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Resumo ética Geral e Jurídica
1º Momento
Foi caracterizado pelo uso intenso da oratória, pois nessa época ainda não havia escrita. Esse momento se iniciou com as partes atuando em defesa própria, surgindo depois a possibilidade de levar um amigo (amicus) ao “tribunal”.
2º Momento
Tão logo a escrita foi sendo criada, iniciou-se o segundo momento da evolução da advocacia. Há registos de que, no Egito, o processo passou a ser 100% escrito (por muito tempo). Tudo isso com o objetivo de se evitar o abuso da oratória.
3º Momento
O terceiro momento da evolução da advocacia ocorreu com a criação das leis. Aqui então junta-se a figura do orador com a do jurisconsulto, que é a versão mais próxima dos advogados dos tempos atuais.
Origem, evolução e divulgação da atividade de advogado
O art. 39 do CED determina que a publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.
Já o art. 40 do mesmo diploma traz as principais diretrizes acerca do tema ao dizer que são vedados:
I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade; [...] III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público; IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras; V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail; VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela.
Ou seja, um advogado no BRASIL não pode fazer divulgação . Entretanto, exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39.
Na publicidade profissional que o advogado vier a promover ou nos cartões e material de escritório dos quais se utilizar, ele fará constar seu nome, o nome social ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB (art. 44 do CED)
Formação de sociedade
Advogado sócio
Quando um advogado começa a assumir uma quantidade considerável de causas, chega o momento de se unir a outro(s) advogado(s), constituindo, juntos, uma sociedade de advogados. Os sócios dividem as tarefas e rateiam os lucros auferidos. Nos termos do art. 15, §2º, da Lei nº 8.906/1994, isso se aplica à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que couber.
Advogado empregado
O advogado empregado é aquele que mantém um vínculo empregatício com uma empresa ou uma sociedade de advogados para a qual presta os seus serviços de advocacia.
Ele preenche todos estes requisitos caracterizadores do mencionado vínculo:
· Habitualidade
· Onerosidade
· Pessoalidade
· Subordinação
Pela primeira vez, essa forma de advocacia recebeu sua tutela legal com o advento do atual Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei nº 8.906/94) nos arts. 18 ao 21. O Regulamento Geral também tratou do assunto nos arts. 11 ao 14.A relação de emprego não retira do advogado a isenção técnica, tampouco reduz a independência profissional inerente à advocacia.O advogado empregado não está obrigado a prestar serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores fora da relação empregatícia.
Vejamos alguns aspectos importantes relacionados a essa espécie de advogado:
Piso salarial ( de acordo com o estatuto ) 
Jornada de trabalho e hora extra (4h por dia ou 20h por semana vide estatuto mas pelo contrato pode ser 8hs)
Os honorários de sucumbência e o advogado empregado : (O art. 21 do estatuto e seu parágrafo único determinam que, nas causas em que o empregador (ou pessoa por ele representada) for parte, os honorários de sucumbência serão devidos aos advogados empregados. Já se o advogado for empregado de sociedade de advogados, os sucumbenciais serão partilhados entre ele e a sociedade conforme o estabelecido em acordo. Esses dispositivos, embora tenha sido objetos de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 1.194-4), foram declarados constitucionais pelo STF, que deu interpretação conforme, sem redução do texto. Os referidos honorários, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação empregatícia, não integram o salário ou a remuneração do advogado empregado, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas. Os honorários sucumbenciais desses advogados constituem fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus representantes.)
Advocacia e seus direitos
Direito : Podemos dizer que o “direito” está relacionado a todas as pessoas.
Prerrogativa : Já a “prerrogativa” é um direito exclusivo de determinada profissão para o seu pleno exercício. 
Ex : Desse modo, todos têm o direito à livre locomoção no território nacional em tempo de paz (art. 5º, XV, Constituição Federal), mas os advogados têm a prerrogativa visitar clientes presos, sem procuração, como determina o art. 7º, III, da Lei nº 8.906/1994
O art. 6º logo determina que não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratarem-se com consideração e respeito recíprocos
Honorários advocatícios
Honorários Convencionados 
Os convencionados (como o próprio nome diz, o advogado e o cliente) combinam um valor fixo. Esse valor é a principal característica desse tipo de honorários e pode ser contratado de forma verbal ou por escrito mediante o contrato de honorários advocatícios. Recomenda-se ao advogado fazer o contrato por escrito por ele ser mais seguro, inclusive para fins de cobrança, como se verá adiante.
Honorários Arbritados judicialmente
Na ausência de combinação entre advogado e cliente sobre o valor dos honorários, eles serão arbitrados pelo juiz, ou seja, fixados por arbitramento judicial, com remuneração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão. Advirta-se que, mesmo nesse caso, o valor dos honorários não pode ser inferior ao estabelecido na tabela de honorários criada por cada conselho seccional da OAB.O art. 22, §1º, do estatuto, determina que, quando o advogado for indicado para atuar em causa de pessoa juridicamente necessitada, nos casos de estados que não tenham Defensoria Pública ou que, mesmo tendo, sua atuação, por qualquer motivo, esteja impossibilitada (greve, por exemplo), o profissional terá direito a receber honorários fixados pelo juiz e pagos pelo Estado.
Honorários Sucumbenciais
Os honorários sucumbenciais são aqueles pagos pela parte vencida (parte sucumbente) ao advogado da parte vencedora. É importante lembrar que a Lei nº 13.467/2017, que alterou a CLT, incluiu a possibilidade de honorários sucumbenciais ao acrescentar o art. 791-A.Acrescente-se que, de acordo com o art. 14 do Regulamento Geral, os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários.O parágrafo único do mesmo dispositivo complementa determinando que os honorários de sucumbência dos advogados empregados constituem fundo comum cuja destinação será decidida pelos profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus representantes. Em caso de falecimento do advogado, ou se ele vier a se tornar incapaz civilmente, os honorários de sucumbência, proporcionalmente ao trabalho por ele desenvolvido, são devidos aos seus sucessores ou representantes legais.Apesar de oart. 24, §3º, do estatuto estipular que “é nula qualquer disposição, cláusula, regulamento ou convenção individual ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebimento dos honorários de sucumbência”, o STF, na ADI nº 1.194-4, declarou o aludido dispositivo inconstitucional. O Novo CED reservou um capítulo próprio para tratar dos honorários profissionais (Título I, Capítulo IX, arts. 48 ao 54).
Pacto quota litis
Pacto ou cláusula quota litis é a participação do advogado no resultado ou ganho obtido na causa. Paulo Lôbo (2021) lembra que o direito romano e as ordenações filipinas condenavam essa forma de contratar - e com razão. Nesse caso, o advogado se transforma em “sócio” do cliente naquela demanda. Tal profissisonal, nessa situação, é “quase” parte.
Entretanto, o Código de Ética e Disciplina trouxe a possibilidade de ser feito esse pacto, desde que estejam presentes as condições do art. 50 e seus parágrafos:
Art. 50. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas a favor do cliente.
§ 1º A participação do advogado em bens particulares do cliente só é admitida em caráter excepcional, quando esse, comprovadamente, não tiver condições pecuniárias de satisfazer o débito de honorários e ajustar com o seu patrono, em instrumento contratual, tal forma de pagamento.
§ 2º Quando o objeto do serviço jurídico versar sobre prestações vencidas e vincendas, os honorários advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e outras, atendidos os requisitos da moderação e da razoabilidade.
Formas judiciais de cobrança
Na hipótese de o constituinte faltar com a obrigação de pagar os honorários ao advogado, o profissional deverá procurar ao máximo resolver a situação amigavelmente. Chegando ao ponto de não haver mais solução pela forma preliminar, surge a necessidade de se buscar a via judicial.
Para isso, o advogado precisa renunciar ao patrocínio da causa e constituir outro advogado para fazer a cobrança, conforme dispõe o art. 54 do Novo Código de Ética e Disciplina.
O art. 24 do estatuto determina que o contrato feito por escrito (contrato de honorários advocatícios) constitui título executivo. Desse modo, o advogado não precisará propor ação de conhecimento. A cobrança será feita, nesse caso, por meio da execução por quantia certa.
Quando o advogado contrata de forma verbal, resta claro que não há o que executar, ensejando, assim, uma ação de cobrança. Quando for o caso de ele juntar aos autos o contrato de honorários advocatícios antes da expedição do mandado de levantamento ou precatório, o juiz terá de determinar que lhe sejam pagos diretamente, deduzindo o valor respectivo da quantia a ser recebida pelo constituinte, a não ser que ele comprove que já o pagou.
Os honorários incluídos na condenação, seja por arbitramento, seja por sucumbência, pertencem ao advogado, tendo o profissional direito autônomo de exigir o cumprimento da sentença, podendo ainda solicitar ao juiz que o precatório seja expedido em seu nome, quando for o caso.
O art. 24 do estatuto enfatiza que a decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato feito por escrito têm força de título executivo e constituem crédito privilegiado em falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.
Quando o advogado receber um substabelecimento com reserva de poderes, ele não poderá cobrar os honorários respectivos sem a intervenção daquele que lhe substabeleceu (art. 26 do EAOAB).
Prescrição (art. 25, EAOAB)
A ação de cobrança de honorários advocatícios prescreve em cinco anos, que serão contados a partir:
a. do vencimento do contrato, quando houver;
b. do trânsito em julgado da decisão que os fixar ou arbitrar;
c. da finalização do serviço extrajudicial (assessoria, consultoria e direção jurídicas ou acompanhamento de inquérito policial);
d. da desistência ou transação;
f. da renúncia ou revogação de mandato
A Ordem Dos Advogados do Brasil
A OAB se identifica como Sui Generis ;
Finalidades institucionais
São aquelas cumpridas pela OAB externamente, ou seja, a organização, como instituição, age com o objetivo de alterar ou preservar algo fora do seu corpo.
As finalidades institucionais incluem:
Defesa
Defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito, os direitos humanos e a justiça social.
Guiar
Pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.
Finalidades corporativas
São aquelas que a OAB cumpre internamente para mudar ou manter algo dentro de si relativamente aos seus quadros de advogados e de estagiários.
Seu objetivo é, com exclusividade, promover em toda a República Federativa do Brasil a: Representação ,Defesa, Seleção, Disciplina
O artigo 11 do Regulamento geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, por sua vez, determina que:
[...] compete ao sindicato de advogados e, na sua falta, à federação ou confederação de advogados, a representação destes nas convenções coletivas celebradas com as entidades sindicais representativas dos empregadores, nos acordos coletivos celebrados com a empresa empregadora e nos dissídios coletivos perante a justiça do trabalho, aplicáveis às relações de trabalho.
(ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, 1994, art. 11)
Tal conteúdo, porém, poderia ir de encontro ao disposto no artigo 44, II, do Estatuto da Advocacia e da OAB (EAOAB): “promover, com exclusividade, a representação”). Se há exclusividade da OAB, por que o Regulamento geral do Estatuto da Advocacia e da OAB diz que ela compete ao sindicato? Esse regulamento estaria contrariando a Lei nº 8.906/94?
1.Interesse de toda a classe dos advogados
Na violação de uma prerrogativa, por exemplo, a OAB, por meio de seus órgãos, representa os advogados judicial e extrajudicialmente.
2.Direitos dos advogados empregados
No caso da violação ao salário-mínimo do advogado empregado, por exemplo, essa representação fica a cargo do sindicato ou, na falta dele, da federação ou da confederação dos advogados.
Origem e natureza jurídica da OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil foi criada em 1930 pelo Decreto nº 19.408, que, em seu artigo 17, determinou: “Fica criada a Ordem dos Advogados Brasileiros, órgão de disciplina e seleção de advogados, que se regerá pelos estatutos que forem votados pelo Instituto dos Advogados Brasileiros com a colaboração dos institutos dos estados e aprovados pelo governo”.
No entanto, a OAB passou a ser devidamente estruturada com o advento da Lei nº 4.215, de 27 de abril de 1963. Esse é o primeiro estatuto da OAB, que, por sua vez, foi revogado pela Lei nº 8.906, de 4 de abril de 1994 (Estatuto da Advocacia e da OAB).
Atenção
O uso da sigla OAB é privativo da Ordem dos Advogados do Brasil, como preceitua o art. 44, §2º do atual estatuto.
Um tema sempre polêmico – e, por isso, bastante discutido na doutrina – e ainda não pacificado é a questão da natureza jurídica da OAB. É possível encontrar divergências sobre o assunto até mesmo entre os administrativistas mais renomados.
Longe de querer esgotar o assunto ou até mesmo de se aprofundar no tema, é preciso frisar, entretanto, que esse não é o objetivo deste conteúdo. Apresentamos a seguir uma sinopse do assunto, ficando para outro momento mais debates a respeito.
Em linhas gerais, é preciso destacar o seguinte aspecto: para que uma entidade seja considerada autarquia, ela, entre outros requisitos, deverá integrar a Administração Pública. Como preceitua a Lei nº 8.906/1994, no artigo 44, §1º, a OAB não mantém nenhum vínculo funcional ou hierárquico com qualquer órgão da Administração Pública.
Em razão disso, há quem entenda que a Ordem seja uma autarquia em regime especial. Em que pese o respeitável entendimento supramencionado, nos somamos à corrente que entende ser a OAB uma entidade sui generis, uma vez que ela é uma entidade com características peculiares.
Sui generis Único emseu gênero.
A OAB, afinal, é diferente das demais entidades de classe. Não existe, no ordenamento jurídico, nenhuma entidade do tipo, principalmente pelo fato de ela não manter qualquer vínculo de natureza funcional ou hierárquica com os órgãos da Administração Pública.
O STF se pronunciou acerca do assunto na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 3.026 por intermédio de seu relator, o então ministro Eros Grau:
2. não procede a alegação de que a oab sujeita-se aos ditames impostos à administração pública direta ou indireta. 3. a oab não é uma entidade da administração indireta da união. a ordem é um serviço público independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro. 4. a oab não está incluída na categoria na qual se inserem essas que se tem referido com “autarquias especiais” para pretender-se afirmar equivocada independência das hoje chamadas “agências”.
(BRASIL, 2006)
Personalidade jurídica
À exceção das subseções, todos os órgãos da OAB possuem uma personalidade jurídica própria. É o que se depreende da simples leitura dos parágrafos 1º ao 4º do artigo 45 do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (EAOAB).
As subseções são órgãos autônomos dos conselhos seccionais, funcionando como extensões e com a finalidade de descentralizar algumas atividades desses conselhos. Curiosamente, o artigo 44, caput, do EAOAB determina que a OAB também tem personalidade jurídica
O Instituto dos Advogados Brasileiros
Bem antes da criação da OAB e após a autorização para a criação dos primeiros cursos jurídicos no Brasil, em 11 de agosto de 1827, nas cidades de Olinda e São Paulo, na busca pela organização da advocacia, foi fundado o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), em 1843, com vistas à criação da OAB. O IAB prestou uma significante contribuição para a história do país.
Ex: No auxílio ao governo para a organização legislativa e judiciária, posicionando-se como órgão de estudos e debates de temas legislativos e jurisprudenciais.
Ainda existente, o IAB não é a entidade de classe dos advogados, porém, ainda assim, presta, entre outros, o relevante serviço de fomentar a cultura jurídica.
Estrutura organizacional da OAB
Constituem a OAB : Conselho federal, conselho seccional, subseções e caixa de assistência dos advogados
Eleições
Frequência
As eleições na OAB são realizadas trienalmente: todos os seus mandatos têm a duração de três anos. As eleições dos membros de todos os órgãos se realizam na segunda quinzena do mês de novembro do último ano do mandato mediante cédula única e votação direta dos advogados regularmente inscritos.
Obrigatoriedade
O voto é obrigatório para todos os advogados, sob pena de multa equivalente a 20% do valor da anuidade, a não ser que sua ausência seja justificada por escrito. Já os estagiários não votam.
Local
O advogado com inscrição suplementar pode exercer sua opção de voto, comunicando ao conselho seccional no qual possui inscrição principal. Além disso, a votação em trânsito é vedada. Nesse caso, o advogado poderia, por exemplo, votar no local mais perto do seu escritório, da sua residência ou na comarca próximo a uma audiência.
Dispõe o art. 67 do EAOAB que:
A Eleição da Diretoria do Conselho Federal, que tomará posse no dia 1º de fevereiro, obedecerá às seguintes regras:
I – será admitido o registro, junto ao Conselho Federal, de candidaturas à presidência, desde 6 (seis) meses até 1 (um) mês antes da eleição;
II – o requerimento de registro deverá vir acompanhado do apoio de, no mínimo, 6 (seis) Conselhos seccionais;
III – até 1 (um) mês antes das eleições, deverá ser requerido o registro da chapa completa, sob pena de cancelamento da candidatura respectiva;
IV – no dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da eleição, o Conselheiro Federal elegerá, em reunião presidida pelo conselheiro mais antigo, por voto secreto e para mandato de 3 (três) anos, sua diretoria, que tomará posse no dia seguinte;
V – será considerada eleita a chapa que obtiver maioria simples dos votos dos Conselheiros Federais, presente a metade mais 1 (um) de seus membros.
(BRASIL, 1994, art. 67)
À exceção do candidato à Presidente do Conselho Federal, os demais integrantes deverão ser conselheiros federais eleitos.
Conselho Federal
Órgão supremo da OAB, o Conselho Federal tem sua sede na capital do país (Brasília) e é composto pelos conselheiros federais, conforme o disposto no artigo 51 do EAOAB. São conselheiros federais: 
Os integrantes das delegações de cada unidade federativa e Os ex-presidentes do próprio Conselho Federal.
Falemos agora sobre os integrantes das delegações de cada unidade federativa. Cada conselho seccional elege três advogados (conselheiros federais) para representá-los no Conselho Federal. Esses conselheiros são eleitos pelo voto direto dos advogados em eleições realizadas trienalmente nos conselhos seccionais por meio de chapas.
As chapas contêm:
Candidatos à diretoria do conselho seccional
Presidente, vice-presidente, secretário-geral, secretário-geral adjunto e tesoureiro.
Conselheiros seccionais
Composta pelos conselheiros das seções.
Diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados
Delegação de conselheiros federais
Quando o presidente do Conselho Federal, que também é o presidente nacional da OAB, encerra o seu mandato, passando a ser ex-presidente, ele continua sendo conselheiro federal, só que na qualidade de membro honorário vitalício. Desse modo, existem 81 conselheiros federais provenientes das delegações (já que, no Brasil, há 27 unidades federativas, contando com o Distrito Federal) mais seus ex-presidentes.
Votação no Conselho Federal
Os votos no Conselho Federal são tomados por delegação. Cada uma delas tem direito a um voto.
Se a delegação for composta por três conselheiros federais, o voto será tomado por maioria (3x0 ou 2x1). Caso haja a falta de um conselheiro e a ausência de um suplente, ela só poderá votar se os dois que estiverem presentes votarem no mesmo sentido. Caso contrário, ocorrerá um empate, e seu voto não será computado, isto é, será inválido.
Os conselheiros federais integrantes das delegações não poderão exercer o direito de voto nas matérias de interesse específico da unidade federativa que representam, podendo, no entanto, opinar sobre o assunto, dispõe o artigo 68, §2º, do Regulamento geral do Estatuto da Advocacia e da OAB.
Ex : Se estiver sendo decidido se o Conselho Federal deve ou não intervir no conselho seccional de São Paulo, os integrantes da delegação de São Paulo ficarão impedidos de votar.
De acordo com artigo 51, §2º, do atual Estatuto da Advocacia, os ex-presidentes não têm mais direito a voto, como se permitia no passado, por ocasião da Lei nº 4.215/1963, tendo agora apenas direito de voz. Entretanto, o artigo 81 da Lei nº 8.906/94 determinou que essa restrição não se aplica a quem assumiu originariamente o cargo de presidente do Conselho Federal até a data da publicação dessa lei (5 de julho de 1994).
Fica assegurado, assim, o pleno direito de voz e de voto em suas sessões. Nas palavras do artigo 77, §2º, do Regulamento geral do Estatuto da Advocacia e da OAB: “Os ex-presidentes empossados antes de julho de 1994 têm direito de voto equivalente ao de uma delegação, em todas as matérias, exceto na eleição dos membros da diretoria do Conselho Federal”
O presidente do Conselho Federal tem apenas o voto de qualidade, isto é, o voto de minerva ou de desempate. Suas competências incluem:
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