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Bomba injetora de Contraste
Por Ana Renata & Sandra
O que é uma bomba injetora de contraste
É um dispositivo eletromecânico que administra, de forma automática e precisa, o meio de contraste por via intravenosa. Ela garante que a injeção ocorra em um fluxo e volume controlados e no momento exato do exame.
Como se faz o cálculo para a disponibilização da dose
O cálculo da dose de contraste é feito com base no peso do paciente e no tipo de exame. A dose ideal é geralmente expressa em mL de contraste por quilograma de peso corporal (mL/kg). Por exemplo, um protocolo comum para TC de abdômen pode ser 1,5 mL/kg. Portanto, se um paciente pesa 70 kg, a dose seria de 1,5×70=105 mL. O radiologista define a dose e o técnico de radiologia programa a bomba com esse valor.
Qual a finalidade e função da bomba injetora?
A finalidade principal é aprimorar a qualidade de imagens médicas ao injetar o contraste de forma controlada. Sua função é garantir que a dose exata de contraste seja administrada na velocidade (fluxo) e no momento (tempo) corretos, o que é crucial para obter imagens diagnósticas claras.
Como funciona a bomba injetora?
O técnico de radiologia enche uma seringa específica com o contraste e a acopla à bomba. A bomba é então programada com o volume total, a taxa de fluxo (em mL/s) e, se necessário, o delay time. Um motor elétrico empurra o êmbolo da seringa com precisão, injetando o contraste na veia do paciente através de um cateter. O processo é sincronizado com a aquisição das imagens pelo equipamento de TC ou RM.
Explique o "delay time"
O delay time (tempo de atraso) é o intervalo de tempo entre o início da injeção do contraste pela bomba e o início da aquisição das imagens. Esse tempo é fundamental para permitir que o contraste se espalhe pela circulação e chegue ao órgão de interesse no momento ideal para a captura das imagens. O tempo de atraso varia conforme o órgão a ser estudado (por exemplo, artérias, veias, parênquima de órgãos).
O que é fase crítica da infusão de contraste por bomba injetora?
A fase crítica é o período em que o contraste atinge a concentração máxima no vaso ou órgão que se deseja estudar. Durante essa fase, o contraste "ilumina" a estrutura, tornando-a visível na imagem. As bombas injetoras são essenciais para garantir que a aquisição da imagem ocorra exatamente nesse momento.
Como uma injetora de contraste ajuda na economia de contraste?
As bombas injetoras permitem um controle extremamente preciso do volume de contraste administrado. Isso evita o desperdício, já que o técnico pode injetar apenas a dose calculada para o paciente, sem excessos, ao contrário da injeção manual, que pode não ser tão precisa.
Quais as reações previsíveis e as não previsíveis?
Reações previsíveis (efeitos colaterais): São leves e comuns, esperadas em alguns pacientes. Incluem sensação de calor ou rubor, gosto metálico na boca, náusea leve e dor no local da injeção.
Reações não previsíveis (alérgicas/anafiláticas): São menos comuns e podem ser leves, moderadas ou graves. Não dependem da dose e podem ocorrer mesmo com a primeira exposição. Variam de urticária (vermelhidão e coceira na pele) a quadros mais sérios como broncoespasmo, hipotensão e choque anafilático.
Preparo para as possíveis reações, relatar desde a leve até a grave.
O preparo e o manejo de reações adversas incluem:
Reações Leves: Monitorar o paciente. Muitas vezes, os sintomas (como calor ou náusea) desaparecem sozinhos.
Reações Moderadas: Oferecer tratamento sintomático. Por exemplo, administrar anti-histamínicos para urticária ou broncodilatadores para broncoespasmo leve, sob orientação médica.
Reações Graves: Iniciar o protocolo de emergência imediatamente. Isso inclui acionar a equipe médica, administrar adrenalina, garantir a via aérea, fornecer oxigênio e administrar fluidos intravenosos para estabilizar o paciente. Todo setor de imagem que utiliza contraste deve ter um kit de emergência completo (carrinho de parada) e profissionais treinados para lidar com essas situações.
Quais os pacientes que têm maior chance em apresentar reações adversas?
Pacientes com maior risco incluem:
Histórico de reação alérgica prévia a meios de contraste.
Histórico de alergias graves a outras substâncias (alergia alimentar, asma).
Pacientes com insuficiência renal ou diabete (maior risco de problemas renais induzidos pelo contraste).
Pacientes com doença cardíaca ou mieloma múltiplo.
Descreva as orientações importantes a serem passadas ao paciente antes e durante o exame.
Antes do exame:
Explicar o procedimento de forma clara e tranquila.
Informar sobre a sensação de calor ou rubor que podem sentir com a injeção.
Pedir para o paciente relatar imediatamente qualquer sintoma anormal, como coceira, dificuldade para respirar ou tontura.
Instruí-lo sobre a necessidade de permanecer imóvel durante o exame.
Durante o exame:
Comunicar a cada passo: "Agora a injeção vai começar, você pode sentir um calor...", "Fique parado, não se mova...".
Garantir que o paciente esteja confortável e seguro, e que ele possa se comunicar com você em caso de necessidade.
Obrigada pela atenção

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