Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Adote uma postura deliberada ao projetar arquitetura de software: priorize princípios, documente decisões e verifique hipóteses por meio de evidência empírica. A arquitetura não é decoração; é a infraestrutura intelectual que organiza responsabilidades, limita complexidade e viabiliza evolução. Descreva, desde o início, as restrições não funcionais (latência, disponibilidade, escalabilidade, segurança) e alinhe escolhas arquiteturais a métricas mensuráveis. Fundamente decisões em leis conhecidas do desenvolvimento — separação de preocupações, acoplamento baixo e coesão alta — e valide por meio de protótipos e medições.
Identifique padrões como instrumentos: use-os quando satisfizerem requisitos contextuais, não por moda. Classifique padrões em níveis — arquiteturais (ex.: camadas, hexagonal, microserviços, orientada a eventos), táticos (ex.: CQRS, Event Sourcing) e de design (ex.: Factory, Adapter, Strategy, Observer). Avalie cada padrão sob critérios científicos: custo cognitivo, overhead operacional, impacto no tempo de resposta e facilidade de teste. Quantifique trade-offs: por exemplo, microserviços aumentam escalabilidade e autonomia, mas elevam latência inter-serviços, necessidade de observabilidade e complexidade operacional.
Projete com modularidade previsível: decomponha sistemas segundo bounded contexts do domínio e aplique Domain-Driven Design quando a complexidade do domínio justificar. Use a arquitetura hexagonal para isolar regras de negócio de infraestruturas externas, facilitando testes e mudanças tecnológicas. Empregue camadas apenas quando a separação for clara; evite camadas rígidas que promovam vazamento de abstrações. Prefira interfaces explícitas e contratos versionados; trate compatibilidade como requisito de projeto.
Implemente padrões de projeto para resolver problemas locais de design: escolha Singleton com cautela (evite estado global compartilhado), prefira injeção de dependência para gerenciar instâncias e facilitar testes. Aplique Factory Method e Abstract Factory para encapsular criação de objetos quando a construção variar por contexto. Use Adapter para compatibilizar interfaces externas sem poluir o núcleo do domínio. Adote Strategy e Command para parametrizar comportamentos, reduzindo condicionais e aumentando testabilidade. Utilize Observer para notificação desacoplada, mas monitore risco de acoplamento implícito e dificuldades de rastreamento.
Meça e valide. Estabeleça métricas de arquitetura: tempo médio de implantação, tempo de recuperação de falhas, taxa de mudança sem quebra, cobertura de testes de contrato. Realize experimentos controlados (A/B, testes de carga) quando introduzir mudanças significativas, e registre resultados em Architecture Decision Records (ADRs). Considere evidências empíricas em reavaliações periódicas; abandone padrões que não entreguem retorno de investimento arquitetural.
Cuide da operabilidade. Projete para observabilidade: instrumente métricas, logs estruturados e tracing distribuído. Integre políticas de tolerância a falhas (circuit breakers, retries com backoff exponencial) e estratégias de degradação graciosa. Planeje deployment pipelines automatizados e infraestrutura como código; trate a infraestrutura como parte do projeto de software. Garanta que testes de integração reflitam topologias reais (simule falhas de rede, latência, perda de mensagens) para revelar vulnerabilidades arquiteturais.
Gerencie evolução por meio de refatoração arquitetural contínua. Priorize mudanças que reduzam acoplamento e melhorem coesão; implemente facetas incrementais (strangler fig pattern) para substituir funcionalidades legadas sem interrupção. Documente APIs e contratos e pratique versionamento sem ruptura. Planeje rollback e estratégias de migração de dados quando adotar padrões como Event Sourcing ou CQRS, pois esses trazem complexidade física e cognitiva adicionais.
Adote princípios de segurança na arquitetura: empregue defesa em profundidade, autenticação e autorização robustas, criptografia em trânsito e repouso, e validação de entrada no limite do sistema. Considere ataques de injeção, escalonamento de privilégios e vazamento de dados ao escolher tecnologias e padrões. Realize análise de risco arquitetural e threat modeling como etapa recorrente do ciclo de vida.
Comunique arquitetura com precisão: produza visões em diferentes níveis (contexto, containers, componentes, código) e mantenha a documentação sincronizada com o sistema. Use diagramas de interação e sequências para explicar decisões dinâmicas; registre trade-offs e alternativas consideradas. Envolva stakeholders técnicos e de negócio nas decisões arquiteturais para garantir alinhamento entre requisitos funcionais e restrições organizacionais.
Por fim, trate padrões como hipóteses científicas: formule hipótese sobre benefícios esperados, defina métricas de sucesso, experimente e revise. Não sacralize padrões nem os abandone sem evidência. Ao aplicar essa disciplina — análise de requisitos, escolha fundamentada de padrões, validação por métricas e comunicação clara — você reduzirá riscos, aumentará previsibilidade e tornará o software sustentável e adaptável.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) Quando escolher microserviços em vez de arquitetura monolítica?
Resposta: Escolha microserviços quando houver necessidade de escalabilidade independente, times autônomos e domínio suficientemente particionado; evite se custo operacional e latência forem proibitivos.
2) O que é CQRS e quando aplicá-lo?
Resposta: CQRS separa comandos (escrita) de consultas (leitura); aplique quando requisitos de leitura/escrita divergem ou quando é necessário otimizar consultas complexas sem comprometer consistência imediata.
3) Como medir sucesso arquitetural?
Resposta: Meça tempo de entrega, frequência de deploys, MTTR, latência, uso de recursos e custos operacionais; correlate com satisfação do usuário e custo de manutenção.
4) Qual risco principal de usar Event Sourcing?
Resposta: A complexidade de reconstruir estado e evoluir eventos (schema evolution) e o aumento de dificuldade em depuração e operações de migração de dados.
5) Como escolher padrões de design apropriados?
Resposta: Avalie problema, contexto e trade-offs; prefira padrões que reduzam acoplamento, melhorem testabilidade e sejam compatíveis com requisitos não funcionais e com habilidade da equipe.

Mais conteúdos dessa disciplina