Prévia do material em texto
Lições Licões Bíblicas 5 Bíblicas JOVENS E ADULTOS 4° Trimestre de 1997 I e Os problemas da e suas soluçõesARMAS PARA VENCER A BATALHA E EDIFICAR SUA VIDA Depois do sucesso de Alerta Final, a CPAD publica outro livro de Steven Lawson: FÉ SOB FOGO Steven J. Lawson Analisando a guerra espiritual do Filho de Deus, vivida na tentação do deserto, autor prepara-nos para a vitória diante da tentação. de Quais as táticas do inimigo? Como vencê-lo? Satanás Essas e outras perguntas são respondidas tendo Sleven Lawson como base o maior dos exemplos: Jesus Cristo. Cód. 350 QUANDO DEUS SUSSURRA NOME SEU nova QUANDO DEUS SUSSURRA o SEU NOME Esperança... é que muitos corações amargurados procuram com ansiedade. Se a dor e a solidão batem a sua porta, mais do que nunca, é momento de confiar em Deus e preparar-se para ouvi-lo sussurrar seu nome, trazendo palavras de alívio à sua vida. Quando Deus sussurra 0 seu nome - um livro do mesmo autor de Os Filhos do Rei e Trovão Gentil. Adquira na CPAD mais próxima, CPAD nas melhores livrarias evangélicas OU pelo Tem Sempre 0 Melhor telefone: 0800-21-7373 (a ligação é gratuita). Para VocêBíblicas Comentário: ANTONIO GILBERTO (lição de 1 a 7), GILMAR V. CHAVES (lição de 8 a 10) E CLAUDIONOR DE ANDRADE (lição de 11 a 13) SUMÁRIO Lição 1 Os Males da Divisão na Igreja Lições Lição 2 do Trimestre 0 Homem Sob Três Planos Bíblicos Lição 3 de 1997 Obreiro do Senhor Lição 4 A Disciplina Bíblica na Igreja Lição 5 Nosso Corpo Templo de Deus Lição 6 A Liberdade Cristã e seus Limites Lição 7 Lições de Israel para a Igreja Lição 8 A Excelência do Amor de Deus Lição 9 Culto a Deus e sua Direção Lição 10 A Contribuição Financeira na Igreja Lição 11 Ministério da Consolação Lição 12 Ministério do Espírito Santo Lição 13 0 Exemplo do Apóstolo PauloLOJAS Lições Bíblicas CPAD Matriz: Avenida Brasil. 34401 Bangu Rio de Janeiro, RJ CEP 21852-000 Tel.: (021) 406-7373 Tel/Fax (021) 406-7300 L Filais: EQS 110/111 Bloco A loja 25/26 Licões U Galeria Sini Karin Asa CEP 70373-400 Tel. (061) 244-3176 Tel/Fax. (021) 244-3171 Gerente: Alexandre Gonçal- ves N *RIO DE JANEIRO: Avenida Vicente de Carva- 1083, Rio de Janeiro, RJ CEP 21210-000 Bíblicas Tel. (021) 481-2101 Gerente: Severino Joa- quim da Silva Filho NITEROI: Rua Aurelino Leal, 47, loja B, Cen- tro, Niterói, CEP 24020-110 Tel. (021) 620- 4104 Tel/Fax (021) 620-4318. Gerente: Josué Pinheiro Faria NOVA Av. Governador Amaral Pei- Publicação Trimestral da Casa xoto, 427, lojas 101 e 103, Galeria Veplan, Publicadora das Assembléias de Deus Nova RJ, CEP 26210-060 Tel. (021) Avenida Brasil, 34401 Bangu 768-3103 Tel/Fax. 767-6744, Gerente: Marle- ne Campos Telefone: (021) 332-7373 SÃO PAULO: Rua Conselheiro Cotegipe, Fax: 332-8150 210, Belenzinho, CEP 03058-000 Tel/Fax. (011) 292-1677, Gerente: José de Oliveira CEP 21852-000 Rio de Janeiro, RJ PERNAMBUCO: Av. Dantas Barreto, 1021, São José Recife, CEP 50020-000 Tel. (081) Presidente da Convenção Geral 224-2441 Tel/Fax. (081) 224-2861. Gerente: Eudes Rocha dos Santos José Wellington Bezerra da Costa Franquias: Presidente do Conselho Administrativo Rua Senador Xavier da Silva, 450, Antonio Dionísio da Silva Centro Cívico, Curitiba, CEP 80530-060 tel. (041) Gerente: Ingrid Kusma Takayama Diretor Executivo SANTA CATARINA: Rua Felipe Schmidt, 786, Ronaldo Rodrigues de Souza Florianópolis, CP, 60, CEP 88010-970 Tel (048) Gerente: Marcelo Guilherme Gerente Financeiro PARA: Av. Governador José Malcher, 1579, Nazaré, Centro, Belém, CEP 66060- Walter Alves de Azevedo 230 Tel. (091) 222-7965, Gerente: Benedito de Moraes Jr. Gerente de Publicações CEARA: Rua Senador Pompeu, 834 loja 27 Gilmar Vieira Chaves Centro Fortaleza, CEP 60025-000 Tel. (085) 231-3004 Gerente: Gilvan Xavier ESTADOS UNIDOS: P.O. Box 132 Somerville Gerente de Produção 85 Washington Street Boston, Massachusets, Ruy Bergsten 02143 Tel. (0617) 625-1234, Gerente: Edila Gomes Setor de Educação Cristã Distribuidores: Claudionor Corrêa de Andrade CEARA: Rua Senador Pompeu, 834 loja 20 Centro Fortaleza, CEP 60025-000 Tel. (085) Redatora 252-3236, Gerente: José Maria Nogueira Lira Miriam Anna Libório AMAZONAS: Rua Henrique Martins, 347 Centro Manaus, CEP 69010-010 tel. (092) Digitadora 234-4950, Gerente: Eliezer Claudiano da Silva Pedrina Helena Trevas ESPÍRITO SANTO: Av. Duarte Lemos, 137, Centro, Vitória, CEP 29020-140 Tel. (027) Coordenador de Arte 222-1015, Gerente: Nascimento Leão dos San- tos Hudson Silva MINAS GERAIS: Rua Rio de Janeiro, 462, S/ L206, Centro, Belo Horizonte, CEP 30160-040, Editoração Eletrônica Tel. (031) 273-7303. Gerente: Wilson Alves Olga Rocha dos Santos, Dutra Oséias Felício Maciel MINAS GERAIS: Rua Jarbas L. D. Santos 1651, loja 102, Shopping Santa Cruz Juiz de e Eduardo de Souza Fora CEP 36013-150, Tel. (032) 212-7248 Gerente: Mauro Roberto Pinto da Silva Setor de Vendas MATO GROSSO: Av. Rubens de Mendonça, s/ Cícero da Silva Grande Templo Centro Cuiabá, CEP 78008-000 Tel (065) 621-1757 Gerente: Hélio Atendimento José da Silva RIO DE JANEIRO: Rua Maria Freitas, 110, Igrejas: Jesuíno Cardoso e Raul Elias Galeria Avatar, loja F, Madureira, CEP 21351- Livrarias: Laudicea P. da Silva 010, (021) 359-6421, Gerente: Oséias Santos e Adriana F. Silva RONDONIA: Rua José de Alencar, 3286, Caiari, Porto Velho CEP 78902-260 Tel. (069) 224- 6761 Gerente: Joaquim Nunes de Oliveira Telemarketing CPAD: 0800-217373 (ligação gratuita)LIÇÃO 1 5 de outubro de 1997 OS MALES DA DIVISÃO NA IGREJA TEXTO ÁUREO Cristo, que digais todos uma mes- ma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mes- "Não contendais pelo ca- minho" (Gn 45.24). mo parecer. 11 Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado VERDADE PRÁTICA pelos da família de Cloe que há contendas entre vós. 12 Quero dizer, com isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Contendas e facções são obra do Inimigo para debilitar Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de a obra de Deus e enfraquecer a Cefas, e eu, de Cristo. Igreja. 13 Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de LEITURA DIÁRIA Paulo? 3.4 Porque, dizendo um: Eu Segunda Mt 5.9 sou de Paulo; e outro: Eu, de Os pacificadores são bem-aventura- Apolo; porventura, não sois car- dos nais? Terça 5 Pois quem é Paulo e quem é A bênção divina da paz Apolo, senão ministros pelos quais Quarta Pv 13.10 crestes, e conforme 0 que 0 Se- A contenda vem da soberba nhor deu a cada um? Quinta Rm 12.18 6 Eu plantei, Apolo regou; Tende paz. com todos mas Deus deu 0 crescimento. Sexta Ef 4.3 7 Pelo que nem 0 que planta é A unidade vem de Cristo alguma coisa, nem 0 que rega, mas Sábado Pv 6.16-19 Deus, que dá crescimento. A contenda é uma abominação a Deus LEITURA BÍBLICA EM CLASSE COMENTÁRIO 1 CORÍNTIOS 1.10-13; 3.4-7 INTRODUÇÃO 10 Rogo-vos, porém, irmãos, apóstolo Paulo escreveu ao pelo nome de nosso Senhor Jesus crentes de Corinto: "Irmãos meus, 3me foi comunicado que há conten- blia fala da raiz que produz fel de das entre vós". Tais contendas vi- absinto (Dt 29.18; Hb 12.15). nham das facções, ou grupos rivais, 2. Fatores contribuintes. que eles mesmos haviam formado a. A mesclagem de raças. Corinto em torno de seus obreiros prediletos. era uma cidade cosmopolita de gran- Essas divisões provinham da carna- de porte, com costumes, tradições e lidade e da imaturidade espiritual. influências das mais variadas partes Hoje, quando isso ocorre em nossas do mundo. igrejas, sua origem é a mesma. A b. As diferenças sociais entre os divisão em Corinto era tão grave, que crentes de Corinto (1 Co 1.26; apóstolo Paulo (que nessa ocasião 11.21,22). Esses e outros fatores não encontrava-se em Éfeso) ocupou os devem jamais motivar cristão a ser quatro capítulos iniciais da Primeira contencioso, como acontecia naque- Epístola aos Coríntios para tratar do la igreja. Ali, a contenda ocorria tam- assunto. bém nos cultos, inclusive na Ceia do Senhor (1 Co 11.17-19). I. A NATUREZA DAS FACÇÕES EM CORINTO 3. Os grupos rivais da igreja de Corinto (1 Co 1.12). Eram quatro A desunião na igreja local preju- esses grupos, ou facções, que 0 após- dica a obra de Deus de muitas ma- tolo expõe nos capítulos 1 e 3 de sua neiras e a longo prazo. A igreja, via primeira epístola a essa igreja. de regra, é acossada por males que a. grupo dos fundadores. Esse vêm de fora, mas aqui temos uma grupo gloriava-se em autoproclamar- série de malefícios que surge de den- se como grupo de Paulo ("Eu sou tro. Oremos a Deus, e esforcemo-nos de Paulo", 1 Co 1.12). Eles jacta- para que nenhum de nós seja conta- vam-se da liberdade cristã em rela- do como divisionista na Igreja de ção à lei judaica, e assim excediam- Deus, ou que contribua para isso, se em nome da liberdade como mui- porque Deus não terá tal por ino- tos cristãos continuam a fazer nos cente. dias de hoje. Como bandeira de seu 1. As origens do partidarismo grupo, usavam indevidamente 0 na igreja. Em Corinto, as facções nome do apóstolo. giravam em torno de seus obreiros grupo dos intelectuais. Esse preferidos (1 Co 1.12,13; 3.4,5). É grupo autoproclamava-se "Eu sou de nosso dever honrar, respeitar, prezar Apolo" (1 Co 1.12; 3.4). Apolo era e amar os obreiros do Senhor, mas um pregador, talvez, mais eloqüen- não fazer deles ídolos, nem deles te que Paulo. Ver At 18.24-28; 1 Co formar grupos na congregação. As 2.1; 2 Co 10.10. Era um intelectual origens dessas divisões são como as fervoroso de espírito. raízes das plantas ocultas. E a Bí- C. grupo dos tradicionais. Esse 4grupo afirmava "Eu sou de Cefas" rinto (1 Co 3.1,3). "Porque ainda (1 Co 1.12). uso do termo aramai- sois carnais", afirmou Paulo. Corinto Cefas aqui (equivalente ao grego era uma igreja pentecostal, mas ha- Pedro) pode sugerir que esta facção via permitido que o "velho homem" fosse formada de judeus cristãos. prevalecesse em detrimento da nova Certamente espelhavam-se em natureza implantada pelo Espírito Pedro por ser este um dos primeiros Santo (2 Co 5.17). seguidores de Jesus. crente precisa ser possuído in- Não consta na Bíblia que Pedro tegralmente pelo Espírito Santo: es- tenha trabalhado em Corinto, mas a pírito, alma e corpo. mesmo Espí- sua popularidade chegara até lá atra- rito que manifesta poder no crente vés desses possíveis conversos ju- quer operar, antes de mais nada, a deus. santidade em nossa vida (Ef 5.9; At É um fenômeno que se repete 11.24a). Bom seria termos poder do hoje. Mesmo que um obreiro não alto sem aqueles problemas de visite, ou trabalhe, em determinado Corinto. Mas ter problemas sem po- lugar, pode tornar-se bem conheci- der é pior. Busquemos poder, e do ali por outros meios. evitemos tais problemas em nós mes- d. grupo exclusivista. Os mos e na igreja. componentes desse grupo, ou facção, 2. Faltava maturidade espiritu- diziam: "Eu sou de Cristo". Nenhum al em Corinto (1 Co 3.1,2). Imatu- obreiro era aceito por eles; só Cris- ridade espiritual crônica é um dos to. Nisso estava o seu grande erro. maiores obstáculos na vida espiritu- Eram exclusivistas; adeptos do al do crente. Instituições como cre- perfeccionismo e do pietismo. Os ches e jardins de infância precisam discípulos de Jesus tinham falhas. de rotina, disciplina, vigilância, su- Senhor o sabia, mas os aceitou mes- pervisão e primeiros socorros. Mas mo assim; trabalhou em suas vidas as crianças crescem, e logo tudo e os melhorou. Mais tarde, uma vez muda. Elas vão para outras séries, o Mestre assunto aos céus, eles re- em busca de conhecimentos mais ceberam o poder Espírito Santo, e continuaram a fazer a obra do Se- No sentido espiritual, nem sem- nhor. As outras facções vincularam- pre isso acontece. Paulo afirma que se a homens, mas este grupo só ad- os irmãos coríntios eram "meninos mitia um líder: Cristo. Entretanto, se em Cristo" (1 Co 3.1). Como está o próprio Cristo viesse a dirigi-los, seu desenvolvimento espiritual? E o em pessoa, eles o rejeitariam. seu crescimento na fé, no conheci- mento, e na ativação das virtudes que II. A CAUSA DAS FACÕES devem secundar a fé cristã? Ver 2 1. Havia carnalidade em Co- Pe 2.2; 1 Pe 1.5-7. 53. Inobservância da doutrina bí- de Deus é comunicante e apazigua- blica. Os crentes de Corinto haviam dor por natureza. Ver 1 Co 8.1b. sido doutrinados (At 18.11; Co 11.2; 4. sangue de Jesus Cristo. 4.7), mas continuavam alheios ao en- sangue de Jesus que provê a nossa sino da Palavra como a ressurreição reconciliação com Deus, tem o (1 Co 15.12). Eles davam-se à for- der, a virtude, o mérito e a eficácia nicação (1 Co 5.1); tinham comunhão de promover a paz, a união e a com os incrédulos e envolviam-se munhão entre os membros do corpo com a idolatria (2 Co 6.14-17). espiritual de Cristo (Cl 1.20; Ef Eles ainda não tinham compre- 2.13,14; 1 Co 10.16). Invoquemos, endido que o equilíbrio, a perenida- pela fé, o poder do sangue que nos de, crescimento e a ortodoxia de remiu e aproximou-nos de Deus, uma igreja, ou congregação local, para que opere a união e a unidade dependem grandemente do conheci- entre os crentes em suas igrejas e mento e da observância das doutri- congregações locais. nas bíblicas. A Palavra de Deus deve ser rigorosamente observada. CONCLUSÃO III. A CURA DA DESUNIÃO Facções, grupos e divisões são ENTRE CRENTES sempre danosos. Tais males são cha- mados "obras da carne" em 1. Reconhecer 0 senhorio de 5.19,20. Aí, termo traduzido por Cristo. Reconhecer e submeter-se a "heresias" não significa primeira- esse senhorio; isto é, a Cristo, qual mente aberração doutrinária, mas pertence a Deus como Filho Eterno facção, grupos rivais, divisões. "Car- e nosso Mediador. Aqui, acha-se ne", nesse caso, é a natureza huma- compreendida a relação entre as pes- na decaída, e sempre propensa ao soas da Trindade. Ver 1 Co 3.22,23; pecado. 11.3b. Crentes e grupos de crentes que 2. Reconhecer que as divisões vivem em contendas, rivalidades, fracionam a igreja como corpo de conflitos que nunca terminam, estão Cristo (1 Co 3.9,17). E quem as pro- na "carne", e devem meditar em tex- move pode sofrer o julgamento di- tos como Rm 8.7,8 e 5.17. "Sois vino. A divisão é obra do Inimigo (1 carnais", diz a Bíblia em 1 Co 3.3. Co 12.25). Em Cristo, todos somos A carne pode ser muito culta, pro- um. fissional e recheada de status, mas 3. amor promove e fortalece acha-se em rebeldia diante de Deus a união. Um crente cheio do amor de e sob condenação. Para um estudo Deus, promove e fortalece a união mais profundo deste assunto, leia entre os outros crentes, pois amor Rm 7.14 a 8.1. 6QUESTIONÁRIO 3. As facções de Corinto giravam em torno de quem? 1. De onde provinham as contendas 4. Quantos grupos rivais dividiram a e grupos rivais na igreja de Corinto? igreja de Corinto? 5. Qual era refrão do grupo 2. Quantos capítulos da Primeira exclusivista de Corinto? Epístola aos Coríntios, Paulo de- dica ao problema dos grupos ri- 6. Que significa o termo "heresias" vais? em 5.20? cluso no grupo do S deserição do crever Ele é chamado formado, não ob 0 7Lição 2 12 de outubro de 1997 HOMEM SOB TRÊS PLANOS BÍBLICOS TEXTO ÁUREO de Deus, porque lhe parecem lou- cura; e não pode entendê-las, por- que elas se discernem espiritual- "Examina-me, Senhor, e mente. prova-me; esquadrinha a mi- 15 Mas 0 que é espiritual nha mente e o meu coração" discerne bem tudo, e ele de nin- (SI 26.2). guém é discernido. 3.1 E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como VERDADE PRÁTICA a carnais, como a meninos em Cristo. 2 Com leite vos criei e não plano de Deus é que com manjar, porque ainda não cristão viva integralmente para podíeis, nem tampouco ainda ago- Ele, em espírito, alma e corpo. ra podeis; 3 porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, LEITURA DIÁRIA contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais Segunda segundo os homens? Um coração totalmente quebrantado 4 Porque, dizendo um: Eu Terça Rm 6.13 sou de Paulo; e outro: Eu, de Apresentai-vos a Deus Apolo; porventura, não sois car- Quarta 9.8 nais? Em todo tempo andando com Deus Quinta 2 Sm 24.22 nosso melhor para Deus COMENTÁRIO Sexta Sonda-me, ó Deus INTRODUÇÃO Sábado Ef 5.18 Enchei-vos do Espírito Santo De vez em quando, todos preci- samos tirar retrato para fins mais diversos. Daí a necessidade de se ir a LEITURA BÍBLICA EM CLASSE um estúdio fotográfico. Espiritual- 1 CORÍNTIOS 2.14,15; 3.1-4 mente falando, 0 estúdio de Deus é a sua Palavra. Nela, podemos ver nos- 14 Ora, 0 homem natural não SO retrato tal qual é: sem qualquer re- compreende as coisas do Espírito toque. Pois a Palavra de Deus é fiel. 8Neste mundo, o homem é classi- to, estará irremediavelmente perdi- ficado de muitas maneiras. É classi- do e morto em seus pecados (SI 14.1- ficado de acordo com a situação em 3; Rm 3.23; 8.9). que se encontra, ou segundo os ob- a) mesmo termo traduzido na- jetivos que traçou para a sua vida. tural em 1 Co 2.14, é traduzido ani- No entanto, Deus classifica os seres mal, em 1 Co 15.44, referindo-se ali humanos sob três planos como ve- ao corpo impulsionado e controlado remos no decorrer desta lição. Não pela alma humana e suas paixões. temos como escapar dessa classifi- nosso termo "alma" vem do latim cação. Ou somos homem natural, ánima, e nada tem a ver com animal ou homem espiritual, ou o homem e, sim, criatura especial de Deus (Gn carnal. 1.26,27; SI 8.4-6). No transcorrer da lição, identifi- b) mesmo termo é traduzido que-se diante de Deus. Você está in- sensuais em Jd v.19, no sentido de cluso no grupo do homem natural, ser governado apenas pelos sentidos espiritual ou carnal? naturais da alma, e não pelo Espíri- to Santo. "Sensual", aqui, não se re- I.O HOMEM NATURAL fere à volúpia, lascívia, cobiça car- Embora o plano mais elevado nal ou à incontinência, mas ao que é para 0 homem seja espiritual, Deus pereebido pelos começa, em sua Palavra, pelo plano c) mesmo termo é ainda tra- mais inferior: o natural. Isto é, co- duzido animal em relação à sabedo- meça a falar do homem que vive a ria que não procede do Espírito San- vida a natural, a vida deste mundo, to, e sim da capacidade puramente e que não tem o Espírito Santo no humana; inteiramente da alma huma- seu viver. na. Esses fatos bíblicos ajudam a 1. A descrição do homem na- descrever homem chamado natu- tural. Ele é chamado natural porque ainda não experimentou a regene- 2. Natural também significa ração. Vive segundo a natureza pe- não trabalhado. Ou seja: não trans- caminosa e decaída desde a queda formado, não modificado, não pro- ocorrida no Éden. Ele está perdido. cessado, não cultivado. Exemplo: a A menos que aceite a Jesus, não há madeira tal qual cortada do tronco; solução para ele. Esse homem não não trabalhada, bruta. Vamos dar um pode ser reformado nem melhorado. outro exemplo: a pedra como se en- Ele tem de ser transformado pelo contra na pedreira; não polida, nem poder do Espírito Santo (Rm 8.9; esculpida. Assim é 0 homem natu- 7.18). Não importa quão bom, cul- ral. Ele se acha morto em seus peca- to, educado, experiente, moralista e dos; ainda não foi transformado pelo religioso seja, se não aceitar a Cris- Espírito Santo. Ele precisar nascer de 9novo para tornar-se agradável aos 6.11). plano (e a vontade) de Deus olhos de Deus. é que sejamos espirituais (Rm 12. 3. homem natural e seus im- 1,2). Ver mais sobre o homem espi- pedimentos. ritual em 6.1; 1 Pe 2.5; Hb 5.14. a) Ele não compreende as coisas 1. o relacionamento do homem de Deus. Sua mente carnal não al- espiritual com Deus. homem es- cança nem valoriza as coisas divinas piritual é exatamente inverso do porque não tem Espírito Santo. homem natural. Este relacionamen- b) Ele não entende as coisas de to é tríplice: Deus. Para entender é preciso pri- a) homem espiritual aceitou a meiro compreender. Cristo como seu Salvador e "nasceu c) Ele não discerne as coisas de de novo" espiritualmente (Jo 3.5). Deus porque elas são espirituais. Na (b) Ele submete-se inteiramente a natureza carnal, não habita bem al- Cristo como seu Senhor, em todas as gum de ordem espiritual (Rm 7.18). áreas da sua vida. Eis mais alguns textos sobre o ho- c) Ele é cheio do Espírito. Tem mem natural: em Ef 2.3; At 26.14; 2 vigor e vida espiritual abundante, Pe 2.12. como ocorre entre o tronco e os ra- d Ele desconhece completamen- mos da videira (Jo 15.5). te as coisas sobrenaturais de Deus. 2. A condição do homem espi- Ele só entende as coisas físicas, ma- ritual diante de Deus. teriais; as coisas deste mundo; desta a) homem espiritual é cheio do vida. Espirito Santo, qual possibilita-o Se você, leitor, ainda é este ho- a viver para Deus. mem natural, identifique-se diante de b) Sendo cheio do Espírito San- Deus, e corra para Jesus. Receba a to, esse crente dá fruto espiritual sua salvação poderosa e transforma- automática e abundantemente para dora. E isso não é tudo. É preciso Deus, uma vez que esse fruto, de viver inteiramente para Ele. Não bas- que fala a Bíblia, não vem do es- ta tê-lo como nosso Salvador; é im- forço humano: vem da natureza prescindível segui-lo e servi-lo como divina do Espírito que age com nosso supremo Senhor. toda a liberdade na vida do crente. Ver 2 Pe 1.4. HOMEM ESPIRITUAL homem espiritual tem a (1 Co 2.15) mente de Cristo. pelo Espírito homem espiritual é assim cha- Santo, discerne bem a tudo (1 Co mado por ser impulsionado, contro- 2.16). lado e dirigido pelo Espírito Santo. Essa é a vontade de Deus para seu "eu" está vivo, mas se acha todo crente. A Bíblia descreve a con- crucificado com Cristo 2.20; Rm dição do homem espiritual como 10sentado nas celestiais" com para crente; o crente é que tem de Cristo (Ef 1.3; 2.6). estar crucificado para mundo. Um dos grandes perigos na vida cristã III. HOMEM CARNAL consiste em se descer da cruz. Essa Pelo contexto desta passagem e é uma mensagem para quem já é dis- de outras congêneres, vê-se que o cípulo de Cristo (Mt 16.24; homem carnal é crente e salvo. Não 14.27). obstante, sua vida cristã é mista, di- 1. relacionamento do homem vidida e marcada por constantes su- carnal com Deus. Ele entristece o bidas e descidas. Ele é um crente que Espírito Santo, fazendo o que bem "começa pelo Espírito e termina pela quer. Espírito Santo não pode carne" 3.3). É chamado carnal levá-lo à vida cristã abundante, porque a velha natureza adâmica, derosa e triunfante, porque tal cren- herdada da raça humana, nele pre- te é imaturo e acha-se preso às coi- valece; ainda não foi subjugada pelo sas desta vida e deste mundo. Espírito Santo (Rm 8.13). 2. condição do homem car- A natureza humana pecaminosa, nal diante de Deus. Ele está dividi- existente em todo crente, embora não do: em parte vive para Deus, e em possa ser mudada, precisa ser mor- parte vive para agradar a si mesmo. tificada e vencida pelo poder do Es- Enquanto homem espiritual vive pírito Santo 3.5; Gl 2.19; 6.14; no plano superior das celes- Rm 8.13). Nem todo crente vive uma tiais", carnal vive mais na esfera vida consagrada, nem se acha dis- do terreno, porque a sua visão está posto a vencer plenamente a nature- voltada para o natural. za adâmica. Na igreja de Corinto, 3. Sinais do homem carnal. muitos crentes eram carnais. A sua a) E espiritualmente infantil; velha natureza estava livre para agir imaturo (1 Co 3.1); ao invés de "levar cativo todo pen- b) Vive de "leite", sentido de samento à obediência de Cristo" (2 rudimentos da doutrina (Hb Co 10.3-5). Isso só há de ser obtido por nossa inteira submissão a Cris- c) É sectário e dado a isso (1 Co to, como nosso Senhor, e pela obra 3.4) santificadora do Espírito Santo em d) É dominado pela inveja (1 Co nosso ser (Rm 6.13; 5.16). 3.3). Conforme está escrito em Rm e) É dado a contendas e consi- 6.11, não é o pecado que morre den- dera isso uma virtude e um direito tro do crente; o crente é que deve (1 Co 3.3). morrer para o pecado e viver para f) Não se aflige ante os proble- Deus. Também, conforme 6.14, mas da igreja, como ocorria em não basta mundo estar crucificado Corinto (1 Co 5.1-13; 6.13-20); 11g) carnal, com naturalidade e mundanismo e purificar-se median- facilidade, move ação judicial con- te sangue de Jesus Cristo, 0 Espí- tra a igreja e irmãos na fé (1 Co rito Santo e a Palavra de Deus. En- 6.1-8); fim: deve apartar-se de tudo quanto h crente carnal vive uma vida contamina espírito, a alma e 0 cor- mista, querendo agradar a si mes- po, e aperfeiçoar a sua santificação To, aos outros, ao mundo e a Deus no temor do Senhor (2 Co 7.11). Co 10.20,21). CONCLUSÃO QUESTIONÁRIO O crente carnal deve refletir, e 1.0 que é 0 homem natural? tomar a decisão de mudar de vida e afastar-se de tudo o que desagrada a 2.0 que é homem carnal? Deus (Gl 6.7,8; Tg 1.13-15). Pois 3.0 que é homem espiritual? corre o risco de abandonar a fé (1 Co 10.1-12). Segundo estudamos nesta 4. que 0 homem carnal deve fazer lição, ele tem de se separar do para agradar a Deus? 12Lição 3 19 de outubro de 1997 OBREIRO DO SENHOR TEXTO ÁUREO penseiros dos ministérios de Deus. 2 Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache "Não que sejamos capazes, fiel. por nós, de pensar alguma coi- 15.9 Porque eu sou menor sa, como de nós mesmos; mas dos apóstolos, que não sou digno a nossa capacidade vem de de ser chamado apóstolo, pois que Deus" (2 Co 3.5). persegui a igreja de Deus. 10 Mas, pela graça de Deus, sou que sou; e a sua graça para VERDADE PRÁTICA comigo não foi vã; antes, traba- lhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de trabalho do obreiro do Deus, que está comigo. Senhor não é fácil, nem pouco, mas é glorioso, elevado e 11 Então, ou seja eu ou sejam compensador. eles, assim pregamos, e assim haveis crido. LEITURA DIÁRIA COMENTÁRIO Segunda 2 Tm 2.15 INTRODUÇÃO bom obreiro do Senhor Em 1 Coríntios 3.9, a Bíblia diz Terça Lc 10.2 dos obreiros: "Nós somos coopera- Poucos são os verdadeiros traba- dores de Deus". Em geral se pensa lhadores que cooperador no trabalho do Se- Quarta Jo 9.4 nhor seja um obreiro iniciante, ou um Enquanto é dia Quinta 2 Co 5.20 mero auxiliar, mas aqui trata-se de Embaixadores de Cristo um obreiro habituado na Seara do Sexta Mc 1.17 Mestre, dando 0 máximo de si, com Pescadores de homens todo esforço, juntamente com os de- Sábado - 2 Tm 3.17 mais, para levar avante 0 trabalho de homem de Deus Cristo. No mesmo versículo, a Bí- blia diz do rebanho do Senhor: "Vós LEITURA BÍBLIA EM CLASSE sois lavoura de Deus". Agora a cena 1 CORÍNTIOS 4.1,2; 15.9-11 muda: em vez do obreiro, aparece a Seara do Senhor, na qual obreiro 1 Que os homens nos conside- se ocupa. rem como ministros de Cristo e des- Obreiros vêm e obreiros vão, mas 13a Igreja do Senhor permanece, por- Ver 1 Co 12.28b "governos", e que ela é obra de Deus e não de ho- Rm 12.8 que mem. Dela disse Jesus: "A minha Há igrejas que possuem obreiros- Desta expressão do administradores em excesso, mas concluí-se que há outras aglomera- poucos pastores para cuidar das ove- ções que levam nome de igreja, lhas. Embora não constituam toda a mas que não são a sua Igreja. obra de Deus, as ovelhas são a sua principal parte, porque são dotadas I. A DIVERSIDADE DE de almas viventes com um destino MINISTÉRIOS (1 Co 4.1,2) eterno. Em 1 Ts 5.12, a Bíblia fala Os obreiros que trabalhavam na de obreiros "que trabalham entre igreja de Corinto ilustram, em parte, vós", e também de obreiros "que pre- sidem sobre vós no Senhor". os vários tipos de ministério que Deus pôs na sua Igreja, como está Obreiro e mistérios de Deus escrito em 1 Co (v.1). Conforme vemos em Co 2.7, "Ministros de Cristo" neste contexto, são as "Ministros", aqui, não é um termo verdades e doutrinas bíblicas da re- geral para significar obreiros do denção, e da Igreja do Senhor, reve- Evangelho. Literalmente, 0 termo ladas por Jesus nos evangelhos, e refere-se a um serviçal muito humil- pelo Espírito Santo através das epís- de, cujo trabalho, naqueles tempos, tolas do Novo Testamento. era muito pesado. Deus usa esse ter- Obreiro e sua fidelidade ao Se- mo para realçar: nhor (v.2). despenseiro a que se a) A humildade que deve assina- refere 0 texto bíblico não era dono lar todos obreiros do Senhor; daquilo que cuidava e administrava, b) A responsabilidade confiada assim como o obreiro não é dono da por Deus ao obreiro, na execução da obra que dirige, pois esta pertence sua obra. ao Senhor. A idéia aqui é o volume de tra- 3. Os obreiros que trabalha- balho. vam em Corinto. Esses obreiros, 2. Despenseiro dos mistérios de bem como seu trabalho, estão re- Deus" (1 Co 4.1,2). A idéia, aqui, é gistrados na Bíblia para nosso en- mais de qualidade no trabalho que se sino concernente à Igreja, ao seu faz para Deus. termo despenseiro, ministério e ao seu trabalho. neste versículo, alude a um adminis- Paulo, fundador da igreja trador que, a serviço de seu senhor, local (1 Co 3.6a, 10). Como missio- cuida de sua casa, negócios, recur- nário, ele fundou a igreja em Corinto sos, propriedades e pessoal. A tarefa (At 18.1). Aí, permaneceu 18 desse despenseiro não era tanto ma- dedicando-se ao ensino doutrinário nual (como a do caso anterior), mas daquela novel igreja (At 18.11). A principalmente mental. Deus também lição que temos aqui é a do obreiro capacita obreiros para tais ministéri- que cuida, com absoluta prioridade, 14do ensino da Palavra de Deus na tolas: 2 Coríntios, Filipenses, Colos- igreja. Paulo tinha muito o que fa- senses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessa- zer naquele lugar, mas sabia, pelo lonicenses, e Filemon. Isso revela até Espírito Santo, que discipulado da- que ponto Timóteo merecia a confi- queles novos crentes era fundamen- ança de Paulo, 0 apóstolo a quem tal para a consolidação e avanço da Deus confiara tão grande obra. obra de Deus. Tito (2 Co 7.14,15). Este tam- Se as igrejas e congregações de bém trabalhou em Corinto. Tinha hoje cuidassem devidamente dos no- personalidade forte, como se deduz vos convertidos, levando-os, inclusi- de 2 Co 7.15 e Tt 1.5. Ele muito ve, a buscar batismo com o Espírito laborou no levantamento de fundos Santo, teríamos uma igreja muito mai- para a assistência social daquela épo- or, tanto em quantidade como em qua- ca, na igreja (2 Co 8.6). Talvez por lidade. As igrejas também não estão ser um obreiro enérgico, ele foi para investindo como se deve na prepara- Dalmácia (2 Tm 4.10). Apesar de os ção de obreiros para "fazer discípulos", dálmatas serem de difícil diálogo, Tito conforme ordenou Jesus. Discípulos certamente soube lidar com eles. do Senhor não nascem assim; eles (e) Silas (2 Co 1.19). Trata-se do são feitos depois de nascidos. Do mesmo obreiro chamado Silvano nascimento espiritual, Jesus cuida, noutras referências. (Silvano é a for- mas a seguir, vem a missão da Igre- ma latina de Silas). Era profeta do ja, que é a de "fazer discípulos". Senhor. Esses ministérios todos são b Apolo (1 Co 3.6). Aqui está necessários na obra de Deus. dito que Apolo "regou". Esse é um santo ministério cuidar das planti- II. OBRA DO MINISTÉRIO nhas na casa do Senhor. Sem isso Nenhum obreiro é perfeito, mas elas definharão. Ver mais sobre também nenhuma congregação é, Apolo em At 18.24-28. Comparan- e muito menos a de Corinto. Os títu- do-se 1 Co 3.6 com At 18.27b, vê- los e os atos que a Bíblia registra se que Apolo cuidava também do com referência aos obreiros das duas discipulado dos novos cristãos. Epístolas aos Coríntios, nos ensinam c) Timóteo Co 4.17). Esse foi muito sobre o ministério evangélico. outro obreiro que trabalhou em 1. "Cooperadores de Deus" (1 Corinto. Ele aprendera com o gran- Co 3.9). obreiro é descrito aqui de mestre que foi Paulo, e relembra- como um auxiliar de Deus, traba- va os seus ensinos para aquela con- lhando com Ele como bem diz gregação. Reiterar, repetir e relem- termo original. Então, obreiro que brar podem ser aspectos do ministé- trabalha com Deus deve ser um cons- rio de determinado obreiro. tante aprendiz dEle. Paulo coloca Timóteo em lugar 2. "Ministros de Deus" (2 Co de honra, mencionando-o nos pri- 6.4). Aqui, o termo original para mi- meiros versículos das seguintes epís- nistro é o mesmo para diácono como 15em Fp 1.1. obreiro chamado por e assembléia de crentes em torno de Deus é um assistente e servidor seu pastor. um diácono de Deus. É um altíssimo 4.0 galardão futuro do obrei- privilégio e uma grande responsabi- ro (1 Co 3.14). Esse galardão futuro lidade. do Senhor constitui-se também em 3. "Embaixadores das Igrejas" sua aprovação quanto ao trabalho (2 Co 8.23). Este termo, na Bíblia, sig- executado pelo Ver Mt nifica literalmente alguém enviado 20.1,8; 2 Tm 4.7.8. como representante em missão de ser- viço. obreiro do Senhor representa CONCLUSÃO sua igreja por onde vai. Cada obrei- Os frutos do trabalho do servo do deve considerar esta grande res- ponsabilidade. embaixador repre- Senhor não surgem de um dia para senta seu povo e seu país. Assim outro. Em Mc 4.28,29, Jesus disse: faz obreiro, espiritualmente. Em 2 "Primeiro a erva, depois a espiga, e Co 5.20, o termo no original do Novo por último 0 grão cheio na espiga. Testamento não é o mesmo de 2 Co quando já fruto se mostra Às 8.23, e tem a ver com a maturidade vezes, obreiro se impacienta com a e experiência do obreiro. lentidão do crescimento, mas cres- cimento desordenado não é normal, III. REALIZAÇÃO DO pois os seus frutos são enganosos. OBREIRO Bonitos na aparência, mas carentes na realidade. Senhor Jesus ainda dis- A realização plena do obreiro se: "Pelos frutos terá lugar no dia da glorificação da Igreja, na presença do Senhor, mas, já aqui, há uma certa realização QUESTIONÁRIO como veremos a seguir. 1. crescimento da obra de 1. Que sentido tem termo coopera- Deus. Ver 2 Co 7.4, onde Paulo ex- dor aplicado ao obreiro? pressa seu regozijo, sua felicidade 2. Que significa a expressão "minis- ante progresso da igreja de Corinto. térios de Deus"? 2. testemunho da igreja em favor do obreiro (2 Co 3.1-3). Isto 3. Que obreiro Deus usou para fun- para 0 obreiro é uma grande realiza- dar a igreja em Corinto? ção em sua vida e ministério. Infe- 4. Em quais epístolas Timóteo apare- lizmente, muitas igrejas não podem ce no primeiro versículo? assim proceder por causa dos maus obreiros. 5. Em geral, como surgem os frutos no trabalho do Senhor, conforme 3.0 contentamento do obreiro Mc em relação à igreja (1 Co 1.4). A igreja, não como um campo de tra- 6. Cite três obreiros que trabalham balho em si, mas como congregação na igreja de Corinto. 16Lição 4 26 de outubro de 1997 A DISCIPLINA BÍBLICA NA IGREJA TEXTO ÁUREO LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 1 CORÍNTIOS 5.1-13 "Mandamo-vos, porém, ir- mãos, em nome de nosso Se- 1 Geralmente, se ouve que há nhor Jesus Cristo, que vos entre vós fornicação e fornicação aparteis de todo irmão que tal, qual nem ainda entre os genti- andar desordenadamente, e não os, como é haver quem abuse da segundo a tradição que de nós mulher de seu pai. recebeu" (2 Ts 3.6). 2 Estais inchados e nem ao menos vos entristecestes, por não ter sido dentre vós tirado quem VERDADE PRÁTICA cometeu tal ação. 3 Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no Na igreja, a disciplina bí- espírito, já determinei, como se blica, tendo como base 0 amor, estivesse presente, que 0 que tal tem de visar a restauração do ato praticou, culpado e a pureza espiritual 4 em nome de nosso Senhor da congregação. Jesus Cristo, juntos vós e 0 meu espírito, pelo poder de nosso Se- nhor Jesus Cristo, LEITURA DIÁRIA 5 seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que 0 Segunda Pv 3.11,12 espírito seja salvo no Dia do Se- A Disciplina do Senhor nhor Jesus. Terça - Hb 12.8-10 6 Não é boa a vossa jactân- cia. Não sabeis que um pouco de Sem disciplina não há discípulo fermento faz levedar toda a mas- Quarta 12.11 sa? abençoado fruto da disciplina 7 Alimpai-vos, pois, do fer- Quinta mento velho, para que sejais uma A repreensão do Senhor é benéfica nova massa, assim como estais sem Sexta 1 Co 14.40 fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Um culto disciplinado 8 Pelo que façamos festa, não Sábado Tt 1.3-7 com 0 fermento velho, nem com 0 Um ministério disciplinado fermento da maldade e da malí- 17cia, mas com os asmos da sinceri- radoura acerca da disciplina bíblica dade e da verdade. na igreja local. 9 Já por carta vos tenho es- crito que não vos associeis com os I. A BÍBLIA E A DISCIPLINA que se prostituem; NA IGREJA 10 isso não quer dizer abso- lutamente com os devassos deste No âmbito da revelação divina e mundo, ou com os avarentos, ou da vida cristã, a disciplina é um as- com os roubadores, ou com os idó- sunto altamente positivo. Deus dis- latras; porque então vos seria ne- ciplina os seus para fazer destes, dis- cessário sair do mundo. cípulos ainda melhores. para tan- 11 Mas, agora, escrevi que to, a partir da sua Palavra, utiliza-se não vos associeis com aquele que, de vários meios. de disciplina que dizendo-se irmão, for devasso, ou vem a palavra discípulos. avarento, ou idólatra, ou maldi- 1. Os primórdios da disciplina zente, ou beberrão, ou roubador; bíblica. A primeira idéia clara de com tal nem ainda comais. disciplina está em 12.15, 12 Porque que tenho eu em 19,20. Nessa passagem, Deus orde- julgar também os que estão de nou que os israelitas retirassem todo fora? Não julgais vós os que estão e qualquer fermento de suas casas. dentro? fermento, na Bíblia, simboliza o 13 Mas Deus julga os que es- pecado: age secreta e invisivelmen- tão de fora. Tirai, pois, dentre te na vida do povo de Deus. vós a esse iníquo. Uma outra noção clara de disci- plina acha-se em Números 5.1-4. COMENTÁRIO Aqui está prescrito que todos le- prosos e imundos fossem mantidos INTRODUÇÃO fora do arraial. Isso nada tem a ver com discriminação. Em Deuteronô- Além dos males do partidarismo na igreja de Corinto, havia um outro mio, aparece nove vezes a prescri- ção disciplinar: "Tirarás 0 mal do ainda pior um caso conhecido e meio de ti". Esta mesma mensagem continuado de incesto. Não se trata- aparece no v.13 desta lição: "Tirai va de uma casualidade momentânea, dentre vós a esse iníquo". mas de algo seguido. Como se isso 2. A necessidade da disciplina não bastasse, os demais membros bíblica (v. 6b). pecado é um agen- daquela igreja jactavam-se de esta- te causal espiritual que, além do seu rem tolerando um testemunho tão contágio, conduz à morte espiritual. mau. Pode ser individual ou coletivo (Lv A atitude do apóstolo Paulo para 4.13; Rm 6.23; Tg 1.15; Ef 2.1). corrigir o problema daquela congre- 3. A finalidade da disciplina gação comunica-nos uma lição du- bíblica 18a) Dar testemunho da santidade va. caso de Corinto é um exem- da Igreja (1 Co 3.16,17). plo. Infelizmente, em certas igrejas, b) Levar transgressor a corri- a disciplina corretiva é aplicada sem gir-se. Israel, na sua obstinação, ig- amor e temor de Deus. norou a disciplina do Senhor, e deu- se mal (Jr 7.28). Hoje, há igrejas que A IGREJA E A DISCIPLINA já aboliram a disciplina bíblica e 1. Segundo as Escrituras, a amorosa, argumentando que ela não Igreja, em casos de disciplina, vem é bíblica. assim, prejudicam a fei- na terceira instância. A primeira con- ção característica da igreja a de ser siste em dois "irmãos" que precisam separada para Deus e para seu uso. se concertar; a segunda, são dois "ir- c) Dar testemunho da santidade mãos" mais uma ou duas testemu- de Deus e servir de exemplo peran- nhas; a terceira é a congregação reu- te mundo. nida (Mt 18.15-17; 1 Co 6.3,4). 4. A atitude de Jesus referente 2. pecado que afetou a igre- à disciplina. Em João 8, Senhor ja de Corinto era de comissão, por Jesus usou de misericórdia para com parte daquele crente, mas tornou-se à mulher flagrada em adultério, mas também de omissão, por parte de sua recomendou-lhe: "Vai, e não peques igreja, por não ter a congregação mais". Em Mateus 18.15-22, Ele nos cuidado de sua imediata disciplina. deixa um profundo ensino sobre a 3. Cada crente, individualmen- disciplina cristã. te, e a igreja, como um todo, de- 5. Formas de disciplina na vem estar sempre dispostos a per- Igreja. Quando um crente peca, e doar uns aos outros, uma vez ha- continua em seu pecado, quer ele vendo reconhecimento, quebranta- saiba ou não, está afetando toda a mento de espírito, confissão, pedido congregação à qual pertence. Afi- de perdão e abandono do pecado. Foi nal, a Igreja de Cristo é comparada assim que Cristo nos ensinou (Mt na Bíblia a um corpo, e quando um 6.12-15) e agiu em relação a nós de seus membros é afetado todo 3.13). A oração ajuda crente a per- corpo sente (1 Co 12.12-27). doar (Mc 11.25). a) A disciplina preventiva. Des- tina-se a evitar que os males surjam III. o DESCANSO COM o no meio do povo (1 Jo 2.1; 1 Co PECADO NA IGREJA (v.2) 6.12; 10.23; 1 Co 10.32). Na lição em estudo, 0 transgres- b) A disciplina corretiva. En- sor prosseguiu na igreja como se quanto a disciplina preventiva é nada tivesse acontecido. A congre- branda e suave, a disciplina correti- gação, por sua vez, ignorou o assun- va costuma ser dolorosa. São mui- to. Tratava-se de um pecado hedion- tos recursos da disciplina correti- do. Um membro da igreja estava vi- 19vendo com sua madrasta, conjugal- vam em profusão os dons espiritu- mente, como se fossem marido e ais, mas isso não isentou os crentes mulher. A lei de Deus condenava tais de problemas e males. práticas (Lv cap. 18, Dt caps. 22; 27; 2. Crentes divididos e orgulho- 30). No Sermão da Montanha, Jesus como de Corinto (cap. 3) fi- confirmou esses ensinos (Mt 5.17, cam enfraquecidos e tornam-se pre- 18). Por sua vez, a lei civil romana sa fácil do Inimigo. também condenava esse repulsivo 3. Paulo estava ausente, mas é pecado. como se estivesse presente por Era preciso restaurar irmão meio de sua epístola. É a unidade transgressor, e ao mesmo tempo cor- cristã de que fala Efésios 4.2-6, e rigir a atitude repreensível da igreja. nada tem a ver com ensino dos O que teria levado aquele crente ocultistas. Ver também 0 v.4. de Corinto a cometer um pecado tão 4. "Para destruição da carne" torpe e, nele, continuar abertamen- (v.5). No original, esta expressão não te? Talvez sua consciência estivesse tem 0 sentido de aniquilar, mas de como está escrito em arruinar. Certamente um tipo de en- 1 Tm 4.2. Um crente de consciência fermidade maligna tendo como ob- cauterizada pode agir pior que um jetivo a salvação do espírito. Um incrédulo. caso parecido temos em 1 Tm 1.20. Escola terrível essa! Que Senhor IV. OUTROS ENSINOS ÚTEIS nos guarde. À IGREJA DE NOSSOS 5.0 "Fermento" na massa es- DIAS piritual da Igreja (vv 6-8). Diz o 1. Três coisas, a princípio, se adágio: "Um soldado inimigo den- conclui do texto bíblico de nossa tro do nosso acampamento é pior do lição. que mil do lado de fora". a) terrível pecado de comissão 6. o crente não deve comungar daquele cristão de Corinto: "Quem com incrédulos 9-12). No v.11, abusa da mulher de seu pai". Um "comer" não é apenas deglutir o ali- pecado abominável de perversão se- mento, mas também entrar em acor- xual. do, aprovar e comungar. "Já por car- b) escândalo público daquele ta vos escrevi." Paulo já os tinha ad- pecado continuado, sem disciplina vertido antes. Essa carta não chegou da igreja. "Geralmente se ouve que até nós. há entre 7. Aqui aprendemos que uma c) Que a espiritualidade de uma congregação do Senhor Jesus Cris- igreja não é garantia contra incur- to (v 13), sões do pecado na vida dos crentes. a) Não deve sancionar conduta Corinto era uma igreja onde opera- imoral de ninguém; 20b) Deve manter a pureza do estão distanciados do espírito de Evangelho. Ver Mt 13.47-49; Cristo, pois "Deus enviou seu Fi- c) Que na igreja viver do cren- lho ao mundo, não para que conde- te deve ser bem diferente do viver nasse o mundo, mas para que mun- do incrédulo; do fosse salvo por Ele" (Jo 3.17; d) Que a igreja como corpo local 6.39). tem 0 direito de disciplinar os mem- bros faltosos. QUESTIONÁRIO CONCLUSÃO 1. De que se jactavam os crentes de A disciplina na Igreja é bíblica, Corinto, e porque faziam isso? contanto que seja administrada no 2. que representa fermento na amor de Deus, segundo a doutrina do Bíblia em termos gerais? Senhor, visando sempre a restaura- ção do crente em pecado ou desvia- 3. Em que livro da Bíblia Deus orde- do. No caso de Corinto, não era só na várias vezes, "Tirarás mal do meio de ti"? aquele crente que estava ruim dian- te de Deus; a igreja também o esta- 4. Como deve ser aplicada a discipli- va. Uma igreja precisa pensar nisso na bíblica na igreja? na hora de disciplinar seus mem- 5. Quem era o outro culpado em bros. Um crente, ou uma igreja, que Corinto, além do transgressor de tem prazer em excluir os faltosos, que trata a lição desta semana? the 21Lição 5 2 de novembro de 1997 NOSSO CORPO TEMPLO DE DEUS TEXTO ÁUREO LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 1 CORÍNTIOS 6.12-20 "Ou não sabeis que nosso corpo é templo do Espírito 12 Todas as coisas me são Santo, que habita em vós, pro- lícitas, mas nem todas as coisas veniente de Deus, e que não convêm; todas as coisas me são sois de vós mesmos?" (1 Co lícitas, mas eu não me deixarei do- 6.19). minar por nenhuma. 13 Os manjares são para 0 ventre, e 0 ventre, para manja- VERDADE PRÁTICA res; Deus, porém, aniquilará tan- to um como os outros. Mas 0 cor- po não é para a prostituição, se- Todo crente deve zelar pelo não para 0 Senhor, e 0 Senhor seu corpo, mantendo-o puro, para 0 corpo. limpo e saudável, pois é pro- 14 Deus, que também priedade de Deus. ressuscitou 0 Senhor, nos ressus- citará a nós pelo seu poder. 15 Não sabeis vós que os vos- LEITURA DIÁRIA corpos são membros de Cris- to? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma Segunda - 1 Co 6.20 meretriz? Não, por certo. Um corpo que glorifica a Deus 16 Ou não sabeis que que se Terça 1 Co 6.13 ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, dis- Um corpo para uso do Senhor se, dois numa só carne. Quarta Fp 1.20 17 Mas 0 que se ajunta com 0 Um corpo que engrandece a Cristo Senhor é um mesmo espírito. Quinta Lc 11.36 18 Fugi da prostituição. Todo pecado que homem comete é fora Um corpo espiritualmente luminoso do corpo; mas 0 que se prostitui Sexta 1 Co 9.27 peca contra 0 seu próprio corpo. Um corpo sob domínio 19 Ou não sabeis que 0 nosso Sábado 1 Co 9.27 corpo é templo do Espírito San- to, que habita em vós, provenien- Um corpo vivificado pelo Espírito te de Deus, e que não sois de vós Santo mesmos? 2220 Porque fostes comprados do a Jesus como nosso salvador pes- por bom preço; glorificai, pois, a soal. Deus no VOSSO corpo e no VOSSO 2. o dever dos dirigentes da Igre- espírito, os quais pertencem a ja. Alertar biblicamente 0 povo sobre Deus. relaxamento moral que se alastra por COMENTÁRIO toda parte como um dos sinais dos tempos. Essa lassidão moral não pode tomar conta nem da Igreja, nem da fa- INTRODUÇÃO mília cristã, pois o Senhor Deus exige paganismo greco-latino, bem que seu povo seja santo. como outras religiões antigas, menos- 3. Autocontrole de cada cren- prezavam 0 corpo quanto ao seu va- te. "Nem todas as coisas me con- lor espiritual e moral. No corpo hu- vêm" (v. 12). Há coisas que, em si, mano, viam apenas os elementos es- não são pecado, mas inconvenientes tético e lúdico. Ou seja: um simples para o cristão. Se não forem aban- objeto de exploração e prazer. Certas donadas, conduzirão a diferentes for- religiões da atualidade também fazem mas de pecado. "Não me deixarei o mesmo. cristianismo bíblico, po- dominar por nenhuma delas" (v.12). rém, não procede assim. Para este, o Tais coisas querem controlar a von- princípio regente sempre será: "O tade e o coração da pessoa. Mas corpo é para 0 Senhor; e o Senhor quando Espírito Santo tem a pri- parao corpo" 13). mazia na vida do crente, Ele produz Nesta época de rebaixamento aqui a temperança capaz de sobre- cada vez maior quanto aos valores e pujar a tudo isso 5.22b; Rm 8.2). padrões morais, este é um assunto de Pecaminosas não são apenas as grande importância para uma igreja coisas ilícitas; quando mal emprega- que espera Jesus a qualquer momen- das, as lícitas também levam ao to. Afinal, a Igreja continua no mun- cado. É por isso que devemos pau- do, e aqui deve brilhar como teste- tar a nossa vida pela prudência e pelo munha de Cristo. discernimento. Judas v.14 fala dos que transformam a graça libertado- I. PROPÓSITO DE DEUS ra de Deus em devassidão. PARA o NOSSO CORPO 4. o propósito divino para 0 (vv. 12,13) corpo. 1.0 dever dos pais. Mostrar aos a) "O corpo é para Senhor" filhos, a partir da mais tenra infân- (v.13). Aí está uma evidência de que cia, que 0 nosso corpo pertence a o homem não é um animal. Seu cor- Deus por direito, porque Ele nos po deve ser um instrumento nas criou, nos formou, nos deu vida e nos mãos de Deus para que os seus su- remiu (Is 43.1; Gn 1.27; 2.7). Tam- blimes propósitos sejam alcançados. bém lhe pertencemos por ter recebi- Ora, se o homem não é animal, tam- 23bém não é Deus. homem nunca beis?" (v.15). Esta pergunta deixa foi, não é, nem jamais será Deus, claro que os crentes de Corinto ha- mas pode ser um instrumento nas viam sido instruídos por Paulo so- mãos de Deus. Um dos nomes do bre o assunto. Isso ocorreu nos 18 crente é "homem de Deus". Isto é: a meses em que o apóstolo doutrinou serviço de Deus (Ap 1.20). a igreja (At 18.11). b) "E 0 Senhor para 0 corpo" Esta mesma pergunta é repetida (v.13). Deus não inverte esta ordem. nos VV. 2,3,9,16,19. A repetição é Quando nosso corpo pertence ao sintomática; denota que a saúde es- Senhor, por nossa escolha, entrega, piritual dos coríntios não era boa. Ela amor e gratidão, Ele habita nesse também é uma repreensão pastoral. mesmo corpo, e usa-o como lhe Quem erra por ignorância, pode apraz. Ler 2 Co 6.16; 1 Jo 4.13. apresentar isso como desculpa, mas quem desobedece sabendo e conhe- II. FUTURO DO NOSSO cendo, não tem o que alegar diante CORPO de ninguém. Não basta conhecer a verdade Uma das razões porque o crente precisa manter seu corpo em san- acerca do Senhor; é preciso obede- tificação é que esse corpo, por oca- cê-la. Conhecer implica em respon- sabilidade. Precisamos conhecer e sião da vinda de Jesus, ressurgirá em glória pelo poder de Deus, e para submeter-nos a essa verdade para sempre viverá no céu, como instru- que ela oriente com precisão o nos- so andar e os nossos atos. mento do Espírito Santo nas eras fu- 2. A sacralidade do nosso cor- turas reservadas aos salvos. po (v.15). "Membros de Cristo". Filho de Deus, para tornar-se Esta é uma grande revelação divina o nosso Redentor, tomou um corpo que só podemos abraçar pela fé. Ela semelhante ao nosso, exceto quanto ao pecado. nosso corpo não se des- nos mostra que a esfera do espiritu- al é tão real como a do físico. tina somente às coisas e propósitos A união que ocorre entre um ho- desta vida natural. corpo do cren- mem e uma mulher, num ato de pros- te deve ser um vaso para o serviço tituição, vai além da esfera natural: de Deus, um tabernáculo para o Es- pírito Santo habitar, e um meio de ela também a parte espiri- tual (vv.15,16). Por isso Deus orde- manifestar ao mundo a vida de Cris- na em Isaías 52.11: devem purificar- to (2 Co 4.10). se "os que levais os vasos do Se- nhor". E "vaso do Senhor" é um dos III. A PRESERVAÇÃO DO NOSSO CORPO (vv. 15-18) títulos dos salvos (1 Tm 2.21). 3. A prática sexual pecamino- 1. A importância do conheci- sa (v.18). "Fugi da prostituição." mento e da obediência. "Não sa- Este termo, no original, refere-se a 24pecados do sexo em geral. Deus nos cioso sangue de Cristo, agora perten- conhece mais e melhor do que nós cemos aquEle que nos comprou. Não mesmos, por isso a sua ordem é: temos mais direito de fazer que "fugi" da tentação sexual, da permis- queremos. Agora, pertencemos a Je- sividade. A prostituição é uma das sus, pois Ele nos redimiu da escra- principais armas de Satanás para per- vidão do pecado. Somos de Cristo, verter os planos de Deus nestes últi- apenas de Cristo. mos dias. "E como foi nos dias de 2. "Corpo e espírito" (v.20). Ló, assim será nos dias do Filho do homem é constituído de duas subs- homem" (Lc 17.28-30). Senhor se referia a Sodoma e Gomorra. tâncias: uma material, o corpo; e ou- verdadeiro crente não é dono tra imaterial, constituída de alma e do seu corpo; dono é o Senhor. So- espírito. Quase sempre somente 0 es- mos apenas administradores. pírito é mencionado, por ser este 0 a) A fuga da tentação sexual. elemento principal dos dois (Jo 6.63). Fugir, aqui, não é sinal de covardia. E, assim, tanto a nossa substância Nesse tipo de perigo, Deus guarda material como a imaterial têm de per- cristão na fuga; não no confronto; tencer integralmente ao Senhor. mesmo que essa fuga represente per- da. Haja vista caso de José, filho CONCLUSÃO de Jacó. Ele fugiu para evitar mal; Todos os tipos de pecados podem embora perdesse a capa, livrou a sua ser vencidos pelo cristão. Mas é pre- alma do inferno. ciso confrontá-los como nos ensina vídeos pornôs, os filmes eróti- a Palavra de Deus. Quanto à forni- cos, as revistas pornográficas, os tra- jes indecentes etc., fomentam e pro- cação e aos seus congêneres, a Pala- piciam toda sorte de tentação à prá- vra é bem clara: "Foge!" Parece que tica sexual ilícita. a mais potente arma de Satanás con- b) As pequenas tentações. É pre- tra a humanidade, nestes últimos ciso vigiar e tomar cuidado com elas. dias, é a imoralidade sexual com toda A mesma Palavra que diz "fugi da sua rede de pecados. E pior é que prostituição" também recomenda tais pecados estão sendo aceitos e "foge dos desejos da mocidade" (2 tolerados pela sociedade e até mes- Tm 2.22). É necessário, pelo minis- mo por certas igrejas. tério do Espírito, neutralizar essas A Bíblia adverte que diabo pequenas tentações que levam aos "tenta todo Isto é: ele tem diversos atos pecaminosos. uma forma de tentação para cada tipo de pessoa. Deus guarda crente do IV. A POSSE DO NOSSO pecado, mas não no pecado. Então, CORPO (VV.19,20) crente deve cooperar com Deus. 1. "Não sois de vós mesmos" Deve evitar pessoas comprometedo- 19). Se fomos comprados pelo pre- ras bem como locais, ocasiões, pen- 25samentos, situações, leituras, ativi- 2. Para Cristianismo, qual 0 princí- dades e imagens que levem à tenta- pio regente quanto ao corpo? ção e ao pecado. 3. Quando é que as coisas biblica- mente lícitas tornam-se pecado? QUESTIONÁRIO 4. Por que crente precisa manter o 1. Como o paganismo greco-latino seu corpo em santidade? via 0 corpo humano nos dias no 5. Para fugir de atos impuros, é ne- Novo testamento? cessário antes, fugir de quê? 20 S A de Deus, So ob 26LIÇÃO 6 9 de novembro de 1997 A LIBERDADE CRISTÃ E SEUS LIMITES TEXTO ÁUREO LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 1 CORÍNTIOS 10.23-32 "Portanto, quer comais 23 Todas as coisas me são líci- quer bebais, ou façais outra tas, mas nem todas as coisas con- qualquer coisa, fazei tudo para vêm; todas as coisas me são lícitas, glória de Deus"(1 Co 10.31). mas nem todas as coisas edificam. 24 Ninguém busque 0 provei- VERDADE PRÁTICA to próprio; antes, cada um, 0 que é de outrem. 25 Comei de tudo quanto se vende no mercado, sem perguntar A liberdade cristã não deve nada, por causa da consciência. conduzir-nos ao pecado, nem 26 Porque a terra é do Se- prejudicar nosso próximo. nhor e toda a sua plenitude. 27 E, se algum dos infiéis convidar, e quiserdes ir, comei de LEITURA DIÁRIA tudo que se puser diante de vós, sem nada perguntar, por causa da Segunda 1 Co 8.9 consciência. crente liberto respeita fracos na 28 Mas, se alguém vos disser: fé Isto foi oferecido em sacrifício; não comais, por causa daquele que vos Terça 1 Co 10.32 advertiu e por causa da consciên- crente liberto respeita a todos cia; porque a terra é do Senhor e Quarta 1 Co 10.33 toda a sua plenitude. crente liberto agrada primeiro 29 Digo, porém, a consciên- outros cia, não a tua, mas a do outro. Pois, por que há de a minha liber- Quinta Rm 14.7a dade ser julgada pela consciência crente liberto não vive somente de outrem? para si 30 E, se eu com graça partici- Sexta Rm 14.7b por que sou blasfemado na- crente liberto é sempre benigno quilo por que dou graças? 31 Portanto, quer comais Sábado 11.9 quer bebais, ou façais outra qual- crente liberto será chamado à pre- quer coisa, fazei tudo para glória sença de Deus de Deus. 2732 Portai-vos de modo que fora da igreja, para imitar a nossa con- não deis escândalo nem aos ju- duta e nosso viver cristãos. São cri- deus, nem aos gregos, nem à igre- anças, adolescentes, jovens, novos ja de Deus. convertidos, crentes duvidosos etc. Os testemunhos são muitos nesse sentido. COMENTÁRIO 1. Coisas inconvenientes (v. 23). INTRODUÇÃO "Nem todas as coisas São coisas que não edificam a vida cristã; crente que é de fato liberto pro- elas subtraem em vez de somarem. cura sempre obedecer e agradar a 2. A prática do altruísmo (v. Deus. E, assim, torna-se um bom 24). Quando amor de Deus predo- exemplo para o próximo. Pois fomos mina, o cre: te é movido a buscar e libertos da escravidão do pecado a promover bem-estar do próximo, para servir a Cristo e aos nossos se- principalmente dos necessitados e melhantes (Rm 7.5,6; Gl 5.13; 1 Pe domésticos da fé 6.10). Este 2.16). Outrossim, a liberdade, em princípio bíblico é reforçado em Cristo, deve ser controlada pelo Filipenses 2.4 e Romanos 14.21. amor (Gl 5.13,14). 3. Sabedoria do crente no Sem ministério do Espírito mer (v. 23). Este versículo, junta- Santo, o crente pode cair na liber- mente com o seu contexto, trata de tinagem ou no legalismo. Espí- alimentos, inclusive aqueles ligados rito nos guarda da libertinagem, às praticas religiosas pagãs da épo- guiando-nos no exercício da liber- ca. A carne exposta no mercado era dade cristã, mediante a Palavra de um artigo público e nada tinha com Deus e através do controle que Ele a idolatria, o que não ocorria com a exerce na vida interior do crente (1 carne proveniente dos templos pa- Co 6.19,20). Esse controle é des- gãos. Ver 34.15; 1 Tm 4.4; Lc crito na Bíblia como (1) "andar em 107 Ler 1 Co8.1-13. Espírito" (Gl 5.16); (2) "viver em princípio Senhor é a Espírito" 5.25); (3) "andar se- terra e toda sua plenitude" (v. 26). gundo Espírito" (Rm 8.4); (4) Esta é uma citação do Salmo 24.1. "ser guiado pelo Espírito" (Rm Toda a criação pertence por direito ao 8.14); (5) "ser cheio do Espírito Criador; a terra e as coisas que nelas Santo" (Ef 5.18). há. Tudo chegou a existir porque Ele tudo criou para 0 bem do homem. I.O CRISTÃO E SUA CONDUTA NA IGREJA II. CRISTÃO E SEU MEIO (vv. 23-26) SOCIAL (vv. 27-30) Quer saibamos, ou não, alguém 1. cristão e os eventos soci- está sempre nos observando, dentro e ais (v. 27a). Nos dias de Paulo, 28destaque maior na sociedade eram Alguns crentes de Corinto comi- festivais pagãos, onde predomina- am carne oferecida aos ídolos, cer- vam a bebida forte, a música sensu- tos de que Senhor nosso Deus é al, a licenciosidade e os rituais único Senhor, e que 0 ídolo nada é. idolátricos. Hoje é bem pior. A Portanto, não importa se a carne pos- iniquidade está multiplicada (Mt ta à venda tinha sido oferecida aos 24.12). Homens e mulheres entre- ídolos ou não. Eles entendiam que gam-se à dissolução, cometendo ritual pagão era totalmente nulo, por- todo tipo de torpeza (Ef 4.19). que ídolo não tem vida, nem 2 certo e errado. Como um der, nem personalidade. Porém, ou- filho de Deus pode saber o que é cer- tros crentes daquela congregação to ou errado, tendo em vista a dou- admitiam que fato de aquela carne trina bíblica e a lei moral de Deus? estar associada a ritos pagãos torna- Aqui vão alguns pontos básicos: 1) va-a imunda e imprópria para um caso, ou fato, em questão tem cristão. Tais crentes viam no grupo apoio na Palavra de Deus? 2) caso anterior uma prática reprovável que gera má impressão em nós e nos ou- motivava escândalo aos mais fracos, tros? 3) Resulta em glória para servia de tropeço e de mau testemu- nho. Ver Co 8.1-13. Deus? 4) Suscita dúvidas? 5) Resul- A Bíblia mostra, em 1 Co 8.1-3, ta em mal para a própria pessoa, ou que, nesses casos, não é nosso para o próximo? 6) Motiva crente nhecimento que soluciona proble- a orar? ma, mas 0 amor de Deus fluindo no Cristianismo não veio fazer crente. "A ciência incha, mas o amor do crente um misantropo ou eremi- edifica". crente, pela fé, torna-se ta, contanto que nome do Senhor filho de Deus e, pelo amor de Deus, não seja vituperado. Pois próprio faz-se servo uns dos outros. Cristo aceitou convites para even- A consciência, em si mesma, não tos sociais em casas particulares é autoridade nem guia para orientar- (Lc 7.36). nos em matéria de salvação e de con- 4.)A consciência cristã (v. 28). duta cristã. Tal autoridade está nas A temática da consciência é tão im- Sagradas Escrituras (Is 8.20; SI portante que é mencionada quatro 119.105; 2 Tm 3.15). A consciência vezes no texto em estudo (vv. 25- apenas vigia nossos atos conforme 29). Se o alimento a que se refere a as nossas convicções. E, como todas passagem estivesse ligado à idola- as demais áreas da natureza huma- tria, cristão, uma vez ciente disso, na, ela foi afetada pela queda no deveria abster-se dele, pois há am- Éden, e pode chegar a ser cauteriza- pla provisão de Deus na terra, e a da (1 Tm 4.2). Por isso, tem de ser abstinência, em tais casos, não 0 pre- purificada pelo sangue de Jesus (Hb judicará. 9.14). 29CRISTÃO E A GLÓRIA cendentes de Abraão. Adotam falsas DE DEUS (v. 31) religiões; adoram falsos deuses. Na 1. Por que estamos aqui. Uma era presente, multidões de gentios das razões por que Deus nos deixa estão aceitando a Cristo. aqui, neste mundo, após salvar-nos da c) Igreja. É 0 povo convertido a perdição, é para que promovamos a Deus, formado a partir dos dois po- glória do seu Nome através da evan- vos acima. A Igreja é a presente ha- gelização, do testemunho, da benefi- bitação de Deus entre os homens. Ela cência ao próximo, do louvor e ado- precisa hoje de um real, soberano e ração, da comunhão dos santos, da poderoso avivamento do Espírito promoção de seu Reino, do amor ma- Santo para que multidões sejam sal- nifesto por meio de nós etc. Glorifi- vas e preparadas para a vinda do Se- car a Deus é, pois, propósito prin- nhor que se aproxima celeremente. cipal da nossa vida neste mundo. 2. Advertência sobre escân- 2. Meios e formas de glorificar dalos. "Portai-vos de modo que não a Cristo. Alguns desses meios são: deis escândalo" (v. 32). apóstolo 1) louvor (SI 50.23); 2) boas obras Paulo recomenda: "Não dando nós resultantes da salvação (Mt 3) escândalo em coisa alguma" (2 Co obediência do crente a Cristo (2 Co 6.3). Contudo, segundo advertiu 0 9.13); 4) frutos espirituais (Jo 15.18); Senhor Jesus em Mateus 18.7, es- 5) consagração ao Senhor (1 Co cândalos são inevitáveis. Algumas 6.20); 6) confissão da fé em Jesus causas de escândalos: 1) perseguição (Fp 2.11); 7) sofrimento por amor a por causa da Palavra (Mt 13.21); 2) a Cristo (Fp 1.20); 8) mediante o nos- crucificação de Cristo (1 Co 1.23); 3) SO corpo como templo de Deus (1 Co abuso da liberdade cristã (1 Co 8.9). 6.19,20). Que, nesse sentido, cumpra-se em cada servo de Deus que está IV A TRÍPLICE DIVISÃO DA escrito em Filipenses 1.10: "Para que RAÇA HUMANA (v. 32) aproveis as coisas excelentes, para 1. Judeus, gentios e igreja de que sejais sinceros e sem escândalo Deus. Diante de Deus, a humanida- algum até ao dia de Cristo". de toda constitui-se desses três gran- des grupos de pessoas (v. 32). CONCLUSÃO a) Judeus. São os descendentes A liberdade cristã é "a liberdade de Abraão, fundador da nação judai- com que Cristo nos libertou" (G15.1) ca. Embora religiosos, não são con- de toda servidão do mal e do pecado vertidos. No presente, poucos são os para servirmos a Deus, e também judeus que aceitam a Jesus como seu para sermos uma bênção para os ou- Salvador e Messias. tros. Ela tem a ver conosco, porque b) Gentios. São todos os não-des- somos 0 seu alvo; tem a ver com 30Deus, porque fomos salvos para 2. De que se ocupa o crente, no qual glorificá-lo e tem a ver com próxi- 0 amor de Deus predomina? mo, porque "somos servos uns dos 3. De que trata 0 primeiro manda- outros" (Gl 5.13; Rm 15.2). mento da lei de Deus? QUESTIONÁRIO 4. Como um filho de Deus pode sa- ber o que é certo ou errado naquilo que faz? 1. Que elemento, no crente, deve controlar a sua liberdade cristã? 5. Defina a liberdade cristã. on 0 31LIÇÃO 7 16 de novembro de 1997 LIÇÕES DE ISRAEL PARA A IGREJA TEXTO ÁUREO LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 1 CORÍNTIOS 10.1-12 "Ora, tudo isto lhes sobre- veio como figuras, e estão es- 1 Ora, irmãos, não quero que critas para aviso nosso, para ignoreis que nossos pais estiveram quem já são chegados os fins todos debaixo da nuvem; e todos dos séculos" (1 Co 10.11). passaram pelo mar; 2 e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, VERDADE PRÁTICA 3 e todos comeram do mesmo manjar espiritual; 4 e beberam todos de uma Os exemplos deploráveis mesma bebida espiritual, porque da história de Israel, o desagra- bebiam da pedra espiritual que do divino que isto motivou, e seguia; e a pedra era Cristo. as lições trágicas que eles co- 5 Mas Deus não se agradou lheram devem servir de aviso da maior parte deles, pelo que fo- para os crentes de hoje. ram prostrados no deserto. 6 E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não co- LEITURA DIÁRIA bicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Segunda Co 10.12 7 Não vos façais, pois, idóla- Quem está em pé, cuide-se para não tras, como alguns deles; conforme cair está escrito: povo assentou-se a Terça Rm 11.20 comer e a beber, e levantou-se É pela fé que estamos em pé, e não para folgar. por méritos nossos 8 E não nos prostituamos, Quarta Pv 16.18 como alguns deles fizeram, e caí- Os males da soberba e da altivez ram num dia vinte e três mil. Quinta Lc 18.9 9 E não tentemos a Cristo, engano da autojustiça como alguns deles também tenta- Sexta Dt 9.4-6 ram e pereceram pelas serpentes. pensamento vaidoso e sua nulida- 10 E não murmureis, como de também alguns deles murmura- Sábado Pv 30.12 ram, e pereceram pelo destruidor. Muitos são puros só na aparência 11 Ora, tudo isto lhes sobre- 32veio como figuras, e estão escritas pela ignorância doutrinária na Igre- para aviso nosso, para quem já ja de Cristo. A maior parte das pre- são chegados os fins dos séculos. gações não contém ensinamentos 12 Aquele, pois, que cuida bíblicos. Nos cultos em geral, só há estar em pé, olhe que não caia. música, anúncios e até divulgação de COMENTÁRIO plataformas políticas. Para a mensa- gem autêntica da Palavra de Deus INTRODUÇÃO não há mais espaço. Os abençoados testemunhos de bênçãos recebidas A Bíblia deixa claro, nos pri- não têm mais vez. Daí a pobreza e a meiros versículos de 1 Coríntios letargia dos crentes, que leva à 10, que os crentes dessa igreja ti- mornidão espiritual. Até o horário da nham uma autoconfiança demasi- lição bíblica da Escola Dominical é ada. Isso fica evidente no fato de encurtado, o mesmo acontecendo Paulo trazer-lhes à memória os pri- com os cultos de doutrina. vilégios de Israel desde os seus pri- 2. povo de Israel e seus pri- mórdios, e que, apesar disso, foram vilégios (vv. 1b-4) severamente castigados. a) livramento de Israel da es- Privilégios espirituais implicam cravidão do Egito. "Nossos pais es- em responsabilidade diante de Deus, tiveram todos debaixo da nuvem, e do próximo, da Igreja e da socieda- todos passaram pelo mar" (v. 1b). A de. nuvem, à noite, tomava a forma de uma colossal coluna, luminosa de I. BÊNÇÃOS E PRIVILÉGIOS um lado, para mostrar aos israelitas DE ISRAEL o seu caminho, e escura do outro povo de Israel foi alvo do lado, para ocultar 0 povo de Deus,d amor, da graça e da misericórdia de seus inimigos. Já durante o dia, for- Deus durante a sua peregrinação no mava uma imensa cobertura prote- deserto. Senhor os assistiu, diri- tora contra o sol causticante do de- giu, alimentou e protegeu-os em sua serto, e de suas areias escaldantes (SI caminhada rumo à Terra Prometida. 105.39). A nuvem era um símbolo Não obstante, povo não alcançou visível da presença de Deus entre o a bênção em Canaã. Semelhante- seu povo, e da sua proteção. mente, Deus não tolerará pecado b) batismo de Israel, em deliberado e consciente na Nova Ali- Moisés, na nuvem e no mar (v. 2). A ança. passagem de Israel pelo meio do mar 1. Um assunto importante para foi um batismo típico que apontava a Igreja (v. "Não quero irmãos para o batismo "em um Espírito" (1 que ignoreis." Os pastores, líderes e Co 13: 3.27) e para batismo dirigentes são, em parte, culpados em águas que Jesus ordenou em 33Mateus 28.19 e Marcos 16.18. Eles II. o DESPRAZER DE DEUS foram batizados "em" Moisés. Isto COM ISRAEL (v. 5) é: para se unirem a ("eis" em grego) No versículo 5 do capítulo em Moisés; para ficarem sob sua lide- estudo, Paulo não se refere a algo rança em obediência à Lei de Deus, abstrato, mas a uma tragédia real assim como hoje, pela fé, estamos para demonstrar que um povo, não unidos a Cristo, por nossa livre en- obstante estar no usufruto de gran- trega (1 Co 6.17 ARA), para segui- des bênçãos espirituais, pode decair lo como nosso Salvador e servi-lo em conseqüência da presunção, como nosso Senhor. autoconfiança, vaidade e jactância. c) Bênçãos espirituais: manjar, 1. Privilégios espirituais não bebida, e pedra espirituais (vv. 3,4). evitam pecado (v. 5a). "Mas Deus Engana-se quem pensa que Israel não não se agradou da maior parte de- tinha elemento divino em seu meio. les." Muitas vezes, a maioria pode Os privilégios de Israel destacam-se estar errada, e a minoria certa, dian- ainda mais quando consideramos que te de Deus. A garantia de se estar Cristo, na sua preexistência, estava certo depende da revelação divina com os israelitas (v. 4b). Ler também escrita a Bíblia, e do Espírito pre- Jo 1.1,14; Is 9.6; Mq 5.2; Jo 17.5,24. dominando nas vidas, na congrega- Ele foi o Ser divino que libertou o ção, no ambiente e nas decisões. povo de Deus e acompanhou à Ter- 2. Privilégios não evitam casti- ra Prometida, suprindo-lhes as neces- go (v. 5b). "Foram prostrados no sidades. Mesmo assim, toda a gera- deserto." A multidão de sepulturas ção que saiu do Egito pereceu no de- no deserto foi como um memorial à serto em consequência da increduli- rebeldia, à carnalidade e à ingratidão dade, com exceção de dois homens para com Deus. mesmo estava (Nm 14.30-32). acontecendo em Corinto, apesar dos 3. Conquistas espirituais não privilégios espirituais daqueles cren- garantem infalibilidade. Apesar tes. A nossa espiritualidade não nos de suas conquistas espirituais, Is- faz deixar de ser humanos, daí a ad- rael entrou pelo caminho da deso- vertência do Senhor: "Vigiai e orai bediência, e sofreu duros revezes. para que não entreis em tentação; na É preciso, pois, considerar que verdade, o espírito está pronto, mas está escrito em Lucas "E a a carne é fraca" (Mt 26.41). qualquer que muito for dado, mui- to se lhe Será que mes- III. os PECADOS QUE DER- mo não está acontecendo conosco? ROTAM ISRAEL (vv. 6-10) Será que ainda mantemos a orto- Vejamos quais foram os pecados doxia doutrinária e fervor pelas de Israel. Alguns eram pecados do almas perdidas? espírito, praticamente invisíveis, de 34ação mais interna; outros eram pe- e mulheres perderam "todo senti- cados da carne, declarados e paten- mento" de pudor, recato e dignida- tes, e de ação mais externa. de, e entregaram-se à permissividade 1. A cobiça. (v. 6b). "Não cobi- e imoralidade sexual (Ef 4.19). cemos as coisas más, como eles 4. Tentar a Deus (v. 9). À se- biçaram." Cobiçar é querer um bem melhança dos judeus, os crentes de que pertence ao próximo. caso do Corinto estavam a tentar a Deus. V. 6 está em Números Talvez estivessem os Ao longo de sua história, Israel re- templos pagãos, achando que a gra- petiu este pecado diversas vezes (Nm ça de Deus, que os privilegiara, os 14.1-4). A Bíblia mostra que, em guardaria do mal. Isto é tentar a Corinto, os crentes também haviam Deus. entrado pelo caminho da cobiça e da 5. Murmuração (v. 10). Mur- carnalidade (1 Co 3.1,3,4). murar é queixar-se, sem causa, de 2. Idolatria (v. 7). É caso do alguém; é 0 pecado da ingratidão. bezerro de ouro e de outros episódi- Pelo teor do V. 10, Paulo refere-se a os semelhantes envolvendo Israel Números 14.1-4,26-35. Os israelitas, 32; Ez 20.7,8,16). Corinto tam- nessa passagem, alegavam que Deus bém era uma cidade idólatra. Em os enganara, tirando-os de um lugar seus templos pagãos, o culto aos ído- de fartura para um deserto onde nada los era um misto de orgia, bebidas e havia. "destruidor" referido no danças; uma imoralidade generaliza- versículo em apreço é certamente o da. anjo da morte 12.23; Hb 11.28). a) Os de hoje. Da ido- pecado de murmuração contra latria grosseira, desumana e escra- Deus pode levar à blasfêmia, 0 que vizadora do passado não resta tanto é muito pior. hoje em dia. Neste século, os piores ídolos são os do coração do homem. IV. A ADVERTÊNCIA DIVI- No caso do crente, ídolo é tudo aqui- NA PARA HOJE (vv. 11,12) lo que ocupa o lugar de Deus em sua Nesta lição, vemos que Antigo vida, coração, mente e tempo. Ou Testamento foi escrito para aviso Deus é Senhor, e Senhor absoluto de nosso. Por isso, atentemos para es- todo o nosso ser, ou não; Ele não sas lições. aceita meios termos. 1. fim dos tempos é chegado. 3. A fornicação (v. 8). "Pornea" "São chegados os fins dos tempos." é o termo original aqui, e refere-se à É evidente que 0 diabo se esforçará prostituição em geral; à prática se- cada vez mais para destruir a Igreja, xual ilícita e antibíblica. Uma das procurando agir nela de dentro para mais potentes armas de Satanás, fora. hoje, é a liberação sexual. Homens 2. "Quem pensa estar em pé" 35(v. 12). A leitura completa do V. 12 breve virá buscar a sua Igreja. Vigi- fala do crente que confia em si mes- emos, pois, em todo tempo! mo. No entanto, precisamos, em todo tempo, depender do Senhor para uma QUESTIONÁRIO vida sempre vitoriosa em todos sen- tidos. Quanto mais vigilância, me- lhor. 1. Em que implicam os privilégios espirituais do cristão? CONCLUSÃO 2. Qual dever dos dirigentes do Como estamos no final dos tem- povo do Senhor quanto ao ensino da Palavra? pos, temos de ter uma vida de plena vigilância para que, em momento 3. Que quer dizer a expressão "bati- algum, venhamos a agir como os zados em Moisés" referente aos israelitas em sua jornada para a Ter- israelitas? ra Prometida. Pois Senhor Jesus em 4. Que é murmurar? of É 20 36Lição 8 23 de novembro de 1997 A EXCELÊNCIA DO AMOR DE DEUS ÁUREO LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 1 CORÍNTIOS 13.1-10 "O amor de Deus está der- 1 Ainda que eu falasse as lín- ramado em nossos corações guas dos homens e dos anjos e não pelo Espírito Santo que nos foi tivesse caridade, seria como 0 me- dado" (Rm 5.5). tal que soa ou como sino que tine. 2 E ainda que tivesse 0 dom VERDADE PRÁTICA de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira amor é a comprovação e tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria. aferidor da espiritualidade; é solo onde Espírito Santo 3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sus- produz no crente a condição de tento dos pobres, e ainda que en- verdadeiro filho de Deus. tregasse 0 meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria. LEITURA DIÁRIA 4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejo- Segunda Dt 6.5 sa; a caridade não trata com levi- andade, não se ensoberbece, Amor a Deus 5 não se porta com indecên- Terça 1 Pe 2.17 cia, não busca os seus interesses, Amor aos santos não se irrita, não suspeita mal; Quarta 1 Ts 5.12,13 6 não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Amor aos obreiros do Senhor 7 tudo sofre, tudo crê, tudo Quinta Tt 2.2 espera, tudo suporta. Amor à família 8 A caridade nunca falha; mas, Sexta Dt 10.19 havendo profecias, serão aniquila- das; havendo línguas, cessarão; ha- Amor aos estrangeiros vendo ciência, desaparecerá; Sábado Mt 5.44 9 porque, em parte, conhece- Amor aos inimigos mos e, em parte, profetizamos. 3710 Mas, quando vier 0 que é num período de grande ênfase ao perfeito, então, 0 que 0 é em parte conhecimento, e se vangloriavam do será aniquilado. seu grande saber. Entretanto, 0 do- mínio que eles tinham do conheci- COMENTÁRIO mento não foi suficiente para arran- cá-los ao clima de facções, conflitos INTRODUÇÃO e confusões em que estavam envol- amor não é somente superior vidos, pois não tinham a sabedoria aos dons, mas é o elemento legi- de que fala Tiago 3.17. A razão é timador de seu uso na edificação da simples: conhecimento sozinho a igreja. Ele leva ao equilíbrio; é 0 nada conduz; mas, submisso ao grande princípio de toda ação; ele amor, torna-se de grande utilidade. supera tudo. Por esta razão, Paulo resolveu fa- amor pode ser definido como lar-lhes "de algo mais excelente ain- "a mais profunda expressão pessoal da." amor desfaz as barreiras, su- possível". Nas palavras do Divino pre coração de bondade e dá ao homem a verdadeira sabedoria. Mestre, é uma atitude que envolve coração, a mente e a vontade (Mt 3. Sua superioridade sobre a imoralidade. É comum ver erro 22.35-37). amor não é um mero sen- é poder de Deus que atua que nossa sociedade comete ao ligar na personalidade inteira do homem. o amor às práticas deturpadas do sexo. A indiferença ao que ensina a A EXCELÊNCIA DO AMOR Bíblia tem gerado um clima de pro- miscuidade e desrespeito. Coisas 1. Sua base. Paulo termina 0 ca- puras como a virgindade, namoro, pítulo 12 de sua primeira epístola aos noivado, fidelidade conjugal estão coríntios com as seguintes palavras: perdendo valor. Como a igreja de "E eu vos mostrarei um caminho ain- Coríntios achava-se envolvida num da mais excelente" (1 Co 12.31b). clima de imoralidade, Paulo decidiu Nas palavras do apóstolo, o exercí- lançar mão do amor como meio de cio dos dons espirituais é algo exce- banir a malícia e a maldade. É o que lente, mas existe algo "sobremodo" o mundo atual está excelente. No texto de 1 Co 13.1-3, 4. o amor regulamenta uso o autor afirma que sem amor nada dos dons espirituais. A igreja de teria valor. Corinto, além de não ser composta A omissão ao amor anula tudo; de pessoas familiarizadas com os nenhuma prática legalista pode subs- ensinos do Antigo Testamento, ain- tituir seu exercício. A Bíblia é a base da não havia aprendido os princípi- de sua excelência. os do Novo Testamento. Desta for- 2.Sua superioridade sobre 0 ma, trabalho de Paulo tornava-se conhecimento. Os coríntios viviam muito difícil. 38abuso em relação aos dons e a II ALCANCE DO AMOR desordem no culto era uma caracte- 1. amor de Deus aos homens. rística marcante daquela igreja. Os Em João 3.16, lemos que Deus amou dons eram manifestados sem base mundo; isto é, ele amou a humani- bíblica, causando grande confusão; dade como um todo e por ela enviou tinha-se muito "poder" sem nenhu- seu Unigênito ao mundo. Os peca- ma ética. Eles viam nos dons espiri- dos e a infidelidade do homem en- tuais 0 bem superior da vida cristã; tristeceram a Deus. Todavia, não por isso Paulo disse: "eu vos mos- impediram o efeito de seu amor pela trarei um caminho mais excelente" humanidade. A razão é simples: amor deve conduzir os passos amor de Deus é espontâneo; não exi- de toda igreja e de todo homem, pois ge qualquer valor da pessoa amada. prepara 0 coração de todos no senti- Ele poderia ter vivido eternamente do de se evitar partidarismos, exclu- sem ter criado o homem, pois é auto- sivismos e excessos na prática da suficiente; não precisava de nós para Palavra de Deus. existir, mas Ele nos fez por amor e 5. amor produz progresso por amor resgatou-nos quando nos espiritual. crente se desenvolve e achávamos perdidos. Leia também 1 cresce espiritualmente quando se põe João 4.9,10. atento ao processo de transformação 2. o amor do homem a Deus. em que 0 Espírito Santo o colocou. Em Mt 22.37, Jesus expõe modo Ele está sendo transformado a fim de como Deus deve ser amado: "de todo alcançar a estatura de varão perfei- teu coração, de toda tua alma, de to, e isto tem tudo a ver com o amor todo teu A adoração derramado em nossos corações pelo do homem a Deus deve ser com todo Espírito Santo. 0 seu ser, com toda sua personalida- No jardim do homem de. Claro está que isto não significa pecou, comprometendo a imagem de a mera prática de algum ritual ou de Deus recebida na criação; porém, leis cerimoniais, mas é, antes de quando é salvo e redimido no san- tudo, o resultado da devoção pesso- gue de Jesus, Espírito Santo lhe al e da operação de Deus no coração ensina que a bandeira maior do Se- humano. o amor a Deus é um su- nhor sobre seus filhos é o amor. Des- mário de nossa comunhão e obedi- ta forma, ele resgata progressiva- ência a seus mandamentos (Js 22.5). mente a natureza de Deus outrora 3. o amor do homem a si mes- perdida. Devemos duvidar de todo mo. Em Mt 22.39, Jesus, completan- crescimento espiritual que não este- do sua resposta ao doutor da lei, ja relacionado com o amor. acrescentou: "e segundo, seme- crescimento é diretamente pro- a este, é: Amarás o teu próxi- porcional ao amor. mo como a ti mesmo". A expressão 39"como a ti mesmo", significa que (1 Jo 4.20). Esse amor não deve ser amor a nós mesmos deve ser a refe- apenas um sentimento abstrato, mas rência para 0 nosso amor aos nossos há de comprovar-se através de obras semelhantes. Há nisso dois pontos a e de fatos, conforme 1 João 3.16,17. destacar: primeiro, é preciso cuida- do com o egoísmo e narcisismo III. AS QUALIDADES DO muns aos homens, amando-se mais AMOR (vvs. 4-7) do que deveriam; segundo, quem não 1. o amor é sofredor (v. 4). se ama, como é que poderá amar Esta expressão desmente 0 que en- seu irmão? Ter auto-estima, gostar sinam os "teólogos da prosperida- de si mesmo, é fundamental ao ser de", quando eles relacionam o so- humano; o crente não pode viver a frimento, unilateralmente, à falta de reclamar da vida, como alguém a fé ou à prática de pecados. E nos leva quem Deus não olhasse, um desva- a pensar na situação real dos que vi- lido. Deus não faz acepção de pes- vem nas camadas altas da sociedade soas, somos todos amados e abenço- onde o bem maior da vida é a busca ados na mesma proporção. do prazer (hedonismo), não impor- 4. o amor ao próximo. Deus tando se tais práticas são certas ou nos deixou como mandamento que erradas diante de Deus. O amor é nos amássemos uns aos outros assim sofredor, isto é, aceita confiantemen- como Ele nos amou. Deste manda- te as adversidades da vida sem res- mento dependem toda lei e os pro- sentimentos contra Deus ou contra fetas. nosso amor a Deus mani- os homens. Ensina-nos a "lançar festa-se através de nosso amor aos bre Senhor todas as nossas ansie- nossos semelhantes. Quando ama- dades, porque Ele tem cuidado de mos ao próximo, estamos amando nós 1 Pe 5.7". amor tudo sofre, também ao Criador. O texto de 1 Jo tudo espera, tudo suporta (v. 7). deixa claro que a 2. amor é benigno (v. 4). A relação do homem com Todo-Po- benignidade implica numa atitude deroso está intimamente ligada às constante de misericórdia e bonda- suas atitudes para com os que con- de. Este é um dos aspectos do fruto vivem com esse homem na mesma do Espírito Santo (Gl 5.22). Neste igreja, família, cidade ou país. sentido, crente deve ser sempre al- Ser indiferente e tratar com des- guém útil e gentil. Útil no sentido de prezo as necessidades do semelhan- estar pronto a demonstrar amor ati- te é também colocar-se à margem de ao próximo, alimentando fa- qualquer relação de amor com Pai, mintos, dando água aos sedentos, pois dele temos esta advertência: hospedando a quem necessita, ves- "aquele que não ama a quem vê, não tindo ao que está nu, visitando os en- pode amar a Deus, a quem não vê" fermos e encarcerados (Mt 25.35, 4036). Gentil, no sentido de mostrar uma atitude altruísta; ele regozija-se cortesia e boas maneiras no trato com a felicidade e sucesso do ir- com as pessoas em geral. mão, como se fossem dele mesmo É inaceitável, no crente, a falta (Rm 12.9,10,15). de educação e a prática de grosseri- as. amor não se irrita (v.5), não CONCLUSÃO suspeita mal (v. 5). 3. amor não é invejoso (v. amor é a virtude principal da 4). Inveja e despeito são vícios vida cristã; é fruto do Espírito San- irmãos do ciúme. Os crentes de to. o divino agricultor é quem o cul- Corinto estavam totalmente contami- tiva no homem, tornando-o cada vez nados pelo vírus da inveja. Quando mais parecido com o Divino Mestre. notavam que um irmão tinha mais talentos, ou dons, desprezavam-no. QUESTIONÁRIO Era assim que agiam os menos do- tados. 1. De acordo com a lição, como se A atitude de inveja é absoluta- pode definir o amor? mente carnal e diabólica, jamais pode caminhar com quem é "mora- 2. Como pode o crente progredir da do Espírito Santo". Normalmen- espiritualmente? te, a pessoa invejosa se entristece 3. De que forma Deus deve ser ama- quando alguém tem algo que ela gos- do? taria que fosse seu; entretanto, verdadeiro amor produz no crente 4. Por que 0 amor é benigno? 2. 41LIÇÃO 9 30 de novembro de 1997 CULTO A DEUS E SUA DIREÇÃO TEXTO ÁUREO vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem inter- pretação. Faça-se tudo para edifi- "Mas faça-se tudo decen- cação. temente e com ordem" (1 Co 27 E, se alguém falar língua 14. 40). estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. VERDADE PRÁTICA 28 Mas, se não houver intér- prete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus. culto divino exige reve- 29 E falem dois ou três profe- rência e ordem, porque o Espí- tas, e os outros julguem. rito de Deus não é de confusão. 30 Mas, se a outro, que esti- ver assentado, for revelada algu- ma coisa, cale-se 0 primeiro. LEITURA DIÁRIA 31 Porque todos podereis pro- fetizar, uns depois dos outros, para Segunda At 17.23 que todos aprendam e todos se- A necessidade do culto é universal. jam consolados. Terça Dt 5.8,9 32 E os espíritos dos profetas Deus proíbe 0 culto idólatra estão sujeitos aos profetas. Quarta Mt 4.10 33 Porque Deus não é Deus culto divino é exclusivista de confusão, senão de paz, como Quinta Cr 29.20 em todas as igrejas dos santos. culto divino é acompanhado do louvor Sexta - Jr 7.2 COMENTÁRIO DA LIÇÃO culto divino é fundamentado na Palavra INTRODUÇÃO Sábado - Hb 10.22 Os crentes de Corinto haviam culto divino exige sinceridade abandonado a verdadeira comunhão, LEITURA BÍBLICA EM CLASSE incorrendo na prática de vários pe- cados: imoralidades, heresias, divi- CORÍNTIOS 14. 26-33 sões, distorções na adoração cristã etc. Neste texto em especial, Paulo 26 Que fareis, pois irmãos? instrui aos coríntios sobre a ordem Quando vos ajuntais, cada um de no culto, pois abuso dos dons es- 42pirituais havia criado um clima de tre sacro, 0 humano e 0 diabóli- absoluta desordem nas reuniões da Nem todas as manifestações são igreja. de procedência divina. Pois os dons podem ser imitados pelos demônios I. A REALIDADE DO CULTO e simulados pelos homens. Temos NA IGREJA DOS visto vários enganadores adentrando CORÍNTIOS. a igreja e enganando a muitos. Mas 1. o individualismo e estre- quando crente põe a Bíblia como lismo. É característica dos seres primazia em sua vida, a distinção e humanos competir entre si e lutar a identificação das fontes das diver- pela autopromoção. individualis- sas manifestações espirituais tor- mo e estrelismo têm levado muitos nam-se possíveis e praticáveis. ao egoísmo. E alguns, inclusive, che- gam a dizer: "Não quero servir de II. A ORGANIZAÇÃO DO CULTO degrau a ninguém". Entre corín- tios, predominava mesmo senti- 1. Ingredientes do culto. Con- mento: "Cada ator queria ser cen- forme 1 Coríntios 14, culto é re- tro das Mas tal atitude é sultado do ajuntamento de pessoas inconveniente ao povo de Deus, pois que têm como objetivo principal vem criando um cenário de desor- adorar a Deus, e edificar-se umas às dem na Igreja de Cristo. outras. Nessa reunião, destacam-se 2. A confusão no uso dos dons. dois elementos: Doutrina e Salmos. Avivamentos genuínos são produzi- último relaciona-se à música na dos pelo Espírito Santo; entretanto, igreja. Por doutrina, entendemos nenhum avivamento está livre de fundamentos da nossa fé; são os excessos, exclusivismos e atitudes princípios sobre os quais a fé está carnais. Para que isto não ocorra, tem fundamentada. de haver discernimento quanto às O culto precisa sempre priorizar regras que a Palavra de Deus apre- a Palavra de Deus; de nossos púlpi- senta sobre o assunto. tos, ela deve ser explanada e ensina- 3. A ênfase nas experiências da de forma contínua e exaustiva. pessoais. Nossas experiências, em- conhecimento e a prática das doutri- bora muito importantes, não podem nas é que determinam a maturidade ser colocadas no mesmo nível da espiritual do crente. Palavra de Deus como regra infalí- 2. Quanto à duração do culto. vel de fé e prática. Elas precisam ser Não será pelo muito falar que sere- submetidas ao crivo da Palavra de mos ouvidos. Muitas reuniões arras- Deus; somente a Bíblia nos deve di- tam-se por horas a fio, sem necessa- rigir. riamente serem edificantes. Não é 4. A falta de discernimento en- apropriado terminarmos muito tarde 43nossos cultos pois, além de gerar té- tecedência, pelo pastor ou dirigente, dio e indisposições, muitos terão de evitando assim os improvisos. se levantar cedo no dia seguinte para tempo na casa do Senhor é precio- trabalhar. É de bom senso que nos- so; se cada um permanecer em seu SOS cultos comecem pontualmente, lugar, tudo corre de forma ordeira. e tenham entre uma hora e meia e duas horas de duração. III. QUANTO AOS DONS 3. Relação entre pregação-en- ESPIRITUAIS sino e a música nos cultos. pro- A finalidade dos pósito da música evangélica é edi- dons do Espírito Santo é a edifica- ficar e levar povo à adoração. No ção do corpo de Cristo: "faça-se tudo entanto, ela deve ser bem escolhi- para edificação" (1 Co 14. 26). O da. Algumas letras são utilizadas Espírito Santo é quem opera a edifi- para promover a idolatria, paga- cação da pessoa e da Igreja. Edificar nismo e culto a demônios. Nossa significa criar bases sólidas para a música precisa ter, basicamente: 1) existência. Edificar o crente signifi- verdade Bíblica; 2) espírito de ado- ca conscientezá-lo de seus direitos e ração. É importante frisar a relevân- responsabilidades como filho de cia da música, e de igual modo é Deus. Isso também implica na ins- bom deixar claro que 0 destaque e trução e aperfeiçoamento de sua espaço maior devem ser sempre vida espiritual, moral e ética. dados ao ensino e pregação da Pa- 2. Regulamentação. "Somente lavra. É preciso evitar os excessos dois ou três devem falar e que haja das cantorias intermináveis, e utili- intérprete" (1 Co 14. 27). Neste ver- zar a música de forma inteligente e so, Paulo disciplina o falar em realmente edificante. guas, permitindo apenas que duas ou, 4. Quanto às participações in- quando muito, três pessoas falem de dividuais no culto. Cada qual deve cada vez. Estas restrições foram aproveitar as oportunidades para par- locadas para eliminar a desordem ticipar dos cultos com bom senso e reinante entre os coríntios. Deve ser educação. Há um padrão quanto ao feito um de cada vez, V. 27. Paulo tempo destinado ao canto, à sauda- não apenas limita número de pes- ção, ao testemunho ou para pregar. soas, mas afirma que devem falar um cantor deve obedecer a limi- de cada vez. A expressão e por sua tação quanto ao número de hinos vez", v.27, significa: sucessivamen- com que participará no culto. Quem te, consecutivamente. é chamado para dar uma saudação, Além disso, deve haver interpre- ou um testemunho, não deve pregar. tação. Se não houver intérprete, que É de bom tom que todos sejam avi- crente esteja calado na igreja, e fale sados de sua participação, com an- consigo mesmo e com Deus. Ou 44seja: deve-se falar em línguas em voz ficação é imprescindível a observân- baixa, v.28. cia de alguns elementos: As profecias devem ser julgadas, 1. Comunhão. 1 João 1.7 nos diz 29, 31; também estão sujeitas a que "se andarmos na luz, como ele normas. Nenhuma profecia (excetu- na luz está, temos comunhão uns ando as da Bíblia) é infalível. "E com os outros". encontro na igre- falem dois ou três profetas e os ou- ja é a oportunidade que se oferece tros julguem". Toda profecia deve ao crente para uma comunhão mais ser julgada para que a ação dos es- íntima com Deus e, também, para píritos enganadores seja contida. É partilhar com os irmãos nossas bên- errado ao crente sair consultando çãos, experiências e necessidades. profetas. A Palavra de Deus deve ser bom relacionamento entre os irmãos nossa referência primeira na busca é de fundamental importância para de orientações para nossos pro- nosso crescimento espiritual. blemas. "Qual deve ser a atitude da 2. Adoração. culto é o mo- igreja com as profecias? Primeiro, mento em que a igreja adora ao Se- não desprezá-las, pois, a Bíblia nos nhor em louvor, oração, manifestan- manda procurar com zelo os dons do gratidão por suas bênçãos e pro- espirituais, principalmente o de pro- teção. A fim de adorar ao Senhor, fetizar, isto quer dizer que ela é útil nós, seus servos, devemos nos pros- à igreja (1 Co 14. 1). Segundo, ensi- trar diante dele com respeito, admi- nar sobre ela disciplinando seu uso ração e temor. Sem adoração, a vida para que não se incorra em menini- pode ser tudo, menos cristã, pois ces, infantilidades e confusões. Ter- vida cristã exige adoração ao Rei do ceiro, submeter seu conteúdo à ava- universo (Gn 24. 26; SI 42. 4; 1 Cr liação. Todas as profecias devem ser 29.20). testadas segundo padrão da dou- 3. Dissertação das Escrituras. trina bíblica (cf. Dt 13.1-3). Isto sig- maior impacto que homem nifica que os crentes devem ficar pode receber é da pregação pro- atentos ao seu cumprimento (cf. Dt fundamente bíblica. Além de que- 18. 22), e atentos também no caso brantar o homem, ela o desenvol- de ela não se cumprir". Cf. Bíblia ve intelectualmente para crescer no de estudo Pentecostal, Edições conhecimento e evitar fanatismos. CPAD. Toda ação de adoração na igreja deve ser seguida de reflexão para IV. FINALIDADES DO CULTO que se não caia em exageros e Segundo 1 Coríntios 14. 26, tudo distorções. Adoração sem reflexão deve ser feito para edificação. Este pode conduzir à balbúrdia e a prá- é, portanto, propósito principal do ticas antibíblicas. Esta era a situa- culto. Entretanto, para que haja edi- ção da igreja de Corinto. 454. Trabalho. No culto e atra- CONCLUSÃO vés dele, aprendemos que traba- culto, quando obedece as di- lho na casa do Senhor é função de retrizes da Bíblia é sempre uma gran- todos. Às vezes acha-se que tra- de bênção. Como diz salmista: balho na Casa do Senhor é obriga- "alegrei-me quando me disseram, ção do líder da igreja e do ministé- vamos à casa do Senhor". Que Deus rio local. Esta posição constitui-se nos ajude a praticá-lo com ordem e em grande erro, pois nenhuma pes- decência. soa salva por Jesus está fora desta obrigação. A igreja, além de ser QUESTIONÁRIO uma comunidade adoradora, é, também, uma comunidade traba- 1. Como os dons espirituais devem lhadora. Trabalhar para Senhor é ser usados no culto cristão? um dos maiores privilégios do 2. Como as experiências devem ser crente. Reflexão bíblica que não encaradas? conduz ao trabalho pode gerar intelectualismo e vida espiritual in- 3. Quais os ingredientes do culto? sossa e sem significado. 4. Quais as finalidades do culto? 46Lição 10 7 de setembro de 1997 A CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA NA IGREJA ÁUREO 2 Coríntios 9.1-9 1 Quanto à administração que se faz a favor dos santos, não ne- "E ninguém apareça vazio cessito escrever-vos, perante mim" 23. 15) 2 porque bem sei a prontidão do ânimo, da qual me glorio VERDADE PRÁTICA de vós, para com os macedônios, que a Acaia está pronta desde 0 ano passado, e zelo tem estimulado muitos. A contribuição financeira, 3 Mas enviei estes irmãos, mais do que responsabilidade, para que a nossa glória, acerca de é um alto privilégio que Deus vós, não seja vã nessa parte; para concede a todo crente. que (como já disse) possais estar prontos, LEITURA DIÁRIA 4 a fim de, se acaso os macedônios vierem comigo e vos acharem desapercebidos, não nos Segunda 3.10 envergonharmos nós (para não di- dízimo deve ser entregue na casa zermos, vós) deste firme funda- do Senhor mento de glória. Terça 1 Cr 19 6 5 Portanto, tive por coisa ne- A contribuição deve ser voluntária cessária exortar estes irmãos, para Quarta 2 Co 9.7 que, primeiro, fossem ter convos- A contribuição deve ser feita com co e preparassem de antemão a alegria vossa benção já antes anunciada, Quinta Nm 18.28,29 para que esteja pronta como Devemos ofertar do melhor que pos- benção e não como avareza. suímos 6 E digo isto: Que o que se- Sexta Mc.12.44 meia pouco, pouco também ceifa- A oferta deve ser dada com fé rá; e que semeia em abundância Sábado 2 Co 9.8,9; MI 3.10 em abundância também ceifará. retorno da contribuição 7 Cada um contribua segun- do propôs no seu coração, não com LEITURA BÍBLICA EM CLASSE tristeza ou por necessidade; por- que Deus ama ao que dá com ale- 2 CORÍNTIOS 9.1-9; gria. 1 CORÍNTIOS 16. 1-4 8 E Deus é poderoso para 47tornar abundante em vós toda gra- I. IDÉIAS ERRADAS QUANTO ça, a fim de que, tendo sempre, DÍZIMO. em tudo, toda suficiência, supera- bundeis em toda boa obra, Antes de fornecermos uma defi- 9 Conforme está escrito: Es- nição equilibrada do dízimo, se- palhou, deu aos pobres, a sua jus- guem-se algumas afirmações sobre tiça permanece para sempre. como dízimo não deve ser encara- do. 1 Coríntios 16.1-4 1. Não é legalismo. Moisés, ins- pirado por Deus, estabeleceu que 0 1. quanto à coleta que se povo, como um todo, deveria entre- faz para os santos, fazei vós tam- bém 0 mesmo que ordenei às igre- gar aos sacerdotes a décima parte de jas da Galácia. tudo que arrecadassem. Com o pas- 2. No primeiro dia da semana, sar do tempo, o povo passou a fazê- cada um de vós ponha de parte 0 lo apenas por causa do peso da lei, que puder ajuntar, conforme a sua sem discernir verdadeiro sentido de prosperidade, para que se não fa- sua ação. Ações meramente legalis- çam as coletas quando eu chegar. tas tem pouco ou nenhum valor di- 3. E, quando tiver chegado, ante de Deus. mandarei os que, por cartas, 2. Não é um substituto das vir- aprovardes, para levar a vossa tudes cristãs. Entregar o dízimo não dádiva a Jerusalém. exime crente da prática das gran- 4. se valer a pena que eu des virtudes da Bíblia. Em Lucas 11. também vá, irão, comigo. 42, Jesus repreende os fariseus: "Ai de vós, fariseus, que dizimais a hor- COMENTÁRIO telã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais juízo e 0 amor de Deus! INTRODUÇÃO Importa fazer estas coisas e não dei- dízimo está presente ao longo xar as outras". de todo Antigo Testamento e na A prática do dízimo não desobri- prática do povo de Deus desde os ga o crente de produzir o fruto do tempos mais remotos. Em Gn 14. 20, Espírito e de ser um exemplo para Abraão, ancestral de Israel, entrega os que com ele convivem. dízimos a Melquisedeque. A partir 3. Não deve se transformar deste evento, a contribuição finan- numa carga insuportável. Deve ser ceira passa a fazer parte inseparável uma manifestação espontânea e li- da estrutura de fé dos que servem a vre; fazê-lo com constrangimentos Deus e à sua Igreja. diminui, ou anula, valor do ato em Nesta lição, nos ateremos a ana- si. Às vezes, a avareza e conceitos lisar 0 dizimo e suas implicações na errados se interpõem como um obs- vida do crente. táculo para que crente haja de ma- 48