Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* Arlindo Vetorazzo HIDROCINESIOTERAPIA NAS CADEIAS MUSCULARES FLUIR PILARES * A água é o meio ideal para liberar e alongar o corpo, flutue alguém na água morna e você verá o calor e o suporte penetrar e dissolver as tensões, o paciente flui a níveis profundos de relaxamento com o seu corpo estendido livremente, experimentando sensações de prazer, paz e integridade. * FLUIR PILARES É um programa de cinesioterapia, onde o paciente é estabilizado em flutuadores, apoios manuais ou plataformas para realizar exercícios de reeducação e orientação das alterações posturais da coluna vertebral e membros. * FLUIR PILARES São pontos fixos, apoios e braços de alavancas, proporcionando a realização de exercícios de grande amplitude e força. * OBJETIVOS Reabilitar as lesões neurológicas, traumáticas e degenerativas do aparelho locomotor e instabilidades articulares. Pós-operatório de ligamentos, meniscos e próteses articulares. Lesões discais e facetarias da coluna vertebral. * Efeitos desejados: Reduzir a dor; Realizar movimentos funcionais, por ex., marcha; Melhorar a função respiratória e cardiovascular; Produzir efeitos psicológicos; Melhorar a autoconfiança e independência. * Fundamentos de Hidrodinâmica As propriedades físicas da água e os princípios hidrodinâmicos que são relevantes para o manuseio de pacientes com alterações neurológicas e ortopédicas são as seguintes: Flutuação/Empuxo; Metacentro; Turbulência; Pressão hidrostática; * Efeitos Fisiológicos Empuxo A flutuação no meio líquido dá-nos a possibilidade de inúmeros movimentos tridimensionais, incrementando as informações sensoriais ao SNC, além de oferecer uma liberdade de movimentos, aumentando suas amplitudes. * Efeitos Fisiológicos Alterações neurológicas causam alterações da densidade relativa de partes do corpo. Hipotonia. Menor densidade, portanto flutua mais. Hipertonia. Maior densidade desta parte do corpo e ele tende a afundar. * Efeitos da Flutuação Diminuição da pressão intra-articular, facilitando a movimentação e a nutrição articular. Atua na redução da atividade dos músculos antigravitacionais, diminuindo a tensão e o espasmo muscular. Auxilia a postura ortostática em pacientes cujos músculos e ou articulações não suportam o seu peso corporal. Oferece também, resistência ou assistência ao movimento. * Efeitos Fisiológicos Turbulência: Termo usado para descrever os redemoinhos que seguem um objeto em movimento na água; O grau de turbulência depende da velocidade do movimento e a forma do corpo influência na produção da turbulência. * Efeitos da Turbulencia Resistência ao deslocamento do corpo na água. A resistência dependerá da velocidade, da forma e da área do corpo em movimento. Meio de fortalecimento muscular, treino de capacidade aeróbica e aumento da resistência muscular. * Efeitos Fisiológicos Pressão hidrostática: É a pressão que a água exerce na superfície de qualquer corpo imerso. É igual a uma profundidade constante. Aumenta com a profundidade e com a densidade do fluído. * Efeitos da Pressão Hidrostática Pressão hidrostática: Analgesia, através da estimulação dos receptores barestésicos da pele, impedindo a chagada da sensação de dor no SNC, teoria do Sistema de Comportas. Utilizada na busca da melhora da capacidade respiratória, oferecendo resistência à expansão torácica e abdominal. Redução de edemas, principalmente em MMII, auxiliando na drenagem linfática. Gera um ambiente seguro para trabalhar as articulações instáveis. * CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES Seis formas primárias de posicionamentos Quatro formas principais e duas associadas são responsáveis por: Equilíbrio Comportamento Utilização do corpo na posição ereta. * CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES PM - Cadeia Posterior Mediana O corpo está em desequilíbrio para frente, é a atividade muscular posterior que mantém o corpo em equilíbrio, são grupos musculares principalmente posteriores e medianos, sendo a abreviação PM. * CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES AM - Cadeia Anterior mediana O corpo, principalmente o tronco está em perda de equilíbrio para trás, é a atividade de grupos musculares anteriores que garante o equilíbrio, assim essa forma de equilíbrio é denominada de AM * CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES PA-AP Cadeia Postero-Anterior e Antero-Posterior Aqui não há desequilíbrio, nem para frente nem para trás, PA AP está no centro, aqui as duas estruturas, parece apresentar dinamismos opostos. * PREDOMÍNIO EM AM, PM OU PA-AP PM - Representada pela letra A AM – Representada pela letra b PA-AP- Representada pela letra c * CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES PL - Cadeia Postero-Lateral O corpo "aberto" e base de sustentação larga, os grupos musculares que intervêm, são sobretudo os músculos abdutores e rotadores externos * CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES AL - Cadeia Antero Lateral O corpo "enrolado", com base de sustentação estreita, são os músculos adutores e rotadores internos localizados anterior e lateralmente na altura dos quadris e dos ombros que estão predominantes * MODOS DE INTERVENÇÕES Desativar os grupos musculares contraturados e hipertônicos com exercícios passivos. Realizar manipulações pontuais para descompressões e liberações das articulações facetarias. Fortalecer os grupos musculares estabilizadores com isometria. * PROGRAMA FLUIR PILARES DE FISIOTERAPIA AQUÁTICA TRÊS FASES DA REABILITAÇÃO. DESATIVAÇÃO DO PADRÃO DAS CADEIAS MUSCULARES DESCOMPRESSÃO COMPARTIMENTAL DISCO INTERVERTEBRAL FACETA ARTICULAR ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR ESTIMULAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES EXERCÍCIOS DINÂMICOS * EXERCÍCIOS PASSIVOS PARA REDUÇÃO DAS CONTRATURAS MUSCULARES EXERCÍCIOS PASSIVOS DE ALONGAMENTOS DAS CADEIAS MUSCULARES PREDOMINANTES DESATIVAÇÃO DO PADRÃO POSTURAL COMPROMETIDO PRIMEIRA FASE: DESATIVAÇÃO DO PADRÃO DAS CADEIAS MUSCULARES * PRIMEIRAFASE: DESCOMPRESSÃO COMPARTIMENTAL COMPARTIMENTO ANTERIOR DISCO INTERVERTEBRAL Uma articulação cartilagínea ou sínfise anteriormente COMPARTIMENTO POSTERIOR FACETA ARTICULAR VERTEBRAL Duas articulações sinoviais posteriormente * SEGUNDA FASE: DESCOMPRESSÃO COMPARTIMENTAL COMPARTIMENTO ANTERIOR DISCO INTERVERTEBRAL Uma articulação cartilagínea ou sínfise anteriormente COMPARTIMENTO POSTERIOR FACETA ARTICULAR VERTEBRAL Duas articulações sinoviais posteriormente * Prevalência da alteração compartimental em relação a postura PERFIL - LORDOSE PERFIL - LORDOSE * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS LOMBALGIAS E LOMBOCIATALGIAS ATRAVÉS MENSURAÇÃO DA LORDOSE LOMBAR 86% das Lombalgias apresentam hiperlordose; 89% das ciatalgias apresentam retificação da lordose lombar 25% não mostraram nenhuma alteração postural. * COMPARTIMENTO ANTERIOR ALTERAÇÃO DO CONTEUDO RUPTURA DO ANEL FIBROSO NÚCLEO PULPOSO EXTRAVASADO SEM EFICÁCIA NAS MANOBRAS DE DESCOMPRESSÃO PRIMEIRA FASE: DESCOMPRESSÃO COMPARTIMENTAL * COMPARTIMENTO ANTERIOR ALTERAÇÃO DO CONTINENTE INTEGRIDADE DO ANEL FIBROSO NÚCLEO PULPOSO ESTA SUJEITO AOS MOVIMENTOS E POSICIONAMENTOS EFICÁCIA NAS MANOBRAS DE DESCOMPRESSÃO PRIMEIRA FASE: DESCOMPRESSÃO COMPARTIMENTAL * PRIMEIRA FASE: DESCOMPRESSÃO COMPARTIMENTAL COMPARTIMENTO POSTERIOR FACETA ARTICULAR ALTERAÇÃO SOMÁTICA VERTEBRAL A vértebra está fixa por um espasmo muscular * PRIMEIRA FASE: DESCOMPRESSÃO COMPARTIMENTAL DESCOMPRESSÃO COMPARTIMENTAL DISCO INTERVERTEBRAL POMPAGE TRAÇÃO EM DESCOMPRESSÃO DIRECIONAMENTO POSICIONAL DO DISCO * SEGUNDA FASE: DESCOMPRESSÃO COMPARTIMENTAL DESCOMPRESSÃO COMPARTIMENTAL COMPARTIMENTO POSTERIOR MANIPULAÇÃO PONTUAL – Pequena amplitude e alta velocidadeA peça óssea é levada no sentido oposto à lesão, ao qual não pode ir, corrige uma disfunção vertebral * * PRIMEIRA FASE: DESCOMPRESSÃO COMPARTIMENTAL DESCOMPRESSÃO DA FACETA ARTICULAR * Contração dos estabilizadores. Contração isométrica associado a respiração. Contrair os músculos profundos (estabilizadores), sem contrair os dinâmicos que são mais fortes e superficiais. SEGUNDA FASE: ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR * Programa de estabilização segmentar FUNÇÃO Estabilizadores Feedback – Ativação durante movimentos do tronco. A musculatura profunda, estabilizadora, é ativada sempre de 30 à 100 ms antes da musculatura dinâmica entrar em ação. * Estabilização Cervical Prevertebrais: Longo do pescoço; Longo da cabeça; Reto anterior da cabeça; Reto lateral da cabeça; Prevertebrais: ECOM (C2C3C4); Escalenos (Ramos locais) Supra e infra hioideos (Ramos locais). Paravertebrais: Reto post. > e < da cabeça; Oblíquos sup. e inf. Transverso e inter espinhoso. * * Estabilização Dorsal Paravertebrais: Trapézio médio e inferior Romboides Anterior - Peitorais: Peitoral menor * Estabilização Lombar Anterior: Transverso do abdômen Paravertebral: Multífidus * EM FLUTUAÇÃO FORTALECER OS GRUPOS MUSCULALES ESTABILIZAR OS SEGUIMENTOS COM ISOMETRIA DAS CADEIAS MUSCULARES CORRIGIR O PADRÃO VICIOSO SEGUNDA FASE: ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR * EM FLUTUAÇÃO CORRIGIR O PADRÃO VICIOSO SEGUNDA FASE: ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR * A contração simultânea dos dois grupos musculares, anterior e posterior, formam um cinto de tensão consciente de estabilização vertebral. A contração isométrica ou contração lenta e longa durante a respiração, estimula a fibra tônica responsável pela estabilização. SEGUNDA FASE: ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR * SEGUNDA FASE: ESTIMULAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES CONDICIONAMENTO DO CONTROLE MOTOR E GESTUAL Com estabilização de tronco e MMSS Gestos de Grande amplitude de tronco e MM. Condiciona as cadeias musculares a suportar e manter a coluna durante um gesto funcional. * PACIENTE LIVRE - PROPRIOCEPÇÃO POSTURAL - EQUILÍBRIO E ISOTONIA DAS CADEIAS - ESTIMULAÇÃO DA CONSCIENCIA POSTURAL QUARTA FASE: ESTIMULAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES * TERCEIRA FASE: EXERCÍCIOS DINÂMICOS SISTEMA MUSCULAR FÁSICO EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS CONTRA RESISTÊNCIA NAS AMPLITUDES ARTICULARES DOS MMSS E MMII. EXERCÍCIOS ESTABILIZADOS NOS EIXOS E BRAÇOS DE ALAVANCAS EXERCÍCIOS AERÓBICOS. EXERCÍCIOS DE PROPRIOCEPÇÃO, EQUILIBRIO E COORDENAÇÃO MOTORA. * TERCEIRA FASE: EXERCÍCIOS DINÂMICOS PLATAFORMA DE MMSS E MMII. FORTALECIMENTO MUSCULAR. ESTABILIZAÇÃO ARTICULAR. RESISTÊNCIA A FADIGA MUSCULAR. TREINAR GESTO FUNCIONAL CONDICIONAMENTO CARDIORESPIRATÓRIO * TERCEIRA FASE: EXERCÍCIOS DINÂMICOS RESISTÊNCIA POR PLACAS DE DESLOCAMENTO DO VOLUME DE AGUA. EXERCÍCIOS COM GRANDE AMPLITUDE. FORÇA PROPORCIONAL À VELOCIDADE DO MOVIMENTO. RESISTÊNCIA NA AÇÃO E NA CONTRA AÇÃO. * TERCEIRA FASE: EXERCÍCIOS DINÂMICOS Contração das cadeias funcionais. Exercícios que exigem mais dinâmica, perturbação e equilíbrio. Propriocepção para correção das disfunções Capacidade de suportar e manter a coluna estável durante um gesto funcional * CONSIDERAÇÕES O FLUIR PILARES é mais uma ferramenta entre tantos programas de fisioterapia que mostram resultados e que, nos possibilita participar da melhora da qualidade de vida e independência funcional dos nossos pacientes.
Compartilhar