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Avaliação laboratorial do líquido sinovial - vídeo N2

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Avaliação laboratorial 
do líquido sinovial
Subturma 04: Ana Júlia Pugliesi, Gabriel Daher, Geovanna da Mata, Geovanna 
Teotônio, Guilherme Guerra, Laís Laura de Souza, Manuela Uchoa, Milena 
Barbosa, Pedro Henrique Português, Reynier Airam e Vitor Schroeder
Líquido sinovial: 
● Composição das cavidades sinoviais; 
● Componentes do líquido sinovial; 
● Funções: redução de atrito, nutrição e 
remoção de resíduos;
● Doenças que afetam o líquido sinovial;
● Análise da composição bioquímica.
Fonte:https://www.infoescola.com/anatomia-humana/liquido-sinovial/
Fase pré-analítica: 
● Preparação do paciente: 
- Nenhum procedimento específico de preparação do paciente é necessário 
antes da coleta da amostra.
- Se a glicose for medida na amostra, o paciente deve estar em jejum de pelo 
menos 6 horas antes da coleta do LS
● Formulário de solicitação de teste credenciado e pedido de teste deve ser 
claro e objetivo. 
Fase pré-analítica: 
Identificação do paciente e da amostra:
● As amostras devem ser rotuladas na presença do paciente, com pelo menos dois 
identificadores únicos, local, data e hora da coleta e local anatômico da coleta 
● Recipientes de amostra indevidamente identificados (ou não rotulados) não 
devem ser aceitos para análise.
● A rejeição da amostra deve ser documentada pelo laboratório e indicado no 
relatório do paciente.
Fase pré-analítica: 
● Recipientes de coleta adequados e amostra procedimentos de manuseio deve 
ser direcionado pelo teste solicitado e deve refletir os procedimentos 
apropriados usados para o tipo de amostra validada
● O volume de amostra de fluido sinovial recomendado por recipiente é 3-5 mL.
● Líquido sinovial para contagem de células → tubo com EDTA
● Líquido sinal para análise bioquímica → tubo sem anticoagulante
● O transporte deve ser feito à temperatura ambiente 
Fase pré-analítica
● A qualidade da amostra deve ser avaliada por inspeção visual antes da análise 
para evitar falhas do instrumento e / ou erros de medição → qualidade de 
amostra inadequada deve ser documentado no relatório do teste 
● A presença de fibrinogênio no LS irá causar coagulação da amostra e pode 
indicar um toque traumático ou um distúrbio patológico → para evitar a 
coagulação da amostra, uma alíquota da amostra deve ser transferida em 
tubos contendo EDTA líquido.
Fase analítica
● A análise laboratorial do líquido sinovial 
compreende exame macroscópico (volume, 
aparência), determinação de análises 
bioquímicas específicas e exame 
microscópico 
Viscosidade do líquido sinovial
● Significância clínica limitada, mas sua determinação é simples e com bom 
custo-benefício;
● Depende da quantidade de hialuronato polimerizado;
● Grau avaliado pelo string test (teste da corda):
- Pode ser realizado diretamente pelo médico com o uso da seringa de coleta;
- Pode ser realizado pela equipe do laboratório colocando uma gota entre dois 
dedos enluvados;
● Interpretação:
- 5 cm = normal 
- 6 cm = elevada viscosidade
Fonte: Google Imagens 
Teste de Ropes (Teste de Coágulo de Mucina) 
•Teste qualitativo que estima o grau de polimerização do complexo proteico do 
ácido hialurônico (mucina) responsável pela viscosidade do fluido sinovial;
•Medida indireta da viscosidade do fluido sinovial;
•Usado para diferenciar o fluido sinovial de outros fluidos de origem incerta;
•Ácido acético + Fluido Sinovial;
•Interpretação:
-Bom: coágulo sólido circundado por líquido transparente
-Regular: coágulo mole
-Pobre: coágulo friável
-Ruim: ausência de coágulo (líquido turvo).
Análise bioquímica do fluido sinovial:
•Análise bioquímica e microscópica: imediatamente após o recebimento da amostra;
•Análise atrasada: redução do número de leucócitos;
•Armazenamento prolongado: alteração de características ópticas (diagnóstico incorreto);
•Primeiro tubo: sem aditivo; inspecionado quanto à coagulação e centrifugado para separar 
o sobrenadante (usado para análises químicas);
•LS muito viscoso: pré-tratado com solução de hialuronidase;
•LS: composição química semelhante ao plasma (concentrações de analitos mais baixas do 
que no sangue); 
•Análise bioquímica do LS: glicose, lactato, ácido úrico, proteínas totais, fator reumatoide, 
proteína C reativa e lactato desidrogenase.
Glicose
● Interpretação simultânea à glicose do 
soro
● Medidas devem ser equivalentes
● Diferença é ≤ 0.6 mmol/L 
● Se sem jejum= >0.6 mmol/L.
● Casos especiais: pacientes com reação 
inflamatória, infecciosa como em 
doença articular induzida por cristais
● Medida incerta
● Não deve ser medida rotineiramente
● Útil ao diagnóstico de artrite 
bacteriana
● Valor de referência:1.0–1.8 mmol/L
● Se >9.9mmol/L = tratamento imediato 
de artrite bacteriana
Lactose
Ácido úrico no líquido 
sinovial 
● Suspeita de gota
● Diagnóstico de gota: sintomas + 
mensuração do ácido úrico
● Confirmação: cristais 
● Concentração de LS > equivalentes 
a do soro (medições séricas)
● Mensuradas em amostras > 
padrão soro
● Proteína total elevada> indicador 
de distúrbios inflamatórios 
(inespecíficos)
● Proteínas totais em LS: ⅓ 
concentração em plasma 
Proteínas totais no 
líquido sinovial 
Fator reumatoide do líquido sinovial 
● Não faz parte da rotina de análise 
● Casos de artrite reumatoide (AR) > 
análise de confirmação
● Diagnosticamente útil? 
● Reflexo de concentrações séricas 
● Outras condições clínicas inflamatórias 
https://www.istockphoto.com/br/foto/teste-de-fator-reumatoide-gm85
9195376-141967709
● Enzima mais frequentemente 
determinada em amostras de líquido 
sinovial.
● Indicador de nível inflamatório 
● VR 750 U/L: alta atividade 
inflamatória 
Proteína-C Reativa 
(PCR) no líquido 
sinovial 
● Não é indicada a dosagem de PCR no líquido 
sinovial para avaliação de inflamação nas 
articulações 
● PCR-LS em pacientes com suspeita de 
infecção periprotética da articulação (IPA)
➔ PCR-LS + Alfa-defensina-1,3 (AD) para 
diagnóstico de IPA
- forma de exclusão ou confirmação do 
diagnóstico de IPA
Lactato desidrogenase 
(LD) no líquido sinovial 
Contagem total e diferencial de células no 
líquido sinovial
● Deve ser realizada imediatamente após o recebimento da amostra (métodos automatizados ou manuais). 
● Correlaciona-se, na prática clínica, a contagem leucocitária e a porcentagem de linfócitos 
polimorfonucleares (%PMN) com o grau de inflamação articular. 
● A combinação da contagem leucocitária e %PMN pode ser usada para discriminar melhor os distúrbios 
articulares não inflamatórios, inflamatórios e infecciosos:
1. (a) SF - WBC 50% 
4. (d) SF - WBC infeccioso> 50.000 x10⁶/ L, PMN> 75% 
● As informações sobre a ingestão de medicamentos podem ser anotadas na solicitação do exame 
laboratorial.
Contagem total e diferencial de células no 
líquido sinovial
● O leucócitos total com diferenciais deve ser realizado dentro de uma hora da coleta para evitar a 
destruição celular. No entanto, resultados precisos podem ser obtidos se as amostras de LS forem 
armazenadas a 2-8°C em tubos contendo aditivo EDTA;
● Os eritrócitos têm valor diagnóstico limitado em amostras de LS. Um alto número de eritrócitos 
presentes na amostra de LS deriva de derrames hemorrágicos ou artrose traumática. Um alto 
número de eritrócitos pode interferir na contagem leucócitos e contagem diferencial. 
Consequentemente, os eritrócitos devem ser seletivamente diluídos pela diluição da amostra usando 
soro fisiológico hipotônico (0,3%);
● A morfologia leucocitária é então avaliada sob microscópio de luz de alta potência usando imersão 
em óleo. Geralmente, as células mononucleares são predominantes em doenças não inflamatórias, 
enquanto as células polinucleadas prevalecem em processos inflamatórios
Cristaisno líquido sinovial
● A identificação de cristais é uma das análises mais 
importantes realizadas em amostras de líquido sinovial
● Cristais de urato monossódico (MSU) -> gota
● Cristais de pirofosfato de cálcio di-hidratado (CPPD) -> 
pseudogota (condrocalcinose)
● A microscopia de luz polarizada compensada é o método 
padrão, permitindo a diferenciação dos cristais com base em 
sua birrefringência
● As lâminas devem ser preparadas com amostras de líquido 
sinovial centrifugadas e examinadas por pessoal de 
laboratório experiente
Fonte:www.msdmanuals.com/ptbr/profissional/dist%C3%BA
rbios-dos-tecidos-conjuntivo-emusculoesquel%C3%A9tico/ar
trite-induzida-porcristais/gota#v906483_pt
Cristais no líquido sinovial
● Uma amostra positiva de cristal do LS deve conter pelo menos duas formas típicas em cada campo 
de 10 campos de visão selecionados aleatoriamente
● Descrição dos cristais deve incluir birrefringência, forma, localização da célula e quantidade
● A temperatura e as variações de pH podem afetar a formação de cristais e a solubilidade
 Fase pós analítica 
● Relatório do teste da análise do líquido sinovial (SF) 
○ Os relatórios de teste de laboratório de análise do líquido sinovial devem incluir:
■ tipo de fluido analisado
■ o valor
■ intervalo de referência ou decisão limites para cada analito testado
○ A fim de, orientar interpretação clínica e tomada de decisão
○ Os relatórios dos testes devem incluir um comentário reconhecendo a possível 
influência da matriz amostral na precisão do teste e, portanto, na necessidade de 
interpretar os resultados em conjunto com os sintomas clínicos.
○ Se os métodos usados na análise não foram validadas no laboratório, um comentário 
deve ser incluído no relatório.
○ Os laboratórios são fortemente encorajados a comunicar e comentar os resultados 
obtidos pela análise de líquido sinovial. A fim de, auxiliar no diagnóstico, para um 
melhor gerenciamento do paciente ou recomendar mais testes laboratoriais.
 Fase pós analítica 
● Intervalos de referência e limites diferenciados para analitos clinicamente úteis em testes laboratoriais.
○ Os resultados da análise bioquímica do líquido sinovial devem ser relatados nas mesmas unidades que 
os obtidos no soro/plasma.
○ Os valores de medição simultânea de um analito no soro/plasma e líquido sinovial (como a glicose) 
devem ser relatados no mesmo relatório de teste.
Referência:
MILEVOJ KOPCINOVIC, Lara et al. Laboratory testing of extravascular body fluids: National 
recommendations on behalf of the Croatian Society of Medical Biochemistry and Laboratory 
Medicine. Part I–Serous fluids. Biochemia medica, v. 30, n. 1, p. 31-59, 2020.
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