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Sugestão de Contrato de Honorários OAB

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	
	Avaliação a Distância 1
Disciplina: Estágio Supervisionado em Direito III
Curso: Direito
Professor: 
Nome do estudante: Darlan Charão 
Data: 29/02/2016
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
COMPOSIÇÃO DA AVALIAÇÃO
A presente Avaliação a Distância é composta por 3 (três) questões. A primeira valerá até 4,0 (quatro) pontos, enquanto que as demais serão mensuradas em até 3,0 (três) pontos, cada uma. Para a correta confecção da atividade, você deverá levar em consideração a “Narrativa Ficcional” apresentada neste semestre, bem como as informações obtidas por meio de sua participação nas discussões realizadas pela ferramenta Fórum, com seu professor.
QUESTÃO PRIMEIRA (5,0 pontos)
Elabore o instrumento contratual de honorários advocatícios, estabelecendo a remuneração por cada um dos atos realizados, incluindo notificação extrajudicial e, também a verba sucumbencial, entre o casal Joaquim da Silva e Clara Joana dos Santos da Silva, e o advogado Dr. João Marcos Vasconcellos, para ingresso do pedido em juízo contra a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S.A., postulando o pagamento da cobertura por morte (do nascituro), correspondente ao seguro obrigatório (DPVAT). A mensuração da nota levará em consideração: a) estética do texto apresentado; b) originalidade do texto; c) atendimento ao enunciado da questão.
QUESTÃO SEGUNDA (5,0 pontos)
Elabore uma notificação extrajudicial solicitando o pagamento da indenização por parte da Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S.A. A mensuração da nota levará em consideração: a) estética do texto apresentado; b) originalidade do texto; c) atendimento ao enunciado da questão.
Respostas:
Questão n° 1:
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS
	JOAQUIM DA SILVA, brasileiro, viúvo, autônomo, CPF/MF sob nº082-456-489-00, RG nº 6.528.00 SSP/SC, residente e domiciliado na Rua Beira Mar, nº 288, Bairro Mar Grosso, Cidade Laguna, Estado Santa Catarina, CEP 8870-888-00, daqui em diante denominado simplesmente de CONTRATANTE, e de outro lado, CHARÃO & VIEIRAS, sociedade de advogados inscritos AB/SC sob nº 87946416 e CNPJ nº 88.879.444/2015-00, com endereço na Rua MARCOS GOULART DIAS , nº 334, Bairro CENTRO, Cidade Laguna, Estado Santa Catarina, CEP 88790.888-00, neste ato representada por seu representante legal, DR. JOÃO MARCOS VASCONCELLOS, advogado, inscrito na OAB/SC sob nº 8895.789, CPF/MF sob nº 256.565.545-21, RG nº 350.665 SSP/SC, de ora em diante denominado simplesmente de CONTRATADO, têm entre si justo e contratado a presente prestação de serviços na área da advocacia, o que mutuamente aceitam, mediante as seguintes cláusulas e condições:
CLÁUSULA PRIMEIRA – DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATADO
 
O CONTRATADO se obriga a prestar ao Contratante os seus serviços profissionais, com zelo e dedicação, na defesa de seus direitos e interesses, cuja extensão explicita-se a seguir: 
O pedido versão sobre indenização do seguro DPVAT.S.A referente ao nascituro que seria filho do autor com a vítima, o qual veio à óbito devido o acidente ocorrido na rodovia federal- BR101. Sendo que, o autor vivia maritalmente com a Clara Joana dos Santos da Silva, a qual estava grávida quando sofreu acidente. Por fim, infelizmente, veio a falecer. A gravidez está comprovada pelo auto de necropsia 
Parágrafo primeiro: O CONTRATADO representará o(a) CONTRATANTE, em juízo ou fora dele, mediante procuração com cláusula “ad judicia”, sempre em conformidade com o serviço para o qual foi contratado.
Parágrafo segundo: Fica vedado ao CONTRATADO propor ou responder demandas além do previsto no caput desta Cláusula, bem como atuar em desconformidade com os poderes que lhe foram outorgados, sem prévia autorização do(a) CONTRATANTE, servindo a correspondência eletrônica como meio de prova.
Parágrafo terceiro: O CONTRATADO tem obrigação de dedicar seus melhores esforços na prestação dos serviços contratados. Porém, o(a) CONTRATANTE fica desde já ciente de que a advocacia é uma atividade de meio, e não de resultado, de modo que não é possível garantir o êxito favorável ao CONTRATANTE no final da ação.
CLÁUSULA SEGUNDA – DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE
Caberá ao CONTRATANTE:
analisar e decidir propostas de composição amigável;
fornecer ao Contratado, tão logo for solicitado a fazê-lo e com a maior celeridade possível, todos os documentos e informações imprescindíveis à defesa de seus direitos e interesses;
efetuar pontualmente os pagamentos devidos ao CONTRATADO, nos termos da Cláusula Terceira deste instrumento.
CLÁUSULA TERCEIRA
Pelos serviços prestados o CONTRATADO fará jus a remuneração abaixo discriminada, independentemente do resultado final da ação:
Honorários totais no valor de R$ 5.000,00 (XXXXXXXXXX), pagos um terço na data de assinatura deste contrato. 
Ao final da ação, o CONTRATADO fará jus ao recebimento de honorários advocatícios de 20 % (Vinte por cento) sobre o valor total que venha a ser recebido pelo CONTRATANTE, ficando desde já o CONTRATADO autorizado a compensar ou descontar os valores previstos nesta cláusula quando do levantamento de Alvará em nome do(a) cliente; 
Os valores previstos na alínea “a” desta Cláusula Terceira serão corrigidos monetariamente índice TJSC (média do INPC e IGP/DI) a partir da data da assinatura deste Contrato até a data do efetivo pagamento;
O valor dos honorários ajustados não compreendem os trabalhos de interposição e acompanhamento de recursos em local diverso daquele em que se desenrola a causas, e nem os referentes à interposição de recursos extraordinários e especial, revisão criminal, revista trabalhista e eventual ação rescisória;
Todas as eventuais custas e despesas processuais, bem como despesas com fotocópias, autenticações, estacionamentos, viagens, correspondentes, etc., correrão por conta do cliente, cujo pagamento será efetuado pelo sistema de reembolso através do envio de recibo contendo os comprovantes das despesas;
se a causa exigir serviços fora da comarca sede, ficará ressalvado ao advogado o direito de executá-lo pessoalmente ou por substabelecimento, pagando o cliente os encargos respectivos, inclusive os honorários de outro advogado para acompanhar precatórias ou diligências em comarca que não a do feito e, bem assim, para defesa do recurso nos órgãos de Segundo Grau de Jurisdição, Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça;
os honorários contratados serão devidos no caso de êxito ou não da demanda ou do desfecho do assunto tratado (art. 5º da Resolução nº 04/2012 do Conselho Seccional da OAB/PR);
Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência,  pertencem ao CONTRATADO, sem qualquer redução nos honorários contratados (art. 23 da Lei 8.906/94);
A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente, em face do serviço efetivamente prestado (art. 14 do Código de Ética e Disciplina da OAB);
O acordo feito pelo CONTRATANTE e a parte contrária, salvo aquiescência do CONTRATADO, não lhe prejudica os honorários, quer os convencionados, quer os concedidos por sentença (art. 24, § 4º, da Lei 8.906/94);
Os valores previstos nesta Cláusula se referem única e exclusivamente à prestação dos serviços previstos na CLÁUSULA PRIMEIRA deste Contrato, de modo que os honorários referentes a outras medidas, solicitadas ou necessárias, incidentais ou não, diretas ou indiretas, ainda que decorrentes da causa, serão negociadosoportunamente.
CLÁUSULA QUARTA
O CONTRATADO obriga-se a tratar como matéria sigilosa e confidencial todas as informações administrativas, comerciais ou de qualquer natureza que lhe forem fornecidas pelo(a) CONTRATANTE, com a ressalva daquilo que for necessário para fundamentar petições e notificações, zelando pelo sigilo destas informações durante e após o término da prestação dos serviços (art. 25 e seguintes do Código de Ética e Disciplina da OAB). Caso o cliente entenda que alguma informação necessária para a ação seja sigilosa, deverá solicitar ao advogado que requeira segredo de justiça. 
CLÁUSULA QUINTA
Fica eleito o foro da Comarca de Florianópolis, Capital, Santa Catarina, para dirimir as questões oriundas do presente instrumento, com renúncia a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
E, por assim se acharem justos e contratados, as partes firmam o presente instrumento, em duas vias de igual teor e forma, obrigando-se por si e sucessores ao fiel cumprimento das cláusulas e condições aqui estipuladas. Dispensada a assinatura de duas testemunhas nos termos do art. 24 da Lei 8.906/94.
		
Laguna, 29 de fevereiro de 2016.
	_________________________________
	Joaquim da Silva
	Contratante
	_________________________________
	
 Dr. João Marcos Vasconcellos
CHARÃO & VIEIRAS ADVOGADOS 
Contratado
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICAL
NOTIFICANTES : JOAQUIM DA SILVA, brasileiro, casado, autônomo, CPF/MF sob nº082-456-489-00, RG nº 6.528.00 SSP/SC, residente e domiciliado(a) na Rua Beira Mar, nº 288, Bairro Mar Grosso, Cidade Laguna, Estado Santa Catarina, CEP 8870-888-00.
 
NOTIFICADO :Seguro DPVAT. Seguro DPVAT, administrado pela. Seguradora Líder-DPVAT ,- Setor Bancário Norte – Quadra 2 – Bloco E- Lote 15 - 14º. Andar, Brasília (DF).
 
TEOR DA PRESENTE NOTIFICAÇÃO:
Pelo presente instrumento particular e na melhor forma admitida em direito, os Notificantes, vêm formalmente NOTIFICAR, a ocorrência dos fatos que se seguem, com o fito de criar e resguardar direitos e tentar derradeira solução amigável e menos onerosa.
 Os Notificantes vem por meio desta solicitar imediata providência para o pagamento dos devidos valores que é de direito do NOTIFICANTE , qual seja, devido a morte de sua esposa e seu filho (nascituro) no acidente de carro ocorrido na BR-101.
Assim, ficam assegurados ao autor os direitos relativos à morte do nascituro e sua esposa.
O nascituro goza de personalidade jurídica para fins de cobertura do seguro DPVAT, sendo os pais legítimos para exigir a indenização pela morte de seu filho não-nascido.
Nesse sentido, a fim de evitar tautologia, transcrevo parcialmente o voto do eminente Dr. João Pedro Cavalli Júnior, no recurso inominado nº 71002001048: 
“Inexiste a afirmada impossibilidade jurídica do pedido atrelada à condição de nascituro da vítima do acidente de trânsito.
Sendo assim, cabe informar as medidas jurídicas e entendimentos dos Tribunais para tal questão:
Aplica-se a Súmula 14 das Turmas Recursais Cíveis do Estado do Rio Grande do Sul, a qual transcrevo: 
SÚMULA Nº 14 – DPVAT ( revisada em 19/12/2008 )
VINCULAÇÃO SALÁRIO MÍNIMO. - É legítima a vinculação do valor da indenização do seguro DPVAT ao valor do salário mínimo, consoante fixado na Lei nº 6.194/74, não sendo possível modificá-lo por Resolução. A alteração do valor da indenização introduzida pela M.P. nº 340 só é aplicável aos sinistros ocorridos a partir de sua vigência, que se deu em 29/12/2006.
QUITAÇÃO. - A quitação é limitada ao valor recebido, não abrangendo o direito à complementação da indenização, cujo valor decorre de lei.
CONSÓRCIO OBRIGATÓRIO. - O consórcio obrigatório do seguro DPVAT institui solidariedade entre as seguradoras participantes, de modo que, independentemente de qual delas tenha liquidado administrativamente o sinistro, qualquer uma poderá ser demandada pela respectiva complementação de indenização, inocorrendo ilegitimidade passiva por esse motivo.
GRADUAÇÃO DA INVALIDEZ. – I. Descabe cogitar acerca de graduação da invalidez permanente; havendo a invalidez, desimportando se em grau máximo ou mínimo, devida é a indenização no patamar de quarenta salários mínimos, ou do valor máximo vigente na data do sinistro, conforme este tenha ocorrido, respectivamente, antes ou depois de 29/12/2006. 
II. Entretanto, nos pedidos de indenização por invalidez permanente ajuizados a partir do precedente do Recurso Inominado nº 71001887330, julgado em 18/12/2008, haverá de ser observada a regra de graduação da invalidez.
PAGAMENTO DO PRÊMIO. - Mesmo nos sinistros ocorridos antes da vigência da Lei nº 8.441/92 é desnecessária a comprovação do pagamento do prêmio do seguro veicular obrigatório.
Certos de que seremos atendidos, desde já agradecemos sua compreensão.
Atenciosamente.
 Dr. João Marcos Vasconcellos
CHARÃO & VIEIRAS ADVOGADOS

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