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5- Princípios constitucionais referentes à Administração Pública resumo.pdf

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Evandro Guedes
Graduado em Administração de Empresas 
pelo Centro Universitário Barra Mansa (UBM). 
Graduado em Direito pelo Centro Universitário 
Geraldo di Biasi (UGB) e pela Faculdade Assis 
Gurgacz (FAG-PR). Professor de cursos prepa-
ratórios em Cascavel, Curitiba, Rio de Janeiro, 
Bahia e Minas Gerais. Possui vasta experiência 
nas bancas da Cespe/UnB, Esaf, FCC, FGV entre 
outras.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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Princípios constitucionais 
referentes à Administração Pública
Princípios constitucionais expressos e 
fundamentais do artigo 37, caput, da 
Constituição Federal
Os princípios fundamentais, os quais orientam toda a atividade da Ad-
ministração Pública, se apresentam de forma explícita ou implícita no texto 
constitucional. Existem disposições legais que prevêm vários princípios, 
contudo, todos eles são decorrência direta dos mandamentos do texto 
constitucional.
Os princípios que norteiam todas as ações da Administração Pública 
estão expressos no artigo 37, caput CF. Após a emenda constitucional 19/98, 
chamada de reforma administrativa, o princípio da eficiência foi introduzido 
no ordenamento pátrio, ou seja, após a EC 19/98, cinco passaram a ser os 
princípios gerais da Administração Pública, a saber:
princípio da legalidade; �
princípio da impessoalidade (finalidade); �
princípio da moralidade; �
princípio da publicidade; �
princípio da eficiência. �
Observação: note que as iniciais dos princípios formam a palavra LIMPE, 
grande atalho para fins de concursos públicos.
Devemos nos atentar para o princípio da impessoalidade para fins de con-
cursos públicos. Isso se dá porque no texto da Constituição Federal, embora 
não conste expressamente o princípio da finalidade, e sim, somente o princí-
pio da impessoalidade, juntamente com os outros quatro princípios, já está 
pacificado tanto pela doutrina como pela jurisprudência que o princípio da 
finalidade é sinônimo do princípio da impessoalidade.
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
Para Hely Lopes Meirelles, o princípio da impessoalidade representa exa-
tamente o princípio da finalidade, o qual determina uma atuação do admi-
nistrador público, impessoal, previsto na Lei (1998, p. 88). Ou seja, o ato ad-
ministrativo tem que atingir o seu objetivo, ou seja, o interesse público. Caso 
esse ato busque atingir outro objetivo que não seja o interesse público, o 
mesmo estará sujeito à anulação por desvio de finalidade.
Devemos nos atentar para a amplitude dos princípios constitucionais ex-
pressos. Eles são de observância obrigatória para toda Administração Direta 
e Indireta de qualquer dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário nas 
funções administrativas) e também de todos os entes federados (União, Es-
tados, Distrito Federal e Municípios).
Os cinco princípios expressos na CF (legalidade, impessoalidade, morali-
dade, publicidade e eficiência) são os chamados princípios constitucionais 
explícitos, os quais constam expressamente em nossa Constituição. No en-
tanto, existem os princípios constitucionais implícitos em nosso ordenamen-
to jurídico, os quais não estão expressos no texto constitucional, mas que 
também são de total importância, quais sejam:
princípio da supremacia do interesse público sobre o privado; �
princípio da razoabilidade; �
princípio da proporcionalidade; �
princípio da autotutela; �
princípio da continuidade dos serviços públicos. �
Por fim, os princípios representam regras e diretrizes que a Administração 
Pública deve tomar e, a partir deles, derivam várias obrigações a serem cumpri-
das pelos órgãos e agentes públicos que compõem a Administração Pública.
Princípios em espécie
Princípio da legalidade
O princípio da legalidade está previsto de duas maneiras distintas na 
Constituição Federal. Em primeiro plano, ele está descrito no artigo 5.º da CF 
da seguinte forma:
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
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Art. 5.o [...]
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
[...]
Dessa forma, esse princípio diz respeito à ação de todos os particulares, 
ou seja, constitui um princípio individual fundamental do artigo 5.º. Esse 
princípio diz que ao particular é permitido fazer tudo que a lei não proíba, 
ou seja, em caso de omissão de lei (omissão legislativa) o indivíduo está li-
berado para executar qualquer tipo de atitude que ela se reservará sempre 
legal. Aqui chamamos de princípio da legalidade em lato sensu.
Exemplo: até o ano de 2006 o adultério era considerado crime, dessa 
forma, até esse ano existia uma lei que proibia tal ação e o indivíduo que co-
metesse tal ilicitude seria sancionado pela lei. Contudo, após 2006 a lei parou 
de existir e não foi novamente regulamentada, ou seja, nada diz a lei sobre o 
adultério. Assim, atualmente, caso o indivíduo traia o seu cônjuge, não estará 
infringindo a lei. Na prática, a regra é que, na falta de lei que regulamente a 
matéria, o particular fica liberado para agir ou se omitir.
Por outro lado temos o princípio da legalidade descrito no artigo 37, 
caput, da CF:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
[...]
Aqui o princípio é totalmente diferente, enquanto para o particular é fa-
cultado fazer tudo que a lei não proíba, ao administrador público só é dado 
fazer o que a lei autorize ou determine, ou seja, em caso de omissão de lei 
(omissão legislativa) o administrador público não poderá agir.
Exemplo: enquanto o particular gasta o dinheiro próprio da forma que 
bem entende, o administrador público depende de lei expressa para efetuar 
compras para a Administração Pública. A Lei 8.666/93 veio regulamentar as 
alienações, compras e vendas da Administração Pública Direta e Indireta. Na 
prática se o objeto da compra não estiver expresso na lei (omissão da lei) 
o administrador não pode sequer comprar, ou seja, a compra está vincula-
da aos ditames da lei. Aqui chamamos de princípio da legalidade em stricto 
sensu.
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
CF, art. 5.º
Lato sensu
Particulares
“Ao particular é facultado fazer 
tudo que a lei não proíba”.
CF, art. 37 caput
stricto sensu
Toda Administração Pública
“A Administração Pública só pode 
fazer o que a lei manda ou autoriza.”
Legalidade
Princípio da impessoalidade
Esse princípio está previsto sob duas vertentes distintas descritas a 
seguir.
A primeira como norteador da finalidade de toda Administração Públi-
ca, também chamada aqui de princípio da finalidade. Aqui o administrador 
público despe-se de toda a intenção pessoal na ação, todos os recursos e 
esforços devem ser dirigidos para a finalidade do bem coletivo.
A segunda vertente dá conta da vedação do agente público à promoção às 
custas das realizações da Administração Pública (vedação à promoção pessoal 
do administrador público pelos serviços, obras e outras realizações efetuadas 
pela Administração Pública).
A segunda vertente está prevista no artigo 37, §1.º da CF:
Art. 37. [...]
§1.º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos 
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo 
constar nomes, símbolos ou imagensque caracterizem promoção pessoal de autoridades 
ou servidores públicos.
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
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Fins públicos
Finalidade coletiva
Proibição de promoção pessoal
Proíbe a vinculação da imagem do 
administrador em obras e serviços públicos
Proíbe a vinculação de sigla partidária
Impessoalidade
Princípio da moralidade
Esse princípio transforma em ética a conduta do administrador público. 
Para a Administração Pública não basta ser legal, ainda assim a ação do ad-
ministrador público deve estar revestida de moralidade.
A moralidade administrativa deve ser entendida como o conjunto de 
normas concernentes às condutas dos administradores. Essa conduta deve 
ser pautada por determinações legais, uma vez que o administrador público 
somente pode fazer o que a lei determina ou autoriza.
Intimamente ligado a esse princípio, está o dever de probidade, ou seja, 
de ser probo, honesto, e caso o administrador fira esse dever, estará come-
tendo ato de improbidade administrativa previsto no art. 37, §4.º da CF:
Art. 37. [...]
§4.º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, 
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na 
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Lembrando que moralidade é princípio e probidade é dever, contudo um 
está intimamente ligado ao outro e o administrador que for desonesto estará 
ferindo primeiramente o princípio da moralidade administrativa.
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
No que se refere à moralidade administrativa, encontra-se ainda a prote-
ção no art. 5.º, LXXIII, da CF:
Art. 5.o [...]
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular 
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
[...]
Como é de se ver, a Constituição Federal estatui que, qualquer cidadão 
pode propor ação popular visando a anular ato que venha a lesionar a mo-
ralidade administrativa.
Princípio da publicidade
Esse princípio está previsto sob duas vertentes distintas no artigo 37 da 
Constituição Federal.
Em primeiro plano prevê a obrigatoriedade da publicação dos atos �
da administração com requisito de eficácia para os atos que devam 
produzir algum efeito externo ou dos atos que gerem despesas para a 
Administração Pública.
Em segundo plano não basta publicar o ato, o mesmo deve ser torna- �
do público, ou seja, deve-se tornar acessível o ato, ou seja, a obrigato-
riedade de transparência do ato.
Por se tratar do Poder Público, é dever da Administração atuar com total 
transparência perante os administrados para que seja possível a estes ter co-
nhecimento sobre a atuação dos administradores a todo tempo. Esse prin-
cípio abrange toda a atuação estatal tanto externo como internamente, ou 
seja, como ensina Hely Lopes Meirelles (1996, p. 654), “[...] não só sob o aspec-
to da divulgação oficial de seus atos, como também de propiciação de conheci-
mento da conduta interna de seus agentes [...]”.
Lembrando que, como regra geral nenhum ato administrativo deve ser 
sigiloso, mas existem exceções caso os atos se relacionarem com a seguran-
ça da sociedade como um todo ou segurança do próprio Estado ou ainda 
quando o conteúdo da restrição for protegido pelo direito à intimidade, con-
forme estatui o art. 37, §3.º, II, da CF.
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
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Publicar no D.O.
Tornar acessível
Tornar público
“Não basta publicar. O adminis-
trador tem por obrigação tornar 
o ato público”
Publicidade
Princípio da eficiência
Esse princípio foi o último a ser inserido no texto constitucional, entrou 
com a Emenda Constitucional 19/98 e através dele várias inovações foram 
introduzidas.
A atuação do agente público foi direcionada de forma obrigatória ao 
melhor desempenho de suas atribuições a fim da obtenção dos melhores 
resultados possíveis.
Quanto à atuação, exige-se aqui que o administrador seja o mais racio-
nal possível, sempre no intuito de gerar melhores resultados na atuação 
administrativa.
Através desse princípio foi prevista a exoneração de servidor estável, ou 
seja, uma inovação, uma vez que o administrador antes de 1998 somente 
poderia ser desligado da Administração Pública compulsoriamente através 
de demissão ou aposentadoria. A perda do cargo do servidor estável pode 
ocorrer em situações distintas:
por excesso de despesa com pessoal; �
em virtude de reprovação em avaliação periódica de desempenho; �
em virtude de sentença judicial já transitada em julgado; �
mediante processo administrativo. �
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
A primeira situação de perda do cargo do servidor estável está prevista 
no art. 169, §4.º da CF:
Art. 169. [...]
§3.º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo 
fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios adotarão as seguintes providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e 
funções de confiança;
II - exoneração dos servidores não estáveis.
§4.º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para 
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o 
servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um 
dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto 
da redução de pessoal.
A segunda situação de perda do cargo do servidor estável está prevista 
no art. 41, §1.º, III, da CF:
Art. 41. [...]
§1.º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa.
Resolução de questões
1. (Cespe) Acerca do Direito Administrativo, julgue o item a seguir. Consi-
dere a seguinte situação hipotética.
 João é servidor público responsável por gerenciar obra pública levada a 
efeito pela entidade em que exerce suas funções. Ocorre que João nos 
limites de sua competência administrativa, determinou a pavimentação 
de uma rua, sem que houvesse previsão no contrato administrativo, em 
local que beneficia um imóvel de propriedade de sua mãe. Nessa situa-
ção, João praticou conduta abusiva com desvio de finalidade.
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
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 Solução: Certa. O administrador público no limite do que a lei de-
terminava em razão de competência deu início a uma obra pública, 
contudo usou esses recursos não com a finalidade pública, mas para 
lograr proveito próprio, no caso em tela, para beneficiar sua mãe. 
Ocorreu desvio de finalidade e não excesso, pois o administrador es-
tava no limite de suas competências legais e com desvio da finalidade 
pública.
2. (Cespe) Quanto aos princípiosconstitucionais do Direito Administrati-
vo brasileiro, julgue o item a seguir.
 Como decorrência do princípio da impessoalidade, a CF proíbe a pre-
sença de nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidade de 
atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos.
 Solução: Certa. Decorrência expressa do art. 37, §1.º, da CF:
Art. 37. [...]
§1.º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não 
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal 
de autoridades ou servidores públicos.
3. (Cespe) Considere que Platão, governador de estado da Federação, 
tenha nomeado seu irmão, Aristóteles, que possui formação superior 
na área de engenharia, para o cargo de secretário de estado de obras. 
Pressupondo-se que Aristóteles atenda a todos os requisitos legais 
para a referida nomeação, conclui-se que esta não vai de encontro ao 
posicionamento adotado em recente julgado do STF.
 Solução: Certa. Derivada diretamente do princípio da impessoalidade 
administrativa a súmula prevê o seguinte:
STF, Súmula Vinculante 13 (STF):
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por 
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da 
mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para 
o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada 
na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
Atividades
1. (Cespe) A Administração Pública, regulamentada no texto constitucional, 
possui princípios e características que lhe conferem organização e funcio-
namento peculiares. A respeito desse assunto, julgue o próximo item.
 Como consequência do princípio da presunção de legalidade, as de-
cisões administrativas são de execução imediata, até mesmo aquelas 
com possibilidade de gerar obrigações para o particular.
2. (Cespe) Julgue o item a seguir.
 Como decorrência do princípio da simetria e do princípio da separa-
ção dos Poderes, as hipóteses de iniciativa reservada ao Presidente da 
República, previstas na Constituição Federal, não podem ser estendi-
das aos governadores.
3. (Cespe) Com relação ao vencimento e à remuneração dos servidores 
públicos, julgue o próximo item.
 Assegura-se a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições 
iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três 
Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à 
natureza ou ao local de trabalho.
4. (Cespe) Acerca dos serviços públicos, julgue o item a seguir.
 Um dos princípios que regem a prestação de todas as modalidades 
de serviço público é o princípio da generalidade, segundo o qual os 
serviços públicos não devem sofrer interrupção.
5. (Cespe) No que se refere aos Poderes administrativos e aos princípios 
que regem a Administração Pública, julgue o item subsequente.
 O princípio da moralidade administrativa tem existência autônoma 
no ordenamento jurídico nacional e deve ser observado não somente 
pelo administrador público, como também pelo particular que se rela-
ciona com a Administração Pública.
6. (Cespe) Julgue o item a seguir.
 Com fundamento no poder disciplinar, a Administração Pública, ao ter 
conhecimento de prática de falta por servidor público, pode escolher 
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
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entre a instauração ou não de procedimento destinado a promover a 
correspondente apuração da infração.
7. (Cespe) A respeito dos princípios constitucionais aplicados ao Direito 
Administrativo, julgue o item que se segue. Nas situações em que for 
empregada, considere que a sigla CF se refere à Constituição Federal 
de 1988.
 Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade estão expressos 
no texto da CF.
8. (Cespe) Julgue o item a seguir.
 A CF confere aos particulares o poder de exigir, por meio da ação popu-
lar, que a Administração Pública respeite o princípio da moralidade.
9. (Cespe) Julgue o item a seguir.
 O princípio da autotutela possibilita à Administração Pública anular 
os próprios atos, quando possuírem vícios que os tornem ilegais, ou 
revogá-los por conveniência ou oportunidade, desde que sejam res-
peitados os direitos adquiridos e seja garantida a apreciação judicial.
10. (Cespe) Acerca da Administração Pública, julgue o item seguinte.
 As organizações privadas podem deixar de fornecer, por exemplo, de-
terminados dados financeiros, para resguardar as suas estratégias. Em 
contrapartida, na gestão pública, a transparência das ações e decisões 
deve existir, salvo quando houver questões que envolvam segurança 
nacional ou demais exceções respaldadas na CF.
11. (Cespe) Quanto aos princípios e normas da Administração Pública, jul-
gue o item abaixo.
 A proibição inserta na CF de acumular cargos públicos remunerados 
não abrange as funções ou cargos das empresas públicas e sociedades 
de economia mista.
12. (Cespe) Relativamente aos critérios de delimitação do âmbito do Direi-
to Administrativo, julgue o item a seguir.
 Pelo critério teleológico, o Direito Administrativo é considerado como 
o conjunto de normas que regem as relações entre a Administração e 
os administrados. Tal critério leva em conta, necessariamente, o cará-
ter residual ou negativo do Direito Administrativo.
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
13. (Cespe) A respeito da Administração Pública brasileira, suas estruturas 
e servidores, e dos princípios constitucionais, julgue o item seguinte.
 As empresas públicas se distinguem das sociedades de economia mis-
ta quanto à formação do capital, por não serem constituídas com re-
cursos particulares, mas ambas têm em comum o fato de seu capital 
ser dividido em ações, sob a forma anônima.
14. (Cespe) Julgue o item subsequente, acerca da Administração Pública.
 O princípio da reserva legal impõe que todas as pessoas jurídicas inte-
grantes da Administração Indireta de qualquer dos Poderes, seja qual 
for a esfera administrativa a que estejam vinculadas, só podem ser ins-
tituídas se autorizadas por lei.
15. (Cespe) Acerca do controle da Administração Pública e dos princípios 
que lhe são aplicáveis, julgue o item seguinte.
 As sociedades de economia mista e as empresas públicas que pres-
tam serviços públicos estão sujeitas ao princípio da publicidade tanto 
quanto os órgãos que compõem a administração direta, razão pela 
qual é vedado, nas suas campanhas publicitárias, mencionar nomes e 
veicular símbolos ou imagens que possam caracterizar promoção pes-
soal de autoridade ou servidor dessas entidades.
16. (Cespe) Julgue o item a seguir, acerca dos atos administrativos, dos Po-
deres administrativos, do processo administrativo e da responsabilida-
de civil do Estado.
 O desvio de finalidade do ato administrativo verifica-se quando o 
agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita 
ou implicitamente, na regra de competência.
17. (Cespe) Acerca dos contratos administrativos, julgue o item seguinte.
 O regime jurídico-administrativo fundamenta-se, conforme entende 
a doutrina, nos princípios da supremaciado interesse público sobre o 
privado e na indisponibilidade do interesse público.
18. (Cespe) A respeito da Administração Pública, julgue o próximo item.
 Considere que Pedro, servidor público estadual aposentado desde 
1997, receba, já que preenchidos os requisitos legais, R$8.000,00 de 
proventos pelo cargo efetivo de médico e R$3.000,00 de proventos 
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
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pelo cargo efetivo de professor. Considere, ainda, que, desde janeiro 
de 2009, Pedro tenha passado a ocupar cargo em comissão no âmbito 
federal, com remuneração de R$8.000,00. Nessa situação hipotética, 
não há acumulação ilegal de cargos.
19. (Cespe) Julgue o item a seguir.
 Os princípios constitucionais, assim como as regras, são dotados de 
força normativa. Com base nesse entendimento doutrinário, o Supre-
mo Tribunal Federal (STF) tem entendido que o princípio da morali-
dade, por exemplo, carece de lei formal que regule sua aplicação, não 
podendo a Administração disciplinar, por meio de atos infralegais, os 
casos em que reste violado esse princípio, sob pena de desrespeito ao 
princípio da legalidade.
20. (Cespe) Acerca dos princípios da Administração Pública e da Adminis-
tração Direta e Indireta, julgue o item subsequente.
 O princípio da razoabilidade impõe à Administração Pública a ade-
quação entre meios e fins, não permitindo a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente neces-
sárias ao atendimento do interesse público.
21. (Cespe) Acerca dos princípios da Administração Pública e da 
Administração Direta e Indireta, julgue o item subsequente.
 No que diz respeito à forma de organização, há determinação para 
que a sociedade de economia mista seja estruturada sob a forma de 
sociedade anônima e a empresa pública, sob qualquer das formas ad-
mitidas em direito.
22. (Cespe) Julgue o item a seguir.
 A inserção de nome, símbolo ou imagem de autoridades ou servidores 
públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços ou cam-
panhas de órgãos públicos ferem o princípio da impessoalidade da 
Administração Pública.
23. (Cespe) Em relação aos princípios básicos da Administração e às licita-
ções, julgue o item subsequente.
 A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a 
prática, uma vez que decorre diretamente dos princípios contidos na 
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
CF. No entanto, à nomeação para o cargo de conselheiro do Tribunal 
de Contas Estadual, por ser de natureza política, não se aplica a proibi-
ção de nomeação de parentes pelo governador do estado.
24. (Cespe) Julgue o item a seguir.
 O Direito Administrativo, como ramo autônomo, tem como finalidade 
disciplinar as relações entre as diversas pessoas e órgãos do Estado, 
bem como entre este e os administrados.
25. (Cespe) Julgue o item a seguir.
 A CF, as leis complementares e ordinárias, os tratados internacionais e 
os regulamentos são exemplos de fontes do Direito Administrativo.
Dicas de estudo
O primeiro passo para chegar a tão sonhada aprovação é ter organi- �
zação na hora de estudar. Diante disso, o mais importante é deixar 
um horário determinado para assistir às aulas na web e sempre ter em 
mente que o fato de estudar em casa às vezes se torna um desafio, mas 
com perseverança a vitória chegará.
O material é “dialógico”, ou seja, assista às videoaulas e acompanhe todo �
o material escrito. Assim, o que se fala nas aulas consta também no ma-
terial escrito. Contudo, fazer anotações é de suma importância.
Objetividade é a palavra de ordem. Diante disso, não adianta ficar se �
debruçando em livros gigantescos, pois as bancas examinadoras co-
bram questões objetivas e de grau mediano. Os conteúdos programá-
ticos são gigantescos e, caso o concursando perca tempo tentando se 
aprofundar demais, perderá o foco do estudo.
Para fins de concursos públicos temos que achar livros que retratem os �
vários posicionamentos das bancas examinadoras e tratem dos assun-
tos de forma simples. Diante disso, e focando sempre na necessidade 
do concursando, eu indico as obras dos professores Marcelo Alexan-
drino e Vicente Paulo (Direito Administrativo e Direito Constitucional 
Descomplicado, da editora Método).
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
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Tenacidade deve ser um predicativo fundamental para o concursando �
chegar à aprovação. Lembre-se, os concursos públicos no Brasil estão 
profissionalizados, dessa forma, o importante é ter em mente que a 
preparação mínima dura em torno de oito meses a dois anos de muito 
estudo.
Boa sorte concursando e até a aprovação!
Referências
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros.1996.
______. Direito Administrativo Brasileiro. 23. ed. São Paulo: Malheiros, 1998.
______. Direito Administrativo Brasileiro. 37. ed. Malheiros, 2011.
MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. 28. ed. Ma-
lheiros, 2011.
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 24. ed. Atlas, 2011.
Gabarito
1. Certo
2. Errado
3. Certo
4. Errado
5. Certo
6. Errado
7. Errado
8. Certo
9. Certo
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Princípios constitucionais referentes à Administração Pública
10. Certo
11. Errado
12. Errado
13. Errado
14. Certo
15. Certo
16. Certo
17. Certo
18. Certo
19. Errado
20. Certo
21. Certo
22. Certo
23. Errado
24. Certo
25. Certo
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