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Resumo
As doenças capilares em populações pediátricas compreendem um conjunto heterogêneo de condições que afetam couro cabeludo e fios, com implicações clínicas, psicossociais e de desenvolvimento. Este artigo descreve os quadros mais frequentes, analisa mecanismos patogênicos relevantes, destaca estratégias diagnósticas e terapêuticas e argumenta sobre a importância da abordagem precoce e multidisciplinar.
Introdução
Os transtornos do couro cabeludo na infância e adolescência variam desde afecções inflamatorias e infecciosas até alterações comportamentais e genéticas. Apesar de, muitas vezes, serem subestimados por caregivers, têm potencial impacto na autoestima, na interação social e, em alguns casos, na saúde geral da criança. A compreensão pormenorizada de sinais, fatores de risco e opções terapêuticas é essencial para reduzir morbidade e estigmatização.
Epidemiologia e fatores associados
As prevalências variam conforme faixa etária, condições socioeconômicas, práticas culturais de cuidado capilar e padrão climático. Tinea capitis predomina em crianças pré-escolares em ambientes coletivos; dermatite seborreica é comum em lactentes e adolescentes; alopecia areata pode surgir em qualquer idade, com picos na infância. Fatores predisponentes incluem genética, microrganismos, higiene, traumas mecânicos (tracção por penteados) e transtornos psiquiátricos como tricotilomania.
Principais doenças capilares em pediatria (descrição)
- Tinea capitis: infecção fúngica queratinofílica que causa áreas alopecicas com descamação, provável linfadenopatia regional e, se não tratada, risco de cicatrizes. Diagnóstico clínico apoiado por exame microscópico e cultura.
- Dermatite seborreica infantil: maciez descamativa e eritema regionalizado ao couro cabeludo (crosta láctea), geralmente autolimitada em lactentes; mecanismo relacionado à oleosidade e colonização por Malassezia.
- Alopecia areata: doença autoimune com surtos de perda de cabelo em placas arredondadas; curso imprevisível e associação com outras doenças autoimunes.
- Tricodilomania (tricotilomania): transtorno do controle de impulsos caracterizado por arrancamento repetido de fios, frequentemente relacionado a ansiedade; pode levar a áreas irregulares de alopecia.
- Alopecia por tração: resultado de práticas de penteados que tensionam o folículo, potencialmente causadora de cicatrizes se crônica.
- Eczemas e psoríase: podem envolver couro cabeludo com prurido, eritema e descamação, afetando qualidade de vida e manejo.
Fisiopatologia
Os mecanismos variam: agentes infecciosos invadem a haste ou folículo (tinea); respostas imunológicas autoreativas destroem folículos (alopecia areata); processos inflamatórios e seborreicos alteram o microambiente do couro cabeludo; forças mecânicas levam a danos estruturais. A interação entre genética, microbiota cutânea e fatores ambientais modula o fenótipo clínico.
Diagnóstico
Avaliação clínica detalhada é central: história de início, evolução, sintomas associados (prurido, dor), hábitos capilares e antecedentes familiares. Inspeção com dermatoscopia ajuda a diferenciar etiologias (ex.: pontos negros na tinea, sinais de exclamatory hair em alopecia areata). Exames complementares incluem tricograma, exame micológico, cultura, biópsia quando indicado e avaliação psicológica em suspeita de tricotilomania.
Tratamento e manejo
Intervenções devem ser etiológicas e centradas na criança e família. Tinea capitis necessita de antifúngicos sistêmicos; dermatite seborreica responde a xampus antifúngicos e cuidados tópicos; alopecia areata pode demandar corticoterapia tópica/intralesional e imunoterapia em casos extensos; tricotilomania requer terapia comportamental e, ocasionalmente, farmacoterapia adjuvante. Prevenção de alopecia por tração envolve educação sobre técnicas de penteado e políticas culturais sensíveis. Em todos os casos, suporte psicológico e aconselhamento familiar são cruciais.
Discussão (argumentativo)
A prática clínica muitas vezes fragmenta o cuidado, tratando sintomas sem abordar determinantes psicossociais e culturais. Argumenta-se que modelos integrados — envolvendo dermatologistas pediátricos, psicólogos, pediatras e, quando necessário, infectologistas — resultam em melhores desfechos. A detecção precoce reduz risco de cicatrização permanente e minimiza impacto emocional. Além disso, políticas de saúde pública que promovam educação sobre higiene capilar e práticas de penteado seguras podem prevenir casos evitáveis, especialmente em comunidades vulnerabilizadas. Pesquisa translacional sobre microbioma do couro cabeludo infantil e biomarcadores imunológicos promete refinar abordagens terapêuticas direcionadas.
Conclusão
Doenças capilares na infância demandam avaliação clínica acurada, diagnóstico diferencial amplo e manejo multidisciplinar. A combinação de tratamentos específicos com intervenções comportamentais e educação familiar é fundamental para recuperação física e psíquica da criança. Investimentos em educação comunitária e pesquisa integrada são imperativos para reduzir prevalência e impacto dessas condições.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) Quais sinais distinguem tinea capitis de alopecia areata?
Resposta: Tinea: descamação, inflamação, linfadenopatia e cultura positiva. Alopecia areata: placas lisas, pelos em “exclamação”, sem sinais inflamatórios significativos.
2) Quando indicar biópsia do couro cabeludo em crianças?
Resposta: Biópsia é indicada em casos atípicos, progressão inexplicada, suspeita de doenças cicatriciais ou quando exames não conclusivos definem manejo.
3) Como abordar tricotilomania no pediatra?
Resposta: Avaliar saúde mental, iniciar terapia cognitivo-comportamental (HRT), envolver família; considerar psiquiatria se severa ou com comorbidades.
4) Qual prevenção eficaz para alopecia por tração?
Resposta: Educação sobre penteados soltos, evitar acessórios tensão, rotacionar estilos e campanhas comunitárias em escolas e salões.
5) Há risco de transmissão de tinea capitis na creche?
Resposta: Sim; é contagiosa. Medidas: tratamento precoce, higiene, evitar compartilhamento de objetos e triagem em surtos.
Resposta: Educação sobre penteados soltos, evitar acessórios tensão, rotacionar estilos e campanhas comunitárias em escolas e salões.
5) Há risco de transmissão de tinea capitis na creche?.
Resposta: Sim; é contagiosa.
Medidas: tratamento precoce, higiene, evitar compartilhamento de objetos e triagem em surtos.