Aula 3 - CPC III

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D I R E I T O
P R O C E S S U A L
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CIVIL III
P R O F . ª L E T Í C I A G I B E L L E .
TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS
Letra de câmbio, nota promissória, duplicata, cheque e debêntures;
Escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
Documento particular firmado pelo devedor e duas testemunhas;
Instrumento de transação referendado pelo Ministério Público,
Defensoria Pública, Advocacia Pública, pelos advogados dos
transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
Contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito
real de garantia e aquele garantido por caução;
Seguros de vida em caso de morte;
(art.784 do CPC)
TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS
Foro e laudêmio;
Aluguel e encargos acessórios;
Certidão de dívida ativa;
Crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias
de condomínio edilício;
A certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa
a valores de emolumentos e demais despesas havidas por atos
por ela praticados;
Outros títulos previstos em lei ;
O contrato de honorários advocatícios.
EXECUÇÃO ESPECÍFICA
A execução específica é aquela que objetiva fazer com o que devedor
cumpra exatamente aquilo que foi convencionado, sem conversão
em perdas e danos. Só faz sentido nas obrigações de fazer, não fazer
ou entregar coisa.
Art. 497 do CPC;
Art. 498 do CPC.
PROVIDÊNCIAS QUE ASSEGUREM
RESULTADO PRÁTICO EQUIVALENTE
Há casos em que não há como compelir o devedor a cumprir
a obrigação na forma convencionada, mas é possível
determinar outra medida, que alcance resultado prático
equivalente.
CONVERSÃO EM PERDAS E DANOS
A conversão em perdas e danos fica reservada para duas hipóteses,
enumeradas no art. 499 do CPC:
quando se tornar impossível a execução específica;
quando o credor requerer a conversão, porque o devedor não
cumpre especificamente a obrigação.
MECANISMOS PARA COMPELIR O
DEVEDOR A CUMPRIR A OBRIGAÇÃO
O art. 536, § 1º, do CPC enumera alguns meios de que o juiz pode
valer-se para alcançar o cumprimento específico da obrigação ou
resultado prático equivalente.
(art. 77, § 2º e art. 774, caput)
Multa:
fixação de multa;
momento da fixação;
cobrança da multa;
valor da multa.
CUMULAÇÃO DE EXECUÇÕES
É possível cumular mais de uma ação executiva, em razão da
economia processual, nos termos do art. 780 do CPC.
Requisitos:
identidade das partes;
mesmo juízo competente;
identidade de procedimento.
LITISCONSÓRCIO
Aqueles sujeitos no mesmo polo da relação jurídica, quando duas ou
mais pessoas litigam, na mesma ação, em conjunto, ativa ou
passivamente, nos termos do art. 113 do CPC.
No processo de execução é possível a formação de litisconsórcio
devendo ser credores ou devedores daquele título, não se admitindo
o conjunto de litisconsórcio para vários títulos.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
É um incidente processual em que um terceiro, com interesse
jurídico, ingressa no processo, ocasionando uma modificação e
dando origem a uma nova relação jurídica. Há cinco modalidades:
assistência (arts.119 a 124 do CPC);
denunciação da lide (arts.125 a 129 do CPC);
chamamento ao processo (arts. 130 a 132 do CPC);
incidente de desconsideração da personalidade jurídica
(arts.133 a 137 do CPC); 
amicus curiae (art. 138 do CPC)
PROCEDIMENTO DAS DIVERSAS
ESPÉCIES DE EXECUÇÃO
Ao tratar das DIVERSAS ESPÉCIES DE EXECUÇÃO, o CPC leva em conta dois critérios
fundamentais: 
a) o tipo de obrigação que o exequente pretende ver satisfeita;
b) a natureza judicial ou extrajudicial do título em que a execução se funda. Critério especial,
que leva em conta a pessoa do executado, no caso da execução contra a Fazenda Pública.
OBRIGAÇÕES: o Código distingue as de entrega de coisa certa e incerta; de fazer e não
fazer;
por quantia certa contra devedor solvente ou insolvente e de alimentos.
Há títulos executivos judiciais que dão ensejo à formação de processos autônomos de
execução, como a sentença penal condenatória, estrangeira e arbitral;
Livro II da Parte Especial do CPC trata das execuções de título extrajudicial;
Execuções de prestação alimentícia e contra a Fazenda Pública.
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL
Aspectos comuns a todas as espécies de execução por título
extrajudicial. 
1.Petição inicial;
2.Citação do executado;
3.Efeitos da citação válida:
- indução de litispendência, o que terá grande relevância para
caracterização da fraude à execução;
- interrupção da prescrição;
- constituição do devedor em mora.
PROCESSO DE EXECUÇÃO PARA ENTREGA
DE COISA CERTA
Citação;
Mandado já constará a ordem de imissão de posse ou busca e
apreensão;
O devedor poderá:
- entregar a coisa, para satisfazer a obrigação;
- não entregar a coisa, caso em que se cumprirá, de imediato, a
ordem de imissão na posse, se o bem for imóvel, ou de busca e
apreensão, se móvel, que já constava do mandado de citação.
EXECUÇÃO PARA ENTREGA
DE COISA CERTA
prazo de 15 dias para cumprimento da obrigação;
na citação é determinada a imissão da posse (imóvel) ou busca
apreensão (móvel) se a obrigação não for cumprida no prazo.
aplicação de multa.
Exemplo: bem móvel em comodato.
EXECUÇÃO PARA ENTREGA
DE COISA CERTA
Quando a coisa litigiosa for alienada, o terceiro adquirente deverá
ser intimado para efetuar o depósito da coisa em juízo;
Caso o exequente não consiga obter a coisa, poderá pleitear:
- o valor correspondente ao bem,
- além de perdas e danos, se cabíveis;
Existindo benfeitorias indenizáveis, seu valor será apurado em
fase de liquidação.
PROCESSO DE EXECUÇÃO PARA
ENTREGA DE COISA INCERTA
Particularidade = necessidade de individualização da coisa.
O art. 244 do CC dispõe que “nas coisas determinadas pelo gênero e
pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não
resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior,
nem será obrigada a prestar a melhor”.
art. 811 do CPC.
EXECUÇÃO PARA
ENTREGA DE COISA INCERTA
A coisa incerta é determinada pelo gênero e pela quantidade
estipulados;
A escolha do bem caberá conforme as disposições contratuais,
podendo ser feita pelo exequente ou pelo executado;
A parte contrária poderá impugnar a escolha no prazo de 15 dias;
Aplicam-se, de forma subsidiária, as regras relativas à entrega de
coisa certa.
PROCESSO DE EXECUÇÃO DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER
Arts. 814 e ss.;
O devedor se compromete a realizar uma prestação, consistente
em atos ou serviços;
Diferente das obrigações de dar (onde o que interessa ao credor
é a restituição da coisa, não a conduta do devedor enquanto que
obrigações de fazer, o interesse concentra-se na atividade dele);
Obrigações fungíveis e infungíveis.