios instituírem, no âmbito de sua competência, 
regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da 
administração direta e de todas as entidades da administração indireta. 
Não foi à toa que eu chamei a sua atenção para esse ponto da 
aula. A Constituição exige a adoção, por parte de cada ente da 
Federação, de um só regime jurídico (regime jurídico único) aplicável a 
todos os servidores integrantes de sua administração direta, autarquias 
e fundações públicas. E ainda disse: CUIDADO!Os servidores das 
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações privadas 
regem-se pela legislação trabalhista e você se lembra que essas 
estatais compõem a administração indireta. 
 Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
c. Militares 
 Abrangem as pessoas físicasque prestam serviços às Forças 
Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e 
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e dos Territórios, com 
vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio, mediante 
remuneração paga pelos cofres públicos. Eram considerados servidores 
públicos até a EC nº 18/98, sendo excluídos da categoria, só lhes 
aplicando as normas referentes aos servidores públicos quando houver 
previsão expressa nesse sentido. 
 
 
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d. Particulares em colaboração com o Poder Público 
 Englobam as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, 
ainda que em caráter ocasional ou temporário, sem vínculo 
empregatício, com ou sem remuneração. 
 Dividem-se em: 
1. DELEGADOS DO PODER PÚBLICO: exercem função pública, 
em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob 
fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem 
não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários 
do serviço. Exemplos: os que exercem serviços notariais e de 
registro, os leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos. 
 Importante ressaltar que os oficiais dos 
serviços notariais, apesar da exigência de concurso público, 
não perdem a qualidade de particular, não devendo ser 
incluídos na categoria de servidores públicos, como alguns 
acabam confundindo. Como bem salienta o STF, os notários e 
os registradores exercem atividade estatal, entretanto não 
são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam 
cargo público, não sendo, assim, servidores públicos (ADI 
2602/MG, STF ± Tribunal Pleno, Rel. Min. Joaquim Barbosa e 
Min. Eros Grau, julg: 24.11.2005, DJ: 31.03.2006). 
2. REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS PARA O 
EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS RELEVANTES: não 
 
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têm vínculo empregatício e, em geral, não recebem 
remuneração. São agentes convocados para exercer função 
pública, tendo assim a obrigação de participar sob pena de 
sanção. Exemplos: jurados, convocados para prestação de 
serviço militar ou eleitoral, comissários de menores, 
integrantes de comissões, grupos de trabalho, etc. 
3. GESTORES DE NEGÓCIO: assumem, espontaneamente, 
determinada função pública em momento de emergência, como 
epidemia, incêndio, enchente, etc. 
 Para sistematizar, apresentamos o esquema da 
classificação de Di Pietro. ABRA O OLHO, e tenha esse quadro sempre 
em mente! 
 
Agentes políticos 
 
Titulares dos cargos estruturais à organização 
política do País (Ex.: Presidente, Senadores, 
Governadores, Deputados etc). 
Servidores 
públicos 
 
Servidores ESTATUTÁRIOS: regime estatutário e 
ocupantes de cargos públicos (Ex.: você ao passar 
neste concurso) 
EMPREGADOS PÚBLICOS: regime trabalhista e 
ocupantes de emprego público (Ex.: carteiro dos 
Correios); 
SERVIDORES TEMPORÁRIOS: contratados por 
tempo determinado para atender à necessidade 
temporária de excepcional interesse público (Ex.: 
enfermeiro contratado para fazer frente a um surto 
de dengue). 
 
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Militares 
 
Prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, 
Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e 
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e 
dos Territórios, com vínculo estatutário e regime 
jurídico próprio (Ex.: soldado do Exército e da PM). 
Particulares em 
colaboração com 
o Poder Público 
 
DELEGADOS DO PODER PÚBLICO: exercem função 
pública, em seu próprio nome, sem vínculo 
empregatício, porém sob fiscalização do Poder 
Público (Ex.: donos de cartórios). 
REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS 
PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS 
RELEVANTES: não têm vínculo empregatício e, em 
geral, não recebem remuneração (Ex.: jurado do 
Tribunal do Júri). 
GESTORES DE NEGÓCIO: assumem, 
espontaneamente, determinada função pública em 
momento de emergência (Ex.: cidadão que se 
prontifica a catalogar donativos para vítimas de 
enchentes). 
 
 
 
 
 
7. (CESPE - 2009 - ANATEL - Analista Administrativo - Direito) Os 
jurados das sessões de tribunal do júri e os mesários convocados para 
os serviços eleitorais nas eleições são classificados pela doutrina 
majoritária do direito administrativo como agentes particulares 
colaboradores que, embora sejam particulares, executam certas 
funções especiais que podem ser qualificadas como públicas. 
 
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Quem leu com atenção a aula já ganhou esse ponto! Jurados e 
mesários são agentes particulares colaboradores e tem múnus públicos; 
no entanto, não recebem remuneração. 
Resposta: Certo. 
 
8. (CESPE - 2013 - ANS - Técnico Administrativo) Os ocupantes de 
cargo ou função em comissão são considerados agentes honoríficos. 
Os agentes honoríficos são aqueles cidadãos que por razão da sua 
notória capacidade profissional ou intelectual presta temporariamente, 
prestam determinados serviços, colaborando com o Estado, mas não 
possuem vínculo com o mesmo. Exemplo: jurados, os mesários 
eleitorais, os comissários de menores 
Gabarito: Errado. 
 
 
4. Funções, cargos e empregos públicos 
 
Qual seria a distinção entre cargo, emprego e função pública? 
 
x CARGO PÚBLICO: conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor, criando com este um vínculo estatutário. 
Segundo Marinela, cargo público é a mais simples e indivisível 
unidade de competência a ser expressa por um agente público para o 
exercício de uma função pública, representando um lugar dentro da 
organização funcional da Administração Pública direta, autárquica e 
 
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fundacional. Possui regime jurídico definido em lei, denominado assim 
regime legal ou estatutário, de índole institucional e não contratual. 
$VVLP��SDUD� OHPEUDU�R�TXH�p� FDUJR�S~EOLFR� �FRPR�XP�³OXJDU´�
dentro da estrutura da Administração), tenha em mente a seguinte 
imagem + vínculo estatutário: 
 
Fonte: 
www.moveisparaescritorio.ind.br 
 
 
 
 
+ VÍNCULO ESTATUTÁRIOO cargo público é acessível a todos os brasileiros. 
Em regra, é criado por lei, que definirá um número 
determinado, uma denominação própria e correspondente vencimento 
pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em 
comissão. Essa lei é de iniciativa de cada Poder. 
EXCEÇÃO: no caso dos serviços auxiliares do Poder 
Legislativo, a criação do cargo público será feita por resolução de cada 
uma das Casas do Congresso Nacional, não dependendo de lei, 
lembrando, entretanto, que a fixação de sua remuneração depende de 
lei. 
Por paralelismo de formas, sua extinção também só poderá 
ocorrer por meio de lei, ressalvado o caso de cargos públicos vagos, 
que poderão ser extintos por decreto do Presidente da República. 
Aquele que ocupa o cargo público é chamado de funcionário 
público. 
 
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Em relação ao cargo público, Marinela ainda destaca outros 
conceitos relacionados: 
a) Carreira: é um conjunto de cargos organizados em uma 
estrutura escalonada, hierarquizada; 
b) Classe: é o agrupamento de cargos da mesma profissão e com 
idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos, 
consistindo nos degraus de acesso dentro da carreira; 
c) Quadro: é o conjunto de carreiras e cargos isolados que 
compõe a estrutura de um órgão ou Poder, podendo ser 
permanente ou provisório. 
Por fim, Marinela traz duas formas de classificar os cargos 
públicos: 
1) De acordo com a sua posição estatal no quadro funcional da 
Administração, em: 
a) Cargos de carreira: aqueles organizados em uma série de 
classes, que consiste nos agrupamentos de cargos da 
mesma profissão, com idênticas atribuições, 
responsabilidades e vencimentos, estando essas classes 
escalonadas em função do grau de hierarquia existente no 
serviço, que decorre do nível de responsabilidade e 
complexidade de suas atribuições. Nesse caso, é garantido 
aos servidores a possibilidade de ascensão funcional, o que 
ocorre, normalmente, por meio de promoção. 
b) Cargos isolados: apesar de estarem no quadro funcional da 
Administração, não estão escalonados; são estanques, não 
 
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contando os seus ocupantes com a possibilidade de 
progressão, de ascensão funcional. 
2) Conforme a sua vocação para retenção de seus ocupantes, 
considerando se o servidor tem maior ou menor garantia de 
permanência, em: 
a) Cargo em comissão: consiste em um lugar no quadro 
funcional da Administração que conta com um conjunto de 
atribuições e responsabilidades de direção, chefia e 
assessoramento. É ocupado em caráter transitório e pode 
ser preenchido por qualquer pessoa. É de livre nomeação e 
livre exoneração, não dependendo de qualquer justificativa 
ou motivação. Assim, não há qualquer garantia de 
permanência. 
b) Cargo efetivo: depende de prévia aprovação em concurso 
público, sendo que a nomeação é feita em caráter definitivo 
e seu ocupante tem a possibilidade de, preenchidos os 
requisitos constitucionais (art. 41, CF), adquirir a 
estabilidade. Nesse caso, a retirada do servidor não ocorre 
de forma livre, dependendo de motivação com prévio 
processo administrativo, ou seja, conta com maior garantia 
de permanência. 
c) Cargo vitalício: é o mais seguro, o que oferece ao servidor a 
maior garantia de permanência, pelo fato de o desligamento 
só poder ocorrer via processo judicial. Em regra, esse cargo 
depende de prévia aprovação em concurso público, como na 
Magistratura (art. 95, I, CF) e no Ministério Público (art. 
�����†�ž�� ,�� ³D´��&)��� VDOYR�DV�H[FHo}HV�SUHYLVWDV�QR�WH[WR�
constitucional, tais como os Ministros e Conselheiros dos 
Tribunais de Contas (art. 73, §3º, CF). Essa garantia se 
 
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justifica pela independência necessária à atuação desses 
agentes. 
 
x EMPREGO PÚBLICO: é um núcleo de encargo de trabalho 
permanente a ser preenchido por agente contratado para desempenhá-
lo, ou seja, também é uma unidade de atribuições e responsabilidades, 
distinguindo-se do cargo pelo tipo de vínculo que liga o servidor ao 
Estado. 
O ocupante de emprego público tem um vínculo contratual e 
submete-se ao regime trabalhista (CLT), com a aplicação de algumas 
normas do regime público. 
 
 
Fonte: 
www.moveisparaescritorio.ind.br 
 
 
 
 
+ VÍNCULO TRABALHISTA 
Para o âmbito federal, a União, com o 
objetivo de definir as regras aplicáveis aos empregados públicos, editou 
a Lei nº 9.962/00. O diploma estabelece, dentre outras regras, que a 
escolha desses empregados deve ser por meio de concurso público (art. 
2º), trata-se de um contrato com prazo indeterminado e a sua resilição 
não pode ser unilateral (art. 3º). Assim fica afastada a dispensa desses 
 
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empregados de forma imotivada, só sendo possível quando ocorrer: 
falta grave (art. 482, CLT); acumulação ilegal de cargos, empregos e 
funções públicas; necessidade de redução de quadros por excesso de 
despesa (art. 169, CF) e insuficiência de desempenho apurada em 
processo administrativo. 
A criação e a extinção desses empregos públicos também 
devem ser feitos por meio de lei. 
 
x FUNÇÃO PÚBLICA: é o conjunto de atribuições às quais não 
corresponde um cargo ou emprego (conceito residual), não contando, 
assim, com um lugar no quadro funcional da Administração. Segundo 
Marinela, consiste no conjunto de atribuições e responsabilidades 
assinaladas a um servidor; é a atividade em si mesma, ou seja, 
corresponde às inúmeras tarefas que devem ser desenvolvidas por um 
servidor. 
A criação e a extinção dessa função também deve ser feita por 
meio de lei. 
Abrange 2 tipos de situação: função exercida por servidores 
contratados temporariamente, para a qual não se exige, 
necessariamente, concurso público, e função de natureza permanente, 
correspondentes a chefia, direção, assessoramento (função de 
confiança, de livre provimento e exoneração). 
 PARA AS OBSERVAÇÕES: 
OBS1) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, 
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, 
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se 
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
 
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OBS2) No art. 37, II, da Constituição Federal, o constituinte só 
exigiu concurso público para a investidura em cargo ou 
emprego. Nos casos de função, essa exigência não existe. 
 Confira os seguintes dispositivos constitucionais: 
37. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação 
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a 
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, 
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração; 
(...) 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos 
por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos 
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento 
 
 IMPORTANTE OBSERVAR que os tribunais 
brasileiros já sedimentaram o entendimento de que não existe direito 
adquirido à manutenção do regime jurídico do servidor público; 
o regime jurídico pode ser alterado unilateralmente pelo poder público, 
com a simples alteração da lei de regência. 
 
 
 
9. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista Judiciário - Área Administrativa 
- Específicos) Cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades que, previstas na estrutura organizacional, devem ser 
cometidas a um servidor. 
 
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CARGO PÚBLICO: conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor, criando com este um vínculo estatutário. Acessível a todos 
os brasileiros, criado por lei, com denominação própria e vencimento 
pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em 
comissão. Aquele que ocupa o cargo público é chamado de 
funcionário público 
Resposta: Certo. 
 
10. (CESPE - 2013 - IBAMA - Analista Administrativo) A investidura no 
cargo público ocorre com a nomeação, sendo de trinta dias o prazo para 
o nomeado tomar posse. 
Alunos, atenção aos detalhes! Veremos esse ponto mais adiante, 
mas saiba desde já que a investidura no cargo ocorre com a posse e 
não com a nomeação. O prazo está correto, é de 30 dias, nos termos da 
Lei nº 8.112/90. 
Gabarito: Errado 
 
11. (CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito) São requisitos para a 
investidura em cargo público, entre outros, a idade mínima de dezoito 
anos e a aptidão física e mental, podendo as atribuições do cargo 
justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. 
É isso mesmo, o artigo 5º da Lei n. 8.112/90, que será abordada 
a fundo logo logo, nos ensina quais são os requisitos mínimos para a 
investidura. Não esqueça do parágrafo 1º: 
Art. 5º- São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
 
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I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
 § 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros 
requisitos estabelecidos em lei. 
Gabarito: Certo. 
 
12. (CESPE - 2013 - TC-DF - Procurador) A promoção constitui 
investidura derivada, enquanto a nomeação traduz investidura 
originária do servidor público. 
Meus caros, saiba desde já que a única forma de provimento 
originário é a nomeação, qualquer outra é derivada. 
 Gabarito: Certo. 
 
 
a. Criação de cargos 
 E como se dá a criação, transformação e extinção de cargos, 
empregos e funções públicas? 
No âmbito federal, isso ocorre por meio de lei, da competência do 
Congresso Nacional. A iniciativa dessa lei é privativa do Presidente da 
República, quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos 
na administração federal direta e autárquica. 
 
 
 
 
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 De acordo com o princípio do paralelismo, o STF considera que os 
Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados-
membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a 
Assembleia Legislativa tem a competência de editá-la. 
 No caso específico de cargo ou função pública que estejam 
vagos, a extinção pode ser feita mediante decreto do próprio Chefe 
do Executivo (não precisa edição de lei pelo Legislativo). 
 A extinção de função ou cargo público preenchido 
somente poderá ser efetivada mediante lei; caso o cargo esteja 
vago, a competência para sua extinção é privativa do Chefe do 
Poder Executivo, mediante decreto autônomo. 
 
 
 
 
13. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) 
Apesar do princípio da legalidade, que norteia toda a administração 
pública, o presidente da República pode dispor, por meio de decreto, 
sobre a organização e o funcionamento da administração federal se isso 
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos. 
Compete privativamente ao Presidente da República, a organização 
e funcionamento da administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, 
segundo o artigo 84, VI, da Constituição Federal. Item certo. 
 
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14. (CESPE - 2013 - ANS - Técnico Administrativo) A extinção de 
cargo público preenchido somente pode ser efetivada mediante lei. No 
entanto, nos casos de cargo vago, essa extinção pode ser efetivada 
mediante decreto autônomo. 
Conforme a CF/88 a criação, transformação ou extinção de cargos 
será por lei. Mas é competência privativa do Presidente da República 
dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou cargos 
públicos, quando vagos. 
Gabarito: Certo. 
 
 
 
b. Acessibilidade a brasileiros e estrangeiros 
Marinela conceitua acessibilidade como o conjunto de regras e 
princípios que regulam o ingresso de pessoas nos quadros da 
Administração Pública. 
 De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos, 
empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei. Trata-se do princípio da ampla 
acessibilidade. 
 Os referidos requisitos estabelecidos em lei devem, 
obrigatoriamente,mostrar-se necessários ao adequado desempenho da 
função pública correspondente. Além disso, é vedado o 
estabelecimento de exigências ou condições pelos editais de concursos 
públicos que não possuam amparo legal. OBS: a EC nº 45/2004 
estabeleceu duas hipóteses novas de requisitos constitucionais 
 
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especificamente para o acesso aos cargos de juiz e de membro 
do Ministério Público, tanto estaduais quanto federais. A 
referida emenda passou a exigir do bacharel em direito, em 
ambos os casos, no mínimo 3 anos de atividade jurídica, além da 
aprovação em concurso público de provas e títulos. 
 No caso dos brasileiros, natos ou naturalizados, basta o 
atendimento aos requisitos da lei para que se tenha a possibilidade de 
acesso aos cargos, empregos e funções públicas. Já para os 
estrangeiros, é necessária a edição de lei que estabeleça as condições 
de ingresso; por exemplo, o art. 5º, §3º, da Lei nº 8.112/90 prevê que 
as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros. 
Segundo Fernanda Marinela, esse conjunto de normas que define 
os requisitos e parâmetros para o acesso ao serviço público deve ser 
respeitado rigorosamente pelos Administradores, gerando, assim, no 
que tange aos parâmetros exigidos, um direito subjetivo para os 
candidatos a essas vagas, sendo vedada qualquer possibilidade de 
discriminação abusiva, o que gera flagrante desrespeito ao princípio da 
isonomia. 
 
Quanto aos brasileiros, é importante ressaltar a exceção do art. 
12, §3º, da CF, que listou alguns cargos que só podem ser preenchidos 
por brasileiros natos, em razão da segurança nacional. 
Art. 12.§3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
 
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VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
23, de 1999) 
 
Além disso, exige-se a qualidade de brasileiro nato aos cidadãos 
que vão ocupar as seis vagas no Conselho da República (art. 89, VII). 
 Esse tópico não pode ser encerrado sem a seguinte transcrição da 
Lei nº 8.112/90, que trata da contratação de professores estrangeiros: 
Art. 5º (...) 
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. 
 
 
 
 
15. (CESPE -2015 ±FUB) Considere que Joana, servidora pública da 
Universidade de Brasília, tenha recebido documentação para a instrução 
do processo administrativo de posse de um professor estrangeiro em 
um cargo público da universidade. Nessa situação, Joana deve 
desconsiderar a não apresentação, pelo professor, do documento 
comprobatório de nacionalidade brasileira, devendo dar prosseguimento 
ao referido processo. 
 
Sabemos, que é requisito para a investidura a nacionalidade 
brasileira, porém, na contratação de professores estrangeiros, aplica-se 
a seguinte regrinha: 
 
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Art. 5º (...) 
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. 
 
Gabarito: Certo 
 
 
 
16. (CESPE - 2013 - TCE-RS - Oficial de Controle Externo) Professor 
estrangeiro que resida no Brasil e pretenda ocupar cargo público em 
universidade federal somente poderá atuar como professor visitante, 
visto que a investidura em cargo público é restrita a brasileiros natos ou 
naturalizados. 
A disposição constitucional que guiará nosso raciocínio para 
essa questão é o artigo 37, I. Os cargos públicos são acessíveis tanto a 
brasileiros que preencham os requisitos quanto a estrangeiros, na 
forma da lei. Veja que a questão do estrangeiro na maioria das vezes é 
fonte de dúvidas, mas agora, você já gravou o dispositivo constitucional 
que permite a investidura. 
Além disso, a Lei 8.112 prevê expressamente a 
possibilidade de as Universidades e instituições de pesquisa proverem 
seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros. 
Portanto o gabarito é: Errado. 
 
17. (CESPE - 2013 - MPU - Técnico - Tecnologia da Informação e 
Comunicação) A Constituição Federal de 1988 (CF) não restringe o 
acesso aos cargos públicos a brasileiros que gozam de direitos políticos, 
 
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admitindo que cargos, empregos e funções públicas sejam preenchidos 
por estrangeiros, na forma da lei. 
De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos, 
empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei. 
Gabarito: Certo. 
 
18. (CESPE - 2013 - MI - Analista Técnico - Administrativo) A 
ausência de previsão de acesso de estrangeiros a cargos públicos 
coaduna-se com a política de soberania do Estado brasileiro, que 
restringe as funções públicas aos brasileiros que gozam de direitos 
políticos. 
De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos, 
empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei, ou seja, há sim previsão de acesso a 
estrangeiros a cargos públicos na legislação brasileira (art. 5º, § 3º, da 
Lei n. 8.112/90). 
Resposta: Errado. 
 
 
c. Exigência de concurso público 
 A investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, 
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
 
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 Esse dispositivo é aplicável à administração direta e indireta, 
inclusive para o preenchimento de empregos nas empresas 
públicas e sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de 
direito privado integrantes da administração indireta. 
 Ao falar em concurso público, a Constituição Federal está exigindo 
procedimento aberto a todos os interessados, ficando vedados os 
chamados concursos internos, só abertos a quem já pertence ao quadro 
de pessoal da Administração Pública. Além disso, deve-se propiciar igual 
oportunidade de acesso a cargos e empregos públicos a todos os que 
atendam aos requisitos estabelecidos de forma geral e abstrata em lei. 
 Marinela entende que o concurso público é um procedimento 
administrativo colocado à disposição da Administração Pública para a 
escolha de seus futuros servidores. Representa a efetivação de 
princípios como a impessoalidade, a isonomia, a moralidade 
administrativa, permitindo que qualquer um que preencha os requisitos, 
sendo aprovado em razão de seu mérito, possa ser servidor público, 
ficando afastados os favoritismos e perseguições pessoais, bem como o 
nepotismo. 
 Como bem lembrado por Marinela, para evitar 
os abusos, os Tribunais Superiores vem realizando um papel 
fundamental para aplicação dessa exigência, reconhecendo, por 
exemplo: 
1) a impossibilidade de provimento ou deslocamento de um 
servidor para cargos de carreiras diversas, antigamente 
denominadas transposição ou ascensão funcional (Súmula nº 
685 do STF); 
2) a impossibilidade de transformação de cargos ou a 
transferência de servidores celetistas não submetidos a 
 
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concurso público para servidores estatutários, o que pressupõe 
a ocupação de cargos efetivos (ADI 248/RJ, STF ± Tribunal 
Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, DJ: 08.04.1994; RMS 
13604/RO, STJ ± Sexta Turma, Rel. Min. Paulo Medina, julg: 
03.03.2005, DJ: 18.04.2005); 
3) a proibição para criação de novas carreiras com inúmeros 
cargos para serem preenchidos com antigos servidores de 
carreiras diversas, independentemente de serem eles celetistas 
ou estatutários. Nova carreira exige novo concurso público; 
4) ser vedado o aproveitamento de servidores de um ente político 
em cargos ou empregos de outros entes públicos. A exigência 
de concurso público se refere à investidura em cargo ou 
emprego público de carreira de cada pessoa jurídica de direito 
público, não autorizando o provimento inicial de cargo ou 
emprego de entidade política diversa (ADI 402, STF ± Tribunal 
Pleno, Rel. Min. Moreira Alves, DJ: 20.04.2001); 
5) ser proibido o aproveitamento de servidores de cargos extintos 
em outros cargos em que não haja plena identidade 
substancial entre eles, compatibilidade funcional e 
remuneratória e equivalência dos requisitos exigidos em 
concurso (ADI 3.051/MG, STF ± Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos 
Britto, DJ: 28.10.2005; EREsp 279.920/PE, Rel. Min. Paulo 
Medina, DJ: 06.02.2006). 
 
CUIDADO COM AS EXCEÇÕES, MEUS CAROS!!! 
Para os cargos em comissão e para a contratação por tempo 
determinado (contratos temporários) para atender a necessidade 
 
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temporária de excepcional interesse público, dispensa-se o concurso 
público. Também a nomeação dos membros dos Tribunais não 
necessita ser precedida de concurso público. Outras exceções são: 
cargos de mandato eletivo e ex-combatentes que tenham 
efetivamente participado das operações bélicas da Segunda Guerra 
Mundial. 
Segundo o art. 11 da Lei nº 8.112/90, o concurso será de provas 
ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme 
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, 
condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no 
edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses 
de isenção nele expressamente previstas 
 Importante perceber que o concurso público deverá ser de 
provas ou de provas e títulos, ficando, assim, proibida a realização 
de contratações para cargos ou empregos efetivos com base em análise 
exclusiva de títulos ou currículos ou quaisquer outros procedimentos 
que não incluam a realização de provas. 
No Brasil, hoje é vedada a prova somente de 
títulos por prejudicar a disputa igualitária. A prova de titulação não 
pode ser o único parâmetro para seleção de candidatos a cargo ou 
emprego público, sob pena de excluir as pessoas que estão no início da 
carreira, servindo apenas como mecanismo para definir a classificação 
dos candidatos no concurso. 
 A regra da acessibilidade e do concurso visa dar a todos iguais 
oportunidades, não se admitindo distinções entre brasileiros natos e 
naturalizados, exceto hipóteses do art. 12, §3º, da CF, nem mesmo as 
distinções em razão de idade e sexo, exceto aquelas distinções cuja 
natureza do cargo assim o exigir, desde que previstas em lei. 
 
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A exigência de 3 anos de atividade jurídica para as carreiras da 
Magistratura e do Ministério Público é possível no concurso 
independente de lei formal para instituí-la, isso porque trata-se de regra 
expressa na Constituição Federal a partir do advento da EC nº 45/2004 
(arts. 95, I, e 129, §3º). Inclusive, essa norma já foi objeto da ADI nº 
3.460 no STF, sendo declarada constitucional. 
 Admite-se a exigência de aprovação em exame psicotécnico 
para provimento de alguns cargos públicos, com vistas à avaliação 
pessoal, intelectual e profissional do candidato. No entanto, exige-se a 
presença dos seguintes pressupostos: 
a) haver previsão legal, sendo insuficiente mera exigência no 
edital. Segundo a Súmula nº 686 do STF, só por lei se pode 
sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a 
cargo público. 
b) ser realizado a partir de critérios objetivos de aferição da 
capacidade psicológica do candidato, por meio da 
cientificidade. Não pode haver subjetivismos tampouco 
discriminação dos candidatos; 
c) ser passível de recurso pelo candidato. 
Caso não obedeça a essas exigências, será uma avaliação ilegal, 
devendo ser anulada, de forma a submeter o candidato a um novo 
exame válido. Essa anulação não gera para o candidato o direito de 
continuar ou obter aprovação automática nas demais fases do certame, 
devendo o teste ser repetido. 
 
 
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 1) Segundo a jurisprudência

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