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MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
VIGILÂNCIA E CONTROLE DE 
ZOONOSES, ARBOVIROSES E 
COMBATE A ANIMAIS 
PEÇONHENTOS
Brasília - DF
2025
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
VIGILÂNCIA E CONTROLE DE 
ZOONOSES, ARBOVIROSES E 
COMBATE A ANIMAIS 
PEÇONHENTOS
Brasília - DF
2025
Tiragem: 2ª edição –2025 – versão eletrônica
2025 Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Gestão do Trabalho e da 
Educação na Saúde
Departamento de Gestão da Educação na 
Saúde
Coordenação-Geral de Ações 
Estratégicas de Educação na Saúde 
Esplanada dos Ministérios Bloco O, 9º 
andar
CEP: 70052-900 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315-2596
E-mail: sgtes@saude.gov.br
Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Saúde da Família
Esplanada dos Ministérios Bloco G, 7º 
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CEP: 70058-90 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315-9044/9096
E-mail: aps@saude.gov.br
Secretaria de Vigilância em Saúde e 
Ambiente (SVSA)
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D,
Edifício PO 700, 7º andar
CEP: 70719-040 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315.3874
E-mail: svsa@saude.gov.br
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS
MUNICIPAIS DE SAÚDE - CONASEMS
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo 
B, Sala 144
Zona Cívico-Administrativo
CEP: 70058-900 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3022-8900
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO 
SUL
Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha 
CEP: 90040-060 – Porto Alegre/RS
Tel.: (51) 3308-6000
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – 
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta 
obra, desde que citada a fonte.
Coordenação-geral:
Cristiane Martins Pantaleão – CONASEMS
Érika Rodrigues de Almeida - SGTES/MS
Fabiano Ribeiro dos Santos - SGTES/MS
Felipe Proenço de Oliveira - SGTES/MS
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Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS
Organização:
Núcleo Pedagógico do Conasems
Coordenação técnica e pedagógica:
Andréa Fachel Leal - UFRGS
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Kelly Cristina Santana - CONASEMS
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SGTES/MS
Marilise de Oliveira Mesquita - UFRGS
Marta de Sousa Lima - CONASEMS
Patricia da Silva Campos - CONASEMS
Valdívia França Marçal - CONASEMS
Elaboração de conteúdo -1ª edição:
Débora Cristina Modesto Barbosa
Revisão de conteúdo - 2ª edição:
Layana Pachêco de Araújo Albuquerque
Revisão técnica:
Andréa Fachel Leal – UFRGS
Diogo Pilger – UFRGS
Luis Carlos Nunes Vieira de Vieira - 
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Michelle Leite da Silva – SAPS/MS
Patricia da Silva Campos – CONASEMS
Ranieri Flávio Viana de Sousa – SVSA/MS
Designer educacional:
Alexandra da Silva Gusmão – CONASEMS
Gustavo Henrique Faria Barra – 
CONASEMS
Diagramação e projeto gráfico:
Aidan Bruno - CONASEMS 
Alexandre Itabayana - CONASEMS 
Caroline Boaventura - CONASEMS 
Icaro Duarte - CONASEMS
Lucas Mendonça - CONASEMS 
Ygor Baeta Lourenço – CONASEMS
Wellington Tadeu Aparecido Silva – 
CONASEMS
A coleção institucional do Programa Mais Saúde com Agente pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do 
Ministério da Saúde: http://bvsms.saude.gov.br
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde.
Vigilância e controle de doenças transmitidas por vetores, zoonoses, e combate a animais peçonhentos [recurso eletrônico] / 
Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. – Brasília: 
Ministério da Saúde, 2025.
xxxx p. : il. - (Programa Mais Saúde com Agente; E-book 27).
Modo de acesso: World Wide Web: 
Incluir link
ISBN xxxxxxxxxxxx
1. Sistema Único de Saúde - SUS. 2. PNAB e Redes de Atenção. 3. Política Nacional de Vigilância em Saúde. I. Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título. 
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS xxxxxxxxx
Título para indexação: Healthcare agent workers' Fundamentals
CDU xxx
Colaboração:
Aline Ale Beraldo-SVSA/MS
Ana Carolina Mota de Faria - SVSA/MS
Ana Julia Silva e Alves - SVSA/MS
Daniela Riva Knauth - UFRGS
Darwin Renne Florencio Cardodo -SVSA/MS
Demetrius Brito Viana - SVSA/MS
Dennys de Souza Mourão - SVSA/MS
Diego Gnatta - UFRGS
Eliane Ignotti - SVSA/MS
Etna de Jesus Leal - SVSA/MS
Flávio Santos Dourado - SVSA/MS
Gabriela Porto Marques - SVSA/MS
Geovani San Miguel Nascimento -SVSA/MS
Gilberto Gilmar Moresco -SVSA/MS
Jaqueline Martins -SVSA/MS
Kauara Brito Campos -SVSA/MS
Lanusa Gomes Ferreira - SGTES/MS
Lidsy Ximenes Fonseca - SVSA/MS
Lucas Edel Donato -SVSA/MS
Lúcia Regina Montebello Pereira -SVSA/MS
Natiela Beatriz de Oliveira -SVSA/MS
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Ciodaro-SVSA/MS
Rafaella Albuquerque e Silva-SVSA/MS
Rejane Teles Bastos – SGTES/MS
Rosângela Treichel S. Surita – CONASEMS 
Swamy Lima Palmeira-SVSA/MS
Assessoria executiva:
Conexões Consultoria em Saúde Ltda
Coordenação de desenvolvimento gráfico:
Cristina Perrone – CONASEMS
Revisão linguística:
Roberta Ker Elias
Aline Ferreira de Almeida
Fotografias e ilustrações:
Biblioteca do Banco de Imagens do 
Conasems
Imagens:
Envato
Freepik
Normalização:
Luciana Cerqueira Brito – Editora MS/CGDI
Valéria Gameleira da Mota – Editora
MS/CGDI
4
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COMO NAVEGAR 
NESTE E-BOOK 
Antes de iniciar a leitura do material, veja, 
aqui, algumas dicas para aproveitar ao 
máximo os recursos disponíveis.
SUMÁRIO: uma forma rápida e fácil de 
acessar os capítulos.
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da página.
OLÁ, AGENTE!
 
Este é o seu e-book da disciplina Vigilância e controle de zoonoses, 
arboviroses e combate a animais peçonhentos. 
Aqui, você vai refletir sobre temas muito importantes para a saúde da 
população, como a fonte de infecção, a forma de transmissão, os vetores 
principais e, claro, as ações de prevenção e controle. Nesse cenário, a 
Vigilância em Saúde e o estudo das zoonoses ganham destaque.
A proposta é integrar diferentes saberes, setores e conhecimentos 
profissionais para construir estratégias que ajudem a prevenir e controlar 
doenças e agravos que afetam a saúde pública, ou seja, esse é um trabalho 
em conjunto!
 
Além disso, você verá que essas ações ficam ainda mais eficazes quando 
são feitas de forma articulada, envolvendo outros setores e saberes 
profissionais com uma visão ampliada, em uma perspectiva da abordagem 
de Uma Só Saúde, proporcionando um olhar ampliado para os problemas 
de saúde e estratégias mais assertivas para a solução e a antecipação de 
intervenções que reduzem problemas evitáveis. 
Para alcançarmos esse patamar de 
reflexão, resgataremos alguns 
conceitos já trabalhados aqui no 
curso. Vamos abordar as doenças e os 
agravos, sendo a doença entendida 
como enfermidade ou estado clínico, 
podendo representar um dano 
significativo para os seres humanos. 
Algumas dessas doenças que são 
transmitidas entre animais e pessoas 
são chamadas de zoonoses. 
Portanto, vamos estudar as 
interações mais relevantes 
entre o espaço geográfico 
(território), as principais 
doenças e seus vetores e 
hospedeiros, visando 
compreender melhor a 
ocorrência e os riscos dessas 
doenças e agravos junto à 
comunidade. 
A disciplina está organizada 
em sete temas, com foco nas 
zoonoses de relevância para a 
Saúde Pública e nos principaismembro da família Flaviviridae, mais especificamente do gênero Flavivirus, 
o mesmo gênero dos vírus da Dengue, da Febre Amarela e da Zika, mas tem 
como vetor, principalmente, os mosquitos do gênero Culex (pernilongo), 
apesar de existirem outros gêneros também infectados. 
Culex é um vetor de grande densidade nacional, potencializando, assim, o 
contágio e transmissão. A FNO apresenta várias linhagens, mas apenas os 
vírus das linhagens 1 e 2 foram associados a surtos significativos em 
humanos. 
 67
68
“A linhagem 1 é subdividida em três sublinhagens, incluindo: Sublinhagem 1a, 
abrangendo os isolados africanos, europeus, americanos e do Oriente 
Médio; SubLinhagem 1b compreende cepas da Austrália; e a Sublinhagem 1c, 
compreende isolados de vírus da Índia” (BRASIL, 2023, p. 831). 
É uma arbovirose que apresenta a maioria dos casos com sintomas leves de 
febre passageira, podendo chegar a casos mais graves com sinais de 
acometimento do Sistema Nervoso Central (SNC) ou Periférico. Os casos 
graves são mais frequentes em pessoas com 50 anos ou mais. O ciclo de 
transmissão do vírus na natureza envolve aves silvestres e mosquitos, sendo 
que a FNO pode infectar humanos, equinos, primatas, entre outros 
mamíferos, apesar de algumas espécies de aves atuarem como 
reservatórios e amplificadores do vírus. 
O ser humano e os equídeos são considerados hospedeiros acidentais e 
terminais, pois, uma vez infectados, devido à viremia de curta duração e 
baixa intensidade, não conseguem infectar os mosquitos. A transmissão 
para o ser humano ocorre pela picada do mosquito infectado pelo repasto 
sanguíneo em aves infectadas, conforme representado na Figura 4.
69
Figura 4 - Ciclo epidemiológico e a transmissão do vírus 
da Febre do Nilo Ocidental (FNO)
O Culex apresenta ciclo de vida semelhante ao do Aedes aegypti: ovo, larva, 
pupa e adultos, com a diferença de que, para haver o desenvolvimento da 
larva, o criadouro deve ter grande quantidade de material orgânico. Ou seja, 
encontram-se larvas de Culex em reservatórios poluídos, com água 
barrenta, e em esgotos (BRASIL, 2016). São as fêmeas do Culex que 
transmitem a doença, ocorrendo a infecção, obrigatoriamente, à noite, 
preferencialmente durante o repouso ou ao anoitecer (BRASIL, 2016). 
Algumas medidas de proteção: uso de repelentes, uso de tela em janelas, 
redução dos criadouros, melhoria de saneamento básico e controle químico 
e biológico dos criadouros que não possam ser descartados. 
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_v2_6ed.pdf. 
Acesso em: 08 set. 2025.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_v2_6ed.pdf
 70
A Febre do Mayaro é uma arbovirose infecciosa febril aguda, transmitida 
por mosquitos silvestres, principalmente do gênero Haemagogus 
(Haemagogus janthinomys), que são mosquitos que apresentam hábitos 
estritamente diurnos e vivem nas copas das árvores (BRASIL, 2021). 
Agente etiológico: é o vírus Mayaro (MAYV), da família Togaviridae, do 
gênero Alphavirus. 
Ciclo epidemiológico: é semelhante ao da Febre Amarela Silvestre, sendo os 
primatas os principais hospedeiros do vírus e o ser humano considerado um 
hospedeiro acidental. Estudos têm demonstrado que outros gêneros de 
mosquitos podem participar do ciclo de manutenção do vírus na natureza: 
como Culex, Sabethes, Psorophora, Coquillettidia e Aedes. Além disso, outros 
hospedeiros vertebrados, como pássaros, marsupiais, xenartras (preguiças, 
tamanduás e tatus) e roedores, podem atuar com amplificadores na 
manutenção do vírus em seu ambiente natural (BRASIL, 2022). Essa 
arbovirose geralmente evolui com quadros clínicos benignos, sendo 
endêmica na região amazônica (Região Norte e Centro-Oeste) e em áreas 
de mata, rural ou silvestre. Já a Febre do Oropouche é uma arbovirose que 
causa febre, cefaléia seguida de mialgia, e pode evoluir, raramente, para 
Meningite. 
Você já ouviu falar na Febre do Mayaro e na Febre 
Oropuche? 
FEBRE DO MAYARO E NA FEBRE OROPUCHE
 25
Sintomas: os sintomas duram poucos dias, mas podem ocorrer recaídas. 
Forma de transmissão: o vírus Oropouche (VORO) é transmitido 
principalmente pelo mosquito da espécie Culicoides paraensis (borrachudo, 
maruim ou pólvora), mas também já foi identificado na espécie Culex 
quinquefasciatus (muriçoca ou pernilongo).
As principais epidemias foram registradas na região da Amazônia, nos 
estados do Pará, Acre, Maranhão, Tocantins e Rondônia. Os casos mais 
recentes de notificação datam de 2017. Tanto a Febre do Mayaro, quanto a 
Febre do Oropouche não são contagiosas, ocorrendo a transmissão apenas 
pela picada de mosquitos infectados com os respectivos vírus. A febre do 
Mayaro e a Febre do Oropouche compõem a lista nacional de doenças de 
notificação compulsória imediata, conforme Portaria de Consolidação nº 4, 
de 28 de setembro de 2017 (BRASIL, 2017e). 
Forma de transmissão: não há vacina para imunoprevenir as arboviroses 
Mayaro e Oropouche. As medidas de prevenção consistem em evitar o 
contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição à picada do 
vetor, seja evitando a exposição em áreas de mata, sobretudo sem proteção, 
durante o período de maior atividade do mosquito transmissor da doença, 
usando roupas compridas e repelentes para ajudar a evitar contato com o 
vetor silvestre e diminuir o risco de infecção, cortinas e mosquiteiros, 
principalmente em áreas rurais e silvestres e, se possível, evitando a 
exposição em área afetada (com transmissão ativa) (BRASIL, 2022).
71
03
ZOONOSES:
Febre Maculosa, 
Peste, Hantavirose 
e Leptospirose
Bia
Nesta temática, iremos tratar das seguintes zoonoses: 
Febre Maculosa, Peste, Hantavirose e Leptospirose. 
Acompanhe!
Você percebeu o aumento no 
número de roedores (ratos 
silvestres e urbanos) e carrapatos 
na comunidade?
Camila
Ontem observei que, além 
das capivaras e gambás, 
que já costumam ficar na 
área, agora trouxeram três 
cavalos. Segundo os 
moradores, eles estão 
sendo usados para 
transportar material 
reciclável. Bia
Como se não bastasse o 
acúmulo de entulho, restos de 
comida e outros materiais nos 
terrenos, agora temos mais um 
fator para considerar. Com a 
chegada desses novos animais, 
precisaremos reavaliar nossas 
orientações e estratégias de 
controle.
Camila
Precisamos efetivar o 
manejo ambiental.
 73
Algumas zoonoses, como Peste, Leptospirose, Febre Maculosa e Hantavirose, 
ganharam repercussão no Brasil por serem monitoradas por programas 
nacionais de vigilância e controle do Ministério da Saúde. Essas doenças 
são consideradas de grande importância devido ao seu potencial de 
impacto na Saúde Pública. 
Quando avaliamos especificamente as ricketsioses, observamos que são 
zoonoses causadas por bactérias da família Rickettsiaceae, pertencentes 
ao gênero Rickettsia, e que causam a Febre Maculosa. 
Pensando no ser humano como hospedeiro, as 
bactérias do gênero Rickettsia são os únicos agentes 
etiológicos transmitidos por carrapatos. Os 
carrapatos, principalmente da classe Arachnida, têm 
como hospedeiro diversas espécies de anfíbios, 
répteis, aves e mamíferos, sendo divididos em três 
famílias: Ixodidae, Argasidae e Nuttalliellidae. No Brasil, 
existem duas formas de Febre Maculosa causadas 
por bactérias do gênero Rickettsia. 
A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é causada por Rickettsia rickettsii e tem 
alta taxa de letalidade, podendo atingir 60% nos casos não tratados. Já a 
Febre Maculosa por Rickettsia parkeri (FMRP) é causada pela cepa Mata 
Atlântica de Rickettsia parkeri (e, possivelmente, R. parkeri sensu stricto), 
apresentando sintomas mais leves e sem registros de óbitos (BRASIL, 2022a; 
BRASIL, 2024a)
Forma de transmissão: a principal forma de transmissão da Febre 
Maculosa ocorre pela picada de carrapatos infectados, principalmente do 
gênero Amblyomma (conhecidocomo carrapato-estrela). 
 74
Esses ectoparasitas possuem mecanismos de perfuração e penetração da 
pele, permitindo sua fixação prolongada no hospedeiro. Esse fator contribui 
para sua importância como vetores na transmissão de diversos patógenos 
aos seres humanos e outros animais. Os carrapatos são artrópodes 
ectoparasitas hematófagos responsáveis pela transmissão de um elevado 
número de agentes etiológicos relacionados a zoonoses, afetando tanto a 
saúde humana quanto a de animais domésticos e silvestres (BRASIL, 2022). 
Eles ocupam a segunda posição entre os vetores de doenças, ficando atrás 
apenas dos mosquitos/insetos.
É importante ressaltar que, uma vez 
infectado, o carrapato permanecerá 
portador do patógeno durante toda a sua 
vida. Não ocorre transmissão inter-humana 
e é incomum a transmissão materno-fetal, 
sendo o tempo de aderência das ninfas do 
carrapato importante para a transmissão 
da doença.
Outro ponto importante é a participação de animais como cães, equídeos 
(cavalos), roedores (capivara) e marsupiais (gambá) e roedores (ratos 
silvestres e urbanos) para que o carrapato tenha contato com a pessoa em 
seu peridomicílio. As enfermidades transmitidas por carrapatos têm um 
caráter zoonótico, em que o ser humano é um hospedeiro acidental, ou seja, 
a manutenção da circulação desses agentes patogênicos não depende do 
ser humano para existir. A distribuição sazonal dos carrapatos vetores e de 
seus hospedeiros vertebrados, assim como o comportamento humano, 
influenciam diretamente o risco de exposição a carrapatos infectados. 
 75
O que é um hospedeiro amplificador?
É um animal que, em determinadas condições, pode sofrer um crescimento 
repentino da sua população, que resulta no aumento expressivo da 
quantidade do agente infeccioso presente no ambiente (THRUSFIELD, 2004).
Um exemplo importante é a capivara, porque:
É importante destacar que estudos demonstram que a capivara pode se 
infectar apenas uma vez durante a vida, e esse período é chamado de 
“bacteremia” ou “rickettsemia”. Durante cerca de 10-15 dias, a bactéria 
circula no sangue, permitindo que carrapatos não infectados adquiram o 
patógeno ao se alimentar da capivara. Após esse período, esse roedor 
desenvolve imunidade e não transmite mais a bactéria (SOUZA et al., 2009).
É altamente suscetível à infecção – quando picada 
por um carrapato infectado, a bactéria se 
multiplica no seu sangue.
Não apresenta sintomas – diferentemente dos humanos, a capivara 
raramente manifesta sintomas, o que facilita sua convivência com a 
infecção.
Atrai e alimenta carrapatos – como vive em grupos e tem grande 
circulação em áreas de mata e beira de rios, acaba servindo como um 
"banco de sangue" para os carrapatos.
Ajuda na transmissão – quando um carrapato não infectado se 
alimenta de uma capivara infectada, ele adquire a bactéria e pode 
transmiti-la para outros animais ou pessoas na próxima picada. Esse 
processo faz com que a população de carrapatos infectados aumente, 
elevando o risco de transmissão da Febre Maculosa para seres 
humanos que frequentam essas áreas.
 76
Depois dos insetos (dípteros), são os 
carrapatos que apresentam maior 
importância como vetores de 
doenças humanas.
Então vamos conhecer um pouco 
mais sobre a FMB (Rickettsia 
rickettsii), que é considerada a 
ricketsiose mais prevalente e 
reconhecida no país. 
Trata-se de uma doença infecciosa 
febril aguda que, apesar de ocorrer 
de forma esporádica, apresenta alta 
letalidade (próximo a 50%). Sua 
transmissão concentra-se nas 
regiões Sul e Sudeste, tanto em áreas 
urbanas quanto rurais (BRASIL, 2022). 
A transmissão acontece por meio 
da picada do carrapato infectado, 
principalmente pelo “carrapato- 
estrela” (“carrapato-de-cavalo” ou 
“rodoleiro”), do gênero Amblyomma 
sculptum, antigo A. cajennense, A. 
aureolatum e A. ovalee), também 
conhecido como “micuim”, e os 
principais hospedeiros que ajudam 
a manter sua população na 
natureza são cavalos e capivaras 
(SOUZA et al., 2009; SZABÓ; PINTER; 
LABRUNA, 2013). 
VOCÊ SABIA?
 77
Uma vez infectado, o carrapato poderá transmitir a doença durante sua vida 
(18 – 36 meses). Além da Rickettsia rickettsii, a Febre Maculosa pode ser 
adquirida pela Rickettsia parkeri, que, na cepa Mata Atlântica, se caracteriza 
por uma doença com manifestações clínicas mais brandas (sem relato de 
óbitos). O hospedeiro adquire imunidade, possivelmente duradoura, contra a 
reinfecção após infectado. 
Para que ocorra a transmissão da doença, é preciso que o carrapato 
infectado permaneça por, pelo menos, de 4 a 6 horas no ser humano. Os 
meses de maior atenção são os meses entre abril e outubro, período de 
aumentos das atividades dos carrapatos (larval e ninfa), destacando-se o 
mês de outubro como de maior incidência. O ciclo biológico do carrapato é 
apresentado na Figura 5.
A doença acomete, predominantemente, homens entre 20 e 49 
anos, com histórico recente de exposição a carrapatos e/ou 
contato com áreas e animais amplificadores/transportadores 
desses vetores. Isso inclui áreas de mata, rios e cachoeiras, onde 
há presença de equídeos (cavalos), roedores (capivaras) e 
marsupiais (gambás).
 78
Figura 5 - Ciclo de transmissão da Febre Maculosa: ciclo 
transovariano do carrapato e hospedeiros
Fonte: USP, 2024.
Ciclo Transovariano – Transmissão por carrapatos
• O ciclo se inicia com o adulto infectado, que transmite o agente 
infeccioso para os ovos.
• Os ovos infectados originam larvas infectadas.
• As larvas se alimentam de mamíferos silvestres, mantendo o 
ciclo.
• Após o repasto sanguíneo, as larvas se transformam em ninfas 
infectadas, que continuam o ciclo ao se alimentarem de novos 
mamíferos.
• As ninfas evoluem para novos adultos infectados, que podem 
tanto reiniciar o Ciclo Transovariano quanto transmitir o agente 
infeccioso ao ser humano (hospedeiro acidental).
 79
O tratamento é feito por meio de antibioticoterapia. Para melhor manejo 
dos casos e vetores/hospedeiros, é importante realizar uma análise de risco, 
a partir da classificação das áreas infestadas (aquelas nas quais a 
investigação de foco de carrapato tenha identificado carrapatos do gênero 
Amblyomma) em: Área de transmissão, Área de risco, Área predisposta e 
Área de alerta, segundo ensaio soroepidemiológico e com validade 
preestabelecida. 
Para saber mais sobre a Febre Maculosa, acesse o guia 
do Ministério da Saúde: Febre maculosa - aspectos 
epidemiológicos, clínicos e ambientais. Para isto, 
clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE.
Os sintomas são inespecíficos, 
podendo ser confundidos com 
outras doenças: febre elevada, dor 
de cabeça, dor no corpo, mal-estar 
generalizado, náuseas e vômitos. 
 80
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/febre-maculosa/febre-maculosa-aspactos-epidemiologicos-clinicos-e-ambientais.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/febre-maculosa/febre-maculosa-aspactos-epidemiologicos-clinicos-e-ambientais.pdf
O carrapato pode transmitir a bactéria em qualquer fase do 
desenvolvimento?
Seja na fase de larva, ninfa ou adulta, o carrapato pode transmitir a bactéria. 
No entanto, pelo fato de que as larvas e ninfas são mais difíceis de serem 
vistas, pois suas picadas são menores e menos dolorosas, isso faz com que 
essas fases sejam as mais propensas à transmissão do microrganismo sem 
serem percebidas. Adultos também podem picar os seres humanos, 
entretanto, são maiores, e a sua picada é mais dolorida, sendo, portanto, 
mais perceptíveis (BRASIL, 2022).
81
O manejo ambiental é a melhor alternativa para o controle da doença e do 
número de vetores, e isso é feito por meio de ações educativas junto à 
população e aos profissionais de saúde. A alternativa de maior impacto é a 
redução do contato do ser humano com potenciais vetores. Além disso,é 
necessário o controle vetorial/reservatórios. 
Nas ações de Vigilância Entomológica, é fundamental conhecer os 
agentes etiológicos circulantes, os reservatórios e os hospedeiros, 
bem como identificar as áreas de risco para adequar as medidas 
de prevenção e controle. A equipe de saúde deve estar apta a 
desenvolver ações de educação em saúde, auxiliando a 
população a entender melhor o ciclo da doença, sua forma de 
contágio e sua prevenção. Como nem sempre é possível ficar 
distante das áreas afetadas, a orientação sobre o uso de barreiras 
físicas, quando estiverem em áreas infestadas, pode ser 
importante. 
VALE DESTACAR!
Após conhecer um pouco mais sobre a FMB, que 
tal vermos quais as medidas de manejo e 
controle mais adequadas? 
 82
Para a prevenção em áreas afetadas, recomenda-se o uso de barreiras 
físicas para minimizar o contato com carrapatos. As principais medidas 
incluem: uso de roupas claras e de mangas compridas, facilitando a 
visualização de carrapatos; uso de calças compridas, inserindo a parte 
inferior dentro das botas e vedando com fita adesiva dupla-face para 
impedir a entrada dos carrapatos; inspeção frequente do próprio corpo, 
especialmente após caminhadas em áreas infestadas; remoção cuidadosa 
de carrapatos, utilizando uma pinça, evitando esmagá-los com as unhas, 
pois isso pode liberar bactérias e contaminar áreas lesionadas da pele. 
Para adequar as orientações à população, é essencial realizar uma análise 
de risco da área, classificando as regiões infestadas em: Área de 
transmissão, Área de risco, Área predisposta e Área de alerta. Essa 
classificação permite implementar medidas preventivas eficazes e 
direcionadas (BRASIL, 2022).
Quer saber mais sobre 
a análise de risco?
#SAIBA MAIS
Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE. Consulte o guia do Ministério da 
Saúde: Febre maculosa - aspectos epidemiológicos, 
clínicos e ambientais.
 83
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/febre-maculosa/febre-maculosa-aspactos-epidemiologicos-clinicos-e-ambientais.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/febre-maculosa/febre-maculosa-aspactos-epidemiologicos-clinicos-e-ambientais.pdf
Apesar do foco ser o manejo ambiental, há situações em que produtos 
químicos também podem ser usados, como no caso de notificação da 
circulação de Febre Maculosa em áreas com alta população de carrapatos 
e com relatos frequentes de parasitismo em humanos. 
A partir da identificação das áreas de risco e da ocorrência comprovada de 
casos, a Vigilância Epidemiológica deverá atuar ativamente para evitar 
novas ocorrências. 
As ações educativas, na sociedade, certamente representam importantes 
ferramentas para o controle das doenças causadas pelos ectoparasitas 
que se disseminam na comunidade. Como foi visto na teleaula, uma vez 
instalado na comunidade, o controle precoce desses ectoparasitas 
determinará a disseminação dessa doença na população. 
Todo caso suspeito de Febre Maculosa requer notificação compulsória e 
investigação, por se tratar de uma doença grave. Um caso pode significar 
a existência de um surto, o que impõe a adoção imediata de medidas de 
controle. A notificação da Febre Maculosa deve ser registrada no SINAN por 
meio do preenchimento da Ficha de Investigação da Febre Maculosa.
O que pode ser feito para o controle da 
população de carrapatos?
84
 85
A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma 
doença de notificação compulsória.
orientar sobre as medidas específicas a serem implementadas;
informar acerca da transmissão da doença e as atividades que 
devem ser realizadas. 
Compete à equipe de zoonoses: 
fornecer informações acerca do ciclo do carrapato; e
Vamos pensar. Com o aumento do desmate e a 
ampliação de áreas dos condomínios (mata ciliar) 
com presença de capivaras e de locais de pasto sujo 
contendo cavalos, quais estratégias utilizar para 
reduzir o risco de contágio por Febre Maculosa?
Saiba mais! Consulte a Ficha de 
notificação/investigação. Para isto, clique aqui 
ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o 
QR CODE.
http://www.ccms.saude.gov.br/asaudebateaporta/pdfs/dermatologia_atencao2.pdf
http://www.ccms.saude.gov.br/asaudebateaporta/pdfs/dermatologia_atencao2.pdf
Acesse, também, o Instrucional de preenchimento da 
ficha de notificação/investigação. Clique aqui ou 
aponte a câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
Para tratarmos das próximas zoonoses, é 
importante falar dos roedores. 
Alguns roedores ganharam notoriedade por atuarem como vetores e/ou 
reservatórios nas doenças que trataremos a seguir: Hantavirose, 
Leptospirose e Peste. 
Roedores são mamíferos pertencentes à ordem Rodentia, com grande 
capacidade de adaptação e sobrevivência em situações adversas de clima 
e altitude (sinantrópico). Das três espécies consideradas sinantrópicas, 
apenas a ratazana possui maior relevância para a saúde pública. As três 
espécies de ratos urbanos são Rattus norvegicus (ratazana ou rato de 
esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus 
(camundongo). 
Tanto a Hantavirose quanto a Peste e a Leptospirose são doenças que têm o 
roedor como seu principal reservatório, mas, no caso da Hantavirose e da 
Peste, os reservatórios são os ratos silvestres, e da Lepstospirose, são os 
animais sinantrópicos, domésticos e selvagens. 
 86
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Febre%20Maculosa/Febre_Maculosa_v5_instr.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Febre%20Maculosa/Febre_Maculosa_v5_instr.pdf
 87
O agente etiológico da Hantavirose é o vírus RNA, pertencente à família 
Orhtohantavirus, gênero Hantavirus. Os hantavírus possuem como 
reservatórios naturais algumas espécies de roedores silvestres, que podem 
eliminar o vírus por suas excretas durante toda a vida sem adoecer. Nas 
Américas, a Hantavirose se manifesta sob diferentes formas, desde doença 
febril aguda não específica até quadros pulmonares e cardiovasculares 
mais graves, denominados Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus 
(SCPH), que se apresenta com alta taxa de letalidade (40%). A doença 
acomete mais homens com idade entre 20 e 49 anos, e os 
residentes/visitantes/trabalhadores da zona rural possuem um maior 
número de casos registrados. A Hantavirose é registrada em todas regiões 
brasileiras, sendo Sul, Sudeste e Centro-Oeste as que concentram o maior 
número de casos confirmados.
Ao analisar os fatores ambientais relacionados ao aumento dos casos de 
Hantavirose, dois aspectos se destacam: o desmatamento desordenado e 
a expansão urbana sobre áreas rurais. Além disso, a expansão de áreas 
agrícolas favorece o crescimento descontrolado da população de roedores 
silvestres, aumentando o risco de transmissão da doença. 
A Hantavirose é uma zoonose viral aguda, 
cuja infecção em humanos se dá pela 
inalação de aerossóis das excretas (urina, 
saliva e fezes) de roedores silvestres. 
HANTAVIROSE
Para a prevenção da doença e o controle dos vetores, é fundamental a 
adoção de medidas como: 
• a redução de fontes de abrigo, de acesso e de alimentação de 
roedores, diminuindo ao máximo todos os resíduos que possam servir 
de proteção e abrigo para os roedores no peridomicílio;
• eliminar todas as fontes de alimentação internas e externas às 
habitações (como comida de cães e gatos); e 
• impedir o acesso dos roedores às casas e aos locais de 
armazenamento de grãos. 
Seguindo as orientações repassadas pelo Guia de Vigilância em Saúde 
(2024c, volume 3 p., 2021., 1.048), são medidas de prevenção e controle 
para a Hantavirose: evitar o contato da população com reservatórios 
(ratos silvestres) e realizar o controle dos reservatórios por meio de 
estratégias de antirratização. 
62 88
Enfatizam-se as ações voltadas ao saneamento e à melhoria nas condições 
de moradia, tornando as habitações e oslocais de trabalho impróprios à 
instalação e à proliferação de roedores, com terrenos limpos, destinação 
adequada a entulhos e alimentos devidamente estocados/fechados. Essas 
ações podem ser associadas às desratizações focais (no domicílio e/ou no 
peridomicílio), quando extremamente necessário. A utilização de produtos à 
base de compostos fenólicos, solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, 
lisofórmio, detergentes e álcool etílico a 70% ajudam na eliminação do vírus 
no ambiente.
A Figura 6 sintetiza algumas medidas práticas para reduzir a possibilidade 
de contato e contágio.
62
Figura 6 - Como evitar a Hantavirose 
Fonte: EPAGRI - SC (s.d.). Disponível em: 
https://www.epagri.sc.gov.br/hantavirose-veja-como-evitar-a-doenca-transmitida-por-
roedores-silvestres/. Acesso em: 09 set. 2025.
 89
https://www.epagri.sc.gov.br/hantavirose-veja-como-evitar-a-doenca-transmitida-por-roedores-silvestres/
https://www.epagri.sc.gov.br/hantavirose-veja-como-evitar-a-doenca-transmitida-por-roedores-silvestres/
Como evitar a doença – medidas de prevenção contra 
doenças transmitidas por roedores:
Nunca descansar em locais fechados com restos de alimentos ou 
grãos.
Armazenar insumos suspensos em estrados, depósitos/paióis 
afastados de casas, lavouras e matas.
Dentro de casa, colocar toda a comida em sacos ou caixas 
fechadas, numa altura de, pelo menos, 40cm do piso.
Fechar aberturas e fendas com mais de 0,5cm para evitar o acesso 
de roedores em casas e anexos.
Manter a vegetação rasteira em um raio de, pelo menos, 40m ao 
redor das construções, evitando abrigo e proteção ao roedor.
Manter a área em volta de casas, galpões e alojamentos sempre 
limpa, sem mato, pneus velhos ou entulhos.
O plantio de capim e outros grãos deve ser feito a, no mínimo, 40m 
de distância da residência.
Ao ventilar e limpar os ambientes fechados, usar máscara 
respiratória com filtro P3.
Colocar as pilhas de lenha em estrados suspensos do chão.
Se não houver coleta regular, enterrar o lixo orgânico a, pelo menos, 
30m das construções.
Manter limpo o local onde vivem os animais, recolhendo sempre a 
sobra de comida.
Ambientes que permanecem fechados por algum tempo e 
apresentem sinais da presença de roedores devem ser abertos e 
ventilados por, no mínimo, 30 minutos.
Se possível, evitar contato direto com roedores ou com suas fezes e 
urina.
 90
91
Consulte a Ficha de notificação/investigação da 
Hantavirose. Para isto, clique aqui ou aponte a câmera 
de seu celular e escaneie o QR CODE.
Consulte, também, o Instrucional de preenchimento 
da ficha de notificação/investigação da Hantavirose. 
Para isto, clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE.
Consulte, ainda, o Manual de vigilância, prevenção e 
controle das hantaviroses. Para isto, clique aqui ou 
aponte a câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
Leia o Boletim Epidemiológico volume 56 nº4: 
Hantavirose no Brasil - 2013 a 2023. Para isto, clique aqui 
ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Hantavirose/Hantavirose_v5.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Hantavirose/Hantavirose_v5.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Hantavirose/Hantavirose_v5_instr.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Hantavirose/Hantavirose_v5_instr.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hantavirose/publicacoes/anexo5.pdf/@@download/file
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2025/boletim-epidemiologico-volume-56-n-4.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2025/boletim-epidemiologico-volume-56-n-4.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hantavirose/publicacoes/anexo5.pdf/@@download/file
92
Analise o infográfico Hantavirose: o que você precisa 
saber. Para isto, clique aqui ou aponte a câmera de 
seu celular e escaneie o QR CODE.
Acesse o site do Ministério da Saúde e consulte o 
Guia de Vigilância em Saúde volume 1 - 6ª edição. 
Para isto, clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE.
LEPTOSPIROSE
Os períodos de maior concentração de chuvas 
podem causar enchentes, principalmente em áreas 
invadidas e comunidades com saneamento básico 
inadequado.
 
É preciso ter atenção, pois essa é a condição ideal 
para a disseminação da Leptospirose.
Acesse o site do Ministério da Saúde e consulte o 
Guia de Vigilância em Saúde volume 3 - 6ª edição. 
Para isto, clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE.
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svsa/infograficos/hantavirose.png
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svsa/infograficos/hantavirose.png
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-1-6a-edicao/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-1-6a-edicao/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hantavirose/publicacoes/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-3-6a-edicao
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hantavirose/publicacoes/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-3-6a-edicao
Gerusa
Júlio
Vamos abordar a Leptospirose.
É verdade. Apesar de lá 
ainda ser uma área de 
risco, já temos bons 
resultados em relação às 
ações de prevenção e 
controle. 
Gerusa
Sim, avançamos muito com o 
manejo integrado de roedores. 
Júlio
Isso é verdade!
93
Se fosse um tempo atrás, 
ficaríamos bem preocupados com 
os casos de Leptospirose após 
essa chuva toda e o alagamento 
da comunidade.
94
É uma doença endêmica, que se 
torna epidêmica quando os 
períodos chuvosos causam 
enchentes em locais de 
aglomeração populacional, com 
condições inadequadas de 
saneamento e presença de 
roedores infectados. Esse cenário é 
característico das capitais (regiões 
metropolitanas) do Brasil. 
Quer saber mais?
A Leptospirose é uma zoonose que tem como agente 
etiológico a bactéria helicoidal (espiroqueta) 
aeróbica obrigatória, do gênero Leptospira. 
Os trabalhadores diretamente 
envolvidos com limpeza e 
desentupimento de esgotos, garis, 
catadores de lixo, agricultores, 
veterinários, tratadores de animais, 
pescadores, magarefes, 
laboratoristas, militares e 
bombeiros estão entre as pessoas 
mais suscetíveis a terem 
Leptospirose.
É importante saber que, no Brasil, a Leptospirose ocorre durante todos os 
meses do ano e em todas as regiões do país, mas, nos meses mais 
chuvosos, a doença ganha notoriedade devido ao aumento expressivo de 
casos e sua alta letalidade. 
A Leptospira interrogans é considerada a espécie patogênica mais 
importante, estando os sorotipos (sorovar) Icterohaemorrhagiae e 
Copenhageni relacionados aos casos humanos mais graves. 
Os roedores urbanos das espécies Rattus 
norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), 
Rattus rattus (rato de telhado ou 
rato-preto) e Mus musculus 
(camundongo ou catita) são os principais 
reservatórios, pois eles não adoecem e 
eliminam a leptospira no ambiente por 
toda a vida. 
Já outros animais, como caninos, suínos, 
bovinos, equinos, ovinos e caprinos, são 
hospedeiros como nós humanos, mas, 
além de poderem adoecer, também 
podem transmitir a Leptospirose pela urina. 
A Leptospirose Canina também representa 
um sério problema sanitário devido à 
proximidade estabelecida entre os seres 
humanos e os cães. O ser humano é 
apenas hospedeiro acidental e terminal 
dentro da cadeia de transmissão. 
É preciso ter atenção, pois o contato direto com a urina 
do animal infectado através da água e da lama de 
enchentes favorece a transmissão da doença. 
Devido a isso, o Ministério da Saúde divulgou a Nota 
técnica Nº 138/2022-CGZV/DEIDT/SVS/MS, que reforça 
estratégias de detecção, monitoramento eresposta 
para o enfrentamento da Leptospirose durante 
inundações e situações de desastres naturais. 
Clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE para acessar a 
Nota técnica nº 138/2022.
95
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/2022/nota-tecnica-138-2022-estrategias-para-enfrentamento-da-leptospirose-durante-inundacoes.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/2022/nota-tecnica-138-2022-estrategias-para-enfrentamento-da-leptospirose-durante-inundacoes.pdf
Essa doença acomete mais frequentemente pessoas entre 20 e 49 anos 
residentes de áreas urbanas e rurais com precárias condições de 
infraestrutura e sujeitas a enchentes, inundações e alagamentos. As 
atividades de prevenção e controle da Leptospirose se baseiam, 
principalmente, no manejo ambiental e no controle de roedores, com ênfase 
na melhoria das condições sanitárias e de moradia da população, 
minimizando sua exposição ao risco de infecção.
 
Na Figura 7, observe a progressão clínica da Leptospirose com seus sinais e 
sintomas mais característicos.
62
Figura 7 - Progressão clínica da Leptospirose 
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde, 2024. Disponível em: 
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnica
s/2024/nota-tecnica-no-16-2024-cgzv-dedt-svsa-ms. Acesso em: 09 set. 2025.
 96
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/2024/nota-tecnica-no-16-2024-cgzv-dedt-svsa-ms
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/2024/nota-tecnica-no-16-2024-cgzv-dedt-svsa-ms
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O controle dos roedores deve ser feito 
por ações antirratização e desratização. 
Para a melhoria das condições 
higiênico-sanitárias da população, 
orienta-se: 
armazenamento adequado dos alimentos;
destino adequado dos resíduos sólidos;
cuidados com a higiene;
remoção e destino adequado de resíduos alimentares humanos e 
animais;
manutenção de terrenos baldios murados e livres de mato e 
entulhos;
segregação e tratamento de animais doentes (de produção ou 
companhia);
cuidados com suas excretas e desinfecção permanente dos locais 
de criação.
Quanto às vias de transmissão
Não consumir água sem tratamento (potável, filtrada, fervida ou 
clorada); desinfetar as áreas domiciliares potencialmente 
contaminadas, com solução de hipoclorito de sódio (1 copo americano 
de água sanitária para 1 balde de 20 litros de água); uso de EPI 
(Equipamentos de Proteção Individual) limpar áreas alagadas ou com 
lama, reduzindo o risco de exposição de ferimentos às águas/lama de 
enchentes ou outra situação de risco; e imunização de animais 
domésticos (cães, bovinos e suínos) com vacinas de uso veterinário.
98
Quer saber mais sobre as medidas de prevenção e 
controle da leptospirose? Veja o folder disponibilizado 
pelo Ministério da Saúde. Para isto, clique aqui ou 
aponte a câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
Consulte a Ficha de Notificação/Investigação da 
Leptospirose. Para isto, clique aqui ou aponte a 
câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
Consulte, também, a instrucional de preenchimento 
da ficha de notificação/investigação da Leptospirose. 
Para isto, clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE.
Acesse o site do Ministério da Saúde sobre o 
lançamento do projeto para teste rápido de 
Leptospirose. Para isto, clique aqui ou aponte a 
câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/leptospirose_como_previnir_2011.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/leptospirose_como_previnir_2011.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Leptospirose/Ficha_Leptospirose.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Leptospirose/Ficha_Leptospirose.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Leptospirose/Leptospirose_v5_instr.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Leptospirose/Leptospirose_v5_instr.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2020/fevereiro/ministerio-da-saude-e-fiocruz-lancam-projeto-para-avaliar-implantacao-de-teste-rapido-para-leptospirose
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2020/fevereiro/ministerio-da-saude-e-fiocruz-lancam-projeto-para-avaliar-implantacao-de-teste-rapido-para-leptospirose
 99
A Peste é uma doença infecciosa aguda, 
transmitida por picada de pulgas 
infectadas. No Brasil, a Peste foi introduzida 
em 1899 e, atualmente, é mantida como 
enzootia entre os roedores silvestres nos 
focos naturais remanescentes, localizados 
no Nordeste e na Serra dos Órgãos, no 
estado do Rio de Janeiro. 
Vamos falar sobre a Peste agora?
PESTE
As pulgas, pertencentes à ordem Siphonaptera, são vetores biológicos da 
Peste Bubônica, transmitindo a bactéria Yersinia pestis. Elas possuem um 
aparelho bucal picador-sugador e se alimentam de sangue. Tanto as 
fêmeas quanto os machos são hematófagos. Aproximadamente, 94% das 
pulgas parasitam mamíferos e 6% parasitam aves, sendo os roedores os 
hospedeiros preferenciais em 74% dos casos. 
O artrópode ingere o sangue do hospedeiro bacterêmico e o bacilo 
multiplica-se no seu estômago, preenchendo a parte anterior do canal 
intestinal, o proventrículo, determinando o fenômeno de “bloqueio” (BRASIL, 
2016). As pulgas “bloqueadas” são as que possuem maior capacidade de 
infectar, principalmente pela regurgitação que provocam ao tentarem se 
alimentar, infectando o hospedeiro. Os gêneros que apresentam maior 
relevância no Brasil são: Pulex, Xenopsylla, Ctenocephalides, Polygenis, 
Craneopsylla, Tunga e Adoratopsylla (BRASIL, 2016).
 100
A Peste pode se manifestar sob três formas clínicas: 
É uma doença de alta letalidade, se não tratada corretamente, e tem o ser 
humano como hospedeiro acidental, infectado ao invadir áreas com 
presença de roedores reservatório. 
Bubônica
A transmissão ocorre pela picada de pulgas 
infectadas, estando concentrada em regiões 
específicas do Nordeste e na Serra dos Órgãos, no 
estado do Rio de Janeiro.
Septicêmica
Pneumônica
Quer saber por que a peste era conhecida como 
“peste negra”, “febre do rato” e “doença do rato”? 
Consulte o Manual de vigilância e controle da 
peste. Clique aqui ou aponte a câmera do seu 
celular para escanear o QR CODE. 
As atividades de vigilância, prevenção e controle da Peste são 
desenvolvidas rotineiramente nas regiões pestígenas. Um dos aspectos 
mais relevantes na programação, além dos inquéritos em carnívoros, é a 
identificação de locais com infestação de pulgas, o que fornecerá os 
melhores indicadores para o acionamento das medidas de controle. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_peste.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_peste.pdf
É importante evitar entrar em ecossistemas de roedores silvestres e 
pulgas.
A vigilância de rotina: consiste na coleta regular de amostras de sangue e 
exame por técnicas sorológicas (que são bem mais sensíveis do que as 
bacteriológicas), usando como animais-sentinela os cães. Os cães devem 
ser os animais-sentinela de eleição por ter sido sistematicamente 
observado que eles produzem anticorpos antipestosos com maior 
frequência do que os roedores e outros carnívoros domésticos, como os 
gatos. 
Para realizar essas ações de prevenção, são necessários agentes de 
saúde devidamente capacitados, experientes e com EPIs a cada semestre 
ou, pelo menos, 1 vez ao ano, com prévia autorização do proprietário do 
animal suspeito. 
Atividades de captura e exame de roedores e pulgas também podem ser 
realizadas como parte integrante de estudos especiais para a 
caracterização de áreas focais antigas silenciosas ou de possíveis novas 
áreas. No entanto, esses estudos não fazem parte da rotina dos serviços, 
devendo, então, ser objeto de projetos específicos de avaliação 
epidemiológica.A desinsetização (despulização) é uma das medidas 
profiláticas mais eficazes no combate à Peste. 
Você sabe quais são as 
medidas de prevenção 
da Peste? 
 101
A prevenção ocorre com medidas bem simples, como:
evitar adentrar ecossistemas de roedores silvestres e pulgas;
evitar contato com animais sinantrópicos (são aqueles que 
convivem próximos aos humanos, adaptando-se ao ambiente urbano 
ou rural).
A Peste é uma doença de notificação obrigatória, devendo ser realizada a 
investigação epidemiológica em até 48 horas. Nas regiões endêmicas de 
Peste, o monitoramento e os inquéritos funcionam como atividades de 
vigilância, profilaxia e controle, importantes, desde que desenvolvidos 
rotineiramente. Apesar das ações de controle terem uma vigilância 
permanente, as intervenções deverão ser eventuais.
Nas epizootias (termo usado na Saúde Pública Veterinária 
para descrever uma doença infecciosa que afeta um 
número incomum de animais em uma mesma região e 
período, podendo levar ou não à morte), verifica-se uma 
circulação intensa de Y. pestis (bactéria) entre os 
roedores, com grande mortandade desses animais. 
Para evitar que a infecção atinja as pessoas, cumpre eliminar as pulgas o 
mais precoce e rapidamente possível. O controle das pulgas deve ser 
realizado antes de qualquer medida de combate aos roedores no 
intradomicílio. Essa abordagem evita a dispersão de ectoparasitas no 
ambiente. É essencial estender essa medida a todas as habitações 
potencialmente infestadas por pulgas.
Quer saber mais sobre as formas clínicas da Peste? 
Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE.
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/peste
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/peste
PARASITOSES: doença 
de Chagas, Malária, 
Leishmanioses, 
Filariose Linfática, 
Raiva, Toxoplasmose, 
Esporotricose
04
Esta doença é uma antropozoonose de expressiva morbimortalidade e alta 
prevalência, causada pelo Trypanosoma cruzi, protozoário flagelado da 
ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae e transmitido ao humano 
através do inseto da subfamília Triatominae (Hemiptera, Reduviidae), 
popularmente conhecido como: barbeiro, chupão, procotó ou bicudo 
(BRASIL, 2023). No Brasil, os três gêneros mais frequentes são (Figura 8).
Você sabia que a doença de Chagas, é 
conhecida, também, como Tripanossomíase 
Americana? 
DOENÇA DE CHAGAS
Figura 8 - Espécies de triatomíneos
Fonte: FIOCRUZ, 2017. Disponível em: 
http://chagas.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/08/02-Manual-
de-Chagas-Diagramado.pdf. Acesso em: 09 set. 2025.
 104
http://chagas.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/08/02-Manual-de-Chagas-Diagramado.pdf
http://chagas.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/08/02-Manual-de-Chagas-Diagramado.pdf
O ambiente natural dos barbeiros é silvestre 
(na mata), sendo eles encontrados em ninhos 
de pássaros, buracos de árvores e palmeiras. 
No entanto, quando o ambiente natural é 
alterado, esses insetos podem colonizar o 
ambiente peridomiciliar (galinheiros, currais 
ou locais que sirvam de armazenamento de 
grãos) e domiciliar, desde que encontrem 
alimentos e o ambiente favorável ao seu 
desenvolvimento (MEIS, 2017). 
Dentre as mais de 64 espécies com ocorrência 
no território nacional, os três principais gêneros 
de importância epidemiológica são: 
Panstrongylus spp e Triatoma spp, que vivem 
mais associados a hospedeiros terrestres; e 
Rhodnius, que são predominantemente 
encontrados em palmeiras (BRASIL,2023). 
Apesar do sucesso no controle da principal espécie 
transmissora no Brasil durante décadas, o Triatoma 
infestans, outras espécies colonizadoras acabaram 
ocupando esse nicho ecológico, demonstrando 
grande importância epidemiológica. 
Neste sentido, diversas espécies colonizam o ambiente domiciliar, como é o 
caso do Triatoma brasiliensis e Triatoma pseudomaculata, na região 
Nordeste, e Triatoma sordida, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
 105
106
Algumas espécies são de importância regional, como Triatoma rubrovaria 
(Rio Grande do Sul), Rhodnius neglectus (Goiás), Triatoma vitticeps (Minas 
Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo), Panstrongylus lutzi (Ceará e 
Pernambuco), Rhodnius nasutus (Ceará e Rio Grande do Norte) e Triatoma 
maculata (Roraima e Amapá) (BRASIL, 2021, p. 772).
O gênero Panstrongylus e o gênero Triatoma, importantes vetores da 
doença de Chagas, podem ser diferenciados pela morfologia da cabeça e 
pelo posicionamento das antenas. Em insetos do gênero Panstrongylus, a 
cabeça é mais curta, com formato triangular, e as antenas estão 
posicionadas próximas aos olhos. Já no gênero Triatoma, os insetos 
possuem uma cabeça de formato cilíndrico e de tamanho médio, com 
antenas inseridas entre a base e o ápice da cabeça, em posição 
intermediária. Essa diferenciação morfológica é fundamental para o 
correto reconhecimento e controle dos vetores da doença.
A transmissão clássica de T. cruzi ocorre 
principalmente pela via vetorial, na qual as fezes do 
barbeiro, que defeca após o repasto, entram na 
corrente sanguínea após o indivíduo “coçar” a lesão 
da picada (Figura 8), mas também pode ocorrer de 
outras maneiras.
62
Figura 9 - Ciclo de transmissão vetorial da doença de Chagas 
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde, 2024. Disponível em: 
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/gui
a-de-vigilancia-em-saude-volume-2-6a-edicao/. Acesso em: 09 set. 2025.
Além da transmissão vetorial, você sabia que 
existem outras formas de transmissão da 
doença de Chagas?
 107
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-2-6a-edicao/
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-2-6a-edicao/
via vertical, da mãe para o feto, que é a única forma de transmissão 
pessoa/pessoa da doença ;
oral, pela ingestão de alimentos contaminados com parasitos, que, 
atualmente, é a maior causa de doença de Chagas aguda no país, 
principalmente na região Norte;
transfusional, pela transfusão de sangue contaminado, por transplantes 
de órgãos ou tecidos ou por acidentes laboratoriais (contato direto com 
culturas de T.cruzi);
outras formas acidentais, como casos de ingestão de triatomíneos por 
crianças, por exemplo.
Outras formas de transmissão incluem:
Após a infecção, o indivíduo permanece com o parasito por toda a vida, e a 
doença pode manifestar-se em duas fases distintas: aguda e crônica 
(BRASIL, 2023).
A fase aguda pode ser aparente ou assintomática, caracterizando-se por 
sintomas como febre, mal-estar, edema e perda de apetite. O sinal de 
Romaña (edema bipalpebral unilateral de coloração róseo-violácea) seria 
um indicativo importante para o diagnóstico, no entanto, essa fase 
frequentemente é assintomática.
 
Na fase crônica, a doença pode permanecer sem sintomas por longos 
períodos, mas, nos casos sintomáticos, afeta principalmente o coração e o 
aparelho digestivo. A Cardiopatia Chagásica Crônica (CCC) é a principal 
manifestação nesta fase, sendo a maior causa de morbimortalidade, com 
prevalência entre 10% e 40% dos casos (BRASIL, 2023).
VALE DESTACAR!
 108
Amplie seu conhecimento! Assista ao vídeo para saber 
mais sobre as fases aguda e crônica da Doença de 
Chagas. Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular 
e escaneie o QR CODE.
Por que é importante sabermos sobre as 
fases distintas da doença de Chagas? 
Porque cada fase tem particularidades que demandam ações diferentes. A 
incidência dos casos de doença de Chagas tem diminuído devido ao 
sucesso de medidas que alcançaram a interrupção vetorial pelo T. infestans, 
mas é preciso atenção, pois a transmissão da doença por outros 
mecanismos tornou-se alarmante. A região amazônica ainda prevalece 
com destaque para casos da doença de Chagas na fase aguda, porém, 
alterações ambientais que favorecem a adaptaçãode vetores aos 
ambientes artificiais estabelecem novos espaços para o aparecimento da 
doença (BRASIL, 2021, p. 794).
Neste cenário, é importante manter a Vigilância Entomológica nos 
municípios, para que as situações de risco de reintrodução de transmissão 
vetorial seja prontamente identificadas. 
 109
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/REA/doenca_chagas/as%20fases%20aguda%20e%20cronica%20da%20doen%C3%A7a%20de%20chagas_1080p.mp4
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/REA/doenca_chagas/as%20fases%20aguda%20e%20cronica%20da%20doen%C3%A7a%20de%20chagas_1080p.mp4
O(a) ACE tem um papel importante, promovendo tanto a vigilância ativa 
como a passiva. A equipe da UBS e o(a) ACS precisam estar envolvidos na 
identificação do problema para agirem e, em conjunto, alcançarem 
resultados ainda mais significativos no combate ao vetor. 
É importante destacar que, no intradomicílio, todos os cômodos devem ser 
investigados (realizando-se, sempre, a busca entomológica da esquerda 
para a direita, nas paredes internas e externas). Já no peridomicílio, devem 
ser vistoriados todos os anexos. 
O controle de populações do inseto, utilizando-se inseticidas piretroides, 
deve ocorrer apenas em situações específicas. Uma vez indicada a 
borrifação, é importante realizá-la nas paredes internas e externas do 
domicílio, além dos abrigos de animais ou anexos, quando tiverem 
superfícies de proteção (paredes) e cobertura superior (teto) (BRASIL, 2023). 
110
111
Agora que você recordou as principais informações 
sobre a doença de Chagas, que tal listar as principais 
formas de prevenção que devem ser reforçadas junto à 
população? 
A prevenção da doença está diretamente relacionada ao tipo de 
transmissão. 
No caso da transmissão vetorial, é 
fundamental adotar medidas que 
reduzam o contato com o inseto 
transmissor, como práticas de manejo 
sustentável do ambiente, melhoria nas 
condições de moradia e reforço da 
higiene domiciliar. Entre as orientações 
para a população, destaca-se a 
manutenção de quintais limpos, 
evitando o acúmulo de materiais que 
possam servir de abrigo para os 
triatomíneos, além de manter criações 
de animais afastadas da residência. 
Deve-se evitar o uso de folhas de palmeira como cobertura para as casas, 
pois elas oferecem abrigo para os insetos. Medidas estruturais também são 
importantes, como vedar frestas e rachaduras nas paredes e instalar telas 
em portas e janelas para impedir a entrada dos vetores. Além disso, 
recomenda-se o uso de repelentes e roupas de mangas longas durante 
atividades noturnas e mosquiteiros ao dormir, reduzindo, assim, o risco de 
contato com os triatomíneos (BRASIL, 2023).
FIQUE ATENTO(A)!
No caso da transmissão oral, recomenda-se a intensificação das ações de 
Vigilância Sanitária em todas as etapas da cadeia de produção de 
alimentos suscetíveis à contaminação, uma vez que os alimentos não 
trazem um risco de caráter primário, e sim decorrente de práticas de higiene 
inadequadas na preparação e na conservação doméstica, artesanal ou 
eventualmente comercial.
Como medidas físicas, é importante a instalação de fontes de iluminação 
distantes dos equipamentos de processamento dos alimentos, para evitar a 
contaminação acidental por vetores atraídos pela luz (BRASIL, 2023).
112
Na transmissão vertical, a identificação de mulheres em idade fértil com a 
doença e o estabelecimento do tratamento de forma oportuna, quando 
indicado, é uma medida eficaz para prevenir a doença por esse meio de 
transmissão (WHO, 2018). No entanto, no caso de gestantes, recomenda-se 
a testagem durante o pré-natal e, em casos de gestante sabidamente 
infectada, é preciso instituir o tratamento ao recém-nascido após a 
confirmação do diagnóstico, que deve ser realizado preferencialmente ao 
nascer (MURCIA et al., 2013). 
No caso da mãe, orienta-se o tratamento logo após o período da 
amamentação (II Consenso Brasileiro em Doença de Chagas, 2015), salvo 
em casos de gravidade da doença durante a gestação e em casos na fase 
aguda, cuja indicação de tratamento deve ser seguida conforme as 
recomendações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de 
Chagas (BRASIL, 2018a). 
Além disso, a gestante deve adotar as medidas para prevenir a infecção por 
outras formas de transmissão durante a gestação. E filhos anteriores de 
mulheres com diagnóstico da doença de Chagas devem ser testados, assim 
como familiares que tenham convivido em ambientes onde possa ter havido 
a infecção (BRASIL, 2024a).
113
Um componente fundamental na 
prevenção da doença de Chagas é a 
educação em saúde, que deve ser 
fundamentada em três eixos: ações 
de comunicação em saúde, 
engajamento/mobilização social e 
educação permanente, que devem 
sempre ser conduzidas em 
consonância com as políticas 
vigentes no território em questão.
O inseto não deve ser esmagado ou danificado, pois isso pode comprometer 
sua identificação e análise laboratorial. Deve-se coletá-lo de forma segura, 
protegendo as mãos com luvas ou um saco plástico e armazenando o 
barbeiro em um recipiente plástico com tampa de rosca, garantindo que ele 
não escape. 
O que fazer caso você encontre um 
barbeiro em casa?
Caso haja a captura de insetos em diferentes ambientes 
da casa, como quarto, sala, cozinha ou áreas externas, 
cada amostra deve ser acondicionada separadamente, 
em frascos rotulados com informações como data da 
coleta, nome do responsável, local de captura e endereço. 
Essas ações garantem que os triatomíneos coletados 
possam ser analisados por equipes de saúde, auxiliando 
no controle da doença e na identificação de possíveis 
áreas de risco (BRASIL, 2023).
A Malária é uma doença 
infecciosa febril aguda.
MALÁRIA
114
Esta doença é causada por protozoários do gênero Plasmodium, 
transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero 
Anopheles (ordem Diptera, família Culicidae), comumente conhecido como 
mosquito-prego. Geralmente, os sintomas da doença se manifestam com 
febre alta acompanhada de calafrios, sudorese, cefaléia, cansaço e mialgia, 
que podem evoluir para casos graves e óbito, sendo esta considerada um 
importante problema de Saúde Pública global.
Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi. (BRASIL, 
2021a). A literatura aponta que as formas mais brandas são causadas pelo 
P. malariae e P. Vivax (mais prevalentes no Brasil) e as formas clínicas mais 
graves são causadas pelo P. Falciparum. 
É uma doença que apresenta gravidade clínica e elevado potencial de 
disseminação, além de uma densidade vetorial que favorece a transmissão, 
sendo que, no Brasil, aproximadamente 99% das transmissões 
concentram-se na região amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, 
Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). 
A Malária é uma doença endêmica da região amazônica, ocorrendo 
principalmente em áreas rurais e periurbanas. 
São cinco espécies que podem causar a Malária Humana: 
115
Os principais objetivos do Ministério da Saúde em relação à malária 
são: reduzir a mortalidade e a gravidade dos casos, eliminar a doença 
no país e prevenir a reintrodução de sua transmissão em áreas onde foi 
interrompida. Para tanto, em 2022, com o objetivo de cumprir a meta de 
eliminar a doença até 2035, o Ministério da Saúde lançou o “Elimina 
Malária Brasil: Plano Nacional de Eliminação da Malária”.
116
Pensando nos 
criadouros, você 
sabe quais as 
condições ideais 
para que o 
mosquito anofelino 
se reproduza?
Que tal ficar por dentro do Plano Nacional de 
Eliminação da Malária? Sugerimos que você leia o 
conteúdo Elimina Malária Brasil: Plano Nacional de 
Eliminação da Malária, do site do Ministério da Saúde. 
Para isto, clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE.
Isso depende da espécie, mas, de forma geral, trata-se de um mosquito 
que tem preferência por coleções de água parada,como lagoas, açudes, 
represas, tanques de piscicultura e barragens. Nas regiões de Mata 
Atlântica, onde ocorrem surtos ocasionais, tem-se como criadouros, 
principalmente, as plantas que acumulam água, como as bromélias, além 
de ocos de árvores, folhas caídas, cascas de coco e reservatórios naturais 
de água encontrados na floresta. 
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/malaria/elimina-malaria-brasil-plano-nacional-de-eliminacao-da-malaria#:~:text=Com%20a%20Campanha%20de%20Erradica%C3%A7%C3%A3o,2014%3B%20Brasil%2C%202021
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/malaria/elimina-malaria-brasil-plano-nacional-de-eliminacao-da-malaria#:~:text=Com%20a%20Campanha%20de%20Erradica%C3%A7%C3%A3o,2014%3B%20Brasil%2C%202021
117
A Malária é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, que 
se infecta ao sugar o sangue de uma pessoa contaminada com Plasmodium 
spp. Dentro do mosquito, o parasito se desenvolve e se multiplica no intestino 
do inseto, formando zigoto, oocineto, oocisto e esporozoítos, que migram 
para as suas glândulas salivares. 
Na próxima picada, o mosquito injeta os esporozoítos na corrente sanguínea 
humana, dando início à infecção. O tempo necessário para que o parasito 
complete seu ciclo dentro do mosquito varia entre 12 e 18 dias, dependendo 
da espécie. 
Esse período costuma ser mais longo para Plasmodium falciparum do que 
para Plasmodium vivax (BRASIL, 2021a). O mosquito Anopheles é mais 
abundante ao entardecer e ao amanhecer, todavia, ele pode ser 
encontrado em atividade durante todo o período noturno.
Como acontece a transmissão entre 
o mosquito e o ser humano? 
 118
Você, como ACE, tem um papel importante para o alcance da meta de 
eliminar a Malária. Para tanto, é importante que incorpore, na sua prática 
profissional, o reconhecimento da área de trabalho com a composição e a 
caracterização das espécies de mosquitos ocorrentes. Além disso, a 
integração das ações em parceria com o(a) ACS e a UBS também são 
importantes para a garantia do acesso universal à prevenção, ao 
diagnóstico e ao tratamento da doença. 
A vigilância dos casos importados de Malária, aliada ao diagnóstico 
oportuno e ao tratamento imediato e correto, são medidas essenciais para 
o seu controle e a sua eliminação. Fortalecer e ampliar a rede de 
diagnóstico laboratorial existente, com a capacitação de microscopistas e 
de outros profissionais para a realização do teste de diagnóstico rápido é 
igualmente importante. É fundamental mapear as áreas receptivas (onde a 
presença e a densidade do vetor tornam possível a transmissão autóctone) 
e, assim, realizar uma tomada de decisão mais assertiva quanto às ações 
de prevenção, controle vetorial e avaliação dessas atividades (BRASIL, 
2022a). 
Agora que você tem as informações sobre a Malária, 
vamos pensar sobre as medidas de prevenção e 
controle? 
O Plano Nacional de Eliminação da Malária (BRASIL, 2022) destaca que 
"quanto menor o número de casos, maior o detalhamento das 
informações e maior a importância da investigação". Dessa forma, 
além da análise da Incidência Parasitária Anual (IPA), é essencial 
considerar o número total de casos no município por ano, bem como a 
distribuição dos casos nas diferentes localidades. 
VALE DESTACAR!
62
Figura 10 - Direcionamento das ações segundo os cenários de transmissão 
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: 
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/malaria/politicas-
de-saude/elimina-malaria-brasil-plano-nacional-de-eliminacao-da-malaria#:~:text=Com%
20a%20Campanha%20de%20Erradica%C3%A7%C3%A3o,2014%3B%20Brasil%2C%202021%20). 
Acesso em: 09 set. 2025.
119
Esses dados são fundamentais para o direcionamento adequado das ações 
de vigilância, controle e eliminação da doença (Figura 10).
As principais medidas de prevenção da Malária podem ser divididas em 
individuais e coletivas. As medidas individuais incluem o uso de 
mosquiteiros, roupas compridas (camisas e calças), telas em portas e 
janelas e repelentes, reduzindo, assim, o contato com o vetor. 
Já as medidas coletivas envolvem ações como borrifação residual 
intradomiciliar, obras de saneamento e manejo ambiental para a 
eliminação de criadouros, limpeza das margens dos criadouros, 
modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, além de 
melhorias na moradia, nas condições de trabalho e o uso racional da terra 
(BRASIL, 2021b).
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/malaria/politicas-de-saude/elimina-malaria-brasil-plano-nacional-de-eliminacao-da-malaria#:~:text=Com%20a%20Campanha%20de%20Erradica%C3%A7%C3%A3o,2014%3B%20Brasil%2C%202021%20
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/malaria/politicas-de-saude/elimina-malaria-brasil-plano-nacional-de-eliminacao-da-malaria#:~:text=Com%20a%20Campanha%20de%20Erradica%C3%A7%C3%A3o,2014%3B%20Brasil%2C%202021%20
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/malaria/politicas-de-saude/elimina-malaria-brasil-plano-nacional-de-eliminacao-da-malaria#:~:text=Com%20a%20Campanha%20de%20Erradica%C3%A7%C3%A3o,2014%3B%20Brasil%2C%202021%20
 120
Essas enfermidades são causadas 
por protozoários do gênero 
Leishmania, transmitidos pela 
picada de insetos flebotomíneos 
infectados, popularmente 
conhecidos como mosquito-palha 
ou birigui. A Leishmaniose 
Tegumentar caracteriza-se 
clinicamente por apresentar lesões 
cutâneas e mucosas que, se não 
tratadas adequadamente, podem 
evoluir para formas graves e deixar 
sequelas permanentes (BRASIL, 
2017b).
As Leishmanioses são zoonoses consideradas 
um grande problema de saúde pública e 
representam um complexo de doenças com 
importante espectro clínico. 
LEISHMANIOSES
Por outro lado, a Leishmaniose 
Visceral, também conhecida 
como calazar, representa a forma 
mais grave das Leishmanioses e 
acomete órgãos internos 
importantes, como fígado, baço e 
medula óssea. Clinicamente, 
manifesta-se por febre persistente, 
perda de peso, aumento do 
volume abdominal devido à 
hepatomegalia e esplenomegalia, 
anemia, fraqueza e redução da 
imunidade, podendo evoluir 
rapidamente para quadros de 
gravidade acentuada com alto 
risco de óbito se não houver 
diagnóstico e tratamento 
precoces (BRASIL, 2014).
121
Vale ressaltar a importância da vigilância ativa e integrada para a 
Leishmaniose Visceral, incluindo estratégias de controle vetorial por 
meio de ações ambientais e químicas, manejo adequado de 
reservatórios domésticos, como cães, que desempenham papel 
fundamental no ciclo urbano da doença, além do fortalecimento dos 
sistemas de saúde para o diagnóstico precoce e o tratamento 
oportuno dos casos humanos. 
A educação em saúde das comunidades também é considerada 
estratégica, uma vez que conscientiza a população sobre os riscos e 
as formas de prevenção, estimulando práticas individuais e coletivas 
de proteção.
Dessa forma, tanto para a Leishmaniose Tegumentar quanto para a Visceral, 
as estratégias de controle dependem de ações conjuntas e integradas, 
envolvendo profissionais de saúde, gestores públicos, veterinários, biólogos e, 
principalmente, as comunidades afetadas, com o objetivo final de reduzir a 
incidência, a morbimortalidade e os impactos sociais associados a essas 
doenças. 
A Leishmaniose Tegumentar é uma doença 
crônica, infecciosa e não contagiosa, causada 
por diferentes espécies de Leishmania, como 
Leishmania (Viannia) braziliensis, L. (V.) 
guyanensis e L. (Leishmania) amazonensis 
(BRASIL, 2022). Sua transmissão ocorre por meio 
da picada de fêmeas infectadas de 
flebotomíneos do gênero Lutzomyia e acomete 
tanto humanos quanto animais silvestres 
(roedores, marsupiais, edentados e canídeos), 
sinantrópicos (roedores) e domésticos (cães, 
gatos e equídeos) (BRASIL, 2021). Clinicamente, a 
doençase manifesta por lesões na pele e 
mucosas do nariz, boca, faringe e laringe, 
podendo causar deformidades significativas e 
impactar a qualidade de vida dos pacientes. 
Qual a diferença entre a 
Leishmaniose Tegumentar 
e a Visceral? 
122
Embora possa afetar ambos os sexos e todas as faixas etárias, a maior 
incidência de Leishmaniose, no Brasil, ocorre em homens. Sua transmissão 
está associada a atividades em áreas de vegetação, tanto por exposição 
ocupacional (exploração florestal, construção de estradas, usinas 
hidrelétricas e ecoturismo) quanto por fatores relacionados ao processo 
migratório e à ocupação de encostas e áreas periurbanas (BRASIL, 2017b). 
#SAIBA MAIS
Já a Leishmaniose Visceral, também conhecida como Calazar, é uma 
doença sistêmica grave, causada principalmente pela Leishmania 
(Leishmania) infantum (BRASIL, 2023). Assim como a forma Tegumentar, 
sua transmissão ocorre pela picada de flebotomíneos do gênero Lutzomyia 
infectados. No Brasil, o cão doméstico é considerado o principal reservatório 
urbano, embora animais silvestres também possam atuar na manutenção 
do ciclo da doença (BRASIL, 2021). A Leishmaniose Visceral compromete 
órgãos internos, especialmente o baço, o fígado e a medula óssea, podendo 
ser fatal se não tratada. Essa doença acomete, principalmente, crianças e 
indivíduos imunocomprometidos, sendo mais prevalente em áreas urbanas 
e periurbanas (BRASIL, 2022).
O Ministério da Saúde destaca a importância da detecção precoce e do 
tratamento adequado, além da implementação de medidas de controle do 
vetor e da redução do contato humano com reservatórios animais (BRASIL, 
2023).
Que tal ler mais sobre os ciclos de transmissão da 
leishmaniose tegumentar? Clique aqui ou aponte a 
câmera de seu celular e escaneie o QR CODE. 
123
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_leishmaniose_tegumentar.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_leishmaniose_tegumentar.pdf
Quais as medidas de controle 
para essa zoonose? 
No Brasil, a Leishmaniose Tegumentar apresenta diversidade de 
agentes, de reservatórios e de vetores, o que lhe confere 
diferentes padrões de transmissão e um conhecimento ainda 
limitado sobre alguns aspectos, tornando difícil o seu controle. 
O Ministério da Saúde (Saúde de A a Z) sintetiza as seguintes ações 
direcionadas: adotar medidas de proteção individual, como usar repelentes 
e evitar a exposição nos horários de atividade do vetor (crepúsculo e noite) 
em ambientes onde este habitualmente possa ser encontrado; manejo 
ambiental, por meio da limpeza de quintais e terrenos, para evitar o 
estabelecimento de criadouros para larvas do vetor. Tal medida deve ser 
inserida em todos os serviços que desenvolvam as ações de vigilância e 
controle da doença, com o envolvimento efetivo das equipes 
multiprofissionais para um trabalho articulado nas diferentes unidades de 
prestação de serviços. 
124
O controle químico por meio da utilização de inseticidas de ação residual é 
a medida de controle vetorial recomendada no âmbito da proteção 
coletiva. Esta medida é dirigida apenas para o inseto adulto e tem como 
objetivo evitar e/ou reduzir o contato entre o inseto transmissor e a 
população humana e, consequentemente, diminuir o risco de transmissão 
da doença (BRASIL, 2017b). O controle químico está recomendado somente 
para áreas com:
Ocorrência de mais de um caso humano de Leishmaniose 
Tegumentar, num período máximo de seis meses do início dos 
sintomas, em áreas novas ou em surto, estando esse caso associado 
a evidências de que a transmissão venha ocorrendo no ambiente 
domiciliar, isto é, que há a adaptação das espécies Nyssomyia 
intermedia, Pintomyia pessoai, Ny. whitmani, Migonemyia migonei ou 
Pintomyia fischeri ao ambiente domiciliar. 
Ocorrência de casos humanos de Leishmaniose Tegumentar na faixa 
etária inferior a 10 anos, num período máximo de seis meses do início 
dos sintomas entre a ocorrência de um caso e outro, estando estes 
associados a evidências de que a transmissão venha ocorrendo no 
ambiente domiciliar, isto é, que há a adaptação das espécies Ny. 
intermedia, Pi. pessoai, Ny. whitmani, Mi. migonei, Pi. fischeri ou Ny. 
neivai ao ambiente domiciliar (BRASIL, 2017b).
Quando usar o controle químico? 
125
a
b
126
O cão é a principal fonte de 
infecção na área urbana, 
enquanto, no ambiente silvestre, 
destacam-se as raposas e os 
marsupiais. No Brasil, a sua forma 
de transmissão é por meio da 
picada das fêmeas dos vetores (L. 
longipalpis ou L. cruzi), infectados 
pelo protozoário. (BRASIL, 2021). Seu 
ciclo de vida pode ser visto na 
Figura 11.
essa é uma doença crônica e sistêmica em que 90% dos 
casos não tratados evoluem para óbito.
É causada por protozoários tripanossomatídeos do gênero Leishmania, 
sendo a Leishmania infantum a espécie mais comumente envolvida na sua 
transmissão (BRASIL, 2021). Assim como a Leishmaniose Tegumentar, o vetor 
da Leishmaniose Visceral é o mosquito-palha (dípteros, da família 
Psychodidae, subfamília Phlebotominae), principalmente Lutzomyia 
longipalpis. 
Falando sobre a Leishmaniose 
Visceral, 
Figura 11 - Ciclo de vida da Leishmania 
62
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_leishmaniose
_visceral_1edicao.pdf. Acesso em: 10 set. 2025.
 127
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_leishmaniose_visceral_1edicao.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_leishmaniose_visceral_1edicao.pdf
A principal forma de prevenção da Leishmaniose Visceral é o combate ao 
inseto transmissor. Para mantê-lo longe, a população deve aderir à prática 
de manejo ambiental, promovendo a limpeza periódica dos quintais, 
retirando matéria orgânica em decomposição e destinando o lixo orgânico 
ao local adequado (para impedir o desenvolvimento das larvas dos 
mosquitos). É importante, também, realizar a limpeza dos abrigos de 
animais domésticos, mantendo-os distantes do domicílio, principalmente à 
noite. 
Todo cão proveniente de área endêmica ou de onde esteja ocorrendo 
surto com manifestações clínicas compatíveis com a Leishmaniose 
Visceral Canina (LVC), como febre irregular, apatia, emagrecimento, 
descamação furfurácea (descamação da pele em pequenas partículas, 
semelhantes à farinha, farelo) e úlceras na pele – em geral no focinho, nas 
orelhas e nas extremidades, conjuntivite, paresia do trem posterior, fezes 
sanguinolentas e crescimento exagerado das unhas é considerado um 
caso canino suspeito (BRASIL, 2021). 
128
O controle químico da Leishmaniose Visceral é recomendado 
imediatamente após o registro do primeiro caso autóctone em áreas onde 
é realizada a investigação entomológica. Além disso, em áreas com 
transmissão moderada e intensa, a aplicação de inseticidas de ação 
residual deve ocorrer durante o período do ano em que se observa um 
aumento da densidade do vetor, com base na curva de sazonalidade 
conhecida. É fundamental realizar um monitoramento contínuo da eficácia 
das aplicações e da população de vetores para garantir que as 
intervenções estejam reduzindo efetivamente a incidência da doença 
(BRASIL, 2024b). 
A eutanásia de cães é recomendada a todos os 
animais com sorologia reagente ou exame 
parasitológico positivo que não sejam 
submetidos ao tratamento. O controle químico é 
realizado por meio da utilização de inseticidas de 
ação residual e é a medida de controle vetorial 
recomendada no âmbito da proteção coletiva. 
Esta medida é dirigida apenas para o inseto 
adulto e tem como objetivo evitar e/ou reduzir o 
contato entre o inseto transmissor e a população 
humana e, consequentemente, diminuir o risco 
de transmissão da doença. 
129
Quando é recomendado o controle químico? 
A Filariose Linfática (Elefantíase) é uma 
doença parasitária crônica.
FILARIOSELINFÁTICA
131
Esta doença é causada por vermes 
nematoides das espécies Wuchereria 
bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, 
sendo transmitida ao ser humano (único 
reservatório) pelos mosquitos da espécie 
Culex quinquefasciatus, também 
conhecidos como pernilongo, carapanã 
ou muriçoca. É uma doença que 
desencadeia incapacidades 
permanentes e duradouras, acometendo, 
principalmente, os membros inferiores e o 
trato urogenital, sendo as suas principais 
apresentações clínicas o linfedema e a 
hidrocele (BRASIL, 2021).
Como delimitar a área para o controle químico?
Na zona rural, o controle químico será realizado em todos os domicílios da 
localidade onde ocorreu a transmissão. Na zona urbana, para o controle, 
deverá ser considerada a área previamente delimitada conforme 
classificação epidemiológica (2014).
Não há casos confirmados de Filariose Linfática no Brasil desde 2017, sendo 
sua área endêmica restrita em quatro municípios da região metropolitana 
de Recife/Pernambuco: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista 
(BRASIL,2008).
131
Ficou interessado(a) em saber mais?
Consulte o Manual de Coleta de Amostras Biológicas 
para Diagnóstico de Filariose Linfática. Clique aqui ou 
aponte a câmera de seu celular, escaneie o QR CODE 
e fique por dentro deste assunto.
Leia, também, o conteúdo Brasil elimina elefantíase 
como problema de saúde pública. Clique aqui ou 
aponte a câmera de seu celular, escaneie o QR CODE 
e fique por dentro deste assunto.
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/elefantiase/publicacoes/manual-de-coleta-de-amostras-biologicas-para-diagnostico-de-filariose-linfatica.pdf/@@download/file/Manual%20de%20Coleta%20de%20Amostras%20Biol%C3%B3gicas%20para%20Diagn%C3%B3stico%20de%20Filariose%20Linf%C3%A1tica.pdf
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-10/brasil-elimina-elefantiase-como-problema-de-saude-publica
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/elefantiase/publicacoes/manual-de-coleta-de-amostras-biologicas-para-diagnostico-de-filariose-linfatica.pdf/@@download/file/Manual%20de%20Coleta%20de%20Amostras%20Biol%C3%B3gicas%20para%20Diagn%C3%B3stico%20de%20Filariose%20Linf%C3%A1tica.pdf
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-10/brasil-elimina-elefantiase-como-problema-de-saude-publica
132
A doença pode afetar tanto humanos quanto outros mamíferos, incluindo 
animais de produção, como bovinos e equinos, especialmente em áreas 
rurais. A Raiva apresenta uma taxa de letalidade extremamente alta, 
próxima de 100%, pois sua progressão é rápida, levando a uma encefalite 
aguda progressiva que evolui para óbito em um período de 2 a 7 dias. 
Devido à gravidade da doença, há um forte investimento em medidas 
preventivas, como vacinação e soroterapia, disponibilizadas pelos serviços 
de saúde.
A Raiva é uma doença viral transmitida 
principalmente por mordidas de animais 
infectados, especialmente cães e gatos, que 
carregam o vírus Rabies lyssavirus em sua 
saliva.
RAIVA
Além da transmissão por animais 
domésticos, a Raiva também ocorre na 
forma silvestre. 
No Brasil, os principais transmissores 
nessa categoria são os morcegos 
(quirópteros), mas outros mamíferos 
podem atuar como reservatórios do vírus. 
Entre eles, estão canídeos silvestres, como 
raposas e cachorros-do-mato; felídeos 
silvestres, como gatos-do-mato; outros 
carnívoros, como jaritatacas e os 
mão-pelada; além de marsupiais, como 
gambás e saruês, e primatas, como os 
saguis (BRASIL, 2021, p. 989).
133
No Brasil, há cinco variantes rábicas em circulação, cada uma associada a 
um reservatório específico. O monitoramento dessas variantes é 
fundamental para o controle da Raiva e a implementação de estratégias 
eficazes de prevenção e controle da doença. 
O vírus da Raiva (Rabies lyssavirus), no Brasil, apresenta cinco variantes 
principais, sendo cada uma associada a reservatórios específicos:
• AgV1 e AgV2: isoladas de cães domésticos.
• AgV3: associada a morcegos hematófagos, especialmente 
Desmodus rotundus.
• AgV4 e AgV6: encontradas em morcegos insetívoros, como 
Tadarida brasiliensis e Lasiurus cinereus, respectivamente.
• Variante em Cerdocyon thous: identificada no cachorro-do-mato.
• Variante em Callithrix jacchus: detectada no 
sagui-de-tufo-branco.
Essas informações são fundamentais para a compreensão da 
epidemiologia da Raiva no país e para o desenvolvimento de estratégias de 
vigilância e controle da doença (BRASIL, 2023).
134
Figura 12 - Ciclos epidemiológicos de transmissão da Raiva
Ciclos epidemiológicos de transmissão da Raiva
Ciclo aéreo: envolve morcegos hematófagos, que podem transmitir o vírus 
da Raiva diretamente aos seres humanos ou a outros animais (silvestres, 
rurais e urbanos).
Ciclo silvestre: ocorre entre animais silvestres, como macacos, raposas e 
outros mamíferos, que podem transmitir o vírus para os seres humanos.
Ciclo rural: ocorre entre animais de criação, como cavalos e bovinos, que 
podem ser infectados por morcegos ou outros animais e, eventualmente, 
transmitir o vírus ao homem.
Ciclo urbano: envolve, principalmente, cães e gatos, que podem contrair o 
vírus da Raiva e transmiti-lo ao ser humano, especialmente em áreas 
urbanas.
Fonte: BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária, 2022. Disponível em: 
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-anim
al/programas-de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb/raiva. 
Acesso em: 10 set. 2025.
A doença apresenta quatro ciclos de transmissão (Figura 12): urbano, rural, 
silvestre aéreo e silvestre terrestre, sendo o ciclo urbano passível de 
eliminação, devido às medidas efetivas de prevenção (pelo homem e pela 
fonte de infecção).
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb/raiva
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb/raiva
As regiões Norte (27%) e Nordeste (53%) têm 
destaque no percentual de casos de Raiva, 
enquanto a região Sul e alguns estados da região 
Sudeste (Rio de Janeiro e São Paulo), além do 
Distrito Federal, estão sob controle.
135
Já no reservatório silvestre, não se tem a 
precisão, podendo permanecer por longos 
períodos. No ser humano, a progressão da doença 
oscila de dois a 10 dias, após o período de 
incubação, com prognóstico negativo: óbito. 
Portanto, é fundamental que você, como ACE, 
adote, em conjunto com a Equipe da UBS e os(as) 
ACS, medidas de prevenção e controle para evitar 
casos de Raiva em seres humanos. 
A evolução da doença é muito rápida no 
reservatório urbano/doméstico, sendo o período 
de transmissibilidade do cão/gato para o ser 
humano de dois a cinco dias antes do 
aparecimento dos sinais clínicos e durante toda a 
evolução da doença (a morte do animal acontece 
entre cinco e sete dias após o aparecimento dos 
sintomas). 
As principais medidas são:
investigar todos os casos suspeitos de Raiva Humana e Animal, assim 
como determinar sua fonte de infecção. 
realizar busca ativa de pessoas sob exposição de risco ao vírus rábico.
determinar as áreas de risco para Raiva. 
monitorar a Raiva Animal, com o intuito de evitar a ocorrência de casos 
humanos.
realizar as campanhas de vacinação antirrábica de caninos e felinos. 
propor medidas de prevenção e controle. 
realizar ações educativas de forma continuada.
136
Por ser uma doença imunoprevenível, é fundamental a imunização 
segundo o calendário vacinal e o uso da profilaxia de pós-exposição 
em tempo oportuno (o mais breve possível). Todos os indivíduos 
expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura ou arranhadura 
provocada por animais transmissores da Raiva devem procurar o 
serviço de saúde, ser avaliados e, se necessário, receber vacina 
antirrábica e/ou soro. Lembrando que a vacinação deve ser realizada 
seguindovetores responsáveis pela 
transmissão e disseminação 
destas doenças e destes 
agravos. 
Estude este material com 
atenção, buscando relacionar 
as informações apresentadas 
com sua prática profissional. 
Participe ativamente: assista 
às teleaulas, explore a aula 
interativa e realize as 
atividades propostas para 
consolidar seu aprendizado.
Bons estudos!
Quanto ao agravo, ele pode ser 
definido como qualquer dano à 
integridade do indivíduo provocado 
por algumas circunstâncias nocivas, 
como nos casos de acidentes por 
animais peçonhentos. 
E qual o seu papel nesse contexto?
Você, Agente de Combate às 
Endemias (ACE), tem um papel 
fundamental nas ações educativas, na 
prevenção de doenças e agravos à 
saúde e em ações de cuidado na 
comunidade em que atua.
ACE | Agente de Combate às Endemias
ACS | Agente Comunitário de Saúde
APS | Atenção Primária à Saúde
BVSMS | Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da 
Saúde
CCZ | Centros de Controle de Zoonoses
COFEN | Conselho Federal de Enfermagem
EPI | Equipamentos de Proteção Individual
FMB | Febre Maculosa Brasileira
FMRP | Febre Maculosa por Rickettsia Parkeri 
FNO | Febre do Nilo Ocidental 
IB| Índice Breteau
IIP | Índice de Infestação Predial
IPA | Incidência Parasitária Anual
ITR | índice Tipo de Recipiente
LIRAa | Levantamento de Índice Rápido para o Aedes 
aegypti
LISTA DE SIGLAS 
E ABREVIATURAS
LPI | Locais Prováveis de Infecção
LT | Leishmaniose Tegumentar 
OMS | Organização Mundial da Saúde
PNH | Primatas Não Humanos
SCPH | Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus 
SINAN | Sistema de Informação de Agravos de 
Notificação
SNC | Sistema Nervoso Central
SUS | Sistema Único de Saúde
UVZs | Unidades de Vigilância de Zoonoses
VORO | Vírus Oropouche 
LISTA DE SIGLAS 
E ABREVIATURAS
PRINCIPAIS SINTOMAS DOS ARBOVÍRUS: 
DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA
CICLOS EPIDEMIOLÓGICOS (SILVESTRE E 
URBANO) DA FEBRE AMARELA NO BRASIL
FIGURA 03
CICLO EPIDEMIOLÓGICO E A TRANSMISSÃO DO 
VÍRUS DA FEBRE DO NILO OCIDENTAL (FNO) 
FIGURA 04
69
CICLO DE VIDA DO AEDES AEGYPTI
FIGURA 01
35
FIGURA 02
41
64
LISTA DE FIGURAS
CICLO DE TRANSMISSÃO DA FEBRE 
MACULOSA: CICLO TRANSOVARIANO DO 
CARRAPATO E HOSPEDEIROS
FIGURA 05
79
PROGRESSÃO CLÍNICA DA LEPTOSPIROSE
ESPÉCIES DE TRIATOMÍNEOS
FIGURA 08
CICLO DE TRANSMISSÃO VETORIAL DA 
DOENÇA DE CHAGAS
FIGURA 09
107
COMO EVITAR A HANTAVIROSE 
FIGURA 06
89
FIGURA 07
96
104
LISTA DE FIGURAS
DIRECIONAMENTO DAS AÇÕES SEGUNDO OS 
CENÁRIOS DE TRANSMISSÃO 
FIGURA 10
119
CICLO DE VIDA DA LEISHMANIA
FIGURA 11
127
CICLO BIOLÓGICO DO TOXOPLASMA GONDII
APRESENTAÇÕES CLÍNICAS DE ESPOROTRICOSE 
HUMANA
FIGURA 14
CICLO SILVESTRE DE TRANSMISSÃO DA FEBRE 
DO OROPOUCHE
FIGURA 15
196
CICLOS EPIDEMIOLÓGICOS DE TRANSMISSÃO DA 
RAIVA
FIGURA 12
134
FIGURA 13
141
147
LISTA DE FIGURAS
CICLO URBANO DE TRANSMISSÃO DA FEBRE DO 
OROPOUCHE
FIGURA 16
197
QUADRO COMPARATIVO: INFLUENZA, FEBRE DO 
OROPOUCHE E MPOX
QUADRO 02
DESCRIÇÃO DA TRANSMISSÃO DAS 
ARBOVIROSES DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA, 
SEGUNDO VIA VETORIAL, VERTICAL E 
TRANSFUSIONAL 
QUADRO 01
42
203
LISTA DE QUADROS
SU
M
ÁR
IO
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES E 
ECTOPARASITAS
01
14
ARBOVIROSES: DENGUE, ZIKA, 
CHIKUNGUNYA, FEBRE AMARELA, FEBRE DO 
NILO, FEBRE MAYARO E FEBRE OROPOUCHE
02
29
ZOONOSES: FEBRE MACULOSA, PESTE, 
HANTAVIROSE E LEPTOSPIROSE
03
72
PARASITOSES: DOENÇA DE CHAGAS, 
MALÁRIA, LEISHMANIOSES, FILARIOSE 
LINFÁTICA, RAIVA, TOXOPLASMOSE E 
ESPOROTRICOSE
04
103
ANIMAIS PEÇONHENTOS
05
151
SU
M
ÁR
IO
ATIVIDADES DAS UNIDADES DE VIGILÂNCIA 
DE ZOONOSES 
06
176
VIGILÂNCIA, MANEJO E CONTROLE DE 
ANIMAIS VERTEBRADOS E 
INVERTEBRADOS DE RELEVÂNCIA PARA 
A SAÚDE PÚBLICA
07
181
INFECÇÕES VIRAIS EMERGENTES
08
190
RETROSPECTIVA
09
204
REFERÊNCIAS
10
206
01
DOENÇAS 
TRANSMITIDAS 
POR VETORES E 
ECTOPARASITAS
Gerusa
Júlio
RESGATANDO CONCEITOS
Podemos discutir esses 
casos e realizar um 
planejamento de atividades 
conjuntamente, 
considerando a 
territorialização, de forma 
articulada e integrada. 
O que você acha?
Gerusa
Assim, poderemos entender 
melhor as reais necessidades 
da população para fazermos 
uma intervenção mais 
assertiva. Mas será preciso 
resgatar alguns conceitos 
antes de falarmos das 
doenças e do esperado. 
Júlio
Para realizarmos um trabalho 
conjunto e complementar, que 
impactará na prevenção e no 
controle de doenças e agravos, 
precisamos ter um ponto de 
partida. Que tal começarmos 
por resgatar alguns conceitos, 
como agente etiológico, vetor e 
hospedeiro?
15
Vamos conversar um pouco 
sobre algumas zoonoses que são 
endêmicas no nosso território? 
16
O trabalho conjunto e complementar entre os ACE e os Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS) “é estratégico e desejável para identificar e 
intervir oportunamente nos problemas de saúde-doença da comunidade, 
facilitar o acesso da população às ações e serviços de saúde e prevenir 
doenças”, sendo um dos fatores essenciais para conseguirmos atender às 
reais necessidades de saúde da população e, consequentemente, impactar 
os indicadores de saúde referentes às principais zoonoses que acometem a 
comunidade (BRASIL, 2019, p. 19). 
Integrar significa discutir as ações considerando a 
realidade local, o território e as prioridades, com 
compromisso com a saúde da população, incorporando o 
planejamento, a definição das prioridades e as 
atribuições dos envolvidos para que se tenha um cuidado 
efetivo, pautado na qualidade de vida (BRASIL, 2019). 
Qual a importância 
de saber o modo de 
transmissão das 
doenças e seu 
agente de 
transmissão? 
O modo de transmissão é o elemento introdutório dessa discussão, visto que 
traz à tona a forma com que o agente infeccioso se transporta ao 
hospedeiro, ou seja, como ocorre esse contágio. Assim, abre-se um espaço 
para trabalharmos quem são esses agentes infecciosos e seus vetores, e 
como se dá essa interação e como é a distribuição e a frequência da 
doença. 
O conhecimento da história natural de uma doença nos permite prevenir, 
tratar e entender toda a sua evolução, assim como a importância de cada 
intervenção, conforme o momento da evolução dessa doença, 
prevenindo-a, manejando-a e controlando-a. Assim, passamos a ter 
condições de refletir sobre a nossa prática profissional, principalmente no 
que se refere às ações de vigilância, prevenção e controle. 
Está aí o nosso grande objetivo com essa disciplina. 
17
18
Que tal começarmos falando 
sobre vetores? Você lembra o que 
são vetores?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem ressaltado, em suas 
publicações, a relevância das doenças transmitidas por vetores, já que 
essas doenças repercutem, de forma significativa, nas taxas de 
morbimortalidade e são problemas de saúde pública (BRASIL, 2024c). 
VETORES 
São seres vivos invertebrados que possuem a capacidade de 
transportar organismos patogênicos (agente etiológico/agente 
infeccioso de uma doença). Eles fazem a articulação entre o 
agente etiológico e o hospedeiro, produzindo a infecção de 
pessoas ou animais. No caso de zoonoses é quando são inseridos 
animais vertebrados como reservatórios no ciclo de transmissão 
do patógeno. 
As doenças vetoriais e as zoonoses são amplamente disseminadas no país, 
exigindo a implementação de programas específicos para um manejo 
adequado, abrangendo a vigilância de fatores de risco, bem como o 
controle de vetores e reservatórios animais. 
Vamos focar nosso conteúdo nessas ações, pois é neste cenário que você, 
ACE, faz o mapeamento das áreas de risco, a Vigilância Entomológica, a 
Vigilância Epidemiológica, a avaliação das ações realizadas e fornece 
orientações e ações direcionadas ao controle dos vetores e dos riscos de 
contágio das doenças. 
A abordagem do conteúdo será 
separada por doença ou agravo 
e, consequentemente, pelos 
agentes infecciosos, vetores e 
reservatórios envolvidos.
19
Ah, muitas vezes, ao discutirmoso calendário vacinal e, em situações específicas, iniciada o 
mais breve possível, sendo ofertada gratuitamente na rede pública.
VALE DESTACAR!
137
O Ministério da Saúde atualizou 
recentemente os protocolos de 
profilaxia da Raiva Humana no 
Brasil, com implicações diretas 
para os(as) ACE, que 
frequentemente lidam com 
animais potencialmente 
transmissores do vírus rábico. 
Em setembro de 2024, foi 
publicada a Nota Técnica nº 
160/2024-SVSA/SAPS/SESAI/MS, 
que determina a inclusão da 
profilaxia pré-exposição contra a 
Raiva no calendário de vacinação 
para comunidades de difícil 
acesso na região amazônica 
(BRASIL, 2024d). Essa medida visa 
ampliar a proteção da população 
em áreas remotas e dos 
profissionais que atuam nesses 
locais, minimizando o risco de 
transmissão da doença.
138
Além disso, a Nota Técnica nº 8/2022-CGZV/DEIDT/SVS/MS, atualizada no 
mesmo período, trouxe diretrizes sobre a administração dos imunobiológicos 
utilizados na profilaxia da raiva, como a Vacina Raiva (VR) inativada, o Soro 
Antirrábico (SAR) e a Imunoglobulina Humana Antirrábica (IGHAR) (BRASIL, 
2022b). Essas diretrizes foram ajustadas para otimizar o uso dos insumos, 
considerando a disponibilidade limitada e a mudança no perfil 
epidemiológico da Raiva no Brasil. A VR inativada é indicada tanto para 
profilaxia pré-exposição quanto pós-exposição, enquanto o soro e a 
imunoglobulina são recomendados para casos de alto risco, como 
mordidas profundas ou múltiplas por animais suspeitos de infecção pelo 
vírus rábico.
A atualização dos protocolos 
reforça a importância da 
imunização dos(as) ACE, uma vez 
que esses profissionais estão 
constantemente expostos a 
situações de risco ao realizarem 
inspeções domiciliares, controle 
de vetores e manejo de animais 
(BRASIL, 2024c). 
Além da vacinação adequada, é fundamental que sejam seguidos os 
protocolos de biossegurança e que seja notificado, imediatamente, 
qualquer incidente de exposição ao vírus rábico. Com essas medidas, o 
Brasil busca fortalecer sua estratégia de prevenção e controle da Raiva, 
garantindo maior proteção tanto para a população quanto para os 
trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente da Vigilância 
Epidemiológica.
139
Sintomas e manifestações
Os sintomas da Toxoplasmose podem variar amplamente entre os 
indivíduos. Na maioria dos casos, a infecção é assintomática, mas quando 
os sintomas estão presentes, incluem linfadenopatia cervical, febre, mialgia 
e fadiga. Em indivíduos imunocomprometidos, como aqueles com HIV/Aids 
ou os que estão em tratamento quimioterápico, a Toxoplasmose pode 
reativar-se e evoluir para formas severas, como Encefalite e Coriorretinite. 
Em crianças que nascem com a infecção (Toxoplasmose Congênita), 
podem ocorrer sequelas graves, como comprometimento visual e 
neurológico.
A Toxoplasmose é uma infecção causada 
pelo protozoário Toxoplasma gondii, que 
possui como hospedeiro definitivo os 
gatos e pode afetar uma ampla gama de 
vertebrados, incluindo humanos. 
TOXOPLASMOSE
A prevalência global da infecção 
em humanos é estimada em cerca 
de 60%, com variações significativas 
entre diferentes regiões e 
populações (KOTA e SHABBIR, 2024). 
A infecção é especialmente 
relevante em grupos vulneráveis, 
como gestantes e 
imunocomprometidos, devido ao 
risco de complicações graves.
140
Mecanismos de transmissão
A transmissão do Toxoplasma gondii pode ocorrer de diversas maneiras 
(Figura 13), sendo as principais vias: 
Transmissão indireta: a ingestão 
de oocistos das fezes dos felinos 
presentes em alimentos e água 
contaminados é a forma mais 
comum de infecção. Isso pode 
ocorrer por meio de vegetais mal 
lavados ou água não tratada 
Animais como porcos e cordeiros 
podem se infectar e abrigar o 
parasita em seus tecidos. O 
consumo de carne crua ou mal 
cozida desses animais pode 
transmitir Toxoplasmose. 
Transmissão direta: a 
transmissão vertical é uma 
preocupação significativa, 
especialmente durante a 
gestação, quando a infecção da 
mãe pode ser transmitida ao feto. 
Isso pode resultar em aborto 
espontâneo ou em sequelas 
graves ao bebê.
Formas raras de transmissão: 
embora menos comuns, a 
inalação de aerossóis 
contaminados, a inoculação 
acidental em laboratórios, 
transfusões de sangue e 
transplantes de órgãos também 
são modos possíveis de 
transmissão. É importante 
destacar que essas formas são 
consideradas raras e não 
representam a via principal de 
contágio.
141
Figura 13 - Ciclo biológico do Toxoplasma gondii
Fonte: BARBOSA, MUNO e MOURA, 2014, p. 34. Disponível em: 
https://books.scielo.org/id/p2r7v/pdf/souza-9788575415719-04.pdf. Acesso em: 10 set. 2025.
Ciclo de vida do Toxoplasma gondii
Hospedeiro definitivo:
• Os felídeos (especialmente o gato doméstico) são os únicos 
hospedeiros definitivos.
• Neles, ocorre o ciclo sexuado do parasita.
• Os gatos eliminam oocistos imaturos pelas fezes no ambiente.
No meio ambiente:
• O oocisto torna-se infectante após 1 a 5 dias, ao amadurecer e 
liberar esporozoítas.
• A infecção pode ocorrer por contato com água, solo, alimentos 
ou ar contaminados, ou, ainda, por vetores acidentais.
https://books.scielo.org/id/p2r7v/pdf/souza-9788575415719-04.pdf
142
Hospedeiros intermediários:
• Aves, roedores, bois, cavalos, porcos, cães e o próprio ser 
humano podem atuar como hospedeiros intermediários.
• Nesses hospedeiros, o parasita forma cistos teciduais com 
bradizoítas, localizados principalmente em músculos e no 
cérebro.
• A infecção pode ocorrer por ingestão de carne crua ou mal 
passada.
Formas de transmissão ao ser humano:
• Transmissão congênita (taquizoítas atravessam a placenta).
• Ingestão de carne crua ou mal passada com cistos.
• Transplantes de órgãos ou transfusões sanguíneas contendo 
o parasita.
Quer saber mais? O nosso tema, agora, são os 
bebês com Toxoplasmose Congênita. O que 
você sabe sobre isto?
A Toxoplasmose Congênita acontece quando 
uma mulher grávida é infectada por Toxoplasma 
gondii e a transmite para o bebê durante a 
gestação. Essa situação é preocupante, pois 
pode causar problemas sérios para a saúde do 
recém-nascido. A gravidade da infecção pode 
variar dependendo de quando a mãe contrai a 
doença durante a gravidez. Quanto mais perto 
do final da gestação, maior a chance de o bebê 
ser infectado e de ter complicações.
Vejamos!
62
Os bebês que nascem com Toxoplasmose Congênita podem apresentar 
vários sintomas, tais como:
• Problemas oculares: uma das complicações mais comuns é a 
Coriorretinite, que pode afetar a visão do bebê. Por isso, é importante 
que esses bebês sejam avaliados por um oftalmologista logo após o 
nascimento.
• Comprometimento no desenvolvimento: alguns bebês podem ter 
dificuldades de desenvolvimento, como Microcefalia (cabeça menor do 
que o normal) e até convulsões. Isso pode afetar a vida da criança a 
longo prazo.
• Sintomas gerais ao nascer: bebês com Toxoplasmose Congênita 
podem apresentar febre, icterícia (pele e olhos amarelados) e erupções 
na pele. Esses sintomas precisam ser observados pelos profissionais de 
saúde.
143
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da Toxoplasmose Congênita é feito por meio exames de 
sangue que detectam anticorpos específicos. É importante que os médicos 
façam uma avaliação cuidadosa para identificar possíveis problemas. O 
tratamento deve ser iniciado rapidamente e geralmente envolve o uso de 
medicamentos que combatem a infecção. Isso é essencial para evitar que 
o bebê tenha complicações mais sérias.
144
Os(as) ACE têm um papel fundamental na vigilância da 
Toxoplasmose Congênita. Isso significa que devem ajudar a 
identificar gestantes que possam estar em risco e orientá-las 
sobre como prevenir a infecção.
VALE DESTACAR!
145
Prevenção e controle
O controle da Toxoplasmose envolve uma combinação de estratégias de 
prevenção e vigilância. O Guiade Vigilância em Saúde de 2024 enfatiza a 
importância da educação em saúde e da conscientização da população 
sobre as práticas de higiene alimentar. Algumas recomendações incluem:
Higiene alimentar: incentivar a higienização e desinfecção adequada 
de frutas, legumes e verduras, além do cozimento adequado da carne. 
O consumo de carne crua ou mal cozida deve ser evitado.
Cuidados com gatos: a conscientização sobre os cuidados com gatos 
é crucial. Os tutores devem evitar que os gatos tenham acesso à carne 
crua e garantir que as caixas de areia sejam limpas regularmente, 
utilizando luvas durante a higienização e descartando as fezes de forma 
adequada.
Vigilância e notificação: os(as) ACE desempenham um papel 
fundamental na vigilância e notificação de casos suspeitos de 
Toxoplasmose. Eles devem monitorar especialmente gestantes e 
imunocomprometidos, que são os grupos mais vulneráveis à infecção. A 
notificação de Toxoplasmose na gestação e de Toxoplasmose 
Congênita são obrigatórias (BRASIL, 2018b). 
Mobilização comunitária: é importante que os(as) ACE mobilizem a 
comunidade para evitar a proliferação descontrolada de felinos, 
alertando sobre os riscos associados a gatos errantes e incentivando a 
castração de animais domésticos.
 146
De distribuição global, ela é causada principalmente por fungos do gênero 
Sporothrix (Sporothrix brasiliensis e S. Schenckii), que são encontrados 
amplamente no solo rico em matéria vegetal, sob condições ideais de 
temperatura e umidade. A infecção ocorre a partir do contato do fungo com 
a pele/mucosa do ser humano, que apresenta alguma lesão, trauma ou 
arranhadura decorrentes de acidentes com espinhos, palha ou lascas de 
madeira, contato com vegetais em decomposição ou traumas 
relacionados a animais (gatos). 
A Esporotricose é a micose de implantação 
mais prevalente no país.
ESPOROTRICOSE
A doença é conhecida, também, 
como “doença do jardineiro”, 
“doença da roseira” e “doença do 
gato”, pois o gato tornou-se fonte de 
infecção importante, através das 
arranhaduras, mordeduras e do 
contato com secreções de lesões 
cutâneo-mucosas e respiratórias de 
animais infectados. 
147
Figura 14 - Apresentações clínicas de Esporotricose Humana
Fonte: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - SÃO LUÍS. Disponível em: 
https://diariooficial.saoluis.ma.gov.br/documento/view/27059. Acesso em 01 out. 2025.
. 
É uma doença geralmente de curso benigno, com modificações restritas a 
pele e vasos (úlceras, nódulos e abscessos) (Figura 14). 
As condições ambientais desfavoráveis (rua com pavimentação 
incompleta, casas com quintais com exposição ao solo, acúmulo de 
materiais orgânicos/decomposição), em conjunto com a presença de 
felinos errantes ou sem assistência adequada, favorecem a transmissão 
gato-ambiente-homem.
Não há infecção intra-humanos e nem imunidade adquirida após infecções. 
A Esporotricose foi incluída na Lista Nacional de Notificação Compulsória de 
doenças, agravos e eventos de Saúde Pública nos serviços de saúde 
públicos e privados em todo o território nacional. 
https://diariooficial.saoluis.ma.gov.br/documento/view/27059
Quanto às medidas de prevenção e controle, é importante ressaltar que, nos 
casos de transmissão felina, compete ao serviço de saúde (BRASIL, 2025d):
Verificar se a área é endêmica 
ou se é um novo local de 
transmissão. 
Conhecer as características 
epidemiológicas do caso 
segundo tempo, lugar e pessoa. 
Realizar busca ativa de casos 
novos e caracterizá-los clínica e 
laboratorialmente. 
Orientar medidas de controle, 
conforme a situação 
epidemiológica da área.
Para tanto, o(a) ACE e ACS deve 
reforçar a importância da 
adoção de medidas protetoras a 
traumas transcutâneos, como o 
uso constante de calçados, luvas 
e vestimentas adequadas, além 
de evitar contato com gatos 
doentes e gatos errantes (sem 
residência fixa ou tutor 
responsável). 
148
149
As principais medidas de prevenção da Esporotricose podem ser divididas 
entre: 
Saúde ambiental
Limpeza periódica de quintais.
Remoção de restos de materiais de construção e detritos de matéria 
orgânica em decomposição.
Uso de hipoclorito de sódio na limpeza de superfícies onde o animal 
doente foi manipulado.
Destinação correta das carcaças de animais infectados 
(acondicioná-las em saco branco leitoso com símbolo de risco 
biológico e mantê-las sob refrigeração até a incineração).
Mapear reservatórios no meio ambiente.
Saúde animal
Diagnóstico precoce.
Tratamento correto e isolamento em local apropriado.
Eutanásia: animais com lesões extensas e sem possibilidades 
terapêuticas.
Saúde humana
Uso de EPIs: luvas descartáveis de látex, avental descartável de 
mangas compridas, máscara facial N95 ou PFF2 e óculos de segurança 
durante atividades de alto risco, como tratamento da lesão ou 
administração de medicamentos aos animais.
Após manipulação do animal e retirada das luvas, lavar mãos e 
antebraços com sabão.
Atenção ao histórico médico do paciente (hábitos de vida, migrantes 
de áreas endêmicas etc.).
Atenção à exposição ocupacional.
Educação em saúde.
Posse responsável.
É importante destacar que a castração não é prevista pelo 
Ministério da Saúde como medida para o controle da 
Esporotricose e está fora do escopo das atribuições do SUS. 
Embora a castração de gatos e outros animais possa ser uma prática 
recomendada para o controle de populações de animais errantes e para se 
evitar problemas de Saúde Pública, essa ação não se relaciona diretamente 
com a prevenção ou o controle da Esporotricose. 
A responsabilidade pela implementação de políticas e programas voltados 
para o bem-estar animal, incluindo a castração, recai sobre outros setores 
governamentais, como os que lidam com o meio ambiente e a proteção 
animal. 
A nível nacional, no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, foi 
criada a Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais e 
o Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais, que têm atribuições 
diretas relacionadas à promoção de ações voltadas para a conservação da 
biodiversidade e a proteção dos direitos dos animais. Essas entidades 
trabalham em conjunto com municípios e estados para desenvolver 
programas de castração, vacinação e conscientização da população sobre 
a posse responsável de animais, o que é essencial para a diminuição do 
número de gatos errantes e, consequentemente, para a redução do risco de 
transmissão de doenças como a Esporotricose. 
A castração é uma medida importante dentro 
do contexto mais amplo de saúde pública e 
bem-estar animal, mas não deve ser 
confundida com as estratégias específicas de 
controle da Esporotricose, que são de 
responsabilidade dos serviços de saúde.
150
capa capítulo 05
ANIMAIS 
PEÇONHENTOS
Os acidentes por animais peçonhentos são um problema de saúde pública 
no Brasil devido à sua alta incidência e potencial de gravidade. O SUS 
oferece antivenenos gratuitos para casos que necessitam de tratamento.
Os principais animais envolvidos são: serpentes, aranhas, escorpiões, 
lagartas do gênero Lonomia e abelhas do gênero Apis. Os acidentes ofídicos 
são classificados como botrópicos (causados por jararacas, e urutus), 
crotálicos (causados por cascavéis), laquéticos (causados por 
surucucu-pico-de-jaca) e elapídicos (causados por corais-verdadeiras). 
Acidentes com aranhas incluem os tipos loxoscélico (causado por 
aranha-marrom), fonêutrico (causado por aranha-armadeira) e 
latrodéctico (causado por viúva-negra). Já os escorpiões do gênero Tityus 
são os principais causadores de envenenamento, com destaque para o 
escorpião-amarelo. 
Outros animais, como vespas, marimbondos, lacraias e arraias, também 
podem causar acidentes graves. A análise epidemiológica desses acidentes 
é essencial para orientar ações preventivas e reduzir a morbimortalidade. 
Em 2023, foram notificados 342.713 casos no SINAN, destacando-se os 
acidentescom escorpiões, que corresponderam a 58,79% das notificações, 
seguidos por aranhas (12,85%), abelhas (9,85%) e serpentes (9,51%). 
152
153
A distribuição desses acidentes 
varia regionalmente. As regiões 
Norte e Nordeste concentraram 
quase dois terços dos acidentes 
ofídicos em 2023, apesar de 
apresentarem, juntas, apenas 36% 
da população brasileira. Estados 
como Pará, Minas Gerais e Bahia 
lideram em número de 
notificações de acidentes com 
serpentes. 
A análise epidemiológica desses 
acidentes é fundamental para 
monitorar tendências, priorizar 
medidas de prevenção e alocar 
recursos adequados, visando à 
redução da morbimortalidade e à 
prevenção de sequelas 
temporárias ou permanentes. 
Os acidentes por animais 
peçonhentos são de notificação 
compulsória imediata, devendo 
ser comunicados às autoridades 
de saúde em até 24 horas (BRASIL, 
2024e). 
No Brasil, os acidentes por 
animais peçonhentos são mais 
comuns com escorpiões, 
seguidos de aranhas e serpentes. 
Acidentes por escorpiões 
ocorrem principalmente em 
áreas urbanas, enquanto os 
ofídicos (com serpentes) são 
mais frequentes em zonas rurais, 
afetando mais homens. 
Os acidentes escorpiônicos 
acontecem dentro de casa e 
afetam homens e mulheres 
igualmente, enquanto os de 
aranhas-armadeiras ocorrem 
mais nas mãos e nos pés (são 
agressivas). Já as 
aranhas-marrom, que não são 
agressivas, em geral, picam 
quando são esmagadas 
involuntariamente, e seu veneno 
se espalha pelo corpo da pessoa, 
causando sintomas sistêmicos.
Algumas crenças populares, como o uso de torniquetes ou substâncias 
como borra de café, são prejudiciais e podem agravar o envenenamento. A 
forma correta de agir é manter a calma e levar a vítima rapidamente ao 
atendimento médico, preferencialmente em locais com antiveneno. A 
educação e a distribuição de materiais informativos são essenciais para 
prevenir acidentes. A principal medida é evitar o contato com animais 
peçonhentos, mesmo que pareçam mortos, além de conhecer seus hábitos 
para que sejam adotadas as medidas preventivas adequadas.
154
Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE. Acesse o site do SINAN e fique por 
dentro sobre o tema Acidentes por Animais 
Peçonhentos.
Acesse, também, o site do Ministério da Saúde e amplie 
seus conhecimentos sobre os acidentes por animais 
peçonhentos. Para isto, clique aqui ou aponte a 
câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
Ficou interessado(a) em saber mais?
http://portalsinan.saude.gov.br/acidente-por-animais-peconhentos
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos
http://portalsinan.saude.gov.br/acidente-por-animais-peconhentos
 155
Os escorpiões são vivíparos e podem se reproduzir de forma sexuada ou 
assexuada. Algumas espécies, como Tityus serrulatus e T. stigmurus, 
realizam partenogênese, permitindo sua rápida proliferação, mesmo a partir 
de um único indivíduo transportado para um novo ambiente. Esse fenômeno 
pode levar à substituição de outras espécies devido à competição.
O período de gestação dura, em média, três meses. Durante o parto, os 
filhotes sobem no dorso da mãe e permanecem ali por cerca de sete dias, 
até realizarem a primeira troca de pele (ecdise).
Escorpionismo é o quadro de 
envenenamento que ocorre pela 
inoculação de veneno pelo ferrão ou 
aguilhão, localizado na cauda de 
escorpiões. 
ESCORPIONISMO
Os escorpiões pertencem ao filo 
Arthropoda, classe Arachnida e 
ordem Scorpiones. No Brasil, há 
quatro famílias, mas apenas o 
gênero Tityus, da família Buthidae, 
é de importância em saúde 
pública. Seu corpo é dividido em 
prossoma (cefaliotórax) e 
metassoma (tronco e cauda), 
onde se encontra o télson, que 
contém as glândulas de veneno e 
o ferrão.
Após mais uma semana, dispersam-se e tornam-se independentes. Durante 
seu crescimento, passam por cinco mudas até atingirem a maturidade 
sexual.
Os escorpiões possuem a característica da fluorescência, refletindo uma luz 
verde-ciano sob luz ultravioleta. Esse fenômeno é causado por moléculas na 
carapaça, mas sua função ainda não é totalmente compreendida. Algumas 
hipóteses sugerem que ela pode estar relacionada à captura de presas, 
defesa contra predadores, ou, mesmo, uma característica sem função 
específica.
Como prevenir acidentes 
causados por escorpiões? 
156
Segundo o Manual de Controle de Escorpiões (BRASIL, 2009b, p. 24), deve ser 
feito o controle apenas com o intuito de reduzir as populações de 
escorpiões, reduzindo-se, assim, a probabilidade de acidentes. O foco não é 
a erradicação. A intervenção para o controle de escorpiões consiste na 
busca ativa em todo e qualquer imóvel (área interna e externa), visando à 
captura de exemplares, ao conhecimento e ao manejo dos ambientes 
propícios à ocorrência e à proliferação desses animais e à conscientização 
da população.
157
A alta capacidade de infestação e 
proliferação das espécies de 
interesse em saúde pública deve 
levar ao desencadeamento de 
medidas de controle a partir da 
ocorrência, ainda que de um único 
exemplar, em áreas povoadas, 
principalmente se este for um 
escorpião invasor de áreas 
urbanas, como, por exemplo, o T. 
serrulatus (escorpião-amarelo). 
As ações de controle de escorpiões 
consistem em: intervenção nas áreas 
de risco. 
Fazer a distribuição espacial das 
ocorrências dos escorpiões no 
município é importante para 
planejar as intervenções, 
racionalizando custos, recursos 
humanos e tempo, garantindo 
maior eficiência nas ações de 
controle. Além disso, essa prática 
auxilia na delimitação de áreas 
infestadas a serem trabalhadas, no 
número de imóveis e no número de 
habitantes expostos ao risco de 
acidente.
Como organizar as atividades de controle de escorpiões? 
As áreas de risco serão definidas por meio de: 1. Notificação de acidente; 2. 
Demanda espontânea da população; e 3. Busca ativa de escorpiões.
158
Como proceder 
na busca ativa? 
Havendo ocorrência de escorpiões, causadores de acidente ou não, no 
monitoramento de áreas prioritárias, deve ser realizada a busca ativa. 
Devido ao tipo de serviço que a busca ativa envolve – manipulação de 
entulho, material de construção etc, esta não deve ser realizada por apenas 
um profissional, sendo necessário, no mínimo, dois. Para realizar essas 
atividades, os profissionais devem fazer uso dos EPIs. 
O registro de todas as atividades realizadas deve ser feito em 
instrumentos próprios para cada finalidade. O técnico de saúde 
deve solicitar o acompanhamento do responsável pelo imóvel 
durante a busca ativa para que ele seja conscientizado do 
problema e das medidas de prevenção. 
TOME NOTA!
Os locais escuros, úmidos e com pouco movimento, tanto na área externa 
como interna do imóvel, devem ser examinados com especial atenção. É 
essencial realizar o controle das populações de escorpiões de maneira 
oportuna, visando à redução do número de acidentes e, consequentemente, 
da morbimortalidade. Para isso, a integração dos serviços de atendimento e 
vigilância de saúde faz-se necessária, buscando-se aprimorar a qualidade 
das notificações e o monitoramento da situação epidemiológica. 
A ocorrência de acidentes por escorpião é de 
notificação compulsória no SINAN, do 
Ministério da Saúde, e deve ser comunicada 
de maneira imediata aos serviços de 
Vigilância em Saúde e de Vigilância e 
Controle de Animais Peçonhentos, quando 
este existir. 
159
Na fauna brasileira, existem cinco famílias de escorpiões, entre estas, a 
Buthidae, com 60% do total de espécies, incluindo as de interesse em saúde 
pública. Dentro dessa família, está o gênero Tityus, que conta com as quatro 
principais espécies responsáveis por acidentes graves. São elas: 
escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), escorpião-marrom (Tityus bahiensis), 
escorpião-amarelo-do-Nordeste(Tityus stigmurus) e 
escorpião-preto-da-Amazônia (Tityus obscurus).
160
As ações, as atividades e as estratégias de manejo e controle de 
escorpiões devem ser executadas de forma temporária ou 
permanente, em áreas pré-determinadas (áreas-alvo). 
Essas ações devem ser realizadas criteriosamente, de forma 
coordenada, por profissionais capacitados, por meio de remoção 
mecânica dos escorpiões (controle direto) e/ou pelo manejo 
ambiental (controle indireto), visando manter a população-alvo sob 
determinadas restrições para sua diminuição, sua contenção e/ou 
seu equilíbrio, propiciando a eliminação (quando possível) ou a 
redução efetiva do risco dos acidentes causados por esses animais 
para os seres humanos. 
Essas ações, atividades e estratégias devem estar consoantes com 
aquelas preconizadas pelo Ministério da Saúde e pela legislação 
vigente, podendo ser utilizadas tanto como medida de controle como 
de prevenção de acidentes causados por esses animais aos seres 
humanos, haja vista o fato de todo animal peçonhento ou venenoso 
ser potencialmente causador de acidente. 
Controle
161
A busca ativa consiste em vasculhar o ambiente à procura de 
escorpiões, removendo e afastando objetos e utensílios no peri e 
intradomicílio e em pontos estratégicos, como, por exemplo, em 
cemitérios (não se deve violar túmulos, pois essa prática constitui 
crime previsto no Código Penal Brasileiro). 
Quando encontrados os escorpiões, estes devem ser coletados 
com o uso de pinças de 20 cm a 30 cm, colocados em recipiente 
com tampa de rosca com pequenos furos, que devem ser 
mantidos ao abrigo do sol. Devido ao tipo de serviço que a busca 
ativa envolve, esta deve ser realizada por profissionais 
habilitados, sendo necessários, pelo menos, dois profissionais em 
conjunto, usando, obrigatoriamente, os EPIs adequados à 
atividade. 
Para um efetivo controle de escorpiões durante a busca ativa, é 
essencial o manuseio de objetos e materiais. Contudo, deve-se 
ressaltar que a remoção e a limpeza de lotes, terrenos ou áreas 
públicas competem ao proprietário do imóvel ou ao órgão de 
limpeza pública. 
Depois de finalizada a busca ativa, o setor responsável pelo 
controle de escorpião pode comunicar ao proprietário ou ao 
órgão responsável para que providenciem a limpeza do 
ambiente. 
Busca ativa
162
Quando a limpeza for realizada por órgão público, sugere-se planejar 
uma ação conjunta durante os procedimentos de remoção dos 
objetos inservíveis e dos entulhos, para otimizar o impacto das ações 
de controle de escorpiões e minimizar os riscos de acidente de 
trabalho e os riscos para a população circundante. Nesse tipo de 
atividade, as equipes de controle intensificam a coleta mecânica de 
escorpiões enquanto os procedimentos de limpeza são realizados. 
Deve-se orientar os funcionários responsáveis pela limpeza sobre a 
importância do uso de EPIs, como luvas grossas e botas de borracha. 
Além disso, os profissionais responsáveis pelo controle devem 
elucidar possíveis dúvidas do responsável pelo imóvel ou pelas áreas 
públicas, sendo importante conscientizá-lo quanto ao problema e às 
medidas de prevenção adequadas a serem tomadas. 
163
Até o presente momento, não há estudos que comprovem a 
efetividade do uso de produtos químicos para o controle de 
escorpiões, não sendo, portanto, indicada esta ação pelo Ministério da 
Saúde. 
Características biológicas dos escorpiões, assim como os diversos 
habitats onde são encontrados em meio urbano, dificultam a 
utilização dos produtos químicos de modo que, efetivamente, haja a 
morte dos animais em quantidade, podendo, contrariamente, levar ao 
desalojamento destes, aumentando, assim, o risco de acidentes. 
Diante da não recomendação do controle químico, deve-se 
implementar e fortalecer o manejo ambiental para o controle 
populacional de outros sinantrópicos, especialmente de baratas, seu 
principal alimento e atrativo em meio urbano, e a eliminação dos 
abrigados.
Somando-se a esse manejo, é fundamental a intervenção conjunta e 
coordenada de outros órgãos governamentais, responsáveis pela 
manutenção estrutural das redes pluviais e de esgotos, pela remoção 
de lixo e entulho e pela limpeza de terrenos e logradouros públicos. 
Controle químico
164
A conscientização da população é necessária para a prevenção 
de acidentes e a redução de danos causados pós-acidentes. 
Dessa maneira, o desenvolvimento de atividades de educação em 
saúde é de absoluta importância. 
Deve-se alertar a população para evitar o acúmulo de resíduos e 
de inservíveis, bem como manter galerias pluviais e de esgoto 
livres de resíduos e lixo.
O acúmulo de lixo e de inservíveis possibilita a proliferação de 
baratas e outros insetos, que constituem os principais alimentos 
para escorpiões em meio urbano, favorecendo sua proliferação e 
instalação.
Educação em Saúde
165
Para monitorar e avaliar a eficiência das ações de controle, é 
necessário construir indicadores que permitam estabelecer o nível 
de infestação domiciliar e a intensidade dessa infestação. Também 
é importante acompanhar, temporalmente, os indicadores de saúde, 
como incidência e mortalidade. 
Esses indicadores devem ser construídos a partir do levantamento 
de dados obtidos nas visitas domiciliares de busca ativa ou nos 
inquéritos sobre a ocorrência de escorpiões, com a participação de 
outros profissionais, como agentes comunitários de saúde e/ou 
agentes de endemias. 
Mesmo as áreas já controladas devem ser objeto de constante 
monitoramento, para se evitar que voltem a ser infestadas e que o 
risco da ocorrência de acidentes se eleve. 
Monitoramento e avaliação das ações
#SAIBA MAIS
Observação: consulte o Manual de Controle de Escorpiões, do Ministério da 
Saúde. O controle de escorpiões se dá por meio do manejo ambiental. A 
ocorrência de acidentes por escorpião é de notificação compulsória, e isso 
ajuda nas medidas de controle. O controle químico (aplicação de veneno) 
não é eficaz para escorpiões, uma vez que eles têm capacidade de sentir 
onde há veneno no ambiente, além de possuírem um mecanismo que 
impede a sua absorção pelo seu organismo. Assim, o efeito do veneno para 
se controlar escorpiões é praticamente nulo. 
Nesses casos, sempre que for realizado o controle químico (dedetização) 
para baratas, o ideal é que se tampe absolutamente todos os ralos (inclusive 
das pias), grelhas e caixas de gordura da casa, bem como outros locais em 
que foi aplicado o veneno e onde é possível existir escorpiões, a fim de evitar 
que esses animais saiam por esses locais para se desvencilhar do veneno ali 
presente.
166
Além disso, se o veneno é jogado no ralo, por 
exemplo, o escorpião vai procurar um local que 
não tenha veneno, e é nesse momento que ele 
mais aparece dentro das casas, aumentando o 
risco de acidentes. Por outro lado, para se evitar 
escorpiões, é preciso fazer controle do seu 
alimento mais comum no ambiente urbano, as 
baratas. 
• Acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos ou recipientes 
fechados para evitar baratas, moscas e outros insetos que servem de 
alimento para os escorpiões.
• Combater a proliferação de baratas no ambiente doméstico. Caso 
utilize pesticidas para o controle de baratas, dê preferência a 
formulações em gel ou em pó, aplicadas por profissionais 
especializados.
• Manter jardins e quintais limpos, evitando o acúmulo de entulhos, folhas 
secas, lixo doméstico e materiais de construção próximo às casas.
• Utilizar calçados e luvas de raspas de couro ao realizar a limpeza em 
jardins e quintais.
• Evitar folhagens densas, como plantas ornamentais, trepadeiras, 
arbustos e bananeiras, próximo a paredes e muros. Manter a grama 
sempre aparada.
• Solicitar a limpeza periódica de terrenos baldios vizinhos, garantindo 
uma faixa limpa de um a dois metros junto às casas.
Manejo do ambiente
 167
Proteção dentro de casa
 168
•Incentivar a preservação dos inimigos naturais dos escorpiões, como 
aves noturnas (corujas, joão-bobo), lagartos, sapos, galinhas, gansos, 
macacos e quatis, que auxiliam no controle da população desses 
animais.
Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE. Assista ao vídeo O Brasil 
Quer Saber: Acidentes com Escorpiões.
• Sacudir e examinar roupas e sapatos antes de usá-los, pois escorpiões 
podem se esconder neles e picar ao serem comprimidos contra o 
corpo.
• Evitar colocar as mãos sem luvas em buracos ou sob pedras, troncos 
podres e dormentes de linha férrea.
• Utilizar soleiras nas portas e janelas, além de telas em ralos de chão, 
pias e tanques.
• Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e a 
parede. Consertar rodapés soltos.
• Afastar camas e berços das paredes e evitar que roupas de cama ou 
mosquiteiros toquem o chão. Não pendurar roupas nas paredes.
Preservação de predadores naturais
https://www.youtube.com/watch?v=H35fagGWXDw
https://www.youtube.com/watch?v=H35fagGWXDw
 169
As aranhas são aracnídeos frequentemente 
confundidos com insetos, mas podem ser 
diferenciadas por apresentarem corpo dividido 
em prossoma (ou cefalotórax) e opistossoma 
(ou abdome), quatro pares de pernas, um par de 
palpos, quelíceras com ferrão inoculador de 
veneno e ausência de antenas.
Os aracnídeos incluem aranhas, escorpiões, carrapatos e outros menos 
conhecidos, como opiliões, pseudoescorpiões, amblipígios e 
escorpiões-vinagre, que são inofensivos. As aranhas são os únicos 
aracnídeos que inoculam veneno pelas quelíceras e os únicos que possuem 
fiandeiras no abdome, responsáveis pela produção de seda. Toda aranha 
produz seda, seja para construir teias e capturar presas, seja para fabricar 
sacos de ovos ou outras finalidades.
Elas se alimentam principalmente de insetos e outras aranhas, mas algumas 
espécies maiores podem capturar pequenos vertebrados, como sapos, 
lagartos e roedores. Geralmente, abrigam-se em buracos no solo, sob 
pedras, troncos caídos, cascas de árvores e vegetação. Em áreas urbanas, 
costumam se esconder debaixo de tijolos, telhas e madeiras empilhadas, 
podendo invadir residências e causar acidentes.
ARANEÍSMO (ACIDENTES POR ARANHAS)
 170
Aranhas de importância em saúde no 
Brasil
Phoneutria
(aranha-armadeira) – família Ctenidae
Loxosceles
(aranha-marrom) – família Sicariidae
Existem mais de 50 mil espécies de aranhas conhecidas no mundo, sendo 
cerca de 5 mil registradas no Brasil. A maioria é inofensiva e desempenha 
um papel ecológico importante, ajudando no controle de insetos, incluindo 
pragas agrícolas e vetores de doenças.
No Brasil, três gêneros de aranhas são responsáveis por acidentes de 
relevância para a Saúde Pública:
Latrodectus
(viúva-negra) – família Theridiidae
Essas aranhas podem causar envenenamentos com 
diferentes graus de gravidade, tornando essencial a 
adoção de medidas preventivas para evitar 
acidentes e garantir a segurança da população.
171
Dicas de como prevenir acidentes por aranhas.
• Manter jardins e quintais limpos. 
• Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e material de 
construção nas proximidades das casas.
• Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbustos, 
bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. 
• Manter a grama aparada.
• Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa 
faixa de um a dois metros junto das casas.
• Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois as aranhas podem se 
esconder neles e picar ao serem comprimidas contra o corpo.
• Não pôr as mãos em buracos ou sob pedras e troncos podres.
• Usar calçados e luvas de raspas de couro.
• Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e 
as paredes, consertar rodapés despregados, colocar soleiras nas 
portas e telas nas janelas.
• Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques.
• Combater a proliferação de insetos para evitar o aparecimento das 
aranhas que deles se alimentam.
• Afastar as camas e os berços das paredes. 
• Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão. 
• Inspecionar sapatos e tênis antes de calça-los.
• Preservar os inimigos naturais de escorpiões e aranhas: aves de 
hábitos noturnos (coruja e joão-bobo), lagartos, sapos, galinhas, 
gansos, macacos, quatis, entre outros (na zona rural).
 172
Nos acidentes ofídicos, reconhecer a serpente 
agressora é fundamental para agilizar o 
diagnóstico, o tratamento e, 
consequentemente, a utilização correta do 
antiveneno, quando necessário. 
OFIDISMO (ACIDENTES POR SERPENTES)
Isso também possibilita o tratamento adequado da maioria dos pacientes 
agredidos por serpentes sem relevância para a Saúde Pública. 
Mesmo considerando a importância do diagnóstico clínico para orientar a 
conduta na maioria dos casos, quando o animal causador for apresentado 
pelo paciente (por meio de uma fotografia ou do próprio animal), este deve 
ser encaminhado para identificação por um técnico treinado, sempre que 
possível. Dados do Hospital Vital Brazil (Instituto Butantan) indicam que 
aproximadamente 40% dos pacientes levam a serpente causadora do 
acidente.
A conservação básica dos animais mortos pode ser realizada por imersão 
em solução de formalina a 10% ou álcool comum, com o seu 
armazenamento em recipientes apropriados e dados sobre a procedência 
do acidente.
Conheça a diversidade de serpentes no Brasil
O Brasil possui uma grande 
diversidade de serpentes, 
com mais de 400 espécies 
descritas, agrupadas em dez 
famílias. Destas, 
aproximadamente 350 
espécies (83%) são não 
peçonhentas e 70-75 
espécies (17%) são 
peçonhentas, apresentando 
importância médica.
173
As serpentes de maior relevância para a Saúde Pública pertencem às 
famílias Viperidae e Elapidae, dividindo-se em quatro grupos principais:
Botrópico (Bothrops e Bothrocophias) – jararacas.
Crotálico (Crotalus) – cascavéis.
Laquético (Lachesis) – surucucus-pico-de-jaca.
Elapídico (Leptomicrurus e Micrurus) – cobras-corais.
A inter-relação entre a ofiologia (estudo das serpentes), o ofidismo 
(acidentes com humanos) e a toxinologia (estudo dos venenos) é 
fundamental para compreender e manejar os acidentes ofídicos no Brasil. A 
distribuição geográfica e as características das espécies mais importantes 
são essenciais para melhorar a identificação dos agentes e garantir o 
tratamento adequado.
Adotar medidas preventivas pode evitar grande parte dos acidentes com 
serpentes. Algumas recomendações incluem:
174
Como prevenir 
acidentes ofídicos?
Uso de EPIs: botas de cano alto, perneiras de couro, botinas e 
sapatos adequados podem evitar cerca de 75% dos acidentes.
Horários críticos: evitar a aproximação de vegetação baixa no 
amanhecer e entardecer, períodos de maior atividade das 
serpentes.
Localização do acampamento: evitar acampar próximo a 
áreas com grande presença de roedores, pois esses locais 
atraem serpentes.
Manipulação segura: utilizar luvas de couro ao manipular 
folhas secas, lixo, lenha e palhas. Não colocar as mãos em 
buracos, pois cerca de 20% das picadas atingem mãos ou 
antebraços.
Atenção ao caminho: durante trilhas, observar o caminho a ser 
percorrido e onde apoia as mãos.
175
Essas medidas são essenciais para reduzir a incidência de acidentes e 
garantir segurança, especialmente em ambientes rurais e silvestres.
Cuidado: os animais peçonhentos podem MATAR! 
SE LIGA!
Evitar proximidade com águas paradas: evitar piqueniques às 
margens de rios, lagos ou lagoas, assim como encostar-se em 
barrancos durante pescarias.
Cuidado com abrigos de serpentes: atenção ao manusear 
pilhas de lenha, palhadas e cupinzeiros, que podem abrigar 
serpentes.
Controle de roedores: manter a residência livre de roedores, 
limpando paióis e terreiros, evitando lixo acumulado e fechando 
buracos em muros e portas.
Higienização do ambiente: não acumular entulhos,pedras, 
tijolos, telhas ou madeiras e manter a vegetação ao redor das 
casas bem aparada para evitar abrigo para serpentes e 
pequenos animais que as atraem.
capa capítulo 06
ATIVIDADES DAS 
UNIDADES DE VIGILÂNCIA 
DE ZOONOSES 
177
O que compete 
às Unidades de 
Vigilância de 
Zoonoses? 
As Unidades de Vigilância de Zoonoses, anteriormente denominadas Centros 
de Controle de Zoonoses, 
“são estruturas físicas e técnicas, vinculadas ao Sistema Único de Saúde 
(SUS), responsáveis pela execução de parte ou da totalidade das 
atividades, das ações e das estratégias referentes à vigilância, à 
prevenção e ao controle de zoonoses e de acidentes causados por 
animais peçonhentos e venenosos, de relevância para a saúde pública, 
previstas nos Planos de Saúde e Programações Anuais de Saúde, 
podendo estar organizadas de forma municipal, regional e/ou estadual” 
(BRASIL, 2017, p.6).
A transição da nomenclatura dos Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) 
para Unidades de Vigilância de Zoonoses (UVZs), foi formalizada pela 
Portaria nº 758/2014 e atualizada pela Portaria nº 465/2023, e representa 
uma mudança paradigmática no Brasil. Esse novo modelo reforça a adoção 
de estratégias proativas, nas quais o controle das zoonoses é acionado 
apenas quando as medidas preventivas se mostram insuficientes. Com essa 
reformulação, as UVZs assumem um papel estratégico como serviços 
essenciais de Saúde Pública, com atribuições e competências claramente 
definidas pelo Ministério da Saúde. 
Art. 232. São consideradas ações e serviços públicos de saúde voltados 
para a vigilância, a prevenção e o controle de zoonoses e de acidentes 
causados por animais peçonhentos e venenosos de relevância para a 
saúde pública:
I - desenvolvimento e execução de atividades, ações e estratégias 
relacionadas a animais de relevância para a Saúde Pública;
II - desenvolvimento e execução de ações, atividades e estratégias de 
educação em saúde visando à guarda ou à posse responsável de animais 
para a prevenção das zoonoses;
III - coordenação, execução e avaliação das ações de vacinação animal 
contra zoonoses de relevância para a Saúde Pública normatizadas pelo 
Ministério da Saúde, bem como notificação e investigação de eventos 
adversos temporalmente associados a essas vacinações;
IV - realização de diagnóstico laboratorial de zoonoses e identificação das 
espécies de animais de relevância para a Saúde Pública;
V - recomendação e adoção de medidas de biossegurança que impeçam 
ou minimizem o risco de transmissão de zoonoses e da ocorrência de 
acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos relacionados à 
execução das atividades de vigilância de zoonoses dispostas neste artigo;
A regulamentação das ações e dos serviços de 
saúde que podem ser realizados nas UVZs está 
descritas na Portaria de Consolidação nº 5, de 28 
de setembro de 2017, que estabelece diretrizes para 
a vigilância, a prevenção e o controle de zoonoses 
e de acidentes causados por animais peçonhentos 
e venenosos de relevância para a Saúde Pública. 
Em seu Título II, Capítulo V, Art. 232, dispõe:
178
VI - desenvolvimento e execução de ações, atividades e estratégias de 
controle da população de animais, que devam ser executadas em situações 
excepcionais, em áreas determinadas, por tempo definido, para o controle 
da propagação de zoonoses de relevância para a saúde pública;
VII - coleta, recebimento, acondicionamento, conservação e transporte de 
espécimes ou amostras biológicas de animais para encaminhamento aos 
laboratórios, com vistas à identificação ou ao diagnóstico laboratorial de 
zoonoses de relevância para a Saúde Pública;
VIII - gerenciamento de resíduos de serviços de saúde gerados pelas ações 
de vigilância de zoonoses de relevância para a Saúde Pública;
IX - eutanásia, quando indicado, de animais de relevância para a Saúde 
Pública;
X - recolhimento e transporte de animais, quando couber, de relevância para 
a Saúde Pública;
XI - recepção de animais vivos e de cadáveres de animais quando forem de 
relevância para a Saúde Pública;
XII - manutenção e cuidados básicos de animais recolhidos em 
estabelecimento responsável por vigilância de zoonoses pertencente ao 
Sistema Único de Saúde (SUS), observando normatização vigente quanto aos 
prazos estipulados de permanência do animal, quando houver;
XIII - destinação adequada dos animais recolhidos; e
XIV - investigação, por meio de necropsia, coleta e encaminhamento de 
amostras laboratoriais ou outros procedimentos pertinentes, de morte de 
animais suspeitos de zoonoses de relevância para Saúde Pública.
179
A adoção de critérios epidemiológicos na tomada de decisão fortalece a 
eficácia das ações desenvolvidas, permitindo uma resposta mais ágil e 
precisa frente aos desafios encontrados pelo setor saúde. Assim, a 
sistematização dessas atividades não apenas contribui para a redução de 
casos em humanos, mas também promove a qualidade de vida da 
população e o fortalecimento das políticas de Saúde Pública.
180
Quer saber mais? Leia o Manual de vigilância, 
prevenção e controle de zoonoses. Para isto, 
clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE.
O Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses Normas 
Técnicas e Operacionais (publicado em 2016 e ainda vigente), estabelece 
que todas as ações, atividades e estratégias de vigilância, prevenção e 
controle de zoonoses relevantes para a saúde pública, desenvolvidas e 
executadas pela área de vigilância de zoonoses, devem ser precedidas por 
um levantamento do impacto na saúde pública. Esse levantamento deve 
considerar diversos critérios, incluindo magnitude, transcendência, 
potencial de disseminação, gravidade, severidade e vulnerabilidade, 
relacionados ao processo epidemiológico de instalação, transmissão e 
manutenção das zoonoses.
Dessa forma, a atuação das UVZs na vigilância, na 
prevenção e no controle das zoonoses é essencial 
para a Saúde Pública, pois garante a identificação 
precoce de zoonoses emergentes e reemergentes, o 
monitoramento de reservatórios e vetores, além da 
avaliação contínua de riscos e vulnerabilidades. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_prevencao_controle_zoonoses.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_prevencao_controle_zoonoses.pdf
capa capítulo 07
VIGILÂNCIA, MANEJO E 
CONTROLE DE ANIMAIS 
VERTEBRADOS E 
INVERTEBRADOS DE 
RELEVÂNCIA PARA A SAÚDE 
PÚBLICA
A vigilância, o manejo e o controle de animais vertebrados e invertebrados 
de relevância para a Saúde Pública é são realizados apenas em situações 
excepcionais, em áreas de risco iminente de transmissão de uma zoonose e 
por tempo determinado, pois podem implicar em risco de desequilíbrio 
ambiental. 
182
Uma questão importante!
É importante ressaltar que as ações de vigilância e prevenção de zoonoses 
precisam ser executadas de forma permanente, pois possibilitam a 
identificação oportuna de risco iminente de ocorrência desses acidentes e 
de transmissão de doenças à população humana. 
FIQUE ATENTO(A)!
Que tal ler mais sobre as ações de 
saúde para a prevenção de 
zoonoses? Você sabe quais são os 
tipos de animais cujo controle de 
sua população é de relevância para 
a Saúde Pública? 
As ações de controle animal oscilam a 
depender do tipo de animal, podendo ser 
desenvolvidas de forma temporária ou 
permanente. 
Elas assumem um caráter excepcional e 
só podem ser realizadas quando o foco é 
a promoção e proteção da saúde 
humana, por meio da redução ou extinção 
da doença. 
Sendo assim, seu propósito é reduzir ou eliminar a transmissão de doenças 
e/ou risco de acidentes causados por esses animais a partir de medidas 
que podem ser classificadas como: de controle da população animal ou de 
prevenção de doenças/acidentes causados aos seres humanos.
Considere que os animais, independentemente de serem domésticos 
ou domesticados, são consideradospossíveis fontes de infecção.
183
Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses: normas técnicas 
e operacionais.
As ações, atividades e estratégias de controle da população de animais 
peçonhentos e venenosos devem respeitar todas as condições a seguir:
Serem executadas de forma temporária ou permanente, em área 
determinada (área-alvo), a fim de reduzir ou eliminar o risco de 
acidentes causados por esses animais ou à sua própria população.
Quando realizadas sem foco na promoção e na proteção da saúde 
humana, não se configurarem em ação ou serviço de saúde.
Poderem ser realizadas tanto como medida de controle como de 
prevenção de acidentes causados aos seres humanos, haja vista o fato 
de que, considerando o contexto epidemiológico e a relevância para a 
Saúde Pública, todo animal peçonhento ou venenoso é, potencialmente, 
causador de acidente.
Serem realizadas de forma coordenada, visando manter a 
população-alvo sob determinadas restrições para sua diminuição, sua 
contenção e/ou seu equilíbrio, propiciando a eliminação (quando 
possível) ou a redução efetiva dos acidentes (ou do risco de acidente) 
causados por esses animais para os seres humanos.
184
Animais peçonhentos e venenosos 
As ações de controle podem ser executadas de forma temporária ou 
permanente, numa área determinada (área-alvo). Participam do ciclo de 
transmissão de doença a ratazana, ou rato de esgoto (Rattus norvegicus), o 
rato de telhado, ou rato preto (Rattus rattus) e o camundongo (Mus 
musculus).
As ações, atividades e estratégias de controle da população de roedores 
sinantrópicos e vetores biológicos devem respeitar todas as condições a 
seguir:
185
Roedores sinantrópicos e vetores
Serem executadas de forma temporária ou 
permanente, em área determinada (área-alvo), 
a fim de reduzir ou eliminar o risco iminente de 
transmissão de doenças (ou a própria doença).
Poderem ser realizadas tanto como medida 
de controle como de prevenção de doenças aos 
seres humanos, haja vista o fato de que, 
considerando o contexto epidemiológico, a 
maior parte da população de roedor 
sinantrópico e vetores é, potencialmente, uma 
fonte de infecção de doenças.
Serem realizadas de forma coordenada, 
visando manter a população-alvo sob 
determinadas restrições para sua diminuição, 
sua contenção e/ou seu equilíbrio, propiciando 
a eliminação (quando possível) ou a redução 
efetiva da transmissão (ou do risco iminente da 
transmissão) de doenças para os seres 
humanos.
As ações, atividades e estratégias de controle da população
de outros animais sinantrópicos devem respeitar todas as condições a 
seguir:
Serem executadas de forma temporária, em situações excepcionais, 
em área determinada (área-alvo), a fim de reduzir ou eliminar a doença, 
apresentando como resultado o controle da propagação de alguma 
zoonose de relevância para a Saúde Pública prevalente ou incidente na 
área-alvo.
Quando realizadas sem foco na promoção e na proteção da saúde 
humana, não se configurarem em ação ou serviço público de saúde, pois 
nem todo animal sinantrópico é de relevância para a Saúde Pública. Sua 
determinação deverá considerar a correlação entre a intervenção no(s) 
animal(is) e sua representatividade no controle de uma determinada 
doença transmitida para a população humana.
Poderem ser realizadas como medida de controle de zoonose apenas 
em área endêmica ou epidêmica, ou seja, apenas em área de 
reconhecida transmissão para determinada zoonose de relevância para 
a Saúde Pública. Assim, é infundado realizar medidas específicas de 
controle de população de animais unicamente visando à prevenção de 
zoonoses.
Serem realizadas de forma coordenada, visando manter a 
população-alvo sob determinadas restrições para sua diminuição, sua 
contenção e/ou seu equilíbrio, propiciando a eliminação (quando 
possível) ou a redução efetiva da transmissão (ou do risco iminente da 
transmissão) de doenças para os seres humanos.
186
Outros animais sinantrópicos
Quais são as ações diretas de controle?
Se a ação for numa área de risco (área determinada a partir da análise da 
distribuição espacial e temporal de casos de Leptospirose) ou 
área-programa (locais de ocorrência endêmica e epidêmica de 
Leptospirose), deve ser realizado o controle de roedores em caráter 
permanente, pelo menos até que ações de manejo ambiental ou de 
infraestrutura urbana reduzam significativamente o risco de infecção da 
população humana, evitando, assim, o efeito bumerangue (aumento do 
número de roedores infestantes em determinada área onde foi praticada a 
desratização de maneira errada). As ações temporárias devem ocorrer nas 
áreas de ocorrência esporádica, visando prevenir a ocorrência de novos 
casos. 
Mas o que é esse manejo integrado de roedores urbanos? Segundo o 
Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses: normas técnicas 
e operacionais (2016, p.65):
É um conjunto de ações voltadas à praga-alvo a ser combatida e ao meio 
que a cerca, com o propósito de promover o controle e/ou até a 
erradicação. 
187
Que tal saber um pouco mais sobre 
roedores sinantrópicos?
188
Inspeção do local infestado;
Identificação de espécie(s) 
infestante(s); 
Medidas preventivas e corretivas 
(antirratização - educação em 
saúde);
Adoção de medidas de controle 
(desratização), favorecendo, assim, 
um controle mais eficaz em reduzir, 
a níveis toleráveis, a infestação por 
roedores. 
1
2
3
4
São quatro componentes a serem seguidos: 
A desratização visa à eliminação dos roedores por meio de métodos:
mecânicos, como ratoeiras, gaiolas etc.;
biológicos, como gatos e predadores naturais; e
químicos, como raticidas/rodenticidas, que serão nosso foco.
Neste caso, haverá a aplicação de iscas ou substâncias tóxicas em suas 
tocas ou nos ambientes infestados. Cada espécie de roedor demanda uma 
estratégia distinta. A esses produtos dá-se o nome de raticidas ou 
rodenticidas. 
Controle de ratazanas: aplicação de pó de contato no interior das tocas 
ou aplicação de blocos Impermeáveis (iscagem por pulso) próximo aos 
abrigos (dentro de bocas de lobo, das caixas de inspeção e de gordura e 
dos postos de visita).
Controle de rato de telhado: uso de isca granulada, preferencialmente 
acondicionada em caixas porta-iscas. As iscas sempre devem ser aplicadas 
nas rotas de passagem dos ratos ou próximo a seus abrigos. Com o uso de 
caixas porta-iscas, será necessário mais tempo (1-2 semanas) até os ratos 
começarem a se alimentar (neofobia). É importante não remover a caixa do 
local.
 
Controle de camundongos: uso de iscas rodenticidas em caixas 
porta-iscas.
190
capa capítulo 08
INFECÇÕES VIRAIS 
EMERGENTES
Bia
Vamos, agora, tratar das seguintes doenças virais: Influenza, 
Febre do Oropouche e Monkeypox (MPX). Acompanhe!
191
Você percebeu o aumento 
no número de pessoas 
com sintomas gripais na 
comunidade?Camila
Ontem observei várias 
pessoas se queixando de 
febre, dor no corpo e 
cansaço. Além disso, ouvi 
falar de um caso suspeito de 
Monkeypox na região.
Bia
Com as mudanças 
climáticas e a intensificação 
das chuvas, temos um 
ambiente propício para a 
disseminação de vários 
vírus. Precisamos reforçar 
nossas ações de prevenção.
Camila
Além do aumento de casos 
de Influenza, precisamos ficar 
atentos às zoonoses, como a 
Febre do Oropouche, 
transmitida por mosquitos. 
Com a quantidade de água 
parada na região, o risco de 
proliferação de vetores 
aumenta muito.
 192
A Influenza, conhecida popularmente como 
Gripe, é uma infecção viral aguda que afeta o 
sistema respiratório. 
INFLUENZA
Altamente transmissível, essa doença pode levar a complicações graves, 
especialmente em grupos de risco, como idosos, crianças, gestantes e 
pessoas com comorbidades. 
A Influenza é causada por um vírus da família Orthomyxoviridae, que possui 
três tipos principais que infectam humanos: Influenza A, Influenza B e 
InfluenzaC. 
Os vírus Influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o 
Influenza A o principal causador das grandes pandemias, devido à sua 
capacidade de sofrer variações genéticas significativas.
193
 influenza A é subdividido em subtipos, com base nas proteínas de 
superfície hemaglutinina (H) e neuraminidase (N).
 Influenza B é geralmente associado a surtos sazonais e menos propenso 
a causar pandemias.
 Influenza C causa infecções mais leves e ocorre com menor frequência.
Formas de transmissão: ocorre principalmente por meio de gotículas 
respiratórias expelidas ao falar, tossir ou espirrar, mas também pode 
acontecer pelo contato com superfícies contaminadas, seguido do toque no 
rosto, especialmente na boca, nariz ou olhos.
Sintomas da Influenza: incluem febre alta, calafrios, dor de garganta, 
tosse seca, coriza, fadiga e dores musculares. Em alguns casos, podem surgir 
complicações, como pneumonia viral ou bacteriana secundária, 
especialmente em indivíduos do grupo de risco. A doença também pode 
causar complicações neurológicas, cardíacas e respiratórias, tornando 
essencial a adoção de medidas de prevenção.
Prevenção: baseia-se em medidas de imunização e higiene, como 
vacinação anual, que é atualizada para cobrir as cepas mais prevalentes. 
Outras medidas preventivas incluem higiene das mãos, lavagem regular 
com água e sabão ou uso de álcool em gel, etiqueta respiratória ao cobrir a 
boca e o nariz com o braço ao tossir ou espirrar, evitar aglomerações, 
especialmente durante surtos, e o uso de máscaras em ambientes fechados 
ou quando estiver doente. Evitar o contato próximo com pessoas infectadas 
e desinfetar superfícies de uso comum também são medidas eficazes na 
redução da transmissão.
194
Tratamento: é sintomático (conforme os sintomas apresentados pelo 
indivíduo) e inclui repouso, hidratação adequada e uso de medicamentos 
para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Em casos graves 
ou para indivíduos pertencentes a grupos de risco, podem ser utilizados 
antivirais específicos, conforme orientação médica. O acompanhamento 
médico é fundamental para evitar complicações, especialmente em 
crianças pequenas, idosos e imunocomprometidos.
Assim, você, ACE, desempenha um papel essencial na prevenção da 
Influenza. Cabe a você orientar a população sobre medidas preventivas, 
como a importância da vacinação, além de observar, identificar e 
comunicar à equipe de saúde casos suspeitos e sinais de possíveis surtos da 
doença nas comunidades. Sua atuação é essencial para reduzir a 
disseminação do vírus, minimizar o impacto da Influenza na Saúde Pública e 
garantir a proteção de grupos mais vulneráveis.
Agora, recapitule os sintomas, o tratamento e a 
importância da vacinação contra a Influenza! 
Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE para assistir ao vídeo.
https://www.youtube.com/watch?v=DYUF85QIP8I
https://www.youtube.com/watch?v=DYUF85QIP8I
 197
Figura 16 - Ciclo urbano de transmissão da Febre do Oropouche
Fonte: site oficial de Einstein Hospital Israelita. Disponível em: 
https://www.einstein.br/doencas-sintomas/febre-do-oropouche. Acesso em: 11 set. 2025.
Sintomas: são parecidos com os da Dengue e de outras arboviroses que 
incluem febre de início súbito, cefaleia intensa, mialgia, artralgia, fotofobia, 
náuseas e vômitos. Em alguns casos, podem surgir erupções cutâneas e 
sinais sugestivos de meningite viral, como rigidez na nuca e dor de cabeça 
persistente. A maioria dos casos apresenta evolução benigna, mas os 
sintomas podem ser debilitantes e comprometer a qualidade de vida dos 
pacientes (BRASIL, 2023).
https://www.einstein.br/doencas-sintomas/febre-do-oropouche
195
A febre Oropouche é uma doença provocada 
por um arbovírus pertencente ao gênero 
Orthobunyavirus.
FEBRE DO OROPOUCHE
Esse arbovírus foi identificado, no Brasil, pela primeira vez em 1960, a partir de 
uma amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante as obras 
da rodovia Belém-Brasília. Desde então, têm sido registrados casos isolados 
e surtos da doença, principalmente na região amazônica, onde é 
considerada endêmica, afetando tanto populações urbanas quanto rurais. 
Estudos indicam que a transmissão está em expansão para outras regiões 
do país, tornando essencial a adoção de medidas de Vigilância 
Epidemiológica e controle vetorial (BRASIL, 2023).
O principal vetor da Febre do Oropouche é o mosquito Culicoides paraensis, 
conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora.
O ciclo de transmissão da doença ocorre 
de duas formas: silvestre e urbana. 
No ciclo silvestre (Figura 15), animais como bichos-preguiça e 
macacos atuam como hospedeiros do vírus Oropouche. Além do 
C. paraensis, outros mosquitos, como Coquillettidia 
venezuelensis e Aedes serratus, podem carregar o vírus. No ciclo 
urbano (Figura 16), os seres humanos são os principais 
hospedeiros, e o C. paraensis continua sendo o vetor primário. 
 
 196
Figura 15 - Ciclo silvestre de transmissão da Febre do Oropouche
Fonte: site oficial de Einstein Hospital Israelita. Disponível em: 
https://www.einstein.br/doencas-sintomas/febre-do-oropouche. Acesso em: 11 set. 2025.
O mosquito Culex quinquefasciatus, comum em áreas urbanas, pode, 
ocasionalmente, atuar como vetor secundário. A transmissão ocorre quando 
esses vetores picam um hospedeiro infectado e, após um período de 
incubação, disseminam o vírus para outros hospedeiros suscetíveis.
https://www.einstein.br/doencas-sintomas/febre-do-oropouche
198
Prevenção: envolve medidas de controle de vetores e proteção individual. 
As medidas de proteção individual envolvem evitar a exposição às picadas 
do vetor em áreas com ocorrência da doença, por meio do uso de roupas 
compridas, sapatos fechados e aplicação de repelente nas partes expostas 
do corpo. Entre as medidas coletivas, destacam-se a instalação de telas de 
malha fina em portas e janelas, a limpeza de terrenos e criadouros de 
animais, além do recolhimento de folhas e frutos caídos no solo. É importante 
ressaltar que o inseto transmissor do Oropouche se prolifera em matéria 
orgânica em decomposição.
Tratamento: atualmente, não há tratamento antiviral específico para a 
Febre do Oropouche. O manejo é sintomático, incluindo repouso, hidratação 
e uso de analgésicos e antitérmicos para aliviar os sintomas. O uso de 
medicamentos contendo ácido acetilsalicílico deve ser evitado devido ao 
risco de complicações hemorrágicas. A identificação precoce dos casos e o 
monitoramento de possíveis surtos são essenciais para reduzir o impacto da 
doença na população.
O trabalho dos(as) ACE é fundamental no 
controle da Febre do Oropouche, que devem 
atuar diretamente na identificação de áreas de 
risco, na orientação da população sobre medidas 
preventivas e na adoção de estratégias para o 
controle vetorial. 
A Vigilância Epidemiológica desempenha um 
papel crucial na detecção precoce de surtos, 
permitindo respostas rápidas para conter a 
disseminação do vírus e minimizar os impactos 
da doença na saúde pública.
 199
A Mpox é uma doença infecciosa causada pelo 
Mpox vírus (MPXV), pertencente ao gênero 
Orthopoxvirus e à família Poxviridae.
MPOX
É fundamental destacar que os primatas não humanos, como os macacos, 
não são os reservatórios naturais do vírus. Assim como os seres humanos, 
esses animais também podem ser infectados. Embora o reservatório natural 
do MPXV ainda não tenha sido identificado com precisão, os principais 
suspeitos são pequenos roedores, como esquilos, que vivem em florestas 
tropicais da África Central e Ocidental (BRASIL, 2025c; OPAS, 2024).
No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em junho de 2022. Desde então, até 
agosto de 2024, o país registrou quase 12 mil casos confirmados e 366 casos 
prováveis de Mpox. A taxa de letalidade da doença, no Brasil, é de 0,14%, com 
16 óbitos contabilizados entre 2022 e agosto de 2024.A média de idade dos 
pacientes que evoluíram para óbito é de 31 anos, variando de 26 a 35 anos 
(AGÊNCIA BRASIL, 2024).
200
Trata-se de uma doença zoonótica viral cuja transmissão para humanos 
pode ocorrer por meio do contato com pessoas infectadas pelo MPXV, 
materiais contaminados com o vírus e animais silvestres (roedores) 
infectados.
Formas de transmissão: a transmissão entre seres humanos ocorre, 
principalmente, por meio do contato próximo e prolongado com pessoas 
infectadas (beijos, abraços ou relação sexual). As principais formas de 
contágio incluem:
Contato direto com lesões na pele, 
erupções cutâneas, crostas ou fluidos 
corporais, como sangue e secreções;
Contato com objetos e superfícies 
contaminadas, como roupas, roupas 
de cama e toalhas; e
Exposição a secreções respiratórias, 
especialmente em situações de 
convivência próxima e prolongada 
com a pessoa infectada.
Essas formas de transmissão ressaltam a importância de medidas rigorosas 
de higiene e precaução em ambientes com casos suspeitos ou confirmados.
Sintomas: incluem febre, dor de cabeça intensa, linfadenopatia (inchaço 
dos linfonodos), dores musculares, fadiga e uma erupção cutânea 
característica. Essa erupção evolui de máculas para pústulas e crostas, 
sendo predominantemente distribuída no rosto, nas extremidades e na 
região anogenital. O quadro clínico pode ser semelhante ao da Varíola 
Humana, embora apresente menor taxa de mortalidade. A maioria dos 
casos é autolimitada, mas complicações como infecções secundárias, 
envolvimento respiratório e encefalite podem ocorrer, especialmente em 
imunossuprimidos (BRASIL, 2024).
201
Principal forma de proteção contra a Mpox: adoção de medidas 
preventivas. Dentre as ações recomendadas, destaca-se evitar o contato 
com animais que possam ser portadores do vírus. 
Também é fundamental evitar o contato direto com pessoas que 
apresentem suspeitas ou confirmação da doença.
O isolamento de pacientes infectados é essencial para conter a transmissão, 
devendo ser mantido até que todas as lesões tenham cicatrizado 
completamente. Medidas como higiene frequente das mãos com água e 
sabão ou álcool em gel também são fundamentais para reduzir o risco de 
infecção. Para profissionais de saúde e cuidadores, o uso de EPIs, como luvas 
e máscaras, é altamente recomendado. A conscientização da população 
sobre sinais, sintomas e formas de transmissão da Mpox é essencial para a 
prevenção da doença.
Tratamento: Atualmente, não há um tratamento específico amplamente 
disponível para a Mpox. O manejo clínico é voltado para o alívio dos 
sintomas e a prevenção de complicações. A imunização com vacinas 
derivadas da varíola pode oferecer proteção cruzada e é considerada uma 
estratégia preventiva para grupos de risco em locais com alto índice de 
transmissão. Alguns países já adotaram a vacinação para populações 
prioritárias, como profissionais de saúde e indivíduos com risco aumentado 
de exposição (OPAS, 2024).
Que tal compararmos 
estas doenças?
202
Apesar dos benefícios da vacinação contra a Mpox na prevenção de formas 
graves da doença em grupos vulneráveis, é importante destacar que ela não 
representa a principal forma de prevenção. Atualmente, a vacinação em 
massa da população não é recomendada, considerando-se suas 
características específicas. A estratégia adotada prioriza a proteção de 
indivíduos mais vulneráveis ao agravamento da doença.
Assista ao vídeo do Ministério da Saúde MPOX: saiba 
mais sobre a doença e o cenário atual no Brasil. Para 
isto, clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE.
https://www.youtube.com/watch?v=Nu9gRFQ3zX4
https://www.youtube.com/watch?v=Nu9gRFQ3zX4
203
Quadro 2 - Quadro comparativo: Influenza, Febre do Oropouche e Mpox
Característica Influenza Febre do 
Oropouche Mpox
Agente 
etiológico
Vírus da família 
Orthomyxoviridae (Tipos 
A, B e C)
Vírus Oropouche 
orthobunyavirus 
(Peribunyaviridae)
Vírus Monkeypox 
(Orthopoxvirus)
Modo de 
transmissão
Gotículas respiratórias, 
contato com superfícies 
contaminadas
Picada do 
mosquito 
Culicoides 
paraensis 
(maruim) e Culex 
quinquefasciatus
Contato direto com 
lesões, fluidos 
corporais, objetos 
contaminados e 
gotículas 
respiratórias
Sintomas 
principais
Febre alta, tosse, coriza, 
fadiga, dor de cabeça e 
dor muscular
Febre, dor de 
cabeça intensa, 
mialgia, artralgia, 
fotofobia, náuseas 
e vômitos
Febre, 
linfadenopatia 
(inchaço dos 
linfonodos), 
erupção cutânea 
evoluindo para 
crostas
Grupos de risco
Idosos, crianças, 
gestantes, 
imunossuprimidos e 
pessoas com doenças 
crônicas
Populações 
expostas a áreas 
endêmicas e 
trabalhadores 
rurais
Profissionais de 
saúde, 
imunossuprimidos 
e pessoas com 
contato direto com 
infectados
Complicações
Pneumonia 
viral/bacteriana, 
insuficiência respiratória
Sintomas 
neurológicos leves 
em alguns casos
Infecções 
secundárias, 
cicatrizes 
permanentes, 
complicações em 
imunossuprimidos
Prevenção
Vacinação anual, higiene 
das mãos, etiqueta 
respiratória, evitar 
aglomerações
Controle de 
vetores, 
eliminação de 
criadouros, uso de 
repelentes e telas 
protetoras
Isolamento de 
casos, uso de EPIs, 
higienização 
frequente das 
mãos
Tratamento
Sintomático; em casos 
graves, antivirais como 
Oseltamivir (Tamiflu®)
Sintomático 
(analgésicos e 
antitérmicos); 
evitar uso de ácido 
acetilsalicílico
Sintomático; em 
casos específicos, 
antivirais como 
Tecovirimat
Distribuição 
geográfica
Global, com surtos 
sazonais
Regiões tropicais 
da América do Sul, 
especialmente na 
Amazônia
Principalmente na 
África Ocidental e 
Central, com surtos 
registrados em 
outros continentes
Notificação 
compulsória?
Apenas casos graves e 
surtos
Sim, em áreas 
endêmicas
Sim, pelo Ministério 
da Saúde
Fonte: elaborado pelo autor.
09
RETROSPECTIVA
205
Nessa disciplina, estudamos diversas doenças, seus agentes etiológicos, 
principais vetores e agravos, com destaque para aquelas que apresentam 
maior relevância sanitária no contexto da Saúde Pública. Ao longo desse 
processo, vimos como as ações educativas têm papel fundamental no 
controle das doenças que se espalham nas comunidades.
Você, ACE, é protagonista nesse trabalho.
Sua experiência na aplicação das ações educativas discutidas aqui é 
essencial para transformar a realidade local, promovendo mudanças 
positivas e fortalecendo uma educação que gera saúde no SUS. 
Agora, é sua vez! Participe das atividades propostas, exercite o seu 
protagonismo e coloque em prática todo o conhecimento adquirido. 
E lembre-se! Você deve, sempre, buscar informações sobre essa temática 
para recordar, refletir e ampliar seus conhecimentos. Faça a diferença na 
vida das pessoas em sua comunidade!
Até a próxima disciplina!
REFERÊNCIAS
10
AMATO, N. V. et al. Parasitologia: uma abordagem clínica. 1. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2008. p. 456.
BURTON, G. R. W.; ENGELKIRK, P. G. Microbiologia para Ciências da Saúde. 7. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 444 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Controle de vetores: procedimentos de 
segurança. Brasília, 2001. 208 p. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/controle_vetores.pdf. 
Acesso em: 25 fev. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos 
Estratégicos. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material 
biológico. Brasília, 2004. 60 p. Disponível em: 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/contencaocomagentesbi
ologicos.pdf. Acesso em: 25 fev. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de vigilância e controle da peste. Brasília, 
2008a. 92 p. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_p
este.pdf. Acesso em: 25 fev. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de 
Notificação e Investigação:Toxoplasmose gestacional e congênita [recurso 
eletrônico] Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, 
Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília : 
Ministério da Saúde, 2018b. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_notificacao_investig
acao_toxoplasmose_gestacional_congenita.pdf. Acesso em: 07 fev. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Levantamento 
Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) para vigilância entomológica 
do Aedes aegypti no Brasil: metodologia para avaliação dos índices de 
Breteau e Predial e tipo de recipientes. Brasília: Ministério da Saúde, 2013a. 84 
p. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_liraa_2013.pdf. Acesso 
em: 10 fev. 2025.
207
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/controle_vetores.pdf
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/contencaocomagentesbiologicos.pdf
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/contencaocomagentesbiologicos.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_peste.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_peste.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_notificacao_investigacao_toxoplasmose_gestacional_congenita.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_notificacao_investigacao_toxoplasmose_gestacional_congenita.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_liraa_2013.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento 
de Vigilância Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle 
de epidemias de dengue. Brasília: Ministério da Saúde, 2009a. p.160. Disponível 
em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_prevenca
o_controle_dengue.pdf. Acesso em: 25 fev. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento 
de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância, prevenção e controle das 
hantaviroses. Brasília, 2013b. 94 p. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_prevencao
_controle_hantaviroses.pdf. Acesso em: 25 fev. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de vigilância e controle da leishmaniose 
visceral. 1. ed., 5. reimpr. Brasília, 2014. 120 p. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_le
ishmaniose_visceral_1edicao.pdf. Acesso em: 25 fev. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento 
de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Biocontenção: o gerenciamento do 
risco em ambientes de alta contenção biológica NB3 e NBA3. Brasília, 2015. 134 
p. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/biocontencao_gerenciamento
_risco_ambientes_alta_contencao.pdf. Acesso em: 25 fev. 2025. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de vigilância, prevenção e controle de 
zoonoses: normas técnicas e operacionais. Brasília, 2016. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_prevencao
_controle_zoonoses.pdf. Acesso em: 25 fev. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos 
Estratégicos. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema 
Único de Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Doença de 
Chagas: relatório de Recomendação. Brasília, DF, 2018a. 145 p. Disponível em: 
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/d
oenca-de-chagas/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-doenca
-de-chagas-_-relatorio-de-recomendacao.pdf/view. Acesso em: 25 fev. 
2025. 
208
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_prevencao_controle_dengue.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_prevencao_controle_dengue.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_prevencao_controle_hantaviroses.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_prevencao_controle_hantaviroses.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_leishmaniose_visceral_1edicao.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_leishmaniose_visceral_1edicao.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/biocontencao_gerenciamento_risco_ambientes_alta_contencao.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/biocontencao_gerenciamento_risco_ambientes_alta_contencao.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_prevencao_controle_zoonoses.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_prevencao_controle_zoonoses.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/doenca-de-chagas/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-doenca-de-chagas-_-relatorio-de-recomendacao.pdf/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/doenca-de-chagas/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-doenca-de-chagas-_-relatorio-de-recomendacao.pdf/view
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BRASIL. Ministério da Saúde. Manual sobre Medidas de Proteção à Saúde dos 
Agentes de Combate às Endemias. Volume 1: Arboviroses Transmitidas pelo 
Aedes aegypti. Brasília, 2019. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_protecao_agentes_e
ndemias.pdf. Acesso em: 25 fev. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. 
Departamento de Ações Estratégicas de Epidemiologia e Vigilância em 
Saúde e Ambiente. Guia de vigilância em saúde: volume 1 [recurso 
eletrônico]. 6. ed. rev. Brasília, 2024a. Disponível em: 
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vi
gilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-1-6a-edicao/view. Acesso 
em: 25 fev. 2025. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. 
Departamento de Ações Estratégicas de Epidemiologia e Vigilância em 
Saúde e Ambiente. Guia de vigilância em saúde: volume 2 [recurso 
eletrônico]. 6. ed. rev. Brasília, 2024b. Disponível em: 
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vi
gilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-2-6a-edicao/view. Acesso 
em: 25 fev. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. 
Departamento de Ações Estratégicas de Epidemiologia e Vigilância em 
Saúde e Ambiente. Guia de vigilância em saúde: volume 3 [recurso 
eletrônico]. 6. ed. rev. Brasília, 2024c. Disponível em: 
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vi
gilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-3-6a-edicao/view. Acesso 
em: 25 fev. 2025.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. 
Departamento de Emergências em Saúde Pública. Departamento de 
HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente 
Transmissíveis Plano de contingência nacional para mpox por nova cepa 
viral [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em 
Saúde, Departamento de Emergências em Saúde Pública. Departamento de 
HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente 
Transmissíveis – Brasília : Ministério da Saúde, 2025.
209
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_protecao_agentes_endemias.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_protecao_agentes_endemias.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-1-6a-edicao/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-1-6a-edicao/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-2-6a-edicao/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-2-6a-edicao/viewesse tema, 
tendemos a pensar que o vírus, a bactéria 
ou o parasito estão sempre dentro do vetor. 
Mas é importante ressaltar que isso pode 
ocorrer de forma diferente. Você se lembra 
do conteúdo da aula Noções de 
Microbiologia e Parasitologia do curso? 
Vamos resgatar alguns elementos 
sobre o parasitismo que você 
estudou lá?
 
Então, apenas para relembrar, o agente etiológico é considerado o agente 
infeccioso responsável por causar doenças infecciosas com potencial de 
transmissão para outros seres vivos, da mesma espécie ou não, e o 
hospedeiro é uma pessoa ou animal vivo que, em circunstâncias naturais, 
permite a subsistência e o alojamento de um agente infeccioso (BRASIL, 
2024c). 
O parasito tem uma 
dependência do hospedeiro 
e fica alojado internamente 
nele, como no caso de 
vermes e protozoários.
Fonte: NEVES, 2008.
ENDOPARASITAS
Parasito vive na parte 
externa, sobre o hospedeiro 
(na pele ou pelo), como o 
carrapato e a pulga.
Fonte: NEVES, 2008.
O parasitismo é a relação desarmônica entre espécies 
diferentes, sendo que um (parasito) se beneficia e o 
outro (hospedeiro) é prejudicado. Esse fenômeno ocorre, 
basicamente, de duas formas: 
Antes de prosseguir a leitura, tente se lembrar de 
alguns outros parasitos que você conhece e procure 
classificá-los como ectoparasitos ou endoparasitos. 
Todos esses que você pensou apresentam a mesma 
gravidade à população humana? Veremos que não. 
ECTOPARASITOS
20
Temos duas ectoparasitoses, que são importantes 
por sua frequência na população, mas que não 
causam grandes complicações ao ser humano. 
Conseguem se lembrar quais são? 
As duas principais ectoparasitoses são:
As duas doenças têm maior frequência na infância, sendo de fácil 
transmissão, principalmente pelo período de contato próximo e 
duradouro de crianças nas creches e escolas, podendo, assim, 
acometer várias pessoas da mesma família ou instituição. Outro 
aspecto compartilhado pelas duas doenças é que, apesar de terem alta 
transmissibilidade, apresentam baixa letalidade e baixa taxa de 
complicações importantes. 
PEDICULOSE
(piolho)
ESCABIOSE
(sarna)
Agora que você já resgatou alguns 
conceitos, que tal conhecermos um pouco 
mais sobre a pediculose e a escabiose? 
21
As mulheres são infestadas com mais 
frequência do que os homens, 
provavelmente devido ao contato mais 
frequente cabeça com cabeça. 
A pediculose se manifesta como uma infestação por piolho na 
cabeça e no corpo humano, Pediculus humanus (P.h). 
Existem duas subespécies, o piolho da cabeça (P. h. capitis) e o piolho do 
corpo (P. h. humanus) (VERACX; RAOULT, 2012). Eles são ectoparasitas cujos 
únicos hospedeiros conhecidos são os humanos. 
22
Os piolhos do corpo também são cosmopolitas, mas são menos comuns e 
geralmente vistos em cenários de pobreza, guerra e falta de moradia. 
Crianças em idade pré-escolar e 
primária, de 3 a 11 anos de idade, 
são infestadas com mais 
frequência. 
O tamanho e a quantidade de cabelos estão relacionados com a 
infestação de piolhos, por isso a indicação de cortar o cabelo como 
medida de controle. 
A pediculose do couro cabeludo não está relacionada com o tamanho dos 
cabelos, mas sim com o diâmetro e o espaçamento entre os fios de cabelo, 
tendo preferência pelos mais espessos e os mais densamente implantados. 
Assim, ao contrário da falsa crença de que "quanto mais cabelos, mais 
piolhos", seria de interesse enfatizar que o P. h. capitis é um habitante normal 
do couro cabeludo, e não dos cabelos (NEVES, 2016).
Apesar de encontrarmos a pediculose, causada pelo P. 
h. capitis com mais frequência em meninas, vale a pena 
verificar se é mito ou verdade que:
23
24
Por serem ectoparasitas, os piolhos de cabeça conseguem sobreviver fora 
do couro cabeludo por até, aproximadamente, dois dias, pois apresentam 
uma dependência metabólica apenas parcial, mas não conseguem “voar” 
para outro hospedeiro. Sendo assim, sua transmissão ocorre, 
preferencialmente, pelo contato direto com os cabelos da pessoa infestada. 
Acesse o material do Ministério da Saúde: Atenção 
Primária Prisional - Guia Prático: Dermatologia e 
saiba mais. Clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE.
A maioria das infestações de piolhos é 
assintomática. 
Quando os sintomas são notados, eles podem incluir uma sensação de 
cócegas, de algo se movendo no cabelo, coceira, causada por uma 
reação alérgica à saliva do piolho, e irritabilidade. Infecção bacteriana 
secundária pode ser uma complicação (VERACX; RAOULT, 2012). 
https://www.gov.br/senappen/pt-br/assuntos/noticias/atencao_primaria_prisional_guia_dermatologia.pdf
https://www.gov.br/senappen/pt-br/assuntos/noticias/atencao_primaria_prisional_guia_dermatologia.pdf
Ao passar o pente fino em cabelos de pessoas com pediculose, 
para retirar o parasito e as lêndeas, é importante massagear o 
cabelo com óleo ou azeite.
Se possível, massagear o cabelo com óleo/azeite antes de passar o pente 
fino. Isso imobilizará o parasito, fazendo com que a extração seja mais eficaz 
(NEVES, 2008). 
25
O controle/tratamento da pediculose, causada pelo piolho da cabeça (P. h. 
capitis), consiste, basicamente, em lavar os cabelos com shampoos e 
aplicação de loções específicas para pediculose, além de realizar a 
remoção total dos parasitos e seus ovos (lêndeas). 
Todas as pessoas de convívio frequente com a criança também devem ser 
examinadas e tratadas, se necessário (NEVES, 2016). Outro mito e verdade 
importante de ser discutido é:
16
Você sabe quais são os cuidados necessários para 
controlar a pediculose? Assista ao vídeo do Núcleo 
Telessaúde Estadual do Rio Grande do Sul intitulado: 
Quer saber mais sobre Cuidados com a pediculose: o 
piolho. 
Para isto, clique aqui ou aponte a câmera de seu celular 
e escaneie o QR CODE.
E a escabiose? O que é? 
O agente etiológico da escabiose é o Sarcoptes 
scabiei, ácaro da sarna humana, que é 
endêmico em países em desenvolvimento por 
sua disseminação ter associação com pessoas 
de menor poder aquisitivo (maior 
aglomeração), condições sanitárias precárias e 
compartilhamento de objetos contaminados. 
O contágio ocorre, essencialmente, de duas 
formas: contato direto, íntimo e duradouro com 
pessoa infectada ou contato duradouro, 
frequente e íntimo com objetos contaminados, 
como roupas, lençóis e toalhas compartilhados.
Apesar do termo estar em desuso, devido às 
características pejorativas, a escabiose ainda 
é popularmente conhecida como sarna e, em 
algumas regiões do país, como pereba, 
curuba, pira e quibá (BRASIL, 2005). 
26
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13384/1/Telessauders_pediculose.mp4
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13384/1/Telessauders_pediculose.mp4
54
Os ácaros adentram na pele e causam 
erupções, comuns nas mãos, nos pulsos, 
cotovelos, joelhos, peito e pênis.
A coceira intensa, pior à noite, é o principal 
sintoma, mesmo em áreas sem ácaros 
visíveis. Em imunocomprometidos, idosos ou 
institucionalizados, a escabiose crostosa 
forma crostas espessas com muitos ácaros, 
mas pouca coceira. Complicações podem 
surgir de infecções bacterianas secundárias.
A sarna que acomete gatos e cachorros não é a mesma sarna que 
acomete humanos. Embora os ácaros responsáveis pela escabiose 
em animais domésticos possam, eventualmente, atingir pessoas, 
essa infestação é acidental e temporária, pois o parasito não 
consegue completar seu ciclo de vida no organismo humano.
IMPORTANTE!
Quer saber mais sobre o modo de transmissão? 
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Primária Prisional - Guia Prático: Dermatologia. Para 
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Outro ponto importantehttps://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude-volume-3-6a-edicao/view
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https://mecred.mec.gov.br/recurso/360526
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Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.br
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.bré adotar 
medidas como: lavar as roupas de 
banho e de cama com água quente 
(pelo menos a 55°C); aderir ao uso 
individualizado de roupas, toalhas e 
lençóis; e cortar as unhas. 
 
A probabilidade de contágio das 
pessoas mais próximas (integrantes 
da família, creche e instituição) é 
grande, sendo também importante 
a investigação e o tratamento dos 
comunicantes.
28
O tratamento tanto da pediculose 
quanto da escabiose é feito por 
meio de medicações tópicas e 
orais. 
Não são doenças de notificação 
compulsória, mas, pela alta 
contagiosidade, é importante que 
a pessoa seja afastada das 
atividades até iniciar o tratamento, 
assim como é fundamental que a 
população saiba dos cuidados 
necessários (BRASIL, 2005). 
Manter a doença sob controle é o 
grande objetivo, pois, assim, 
evitam-se os surtos. 
Agora que revisamos os principais 
conceitos, é hora de avançar! Vamos 
seguir juntos nesta jornada de 
conhecimento. 
Para começar, nosso próximo passo é 
entender melhor as arboviroses. Vamos lá?
ARBOVIROSES: Dengue, 
Zika, Chikungunya, 
Febre amarela, Febre 
do Nilo, Febre Mayaro 
e Febre Oropouche
02
Nesta temática, abordaremos as principais arboviroses, reconhecidas 
como problemas de Saúde Pública no país, nas quais sua atuação como 
ACE, em parceria com o(a) ACS, é essencial para a prevenção, o controle e 
a orientação da comunidade.
30
Ambos desenvolvem ”atividades de promoção da saúde, de prevenção de 
doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, 
além de Vigilância em Saúde, por meio de visitas domiciliares regulares e 
de ações educativas individuais e coletivas” (BRASIL, 2017a).
Este é um campo de atuação compartilhado, no qual o(a) ACE também 
executa “ações de controle de doenças utilizando as medidas de controle 
mecânico, químico, biológico, manejo ambiental e outras ações de 
manejo integrado de vetores”, quando necessário (BRASIL, 2017a). 
Iniciaremos a discussão pelas arboviroses urbanas, que têm como vetor o 
mosquito Aedes aegypti, seguidas das arboviroses de transmissão silvestre.
Algumas arboviroses têm destaque nas discussões sobre doenças 
transmitidas por vetores, como Dengue, Zika, Chikungunya e Febre 
Amarela, devido à sua emergência e reemergência no país e por serem 
problemas de saúde pública mundial. 
Vejamos!
As arboviroses apresentam algumas características em comum, 
como sintomatologia semelhante, mesmo vetor e formas de 
transmissão similares, mas também apresentam características 
distintas, como grau de gravidade, letalidade e prevalência, que 
precisam ser conhecidas, pois impactarão no manejo dos casos. 
Os serviços de saúde e os profissionais neles atuantes precisam estar 
atentos a essas características, pois isso ajudará na adoção das 
medidas mais assertivas para a prevenção e o controle da doença.
VALE DESTACAR!
31
Alguns vírus conseguem entrar no 
sistema nervoso e afetar o cérebro 
e os nervos do corpo. As 
manifestações neurológicas 
associadas a infecções virais 
prévias por arbovírus representam 
uma realidade no Brasil. 
Dentre as principais complicações 
neurológicas observadas em 
pacientes infectados, destacam-se 
encefalite, meningoencefalite, 
mielite e síndrome de Guillain-Barré 
(SGB) (BRASIL, 2023).
Mas por que esses insetos são de 
importância para a Saúde Pública?
32
Você sabe o que são arboviroses? 
As Arboviroses são doenças causadas por vírus 
transmitidos por artrópodes hematófagos, sendo que 
a maioria dos arbovírus de importância em saúde 
pública pertencem aos gêneros Flavivirus, Alphavirus 
ou Orthobunyavirus, que são transmitidos a partir da 
picada de insetos. Destaca-se, neste cenário, a 
Dengue, a Chikungunya e a Zika como vírus 
neuroinvasivos de maior interesse epidemiológico no 
Brasil (BRASIL, 2017a). 
Esses insetos são os principais 
vetores de arboviroses de ciclo 
urbano (Dengue, Chikungunya e 
Zika) de alta prevalência e alto risco 
para a população. A identificação 
do inseto vetor se faz necessária 
para que os programas de vigilância 
e controle das populações de 
insetos sejam realizados 
corretamente e de forma eficaz, 
assim como as orientações para a 
prevenção e o manejo ambiental. O 
Brasil, como país de extensão 
territorial importante, com presença 
de vegetação tropical e clima 
quente, além de apresentar cidades 
populosas, com aglomerados 
urbanos invadindo espaços rurais e 
áreas de mata, torna-se o local com 
as principais características para a 
disseminação desses insetos.
33
O trabalho realizado pelo Ministério da Saúde do Brasil para a prevenção e o 
controle das arboviroses – Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela – 
ganhou destaque, em 2022, na reunião Global Integrated Arboviruses 
Initiative, promovida pela OMS.
Que tal ler a matéria divulgada no site do Ministério da 
Saúde: Brasil integra debate da OMS sobre iniciativa 
global de controle das arboviroses? Clique aqui ou 
aponte a câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
Como muitas dessas arboviroses são 
causadas por um mesmo vetor transmissor, 
vamos fazer uma divisão por vetor transmissor, 
para que as ações de prevenção e controle 
possam ser abordadas conjuntamente, e as 
similaridades e diferenças sejam evidenciadas. 
Você sabe qual é o mosquito mais relevante no Brasil, responsável pela 
transmissão de várias doenças urbanas, incluindo uma que não é 
transmitida dessa forma há mais de 80 anos?
Se você pensou no Aedes aegypti, acertou!
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/marco/brasil-integra-debate-da-oms-sobre-iniciativa-global-de-controle-das-arboviroses
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/marco/brasil-integra-debate-da-oms-sobre-iniciativa-global-de-controle-das-arboviroses
O Aedes aegypti é um mosquito que se desenvolve na água limpa e 
parada, em locais quentes, como as regiões tropicais e subtropicais. O 
repasto sanguíneo das fêmeas, assim como a oviposição, ocorre quase 
sempre durante o dia, nas primeiras horas da manhã e ao anoitecer (BRASIL, 
2016). 
É um mosquito essencialmente urbano, cujo ciclo de vida se completa após 
quatro fases: ovo, larva, pupa e adultos, conforme apresenta a Figura 1. 
O Aedes aegypti tem papel de destaque nas ações de Saúde Pública, visto 
que, comprovadamente, é o principal vetor de transmissão das arboviroses 
urbanas: Dengue, Chikungunya e Zika, doenças essas de disseminação 
nacional (BRASIL, 2024a). 
A Febre Amarela de ciclo urbano também é transmitida pelo Aedes aegypti, 
mas sua transmissão em meio urbano não ocorre desde 1942. 
34
35
As arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti constituem-se 
como um dos principais problemas de saúde pública no mundo (BRASIL, 
2024a), sendo a Dengue a arbovirose urbana de maior relevância nas 
Américas. “As infecções por arbovírus podem resultar em um amplo 
espectro de síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres 
hemorrágicas e formas neuroinvasivas. Entretanto, a maior parte das 
infecções humanas por arbovírus são assintomáticas ou oligossintomáticas 
(poucos e leves sintomas)” (BRASIL, 2017c, p.7). Esse é um mosquito de hábito 
hematófago, pertencente à ordem Diptera, subordem Nematocera, família 
Culicidae (BRASIL, 2016, p. 43). 
Figura 1 - Ciclo de vida do Aedes aegypti
Fonte: RESEARCHGATE, 2025. Disponível em: 
https://www.researchgate.net/figure/Figura-13-Ciclo-de-vida-dos-mosquitos
-Aedes-aegypti-e-Ae-albopictus-Figura-adaptada-de_fig7_361998349. 
Acesso em: 07 set. 2025.
Agora que você sabe um pouco mais sobre o 
mosquito Aedes aegypti e sobre arboviroses, 
que tal aprofundarmos seu conhecimento 
sobre as doenças: Dengue, Zika, Chikungunya?
https://www.researchgate.net/figure/Figura-13-Ciclo-de-vida-dos-mosquitos-Aedes-aegypti-e-Ae-albopictus-Figura-adaptada-de_fig7_361998349
https://www.researchgate.net/figure/Figura-13-Ciclo-de-vida-dos-mosquitos-Aedes-aegypti-e-Ae-albopictus-Figura-adaptada-de_fig7_361998349A Dengue é uma arbovirose de destaque no Brasil e nas Américas, 
apresentando crescimento significativo nas últimas décadas e 
representando um risco importante à Saúde Pública mundial. De acordo 
com o Ministério da Saúde, em 2024, o Brasil registrou 6,5 milhões de casos 
prováveis de Dengue, com 5.536 mortes confirmadas e 1.591 óbitos em 
investigação (COFEN, 2024).
Transmissão: a transmissão da Dengue ocorre por meio da picada da 
fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada pelo vírus da Dengue (DENV), 
pertencente ao gênero Flavivirus e à família Flaviviridae. A doença pode 
acometer pessoas de todas as idades, mas é mais prevalente em adultos 
jovens (BRASIL, 2025). Existem quatro sorotipos distintos do vírus da Dengue: 
DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Uma infecção por um desses sorotipos 
confere imunidade permanente apenas contra o sorotipo específico, 
proporcionando imunidade vitalícia contra o sorotipo adquirido (homóloga), 
mas apenas imunidade parcial e temporária para outros sorotipos 
(heteróloga). No Brasil, atualmente, circulam os quatro sorotipos da doença 
(PORTAL SINAN, 2025).
DENGUE
36
Recentemente, houve um aumento nos casos 
relacionados ao sorotipo DENV-3, 
especialmente nos estados de São Paulo, 
Minas Gerais, Amapá e Paraná. O DENV-3 não 
circulava de forma predominante no país 
desde 2008, o que preocupa as autoridades 
de saúde, pois grande parte da população 
está suscetível a esse sorotipo. 
Fatores como urbanização desordenada, saneamento básico inadequado e 
mudanças climáticas contribuem para a proliferação do Aedes aegypti e a 
disseminação das arboviroses. A doença possui um padrão sazonal, com 
um aumento do número de casos e risco de epidemias, principalmente 
entre os meses de outubro e maio (BRASIL, 2025). 
16
Consulte o site do Ministério da Saúde intitulado: Dengue 
- Situação Epidemiológica. Para isto, clique aqui ou 
aponte a câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
Diante desse cenário, é fundamental intensificar as 
medidas de prevenção e controle, como a 
eliminação de criadouros do mosquito, as 
campanhas de conscientização e o fortalecimento 
dos sistemas de Vigilância em Saúde, para mitigar o 
impacto da Dengue na população.
16
Acesse o site do Conselho Federal de Enfermagem 
(COFEN) e leia a notícia: Dengue aumentou 400% no 
Brasil em 2024 em comparação ao ano passado. Para 
isto, clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE.
37
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue
https://www.cofen.gov.br/dengue-aumentou-400-no-brasil-em-2024-em-comparacao-ao-ano-passado/
https://www.cofen.gov.br/dengue-aumentou-400-no-brasil-em-2024-em-comparacao-ao-ano-passado/
Acesse, também, o site Agência Brasil e leia o destaque 
Dengue: sorotipo 3 volta a circular no país e preocupa 
autoridades. Para isto, clique aqui ou aponte a câmera 
de seu celular e escaneie o QR CODE.
Agora, acesse o site da Biblioteca Virtual em Saúde do 
Ministério da Saúde (BVSMS). Consulte o manual 
Dengue: aspectos epidemiológicos, diagnóstico e 
tratamento. Para isto, clique aqui ou aponte a câmera 
de seu celular e escaneie o QR CODE.
Acesse o site Portal SINAN – Sistema de Informação de 
Agravos de Notificação e fique por dentro do tópico 
Dengue – Notificações e Dados Epidemiológicos. 
Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE.
Por que a presença do sorotipo 
DENV4, no Brasil, é preocupante? 
38
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-01/dengue-sorotipo-3-volta-circular-no-pais-e-preocupa-autoridades
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-01/dengue-sorotipo-3-volta-circular-no-pais-e-preocupa-autoridades
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamento.pdf
https://portalsinan.saude.gov.br/dengue
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamento.pdf
https://portalsinan.saude.gov.br/dengue
A circulação de mais um sorotipo do vírus da Dengue aumenta a chance de 
uma pessoa ser infectada por diferentes sorotipos ao longo da vida. Quando 
uma pessoa contrai um novo sorotipo após uma infecção anterior, o risco de 
desenvolver Dengue grave, e até morrer, se torna maior.
A Dengue é uma doença febril aguda, que pode oscilar 
de casos leves e assintomáticos a casos graves. 
De forma geral, essa arbovirose apresenta curso de evolução benigna, mas 
pode causar óbito. 
Outro ponto importante de salientar é que a principal forma de 
transmissão é a vetorial, que ocorre pela picada de fêmeas de Aedes 
aegypti infectadas, no ciclo humano-vetor-humano. 
Sendo assim, a transmissão da doença ocorre a partir da picada da 
fêmea do mosquito vetor em uma pessoa sadia, e a fêmea do Aedes 
aegypti adquire o vírus, ao picar uma pessoa doente. Uma vez infectado, 
este vetor continua a transmitir a doença durante toda a sua vida. 
O mosquito Aedes aegypti adulto, que transmite doenças como Dengue, 
Chikungunya e Febre Amarela urbana, apresenta-se na imagem abaixo:
É de cor escura 
Tem faixas 
brancas nas 
patas 
Possui um 
desenho 
em forma 
de lira nas 
costas 
39
40
Seus ovos são depositados pela fêmea, nas paredes internas dos 
depósitos, que servem como criadouros.
A fase larval do Aedes aegypti é influenciada por fatores como 
temperatura, disponibilidade de alimento e densidade das larvas 
no criadouro.
As fêmeas se alimentam de sangue e depositam seus ovos, 
geralmente durante o dia, nas primeiras horas da manhã e ao 
anoitecer. 
Elas são atraídas por recipientes escuros ou sombreados, com 
superfícies ásperas, onde colocam os ovos, distribuindo-os em 
diferentes locais (BRASIL, 2023).
Diagnóstico: O diagnóstico pode ser atrasado, pois, como as pessoas 
infectadas com Dengue podem demorar a procurar e a ser atendidas pelos 
serviços de saúde após o início dos sintomas, ou apresentar sinais clínicos 
semelhantes a outras arboviroses, os profissionais de saúde podem 
apresentar dificuldades na suspeita inicial e, consequentemente, na adoção 
adequada do manejo clínico. Isso pode predispor esses indivíduos à 
ocorrência de formas graves da doença e, de forma mais esporádica, ao 
óbito. Na figura 2, é possível fazer essa comparação.
41
Figura 2 - Principais sintomas dos arbovírus: Dengue, 
Chikungunya e Zika
Fonte: BUTANTAN, 2024. Disponível em: 
https://butantan.gov.br/noticias/saiba-diferenciar-os-sintomas-de-dengue-chi
kungunya-e-zika-e-conheca-as-possiveis-complicacoes-de-cada-doenca. 
Acesso em: 07 set. 2025.
Outro ponto comum entre a Dengue, a 
Chikungunya e a Zika é que essas 
arboviroses podem ser transmitidas ao 
homem por via vetorial, vertical e 
transfusional, sendo a frequência de cada 
via diferente entre elas, conforme 
podemos ver no Quadro 1.
https://butantan.gov.br/noticias/saiba-diferenciar-os-sintomas-de-dengue-chikungunya-e-zika-e-conheca-as-possiveis-complicacoes-de-cada-doenca
https://butantan.gov.br/noticias/saiba-diferenciar-os-sintomas-de-dengue-chikungunya-e-zika-e-conheca-as-possiveis-complicacoes-de-cada-doenca
42
Quadro 1 - Descrição da transmissão das arboviroses Dengue, 
Chikungunya e Zika, segundo via vetorial, vertical e transfusional
Fonte: BRASIL, 2024a.
  Dengue 
(DENV)
Chikungunya 
(CHIK) Zika (ZIKV)
Vetorial Mais frequente Mais frequente Mais frequente
Vertical Raros
Gestantes 
virêmicas podem 
provocar infecção 
neonatal grave 
(raro sede uma epidemia de 
Dengue cresce. Isso ocorre porque muitos dos fatores que contribuem para 
essa situação são provocados pelas ações humanas no ambiente urbano, 
como o aumento da quantidade de criadouros de mosquitos. 
Além disso, o aumento de temperaturas ocasionado pelo aquecimento 
global contribui para a mais rápida evolução do ciclo do vetor e, 
consequentemente, da infestação. Conforme já foi destacado, esse cenário 
também favorece a propagação de outras doenças urbanas transmitidas 
pelo mesmo vetor, a fêmea do mosquito Aedes aegypti, como a 
Chikungunya e Zika.
Agora que você já leu sobre a principal arbovirose 
circulante no país, que tal conhecermos um pouco 
sobre a outras duas arboviroses transmitidas pelo 
mosquito Aedes aegypti? A Chikungunya e a Zika?
Fonte: BRASIL, 2024a.
A Chikungunya é causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), pertencente ao 
gênero Alphavirus, da família Togaviridae, que é transmitido ao ser humano 
por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Essa arbovirose 
possui quatro genótipos: Oeste Africano, Oceano Índico (IOL), 
Leste-Centro-Sul Africano (ECSA) e Asiático, sendo encontrados no Brasil 
apenas os dois últimos (BRASIL, 2023). 
CHIKUNGUNYA
43
O vírus também pode ser 
transmitido durante o parto, por 
gestantes que estão em fase de 
viremia (período de transmissão 
da doença, o que pode ocasionar 
infecções neonatais graves) 
(BRASIL, 2023). A Chikungunya 
apresenta baixa letalidade, mas 
alta taxa de ataque (75%-95%). 
Esta taxa mede a proporção de 
novos casos de determinada 
doença, o que pode provocar 
epidemias, devido à densidade do 
vetor, à presença de indivíduos 
susceptíveis e à intensa circulação 
de pessoas em áreas endêmicas 
(BRASIL, 2024a). 
44
No Brasil, os primeiros casos confirmados datam de 2014, nos estados do 
Amapá e da Bahia, mas, atualmente, essa é uma doença disseminada em 
todo o país (BRASIL, 2017a), apresentando três fases clínicas: 
• Fase aguda: dura de 5 a 14 dias, sendo caracterizada pelo 
surgimento súbito de febre alta (acima de 38,5°C) e intensa 
poliartralgia (dor em mais de quatro articulações), 
frequentemente acompanhada de cefaleia (dor de cabeça), 
mialgia (dor muscular), fadiga e exantema (irritação avermelhada 
na pele). As manifestações gastrointestinais, como náuseas, 
vômitos e diarreia, se manifestam especialmente em crianças. Nos 
idosos, a febre pode estar ausente, dificultando o diagnóstico.
• Fase pós-aguda: pode durar até três meses, podendo os sintomas 
articulares persistir ou se agravar. Quando os sintomas persistem 
por mais de três meses, considera-se instalada a fase crônica.
• Fase crônica: afeta significativamente a qualidade de vida dos 
pacientes, já que a dor musculoesquelética e neuropática estará 
persistente (BRASIL, 2023). 
Por isso o nome Chikungunya, que, em Makonde, significa 
“aqueles que se dobram”, descrevendo a aparência 
encurvada de pessoas que sofrem com a artralgia 
característica da doença (BRASIL, 2017a). Quanto à 
suscetibilidade e imunidade desenvolvida para o vírus CHIKV, 
acredita-se que também seja duradoura e protetora contra 
novas infecções, mesmo que produzida por diferentes 
genótipos desse vírus. 
TOME NOTA!
A Zika é causada pelo vírus Zika (ZIKV), do gênero Flavivirus, pertencente à 
família Flaviviridae. São conhecidas duas linhagens do vírus: uma africana e 
outra asiática (BRASIL, 2024a). Essa arbovirose é transmitida principalmente 
pela picada do mosquito (vetorial) Aedes aegypti, mas também pode 
ocorrer por outras vias. A transmissão vertical acontece quando o vírus é 
passado da gestante para o feto, podendo causar a Síndrome Congênita 
do Zika, associada a malformações como microcefalia. 
Além disso, há registros de transmissão transfusional, embora sua 
relevância ainda esteja em estudo. O vírus também pode ser transmitido 
sexualmente, com casos documentados de infecção persistente no sêmen 
por meses após a infecção inicial. Apesar disso, a transmissão sexual tem 
impacto reduzido na disseminação global da doença (BRASIL, 2017d).
ZIKA
45
A Zika é considerada uma arbovirose de manifestações clínicas 
leves e autolimitadas, sendo que 50% dos indivíduos infectados 
apresentam: exantema pruriginoso como queixa principal e, em 
alguns casos, artralgia, mas com menor intensidade do que a 
apresentada nos casos de Chikungunya (BRASIL, 2024a). 
VALE DESTACAR!
No entanto, devido ao seu potencial teratogênico, a Zika ganhou 
repercussão nacional por estar associada a casos graves de malformações 
congênitas (casos de microcefalia entre recém-nascidos), que, 
inicialmente, estavam restritos à região Nordeste (2015), mas depois foram 
disseminados para todo o país. No Brasil, a disseminação do ZIKV tem sido 
associada a um aumento da incidência de manifestações neurológicas 
graves (BRASIL, 2017c).
Não há evidências científicas que permitam assegurar o tempo de duração 
da imunidade conferida às pessoas infectadas pelos vírus Zika.
Para saber mais sobre a transmissão vertical do vírus 
Zika e suas consequências, como a síndrome 
congênita, consulte o material do Ministério da Saúde 
Orientações Integradas de Vigilância e Atenção à 
Saúde, com foco no monitoramento do crescimento 
e desenvolvimento de crianças, desde a gestação 
até a primeira infância, considerando, também, 
outras infecções congênitas dentro da capacidade 
operacional do SUS. 
Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE.
46
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_integradas_vigilancia_atencao_emergencia_saude_publica.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_integradas_vigilancia_atencao_emergencia_saude_publica.pdf
47
Como realizar o combate conjunto e efetivo ao Aedes 
aegypti, vetor de transmissão de arbovírus? 
Com o envolvimento de todos os segmentos da sociedade e um trabalho 
conjunto com os profissionais e serviços da área da saúde. As equipes de 
campo (ACE e ACS) devem estar integradas às equipes dos postos e outras 
unidades de assistência. Um ponto importante a ser considerado é a 
Portaria GM/MS nº 420, de 2 de março de 2022 (BRASIL, 2022), que altera o 
Anexo 1 do Anexo V da Portaria de Consolidação GM/MS nº 4, de 28 de 
setembro de 2017 (BRASIL, 2017e), determinando que Dengue, Chikungunya e 
Zika são doenças de notificação compulsória, obrigando a notificação de 
todo caso suspeito ou confirmado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica 
da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 
Além disso, a norma incluiu a síndrome congênita associada à infecção pelo 
vírus Zika na Lista Nacional de Notificação Compulsória. Já os óbitos por 
Dengue, os óbitos suspeitos de doença pelo vírus Zika e Febre de 
Chikungunya em áreas sem transmissão, bem como os óbitos suspeitos de 
Febre de Chikungunya, Febre Amarela, Febre do Nilo Ocidental e outras 
arboviroses de importância em Saúde Pública devem ser notificados ao 
Ministério da Saúde em até 24 horas.
Consulte as Fichas de notificação/investigação 
Dengue e Febre Chikungunya. Para isto, clique aqui ou 
aponte a câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
Saiba mais sobre a notificação dos casos de 
Dengue, Chikungunya e Zika.
Consulte as Fichas de notificação/conclusão Zika. Para 
isto, clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE.
Consulte a Instrucional de preenchimento da ficha de 
notificação/investigação Dengue e Chikungunya. Para 
isto, clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE.
48
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Dengue/Ficha_DENGCHIK_FINAL.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Dengue/Ficha_DENGCHIK_FINAL.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/NINDIV/Ficha_conclusao_v5.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/NINDIV/Ficha_conclusao_v5.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Dengue/Instrucional_DENGUE_CHIK.pdfhttp://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Dengue/Instrucional_DENGUE_CHIK.pdf
49
Os dados sobre os exames 
específicos disponíveis no 
Gerenciador de Ambiente 
Laboratorial (GAL) devem ser 
acrescentados às análises do 
SINAN, no sentido de se 
identificar a taxa de 
positividade para cada uma 
dessas arboviroses, evitando 
que se subestime a real 
situação do local. Além disso, o 
monitoramento detalhado dos 
arbovírus circulantes deve ser 
realizado de modo 
permanente, com o objetivo de 
detectar oportunamente a 
circulação viral de Dengue 
(sorotipos), Chikungunya e Zika. 
As medidas de Vigilância em Saúde 
contemplam ações diferenciadas, 
estabelecidas de acordo com a 
situação epidemiológica do 
município, do nível da infestação pelo 
Aedes aegypti e da circulação DENV, 
CHIKV e ZIKV em cada área. 
É importante que se compare a 
ocorrência de casos no ano em curso 
por semana epidemiológica, com a 
transmissão esperada para o local, e 
que se analisem as notificações de 
Dengue, Chikungunya e Zika de forma 
integrada, avaliando-se qual doença 
provavelmente predomina na 
localidade. 
Consulte a Instrucional de preenchimento da Ficha 
Conclusão Dengue e Chikungunya. Para isto, clique aqui 
ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/NINDIV/Ficha_conclusao_v5_instr.pdf
http://www.portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/NINDIV/Ficha_conclusao_v5_instr.pdf
50
Essa atividade é de fundamental importância, uma vez que a 
alternância dos sorotipos de Dengue e a 
introdução/reintrodução/predominância desses arbovírus estão 
relacionadas à ocorrência de epidemias. 
Ressalta-se que a Vigilância Laboratorial será empregada para 
atender às demandas da Vigilância Epidemiológica, visto que não é 
o seu propósito o diagnóstico de todos os casos suspeitos em 
situações de epidemia (BRASIL, 2024a). 
As principais medidas para o controle da transmissão das arboviroses 
preconizadas pelo Ministério da Saúde são a prevenção e o controle das 
populações do mosquito transmissor, conscientizando as pessoas sobre os 
riscos da evolução da doença e o manejo ambiental de espaços propícios a 
criadouros de vetores. 
51
Os(as) ACE realizam ações de bloqueio de transmissão a partir da 
ocorrência dos primeiros casos em determinada localidade, por meio da 
aplicação de inseticidas. As ações de controle vetorial englobam, também, 
medidas individuais, como o uso de telas e repelentes pelos indivíduos 
durante o período de viremia. 
Pensando no controle do vetor, os 
municípios são caracterizados como: 
Município não infestado (não foi 
observado o estabelecimento de 
população de vetor de forma 
disseminada em seu território); 
Município infestado sem transmissão 
de Dengue, Chikungunya e/ou Zika 
(apresenta disseminação e 
manutenção do vetor nos imóveis); 
Município infestado com história 
prévia de transmissão de Dengue, 
Chikungunya e/ou Zika (BRASIL, 2023). 
Assim, a partir da caracterização epidemiológica do município, 
utiliza-se as ações preconizadas para avaliação e controle da 
situação vetorial.
52
Realizar Vigilância Entomológica contínua para monitorar indicadores e 
redirecionar ações, incluindo o uso de armadilhas.
Aplicar larvicidas em recipientes que não possam ser eliminados ou 
manejados.
Intensificar o controle para reduzir mosquitos adultos ao serem 
detectados os primeiros casos.
Implantar vigilância ativa e virológica, com unidades sentinelas para 
monitorar a circulação viral.
Notificar e investigar 100% dos casos suspeitos, coletando material para 
exames laboratoriais.
Enviar amostras para biologia molecular, isolamento viral e sorotipagem 
de Dengue.
Investigar, imediatamente, óbitos suspeitos para a adoção de medidas 
assistenciais.
Realizar busca ativa de casos suspeitos em locais frequentados pelos 
pacientes.
Agora, considere que você, ACE, atua em um município infestado 
com história prévia de transmissão de Dengue, Chikungunya 
e/ou Zika. Quais ações devem ser realizadas rotineiramente, 
independentemente de período epidêmico?
Elaborar ou atualizar planos de contingência..
Capacitar equipes de vigilância, controle de vetores e assistência.
Monitorar a situação epidemiológica para detectar mudanças no 
padrão de transmissão.
(BRASIL, 2023, pág.761)
O Ministério da Saúde incorporou, em dezembro de 2023, a vacina contra a 
Dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). O esquema vacinal consiste em 
duas doses, aplicadas com um intervalo de três meses (BRASIL, 2024a).
Você, ACE, desempenha um papel fundamental na promoção da vacinação 
e na conscientização da população. Suas principais ações incluem:
Educação em saúde: informar a comunidade sobre a importância da 
vacina, esclarecendo dúvidas e combatendo a desinformação.
Mobilização comunitária: incentivar a adesão à vacinação por meio de 
visitas domiciliares e reuniões com os moradores.
Identificação e encaminhamento: durante as visitas, orientar pessoas 
elegíveis a procurarem os postos de saúde para receber a vacina.
Combate à desinformação: refutar fake news e fornecer informações 
atualizadas sobre a imunização.
Assim, a atuação do(a) ACE, em conjunto com outros profissionais de saúde, 
é essencial para ampliar a cobertura vacinal, reduzir os casos graves e evitar 
surtos da doença.
Você sabia que já existe vacina contra a 
Dengue no Brasil?
Se você quer saber mais, leia a notícia Vacina 100% 
nacional contra Dengue terá produção em larga 
escala a partir de 2026. Clique aqui ou aponte a 
câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2025/02/vacina-100-nacional-contra-dengue-tera-producao-em-larga-escala-a-partir-de-2026
https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2025/02/vacina-100-nacional-contra-dengue-tera-producao-em-larga-escala-a-partir-de-2026
Camila
Júlio
Acompanhe, agora, o caso: O índice de infestação predial
Sim, mas precisamos 
intensificar as ações, pois 
houve um aumento 
significativo dos casos de 
Dengue, Chikungunya e Zika.
Camila
Que tal reforçar a busca ativa e 
orientar a população sobre a 
eliminação de criadouros?
Júlio
Ainda bem que já 
iniciamos essas ações na 
comunidade. O índice de 
infestação predial tem 
sido um indicador 
essencial para direcionar 
nossas estratégias.
Hoje, temos ações voltadas para a 
Dengue ou alguma outra 
arbovirose?
 54
55
Uso de indicadores
O uso de indicadores é fundamental para identificar as ações mais efetivas e 
o impacto no controle dos vetores. Esses indicadores são fundamentais para 
o planejamento de ações e o aperfeiçoamento a partir da comparação com 
meses ou anos anteriores. Podem ser usados os índices de infestação 
vetorial (resultados do LIRAa/LIA - Levantamento de Índice Rápido do Aedes 
aegypti/Levantamento de Índice Amostral), dados de monitoramento 
entomológico por meio de armadilhas e dados de notificação de casos ou 
resultados dos exames laboratoriais. 
Como realizar o Levantamento de Índice Rápido do Aedes 
aegypti (LIRAa) para calcular o Índice de Infestação Predial?
O LIRAa deve ser realizado principalmente antes do início do verão, 
antecedendo o período de maior transmissão e favorecendo, assim, o 
fortalecimento das ações de controle vetorial nas áreas de maior risco. O 
Levantamento pode ser realizado, também, antes do início dos ciclos de 
tratamento focal e após a realização de determinadas intervenções de 
controle vetorial, de acordo com a capacidade operacional do município. O 
LIRAa é um método de amostragem que possibilita a criação dos índices de 
Infestação Predial (IIP), Breteau (IB) e de Tipo de Recipiente (ITR). 
Os critérios para a amostra em 
cada município consideram: 
densidade populacional e 
número de imóveis e de 
quarteirões existentes. O número 
de quarteirões que irá compor a 
amostra éobtido pela divisão do 
número de imóveis da amostra 
(máximo de 450) dividido por 
um quinto do tamanho médio 
do quarteirão. 
56
“A inspeção será iniciada pelo primeiro imóvel, com deslocamento no 
sentido horário, contando-se quatro imóveis após o primeiro, para, a seguir, 
inspecionar o sexto imóvel (segundo da amostra) e assim sucessivamente, 
inspecionando-se um imóvel a cada cinco, o que corresponde a 20% dos 
imóveis existentes no quarteirão sorteado” (BRASIL, 2013a). 
É importante ressaltar que contemplam a inspeção tanto casas quanto 
terrenos. A classificação dos índices de infestação por Aedes aegypti é 
assim realizada:
• Classificação satisfatória, se o valor fore Controle Vetorial.
62
Visto que as ações são, em sua maioria, 
relacionadas ao vetor, elas são aplicáveis às 
demais doenças causadas pelo mosquito Aedes 
aegypti abordadas aqui. 
Foi publicado pelo Ministério da Saúde um documento que atualiza as 
diretrizes para ações de vigilância e controle do Aedes aegypti, incluindo 
orientações técnicas para a aplicação de novas estratégias e tecnologias 
para reduzir a infestação pelo mosquito e o risco de infecção, tais como a 
estratificação de risco intramunicipal, o monitoramento entomológico por 
ovitrampas, a borrifação residual intradomiciliar, a utilização de estações 
disseminadoras de larvicidas e a liberação de mosquitos infectados pela 
bactéria Wolbachia. 
As novas diretrizes precisam ser adaptadas às realidades locais e devem, 
necessariamente, envolver a população, os distintos setores 
governamentais internos e externos à saúde e, notadamente, os(as) ACS e 
ACE, para o alcance do êxito esperado. 
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/dengue/diretrizes-nacionais-para-prevencao-e-controle-das-arboviroses-urbanas-vigilancia-entomologica-e-controle-vetorial.pdf/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/dengue/diretrizes-nacionais-para-prevencao-e-controle-das-arboviroses-urbanas-vigilancia-entomologica-e-controle-vetorial.pdf/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/dengue/diretrizes-nacionais-para-prevencao-e-controle-das-arboviroses-urbanas-vigilancia-entomologica-e-controle-vetorial.pdf/view
 63
Provavelmente, você pensou na Febre Amarela, e é isso mesmo! 
A Febre Amarela é uma doença viral aguda, de elevada letalidade nas suas 
formas graves, tornando-se uma zoonose de grande importância nacional, 
mas que, graças a medidas eficazes, como a vacinação, teve seu último 
registro de caso urbano, no Brasil, em 1942, na cidade de Sena Madureira no 
Acre. 
Você conhece alguma doença transmitida pelo 
mosquito Aedes aegypti que, atualmente, só tenha 
transmissão na forma silvestre? 
Seu agente etiológico, o vírus da Febre Amarela, é um arbovírus do 
gênero Flavivirus, da família Flaviviridae, que é transmitido ao ser 
humano por artrópodes (vetores), da família Culicidae. 
Nas Américas, temos dois ciclos de transmissão: “o urbano, no qual 
o vírus é transmitido pelo Aedes aegypti ao ser humano , que é o 
hospedeiro principal, sendo uma transmissão 
pessoa/mosquito/pessoa; e o silvestre, em que o vírus circula entre 
mosquitos silvestres (Haemagogus janthinomys e Haemagogus 
leucocelaenus) e primatas não humanos”, sendo o ser humano 
um hospedeiro acidental (BRASIL, 2001). 
Febre Amarela
Figura 3 - Ciclos epidemiológicos (silvestre e urbano) da 
Febre Amarela no Brasil
Ciclo de transmissão da Febre Amarela
Ciclo silvestre:
• Ocorre entre macacos e mosquitos dos gêneros Haemagogus e 
Sabethes.
• O ser humano pode ser infectado ao adentrar áreas de mata onde 
circula o vírus.
Ciclo urbano:
• Envolve o mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus entre pessoas 
em áreas urbanas.
• O ser humano infectado pode ser fonte de infecção para outros 
humanos por meio da picada do mosquito.
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_manejo_clinico_febre
_amarela.pdf. Acesso em: 08 set. 2025.
A infecção do mosquito ocorre quando ele pica um macaco ou ser 
humano infectado, mas não há transmissão entre 
macaco/pessoa/pessoa, sendo assim, seu ciclo de vida é composto por 
um ciclo intrínseco (na pessoa) e outro extrínseco (no vetor), como 
representado na Figura 3.
 64
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_manejo_clinico_febre_amarela.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_manejo_clinico_febre_amarela.pdf
Os mosquitos são considerados os 
verdadeiros reservatórios do vírus 
da Febre Amarela, pois, uma vez 
infectados, permanecem assim 
durante toda a vida (BRASIL, 2021). 
A Febre Amarela é uma doença endêmica no Brasil, principalmente na 
região amazônica, onde o ciclo silvestre acomete os Primatas Não 
Humanos (PNH), que são considerados os principais hospedeiros 
(amplificadores do vírus) e desenvolvem a doença assim como o ser 
humano. 
É uma zoonose monitorada por programas nacionais de vigilância e controle 
do Ministério da Saúde, visto que, tendo um Plano de Contingência para 
Resposta à Febre Amarela, com ações e estratégias para contenção, que 
engloba ações direcionados a surtos e epidemias, como atividades das 
Vigilâncias Epidemiológica, Entomológica e de epizootias em PNH, 
imunização, diagnóstico laboratorial e comunicação. Como seu ciclo urbano 
tem um grande potencial epidêmico, devido às características ambientais, 
climáticas e vetoriais, é preciso manter as orientações de prevenção e 
controle do vetor (BRASIL, 2020). 
Assim como descrito nas demais arboviroses que discutimos até agora, que 
também têm o Aedes aegypti como vetor, o papel do(a) ACE é essencial 
para realizar a visitação aos imóveis para a busca e a eliminação de focos 
do vetor, pesquisando focos de larvas, garantindo a eliminação dos 
criadouros, orientando moradores sobre sinais, sintomas, formas de 
infecção, prevenção e controle, realizando mobilização junto à população e 
aos demais profissionais da APS, assim como realizando trabalho conjunto 
com ACS para o monitoramento e a identificação de índices de pendência e 
circulação viral, para aplicação oportuna das medidas de prevenção e 
controle. 
 65
Venha conhecer todo o contexto histórico da evolução 
da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela e 
entenda a importância da prevenção e do controle 
dessas doenças no Brasil!
É preciso manter o controle vetorial, seguindo as mesmas ações contidas 
nas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de 
Dengue, para reduzir o risco de transmissão da Febre Amarela Silvestre e 
Urbana para a população humana (BRASIL, 2021). 
Consulte o Plano de contingência para resposta às 
emergências em Saúde Pública: Febre Amarela. Para 
isto, clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE.
Consulte, também, o Plano de contingência para 
resposta às emergências em Saúde Pública por 
Dengue, Chikungunya e Zika. Para isto, clique aqui ou 
aponte a câmera de seu celular e escaneie o QR CODE.
Quer saber um pouco mais sobre o contexto histórico 
da evolução da Febre Amarela? Consulte o Manual de 
manejo clínico da Febre Amarela. Para isto, clique aqui 
ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o QR 
CODE.
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https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/febre-amarela/plano_contingencia_emergencias_febre_amarela_2_ed-1.pdf/@@download/file/plano_contingencia_emergencias_febre_amarela_2_ed.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/dengue/plano-de-contingencia-para-resposta-as-emergencias-em-saude-publica-por-dengue-chikungunya-e-zika/@@download/file/plano_contingencia_dengue_chikungunya_zika.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/febre-amarela/plano_contingencia_emergencias_febre_amarela_2_ed-1.pdf/@@download/file/plano_contingencia_emergencias_febre_amarela_2_ed.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/dengue/plano-de-contingencia-para-resposta-as-emergencias-em-saude-publica-por-dengue-chikungunya-e-zika/@@download/file/plano_contingencia_dengue_chikungunya_zika.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_manejo_clinico_febre_amarela.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_manejo_clinico_febre_amarela.pdf
Você sabe qual outro mosquito que atua como 
vetor de arbovírus e causa a Febre do Nilo 
Ocidental (FNO)? 
É o pernilongo! Vamos entender melhor esse 
importante transmissor? 
FEBRE DO NILO OCIDENTAL (FNO) 
Pois bem, a FNO é uma infecção viral aguda, causada por um arbovírus

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