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Tema: Economia Sustentável e Responsabilidade Social Título: Projeto de Intervenção Comunitária para a Promoção da Sustentabilidade Local Curso: [Nome do curso] Estudante: Bruna Bortolin Instituição: [Nome da instituição] Tutor: Leonardo Akira Teixeira Dantas Kamimura Ano: 2025 EQUIPE DO PROJETO O projeto foi desenvolvido pela estudante Bruna Bortolin, com orientação do tutor Leonardo Akira Teixeira Dantas Kamimura. A proposta surgiu do desejo de compreender melhor as práticas ambientais dentro da comunidade e contribuir com ações simples, mas transformadoras. A ideia é promover a conscientização sobre sustentabilidade, reciclagem e consumo consciente, por meio de atividades educativas e participativas que envolvam moradores de diferentes idades e perfis. De acordo com Jacobi (2021), a educação ambiental deve ser vista como um processo permanente de construção de valores e atitudes que permitam a todos repensar suas relações com o meio ambiente. Por isso, a equipe busca atuar de forma dialógica, aproximando teoria e prática, conhecimento científico e saber popular, para gerar mudanças reais no cotidiano das pessoas. DIAGNÓSTICO A comunidade escolhida para o desenvolvimento do projeto apresenta algumas dificuldades relacionadas à gestão de resíduos, desperdício de materiais e falta de conscientização ambiental. Foi possível observar que muitas pessoas não têm acesso a informações claras sobre separação do lixo, coleta seletiva e reaproveitamento de recursos. Além disso, percebe-se a carência de espaços de discussão e aprendizagem sobre sustentabilidade. Para compreender melhor essa realidade, foi realizada uma observação direta e conversas informais com os moradores, além de pesquisa bibliográfica sobre práticas sustentáveis. Gil (2017) explica que o diagnóstico é uma etapa essencial de qualquer estudo social, pois permite compreender o problema de forma contextualizada, identificando suas causas e efeitos. Durante as visitas, notou-se o interesse da comunidade em aprender, especialmente sobre como reduzir o desperdício e utilizar materiais recicláveis para gerar renda ou melhorar o ambiente doméstico. Sachs (2019) ressalta que o desenvolvimento sustentável depende da capacidade das pessoas de se engajarem em processos coletivos de transformação, o que confirma a importância de projetos educativos e participativos. O diagnóstico também mostrou que há uma percepção crescente sobre os impactos ambientais, mas muitas vezes sem saber como agir de forma prática. Loureiro (2019) defende que a sustentabilidade se concretiza quando a população se apropria do conhecimento ambiental e o aplica nas pequenas ações do cotidiano, o que reforça o papel do projeto como espaço de aprendizado e diálogo. A COMUNIDADE A comunidade escolhida é composta por famílias de baixa renda, com diferentes perfis de ocupação e tempo de residência. A maioria dos moradores vive em casas simples, muitas vezes sem saneamento básico adequado. O comércio local é pequeno e o descarte de resíduos ainda é feito de maneira incorreta, o que causa acúmulo de lixo e mau cheiro em algumas áreas. Apesar de todas as dificuldades, a comunidade segue viva, pulsando no jeito simples de quem aprendeu a resistir junto. Os vizinhos se conhecem pelo nome, trocam favores, dividem o que têm e estão sempre juntos nas festas, nas orações e até nas conversas de portão. É aquele tipo de lugar onde, mesmo sem muito, ninguém fica sozinho. Essa união é o que dá força pro projeto existir, porque tudo ali nasce do coletivo, do olho no olho, da vontade de ver o bairro melhorar. Como diz Reigota (2017), a educação ambiental só tem sentido quando parte da realidade das pessoas, respeitando o jeito de cada uma viver e compreender o mundo (REIGOTA, 2017). Durante as observações, notou-se o potencial de engajamento da comunidade, especialmente entre as mulheres e os jovens, que demonstraram interesse em ações de reaproveitamento de materiais, oficinas de reciclagem e hortas caseiras. Isso mostra que há espaço para o fortalecimento da consciência ambiental e da autonomia local. LOCAL DO PROJETO O projeto será realizado em um bairro periférico do município de São Paulo, escolhido por apresentar demandas reais relacionadas à educação ambiental e sustentabilidade. O local conta com uma escola pública, uma associação de moradores e pequenos comércios, o que facilita a mobilização e a divulgação das ações. As atividades vão acontecer na escola e também nos espaços da comunidade, do jeito mais simples possível, respeitando o tempo e a rotina de quem vive ali. Ninguém vai precisar correr ou mudar a vida pra participar — tudo vai ser combinado junto, de acordo com o que cada um pode. A ideia é que o projeto nasça do cotidiano, do que já existe, sem impor nada de fora. Por isso, contar com as lideranças locais é essencial: são elas que conhecem as pessoas, sabem o que funciona e o que não dá certo. Assim, mesmo quando o projeto terminar, as ações continuam, firmes, nas mãos de quem faz parte daquele lugar e quer ver ele crescer de verdade. Jacobi (2021) enfatiza que o espaço escolar e comunitário é um terreno fértil para a transformação social, pois permite integrar conhecimento, ação e reflexão de forma colaborativa. Dessa maneira, o local foi escolhido não apenas pela necessidade, mas também pelo potencial de impacto social e educativo. PROBLEMA DE PARTIDA O que mais se percebe na comunidade é a falta de consciência sobre o cuidado com o meio ambiente. Ainda é comum ver lixo jogado nas ruas, em terrenos vazios e até perto das casas, o que acaba trazendo mau cheiro, insetos e até doenças. Esse descuido não acontece por maldade, mas por falta de informação e de apoio. As pessoas nem sempre sabem qual é o destino certo do lixo ou o quanto isso interfere na própria qualidade de vida. Essa realidade mostra o quanto faltam políticas públicas que funcionem de verdade e programas educativos que cheguem até as pessoas, falando de sustentabilidade de um jeito simples, próximo e possível de ser colocado em prática no dia a dia. O que move esse projeto é uma pergunta que vem da vida real, do que a gente vê todo dia nas ruas da comunidade. Como fazer as pessoas entenderem que cuidar do lugar onde vivem é também cuidar de si mesmas? O problema que orienta o projeto é justamente esse: como promover a conscientização e a prática da sustentabilidade dentro da comunidade, de um jeito simples, possível e que faça sentido pra quem mora ali? A ideia é mostrar que não precisa de grandes mudanças pra começar — basta olhar pro próprio quintal, pro lixo que se joga fora, para as pequenas atitudes que, juntas, transformam o ambiente e a vida de todo mundo. Segundo Carvalho (2018), a formação do sujeito ecológico se dá quando o indivíduo reconhece seu papel na preservação ambiental e se engaja em ações transformadoras. Assim, o projeto busca despertar essa consciência coletiva e estimular a adoção de hábitos mais responsáveis e solidários. ODS / TEMÁTICA O projeto está alinhado principalmente ao objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS), número 12 da agenda 2030 da ONU: “consumo e produção responsáveis”. Esse objetivo propõe reduzir o desperdício de recursos naturais e incentivar práticas mais sustentáveis de produção e consumo, promovendo um equilíbrio entre economia, sociedade e meio ambiente. Também se relaciona com o ODS 11, que trata de “cidades e comunidades sustentáveis”, e o ODS 13, “ação contra a mudança global do clima”. Todas essas metas reforçam a importância de conscientizar as pessoas sobre o impacto do consumo e sobre como pequenas atitudes podem gerar grandes transformações no ambiente local. Segundo Sachs (2019), a sustentabilidade não se limita à preservação ambiental, mas também à inclusão social e à economia solidária. Isso significa que uma comunidade só é realmente sustentável quando consegue viver com dignidade, cuidando do meio ambiente e das relações humanas. O projeto, portanto, busca contribuir para essa mudança cultural, despertandoa responsabilidade individual e coletiva sobre o uso consciente dos recursos. REFLEXÃO SOBRE O PROBLEMA Ainda falta muita educação ambiental no Brasil. Muita gente nem sabe direito como separar o lixo, o que pode ser reciclado ou como evitar o desperdício. Isso não é por falta de vontade, mas por falta de informação acessível. Nas comunidades, então, o assunto parece ainda mais distante, porque as pessoas estão preocupadas com coisas urgentes — arrumar um trabalho, pagar o aluguel, ter um lugar digno pra morar. No meio de tanta correria, o cuidado com o meio ambiente acaba ficando pra depois, não por descuido, mas porque a sobrevivência vem primeiro. Diante disso, o projeto reflete sobre como é possível aproximar o tema da sustentabilidade da vida cotidiana, de forma acessível e prática. Loureiro (2019) defende que o aprendizado ambiental só se torna transformador quando dialoga com as experiências e necessidades das pessoas. Por isso, a proposta é trabalhar a partir da realidade local, respeitando o contexto cultural e social dos moradores. O problema não é só a falta de conhecimento. O que realmente falta são lugares onde as pessoas possam se encontrar, conversar e pensar juntas em como cuidar do lugar onde vivem. Muita gente até quer fazer algo, mas não sabe por onde começar. A proposta do projeto é justamente essa: transformar a conscientização em ação, de um jeito simples e coletivo. Quando as pessoas se sentem parte do espaço, o cuidado vem naturalmente. É aquele orgulho de olhar em volta e saber que o bairro está mais limpo, mais vivo, porque foi todo mundo que fez acontecer. PESQUISA Para construir o projeto, foi realizada uma pesquisa de campo com observação direta, entrevistas curtas com moradores e análise de materiais sobre sustentabilidade e educação ambiental. a metodologia qualitativa foi escolhida por permitir compreender as percepções e sentimentos das pessoas em relação ao meio ambiente. Segundo Gil (2017), a pesquisa qualitativa valoriza a fala e a experiência dos sujeitos, o que torna o processo mais participativo e humano. Nas entrevistas, a maioria dos moradores demonstrou interesse em aprender mais sobre reciclagem e aproveitamento de resíduos, mas relatou falta de tempo, incentivo e informação. Também foi observada a ausência de coleta seletiva organizada, o que contribui para o acúmulo de lixo em alguns pontos da comunidade. Isso mostra a importância de criar ações educativas que ensinem a separar corretamente os resíduos e dar destino adequado ao material reciclável. DESCOBERTAS DA PESQUISA Os resultados mostraram que há uma conscientização inicial sobre o meio ambiente, mas ela ainda é superficial. Muitas pessoas reconhecem a importância de cuidar do planeta, porém não sabem por onde começar. Também se constatou que as crianças e os jovens têm mais interesse em participar de atividades ligadas à sustentabilidade, especialmente quando envolvem jogos, oficinas e práticas manuais. Carvalho (2018) explica que a verdadeira formação ecológica nasce da vivência, do contato direto com o mundo à nossa volta. Não adianta só ouvir falar sobre sustentabilidade — é preciso viver isso no dia a dia. Quando as pessoas colocam a mão na massa, participam de atividades e veem de perto o resultado do que fazem, elas entendem de verdade o impacto de suas ações e o valor do cuidado com o meio ambiente. É por isso que o projeto procura juntar o conhecimento teórico com a prática dentro da própria comunidade, pra que o aprendizado aconteça de forma leve, compartilhada e com sentido real pra quem vive ali. A pesquisa mostrou uma coisa bonita: mesmo com tanta dificuldade, a comunidade tem vontade de mudar. Falta recurso, falta apoio, mas não falta desejo de ver o bairro mais limpo, mais vivo, mais cuidado. As pessoas querem aprender, querem participar, só precisam de espaço e oportunidade pra isso acontecer. É aí que o projeto ganha força — ele não vem pra ensinar de cima pra baixo, mas pra caminhar junto, transformando essa vontade em ação. No fim, o que se busca é simples: fazer com que cada um se sinta parte do lugar e orgulhoso de cuidar dele. CONCLUSÕES DA PESQUISA A partir da análise das informações coletadas, conclui-se que o principal desafio da comunidade é a falta de ações educativas continuadas sobre sustentabilidade. Percebe-se que há vontade de participar, mas faltam iniciativas acessíveis e permanentes. O projeto quer justamente preencher essa falta que existe, levando informação de um jeito simples e próximo da realidade das pessoas. Mais do que ensinar regras, ele busca criar diálogo, trocar experiências e trazer práticas sustentáveis pro dia a dia dos moradores, pra que o cuidado com o ambiente vire parte da rotina. Reigota (2017) lembra que a educação ambiental vai muito além de repassar conteúdo — ela é um processo político, vivo e transformador. Quando as pessoas entendem isso, passam a se ver como parte da mudança, percebendo que cada escolha, por menor que pareça, tem um impacto real sobre o planeta e sobre a própria comunidade. As conclusões mostram que não é preciso muito pra começar a mudar as coisas. Pequenas ações, feitas com vontade e de forma contínua, já fazem diferença com o tempo. Quando a comunidade se envolve de verdade, o resultado aparece — o ambiente melhora, as pessoas se sentem parte e o cuidado passa a ser natural. Por isso, o projeto aposta em atividades simples, educativas e feitas em grupo, porque é no encontro, na troca e na prática coletiva que a transformação ambiental e social realmente acontece. PROJETO DE INTERVENÇÃO O projeto de intervenção será desenvolvido em formato de oficinas comunitárias sobre práticas sustentáveis. As ações incluem palestras curtas sobre consumo consciente, oficinas de reaproveitamento de materiais recicláveis e a criação de uma pequena horta comunitária. As atividades vão acontecer junto com a escola do bairro e a associação de moradores, aproveitando os espaços que já fazem parte da rotina da comunidade. A ideia é reunir as pessoas num ambiente acolhedor, onde todo mundo possa participar, conversar e aprender junto. Mais do que ensinar, o projeto quer despertar curiosidade, vontade de criar e de cuidar do lugar onde se vive, mostrando que o aprendizado pode ser leve, vivido e construído coletivamente. Segundo Jacobi (2021), a educação ambiental deve estimular a ação coletiva e o senso de pertencimento, para que as pessoas se sintam parte da solução. Por isso, as oficinas serão planejadas de modo participativo, com a colaboração dos próprios moradores na escolha dos temas e no planejamento das atividades. Ao final, espera-se que o projeto incentive a criação de novos hábitos, fortaleça os laços comunitários e contribua para um ambiente mais limpo, saudável e acolhedor. PLANO DE TRABALHO 1. Diagnóstico inicial: observação da comunidade e identificação dos principais problemas ambientais. 2. Planejamento das oficinas: definição de temas, cronograma e materiais necessários. 3. Divulgação: convite aos moradores e às escolas locais para participação nas atividades. 4. Execução: realização das oficinas e palestras sobre reciclagem, consumo consciente e sustentabilidade. 5. Acompanhamento: registro fotográfico e relato das atividades desenvolvidas. 6. Avaliação: conversa com os participantes sobre o que aprenderam e o que pode ser melhorado. 7. Encerramento: socialização dos resultados e entrega de relatório à tutoria. segundo gil (2017), o planejamento das ações é essencial para garantir que a intervenção tenha sentido e continuidade. o plano de trabalho segue uma lógica simples e prática, valorizando o envolvimento das pessoas e o aprendizado coletivo. REGISTROS DA INTERVENÇÃO As ações do projeto aconteceram com o apoio da escola do bairro e da associação de moradores, em um espaço simples, mas cheio de vida, cedido pela própria comunidade. Durante três semanas seguidas, o local se encheu de movimento: crianças, jovens e adultos participaram das oficinas, cada um contribuindo do seu jeito. O foco principalfoi falar sobre consumo consciente e mostrar, na prática, como o reaproveitamento de materiais recicláveis pode transformar o que antes era lixo em algo útil e criativo. Mais do que aprender, foi um momento de troca, de olhar diferente para o que se tem e de perceber que pequenas mudanças fazem grande diferença no dia a dia. Durante as oficinas, tudo aconteceu num clima de proximidade, como uma grande conversa entre vizinhos. As pessoas chegavam curiosas, umas com garrafas pet nas mãos, outras trazendo sobras de comida pra usar nas experiências. Aos poucos, o que era lixo foi virando vaso, porta-treco, adubo e até pequenas hortas que cada um podia levar pra casa. Não era aula — era troca, descoberta, risada e aprendizado junto. No meio das atividades, rolou uma roda de conversa onde todo mundo pôde falar do que vive no dia a dia: o lixo que acumula na rua, o consumo sem pensar, a vontade de ver o bairro mais limpo. Foi ali, nesse encontro simples, que deu pra sentir que o cuidado com o meio ambiente começa devagar, quando as pessoas se olham, conversam e fazem juntas. A participação foi muito positiva. Muitas famílias relataram que passaram a olhar o lixo de outra forma, entendendo que parte dele pode ser reaproveitada. As crianças mostraram entusiasmo em levar o aprendizado para casa, influenciando pais e vizinhos. Segundo Carvalho (2018), a transformação ambiental começa pela educação e se fortalece quando o conhecimento se torna experiência concreta. Todos os encontros foram registrados por meio de fotos e anotações, documentando as etapas do processo, o envolvimento das pessoas e os resultados obtidos. As imagens foram feitas pela própria autora do projeto, respeitando o direito de imagem dos participantes e desfocando rostos de menores de idade, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Esses registros servirão como base para a continuidade do projeto e para inspirar novas ações na comunidade. Como defende Loureiro (2019), a memória das práticas sustentáveis é essencial para consolidar uma cultura ecológica e incentivar a reprodução das boas práticas em outros espaços. OBSERVAÇÕES DA INTERVENÇÃO Durante a execução do projeto, ficou claro o quanto a comunidade quer mudar. As pessoas se mostraram curiosas, participativas e cheias de vontade de aprender mais sobre sustentabilidade. Mas também deu pra ver os limites. Faltam recursos, apoio e, principalmente, presença do poder público. A coleta seletiva quase não existe, e isso desanima quem tenta fazer a sua parte. Mesmo assim, o interesse do povo é forte — dá pra sentir que, com um pouco mais de incentivo e estrutura, muita coisa boa poderia acontecer. O potencial tá ali, só precisa ser cuidado e levado a sério. Mesmo assim, o envolvimento das pessoas foi notável. Houve colaboração espontânea, troca de experiências e um sentimento de pertencimento ao projeto. Esse tipo de engajamento mostra que, quando a educação ambiental é conduzida de forma participativa, o aprendizado se torna mais significativo. Reigota (2017) ressalta que a educação ambiental deve ser vivida e construída coletivamente, como uma prática de cidadania e transformação social. Durante as atividades, deu pra ver o brilho nos olhos das crianças e dos jovens. Eles se envolveram de verdade, curiosos, cheios de ideias e vontade de colocar a mão na massa. Faziam perguntas, criavam soluções e ainda ensinavam uns aos outros com entusiasmo. Era bonito de ver como aprender podia ser leve e divertido. Essa energia mostrou o quanto vale a pena continuar com oficinas e projetos assim, dentro das escolas e nos espaços da comunidade. Quando o aprendizado acontece de forma vivida, ele se espalha — e é justamente isso que planta as sementes de uma mudança duradoura. Por fim, deu pra perceber que falar de sustentabilidade é falar de muito mais do que meio ambiente. É sobre respeito, solidariedade e cuidado com o outro. É sobre entender que tudo está ligado — o lixo que a gente joga fora, a água que economiza, o jeito como trata as pessoas ao redor. Sachs (2019) lembra que o desenvolvimento sustentável é um processo contínuo, que depende de educação, participação e, principalmente, de um compromisso ético com o futuro. As observações finais mostram que o projeto realmente cumpriu seu propósito. Ele despertou curiosidade, envolveu a comunidade e deixou uma marca de mudança que vai além das atividades realizadas. O mais bonito foi ver as pessoas se enxergando como parte da transformação, sentindo orgulho do que estavam construindo juntas. As pequenas ações que nasceram ali mostraram que cuidar do lugar onde se vive não depende de grandes recursos, mas de vontade e união. Quando o povo se reconhece como parte do todo, nasce um sentimento de pertencimento e esperança — e é justamente isso que sustenta qualquer mudança verdadeira. REFERÊNCIAS CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2018. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2017. JACOBI, Pedro Roberto. Educação, meio ambiente e sustentabilidade. 2. ed. São Paulo: Annablume, 2021. LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Educação ambiental e movimentos sociais na construção da cidadania ecológica. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2019. REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 2017. SACHS, Ignacy. Desenvolvimento includente, sustentável e sustentado. Rio de Janeiro: Garamond, 2019.