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1 RESUMOS HISTÓRIA DO PARANÁ R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 2 Aula 01: Reduções ................................................................................................................................. 3 Aula 02: Segunda Colonização ............................................................................................................ 4 Aula 03: Erva-mate e emancipação .................................................................................................... 5 Aula 04: Imigração ................................................................................................................................. 6 Aula 05: Revolta do Vintém (1893) ........................................................................................................ 7 Aula 06: Revolução Federalista ............................................................................................................. 8 Aula 07: Questão de Palmas e Guerra do Contestado ....................................................................... 9 Aula 08: Movimento Paranista ............................................................................................................. 10 Aula 09: Revoltas no interior do Paraná .............................................................................................. 11 Aula 10: Paraná Moderno ................................................................................................................... 12 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 3 Aula 01: Reduções Ruínas de San Ignacio. (Foto: Reprodução/RPC) Tratado de Tordesilhas: acordo entre Portugal e Espanha, assinado em 1494, que dividiu o mundo, com demarcações imaginárias, em dois - Portugal a leste e Espanha a oeste. Tinha como objetivo evitar conflitos e proteger interesses comerciais ao definir fronteiras coloniais. Capitanias hereditárias: usadas para organizar a ocupação e colonização do Brasil, as capitanias foram a primeira tentativa de da Coroa Portuguesa de administrar o novo território. Foram implantadas na década de 1530, mas o sistema fracassou, mostrando grandes falhas. Seu substituto foi o Governo Geral. PARANÁ ESPANHOL O Grande Êxodo - Euro Brandão - 1982 Fonte: SEEC Após o Tratado de Tordesilhas, a Espanha ficou reconhecida como dona da maior parte do Brasil. Em 1552, o Paraná não era conhecido por esse nome e sim como parte da Província do Rio Prata. A primeira vila espanhola em território paranaense, a Cidade Real del Guairá, em 1554. Em 1570, a segunda vila foi fundada e chamada de Villa Rica del Espiritu Santo I, que por conta da epidemia de varíola, em 1559, a vila foi transferida e chamada de Villa Rica del Espiritu Santo II. Com mais disponibilidade de mão de obra escrava, fortificou- se a Companhia de Jesus, ou jesuítas. A Capela Santo Inácio de Loyola foi construída, levando ao início uma série de missões pelo Paraná. O fim dos espanhóis e jesuítas no território está relacionada com a intensificação do processo de escravidão, fato que dificultou as missões jesuítas. A Espanha foi expulsa do oeste do Paraná pelos bandeirantes. Tratado de Madrid: Um acordo diplomático entre Portugal e Espanha, assinado em 1750, que delimitou boa parte das fronteiras do Brasil, reconhecendo territórios ocupados pelos portugueses, mas que eram da Espanha. PRIMEIRA COLONIZAÇÃO Colonização (Imigrantes Poloneses) - Foto: Sanderlei Silveira No início do século XVI, os portugueses criaram duas capitanias sobre o litoral paranaense: a Capitania de São Vicente, na região entre a Barra de Paranaguá e a de Bertioga, e Capitania de Santa Ana. Em 1614, Diogo de Unhate foi o primeiro português a pedir terras em solo paranaense, obtendo uma Sesmaria na região de Paranaguá. Em 1617, Gabriel de Lara fundou uma comunidade na Ilha da Cotinga. Em 1646, Gabriel de Lara afirmou ter encontrado ouro em Paranaguá, elevando o povoado para Vila de Nossa Senhora do Rosário. Em 1693 Curitiba tornou-se Vila. O ano de 1710 marcou o momento em que Paranaguá tornou-se a 2ª Comarca da Capitania de São Paulo. 4 anos mais tarde foi criada a freguesia de Nossa Senhora do Pilar. Paroquia Nossa Senhora do Rosário R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 4 Aula 02: Segunda Colonização Portal Vale do ribeira A segunda colonização refere-se a região norte e oeste do estado do Paraná, que nesse período ainda era conhecido como 5ª Comarca de São Paulo. O território já era conhecido pelos bandeirantes durante a primeira colonização, por conta da expulsão dos jesuítas nessas regiões. O Planalto de Ponta Grossa, ou Segundo Planalto, foi ocupado pelos paulistas no século XVIII por conta do rico território para pastagem, além da criação de animais bovinos. A cidade de Curitiba era usada como uma espécie de "pousada". Esses bandeirantes viam de São Paulo, faziam uma parada na cidade e iam para Ponta Grossa supervisionar as fazendas de gado e voltavam para Curitiba, fato esse que ocasionou no início do crescimento da cidade. O Segundo Planalto paranaense abrangia as cidades de Ponta Grossa, Castro, Carambeí e Palmeira, e era uma região caracterizada por áreas de relevo suavemente ondulados, com presença de campos gerais e áreas de florestas de araucária, com solos férteis que favoreciam o desenvolvimento da agricultura. Foi nesse período que houve a crescente do uso de mão de obra escrava vinda da África na região central do Estado do Paraná. TROPEIROS O território paranaense era uma região estratégica nas rotas dos tropeiros por conta da sua localização entre o sul e o sudeste do Brasil. Entre as rotas principais usadas por eles, é possível destacar o Caminho de Viamão e o Caminho de Peabiru. Os tropeiros contribuíram para o surgimento de vilas e cidades ao longo das rotas, podendo destacar Castro, Lapa e Ponta Grossa, locais que começaram como pontos de descanso e comércio, mas se desenvolveram ao logo do tempo. Com o tempo, o comércio de gado e a produção de alimentos para abastecer as tropas tornaram-se atividades econômicas lucrativas para o estado. Com o constante movimento dos tropeiros, a construção de estradas rudimentares, pontes, e mais para frente, a implantaçãode ferrovias para facilitar o transporte de mercadorias, foi inevitável. Ao final do século XIX, houve um declínio das atividades tropeiras, por conta da expansão das ferroviais e surgimento de novas formas de transporte. A região do Planalto de Ponta Grossa passou a se voltar para a agricultura e pecuária intensiva. Contudo a infraestrutura básica deixada pelos tropeiros, como os caminhos e vilas, facilitou a chegada dos imigrantes. Mas mesmo com o declínio, é incontestável o legado cultural deixado pelos tropeiros no estado do Paraná, como festas tradicionais, gastronomia e o próprio sotaque local. Contudo o legado deixado por eles vai além do cultural. Os tropeiros foram os responsáveis por desbravar e estabelecer rotas que conectavam o sul do Brasil com o sudeste e interior do país, passando por regiões que hoje fazem parte do norte do Paraná, além da influência no comércio do estado, com a criação de gado e transporte de mercadorias. O trabalho dos tropeiros ajudou a integrar o território paranaense, ligando o norte do estado a outras regiões, e facilitando o fluxo de pessoas e mercadorias. Band receitas R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 5 Aula 03: Erva-mate e emancipação ERVA-MATE Cultura Erva-mate A erva-mate é uma planta nativa da América do Sul. Os espanhóis foram os primeiros europeus a provarem da bebida quando estavam no Peru, mesmo que de início tenha tido certa resistência. Já os portugueses tiveram contato com a planta nas suas incursões a cidade de Guairá, que tinha o propósito de expulsar os espanhóis do território. Dentro do Paraná, é possível dividir essa história em 3 ciclos principais: até 1820, 1820 a 1875 e 1875 a 1880. O primeiro ciclo foi marcado pelo preparo feito de forma rudimentar, já que não havia produção industrial. O segundo ciclo ficou conhecido pela importância econômica que a erva recebeu ao tornar-se um produto de exportação. O terceiro ciclo caracterizou-se pelo deslocamento dos engenhos para o planalto curitibano e pela implantação de novas técnicas de importação. Durante o século XIX, a economia paranaense estava centrada na exportação da erva-mate e a maioria da sociedade do Paraná se moldava em torno dela. Nesse momento surgem os "Barões do mate", a elite econômica da época composta pelos proprietários dos engenhos. O final do século XVIII e início do século XIX ficou marcado pela imposição de algumas barreiras entre Paraguai, que nesse momento era o principal produtor da erva-mate, e a Argentina, já que o governo paraguaio não reconheceu a independência argentina. Em 1811 o Paraguai também se torna independente da Espanha, mas por conta de disputas políticas internas passam a ser governados sob tutela ditatorial em 1814. Entre as medidas tomadas, a principal foi o isolamento completo do país, o que levou a Argentina a procurar outro fornecedor de erva-mate. Toda a situação paraguaia eleva o Brasil, principalmente o Paraná e Santa Catarina, a maior produtor de erva-mate do mundo. Muitos dos produtores, que comercializavam a erva-mate entre Assunção e Bueno Aires, depararam-se com o desemprego, Nisso Francisco de Alzagaray, produtor e exportador da erva, viu o litoral da 5ª Comarca da Província de São Paulo como uma solução para a produção da planta. EMANCIPAÇÃO Chegada de Zacarias de Góes e Vasconcellos, Arthur José Nísio Foi em 19 de dezembro de 1853 que Zacarias de Góes e Vasconcellos chegou no Paraná e assumiu o cargo de 1º presidente da Província. Mas as tentativas de emancipação começaram bem antes de 1853. Em 1808 Pedro Joaquim Correia de Sá, com o aval da Câmara de Paranaguá, envia uma procuração de emancipação a D. João VI, príncipe regente do Brasil. Contudo o requerimento foi negado várias vezes. Em 1821 o Juiz de Fora da Coroa, Antônio Azevedo de Melo, estava em Paranaguá para o juramento ao Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves. Usando o momento da cerimônia o capitão da "Conjuntura Separatista", Bento Viana expôs a vontade das autoridades e da população de tornar a 5ª Comarca da Província de São Paulo independente, já que mesmo com omissão administrativa de São Paulo, sempre forneciam soldados e os tributos requisitados. Mas novamente o pedido é negado. Os movimentos pela emancipação do estado sofreu uma reviravolta, a Revolução Farroupilha, que acontecia no Rio Grande do Sul com o propósito de libertar-se do conservadorismo do império, conflitos com o mesmo tema no Rio de Janeiro. Contudo, Curitiba tinha dois papeis nesse período: o de posição estratégica, e o de obstáculo natural entre o sudeste e sul do país. Com isso em mente o governador de São Paulo, Barão de Monte Alegre, envia um negociador para convencer os curitibanos a lutarem juntos aos liberais, com a promessa de aprovar a emancipação do estado. Porém a luta parlamentar durou 10 anos, motivadas pelas divergências entre mineiros e paulistas, que não queriam a conquista paranaense. Reserva News R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 6 Aula 04: Imigração Imagem de imigrantes orientais cultivando a terra ANTESCEDENTES O território do Paraná era ocupado por populações indígenas (guaranis e kaingangs), colonos portugueses e espanhóis. Durante o período das colônias, a região fazia parte da Capitania de São Vicente e, posteriormente, da Capitania de São Paulo. Sua economia era pautada na extração da madeira, criação de gado e produção de erva-mate, produto que ganhou destaque no território. Emancipado em 1853, o Paraná passou a buscar por maneiras para desenvolver a economia do estado e aumentar a população. MOTIVAÇÕES O Brasil como um todo, tanto no Império quanto na República, implementou políticas que incentivassem à imigração numa tentativa de branquear a população, substituir a mão de obra escrava, após a abolição da escravatura, e ocupar territórios menos povoados. No caso do Paraná, a vasta extensão de terras férteis foi visto como uma região ideal para a instalação de colônias agrícolas. Já na Europa, a imigração foi impulsionada pelas crises econômicas e fome, conflitos políticos e religiosos e a promessa de terra e liberdade no território brasileiro. IMIGRANTES Alemães: um dos primeiros imigrantes europeus a chegar na região. Eles se estabeleceram em colônias agrícolas, como a Colônia Dona Francisca (atual Joinville, que fazia parte do Paraná na época) e em áreas próximas a Curitiba. Poloneses: Um dos maiores grupos de imigrantes que chegaram ao Paraná. Essas pessoas estavam fugindo da opressão e pobreza que assolava a Polônia, que nesse período estava sob o domínio da Rússia, Prússia e Áustria, se estabelecendo em áreas como Abranches, Santa Cândida e Campo Largo. Italianos: Chegaram ao país depois da unificação da Itália, fugindo das crises econômicas epolíticas do país. Esses imigrantes foram fundamentais para o desenvolvimento da viticultura no estado. Se fixaram nas regiões de Santa Felicidade e no interior, como em Castro e Ponta Grossa. Ucranianos: Esses imigrantes vieram para a região fugindo da pobreza e perseguição religiosa no Império Austro-Húngaro. Se estabeleceram principalmente em Prudentópolis, hoje conhecida como a "Ucrânia Brasileira", e em áreas rurais próximas a Curitiba. Japoneses: Após a Primeira Guerra Mundial, muitos japoneses foram atraídos para o Paraná pelas oportunidades na agricultura, principalmente no cultivo de algodão, arroz e chá. A maior parte deles foram para cidades como Londrina e Maringá, contribuindo com o desenvolvimento agrícola e comercial do estado. IMPACTOS A imigração teve importante papel para a transformação da economia do Paraná, que passou de uma base extrativista para uma economia agrícola diversificada. Os imigrantes trouxeram com eles novas técnicas de agricultura e introduziram culturas como milho, trigo, soja e vinho. A imigração impulsionou o crescimento das cidades, principalmente de Curitiba que recebeu o maior número de imigrantes. A vinda desses europeus deixou uma marca profunda na identidade cultural do estado com suas tradições, festas, culinária, arquitetura e religião, contribuindo para a formação de uma sociedade plural e multicultural. Contudo nem tudo foi tranquilo, apesar dos benefícios, a imigração também gerou conflitos com a população local, em destaque os indígenas, que foram expulsos de suas terras para dar lugar às colônias de imigrantes. Essa expansão gerou um impacto profundo sobre as populações indígenas. Povos como os kaingangs e guaranis foram deslocado de suas terras tradicionais, gerando conflitos violentos. Toda a política de colonização desconsiderou os direitos dos povos originários, que foram marginalizados no processo de desenvolvimento do estado. Conselho indigenista missionário R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 7 Aula 05: Revolta do Vintém (1893) Ilustração da época retrata choque entre manifestantes e Manifestação. A Revolta do Vintém foi uma manifestação popular ocorrida no Rio de Janeiro na década de 1880, durante o Segundo Reinado do imperador D. Pedro II, motivada pela criação de um imposto de 20 réis, ou 1 vintém, sobre as passagens dos bondes de tração animal que circulavam na capital do império. Mesmo sendo centrado no Rio de Janeiro, sua repercussão teve impacto em outras províncias do Brasil. Essa revolta é considerada uma das primeiras manifestações de caráter popular contra medidas fiscais no Brasil. Dicionário Informal. Diante da forte resistência popular e da incapacidade de controlar a revolta de forma eficiente, o governo decidiu revogar o imposto do vintém, a medida foi um reconhecimento da força do movimento popular e demonstrou que, mesmo durante o Império, a população urbana tinha capacidade de organização e protesto. A Revolta do Vintém teve um impacto importante na formação da consciência política das classes populares urbanas, mostrando que os cidadãos podiam se mobilizar contra medidas impopulares e influenciar decisões do governo. PARANÁ Durante o conflito, o Paraná estava passando por um processo de urbanização e modernização semelhante ao do Rio de Janeiro. O estado, que era independente desde 1853, estava investindo em infraestrutura, transporte e crescimento urbano. O episódio do Vintém foi amplamente divulgado nos jornais da época e causou grande repercussão em outras provinciais. No Paraná, o evento foi interpretado como um alerta para os governos locais sobre a insatisfação popular com aumentos de tarifas e impostos sem a devida contrapartida em serviços públicos. O estado também estava passando por um processo de modernização do transporte, com a implantação de bondes puxados por burros em Curitiba, que começariam a operar em 1887. A Revolta do Vintém obrigou o governo e as empresas locais fossem mais cautelosas com a implementação de políticas tarifárias para evitar descontentamento da população, como no Rio de Janeiro. Arquivo/Marcelo Almirante A manifestação dos cariocas serviu como exemplo para os movimentos populares em outras regiões. O evento mostrou que a população urbana poderia se organizar e exercer pressão sobre o governo para reverter medidas impopulares. No Paraná as camadas populares começaram a se mobilizar contra problemas semelhantes, como o aumento do custo de vida, a falta de infraestrutura urbana adequada e a exploração por empresas estrangeiras. O impacto da Revolta do Vintém fez com que os administradores públicos do Paraná se preocupassem mais com a gestão urbana e com a política de transporte. Quando os bondes começaram a operar em Curitiba, em 1887, o governo adotou políticas para evitar aumentos excessivos nas tarifas, temendo uma reação popular semelhante à ocorrida no Rio de Janeiro. Revolta dos posseiros, 1957, sudoeste do Paraná. R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 8 Aula 06: Revolução Federalista Chefes maragatos na Revolução Federalista A Revolução Federalista foi um conflito civil que ocorreu no sul do Brasil durante a Primeira República, sendo um embate político entre grupos com diferentes visões sobre o modelo de governo que o Brasil deveria adotar após a Proclamação da República, em 1889. O Paraná foi um dos principais campos de batalha dessa guerra, podendo ressaltar o Cerco da Lapa. BRASIL PÓS PROCLAMAÇÃO "Proclamação da República", 1893, óleo sobre tela de Benedito Calixto (1853-1927). Em 1889, o Brasil deixou de ser uma monarquia e adotou o regime republicano sob tutela do Exército e influência das ideias positivistas. O primeiro presidente brasileiro foi o marechal Deodoro da Fonseca, seguido por Floriano Peixoto. Esse período ficou conhecido como República da Espada, uma clara referência aos militares. Contudo, mesmo com um novo regime, não houve estabilidade imediata. Com divergência sobre a melhor forma de governo que deveria ser adotada. De um lado tinha o governo central que defendia uma república fortemente centralizada, inspirado no modelo positivista francês, e do outro muitos líderes regionais, que defendiam uma república mais federalista, onde os estados tinham mais autonomia. No palco principal do conflito estava o Rio Grande do Sul e duas facções políticas rivais: Republicanos ou Pica-paus: defendiam o governo centralizado da Primeira República e eram aliados de Júlio de Castilhos, presidente do Rio Grande do Sul. Castilhos era um político fortemente influenciado pelas ideias positivistas e propunha um governo autoritário e centralizado. Federalistas ou Maragatos: defendiam uma república federalista, onde os estados teriam mais autonomia. Muitos desses federalistastinham vínculos com antigos monarquistas ou eram simpatizantes do parlamentarismo. PARANÁ "A morte do General Antônio Ernesto Gomes Carneiro", Theodoro De Bona O Paraná teve um importante papel na disputa, já que controlava as rotas que ligavam o sul do Brasil ao restante do país. Para os federalistas, conquistar o Paraná significava abrir caminho para avançar ao Rio de Janeiro e tentar derrubar o governo de Floriano Peixoto. Do lado dos republicanos, controlar o Paraná era essencial para impedir que os federalistas chegassem ao centro do país. O Cerco da Lapa foi um episódio mais importante do envolvimento do Paraná no conflito. Os federalistas, comandados por Gumersindo Saraiva, avançaram rapidamente pelo sul do Brasil, ao chegarem no Paraná, tinham o objetivo de tomar Curitiba. Mas como a cidade da Lapa era considerada uma fortaleza natural, foi defendida por tropas leais ao governo federal, lideradas pelo general Carneiro de Campos, o Barão do Serro Azul. Os federalistas cercaram a cidade por quase um mês, impondo condições extremamente difíceis para os defensores da Lapa. Mesmo com tropas inferiores em número e mal equipadas, os republicanos resistiram heroicamente ao cerco, atrasando o avanço dos federalistas. O cerco foi caracterizado por combates violentos, fome e dificuldades para ambos os lados. Embora os federalistas tenham conseguido tomar a cidade após semanas de combate, o atraso causado pela resistência na Lapa foi decisivo para o fracasso da Revolução Federalista. O tempo ganho permitiu que o governo federal reorganizasse suas tropas e enviasse reforços para conter o avanço rebelde. O Cerco da Lapa é lembrado como um dos episódios mais heroicos da história do Paraná e do Brasil. R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 9 Aula 07: Questão de Palmas e Guerra do Contestado Presidente Grover Cleveland que desempenhou o papel de árbitro na questão. A Questão de Palmas foi uma disputa territorial entre o Brasil e a Argentina no final do século XIX, envolvendo especificamente a região do sudoeste do estado do Paraná e o nordeste da província argentina de Misiones. Esse conflito girava em torno da delimitação da fronteira entre os dois países, estabelecida de forma ambígua no Tratado de 1981, que não especificou claramente os limites na região das bacias dos rios Iguaçu e Uruguai. Depois a Guerra da Tríplice Aliança, o Brasil, Argentina e Uruguai precisaram redefinir a consolidar suas fronteiras. O Tratado de 1851 entre brasileiros e argentinos estabelecia que a fronteira seguiria o divisor de águas entre as bacias do Rio Iguaçu, afluente do Rio Paraná, pertencente ao Brasil, e do Rio Uruguai, cuja a bacia abrangia áreas de interesse da Argentina. Mas a interpretação sobre qual seria exatamente essa linha divisória gerou a disputa. O Paraná se envolveu na disputa, já que a área contestada fazia parte do seu território administrativo. Tanto o governo quanto os locais viam essa questão como uma ameaça à integridade territorial do estado. Durante esse período, o governo do Paraná incentivou a ocupação da área de Palmas, promovendo o povoamento com colonos e a instalação de pequenas comunidades para reforçar a presença brasileira na região. A cidade de Palmas, que dá nome à questão, tornou-se um símbolo dessa disputa territorial. Como a disputa persistiu sem solução, ambos os países decidiram recorrer à arbitragem internacional, um método comum à época para resolver conflitos fronteiriços sem recorrer à guerra. O árbitro escolhido foi o então presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland, que, após análise detalhada dos argumentos e documentos apresentados por Brasil e Argentina, deu o parecer favorável ao Brasil em 5 de fevereiro de 1895. GUERRA DO CONTESTADO Guerra do Contestado: Tropa do Exército guarnecendo serraria durante ataque rebelde em Três Barras (SC). A Guerra do contestado foi um conflito que ocorreu na região fronteiriça entre o Paraná e Santa Catarina, e recebeu esse nome por referir-se à disputa territorial entre esses dois estados, mas além dos limites geográficos, ele envolveu tensões sociais, econômicas e religiosas. A região do Contestado tinha terras ricas em madeira e erva- mate, e ficava localizada entre os rios Iguaçu e Uruguai, ocupada por pequenos posseiros, agricultores e caboclos. Essa disputa de limites entre Paraná e Santa Catarina, descende desde o século XIX, e foi agravada pela indefinição das fronteiras após a criação do estado do Paraná em 1853. Quando foi concedida as terras para a construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande para a empresa norte- americana Brazil Railway Company, controlada por Percival Farquehar, que também explorava a madeira e promovia o desmatamento, que o conflito explodiu. Muitas famílias foram despejadas para dar lugar à ferrovia e às atividades da empresa. Posteriormente os milhares de trabalhadores que foram contratadas para a construção da ferrovia foram demitidos após o termino da obra, fato que agravou o desemprego e a miséria na região. O Paraná teve um papel importante na Guerra do Contestado, tanto pelo fato de parte da região em disputa estar dentro de seus limites quanto pelo desenvolvimento direto do governo do estado na repressão do movimento. O governo paranaense colaborou com o envio de tropas para reprimir o movimento, que consideravam os revoltosos uma ameaça à ordem e ao progresso econômico. O estado queria garantir o controle da região e proteger os interesses das empresas que atuavam na área. Após anos de batalhas sangrentas e destruição de comunidades inteiras, o movimento foi derroto, com a prisão e execução dos líderes restantes, e região foi pacificada à força. R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 10 Aula 08: Movimento Paranista Petit-Pavé com temática paranista nas calçadas de Curitiba O Movimento Paranista foi um movimento cultural, artístico e político que surgiu no estado do Paraná no início do século XX, e tinha como objetivo construir uma identidade cultural do estado distinta dentro do contexto brasileira. Buscando valorizar a história, as tradições, a natureza e símbolos locais, promovendo o desenvolvimento de estética própria que refletisse as características da região. No início do século passado o Paraná, independente de São Paulo desde 1853, buscava afirmar sua identidade como estado dentre da federação. Em crescimento econômico, resultado pelo cultivo de erva-mate e pela imigração europeia, contribuiu para o surgimento de uma nova classe média urbana que desejava valorizar essa cultura local. O Paranismo se destacou por características únicas que o diferenciava de outros movimentos culturais do período: Valorização da natureza local: a flora e fauna paranaense tornaram-se símbolos recorrentes usados em obras dearte e na arquitetura. Foto: Diego Ianoski. Resgate da história regional: buscava resgatar e valorizar a história do Paraná, incluindo os bandeirantes paulistas, a presença indígena e imigração europeia. (Arte: Emily Curbani/Foto: Rafael Mayer/CMC) Símbolos regionais: criou uma iconografia própria, que incorporava elementos com o pinheiro, pinhão, o barigui e outros símbolos da natureza local Foto: Rudimar Narciso Cipriani/Acervo Pessoal Estilo artístico próprio: buscava criar um estilo estético que misturava influência do Art Nouveau com elementos da cultura local. PROTEÇÃO GRALHA AZUL COM MÁSCARAS (junho 2020) Integração entre Arte e Arquitetura: influenciou a arquitetura, com edifícios públicos e privados incorporando elementos decorativos inspirados na natureza local. martinskariny/Pixabay R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 11 Aula 09: Revoltas no interior do Paraná Agência estadual de notícias REVOLTA DE PORECATU A Revolta de Porecatu foi um conflito agrário ocorrido no norte do estado do Paraná, entre 1949 e 1951, marcado pela luta de posseiros contra grandes proprietários de terra e o governo estadual. Em 1949, um grupo de posseiros começou a se organizar para resistir à expulsão de suas terras. O movimento foi liderado por figuras locais, mas também com o apoio de sindicatos rurais e movimentos de trabalhadores, que viam na luta uma oportunidade para pressionar por reformas agrárias mais amplas. O governo estadual adotou uma postura repressiva em relação ao movimento, alegando que as terras em disputa pertenciam legalmente as empresas privadas ou ao estado. Em 1951, o governo estadual vence e muitos posseiros foram mortos, presos ou expulsos da região. CANGO A Companhia Agrícola e Colonizadora General Osório, ou CANGO, desempenhou um papel importante no processo de colonização e desenvolvimento do sudoeste do estado do Paraná. Após sua criação, a companhia iniciou um processo de demarcação e distribuição de terras no sudoeste paranaense, elaborando planos de colonização que incluíam a subdivisão das terras em lotes agrícolas, a construção de estradas e a implementação de infraestrutura básica para atender aos colonos. A distribuição de terras promovida pela CANGO resultou na formação de uma paisagem agrícola caracterizada por pequenas e médias propriedades familiares, voltada principalmente para a agricultura de subsistência e, posteriormente, para a produção comercial. Mas mesmo com os avanços, o processo de colonização passou por desafios e conflitos. Questões relacionadas à posse da terra foram levantadas, disputas entre colonos e a companhia, além da dificuldade na adaptação às condições ambientais e climáticas da região, foram obstáculos enfrentados pelos pioneiros. GUERRA DOS POSSEIROS A Guerra dos Posseiros foi um conflito agrário ocorrido no norte do Paraná, entre 1957 e 1965, que envolveu posseiros, grileiros, grandes empresas colonizadoras e forças policiais. O estopim para a Guerra dos Posseiros foi a tentativa das autoridades de desalojar famílias que ocupavam terras na região de Jacarezinho, no norte do Paraná, em 1957. A ação violenta da polícia e de jagunços gerou revolta entre os posseiros, que começaram a se organizar para resistir. Os posseiros formaram associações e comitês de defesa para proteger suas terras e enfrentar as forças repressivas, muitas vezes utilizando táticas de guerrilha, emboscadas e bloqueios de estradas. Após o Golpe Militar de 1964, o novo regime adotou uma postura ainda mais repressiva contra os movimentos sociais. A Guerra dos Posseiros foi considerada uma ameaça à ordem pública e, sob a justificativa de combate ao comunismo, o governo intensificou a repressão. Muitos líderes foram presos, mortos ou desapareceram. GUERRA DO PENTE A Guerra do Pente foi uma revolta popular que ocorreu em Curitiba no final de 1959. Nesse período o governo estadual promovia a campanha "Seu Talão Vale um Milhão", incentivando os consumidores a exigirem notas fiscais em suas compras e a cada 3000 cruzeiros de notas fiscais, o consumidor recebia um cupom para concorrer a prêmios de um milhão de cruzeiros. Em 8 de dezembro de 1959, por volta das 18 horas, o subtenente da Polícia Militar do Paraná, Antônio Tavares, dirigiu-se ao Bazar Centenário, localizado na Praça Tiradentes, para comprar um pente no valor de 15 cruzeiros. Após a compra, Tavares solicitou a emissão da nota fiscal, mas o proprietário da loja, o libanês Ahmed Najar, recusou-se a fornecê-la, possivelmente devido ao baixo valor da mercadoria. A recusa resultou em uma discussão acalorada que culminou em agressão física. A agressão foi testemunhada por diversas pessoas que estavam nas proximidades, incluindo frequentadores do "Bar Rei". Indignados, esses indivíduos invadiram e depredaram o local. O conflito se estendeu até a madrugada, quando forças policiais e bombeiros intervieram para conter a desordem. No dia seguinte ao incidente a multidão, estimada em cerca de duas mil pessoas, continuou a depredar estabelecimentos comerciais, muitos dos quais pertencentes a imigrantes árabes. Diante da gravidade da situação, o governador do estado, Moysés Lupion, solicitou a intervenção do Exército para restaurar a ordem. Tanques e tropas militares foram mobilizados para conter os manifestantes. 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Entre suas realizações destacam-se a criação da Companhia Paranaense de Energia (Copel), a fundação da Biblioteca Pública do Paraná, construção do Teatro Guaíra e desenvolvimento do Centro Cívico de Curitiba, que se tornou um marco arquitetônico e administrativo da capital paranaense. NEY BRAGA BRDE Ney Aminthas de Barros Braga ingressou na vida política em 1951, quando foi nomeado membro do Conselho Regional de Desportos do Paraná. Em 1954, foi eleito prefeito de Curitiba, tornando-se o primeiro prefeito eleito diretamente na capital. Enquanto prefeito, de 1954 a 1958, implementou reformas urbanas, modernizando a cidade, racionalizou o sistema de transportes coletivos e promovendo a expansão da energia elétrica para os bairros, instituiu a primeira Comissão de Cultura, isentou circos e teatros de impostos municipais e estimulou programas de preservação de áreas verdes. Seu primeiro mandato como governador,de 1961 a 1965, foi marcado por investimentos em infraestrutura, educação e saúde, consolidando base para o desenvolvimento econômico e social do Paraná. De 1965 a 1966, foi Ministro da agricultura. Em 1966, assumiu o cargo de senador até 1974. Em 1974, foi nomeado Ministro da Educação. Em 1979, Braga retorna ao governo do Paraná, dando continuidade em seus projetos de desenvolvimento até 1982. Entre seus feitos destaca-se: CODEPAR, SANEPAR, CELEPAR, TELEPAR, FUNDEPAR E Rodovia do Café PAULO CRUZ PIMENTEL Casa Civil Paulo Cruz Pimentel começou sua vida política quando foi convidado por Ney Braga para assumir a Secretaria de Agricultura do Paraná em 1961 e sua gestão focou na modernização da agricultura, incentivando a diversificação agrícola e implementando políticas de apoio à pecuária e ao cultivo do café. Em 1965 foi eleito governador do Paraná e seu governo foi marcado por investimentos significativos em educação e infraestrutura. Destacam-se a criação das universidades estaduais de Londrina, Maringá e Ponta Grossa, a pavimentação de 1800 km de estradas, a construção da hidrelétrica de Capivari-Cachoeira, a expansão da Telepar e transformou a antiga CODEPAR em Badep, Banco de Desenvolvimento do Paraná. Dava uma atenção especial a saúde, garantindo campanhas de vacinação em massa da poliomielite, tétano, difteria e outras doenças. JOSÉ RICHA Londrina Histórica José Richa iniciou sua trajetória no movimento estudantil, onde presidiu a União Paranaense dos Estudantes entre 1957 e 1958. Em 1962 e 1966 foi eleito deputado federal. Em 1972 foi eleito prefeito de Londrina e durante sua gestão implementou políticas públicas voltadas para o desenvolvimento urbano e social da cidade, destacando-se pela administração progressista e pelo diálogo com diversos setores da sociedade. Em 1978 foi eleito senador do Paraná e destacou-se pela defesa da redemocratização do país e pela participação ativa em debates nacional relevantes. Em 1982, foi eleito governador do Paraná e seu governo foi marcado por investimentos significativos em áreas, como educação, saúde e infraestrutura, implementou projetos sociais inovadores e promoveu a participação popular nas decisões governamentais. R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9 R AF AE L C ZU Y BA TI ST A 09 64 45 62 90 9