Resumo Maquiavel

Prévia do material em texto

NICOLAU MAQUIAVEL - CIÊNCIA POLÍTICA
É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pela simples manobra de escrever sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser.
Aos 29 anos, ingressa na vida pública exercendo um cargo de destaque na Segunda Chancelaria.
Observa o comportamento de grandes nomes da época e retira postulados que comporão sua obra.
É demitido, torturado, preso e obrigado a pagar uma pesada, após a retomada do poder pelos Médicis.
Livrar-se da prisão e impedido de retomar sua profissão passa a morar na propriedade que herdara do pai e avós, onde passa a escrever suas obras:
O príncipe, condenado pelo concílio de Trento, sendo incluído como um livro proibido
Os discursos sobre a primeira década de Tito Lívio
O livro sobre A arte da guerra
E por último sua História de Florença.
A importância de Maquiavel está na elaboração de um conceito de política como uma ação humana autônoma, independente da religião
Introduz o conceito de estado como a instituição política necessária para a manutenção da ordem social ou para evitar a inevitável desordem provocada pela natureza humana imutável 
Não foi pensador sistemático => utiliza o empirismo para escrever através de um método indutivo e pensa em seus escritos como conselhos práticos, sendo além disso antiutópico e realista
Seus conceitos rompem com a tradição medieval teológica de propor Estados imaginários perfeitos, comuns durante o Renascimento, os quais os príncipes deveriam ter sempre em mente
A partir da observação da política de seu tempo e da comparação desta com a da Antiguidade vai formular o seu pensamente por acreditar na imutabilidade da natureza humana
Escreve história mais como pensador do que como historiador. 
Acredita que a história se repete, tornando a sua escrita útil como exemplo para que os homens, tentados a agir sempre da mesma maneira, evitassem cometer os mesmos erros.
VIRTÙ - capacidade de adaptação aos acontecimentos políticos que levaria à permanência no poder. 
FORTUNA - vem da deusa romana da sorte e representa as coisas inevitáveis que acontecem aos seres humanos. Não se pode saber a quem ela vai fazer bens ou males e ela pode tanto levar alguém ao poder como tirá-lo de lá, embora não se manifeste apenas na política. Como sua vontade é desconhecida, não se pode afirmar que ela nunca lhe favorecerá.
Ética cristã: as atitudes dos governantes e os Estados em si estavam subordinados a uma lei superior e a vida humana destinava-se à salvação da alma. 
Com Maquiavel a finalidade das ações dos governantes passa a ser a manutenção da pátria e o bem geral da comunidade, não o próprio, de forma que uma atitude não pode ser chamada de boa ou má a não ser sob uma perspectiva histórica. 
Crítica ao pensamento maquiavélico: com as justificativa anteriormente expostas, o Estado pode praticar todo tipo de violência, seja aos seus cidadãos, seja a outros Estados. Ao mesmo tempo, o julgamento posterior de uma atitude que parecia boa, pode mostrá-la má.
Para ele, a natureza humana seria essencialmente má e os seres humanos queriam obter os máximos ganhos a partir do menor esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso. 
Como consequência acha inútil imaginar Estados utópicos, visto que nunca antes postos em prática e prefere pensar no real. Sem querer com isso dizer que os seres humanos ajam sempre de forma má, pois isso causaria o fim da sociedade, baseada em um acordo entre os cidadãos. Ele quer dizer que o governante não pode esperar o melhor dos homens ou que estes ajam segundo o que se espera deles.