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CNU
Concurso Nacional Unificado
Conhecimentos Gerais para os 
Blocos de 1,2,3 e 5
Administração Pública 
Federal
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Obra
CNU - Concurso Nacional Unificado
Conhecimentos Gerais para os Blocos de 1,2,3 e 5
Autores
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL • Ana Philippini e Leandro Campos
Edição: Janeiro/2024
ISBN: 978-65-5451-284-8
SUMÁRIO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL ........................................................................5
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E NORMAS QUE REGEM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
(ARTIGOS DE 37 A 41 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988) ....................................................... 5
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL 
(DECRETO LEI Nº 200, DE 1967) ...................................................................................................... 30
AGENTES PÚBLICOS: REGIME JURÍDICO ÚNICO (LEI Nº 8.112, DE 1990 E SUAS 
ALTERAÇÕES) ..................................................................................................................................... 47
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E NORMAS QUE REGEM A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ARTIGOS DE 37 A 41 DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL DE 1988)
A administração pública tem suas regras disciplinadas nos arts. 37 a 41, da CF, de 1988.
Art. 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Conforme se observa do caput, do art. 37, a administração pública divide-se em adminis-
tração pública direta, que é composta pelos quatro entes federativos (União, estados, muni-
cípios e Distrito Federal), e administração pública indireta, composta pelas autarquias, 
fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas.
Via de regra, a administração pública submete-se a um regime jurídico de direito público, 
ou seja, a sua atuação independe da concordância dos administrados, pois se funda na pró-
pria soberania estatal.
O regime jurídico de direito público faz com que a administração se sujeite a limites, que, 
por vezes, são mais estritos do que aqueles a que estão submetidos os particulares. Como 
exemplo, se pode citar o dever de observância da finalidade pública.
Esse regime de prerrogativas e sujeições para a administração pública encontra-se expres-
so em forma de princípios. De acordo com o dispositivo, são princípios que regem a admi-
nistração pública direta e indireta: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência.
O princípio da legalidade estabelece a sujeição da administração pública aos mandamen-
tos da lei. A legalidade traduz o sentido de que a administração pública somente pode fazer 
o que a lei manda ou permite, bem como somente pode proibir o que a lei expressamente 
proíbe.
O princípio da impessoalidade traz a neutralidade necessária para o exercício da ativi-
dade administrativa. Destinado tanto ao administrador como ao administrado, esse princípio 
impõe a objetividade e a isonomia da conduta administrativa.
O princípio da moralidade diz respeito à moral administrativa. Segundo ele, os atos da 
administração pública devem ser balizados nas matrizes éticas dominantes. A finalidade do 
princípio é fixar limites à atuação da administração, evitando, por exemplo, o excesso de 
poder ou desvio de finalidade.
O princípio da publicidade exige a divulgação dos atos da administração pública com o 
objetivo de permitir o conhecimento e o controle por toda a sociedade, pois ao administrador 
compete agir com transparência.
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Por fim, o princípio da eficiência impõe à administração a obrigação de realizar suas atri-
buições com rapidez, perfeição e rendimento, pois quem administra gere algo que pertence à 
sociedade. Assim, cabe ao administrador zelar pelos interesses públicos com plena satisfação 
do administrado e com o menor custo para a sociedade.
Dica
Para memorizar os princípios, utilize o mnemônico LIMPE:
� Legalidade;
� Impessoalidade;
� Moralidade;
� Publicidade;
� Eficiência.
Art. 37 […]
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham 
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
No que se refere à forma de acesso por brasileiro naturalizado, há de se esclarecer, inicial-
mente, que se trata dos cargos não privativos de brasileiros natos, uma vez que os cargos 
privativos de brasileiro nato constam expressamente no § 3º, art. 12, da CF, de 1988. 
Observa-se que os cargos não privativos de brasileiros natos podem ser preenchidos por 
brasileiros (natos ou naturalizados) de forma ampla. Vale frisar que pode a lei estabelecer 
requisitos limitadores, tais como formação escolar, idade, entre outros. Em contrapartida, 
para que o estrangeiro possa ter acesso a tais cargos, a lei deve especificar as hipóteses de 
admissibilidade.
Há que se fazer, aqui, duas observações quanto à aplicabilidade da norma. Com relação 
aos brasileiros, a norma constitucional é de eficácia contida, ou seja, todos os brasileiros têm 
acesso aos cargos, empregos e funções públicas. A norma infraconstitucional pode conter 
tais efeitos, estabelecendo critérios diferenciados. Portanto, todos os brasileiros têm acesso a 
todos os cargos, empregos e funções desde que a norma não se restrinja.
Já para os estrangeiros, a norma constitucional é de eficácia limitada, ou seja, para que o 
estrangeiro tenha acesso, faz-se necessária norma infraconstitucional regulando a hipótese. 
Deste modo, os estrangeiros têm acesso somente aos cargos, empregos e funções públicos que 
a lei autorizar.
Art. 37 […]
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em con-
curso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexida-
de do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
O inciso II estabelece a necessidade de procedimento administrativo destinado à seleção 
das pessoas que irão ocupar empregos públicos ou cargos públicos de provimento efetivo 
ou vitalício. Trata-se, portanto, de uma forma de escolha para atender aos princípios da 
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igualdade e da moralidade administrativa, evitando-se, com isso, que o ingresso no serviço 
público se dê por critérios de favorecimento pessoal ou nepotismo.
Os concursos públicos devem ser abertos a todos os interessados. Portanto, não se admite 
que a seleção ocorra de forma interna (concursos internos).
Cabe consignar que os concursos públicos podem ser de provas ou de provas e títulos. 
Deste modo, não se admite concurso apenas de títulos nem admissão sem concurso públi-
co. Observa-se, no entanto, que existem exceções à regra relativa aos concursos públicos 
para os seguintes casos:
 � cargos de mandato eletivo;
 � cargo comissionado;
 � contratação temporária por excepcional interesse público;
 � ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a Segun-
da Guerra Mundial (inciso I, art. 53, ADCT);
 � outras hipóteses: 
 �para essa finalidade.
Por fim, o art. 41, da CF, de 1988, trata da estabilidade, que prevê a regra de que a esta-
bilidade é adquirida após três anos de efetivo exercício. Trata-se de uma garantia cons-
titucional de permanência no serviço público outorgada ao servidor aprovado em concurso 
público e nomeado a cargo de provimento efetivo que tenha transposto o período de estágio 
probatório e sido aprovado na avaliação especial de desempenho. Uma vez efetivo, o servi-
dor só perderá o cargo em três hipóteses: sentença judicial transitada em julgado; proces-
so administrativo e procedimento de avaliação periódica de desempenho.
Assim, para a contratação de pessoal na administração pública, é realizado concurso 
público para preenchimento de cargos públicos. Com isso, a pessoa que foi aprovada dentro 
do número de vagas previstas no certame tem o direito de ser nomeada para o cargo público. 
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Com a nomeação, essa pessoa assina o termo de posse e pode, a partir de então, exercer efe-
tivamente o cargo público.
Nos primeiros três anos de exercício, esse servidor passa por um período de avaliação. 
Trata-se do estágio probatório, ou seja, um período durante o qual será analisado seu desem-
penho funcional. Completados três anos de serviço público e tendo sido aprovado no estágio 
probatório, o servidor adquire a denominada estabilidade.
O dispositivo estabelece, ainda, a possibilidade de reintegração, ou seja, o retorno, por 
meio de decisão judicial, do servidor público ilegalmente desligado ao cargo de origem 
ou ao cargo resultante de sua transformação. Salienta-se que ele fará jus ao recebimento 
de todas as vantagens que teria auferido no período em que ficou desligado, inclusive das 
promoções por antiguidade que teria conquistado.
Importante!
É possível, também, que decisão administrativa invalide a demissão.
No caso de o cargo anteriormente ocupado pelo servidor ter sido extinto, ele será reinte-
grado ao serviço público, porém ficará em disponibilidade remunerada até seu adequado 
aproveitamento em outro cargo. Já no caso de o cargo provido ter sido ocupado por outro 
servidor, o ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, ou 
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade enquanto o servidor reinte-
grado voltará a exercer o seu cargo.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL 
(DECRETO LEI Nº 200, DE 1967) 
DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL, ESTABELECE DIRETRIZES 
PARA A REFORMA ADMINISTRATIVA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O Decreto-Lei nº 200, de 1967, organiza a Administração Pública federal e estabelece dire-
trizes para a reforma administrativa.
Inicialmente, é importante estabelecer alguns pontos antes de entrarmos no texto do 
decreto.
O primeiro ponto é que a edição do referido decreto ocorreu em 1967, mas ele produz 
efeitos até os dias atuais, principalmente quando envolve questões conceituais sobre a Admi-
nistração Pública direta e indireta, a delegação de competência, controle, conceitos adminis-
trativos, entre outros.
Por outro lado, a cada troca de governo há sempre a criação de novos ministérios, bem 
como a extinção de outros, ocasionando a redistribuição interna de competência entre eles, 
o que é absolutamente normal entre os governos que se sucedem.
Desse modo, o DL nº 200, de 1967, torna-se mais uma fonte de direito administrativo do 
que uma distribuição das atribuições dos ministérios, pelos motivos já expostos; atualmente, 
conta com a regulamentação da Lei nº 14.600, de 2023, determinando a organização atual.
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Diante de tudo isso, os principais dispositivos cobrados em concurso público serão comen-
tados, uma vez que esse é o foco do nosso trabalho, visando os conceitos trazidos por esse 
importante decreto, além de outros temas relevantes.
TÍTULO I — DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL
Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros 
de Estado.
Art. 2º O Presidente da República e os Ministros de Estado exercem as atribuições de sua 
competência constitucional, legal e regulamentar com o auxílio dos órgãos que compõem a 
Administração Federal.
No modelo presidencialista, adotado no Brasil, o Poder Executivo é exercido pelo presi-
dente da República que, por sua vez, exerce duas chefias concomitantes. 
Uma delas é a chefia de Estado, na qual representa o país no plano internacional e toma 
decisões de Estado, tais como celebrar tratados, declarar guerra e celebrar a paz. 
A outra é denominada chefia de governo, através da qual possui atribuições para adminis-
trar internamente a União federal como ente federativo, dentro de suas competências cons-
titucionais. Nessa chefia de governo ele pode dispor acerca da organização e funcionamento 
da Administração federal, nomear e aplicar sanções disciplinares aos servidores federais, 
entre vários outros atos administrativos.
Os ministros de Estado serão nomeados pelo presidente da República, escolhidos dentre 
brasileiros maiores de 21 anos e no exercício dos direitos políticos.
A competência constitucional é aquela determinada pela Constituição Federal, ao passo 
que a competência legal é atribuída pela lei infraconstitucional. Por sua vez, a competência 
regulamentar está prevista nos atos regulamentares infralegais.
Art. 3º Respeitada a competência constitucional do Poder Legislativo estabelecida no artigo 
46, inciso II e IV, da Constituição, o Poder Executivo regulará a estruturação, as atribuições e 
o funcionamento dos órgãos da Administração Federal.
Esse artigo faz menção à Constituição, de 1967, vigente à época da criação desse decreto, 
que estabelecia competência ao Legislativo para dispor sobre a criação e extinção de cargos 
públicos, além da fixação dos respectivos vencimentos.
Atualmente, a Constituição Federal, de 1988, também estabelece esses temas como de com-
petência do Poder Legislativo. Não obstante a isso, seu inciso VI, art. 84, prevê que o presiden-
te da República poderá dispor sobre organização e funcionamento da Administração federal, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, bem 
como dispor acerca da extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Assim, na interpretação constitucional realizada no art. 3º, do DL nº 200, de 1967, a compe-
tência para criação e extinção de cargos e funções públicas é do Poder Legislativo, mediante 
lei. Porém, cabe ao presidente da República apenas extinguir funções e cargos públicos, mas 
quando estiverem vagos.
Art. 4º A Administração Federal compreende:
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I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura adminis-
trativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dota-
das de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Emprêsas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao 
Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.
A Administração Pública direta é a própria União federal como ente federativo exercendo 
suas respectivas competências, dotada de personalidade jurídica de direito público interno. 
A União federal é dotada de órgãos na sua estrutura interna, todos eles despersonalizados, 
cabendo a cada um exercer as atribuições que lhes foram determinadas. 
Por outro lado, a Administração Pública indireta é composta por entidades criadas pelo 
ente federativo, porém possuindo personalidade jurídica diversa. São as autarquias, as 
empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações públicas, todas possuin-
do competências determinadas e vinculadas ao ministério da respectivaárea de atuação.
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
Esse artigo conceitua as entidades da Administração Pública indireta e, por isso mesmo, é 
um dos dispositivos dessa lei mais cobrado em concurso público.
Art. 5º […]
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e 
receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, 
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público. Por esse motivo, são destinatárias das 
mesmas normas aplicadas à própria União federal, dotadas de imperatividade e supremacia 
do interesse público.
A criação de uma autarquia dar-se-á através de lei específica, conforme determina o inciso 
XIX, art. 37, da CF, de 1988, isto é, basta a edição da lei para que essa entidade passe a ter exis-
tência legal, não necessitando, para isso, de realização de nenhum ato posterior.
Além disso, é importante saber o que uma autarquia faz. De acordo com inciso II desse artigo, 
ela é criada para executar atividades típicas de Administração Pública, porém que requeiram 
uma gestão administrativa e financeira descentralizada. Isso significa que a autarquia realiza ati-
vidades típicas de Estado, no entanto, este último entende que a gestão de determinada atividade 
seja mais bem realizada por uma autarquia. 
Por exemplo, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é autarquia com atribuição para 
realizar os pagamentos dos benefícios previdenciários do Regime Geral de Previdência. Tra-
ta-se de uma atividade que compete à União federal, porém, para melhor gerir tal atividade, 
foi criada a referida autarquia.
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Art. 5º […]
II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade 
econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência 
administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade 
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da 
Administração Indireta. 
Empresa pública e sociedade de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado. 
Assim, a elas serão aplicadas as mesmas normas atinentes aos particulares, sem imperati-
vidade nem supremacia do interesse público e dotada de equivalência entre as partes. Por 
exemplo, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, sociedade de economia mista e 
empresa pública, respectivamente, respondem às mesmas regras aplicadas às demais insti-
tuições financeiras criadas pela iniciativa privada.
A criação dessas mencionadas entidades dar-se-á através do registro de seus atos constitu-
tivos no órgão competente, após autorização por lei. Nesse ponto, o inciso XIX, art. 37, da CF, 
de 1988, determina que a lei “autoriza” a criação dessas referidas pessoas, diferentemente da 
previsão quanto à autarquia.
É fácil compreender que uma sociedade passa a ter existência legal a partir do registro 
de seu contrato social (ato constitutivo) na junta comercial ou no cartório de registro civil, 
dependendo da atividade que irá explorar. Da mesma forma, a União federal também deverá 
proceder a tal registro para que a empresa pública e a sociedade de economia mista sejam 
criadas, porém uma lei deverá autorizar previamente essa criação.
Importante!
Na autarquia, a mera edição da lei já faz nascer a pessoa jurídica. Porém, quanto à empre-
sa pública e a sociedade de economia mista, a edição da lei não criará essas pessoas, 
mas apenas autorizará que elas sejam criadas, o que acontecerá posteriormente, através 
do registo de seus atos no órgão competente.
Além disso, é importante saber que a criação dessas pessoas previstas nos incisos II e 
III poderá ocorrer para que elas prestem serviço público ou para exercerem atividade 
econômica.
A prestação de serviço público não tem finalidade lucrativa e não há competição no mer-
cado como ocorre, por exemplo, nos Correios. Por outro lado, exercer atividade econômica 
requer a busca de finalidade lucrativa e há competição no mercado com outras pessoas que 
exercem atividades na mesma área, tal como ocorre no Banco do Brasil e na Caixa Econômica 
Federal.
Tratando especificamente da exploração de atividade econômica, o art. 173, da CF, de 1988, 
determina que: “[...] a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida 
quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, 
conforme definidos em lei.” 
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Isso significa dizer que a criação da empresa pública e da sociedade de economia mista, 
para fins de exploração de atividade econômica, somente ocorrerá se tal atividade for impor-
tante para a segurança nacional ou se ela tiver interesse coletivo relevante, o que deverá ser 
estabelecido na lei autorizativa e no contrato social. 
Atenção! Basta apenas uma das duas situações descritas acima para que a entidade seja 
criada. Sendo assim, ou prestação de serviço, ou o exercício da atividade econômica.
Na empresa pública, o capital social é formado exclusivamente pela União, isto é, 100% 
capital público. Já a sociedade de economia mista é formada pelas ações com direito a voto 
pertencentes à União, mas o restante do capital social é formado pelo capital privado.
Além disso, ainda existe a determinação para que a sociedade de economia mista tenha 
a formação societária de uma sociedade anônima. Essa obrigatoriedade não existe quanto à 
empresa pública, podendo assumir essa mesma formação societária ou outra cabível.
Atualmente, a Lei nº 14.303, de 2016, dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, 
da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos estados, do 
Distrito Federal e dos municípios.
Art. 5º […]
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem 
fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de ati-
vidades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia 
administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funciona-
mento custeado por recursos da União e de outras fontes. 
§ 1º No caso do inciso III, quando a atividade fôr submetida a regime de monopólio estatal, a 
maioria acionária caberá apenas à União, em caráter permanente.
§ 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração Indireta existentes nas 
categorias constantes dêste artigo.
§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a 
inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não 
se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações.
As fundações públicas são criadas para buscar finalidades de interesse da coletividade. 
Quando a Administração Pública cria uma fundação pública, ela o faz com a finalidade de 
prestar serviços públicos, cabendo escolher o melhor modo de seu oferecimento ao destina-
tário desse serviço.
Cabe muita discussão doutrinária quanto à natureza jurídica da fundação pública. Assim, 
uns entendem que ela somente poderá ser criada como pessoa jurídica de direito privado, 
com fundamento no inciso IV, do art. 5º, da presente lei.
No entanto, a maioria da doutrina entende que o Estado pode escolher entre a personali-
dade jurídica de direito privado ou de direito público, uma vez que a fundação pública tem o 
mesmo regime jurídico de uma autarquia. 
Assim, se a AdministraçãoPública criar uma fundação pública de direito privado, terá 
como fundamento o inciso IV, do art. 5º. Por outro lado, pretendendo sua criação como pes-
soa jurídica de direito público, será baseada na mesma regra aplicada para as autarquias.
Outro ponto que merece bastante atenção é o modo de criação da fundação pública. Se ela 
for pessoa jurídica de direito privado, a lei deverá autorizar sua criação para que ocorra o 
posterior registro de seus atos constitutivos no órgão competente. Mas se for pessoa jurídica 
de direito público, será criada através de lei específica, tal como ocorre nas autarquias.
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Importante!
As fundações públicas de direito privado são denominadas fundações governamentais. As fun-
dações públicas de direito público são denominadas autarquias fundacionais ou fundações 
autárquicas.
TÍTULO II — DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios 
fundamentais:
I - Planejamento.
II - Coordenação.
III - Descentralização.
IV - Delegação de Competência.
V - Contrôle.
Esse artigo trata de princípios nas atividades exercidas pela Administração Pública, que 
serão comentados a seguir.
Nesse momento, procure memorizar esses cinco nomes, pois isso também costumam cair 
em questões de concurso, além da análise de cada um deles.
Capítulo I — Do Planejamento
Art. 7º A ação governamental obedecerá a planejamento que vise a promover o desenvolvi-
mento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se segundo planos e pro-
gramas elaborados, na forma do Título III, e compreenderá a elaboração e atualização dos 
seguintes instrumentos básicos:
a) plano geral de govêrno;
b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual;
c) orçamento-programa anual;
d) programação financeira de desembôlso.
O art. 7º determina que as ações do governo deverão ser planejadas, mas apenas enumera 
os instrumentos de planejamento, através de suas alíneas, sem detalhar cada um deles.
Ademais, o Título III, mencionado no caput, refere-se ao planejamento, o orçamento-pro-
grama e a programação financeira, que se inicia a partir do art. 15 do decreto.
Capítulo II — Da Coordenação
Art. 8º As atividades da Administração Federal e, especialmente, a execução dos planos e pro-
gramas de govêrno, serão objeto de permanente coordenação.
§ 1º A coordenação será exercida em todos os níveis da administração, mediante a atuação 
das chefias individuais, a realização sistemática de reuniões com a participação das chefias 
subordinadas e a instituição e funcionamento de comissões de coordenação em cada nível 
administrativo.
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§ 2º No nível superior da Administração Federal, a coordenação será assegurada através de 
reuniões do Ministério, reuniões de Ministros de Estado responsáveis por áreas afins, atribui-
ção de incumbência coordenadora a um dos Ministros de Estado (art. 36), funcionamento das 
Secretarias Gerais (art. 23, § 1º) e coordenação central dos sistemas de atividades auxiliares 
(art. 31).
§ 3º Quando submetidos ao Presidente da República, os assuntos deverão ter sido prèviamente 
coordenados com todos os setores nêles interessados, inclusive no que respeita aos aspectos 
administrativos pertinentes, através de consultas e entendimentos, de modo a sempre com-
preenderem soluções integradas e que se harmonizem com a política geral e setorial do Govêr-
no. Idêntico procedimento será adotado nos demais níveis da Administração Federal, antes da 
submissão dos assuntos à decisão da autoridade competente.
Art. 9º Os órgãos que operam na mesma área geográfica serão submetidos à coordenação 
com o objetivo de assegurar a programação e execução integrada dos serviços federais.
Parágrafo único. Quando ficar demonstrada a inviabilidade de celebração de convênio (alínea 
b do § 1º do art. 10) com os órgãos estaduais e municipais que exerçam atividades idênticas, 
os órgãos federais buscarão com êles coordenar-se, para evitar dispersão de esforços e de 
investimentos na mesma área geográfica.
As atividades da Administração Pública pressupõem um trabalho coordenado, para alcan-
çar o fim pretendido, que é o atendimento ao interesse da coletividade.
Essa coordenação pressupõe a aplicação da hierarquia, supervisão e controle entre os 
órgãos e as chefias, através de reuniões, consultas, entendimentos e na busca por soluções 
integradas.
Capítulo III — Da Descentralização
Art. 10 A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente 
descentralizada.
§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de dire-
ção do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente 
aparelhadas e mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.
§ 2° Em cada órgão da Administração Federal, os serviços que compõem a estrutura central de 
direção devem permanecer liberados das rotinas de execução e das tarefas de mera formaliza-
ção de atos administrativos, para que possam concentrar-se nas atividades de planejamento, 
supervisão, coordenação e contrôle.
§ 3º A Administração casuística, assim entendida a decisão de casos individuais, compete, em 
princípio, ao nível de execução, especialmente aos serviços de natureza local, que estão em 
contato com os fatos e com o público.
§ 4º Compete à estrutura central de direção o estabelecimento das normas, critérios, progra-
mas e princípios, que os serviços responsáveis pela execução são obrigados a respeitar na 
solução dos casos individuais e no desempenho de suas atribuições.
§ 5º Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou inconveniência, a execu-
ção de programas federais de caráter nitidamente local deverá ser delegada, no todo ou 
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em parte, mediante convênio, aos órgãos estaduais ou municipais incumbidos de serviços 
correspondentes.
§ 6º Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade normativa 
e exercerão contrôle e fiscalização indispensáveis sôbre a execução local, condicionando-se a 
liberação dos recursos ao fiel cumprimento dos programas e convênios.
§ 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e con-
trôle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, a 
Administração procurará desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recor-
rendo, sempre que possível, à execução indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, 
iniciativa privada suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de 
execução.
§ 8º A aplicação desse critério está condicionada, em qualquer caso, aos ditames do interesse 
público e às conveniências da segurança nacional.
Apesar de esse artigo ser mais extenso, o que costuma cair em prova é o próprio conceito 
de descentralização administrativa, bem como suas formas, que são encontradas nas respec-
tivas alíneas do § 1º, do art. 10. 
A descentralização administrativa é uma distribuição de competências da União federal 
para outras instituições, a fim de melhorar a prestação do serviço.
A descentralização pode ocorrer dentro da Administração Pública, o que a distingue entre 
Administração Pública direta e indireta. Mas também existe a descentralização através da 
delegação de atividades para a iniciativa privada, o que pressupõe a escolha realizada atra-
vés de licitação pública e a criação de um contrato administrativo.
Capítulo IV — Da Delegação de Competência
Art. 11 A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização 
administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapideze objetividade às decisões, situan-
do-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
Art. 12 É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às autori-
dades da Administração Federal delegar competência para a prática de atos administrativos, 
conforme se dispuser em regulamento.
Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autori-
dade delegada e as atribuições objeto de delegação.
O art. 11, da Lei nº 9.784, de 1999, define que: 
Art. 11 A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atri-
buída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
Além disso, é importante compreender que a delegação de competência pode ocorrer para 
atender aos critérios de ordem técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
A autoridade pode delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda 
que não exista hierarquia entre eles. 
Os arts. 11 e 12 tratam da delegação de competência do presidente da República para seus 
ministros e autoridades da Administração Pública federal.
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Ademais, a delegação deverá sempre indicar as autoridades que delegam competência 
(delegante) e as que recebem a delegação (delegatária), além dos requisitos enumerados no § 
1º, do art. 14, da Lei nº 9.784, de 1999: 
Art. 14 […]
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação 
do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressal-
va de exercício da atribuição delegada.
Importante!
As competências poderão ser exclusivas ou privativas. Define o inciso III, art. 13, da Lei nº 
9.784, de 1999, que as matérias de competência exclusiva são indelegáveis.
Capítulo V — Do Controle
Art. 13 O contrôle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os 
níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:
a) o contrôle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das nor-
mas que governam a atividade específica do órgão controlado;
b) o contrôle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que 
regulam o exercício das atividades auxiliares;
c) o contrôle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos 
próprios do sistema de contabilidade e auditoria.
Art. 14 O trabalho administrativo será racionalizado mediante simplificação de processos e 
supressão de contrôles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja evi-
dentemente superior ao risco.
Os arts. 13 e 14 tratam do controle administrativo, sendo aquele exercido pela própria 
Administração Pública sobre si. Assim, trata-se do Executivo controlando-o.
Além desse tipo de controle, ainda existem o controle político, exercido pelo Legislativo 
sobre o Executivo; e o controle judicial, aquele em que o Judiciário controla o Executivo.
TÍTULO III — DO PLANEJAMENTO, DO ORÇAMENTO-PROGRAMA E DA PROGRAMAÇÃO 
FINANCEIRA
Art. 15 A ação administrativa do Poder Executivo obedecerá a programas gerais, setoriais e 
regionais de duração plurianual, elaborados através dos órgãos de planejamento, sob a orien-
tação e a coordenação superiores do Presidente da República.
§ 1º Cabe a cada Ministro de Estado orientar e dirigir a elaboração do programa setorial e 
regional correspondente a seu Ministério e ao Ministro de Estado, Chefe da Secretaria de Pla-
nejamento, auxiliar diretamente o Presidente da República na coordenação, revisão e consoli-
dação dos programas setoriais e regionais e na elaboração da programação geral do Governo.
§ 2º Com relação à Administração Militar, observar-se-á a finalidade precípua que deve regê-
-la, tendo em vista a destinação constitucional das Fôrças Armadas, sob a responsabilidade 
dos respectivos Ministros, que são os seus Comandantes Superiores.
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§ 3º A aprovação dos planos e programas gerais, setoriais e regionais é da competência do 
Presidente da República.
Art. 16 Em cada ano, será elaborado um orçamento-programa, que pormenorizará a etapa 
do programa plurianual a ser realizada no exercício seguinte e que servirá de roteiro à execu-
ção coordenada do programa anual.
Parágrafo único. Na elaboração do orçamento-programa serão considerados, além dos recur-
sos consignados no Orçamento da União, os recursos extra-orçamentários vinculados à exe-
cução do programa do Govêrno.
O art. 16 estabeleceu a criação do orçamento-programa no Brasil, através do qual o dinheiro 
público não deve ser utilizado apenas para pagar as contas do governo, mas também deverá 
proporcionar melhorias na qualidade de vida da população. Por sua vez, o art. 15 determinou 
as programações da Administração Pública, para cumprimento do orçamento-programa.
A programação setorial envolve uma determinada ação governamental, que pode ser na 
educação, na saúde, na segurança pública, entre outros. Já os setores regionais dizem respei-
to às diversas regiões do país, cada uma com suas necessidades. 
O programa geral engloba todos esses. Assim, as dotações orçamentárias deverão ser pla-
nejadas de modo a melhorar cada um dos programas criados pela Administração Pública.
São instrumentos de planejamento:
 � o Plano Plurianual (duração de quatro anos); 
 � a Lei de Diretrizes Orçamentárias (duração de um ano); e 
 � a Lei Orçamentária Anual (duração de um ano). 
Todos deverão estar coordenados dentro da programação destacada no art. 15.
TÍTULO IV — DA SUPERVISÃO MINISTERIAL
Art. 19 Todo e qualquer órgão da Administração Federal, direta ou indireta, está sujeito à 
supervisão do Ministro de Estado competente, excetuados unicamente os órgãos mencionados 
no art. 32, que estão submetidos à supervisão direta do Presidente da República.
Art. 20 O Ministro de Estado é responsável, perante o Presidente da República, pela supervi-
são dos órgãos da Administração Federal enquadrados em sua área de competência.
Parágrafo único. A supervisão ministerial exercer-se-á através da orientação, coordenação 
e contrôle das atividades dos órgãos subordinados ou vinculados ao Ministério, nos têrmos 
desta lei.
O DL nº 200, de 1967, conceitua a supervisão ministerial como o controle administrativo 
exercido pelo ministério sobre as instituições que fazem parte da sua área de atuação e que 
lhes são subordinadas.
Assim, por exemplo, as instituições federais de saúde sofrem supervisão ministerial do 
ministro da Saúde.
Art. 21 O Ministro de Estado exercerá a supervisão de que trata êste título com apoio nos 
Órgãos Centrais.
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Parágrafo único. No caso dos Ministros Militares a supervisão ministerial terá, também, como 
objetivo, colocar a administração, dentro dos princípios gerais estabelecidos nesta lei, em coe-
rência com a destinação constitucional precípua das Fôrças Armadas, que constitui a ativida-
de afim dos respectivos Ministérios.
Art. 22 Haverá na estrutura de cada Ministério Civil os seguintes Órgãos Centrais:
I - Órgãos Centrais de planejamento, coordenação e controle financeiro.
II - Órgãos Centrais de direção superior.
O art. 21 determina que o ministro de Estado é apoiado pelos órgãos centrais ao exercer a 
supervisão ministerial.
Por sua vez, o art. 22 impõe que em cada ministério existam órgãos centrais, bem como 
enumera suas respectivas atuações. Além desses, ainda existem outros órgãos, especificados 
no art. 29.
Art. 23 Os órgãos a que se refere o item I do art. 22, têm a incumbência de assessorar direta-
mente o Ministro de Estado e, por fôrça de suas atribuições, em nome e sob a direção do Minis-
tro, realizar estudos para formulação de diretrizes e desempenhar funções de planejamento, 
orçamento, orientação, coordenação, inspeção e contrôle financeiro, desdobrando-se em: 
I - UmaSecretaria Geral.
II - Uma Inspetoria Geral de Finanças.
§ 1º A Secretaria Geral atua como órgão setorial de planejamento e orçamento, na forma do 
Título III, e será dirigida por um Secretário-Geral, o qual poderá exercer funções delegadas 
pelo Ministro de Estado.
§ 2º A Inspetoria Geral de Finanças, que será dirigida por um Inspetor-Geral, integra, como 
órgão setorial, os sistemas de administração financeiro, contabilidade e auditoria, superinten-
dendo o exercício dessas funções no âmbito do Ministério e cooperação com a Secretaria Geral 
no acompanhamento da execução do programa e do orçamento.
§ 3º Além das funções previstas neste título, a Secretaria-Geral do Ministério do Planejamento 
e Coordenação Geral exercerá as atribuições de Órgão Central dos sistemas de planejamento 
e orçamento, e a Inspetoria-Geral de Finanças do Ministério da Fazenda, as de Órgãos Central 
do sistema de administração financeira, contabilidade e auditoria. 
O art. 23 traz as atribuições dos órgãos centrais de planejamento, coordenação e controle 
financeiro, previstos no inciso I, art. 22. 
Além disso, também determina o desdobramento desses referidos órgãos em Secretaria 
Geral e Inspetoria Geral de Finanças, com as funções determinadas nos parágrafos do art. 23.
Art. 24 Os Órgãos Centrais de direção superior (art. 22, item II) executam funções de adminis-
tração das atividades específicas e auxiliares do Ministério e serão, preferentemente, organi-
zados em base departamental, observados os princípios estabelecidos nesta lei. 
Por sua vez, o art. 24 traz as funções e subdivisões dos órgãos centrais de direção superior, 
previstos no inciso III, art. 22.
Art. 25 A supervisão ministerial tem por principal objetivo, na área de competência do Minis-
tro de Estado:
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I - Assegurar a observância da legislação federal.
II - Promover a execução dos programas do Govêrno.
III - Fazer observar os princípios fundamentais enunciados no Título II.
IV - Coordenar as atividades dos órgãos supervisionados e harmonizar sua atuação com a dos 
demais Ministérios.
V - Avaliar o comportamento administrativo dos órgãos supervisionados e diligenciar no sen-
tido de que estejam confiados a dirigentes capacitados.
VI - Proteger a administração dos órgãos supervisionados contra interferências e pressões 
ilegítimas.
VII - Fortalecer o sistema do mérito.
VIII - Fiscalizar a aplicação e utilização de dinheiros, valôres e bens públicos.
IX - Acompanhar os custos globais dos programas setoriais do Govêrno, a fim de alcançar 
uma prestação econômica de serviços.
X - Fornecer ao órgão próprio do Ministério da Fazenda os elementos necessários à prestação 
de contas do exercício financeiro.
XI - Transmitir ao Tribunal de Contas, sem prejuízo da fiscalização deste, informes relativos à 
administração financeira e patrimonial dos órgãos do Ministério.
O art. 25 enumera os principais objetivos da supervisão ministerial. Trata-se de um rol 
meramente exemplificativo, cabendo outros objetivos além desses especificados no artigo.
Art. 26 No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial visará a assegurar, 
essencialmente:
I - A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade.
II - A harmonia com a política e a programação do Govêrno no setor de atuação da entidade.
III - A eficiência administrativa.
IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade.
Parágrafo único. A supervisão exercer-se-á mediante adoção das seguintes medidas, além de 
outras estabelecidas em regulamento:
a) indicação ou nomeação pelo Ministro ou, se fôr o caso, eleição dos dirigentes da entidade, 
conforme sua natureza jurídica;
b) designação, pelo Ministro dos representantes do Govêrno Federal nas Assembléias Gerais e 
órgãos de administração ou contrôle da entidade;
c) recebimento sistemático de relatórios, boletins, balancetes, balanços e informações que per-
mitam ao Ministro acompanhar as atividades da entidade e a execução do orçamento-progra-
ma e da programação financeira aprovados pelo Govêrno;
d) aprovação anual da proposta de orçamento-programa e da programação financeira da 
entidade, no caso de autarquia;
e) aprovação de contas, relatórios e balanços, diretamente ou através dos representantes 
ministeriais nas Assembléias e órgãos de administração ou contrôle;
f) fixação, em níveis compatíveis com os critérios de operação econômica, das despesas de 
pessoal e de administração;
g) fixação de critérios para gastos de publicidade, divulgação e relações públicas;
h) realização de auditoria e avaliação periódica de rendimento e produtividade;
i) intervenção, por motivo de interêsse público.
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O art. 26 estabelece os objetivos da supervisão ministerial quando exercida especificamen-
te sobre a Administração Pública indireta.
As entidades da Administração Pública indireta são enumeradas nos incisos do art. 5º, 
quais sejam: a autarquia e empresa pública, a sociedade de economia mista e a fundação 
pública.
Art. 27 Assegurada a supervisão ministerial, o Poder Executivo outorgará aos órgãos da 
Administração Federal a autoridade executiva necessária ao eficiente desempenho de sua res-
ponsabilidade legal ou regulamentar.
Parágrafo único. Assegurar-se-á às emprêsas públicas e às sociedades de economia mista con-
dições de funcionamento idênticas às do setor privado cabendo a essas entidades, sob a super-
visão ministerial, ajustar-se ao plano geral do Govêrno.
Esse artigo determina que as empresas públicas e as sociedades de economia mista tenham 
as mesmas condições de funcionamento das demais sociedades da iniciativa privada. Porém, 
deverão sempre ajustar-se ao plano geral do governo.
Art. 28 A entidade da Administração Indireta deverá estar habilitada a:
I - Prestar contas da sua gestão, pela forma e nos prazos estipulados em cada caso.
II - Prestar a qualquer momento, por intermédio do Ministro de Estado, as informações solici-
tadas pelo Congresso Nacional.
III - Evidenciar os resultados positivos ou negativos de seus trabalhos, indicando suas causas 
e justificando as medidas postas em prática ou cuja adoção se impuser, no interêsse do Serviço 
Público.
Esse artigo traz as obrigações que as entidades da Administração Pública indireta deverão 
cumprir, no âmbito da supervisão ministerial exercida sobre elas. 
Art. 29 Em cada Ministério Civil, além dos órgãos Centrais de que trata o art. 22, o Ministro 
de Estado disporá da assistência direta e imediata de:
I - Gabinete.
II - Consultor Jurídico, exceto no Ministério da Fazenda.
III - Divisão de Segurança e Informações.
§ 1º O Gabinete assiste o Ministro de Estado em sua representação política e social, e incum-
be-se das relações públicas, encarregando-se do preparo e despacho do expediente pessoal do 
Ministro.
§ 2º O Consultor Jurídico incumbe-se do assessoramento jurídico do Ministro de Estado.
§ 3º A Divisão de Segurança e Informações colabora com a Secretaria Geral do Conselho de 
Segurança Nacional e com o Serviço Nacional de Informações.
§ 4º No Ministério da Fazenda, o serviço de consulta jurídica continua afeto à Procuradoria-
-Geral da Fazenda Nacional e aos seus órgãos integrantes, cabendo a função de Consultor 
Jurídico do Ministro de Estado ao Procurador-Geral, nomeado em comissão, pelo critério de 
confiança e livre escolha, entre bacharéis em Direito.
Os órgãos previstos no art. 29 serão somados aos outros estabelecidos no art. 22, que deve-
rão existir dentro de cada ministério civil.
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As funções dos órgãos trazidos nos incisos do art. 29 estão dispostos nos seus respectivos 
parágrafos. O § 4º, por sua vez, cria normas específicas para o Ministério da Fazenda.
TÍTULO V — DOS SISTEMAS DE ATIVIDADES AUXILIARES
Art. 30 Serão organizadas soba forma de sistema as atividades de pessoal, orçamento, esta-
tística, administração financeira, contabilidade e auditoria, e serviços gerais, além de outras 
atividades auxiliares comuns a todos os órgãos da Administração que, a critério do Poder 
Executivo, necessitem de coordenação central.
§ 1º Os serviços incumbidos do exercício das atividades de que trata êste artigo consideram-se 
integrados no sistema respectivo e ficam, conseqüentemente, sujeitos à orientação normativa, 
à supervisão técnica e à fiscalização específica do órgão central do sistema, sem prejuízo da 
subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.
§ 2º O chefe do órgão central do sistema é responsável pelo fiel cumprimento das leis e regula-
mentos pertinentes e pelo funcionamento eficiente e coordenado do sistema.
§ 3º É dever dos responsáveis pelos diversos órgãos competentes dos sistemas atuar de modo 
a imprimir o máximo rendimento e a reduzir os custos operacionais da Administração.
§ 4° Junto ao órgão central de cada sistema poderá funcionar uma Comissão de Coordenação, 
cujas atribuições e composição serão definidas em decreto.
As atividades de pessoal, orçamento, estatística, administração financeira, contabilidade 
e auditoria, e serviços gerais, são organizadas em forma de sistema, através de uma coorde-
nação geral.
Com isso, as atividades referidas ficam sujeitas à orientação normativa, à supervisão téc-
nica e à fiscalização específica do órgão central do sistema.
Além dessas atividades que o art. 30 enumera, outras também poderão ser organizadas da 
mesma forma, com sistema próprio.
TÍTULO VI — DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Art. 32 A Presidência da República é constituída essencialmente pelo Gabinete Civil e pelo 
Gabinete Militar. Também dela fazem parte, como órgãos de assessoramento imediato ao Pre-
sidente da República:
I - o Conselho de Segurança Nacional;
II - o Conselho de Desenvolvimento Econômico;
III - o Conselho de Desenvolvimento Social;
IV - a Secretaria de Planejamento;
V - o Serviço Nacional de Informações;
VI - o Estado-Maior das Forças Armadas;
VII - o Departamento Administrativo do Serviço Público;
VIII - a Consultoria-Geral da República;
IX - o Alto Comando das Forças Armadas;
X - o Conselho Nacional de Informática e Automação.
Parágrafo único. O Chefe do Gabinete Civil, o Chefe do Gabinete Militar, o Chefe da Secretaria 
de Planejamento, o Chefe do Serviço Nacional de Informações e o Chefe do Estado-Maior das 
Forças Armadas são Ministros de Estado titulares dos respectivos órgãos.
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O art. 32 enumera os órgãos que fazem parte da presidência da República. 
A redação desse artigo deixa claro que, além dos órgãos dispostos nos seus respectivos 
incisos, o gabinete civil e o gabinete militar também fazem parte da presidência da República 
Art. 33 Ao Gabinete Civil incumbe:
I - Assistir, direta e imediatamente, o Presidente da República no desempenho de suas atribui-
ções e, em especial, nos assuntos referentes à administração civil.
II - Promover a divulgação de atos e atividades governamentais.
III - Acompanhar a tramitação de projetos de lei no Congresso Nacional e coordenar a colabo-
ração dos Ministérios e demais órgãos da administração, no que respeita aos projetos de lei 
submetidos à sanção presidencial.
Art. 34 Ao Gabinete Militar incumbe:
I - Assistir, direta e imediatamente, o Presidente da República no desempenho de suas atribui-
ções e, em especial, nos assuntos referentes à Segurança Nacional e à Administração Militar.
II - Zelar pela segurança do Presidente da República e dos Palácios Presidenciais. 
Parágrafo único. O Chefe do Gabinete Militar exerce as funções de Secretário-Geral do Conse-
lho de Segurança Nacional.
Os arts. 33 e 34 trazem as competências do gabinete civil e do gabinete militar, integrantes 
da presidência da República. Leia com atenção cada uma dessas competências.
TÍTULO VII — DOS MINISTÉRIOS E RESPECTIVAS ÁREAS DE COMPETÊNCIA
Art. 35 Os Ministérios são os seguintes
Ministério da Justiça 
Ministério das Relações Exteriores 
Ministério da Fazenda 
Ministério dos Transportes 
Ministério da Agricultura 
Ministério da Indústria e do Comércio 
Ministério das Minas e Energia 
Ministério do Interior 
Ministério da Educação e Cultura 
Ministério do Trabalho 
Ministério da Previdência e Assistência Social 
Ministério da Saúde 
Ministério das Comunicações 
Ministério da Marinha 
Ministério do Exército 
Ministério da Aeronáutica 
Parágrafo único. Os titulares dos Ministérios são Ministros de Estado 
[…]
Art. 39 Os assuntos que constituem a área de competência de cada Ministério são, a seguir, 
especificados: 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
I - Ordem jurídica, nacionalidade, cidadania, direitos políticos, garantias constitucionais.
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II - Segurança interna. Polícia Federal.
III - Administração penitenciária.
IV - Ministério Público.
V - Documentação, publicação e arquivo dos atos oficiais.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
I - Política Internacional.
II - Relações diplomáticas; serviços consulares.
III - Participação nas negociações comerciais, econômicas, financeiras, técnicas e culturais 
com países e entidades estrangeiras.
IV - Programas de cooperação internacional.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL
I - Plano geral do Govêrno, sua coordenação. Integração dos planos regionais.
II - Estudos e pesquisas sócio-econômicos, inclusive setoriais e regionais.
III - Programação orçamentária; proposta orçamentária anual.
IV - Coordenação da assistência técnica internacional.
V - Sistemas estatístico e cartográfico nacionais.
VI - Organização administrativa.
MINISTÉRIO DA FAZENDA
I - Assuntos monetários, creditícios, financeiros e fiscais; poupança popular.
II - Administração tributária.
III - Arrecadação.
IV - Administração financeira.
V - Contabilidade e auditoria.
VI - Administração patrimonial. 
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
I - Coordenação dos transportes.
II - Transportes ferroviários e rodoviários.
III - Transportes aquaviários. Marinha mercante; portos e vias navegáveis.
IV - Participação na coordenação dos transportes aeroviários, na forma estabelecida no art. 
162.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
I - Agricultura; pecuária; caça; pesca.
II - Recursos naturais renováveis: flora, fauna e solo.
II - Organização da vida rural; reforma agrária.
IV - Estímulos financeiros e creditícios.
V - Meteorologia; climatologia.
VI - Pesquisa e experimentação.
VII - Vigilância e defesa sanitária animal e vegetal.
VIII - Padronização e inspeção de produtos vegetais e animais ou do consumo nas atividades 
agropecuárias.
MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO
I - Desenvolvimento industrial e comercial.
II - Comércio exterior.
III - Seguros privados e capitalização.
IV - Propriedade industrial; registro do comércio; legislação metrológica.
V - Turismo.
VI - Pesquisa e experimentação tecnológica.
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MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA
I - Geologia, recursos minerais e energéticos.
II - Regime hidrológico e fontes de energia hidráulica.
III - Mineração.
IV - Indústria do petróleo.
V - Indústria de energia elétrica, inclusive de natureza nuclear.
MINISTÉRIO DO INTERIOR
I - Desenvolvimento regional.
II - Radicação de populações, ocupação do território. Migrações internas.
III - Territórios federais.
IV - Saneamento básico.
V - Beneficiamento de áreas e obras de proteção contra sêcas e inundações. Irrigação.
VI - Assistência às populações atingidas pelas calamidades públicas.
VII - Assistência ao índio.
VIII - Assistência aos Municípios.
IX - Programa nacional de habitação.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
I - Educação; ensino (exceto o militar);magistério.
II - Cultura - letras e artes.
III - Patrimônio histórico, arqueológico, científico, cultural e artístico.
IV - Desportos.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL 
I - Trabalho; organização profissional e sindical; fiscalização.
II - Mercado de trabalho; política de emprêgo.
III - Política salarial.
IV - Previdência e assistência social.
V - Política de imigração.
VI - Colaboração com o Ministério Público junto à Justiça do Trabalho.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
I - Política nacional de saúde.
II - Atividades médicas e para-médicas.
III - Ação preventiva em geral; vigilância sanitária de fronteiras e de portos marítimos, fluviais 
e aéreos.
IV - Contrôle de drogas, medicamentos e alimentos.
V - Pesquisas médico-sanitárias.
MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES
I - Telecomunicações.
II - Serviços postais.
MINISTÉRIO DA MARINHA
(Art. 54)
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
(Art. 59)
MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
(Art. 63)
O DL nº 200, de 1967, estabelece a organização ministerial que existia no país naquele 
referido ano. Atualmente, a organização básica dos órgãos da presidência da República e dos 
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ministérios é determinada pela Lei nº 14.600, de 2023, que criou mais de 30 ministérios e deter-
minou as competências de cada um deles.
Esse número pode aumentar ou diminuir, conforme a intenção do atual governo federal, 
o que deverá ser feito através de alteração na lei de 2023 supracitada.
Além disso, no próximo governo federal eleito, haverá a organização dos seus ministérios 
de acordo com o que melhor lhe aprouver, desde que aprovado por lei.
AGENTES PÚBLICOS: REGIME JURÍDICO ÚNICO (LEI Nº 8.112, DE 1990 E 
SUAS ALTERAÇÕES)
CONCEITO
Dentre os vários conceitos de agente público, um dos mais completos e esclarecedores é o 
constante da Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429, de 1992). Vejamos.
Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o servidor 
público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por elei-
ção, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, 
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas no art. 1º desta Lei. (Redação 
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Espécies
Conhecido o conceito de agente público da forma mais ampla possível, passemos agora a 
dois tipos que são, certamente, os mais frequentes:
SERVIDORES 
PÚBLICOS
 � Possuem regime próprio (estatuto) 
predominantemente de direito 
público, devido às funções em que 
atuam
 � Ocupam cargos públicos efetivos 
(por meio de concurso público)
EMPREGADOS 
PÚBLICOS
 � Agentes públicos que têm 
seus vínculos baseados na 
CLT (Consolidação das Leis do 
Trabalho). O vínculo é chamado de 
celetista ou contratual
 � Há predominância do regime 
privado
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Os conceitos acima são estritos. Em sentido amplo, o termo “servidores públicos” engloba 
os dois grupos colocados acima e os servidores temporários. Vamos, agora, conhecer outras 
espécies citadas pela doutrina, mas menos frequentes que as duas anteriores.
 � Agentes administrativos: são aqueles remunerados para exercer cargos, empregos e fun-
ções públicas. São basicamente os dois tipos que vimos acima em apenas um grupo;
 � Agentes políticos: fazem parte da cúpula da Administração Pública. Eles definem as polí-
ticas públicas e atuam diretamente na direção da implementação. Suas competências 
constam diretamente na Constituição Federal (CF), de 1988, e possuem prerrogativas espe-
cíficas. Como exemplo, temos deputado federal, ministro de Estado etc.;
 � Agentes honoríficos: não possuem vínculo e normalmente atuam sem remuneração. 
Prestam serviços específicos e temporários, como os mesários em eleições;
 � Agentes delegados: são particulares que exercem atividades de interesse público em seu 
próprio nome, estando sujeitos à fiscalização do Estado. Os tabeliães são exemplos;
 � Agentes credenciados: têm por missão representar a Administração Pública em um even-
to ou atividade específica. Um exemplo é um atleta em atividade ou aposentado que repre-
senta o país em evento da FIFA (Federação Internacional de Futebol) ou outra organização 
de esporte.
CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA
Vamos conhecer mais três conceitos importantes no âmbito do estudo dos agentes públi-
cos. Inicialmente, vejamos o conceito de cargo público, previsto no art. 3º, da Lei nº 8.122, 
de 1990.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura 
organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Seus ocupantes são chamados servidores públicos e seu provimento poderá se dar em 
caráter efetivo (em regra, por meio de concurso público) ou comissionado (ocupados pro-
visoriamente por agentes nomeados e exonerados livremente pela autoridade competente).
Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, cujo vínculo tem por base 
a CLT, possuindo, portanto, natureza contratual e trabalhista. Em regra, serão providos por 
meio de concurso público. Não adquirem estabilidade, mas sua demissão deve se dar median-
te processo administrativo com ampla defesa e contraditório.
Por fim, temos a função pública. Inicialmente, precisamos entender que todo cargo ou 
emprego está associado a uma função. No entanto, nem toda função está associada a um 
cargo ou emprego. O que estamos abordando aqui é, logicamente, a existência da função de 
maneira isolada. As funções poderão ser classificadas em temporárias ou permanentes.
As funções temporárias têm respaldo constitucional, existindo por tempo determinado e 
com base em excepcional interesse público.
Art. 37 (CF, de 1988) [...]
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessi-
dade temporária de excepcional interesse público;
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A Lei nº 8.745, de 1993, trata do assunto, sendo a assistência a situações de calamidade 
pública uma dessas hipóteses.
Temos também as funções permanentes, que serão exercidas juntamente com cargos 
públicos. Aqui, é preciso atenção. Não estamos falando em função associada ao cargo públi-
co, e sim da possibilidade de exercício simultâneo.
Exemplo: você passa em um concurso e ocupa um cargo em determinado setor. Depois de 
um tempo, assume a função de chefia. Essa função existe permanentemente e não está asso-
ciada ao cargo que você ocupa, mas pode ser exercida juntamente com ele.
LEI Nº 8.112, DE 1990
Compreendidos os conceitos iniciais anteriormente apresentados, estudaremos agora a 
Lei nº 8.112, de 1990, que é o Estatuto dos Servidores Civis da União, como fica exposto já 
em seu art. 1º.
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autar-
quias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.
Vamos, então, conhecer os principais institutos e os respectivos dispositivos constantes da 
lei.
Provimento
É a ocupação do cargo público por uma pessoa. O art. 5º traz os requisitos:
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos 
em lei.
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso 
público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de 
que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas 
oferecidas no concurso.
§ 3º As universidades e instituiçõesde pesquisa científica e tecnológica federais poderão pro-
ver seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas 
e os procedimentos desta Lei. 
Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de 
cada Poder.
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
I - nomeação;
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II - promoção;
III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.
A investidura é o termo jurídico utilizado para indicar o momento em que a pessoa toma 
posse do cargo; o art. 7º traz essa informação — ele é importante e bastante cobrado em 
provas.
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Em seguida, no art. 8º, temos as formas de “ocupar” o cargo público. A lei as chama de for-
mas de provimento. Vejamos o fluxograma abaixo para auxiliar na memorização:
Nomeação
Promoção
Readaptação
Reversão
Aproveitamento
Reintegração
ReconduçãoFO
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Não se preocupe com o significado de cada um dos incisos, pois falaremos sobre eles mais 
à frente.
 � Nomeação
A nomeação é o ato unilateral da Administração para prover o cargo. Poderá se dar em 
caráter efetivo ou em comissão, conforme a natureza do vínculo (efetivo ou comissionado). 
Vejamos o art. 9º:
Art. 9º A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá 
ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das 
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um 
deles durante o período da interinidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
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A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende 
de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a 
ordem de classificação e o prazo de sua validade, conforme previsão do art. 10.
Art. 10 A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de 
prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem 
de classificação e o prazo de sua validade.
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na 
carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema 
de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos. (Redação dada pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97)
 � Concurso Público
Conforme os arts. 11 e 12, o concurso será de provas ou provas e títulos e poderá ser rea-
lizado em duas etapas, conforme disposição da lei e regulamento ligado à carreira. Terá vali-
dade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período.
 � Posse e Exercício
A posse, tratada nos arts. 13 e 14, ocorrerá pela assinatura do respectivo termo, no qual 
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao 
cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, res-
salvados os atos de ofício previstos em lei.
A posse ocorrerá no prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento, que, 
no caso do concurso, é a nomeação, e poderá acontecer mediante procuração específica.
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de con-
fiança, sendo de 15 dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em 
exercício, contados da data da posse.
O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação 
para função de confiança se não entrar em exercício no prazo. O início, a suspensão, a inter-
rupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor.
 � Estágio Probatório e Estabilidade
Vejamos os arts. 20 e 21, que nos trazem os fatores a serem observados por ocasião do 
estágio probatório e o prazo para estabilidade.
Art. 20 Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará 
sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua 
aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os 
seguintes fatores:
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
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V - responsabilidade.
§ 1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homolo-
gação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comis-
são constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da 
respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumera-
dos nos incisos I a V do caput deste artigo. 
§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzi-
do ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.
§ 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em 
comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e 
somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Espe-
cial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, 
de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. 
§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os 
afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para 
participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na 
Administração Pública Federal. 
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos 
arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será 
retomado a partir do término do impedimento. 
Conforme elencado no parágrafo anterior, no que se refere a suspensão do estágio proba-
tório, esta deverá ocorrer nos casos de licenças ou afastamentos. Vejamos:
 � Licença para tratamento de saúde, 
 � Licença à gestante, 
 � Licença à adotante 
 � Licença à paternidade, 
 � Licença por acidente em serviço, e
 � Licença para capacitação (participação dos cursos de formação). 
Quanto à estabilidade do servidor público, vejamos o que dispõe a referida lei. 
Art. 21 O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efe-
tivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício.
É importante ressaltar que o prazo de 24 meses se encontra em discordância com o art. 
41, da Constituição Federal, que traz o prazo de 36 meses. Portanto, fique atento para não se 
confundir.
Importante!
Lei nº 8.112, de 1990: o servidor estável só perderá o cargo em virtude de:
� sentença judicial transitada em julgado; ou 
� processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
CF, de 1988: o servidor público estável só perderá o cargo:
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� em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
� mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
� mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
 � Readaptação
Segundo o art. 24, é a investidura do servidor em cargode atribuições e responsabilidades 
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verifi-
cada em inspeção médica. Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será 
aposentado.
Art. 24 Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades 
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada 
em inspeção médica.
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exi-
gida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de 
cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
 � Reversão
Art. 25 Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposenta-
doria; ou 
II - no interesse da administração, desde que: 
a) tenha solicitado a reversão; 
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
c) estável quando na atividade; 
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; 
e) haja cargo vago. 
§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. 
§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da 
aposentadoria. 
§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições 
como excedente, até a ocorrência de vaga. 
§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substi-
tuição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusi-
ve com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. 
§ 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas 
regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. 
§ 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. 
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De acordo com o art. 25, é o retorno à atividade de servidor aposentado: por invalidez 
(quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria); no inte-
resse da Administração. A segunda hipótese acima poderá ocorrer desde que:
 � tenha sido solicitada a reversão;
 � a aposentadoria tenha sido voluntária;
 � o servidor era estável quando na atividade;
 � a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
 � haja cargo vago.
Ademais, conforme dispõe o art. 27 da lei em comento, não poderá ser revertido o aposen-
tado que já tiver completado 70 anos de idade.
 � Reintegração
Segundo o art. 28, é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, 
ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão 
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
Art. 28 A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, 
ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão 
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o 
disposto nos arts. 30 e 31.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo 
de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em 
disponibilidade.
Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade. Encontran-
do-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem 
direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou, ainda, posto em disponibilidade. 
Entenderemos a recondução a seguir.
 � Recondução
Art. 29 Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decor-
rerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II - reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em 
outro, observado o disposto no art. 30.
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É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado. Decorrerá de inabilitação 
em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante. Encon-
trando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro.
 � Disponibilidade e Aproveitamento
Disponibilidade é a situação em que o servidor fica afastado de suas atividades com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço, aguardando o retorno às atividades, que é 
o aproveitamento.
Na lei, temos o art. 30 como principal disposição a esse respeito.
Art. 30 O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveita-
mento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente 
ocupado.
 � Vacância
É a ocorrência de algum evento que torna vago o cargo. A lei enumera esses eventos no 
seu art. 33.
Exoneração
Demissão
Promoção
Readaptação
Aposentadoria
Posse em outro cargo 
inacumulável
Falecimento
VA
CÂ
N
CI
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A exoneração de cargo efetivo ocorrerá a pedido do servidor, ou de ofício. Quando de 
ofício, será por:
 � não terem sido satisfeitas as condições do estágio probatório; ou
 � quando o servidor, após tomar posse, não entrar em exercício no prazo estabelecido.
A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á a juízo 
da autoridade competente e a pedido do próprio servidor.
Atenção! Muitas vezes, principalmente com base em leitura de notícias ou noticiários 
televisivos, acabamos interpretando o termo “exoneração” como uma punição ou sanção. 
Veja que a lei não prevê a exoneração dessa forma.
As sanções estão previstas em outros dispositivos e serão oportunamente abordadas.
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REMOÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO
Remoção (segundo o art. 36) é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbi-
to do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. São modalidades de remoção:
 � de ofício, no interesse da Administração;
 � a pedido, a critério da Administração;
 � a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:
 � para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, 
de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, 
que foi deslocado no interesse da Administração;
 � por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às 
suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação 
por junta médica oficial;
 � em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interes-
sados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo 
órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.
Vejamos agora a redistribuição, que, ao contrário da remoção, impõe dentre seus precei-
tos a necessária existência de interesse público.
Art. 37 Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no 
âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia 
apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos:
I - interesse da administração;
II - equivalência de vencimentos;
III - manutenção da essência das atribuições do cargo;
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou 
entidade.
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às 
necessidadesdos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão 
ou entidade. 
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o órgão 
central do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos. 
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declara-
da sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será 
colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. 
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido 
sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou 
entidade, até seu adequado aproveitamento. 
Veja que, enquanto na remoção a lei fala em deslocamento do servidor, na redistribui-
ção temos o deslocamento do próprio cargo. Em outros termos, no primeiro caso, temos a 
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mudança do servidor sem que ocorra qualquer alteração nos quadros dos servidores envol-
vidos. No segundo caso, temos uma mudança da localização do cargo.
SUBSTITUIÇÃO
A substituição está disposta nos arts. 38 e 39, da presente legislação, vejamos:
Art. 38 Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo 
de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, 
previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97).
§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o 
exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, 
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que 
deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou 
de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, 
superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que 
excederem o referido período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
O referido artigo trata da substituição dos servidores investidos em cargo ou função de 
direção ou chefia, e dos ocupantes de cargo de Natureza Especial, que são cargos de confian-
ça de livre nomeação e exoneração pelo Poder Executivo. 
O objetivo deste dispositivo se refere à garantia da continuidade e da eficiência das ativi-
dades administrativas dos órgãos e entidades públicos, bem como a remuneração adequada 
dos servidores que exercerem a substituição dos cargos ou funções de confiança.
Art. 39 O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas orga-
nizadas em nível de assessoria.
Com base na redação do art. 39, os servidores que ocupam cargos ou funções de direção 
ou chefia em unidades administrativas que prestam assessoramento aos órgãos ou entidades 
públicos também terão substitutos indicados no regimento interno ou previamente designa-
dos pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. 
Sendo assim, esses substitutos assumirão automaticamente e cumulativamente o exercí-
cio do cargo ou função a que foram designados, no período de afastamento, impedimento 
legal ou regulamentar do titular, assim como na vacância do cargo, fazendo jus à retribuição 
pelo exercício nos casos previstos em lei.
VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO
Vejamos o conceito de vencimento constante do art. 40 da lei:
Art. 40 Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixa-
do em lei.
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Vencimento é uma parcela básica que compõe a remuneração do agente público. Ela é fixada 
em lei, não estando ligada a situações eventuais em que o servidor possa se enquadrar. Ao nos 
aprofundarmos no que pode integrar a remuneração, o conceito ficará mais claro.
Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias per-
manentes estabelecidas em lei. Veremos mais à frente as espécies de vantagens.
Vencimentos
Vanta-
gens
REMUNERAÇÃO
O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredu-
tível (art. 41).
Art. 41 Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias 
permanentes estabelecidas em lei.
§ 1º A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga na 
forma prevista no art. 62.
§ 2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação 
receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1º do art. 93.
§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é 
irredutível.
§ 4º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas 
do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter 
individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
§ 5º Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. (Incluído pela Lei nº 
11.784, de 2008)
Salvo por imposição legal ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remu-
neração ou provento.
Por conseguinte, o art. 42 estabelece uma restrição em relação à remuneração dos servido-
res públicos, uma vez que nenhum destes servidores poderá receber, de forma mensal, um 
valor superior à soma dos valores recebidos pelos ministros de Estado, membros do Congres-
so Nacional e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como remuneração em espécie. 
Nesses moldes, a limitação tem objetivo de evitar que servidores públicos tenham uma 
remuneração excessivamente alta em comparação às autoridades mencionadas, ou seja, bus-
ca-se garantir certa equidade na remuneração entre os servidores e as principais autorida-
des do país.
É importante, para tanto, ressaltar que o artigo menciona especificamente a remuneração 
em espécie, e não outros benefícios ou vantagens, como auxílios e gratificações.
Art. 42 Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importân-
cia superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, 
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no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso 
Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos incisos II a 
VII do art. 61.
Art. 43 (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98) 
A respectiva Lei nº 9.527, de 1997, alterou a redação disposta no art. 44, da Lei nº 8.112, de 
1990, de forma que, em se tratando das perdas diante da figura do servidor público, dispõe 
da seguinte forma:
Art. 44 O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressal-
vadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de com-
pensação de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia 
imediata.
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior pode-
rão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo 
exercício.
Art. 45 Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a 
remuneração ou provento.
Ademais, estabelece-se regras em relação às reposições e indenizações do erário, também 
chamado de tesouro público ou dinheiro do Estado. De acordo com o artigo, as reposições e 
indenizações que se referem a valores devidos até 30 de junho de 1994 devemministros ou conselheiros dos Tribunais de Contas; 
 � ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), do STJ (Superior Tribunal de Justiça), 
do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e do STM 
(Superior Tribunal Militar); 
 � integrantes do quinto constitucional dos Tribunais Judiciários.
Art. 37 […]
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, 
por igual período;
O inciso III traz o prazo de validade do concurso público, que é de até dois anos. Assim 
sendo, cabe ao edital definir qual o prazo do concurso, não podendo, no entanto, ser superior 
a dois anos.
Além disso, é possível a prorrogação do prazo de validade por uma única vez e por igual 
período, ou seja, se o prazo de validade do edital é de um ano, ele somente poderá ser prorro-
gado por um ano. Aqui, cabe uma observação importante: a prorrogação só é possível ser feita 
enquanto não expirado o prazo inicial.
O candidato que for aprovado em concurso público dentro do número de vagas previstas 
no edital, estando tal concurso dentro do prazo de validade, possui o direito subjetivo de ser 
nomeado, assim como a prioridade na nomeação. Em contrapartida, o candidato aprovado 
fora do número de vagas possui mera expectativa de direito à nomeação, devendo submeter-
-se ao juízo de conveniência e oportunidade da administração.
Art. 37 […]
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em 
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre 
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
O inciso IV regula a hipótese de novo concurso para o mesmo cargo enquanto os can-
didatos aprovados em certame anterior e com prazo de validade não expirado ainda não 
foram convocados. Assim, estabelece a prioridade de convocação destes em face dos novos 
aprovados.
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Importante!
Segundo entendimento do STF, para gozar da prioridade na nomeação, não basta ao candi-
dato a mera aprovação, sendo necessário que ele tenha sido classificado dentro do núme-
ro de vagas disponibilizadas no concurso, ou seja, se o edital previu uma vaga e foram 
aprovados dois candidatos, somente o primeiro tem prioridade de nomeação. 
Art. 37 […]
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos 
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições 
de direção, chefia e assessoramento;
O inciso V trata de duas situações distintas: a função de confiança e o cargo de confian-
ça (em comissão). O cargo público é a unidade estrutural e funcional em que o servidor 
exerce suas atribuições e responsabilidades, ou seja, é o local dentro da estrutura organi-
zacional que deve ser atribuída a um servidor. Já função pública é a própria atribuição e 
responsabilidade.
Em regra, os cargos públicos somente podem ser criados, transformados ou extintos por 
lei. Assim, cabe ao Poder Legislativo, com a sanção do chefe do Poder Executivo, dispor sobre 
a criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas. 
A iniciativa da lei que cria, extingue ou transforma cargos, varia conforme o caso. Por 
exemplo, no caso dos cargos do Poder Judiciário, dos Tribunais de Contas e do Ministério 
Público, a lei será de iniciativa dos respectivos Tribunais ou procuradores-gerais.
Excepciona a regra quando os cargos ou funções se encontrarem vagos, uma vez que a 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001, possibilitou a extinção por meio de decreto do pre-
sidente da República. Com relação aos governadores e prefeitos, a extinção do cargo vago é 
possível se houver semelhante previsão nas respectivas constituições estaduais ou leis orgâ-
nicas (princípio da simetria).
No que se refere às garantias e características especiais, os cargos podem ser classificados 
em vitalícios, efetivos e comissionados:
 � cargo vitalício é aquele com a maior garantia em relação à permanência. Trata-se daque-
le destinado a receber o ocupante em caráter permanente, como no caso dos magistrados 
(inciso I, art. 95, CF, de 1988), os de membros do Ministério Público (alínea “a”, inciso I, § 5º, 
art. 128, da CF, de 1988) e os de ministros do Tribunal de Contas (§ 3º, art. 73, CF, de 1988). 
A vitaliciedade é adquirida após dois anos de efetivo exercício no cargo, e tais servidores 
só poderão ser demitidos por sentença judicial transitada em julgado;
 � cargo efetivo é aquele provido por concurso público, cujos integrantes possuem a estabi-
lidade, ou seja, após três anos de efetivo exercício, só poderão ser demitidos por decisão 
judicial transitada em julgado, processo administrativo disciplinar ou processo de avalia-
ção periódica de desempenho;
 � cargo em comissão é aquele preenchido de acordo com a confiança. Como regra, ele deve 
ser preenchido preferencialmente por servidores de carreira. Portanto, para os demais 
casos (pessoal de fora da administração), a nomeação deve ser exceção.
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Além disso, é importante frisar que a nomeação aos cargos em comissão somente é pos-
sível para os cargos de chefia, direção ou assessoramento. Portanto, para as atribuições de 
execução e, não, para as atribuições técnicas e operacionais. 
Exemplo: cabe a nomeação para cargo em comissão de secretário de Transportes, por 
demandar conhecimento específico e confiança. Já para o motorista, isso não é cabível, pois, 
diferentemente do secretário, sua atribuição é meramente operacional e não demanda a 
relação de confiança.
Como regra, os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração (ad nutum). A 
exceção a essa regra é o que se intitula nepotismo (favorecimento de parentes em detrimento 
de pessoas mais qualificadas). É importante salientar que essa prática também pode ocorrer 
de forma cruzada. 
Por exemplo: quando autoridades, a fim de omitir o nepotismo, nomeiam para determina-
do cargo parentes um do outro de maneira recíproca.
Vejamos, a seguir, o texto da Súmula Vinculante nº 13, do STF, relativa ao tema:
Súmula Vinculante nº 13 (STF) A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servi-
dor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para 
o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na admi-
nistração pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF.
A Súmula Vinculante nº 13 aplica-se apenas aos cargos de natureza administrativa, 
estando de fora do seu âmbito as nomeações para cargos políticos. Exemplo: o STF consi-
derou válida a nomeação para o cargo de secretário estadual de Transportes de irmão de 
governador de estado sob a alegação de que o cargo em questão possuía natureza política 
(Rcl 6.650-MC-AgR).
Por fim, para o exercício da função de confiança, o pressuposto é que o nomeado já exerça 
cargo na administração. Exemplo: um escrevente técnico é nomeado para a função de asses-
sor do juiz.
Atenção!
 � Função de confiança: deve ser agente público;
 � Cargo em confiança: pode ou não ser agente público.
Art. 37 […]
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
O inciso VI decorre do direito à liberdade do art. 5º, da CF, de 1988. Lembre-se: ninguém é 
obrigado a se associar ou a se manter associado.
Art. 37 […]
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
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O direito de greve dos servidores públicos é diferente do direito dos demais trabalhado-
resser comunica-
das de forma prévia ao servidor ativo, aposentado ou pensionista, de modo que precisam ser 
realizadas antecipadamente, permitindo que o servidor ou beneficiário seja informado sobre 
o valor que deve ser pago. Além disso, também fica disposto o prazo máximo de 30 dias para 
o pagamento dessas reposições e indenizações.
A característica é que a redação do art. 46 também permite que o interessado solicite o 
parcelamento desses valores, ou seja, o pagamento pode ser dividido em várias parcelas, 
caso o servidor aposentado ou pensionista deseje. 
Portanto, o objetivo é garantir transparência e oferecer aos servidores e beneficiários a 
oportunidade de se prepararem para o pagamento de valores devidos ao erário, permitindo, 
inclusive, a possibilidade de parcelamento para facilitar a quitação dessas obrigações.
Art. 46 As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão 
previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, 
no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.
§ 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da 
remuneração, provento ou pensão.
§ 2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da 
folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela.
§ 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a 
tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados 
até a data da reposição.
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Art. 47 O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua apo-
sentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívi-
da ativa.
Art. 48 O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou 
penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.
VANTAGENS
As vantagens estão previstas no art. 49 e pormenorizadas na sequência. Vejamos quais 
são:
Art. 49 Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e 
condições indicados em lei.
As indenizações são reposições de gastos que o servidor realiza em razão do seu ofício. 
Elas podem ser as listadas a seguir.
 � Ajuda de custo: destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no 
interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em 
caráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no 
caso de o cônjuge ou companheiro, que detenha também a condição de servidor, vier a ter 
exercício na mesma sede;
 � Diária: destinada a repor gastos com pousada, alimentação e locomoção para afastamento 
em caráter eventual e transitório a serviço;
 � Indenização de transporte: concedida ao servidor que realizar despesas com a utilização 
de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribui-
ções próprias do cargo.
Importante!
As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito, ao 
contrário do que poderá ocorrer com as gratificações e adicionais.
FÉRIAS
O servidor fará jus a 30 dias de férias, as quais podem ser acumuladas até o máximo de 
dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legis-
lação específica (art. 77).
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Para o primeiro período aquisitivo de férias, serão exigidos 12 meses de exercício; as 
férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, 
e no interesse da Administração Pública.
É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
LICENÇAS
A partir do art. 81, fala-se sobre as licenças. Abordaremos as mais cobradas em concur-
sos aqui. Antes, vejamos a lista de todas elas:
Art. 81 Conceder-se-á ao servidor licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para atividade política;
V - para capacitação;
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para desempenho de mandato classista.
§ 1º A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem como cada uma de suas prorro-
gações serão precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204 
desta Lei. 
§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista no 
inciso I deste artigo.
Primeiramente, temos a licença por motivo de doença em pessoa da família. A lista do 
que o estatuto considera família é a seguinte: cônjuge ou companheiro, pais, filhos, padrasto 
ou madrasta e enteado ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamen-
to funcional.
A licença poderá ser concedida da seguinte forma, a cada período de 12 meses:
A CADA 12 MESES, A 
LICENÇA PODERÁ SER 
CONCEDIDA POR
até 60 dias 
(consecutivos ou não)
Mantida a remuneração do 
servidor
até 90 dias 
(consecutivos ou não)
Sem remuneração ao 
servidor
Conforme comando do art. 84, poderá ser concedida licença por motivo de afastamento 
do cônjuge ou companheiro. A concessão poderá ocorrer em caso de deslocamento para 
outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos 
Poderes Executivo e Legislativo.
A concessão ocorrerá por prazo indeterminado e sem remuneração.
O estatuto também prevê a concessão de licença para atividade política. Aqui, temos 
dois parâmetros diferentes, portanto é necessário ter atenção.
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A licença será sem remuneração entre o período que mediar entre a sua escolha em 
convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua can-
didatura perante a Justiça Eleitoral.
A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor 
fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três 
meses. Após isso, teremos o afastamento para exercício de mandato eletivo (veremos mais à 
frente).
Atenção! Não confunda licença com afastamento!
Temos também a licença para tratar de interesses particulares. Ela será discricionária 
(escolha da Administração Pública) e poderá perdurar por até três anos, não podendo ser 
concedida a servidor em estágio probatório. Além disso, poderá ser revogada a qualquer 
tempo.
AFASTAMENTOS
São três os afastamentos previstos nos arts. 93 e seguintes:
 � servir a outro órgão ou entidade;
 � exercício de mandato eletivo;
 � afastamento para estudo ou missão no exterior.
O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes 
da União, dos estados, ou do Distrito Federal e dos municípios. A cessão ocorrerá mediante 
portaria publicada no Diário Oficial da União, e, mediante autorização expressa do presiden-
te da República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Admi-
nistração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a 
prazo certo.
No caso da segunda hipótese, o art. 94 repete os comandos constitucionais para cumulação 
do cargo com o mandato eletivo.
Art. 94 Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela 
sua remuneração;III - investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da 
remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar 
pela sua remuneração.
§ 1º No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como 
se em exercício estivesse.
§ 2º O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redis-
tribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
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Por fim, em relação ao último afastamento, o servidor não poderá ausentar-se do país para 
estudo ou missão oficial sem autorização do presidente da República, presidente dos órgãos 
do Poder Legislativo e presidente do Supremo Tribunal Federal.
A ausência não excederá quatro anos, e, finda a missão ou estudo, somente será permitida 
nova ausência decorrido igual período.
O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe 
ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.
CONCESSÕES
Vejamos as concessões previstas no estatuto. São benesses que o estatuto traz ligadas a 
ocorrências na vida particular do servidor, e constam basicamente do art. 97:
Art. 97 Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleito-
ral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias;
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor 
sob guarda ou tutela e irmãos.
DIREITO DE PETIÇÃO
Vamos conhecer o direito de petição, que nada mais é do que a prerrogativa de solicitar 
informações e esclarecimentos para a defesa de um direito.
Art. 104 É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de 
direito ou interesse legítimo.
O requerimento (art. 105) será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encami-
nhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente. Cabe 
pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira 
decisão, não podendo ser renovado.
O pedido de reconsideração é uma forma de o requerente, antes de recorrer a outra 
autoridade, argumentar, à autoridade que proferiu a decisão, que ela o fez incorretamente.
O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados no prazo de cinco 
dias e decididos dentro de 30 dias.
O art. 107 traz as possibilidades de recurso:
Art. 107 Caberá recurso:
I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou 
proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
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§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente 
subordinado o requerente.
Pelo próprio significado do termo, saberemos que o pedido de reconsideração é ende-
reçado à própria autoridade que proferiu a decisão. O recurso será enviado à autoridade 
superior.
O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 dias, a contar 
da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.
O direito de requerer prescreve:
 � em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibili-
dade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;
 � em 120 dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.
Dica
Prescrição é a impossibilidade de perseguir determinado direito. A sua ocorrência é uma 
das bases da segurança jurídica de um ordenamento.
REGIME DISCIPLINAR
Para a devida aplicação das penalidades, por meio de um regime disciplinar, primeira-
mente é necessário estabelecer as bases por meio dos deveres e proibições.
Vejamos, inicialmente, os deveres:
Art. 116 São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por 
sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações 
de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da auto-
ridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra 
autoridade competente para apuração;
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
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Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierár-
quica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se 
ao representando ampla defesa.
Não acreditamos na necessidade de decorar os dispositivos. Veja que todos são bem lógi-
cos; talvez o menos lógico seja o destacado — o parágrafo único refere-se exclusivamente a 
ele.
Em seguida, temos as proibições, previstas no art. 117. Aqui, já há uma preocupação maior, 
pois, de acordo com a gravidade da proibição ferida, teremos uma punição mais grave. Dei-
xaremos, desde já, a distribuição de acordo com a penalidade eventualmente aplicável.
Proibições Sujeitas a Advertência
 � Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
 � Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto 
da repartição;
 � Recusar fé a documentos públicos;
 � Opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de 
serviço;
 � Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
 � Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atri-
buição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
 � Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sin-
dical, ou a partido político;
 � Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro 
ou parente até o segundo grau civil;
 � Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.
Proibições Sujeitas a Suspensão
 � Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações 
de emergência e transitórias;
 � Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função 
e com o horário de trabalho.
Proibições Sujeitas a Demissão
 � Participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não 
personificada;
 � Exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário (tal proibi-
ção não se aplica na participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou 
entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social, 
ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; tampouco 
se aplica no gozo de licença para o trato de interesses particulares, observada a legislação 
sobre conflito de interesses);
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 � Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas 
atribuições;
 � Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
 � Praticar usura sob qualquer de suas formas;
 � Proceder de forma desidiosa;
 � Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares.
Proibições Sujeitas a Demissão e que Incompatibilizam o Ex-Servidor para Nova Investidura 
em Cargo Público Federal pelo Prazo de Cinco Anos
 � Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade 
da função pública;
 � Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se 
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de 
cônjuge ou companheiro.
Há casos em que a demissão ou a destituição de cargo em comissão, de acordo com os atos 
praticados, terão outras consequências que visam resguardar o interesse público. Vejamos, 
primeiramente, o art. 136:
Art. 136 A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e 
XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo 
da ação penal cabível.
Observemos as hipóteses em relação às quais haverá a indisponibilidade de bens e ressar-
cimento ao erário, nos termos do art. 136.
Art. 132 A demissão será aplicada nos seguintes casos:
[...]
IV - improbidade administrativa;
[...]
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
[...]
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção.
Para facilitar sua memorização, perceba que as hipóteses trazidas são aquelas em que há 
prejuízo já causado ou potencial aos cofres públicos.
O parágrafo único, do art. 137, traz a impossibilidade do retorno ao serviço público federal 
em determinadas hipóteses. O dispositivo é questionado junto ao STF por, em tese, configurar 
pena perpétua, o que é vedado pela CF, de 1988.
No entanto, a literalidade do dispositivo é passível de cobrança em provas, portanto deve-
mos estar atentos. Vejamos o dispositivo em questão:
Art. 137 [...]
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Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido 
ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
As hipóteses nele citadas são as seguintes:
Art. 132 A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública;
[...]
IV - improbidade administrativa;
[...]
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
[...]
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção.
Penalidades
Por uma questão didática, adiantamos algumas das penalidades. Entretanto, ainda não 
conhecemos o art. 127, que traz todas elas. Vejamos:
Art. 127 São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Na aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração 
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravan-
tes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
Anteriormente, vimos a correlação das proibições com as respectivas penalidades. No 
entanto, ainda há algumas informações importantes sobre isso.
O dispositivo referente à advertência traz-nos uma possibilidade ampla de aplicação ao 
seu final. Portanto, devemos ter em mente que, para a advertência, podemos ter hipóteses 
que não constam da Lei nº 8.112, de 1990, que estudamos neste momento.
Art. 129 A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante 
do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regula-
mentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.
Temos também a possibilidade de aplicação da suspensão em caso de reincidência em 
proibições sujeitas à advertência.
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Art. 130 A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertên-
cia e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de 
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, 
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, ces-
sando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser con-
vertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remunera-
ção, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
Temos outras hipóteses de demissão além daquelas que conhecemos quando estudamos 
as proibições. Elas constam do art. 132:
Art. 132 A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou 
de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
O estatuto traz, assim como a Constituição Federal, vedação à cumulação de cargos. Acom-
panhe o disposto no art. 118:
Art. 118 Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada 
de cargos públicos.
§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos 
Estados, dos Territórios e dos Municípios.
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compati-
bilidade de horários.
§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego públi-
co efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remu-
nerações forem acumuláveis na atividade.
O dispositivo acima traz uma regra geral e a respectiva abrangência. Chamamos atenção 
para o § 3º, que se refere à vedação da cumulação também na inatividade. A regra é simples: 
se inacumulável em atividade, inacumulável na aposentadoria.
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Em seguida, temos a vedação também para os cargos em comissão, constante do art. 119. 
Vejamos sua literalidade:
Art. 119 O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso pre-
visto no parágrafo único do art. 9º, nem ser remunerado pela participação em órgão de deli-
beração coletiva.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participa-
ção em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia 
mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que 
a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a 
respeito, dispuser legislação específica.
O art. 9º traz o exercício interino de outro cargo de confiança, caso em que deverá ser feita 
a opção pela remuneração de um dos cargos.
Na sequência, o art. 120 traz a possibilidade de cumulação de um cargo efetivo com um 
cargo em comissão, desde que haja compatibilidade de horários.
Art. 120 O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumularlicitamente dois cargos efe-
tivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os 
cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exer-
cício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
O estatuto traz um procedimento sumário para o caso de acumulação ilegal de cargos. Ele 
consta do art. 133 e é recorrente em provas. Vejamos a literalidade do dispositivo, que é de 
fácil entendimento:
Art. 133 Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções 
públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua 
chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data 
da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e 
regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguin-
tes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois 
servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão 
objeto da apuração;
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;
III - julgamento.
[...]
§ 7º O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumá-
rio não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, 
admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem.
[...]
Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na 
atividade, falta punível com a demissão.
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Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 
30 dias consecutivos (art. 138).
Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 
dias, interpoladamente, durante o período de 12 meses (art. 139).
Dica
A inassiduidade não é contada dentro no ano civil, e sim em um período de 12 meses.
O art. 140 impõe o procedimento do art. 133, visto acima, aos casos de abandono de cargo 
ou inassiduidade habitual:
Art. 140 Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado 
o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que:
I - a indicação da materialidade dar-se-á:
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencio-
nal do servidor ao serviço superior a trinta dias;
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa 
justificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período 
de doze meses;
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocên-
cia ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará 
o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencio-
nalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à autoridade 
instauradora para julgamento.
As penalidades disciplinares serão aplicadas, conforme o art. 141:
 � pelo presidente da República, presidentes das casas do Poder Legislativo e dos Tribunais 
Federais e procurador-geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão ou 
entidade;
 � pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencio-
nadas no inciso anterior, quando se tratar de suspensão superior a 30 dias;
 � pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou 
regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 dias;
 � pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em 
comissão.
Vejamos, agora, a sindicância e o processo administrativo disciplinar. Ambos podem 
resultar em aplicação de penalidades; no entanto, temos algumas diferenças importantes.
A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover 
a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, asse-
gurada ao acusado ampla defesa.
Da sindicância, poderá resultar:
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 � arquivamento do processo;
 � aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 dias;
 � instauração de processo disciplinar.
Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de sus-
pensão por mais de 30 dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou 
destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.
O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor 
por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribui-
ções do cargo em que se encontre investido, e será conduzido por comissão composta de três 
servidores estáveis designados pela autoridade competente.
O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:
 � instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
 � inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;
 � julgamento.
O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 dias, contados da data 
de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, 
quando as circunstâncias o exigirem.
Feitas essas considerações gerais sobre o processo administrativo disciplinar, vamos a 
algumas informações pormenorizadas.
Sobre o inquérito, a lei impõe que obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao 
acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. Frente ao 
texto acima, seguem os dispositivos legais:
Art. 155 Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, 
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando neces-
sário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
[...]
Art. 165 Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças 
principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção. 
§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou 
regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Art. 166 O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que 
determinou a sua instauração, para julgamento.
Art. 167 Na fase do julgamento, no prazo de 20 dias, contados do recebimento do processo, 
a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. 
§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, 
este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
[...]
Art. 169 Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a instaura-
ção do processo ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e 
ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra comissão para instauração de novo proces-
so. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
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§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.
§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 142, § 2º, será res-
ponsabilizada na forma do Capítulo IV do Título IV.
[...]
Art. 174 O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofí-
cio, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do 
punidoou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da 
família poderá requerer a revisão do processo.
§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo 
curador.
[...]
Art. 176 A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revi-
são, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.
[...]
Art. 179 A comissão revisora terá 60 dias para a conclusão dos trabalhos.
O servidor poderá ser responsabilizado em diferentes esferas de responsabilidade. A que 
vimos acima, com seus respectivos detalhes, é referente à reponsabilidade administrati-
va. No entanto, o servidor poderá ser responsabilizado nas esferas administrativa, penal e 
cível, de maneira independente.
Vejamos o comando do art. 121, que traz essas esferas de responsabilidade.
Art. 121 O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de 
suas atribuições.
A responsabilidade cível poderá decorrer de ação ou omissão e ser apurada por dano cau-
sado à própria Administração Pública ou a terceiros, conforme comando do art. 122.
Art. 122 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que 
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na for-
ma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via 
judicial.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Públi-
ca, em ação regressiva.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até 
o limite do valor da herança recebida.
O § 2º, acima, está em consonância com o disposto no § 6º, do art. 37, da Constituição Fede-
ral, trazendo a possibilidade de ação regressiva.
Relembrando: caso alguém sofra um dano causado por agente público, deverá acionar o 
Estado, que, se for o caso, acionará o servidor para arcar com os custos, por meio de ação 
regressiva.
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A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nes-
sa qualidade, conforme art. 123. Ou seja, a ação ou omissão deverão ocorrer relacionadas ao 
indivíduo enquanto servidor, não se confundindo com a vida particular deste, em regra.
No mesmo sentido vai a lei ao se referir à responsabilidade civil-administrativa, desta vez 
no seu art. 124:
Art. 124 A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo pratica-
do no desempenho do cargo ou função.
É importantíssimo ressaltar a independência entre as esferas de responsabilidade e sua 
possibilidade de cumulação, conforme constante do art. 125:
Art. 125 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes 
entre si.
Há, no entanto, uma exceção de influência entre as formas de responsabilização e o caso 
da absolvição penal que negue o fato ou a autoria por parte do servidor. Vejamos, primeira-
mente, o dispositivo:
Art. 126 A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição 
criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
Veja que o dispositivo é bastante lógico, pois, se a Justiça penal, que tem um rito bastante 
rigoroso, concluir que o fato não existiu ou que outra pessoa foi a responsável, como poderia 
o servidor ainda assim ser responsabilizado?
Por fim, temos um dispositivo que traz proteção ao servidor que eventualmente queira 
dar ciência de práticas ilícitas à autoridade superior, ainda que o fato seja levado a autorida-
de diferente da que deveria ser cientificada de acordo com a posição funcional no servidor:
Art. 126-A Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente 
por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a 
outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes 
ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, 
emprego ou função pública.
Finalmente, no que tange ao direito de punir da Administração Pública, o art. 142 traz o 
prazo de prescrição para a ação disciplinar, que é a perda do direito por parte do Estado de 
punir o servidor que cometeu a infração.
Art. 142 A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria 
ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.
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§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capi-
tuladas também como crime.
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescri-
ção, até a decisão final proferida por autoridade competente.
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que 
cessar a interrupção.
Em relação ao § 1º, acima, a questão em prova poderá trocar os termos, colocando como 
termo inicial o momento da ocorrência do fato. Portanto, atente-se a esse ponto.
Em relação ao termo interrupção da prescrição acima, fica o alerta para os que estão 
acostumados à expressão no estudo do direito. Aqui, ela está com sentido diverso, não zeran-
do o prazo em contagem, mas simplesmente parando sua contagem e retornando em segui-
da, conforme §§ 3º e 4º.
 HORA DE PRATICAR!
1. (FCC — 2022) Para os efeitos da Lei nº 8.112/1990 “a pessoa legalmente investida em cargo 
público” é denominada
a) agente público.
b) servidor.
c) ocupante de cargo público.
d) funcionário público em exercício.
e) titular de cargo público.
2. (FCC — 2018) A Administração pública federal relaciona-se com seu pessoal por meio de distin-
tos regimes, dentre os quais o estabelecido pela Lei nº 8.112/1990, que é aplicável
a) ao servidor civil da Administração pública federal direta, autárquica e fundacional pública, inves-
tido em cargo público.
b) aos empregados públicos e servidores da Administração pública federal direta e indireta, inclusi-
ve o temporário.
c) ao servidor civil e militar, investido ou não em cargo público, desde que vinculado à Administra-
ção pública direta federal.
d) ao servidor civil, empregado público, titular de cargo em comissão e temporário das pessoas 
jurídicas de direito público federal, em razão do regime jurídico único.
e) a todos os servidores federais civis e aos servidores civis dos demais entes federativos e pes-
soas jurídicas de direito público a eles vinculadas, em razão do princípio federativo.
3. (CEBRASPE-CESPE — 2017) Com relação ao Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos 
Civis da União (RJU), assinale a opção correta.
a) A regra que estabelece a nacionalidade brasileira como requisito básico para a investidura em 
cargo público não comporta exceções.
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b) O RJU não é aplicável aos servidores das entidades da administração indireta, mas apenas aos 
órgãos públicos.
c) Constitui competência comum dos Poderes Executivo e Legislativo a iniciativa de lei que verse 
sobre o RJU dos servidores da administração direta da União.
d) As diversas categorias de servidores públicos, nelas incluídos os membros da magistratura e da 
advocacia pública, submetem-se ao regime estatutário previsto na Lei n.º 8.112/1990.
e) A relação jurídica estatutária não tem natureza contratual, tratando-se de relação própria de direi-
to público.
4. (FCC — 2015) A Constituição Federal emprega os termos cargo, emprego e função pública em 
dispositivos diversos, referindo-sea vínculos mantidos com a Administração pública, sujeitos a 
regimes jurídicos distintos. Por sua vez, a Lei nº 8.112/1990 dispõe sobre o regime jurídico dos 
servidores públicos civis da União, autarquias e fundações públicas federais. Para efeitos dessa 
Lei, são servidores públicos os ocupantes de cargo
a) e emprego público e os que exercem função pública, investidos por meio de concurso público de 
provas ou de provas e títulos, distinguindo-se uns dos outros pela natureza do vínculo mantido 
com a Administração pública federal.
b) e emprego público, investidos por meio de concurso público, excluindo-se os que exercem fun-
ção pública, porquanto estes últimos não ingressam no serviço público por meio de prévia habi-
litação em regular concurso público.
c) e emprego público, investidos por meio de regular concurso público e os contratados tempora-
riamente, com base no artigo 37, IX, da CF, para qual não se exige, necessariamente, concurso 
público.
d) público, investidos por meio de regular concurso público e os nomeados para cargo em comis-
são, de livre nomeação e exoneração.
e) público, investidos por meio de regular concurso público, excluindo-se os nomeados para cargo 
em comissão, de livre nomeação e exoneração.
5. (FCC — 2022) Consoante disposto na Lei nº 8.112/1990, a nomeação far-se-á em caráter
a) efetivo ou em comissão.
b) revogável ou irrevogável.
c) probatório ou estável.
d) relativo ou absoluto.
e) provisório ou permanente.
6. (FCC — 2019) Manuel dos Santos foi servidor público federal estável e aposentou-se voluntaria-
mente aos sessenta e dois anos de idade. Após dez anos de gozo da aposentadoria, requereu 
sua reversão ao cargo público que antes ocupava. Diante dessa hipótese, à luz do que dispõe a 
legislação federal aplicável,
a) é impossível a reversão, pois o requerente já atingiu a idade da aposentadoria compulsória.
b) é impossível a reversão, pois a lei federal apenas contempla a hipótese de reversão ex officio, 
pela insubsistência dos motivos que levaram à aposentadoria por invalidez.
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c) é possível, desde que haja cargo vago e interesse da administração no retorno do requerente à 
atividade.
d) é possível, independentemente do interesse da administração, pois se trata de hipótese de ato 
vinculado e o requerente preencheu todos os requisitos legais.
e) é impossível, em razão do lapso temporal transcorrido desde a aposentadoria do requerente.
7. (FCC — 2018) O acesso aos cargos públicos efetivos depende de aprovação em concurso público 
de provas ou de provas e títulos. O servidor estável, ocupante de cargo efetivo, uma vez demitido,
a) poderá submeter-se a novo concurso público para ingresso no antigo cargo que ocupava, dispen-
sado o cumprimento de estágio probatório.
b) será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, caso demonstre judicialmente a nulidade da 
decisão que o demitiu.
c) não poderá retornar ao cargo anteriormente ocupado, pois, ainda que reconduzido ou reintegrado, 
deverá ser investido em novo cargo, para exercer funções distintas.
d) será ressarcido de todas as vantagens inerentes ao cargo que ocupava, apenas se obtiver a 
invalidação da demissão pela via judicial, tendo em vista que administrativamente não é possível 
restabelecer o vínculo funcional extinto.
e) poderá ser reintegrado ao cargo, caso fique demonstrada e seja decidida, em sede de processo 
administrativo ou judicial, a nulidade da decisão de demissão.
8. (FCC — 2019) De acordo com o previsto na Lei nº 8.112/1990 para as penalidades disciplinares, 
a
a) demissão só pode ser aplicada para caso de servidor já apenado, ainda que por outra infração 
disciplinar, com suspensão.
b) advertência deve ser necessariamente acompanhada da imposição de multa pecuniária, de cará-
ter pedagógico.
c) advertência e a suspensão ficam registradas na ficha do servidor apenado, não podendo ser 
canceladas durante a atividade.
d) primeira infração disciplinar praticada pelo servidor efetivo deve necessariamente ser apenada 
com advertência.
e) reincidência de infrações passíveis de punição com advertência enseja aplicação de suspensão.
9. (FCC — 2019) Julio exerce cargo público efetivo de motorista em uma autarquia federal e, duran-
te o exercício funcional, envolveu-se em acidente que causou danos patrimoniais a terceiros. 
Nesse caso, no tocante ao regime de responsabilidade civil, o referido servidor
a) responderá de forma objetiva e solidária com a autarquia.
b) não responderá em hipótese alguma, pois se trata de hipótese de responsabilidade integral da 
União.
c) responderá de forma subjetiva apenas se incluído no polo passivo da ação pelo terceiro afetado.
d) responderá de forma objetiva e subsidiária em relação à autarquia.
e) responderá de forma subjetiva e por meio de ação regressiva.
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10. (FCC — 2022) De acordo com o que estabelece o ordenamento jurídico, bem como o entendi-
mento dos Tribunais Superiores sobre o processo administrativo disciplinar,
a) desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a 
instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do 
poder-dever de autotutela imposto à Administração.
b) na portaria de instauração do processo administrativo disciplinar, é obrigatória a descrição por-
menorizada dos fatos imputados ao servidor a serem apurados, em obediência aos princípios do 
contraditório e da ampla defesa.
c) ainda que autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa, não 
será permitida a “prova emprestada” no processo administrativo disciplinar, em razão do princí-
pio da supremacia do interesse público.
d) o depoimento no processo administrativo será prestado oralmente e reduzido a termo, não sen-
do lícito à testemunha trazê-lo por escrito, salvo se a testemunha for servidor público.
e) as testemunhas serão inquiridas separadamente; contudo, caso haja mais de um acusado, deve-
rão ser eles ouvidos em conjunto, de acordo com o princípio da celeridade.
11. (FCC — 2016) O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de servidores 
estáveis, designados pela autoridade competente.
 A propósito do tema, considere:
I. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de cinco servidores estáveis.
II. A comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, não podendo a indica-
ção recair em um de seus membros.
III. Poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, parente do acusado, em linha cola-
teral, de terceiro grau.
IV. As audiências das comissões terão caráter reservado.
 Nos termos da Lei nº 8.112/1990, está correto o que consta APENAS em
a) I, II e III.
b) IV.
c) I e II.
d) II.
e) I, III e IV.
12. (FCC — 2014) Cristiano, servidor público federal, responde a processo disciplinar em razão de 
grave conduta cometida. Após a tipificação da infração disciplinar, foi formulada a indiciação de 
Cristiano, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas. O próximo 
passo será sua citação para apresentar defesa escrita. Ocorre que Cristiano encontra-se em 
lugar incerto e não sabido, razão pela qual sua citação dar-se-á por edital. Nos termos da Lei nº 
8.112/90, o prazo para defesa na hipótese narrada será de
a) 10 dias, contados a partir da primeira publicação do edital.
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b) 15 dias, contados a partir da última publicação do edital.
c) 30 dias, contados a partir da última publicação do edital.
d) 25 dias, contados a partir da primeira publicação do edital.
e) 20 dias, contados a partir da última publicação do edital.
13. (FGV — 2022) João, motorista do Município Alfa, durante o horário de expediente, utilizando o 
veículo da repartição e no pleno exercício de suas funções, atropelou uma pessoa, causando-lhe 
lesões.O procurador do Município, ao tomar conhecimento dos fatos, disse, corretamente, que:
a) o Município Alfa, observados os demais requisitos, poderia responder pelo dano, ainda que não 
provada a culpa de João;
b) tanto o Município Alfa como João são responsáveis, desde que provada a culpa deste último;
c) apenas João poderia ser responsabilizado, ainda que não provada a sua culpa;
d) o Município Alfa responderia pelo dano, desde que provado o dolo de João;
e) apenas João poderia ser responsabilizado, desde que provada a sua culpa.
14. (FGV — 2022) Em razão das sucessivas notícias de prática de nepotismo no âmbito dos Municí-
pios abrangidos pelo Estado Alfa, a Constituição deste último ente federativo foi reformada para 
dispor que as nomeações para os cargos de direção da Administração Pública direta e indire-
ta dos Municípios deveriam ser previamente aprovadas pela Assembleia Legislativa do Estado 
Alfa.
 Irresignada com o teor dessa determinação normativa, a Associação dos Municípios do Estado 
Alfa consultou o seu advogado a respeito de sua compatibilidade com a Constituição da Repúbli-
ca, sendo-lhe corretamente respondido que a determinação é
a) constitucional, considerando a necessária subordinação dos Municípios aos comandos do res-
pectivo Estado.
b) constitucional, pois as normas da Constituição Estadual são vinculantes para o Estado e para os 
Municípios situados em seu território.
c) constitucional, desde que as decisões proferidas pela Assembleia Legislativa sejam fundamen-
tadas, de modo a afastar juízos de valor puramente políticos.
d) inconstitucional, pois a determinação de que os atos de nomeação municipais sejam submeti-
dos à aprovação de órgão estadual afronta a autonomia dos Municípios.
e) inconstitucional, pois os comandos da Constituição Estadual, quaisquer que sejam eles, somen-
te devem ser observados pelo Estado, não pelos Municípios situados em seu território.
15. (FCC — 2022) A Constituição Federal dispõe, em relação ao servidor público da administração 
direta, autárquica e fundacional, no exercício do mandato eletivo, que:
a) tratando-se de mandato eletivo estadual, distrital ou municipal, ficará afastado do seu cargo, 
emprego ou função.
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b) investido no mandato de Governador, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe 
facultado optar pela sua remuneração.
c) na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse 
regime, no ente federativo de origem.
d) investido no mandato legislativo estadual ou municipal, havendo compatibilidade de horários, 
perceberá as vantagens de seu cargo.
e) o tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, em qualquer caso que exija o afas-
tamento para o exercício do mandato.
16. (FGV — 2019) João, servidor público ocupante do cargo de provimento efetivo de engenheiro de 
radiação, desejava realizar um novo concurso público, de modo a vir a ocupar dois cargos de 
provimento efetivo, caso houvesse compatibilidade de horários.
 À luz da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta.
a) João não pode ocupar outro cargo de provimento efetivo.
b) João somente pode vir a ocupar um cargo de professor.
c) João somente pode vir a ocupar um cargo técnico.
d) João pode vir a ocupar um cargo de professor ou de técnico.
e) João pode vir a ocupar um cargo na área de saúde.
17. (FCC — 2022) Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações sobre o 
regime jurídico constitucional dos servidores públicos:
( ) A incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de 
confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo é permitida pela Constitui-
ção Federal desde 2019 e deve ser disciplinada por lei complementar.
( ) São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de pro-
vimento efetivo em virtude de concurso público.
( ) A aquisição da estabilidade do servidor público independe de avaliação especial de desem-
penho por comissão instituída para essa finalidade. A sequência correta de preenchimento dos 
parênteses, de cima para baixo, é:
a) F – F – V.
b) V – F – V.
c) F – V – V.
d) V – V – F.
e) F – V – F.
18. (FCC — 2017) Tendo sido aprovado em concurso público de provas e títulos, Jorge passou a ocu-
par cargo de provimento efetivo. Após alguns anos de efetivo exercício do cargo, Jorge recebe 
R$ 800,00 a título de vencimentos básicos e R$ 400,00 a título de adicionais temporais.
 Considerando um salário mínimo legal hipotético de R$ 1.100,00
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a) não há que se falar em ofensa à Constituição da República, uma vez que o valor total da remune-
ração recebida por Jorge é superior ao salário mínimo legal.
b) Jorge recebe mensalmente quantia menor que a que lhe seria devida, uma vez que seus venci-
mentos básicos são inferiores ao salário mínimo legal, fazendo jus a uma diferença de R$ 300,00 
por mês.
c) conquanto receba vencimentos básicos inferiores ao salário mínimo, Jorge não faz jus a nenhu-
ma diferença, uma vez que está submetido a regime estatutário e os direitos elencados na Cons-
tituição, inclusive o salário mínimo, somente se aplicam aos empregados públicos.
d) Jorge recebe mensalmente quantia menor que a que lhe seria devida, já que seus vencimentos 
básicos são inferiores ao salário mínimo legal, porém, apenas faz jus a uma diferença de R$ 
100,00 por mês, pois os adicionais temporais podem ser computados para fins de análise do 
respeito ao salário mínimo até um limite de 25% dos vencimentos básicos.
e) Jorge não faz jus a nenhuma diferença, uma vez que os direitos elencados na Constituição 
somente se aplicam aos empregados do setor privado.
19. (FCC — 2016) Sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis dos Municípios, de acordo 
com a Constituição Federal,
a) não são aplicáveis aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, da Constitui-
ção (direitos sociais dos trabalhadores urbanos e rurais), como regra geral.
b) não poderá ser instituído conselho de política de administração e remuneração de pessoal, inte-
grado por servidores designados pelos respectivos Poderes municipais.
c) a fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório 
são de livre discricionariedade da administração devendo observar requisitos expressos na 
Constituição.
d) o sistema constitucional de remuneração exclusiva por subsídio fixado em parcela única não se 
aplica no âmbito municipal.
e) no âmbito municipal não poderá ser estabelecida relação entre a maior e a menor remuneração 
dos servidores públicos.
20. (FCC — 2016) A estabilidade é um direito dos servidores públicos garantido na Constituição 
Federal. O objetivo é evitar que sejam demitidos sempre que um novo governante é eleito, pro-
tegê-los de represálias em casos que afetem interesses e garantir que a máquina do Estado 
funcione de maneira constante. Os servidores que já adquiriram estabilidade,
a) podem perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
b) podem perder o cargo em virtude de sentença judicial de primeira instância, dependendo da gra-
vidade da infração cometida.
c) podem perder o cargo mediante processo administrativo com ou sem apresentação de defesa.
d) podem perder o cargo mediante procedimento de avaliação de desempenho, a critério da chefia 
imediata.
e) não podem perder o cargo.
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 9 GABARITO
1 B
2 A
3 E
4 D
5 A
6 E
7 E
8 E
9 E
10 A
11 B
12 B
13 A
14 D
15 C
16 B
17 E
18 A
19 C
20 A
ANOTAÇÕES
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Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.da iniciativa privada. Enquanto estes podem interromper completamente suas ativida-
des, o servidor público precisa garantir que os serviços sejam mantidos e em percentual que 
possa atender à população. 
Trata-se da aplicação do princípio da continuidade, uma vez que não é possível a interrup-
ção total das atividades prestadas pela administração à população por serem estas essenciais 
e necessárias à coletividade. Para tanto, a norma constitucional prevê que os termos e limites 
devem ser estabelecidos em lei.
Ainda não foi elaborada lei para dar aplicabilidade ao inciso VII. Por essa razão, o STF 
proferiu a seguinte decisão nos autos do Mandado de Injunção 670-ES:
STF, MI 670-ES Mandado de injunção. Garantia fundamental (CF, Art. 5º, inciso LXXI). Direito 
de greve dos servidores públicos civis (CF, Art. 37, inciso VII). Evolução do tema na jurispru-
dência do Supremo Tribunal Federal (STF). Definição dos parâmetros de competência cons-
titucional para apreciação no âmbito da justiça federal e da justiça estadual até a edição da 
legislação específica pertinente, nos termos do art. 37, VII, da CF. Em observância aos ditames 
da segurança jurídica e à evolução jurisprudencial na interpretação da omissão legislativa 
sobre o direito de greve dos servidores públicos civis, fixação do prazo de 60 (sessenta) dias 
para que o Congresso Nacional legisle sobre a matéria. Mandado de injunção deferido para 
determinar a aplicação das Leis 7.701/1988 e 7.783/1989.
Seguimos com os incisos do art. 37, da CF, de 1988:
Art. 37 […]
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas porta-
doras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
O inciso VIII estabelece a reserva de vagas para pessoas com deficiência. Trata-se de 
uma norma constitucional de eficácia limitada, ou seja, que depende da edição de lei infra-
constitucional para poder gerar os efeitos.
Com relação à reserva, cumpre salientar que as atribuições do cargo devem ser compatí-
veis com a deficiência. Ainda, a reserva é de até 20% das vagas oferecidas no concurso, isto é, 
a CF, de 1988, fixou apenas o limite máximo (teto) do número a ser reservado. 
O § 1º, art. 37, do Decreto nº 3.298, de 1999, estabelece o percentual mínimo de 5% das 
vagas e, no caso de o número obtido ser fracionado, o número de vagas será elevado até o 
primeiro número inteiro subsequente, ou seja, arredondado para cima.
Art. 37 […]
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público;
O servidor temporário se encontra disciplinado no inciso IX. Trata-se de uma categoria à 
parte, uma vez que não titulariza cargo público nem possui qualquer vínculo trabalhis-
ta regido pela CLT, sendo regida por regime especial veiculado por meio de lei específica de 
cada ente da federação. 
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O servidor público exerce funções públicas sem ocupar cargos ou empregos públicos e 
sua contratação é por tempo determinado e para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público. Por exemplo: agente sanitário em caso de surto de dengue.
Art. 37 […]
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa priva-
tiva em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de 
índices;
O inciso X trata da remuneração dos servidores públicos. Cumpre esclarecer, no entanto, 
que remuneração é o gênero, do qual salário, vencimentos e subsídios são espécies. Salário é 
a contraprestação pecuniária paga aos empregados públicos, regidos pela CLT. Vencimento é 
a modalidade remuneratória da maioria dos servidores submetidos a regime jurídico estatu-
tário, englobando o vencimento-base e as vantagens pecuniárias. Já subsídio é uma parcela 
única, sem qualquer acréscimo, obrigatória para as seguintes categorias: 
 � membros de Poder (chefes dos Poderes Executivos, senadores, deputados, vereadores, 
magistrados), detentores de mandato eletivo, ministros de Estado e secretários estaduais 
e municipais; 
 � ministros ou conselheiros dos Tribunais de Contas; 
 � membros do Ministério Público; 
 � integrantes das carreiras pertencentes à Advocacia-Geral da União, à Procuradoria-Geral 
da Fazenda Nacional, às Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal e às Defensorias 
Públicas da União, DF e Territórios e Defensorias Públicas Estaduais (art. 135, CF);
 � servidores policiais integrantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Fer-
roviária Federal, Polícias Civis, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.
Vejamos, a seguir, o texto da Súmula nº 679, do STF:
Súmula nº 679 (STF) A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto 
de convenção coletiva.
No que se refere à revisão, o dispositivo trata apenas da revisão geral, ou seja, do reajuste 
anual genérico, que tem por objetivo repor as perdas inflacionárias do período, sendo apli-
cável a todos os servidores. 
Portanto, não a confunda com reajuste específico, que é aquele aplicado apenas a alguns 
cargos ou carreiras funcionais, com a finalidade de evitar a defasagem remuneratória.
Art. 37 […]
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e 
dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, perce-
bidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natu-
reza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
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Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos 
Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder 
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legis-
lativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa 
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros 
do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
Com relação ao teto do funcionalismo público, a CF, de 1988, estabeleceu duas regras. A 
primeira é a do teto geral, ou seja, o limite máximo de remuneração, que é o valor dos 
subsídios dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Já a segunda regra trata do deno-
minado subteto, ou seja, o teto para os estados, municípios e Distrito Federal. 
Vale destacar que o dispositivo previu duas hipóteses de subtetos: o teto único e o teto 
por Poder. O teto único tem, como base, a fixação de um valor máximo estabelecido para 
fins remuneratórios. Já o teto por Poderes faz com que cada ente político adote um subteto 
próprio para a fixação dos subsídios.
O Executivo tem, como subteto, os subsídios do governador. O Legislativo tem, como sub-
teto, os subsídios dos deputados estaduais, que, por sua vez, não poderão exceder 75% dos 
subsídios dos deputados federais. Por fim, o Judiciário adota, como subteto, o valor de 90,25% 
dos subsídios do Supremo Tribunal Federal, ressaltando que esse subteto se aplica tão somen-
te aos seus servidores, e não aos membros da Magistratura, pois a estes é aplicado o teto do 
Supremo Tribunal Federal.
Art. 37 […]
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão 
ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
A isonomia dos vencimentos dos servidores dos três poderes está disciplinada no inciso 
XII. Sua finalidade é manter a paridade.
É importante o texto da SúmulaVinculante nº 37, do STF:
Súmula Vinculante nº 37 (STF) Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislati-
va, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.
Art. 37 […]
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para 
o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
A vedação à vinculação e à equiparação de remunerações encontra-se prevista no inci-
so XIII. Sobre isso, vejamos o texto da Súmula nº 681:
Súmula nº 681 (STF) É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores 
estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária.
Vale-se de atenção que há duas exceções à regra de não vinculação, quais sejam:
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 � a equiparação de vencimentos e vantagens entre os ministros do TCU (Tribunal de Contas 
da União) e do STJ (§ 3º, art. 73, CF, de 1988);
 � a vinculação entre o subsídio dos ministros dos Tribunais Superiores e o subsídio mensal 
fixado para os ministros do STF (inciso V, art. 93, da CF).
Art. 37 […]
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados 
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
O inciso XIV trata da vedação ao efeito repicão ou efeito cascata, ou seja, veda-se que 
a mesma vantagem seja repetidamente computada para o cálculo das demais vantagens. A 
finalidade do dispositivo é evitar que, na base de cálculo de uma vantagem remuneratória, 
seja acrescida outra vantagem. 
Por exemplo: se o servidor faz jus e recebe um adicional por tempo de serviço, não é pos-
sível inseri-lo na base de cálculo para a concessão de outra gratificação, como, por exemplo, 
uma gratificação de produtividade.
Art. 37 […]
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutí-
veis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, 
e 153, § 2º, I;
A irredutibilidade dos subsídios e dos vencimentos dos ocupantes de cargos, funções 
e empregos públicos encontra-se estabelecida no inciso XV. Trata-se da impossibilidade de 
redução do valor nominal, ou seja, se a remuneração é de R$ 5.000, não poderá reduzi-lo para 
valor inferior. No entanto, é possível que ocorra a redução real, ou seja, que o poder aquisiti-
vo desse valor seja atingido pela inflação.
Art. 37 […]
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; 
O inciso XVI trata da vedação de acumulação de cargos. Como regra, é vedada a acu-
mulação remunerada de cargos públicos. No entanto, é possível a acumulação se houver 
compatibilidade de horários entre os cargos e somente em três hipóteses.
A primeira se refere ao magistério e traz a possibilidade de acumular dois cargos de pro-
fessor (ex.: cargo de professor da rede municipal no período matutino e cargo de professor 
da rede estadual no período noturno). 
A segunda hipótese é a acumulação de um cargo de professor com outro técnico ou 
científico (ex.: cargo técnico em enfermagem em hospital estadual com carga horária com-
patível com cargo de professor de ensino médio estadual).
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Por fim, é possível a acumulação de dois cargos privativos de profissionais da saúde, 
com profissões regulamentadas (ex.: cargo de dentista, em um município, durante o período 
matutino, com outro cargo de dentista, em outro município, no período vespertino).
Importante!
Cargos burocráticos não são considerados como técnicos. Para ser enquadrado como 
cargo técnico passível de acumulação, é necessária formação específica na área de atua-
ção. Portanto, cargo técnico é aquele que requer conhecimento específico na área de atua-
ção do profissional, com habilitação específica de grau universitário ou profissionalizante 
(ensino médio).
Em síntese:
 � Regra: não acumulação de cargos públicos remunerados;
 � Exceção: acumulação de cargos públicos remunerados, quando há compatibilidade de 
horários e nas seguintes hipóteses: 
 � dois cargos de professor; 
 � um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
 � dois cargos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, 
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e socie-
dades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
O inciso XVII estende a regra da não acumulação para a administração indireta. Portanto, 
a proibição aplica-se às autarquias, fundações e empresas públicas, sociedades de economia 
mista, bem como às suas subsidiárias, além das sociedades controladas direta ou indireta-
mente pelo poder público.
Art. 37 […]
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas 
de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma 
da lei;
O inciso XVIII trata da precedência da administração fazendária e seus servidores fiscais 
aos demais setores administrativos. Isso significa dizer que, dentro da estrutura da admi-
nistração pública, esta deverá dar prioridade para os serviços atinentes à arrecadação dos 
tributos, por se tratar dos recursos essenciais ao seu funcionamento.
Art. 37 […]
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei comple-
mentar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
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Para que uma autarquia seja criada, faz-se necessária a autorização legislativa (lei espe-
cífica), de modo a adquirir a personalidade jurídica com a própria lei. Em contrapartida, é 
preciso lei que autorize a criação das empresas públicas, sociedades de economia mista e 
fundações, devendo, posteriormente, ser registradas, a fim de adquirirem a personalidade 
jurídica. Ressalta-se, por fim, que, para as fundações, uma lei complementar deve definir as 
áreas de sua atuação.
LEI ESPECÍFICA LEI COMPLEMENTAR
� Cria as autarquias e às fundações públicas 
de direito público (já que estas últimas são 
equiparadas a autarquias);
� Autoriza a criação das demais entidades 
(empresa pública, sociedade de economia mis-
ta e fundações públicas de direito privado) 
Especifica a área de atuação das fundações 
Art. 37 […]
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das enti-
dades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em 
empresa privada;
Veja-se que em relação às subsidiárias e à participação em empresa privada há a necessi-
dade de autorização legislativa, independentemente da vinculação, ou seja, não importa se 
é vinculada à entidade que é criada por lei. Para exemplificar, imaginemos uma subsidiária 
XY da autarquia X. A autarquia foi criada por lei, e sua subsidiária foi criada por autorização 
legislativa. 
Art. 37 […]
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alie-
nações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualda-
de de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de 
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente 
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cum-
primento das obrigações.
Outra regra contida na Constituição é a exigência de licitação pública para contratação 
deobras, serviços, compras e alienações, ressalvados os casos de dispensa e inexigibili-
dade previstos em lei.
Vale frisar, aqui, que é assegurada a todos a igualdade de condições, com cláusulas que 
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos ter-
mos da lei, a qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indis-
pensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Art. 37 […]
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
cípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carrei-
ras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão 
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de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, 
na forma da lei ou convênio.
O inciso XXII traz mais uma regra de prioridade da parte fiscal e de arrecadação. Assim, a 
administração tributária de qualquer dos entes da federação possui recurso prioritário para 
a realização de suas atividades.
Art. 37 […]
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públi-
cos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo 
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos.
O § 1º trata das regras de publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas 
dos órgãos públicos. Esse dispositivo é consequência direta do princípio da impessoalidade, 
pois tal publicidade deve ser de caráter informativo, educativo ou de orientação social, ou 
seja, a propaganda pública não pode ser um meio para promoção pessoal. 
É por esse motivo que não é permitido ao governador ou ao prefeito, por exemplo, conti-
nuar a utilizar o slogan de campanha após ser eleito, uma vez que vincularia aquela ativida-
de pública à sua pessoa.
Art. 37 […]
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a puni-
ção da autoridade responsável, nos termos da lei.
O § 2º traz a responsabilidade do agente público pela não observância da regra de que, 
para contratação de pessoal, o concurso público é indispensável. Consequentemente, se hou-
ver ingresso de pessoal sem o devido processo de seleção, haverá nulidade da nomeação, 
devendo a autoridade sofrer as punições em conformidade com a norma infraconstitucional. 
Além disso, o prazo de validade do concurso também implica em nulidade da nomeação e 
responsabilidade do agente.
Art. 37 […]
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública 
direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manu-
tenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da 
qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, 
observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; 
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego 
ou função na administração pública. 
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O § 3º remete à preocupação do legislador para que haja um controle social, de modo a 
estabelecer meios para que qualquer pessoa comunique as irregularidades ou ilegalidades 
praticadas pelos agentes públicos. Trata-se, portanto, da possibilidade de controle para evitar 
os atos de improbidade administrativa, ou seja, de condutas ilegais, desonestas, abusivas e 
incorretas.
Art. 37 […]
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos polí-
ticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao 
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
De acordo com o § 4º, as penalidades para os atos de improbidade são as seguintes: sus-
pensão dos direitos políticos; perda de função pública; indisponibilidade dos bens e res-
sarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível, ou seja, se aplica a penalidade 
administrativa cumulativamente com a sanção penal (se o fato constituir crime).
Dica
Para decorar os atos de improbidade administrativa, será necessário a memorização do 
mnemônico PARIS:
� Perda de função pública;
� Ação penal cabível (se for o caso);
� Ressarcimento ao erário;
� Indisponibilidade de bens;
� Suspensão dos direitos políticos.
Art. 37 […]
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agen-
te, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de 
ressarcimento.
Nos termos do § 5º, os prazos prescricionais e as ações de ressarcimento serão disciplina-
das em lei. Vale lembrar que a lei que disciplina as regras aplicáveis aos agentes públicos nos 
casos de improbidade administrativa é a Lei nº 8.429, de 1992. 
Art. 37 […]
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de ser-
viços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
O § 6º trata da responsabilidade civil objetiva do Estado, o que significa que o Estado é 
responsável civilmente pelos atos praticados por seus agentes ou pelos prestadores de ser-
viço público de forma objetiva, isto é, independentemente de culpa. Trata-se da chamada 
teoria do risco administrativo.
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Portanto, o Estado é responsável quando um de seus agentes, no desempenho da função, 
gera dano a um terceiro, independentemente da comprovação de dolo ou culpa, sendo 
necessário, apenas, demonstrar o nexo causal da atividade do agente e o dano de terceiro. 
Cumpre mencionar, por necessário, que é possível ao Estado ingressar com ação regressi-
va para cobrar do agente o valor que pagou a esse terceiro. No entanto, ao contrário do que 
ocorre com o Estado, a responsabilidade do agente é subjetiva, ou seja, para que ele seja res-
ponsabilizado civilmente, é preciso demonstrar que houve dolo ou culpa. Em relação a isso, 
vejamos, de forma simples o exposto no fluxograma a seguir:
Agente causa dano a 
um terceiro por dolo ou 
culpa
Terceiro entra com ação 
contra o Estado 
Estado pleiteia o 
ressarcimento em 
decorrência do fato 
praticado pelo terceiro
Estado indeniza o 
terceiro lesado
Entende-se por pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços públicos as 
empresas públicas, sociedades de economia mista e as concessionárias e permissionárias, 
isto é, aquelas empresas selecionadas por procedimento licitatório para desempenhar servi-
ço público. Por exemplo: serviço de transporte público urbano.
Art. 37 […]
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da 
administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
O § 7º pressupõe a existência de regras éticas de conduta das autoridades da administra-
ção pública, de modo a tentar minimizar a possibilidade de conflito entre o interesse privado 
e o dever funcional. Ainda, se objetiva a criação de mecanismos, a fim de regulamentar o 
acesso às informações.
Art. 37 […]
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da 
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firma-
do entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de 
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilida-
de dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal.
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O § 8º busca alcançar melhores resultados na administração pública por meio da criação 
de novos instrumentos no âmbito do direito público, de modo a conferir maior autonomia ou 
estabelecer parcerias com entidades privadas sem fins lucrativos. Dessas medidas, atente-se 
para o contrato de gestão. 
Entende-se por contrato de gestão o contrato administrativo firmado pelo poder público 
na condição de contratante e entidade privada ou da administração indireta, no qual é ins-
trumentalizada parceria. 
Art. 37 […]
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia 
mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
As regras com relação ao teto e subteto de remuneração são estendidas aos empregados 
das empresas públicas e sociedades de economia mista, bem como às suas subsidiárias. No 
entanto, conforme o disposto no § 9º, incidirá sobre as remunerações de diretores de empre-
sas estatais que receberem recursos dos entes da federação para pagamento de despesas de 
pessoal ou de custeio em geral, como, por exemplo, nos casos da Embrapa (Empresa Brasilei-
ra de Pesquisa Agropecuária) e da Radiobras.
O modo pelo qual a Lei Complementar nº 101, de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), 
denomina as empresas públicas e sociedades de economia mista se encaixa como “empresa 
estatal dependente”, expressão disposta no § 9º.
Art. 37 […]
§ 10 É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do 
art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, 
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os 
cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
O § 10 veda a percepção simultânea de proventos de aposentadoria com remuneração de 
cargo, emprego ou função pública, ressalvada a hipótese de cargos acumuláveis, na forma da 
Constituição, cargos eletivos e cargos em comissão. 
Esse dispositivo foi acrescentado pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998, que também 
resguardou o direito daqueles servidores aposentados que, até a data da promulgação da 
emenda, retornaram à atividade antes da proibição. 
Importante!
A proibição aplica-se aos servidores públicos efetivos e aos militares, tanto das Forças 
Armadas como das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.
Vejamos a repercussão geral reconhecida com mérito julgado pelo STF: 
Há remansosa jurisprudência desta Corte nesse sentido, afirmando a impossibilidade da acu-
mulação tríplice de cargos públicos, ainda que os provimentos nestes tenham ocorrido antes 
da vigência da EC 20/1998. [...] o art. 11 da EC 20/1998 possibilita a acumulação, apenas, de 
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um provento de aposentadoria com a remuneração de um cargo na ativa, no qual se tenha 
ingressado por concurso público antes da edição da referida emenda, ainda que inacumulá-
veis os cargos. Em qualquer hipótese, é vedada a acumulação tríplice de remunerações, sejam 
proventos, sejam vencimentos. (ARE 848.993 RG)
Art. 37 […]
§ 11 Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso 
XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
O § 11 traz uma regra com relação ao teto e subteto do funcionalismo público. Trata-se do 
não cômputo das verbas indenizatórias, tais como diárias, ajuda de custo, entre outras, no 
limite remuneratório. 
Art. 37 […]
§ 12 Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e 
ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei 
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal 
de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal 
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos 
subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
O dispositivo regulamenta a possibilidade de fixação do subteto de forma única. Nesse 
caso, o valor máximo da remuneração para todo e qualquer servidor corresponderá ao sub-
sídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça, ficando de fora desse subteto apenas o 
subsídio dos deputados e dos vereadores.
Vejamos a decisão do STF no julgamento da ADI 6.221 MC:
A faculdade conferida aos Estados para a regulação do teto aplicável a seus servidores (art. 
37, § 12, da CF) não permite que a regulamentação editada com fundamento nesse permissivo 
inove no tratamento do teto dos servidores municipais, para quem o art. 37, XI, da CF, já esta-
belece um teto único.
Art. 37 […] 
§ 13 O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício 
de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha 
sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que 
possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida 
a remuneração do cargo de origem.
O § 13 trata da possibilidade de readaptação do servidor público. A readaptação é o pro-
vimento derivado que consiste na investidura do servidor em cargo de atribuições e respon-
sabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou 
mental verificada em inspeção médica. Deste modo, o servidor será efetivado em cargo com 
atribuições semelhantes, respeitando-se a habilitação exigida, assim como o nível de escola-
ridade e a equivalência de vencimentos.
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No caso de inexistir cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, per-
manecendo nessa situação até a ocorrência de vaga no cargo compatível.
Art. 37 […]
§ 14 A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente 
de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, 
acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.
O § 14 disciplina o rompimento do vínculo quando o agente público solicita aposentadoria 
e se utiliza do tempo de contribuição decorrente daquele cargo, emprego ou função pública. 
Assim, o servidor será desligado da administração pública.
Neste sentido, o agente público que pretende se aposentar não poderá mais continuar a 
trabalhar no local em que utilizou o tempo para comprovação de contribuição.
Art. 37 […]
§ 15 É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pen-
sões por morte a seus dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 
40 ou que não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social.
O § 15 proíbe toda espécie de complementação que não seja aquela decorrente de Regime 
de Previdência Complementar, como, por exemplo, as complementações com base na Lei 
Estadual (São Paulo) nº 200, de 1974, pagas a ex-empregados e a seus dependentes da Nossa 
Caixa, BANESPA, SABESP, VASP e FEPASA.
Art. 37 […]
§ 16 Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem rea-
lizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e 
dos resultados alcançados, na forma da lei.
O § 16 foi acrescido pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021, e tem como objetivo apri-
morar o mecanismo de participação da sociedade na administração pública. 
Art. 38 Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício 
de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, 
emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhefacultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as 
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, 
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo 
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a 
esse regime, no ente federativo de origem. 
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O art. 38 estabelece regras relativas ao servidor público da administração direta, autár-
quica e fundacional que passar a desempenhar cargo eletivo, ou seja, for eleito para o Poder 
Executivo ou Legislativo. 
Ao servidor público estadual, quando eleito para cargo eletivo federal, estadual e dis-
trital, aplica-se a seguinte regra: afastamento do cargo público estadual para se dedicar 
exclusivamente ao mandato, recebendo obrigatoriamente a remuneração do cargo para 
o qual foi eleito. 
Em contrapartida, quando o servidor público estadual é eleito para cargo eletivo munici-
pal, podem ocorrer duas situações distintas. Se o cargo é de prefeito, ele será afastado para 
dedicação exclusiva do cargo e pode escolher entre a remuneração do cargo público ou do 
cargo eletivo. 
Já se o cargo é de vereador, é necessário saber se há ou não compatibilidade de horário. 
Se houver compatibilidade de horários, ele não precisa se afastar, podendo exercer as 
duas atividades ao mesmo tempo, recebendo pelos dois. Se não houver compatibilidade, 
aplica-se a mesma regra do prefeito, ou seja, será afastado para dedicação exclusiva do 
cargo, podendo escolher entre a remuneração do cargo público ou do cargo eletivo. 
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL
Eleito para cargo federal, estadual ou distrital Eleito para cargo municipal
Afastamento do cargo público e remuneração 
do cargo eletivo
Prefeito Vereador
Afastamento do cargo e opção entre 
a remuneração eletiva ou do cargo
� Com compatibilidade de horário: não 
se afasta do cargo
� Sem compatibilidade de horário: apli-
ca-se a mesma regra do prefeito
Para que a administração pública possa desempenhar suas atividades, ela necessita de 
pessoas que exerçam as atribuições dos órgãos públicos, ou seja, de agentes públicos. A 
expressão agente público é utilizada como gênero, designando toda e qualquer pessoa que 
exerça uma função pública, quer de forma remunerada ou gratuita, quer de natureza políti-
ca ou administrativa, quer com investidura definitiva ou transitória.
Os agentes públicos dividem-se em quatro categorias, quais sejam:
AGENTES 
PÚBLICOS Particulares em 
público
Servidores públicos
Agentes políticos
Militares
Os agentes políticos são aqueles que exercem as típicas atividades de governo, ou seja, 
são responsáveis por fixar as metas e diretrizes políticas do Estado, tais como os chefes do 
Poder Executivo (presidente, governador e prefeito e seus vices) e seus auxiliares diretos 
(ministros e secretários) e os membros do Poder Legislativo (senadores, deputados federais, 
deputados estaduais e vereadores). 
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Os particulares em colaboração com o poder público são aqueles que prestam serviços 
ao Estado, porém sem vínculo estatutário ou celetista de trabalho, podendo ou não ter remune-
ração. Exemplo: jurados, mesários, notários e registradores (serviços notariais). 
Os servidores públicos civis dividem-se em:
 � Servidores públicos estatutários: exercem cargo público (vitalício, efetivo ou comissio-
nado) e estão vinculados a um estatuto;
 � Empregados públicos: possuem emprego público e vinculam-se às regras da Consolida-
ção das Leis do Trabalho;
 � Servidores temporários: categoria à parte, porque não titularizam cargo público nem 
possuem qualquer vínculo trabalhista regido pela CLT, como os empregados públicos. São 
contratados por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcio-
nal interesse público por meio de um processo de seleção simplificado. Exercem funções 
públicas sem ocupar cargos ou empregos públicos e são regidos por regime especial, vei-
culado por meio de lei específica.
Os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas 
estão sujeitos ao regime jurídico de direito público administrativo, instituído em lei, a 
qual também instituirá planos de carreira. 
O regime adotado é o estatutário. Não obstante, a lei assegurará aos servidores isonomia 
de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo poder ou entre 
servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, excetuadas as vantagens de cará-
ter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. 
A partir do art. 39, da CF, de 1988, inicia-se o tema quanto às regras aplicadas aos servido-
res públicos. Vejamos o que dispõem esses artigos:
Art. 39 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política 
de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos res-
pectivos Poderes. 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remune-
ratório observará: 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada 
carreira; 
II - os requisitos para a investidura; 
III - as peculiaridades dos cargos. 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação 
e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos 
um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de con-
vênios ou contratos entre os entes federados. 
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, 
IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos dife-
renciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secre-
tários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em 
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba 
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de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no 
art. 37, X e XI. 
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a 
relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em 
qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. 
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do 
subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplica-
ção de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada 
órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade 
e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionali-
zação do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. 
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos 
termos do § 4º. 
§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao 
exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo 
efetivo.
No que tange ao art. 39, a primeira observação a ser feita é que o caput foi alterado pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998. No entanto, como sua eficácia se encontra suspensa 
devido à decisão do STF na ADI nº 2.135-4, é a redação original que se encontra em vigor. 
Vejamos:
Art. 39 A União, os Estados,o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração 
pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
A CF, de 1988, estabelece regras para a fixação dos padrões de vencimento e dos demais 
componentes do sistema remuneratório, que deverá observar: a natureza, o grau de respon-
sabilidade e a complexidade dos cargos que compõem cada carreira; os requisitos para a 
investidura nos cargos e as demais peculiaridades dos cargos. 
Tais requisitos poderão influenciar na fixação dos vencimentos e dependem de aprovação 
de lei específica, assim como para o seu aumento, alteração ou criação de nova vantagem 
pecuniária.
Por lei, também serão estabelecidos os reajustes diferenciados para corrigir equívocos, 
como no caso de servidores que desempenham atividades semelhantes, mas percebem valo-
res muito diferentes. Salienta-se que a revisão geral da remuneração dos servidores públicos, 
sem distinção de índices entre civis e militares, será feita. 
Com objetivo de garantir o aperfeiçoamento do profissional, o dispositivo estabelece a 
realização de cursos oficiais como requisito obrigatório para promoção na carreira, sendo 
facultada, para tanto, a celebração de convênios com os demais entes da federação. 
Outra regra de extrema importância é a que assegura ao servidor público civil da admi-
nistração pública direta, autárquica e fundacional os direitos previstos nos incisos IV, VII, 
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, art. 7º, da CF, de 1988, e aos 
direitos que, nos termos da lei, visem à melhoria de sua condição social e da produtividade 
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e da eficiência no serviço público, em especial o prêmio por produtividade e o adicional de 
desempenho. 
Atente-se aos limites de remuneração de servidores: 
 � Mínimo: salário mínimo;
 � Máximo: vide inciso XI, art. 37, da CF (EC nº 41, de 2003).
É importante conhecer o texto da Súmula Vinculante nº 6, do STF:
Súmula Vinculante nº 6 Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior 
ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.
Art. 40 O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos 
terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de 
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial. 
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: 
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, 
quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avalia-
ções periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da 
aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo; 
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (seten-
ta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; 
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (ses-
senta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e 
Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos 
em lei complementar do respectivo ente federativo.
O art. 40, da CF, de 1988, regulamenta o Regime Previdenciário Próprio de Previdência 
Social (RPPS). Em síntese, o sistema previdenciário do servidor público foi alterado com a 
EC nº 103, de 2019, da seguinte forma: 
 � Desconstitucionalização das regras de previdência, de modo que vários regramentos sobre 
aposentadoria e pensão passaram a ser de competência de lei infraconstitucional;
 � Nova mudança no cálculo da pensão;
 � Maior aproximação do RGPS (Regime Geral de Previdência Social) e RPPS;
 � Modificações no abono de permanência;
 � Previsão de readaptação antes de aposentadoria por incapacidade permanente;
 � Inclusão dos agentes políticos ocupantes de mandato eletivo nas regras do RGPS;
 � Exclusão da aposentadoria apenas por tempo de contribuição;
 � Regras especiais para carreiras policiais previstas na CF.
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§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que 
se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral 
de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16. 
§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do 
respectivo ente federativo.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefí-
cios em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. 
§ 4º-A Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e 
tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, pre-
viamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e 
interdisciplinar. 
§ 4º-B Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e 
tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente 
penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do 
caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. 
§ 4º-C Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade 
e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades 
sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à 
saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou 
ocupação. 
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos 
em relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que 
comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no 
ensino fundamental e médio fixado em lei complementar do respectivo ente federativo. 
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta 
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio 
de previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a acumulação de 
benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência Social. 
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única fonte de renda formal 
auferida pelo dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do 
respectivo ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos servi-
dores de que trata o § 4º-B decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função. 
No que tange à aposentadoria, suas modalidades são:
 � Voluntária: quando se dá por livre e espontânea vontade, desde que cumpridos os requi-
sitos dispostos a seguir:
HOMEM MULHER
IDADE 65 anos 62 anos
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 25 anos 25 anos
TEMPO NO SERVIÇO 
PÚBLICO 10 anos 10 anos
TEMPO NA CARREIRA 5 anos 5 anos
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No caso dos professores dos ensinos infantil, fundamental e médio, conta-se com a redu-
ção de cinco anos do requisito etário, ou seja, 60 anos para os homens e 57 anos para as 
mulheres. Vale salientar que essa regra não se aplica aos professores do ensino superior.
Vejamos o texto da Súmula nº 726, do STF:
Súmula nº 726 (STF) Para efeito de aposentadoria especial de professores,não se computa o 
tempo de serviço prestado fora da sala de aula.
 � Involuntária: quando se dá independentemente da vontade do servidor, em virtude de:
 � Incapacidade permanente, sendo necessário que se proceda à readaptação do servidor 
antes do procedimento para a aposentadoria;
 � Adimplemento de idade limite (aposentadoria compulsória aos 70 ou aos 75 anos de 
idade, na forma da Lei Complementar nº 152, de 2015).
Art. 40 […]
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter perma-
nente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. 
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado 
para fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de 
serviço correspondente será contado para fins de disponibilidade. 
§ 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição 
fictício. 
§ 11 Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusi-
ve quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras 
atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante 
resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na 
forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exonera-
ção, e de cargo eletivo. 
§ 12 Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de previdência social, 
no que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social.
§ 13 Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, 
ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social. 
§ 14 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa 
do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos 
ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de previ-
dência social, ressalvado o disposto no § 16. 
§ 15 O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios 
somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será efetiva-
do por intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de 
previdência complementar. 
A CF, de 1988, estabelece, ainda, o direito de utilizar, para fins de aposentadoria, o tempo 
de serviço desempenhado em outro ente da Federação ou na iniciativa privada. Por exemplo: 
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uma pessoa que trabalhou oito anos em uma empresa antes de ser aprovada em concurso 
público estadual pode considerar esse tempo no cálculo final do tempo de serviço.
 � Regra: veda-se a aposentadoria especial;
 � Exceção: consulte os seguintes parágrafos: 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º, art. 40. Em síntese:
 � Servidores com deficiência;
 � Agente penitenciário;
 � Agente socioeducativo;
 � Policial das carreiras do art. 144 (Segurança Pública) e policiais da Câmara e do Senado 
Federal;
 � Atividades que prejudiquem à saúde (aquelas exercidas com efetiva exposição a agen-
tes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes).
Art. 40 [...]
§ 16 Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser apli-
cado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de 
instituição do correspondente regime de previdência complementar. 
§ 17 Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 
3º serão devidamente atualizados, na forma da lei. 
§ 18 Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo 
regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios 
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabe-
lecido para os servidores titulares de cargos efetivos. 
§ 19 Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servi-
dor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria volun-
tária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência 
equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade 
para aposentadoria compulsória. 
Além disso, a constituição federal estabelece que será vedado mais de um regime próprio 
de previdência, vejamos as disposições pertinentes:
Art. 40 [...]
§ 20 É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social e de mais 
de um órgão ou entidade gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos todos 
os poderes, órgãos e entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu 
financiamento, observados os critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei 
complementar de que trata o § 22. 
§ 21 (Revogado). 
§ 22 Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complementar 
federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento 
e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre: 
I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência 
Social; 
II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos; 
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III - fiscalização pela União e controle externo e social; 
IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; 
V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e 
para vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos 
de qualquer natureza; 
VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial; 
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios relacio-
nados com governança, controle interno e transparência; 
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições 
relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do regime; 
IX - condições para adesão a consórcio público; 
X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições ordi-
nárias e extraordinárias.
Assim, nota-se a preocupação do constituinte em definir parâmetros e diretrizes para asse-
gurar o regime de previdência aos servidores públicos. Ademais, é também garantido pela 
constituição federal a estabilidade aos concursados, após três anos do exercício efetivo do 
cargo, conforme elenca o artigo 41, vejamos:
Art. 41 São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo 
de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei com-
plementar, assegurada ampla defesa. 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegra-
do, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito 
a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em dis-
ponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado 
aproveitamento em outro cargo. 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação espe-
cial de desempenho por comissão instituída

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