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RESUMO História do paraná

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RESUMOS 
 
 
HISTÓRIA DO PARANÁ 
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Aula 01: Reduções ................................................................................................................................. 3 
Aula 02: Segunda Colonização ............................................................................................................ 4 
Aula 03: Erva-mate e emancipação .................................................................................................... 5 
Aula 04: Imigração ................................................................................................................................. 6 
Aula 05: Revolta do Vintém (1893) ........................................................................................................ 7 
Aula 06: Revolução Federalista ............................................................................................................. 8 
Aula 07: Questão de Palmas e Guerra do Contestado ....................................................................... 9 
Aula 08: Movimento Paranista ............................................................................................................. 10 
Aula 09: Revoltas no interior do Paraná .............................................................................................. 11 
Aula 10: Paraná Moderno ................................................................................................................... 12 
 
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Aula 01: Reduções 
 
 
 
Ruínas de San Ignacio. (Foto: Reprodução/RPC) 
 
Tratado de Tordesilhas: acordo entre Portugal e Espanha, 
assinado em 1494, que dividiu o mundo, com demarcações 
imaginárias, em dois - Portugal a leste e Espanha a oeste. 
Tinha como objetivo evitar conflitos e proteger interesses 
comerciais ao definir fronteiras coloniais. 
 
Capitanias hereditárias: usadas para organizar a ocupação e 
colonização do Brasil, as capitanias foram a primeira 
tentativa de da Coroa Portuguesa de administrar o novo 
território. Foram implantadas na década de 1530, mas o 
sistema fracassou, mostrando grandes falhas. Seu substituto 
foi o Governo Geral. 
 
PARANÁ ESPANHOL 
 
 
 
O Grande Êxodo - Euro Brandão - 1982 Fonte: SEEC 
 
Após o Tratado de Tordesilhas, a Espanha ficou reconhecida 
como dona da maior parte do Brasil. Em 1552, o Paraná não 
era conhecido por esse nome e sim como parte da Província 
do Rio Prata. A primeira vila espanhola em território 
paranaense, a Cidade Real del Guairá, em 1554. Em 1570, a 
segunda vila foi fundada e chamada de Villa Rica del Espiritu 
Santo I, que por conta da epidemia de varíola, em 1559, a 
vila foi transferida e chamada de Villa Rica del Espiritu Santo 
II. 
 
Com mais disponibilidade de mão de obra escrava, fortificou-
se a Companhia de Jesus, ou jesuítas. A Capela Santo Inácio 
de Loyola foi construída, levando ao início uma série de 
missões pelo Paraná. 
O fim dos espanhóis e jesuítas no território está relacionada 
com a intensificação do processo de escravidão, fato que 
dificultou as missões jesuítas. A Espanha foi expulsa do oeste 
do Paraná pelos bandeirantes. 
 
Tratado de Madrid: Um acordo diplomático entre Portugal e 
Espanha, assinado em 1750, que delimitou boa parte das 
fronteiras do Brasil, reconhecendo territórios ocupados pelos 
portugueses, mas que eram da Espanha. 
 
PRIMEIRA COLONIZAÇÃO 
 
 
 
Colonização (Imigrantes Poloneses) - Foto: Sanderlei Silveira 
 
No início do século XVI, os portugueses criaram duas 
capitanias sobre o litoral paranaense: a Capitania de São 
Vicente, na região entre a Barra de Paranaguá e a de 
Bertioga, e Capitania de Santa Ana. 
 
Em 1614, Diogo de Unhate foi o primeiro português a pedir 
terras em solo paranaense, obtendo uma Sesmaria na região 
de Paranaguá. Em 1617, Gabriel de Lara fundou uma 
comunidade na Ilha da Cotinga. Em 1646, Gabriel de Lara 
afirmou ter encontrado ouro em Paranaguá, elevando o 
povoado para Vila de Nossa Senhora do Rosário. Em 1693 
Curitiba tornou-se Vila. 
 
O ano de 1710 marcou o momento em que Paranaguá 
tornou-se a 2ª Comarca da Capitania de São Paulo. 4 anos 
mais tarde foi criada a freguesia de Nossa Senhora do Pilar. 
 
 
 
Paroquia Nossa Senhora do Rosário 
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Aula 02: Segunda Colonização 
 
 
 
Portal Vale do ribeira 
 
A segunda colonização refere-se a região norte e oeste do 
estado do Paraná, que nesse período ainda era conhecido 
como 5ª Comarca de São Paulo. O território já era conhecido 
pelos bandeirantes durante a primeira colonização, por conta 
da expulsão dos jesuítas nessas regiões. 
 
O Planalto de Ponta Grossa, ou Segundo Planalto, foi 
ocupado pelos paulistas no século XVIII por conta do rico 
território para pastagem, além da criação de animais 
bovinos. A cidade de Curitiba era usada como uma espécie 
de "pousada". Esses bandeirantes viam de São Paulo, faziam 
uma parada na cidade e iam para Ponta Grossa supervisionar 
as fazendas de gado e voltavam para Curitiba, fato esse que 
ocasionou no início do crescimento da cidade. 
 
O Segundo Planalto paranaense abrangia as cidades de Ponta 
Grossa, Castro, Carambeí e Palmeira, e era uma região 
caracterizada por áreas de relevo suavemente ondulados, 
com presença de campos gerais e áreas de florestas de 
araucária, com solos férteis que favoreciam o 
desenvolvimento da agricultura. 
 
Foi nesse período que houve a crescente do uso de mão de 
obra escrava vinda da África na região central do Estado do 
Paraná. 
 
TROPEIROS 
 
 
 
O território paranaense era uma região estratégica nas rotas 
dos tropeiros por conta da sua localização entre o sul e o 
sudeste do Brasil. Entre as rotas principais usadas por eles, é 
possível destacar o Caminho de Viamão e o Caminho de 
Peabiru. 
 
Os tropeiros contribuíram para o surgimento de vilas e 
cidades ao longo das rotas, podendo destacar Castro, Lapa e 
Ponta Grossa, locais que começaram como pontos de 
descanso e comércio, mas se desenvolveram ao logo do 
tempo. Com o tempo, o comércio de gado e a produção de 
alimentos para abastecer as tropas tornaram-se atividades 
econômicas lucrativas para o estado. Com o constante 
movimento dos tropeiros, a construção de estradas 
rudimentares, pontes, e mais para frente, a implantaçãode 
ferrovias para facilitar o transporte de mercadorias, foi 
inevitável. 
 
Ao final do século XIX, houve um declínio das atividades 
tropeiras, por conta da expansão das ferroviais e surgimento 
de novas formas de transporte. A região do Planalto de Ponta 
Grossa passou a se voltar para a agricultura e pecuária 
intensiva. Contudo a infraestrutura básica deixada pelos 
tropeiros, como os caminhos e vilas, facilitou a chegada dos 
imigrantes. 
 
Mas mesmo com o declínio, é incontestável o legado cultural 
deixado pelos tropeiros no estado do Paraná, como festas 
tradicionais, gastronomia e o próprio sotaque local. Contudo 
o legado deixado por eles vai além do cultural. Os tropeiros 
foram os responsáveis por desbravar e estabelecer rotas que 
conectavam o sul do Brasil com o sudeste e interior do país, 
passando por regiões que hoje fazem parte do norte do 
Paraná, além da influência no comércio do estado, com a 
criação de gado e transporte de mercadorias. O trabalho dos 
tropeiros ajudou a integrar o território paranaense, ligando 
o norte do estado a outras regiões, e facilitando o fluxo de 
pessoas e mercadorias. 
 
 
 
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Aula 03: Erva-mate e emancipação 
 
ERVA-MATE 
 
 
 
Cultura Erva-mate 
 
A erva-mate é uma planta nativa da América do Sul. Os 
espanhóis foram os primeiros europeus a provarem da 
bebida quando estavam no Peru, mesmo que de início tenha 
tido certa resistência. Já os portugueses tiveram contato com 
a planta nas suas incursões a cidade de Guairá, que tinha o 
propósito de expulsar os espanhóis do território. 
 
Dentro do Paraná, é possível dividir essa história em 3 ciclos 
principais: até 1820, 1820 a 1875 e 1875 a 1880. O primeiro 
ciclo foi marcado pelo preparo feito de forma rudimentar, já 
que não havia produção industrial. O segundo ciclo ficou 
conhecido pela importância econômica que a erva recebeu 
ao tornar-se um produto de exportação. O terceiro ciclo 
caracterizou-se pelo deslocamento dos engenhos para o 
planalto curitibano e pela implantação de novas técnicas de 
importação. 
 
Durante o século XIX, a economia paranaense estava 
centrada na exportação da erva-mate e a maioria da 
sociedade do Paraná se moldava em torno dela. Nesse 
momento surgem os "Barões do mate", a elite econômica da 
época composta pelos proprietários dos engenhos. 
 
O final do século XVIII e início do século XIX ficou marcado 
pela imposição de algumas barreiras entre Paraguai, que 
nesse momento era o principal produtor da erva-mate, e a 
Argentina, já que o governo paraguaio não reconheceu a 
independência argentina. Em 1811 o Paraguai também se 
torna independente da Espanha, mas por conta de disputas 
políticas internas passam a ser governados sob tutela 
ditatorial em 1814. Entre as medidas tomadas, a principal foi 
o isolamento completo do país, o que levou a Argentina a 
procurar outro fornecedor de erva-mate. Toda a situação 
paraguaia eleva o Brasil, principalmente o Paraná e Santa 
Catarina, a maior produtor de erva-mate do mundo. 
 
Muitos dos produtores, que comercializavam a erva-mate 
entre Assunção e Bueno Aires, depararam-se com o 
desemprego, Nisso Francisco de Alzagaray, produtor e 
exportador da erva, viu o litoral da 5ª Comarca da Província 
de São Paulo como uma solução para a produção da planta. 
EMANCIPAÇÃO 
 
 
 
Chegada de Zacarias de Góes e Vasconcellos, Arthur José Nísio 
 
Foi em 19 de dezembro de 1853 que Zacarias de Góes e 
Vasconcellos chegou no Paraná e assumiu o cargo de 1º 
presidente da Província. Mas as tentativas de emancipação 
começaram bem antes de 1853. 
 
Em 1808 Pedro Joaquim Correia de Sá, com o aval da 
Câmara de Paranaguá, envia uma procuração de 
emancipação a D. João VI, príncipe regente do Brasil. 
Contudo o requerimento foi negado várias vezes. 
 
Em 1821 o Juiz de Fora da Coroa, Antônio Azevedo de Melo, 
estava em Paranaguá para o juramento ao Reino Unido de 
Brasil, Portugal e Algarves. Usando o momento da cerimônia 
o capitão da "Conjuntura Separatista", Bento Viana expôs a 
vontade das autoridades e da população de tornar a 5ª 
Comarca da Província de São Paulo independente, já que 
mesmo com omissão administrativa de São Paulo, sempre 
forneciam soldados e os tributos requisitados. Mas 
novamente o pedido é negado. 
 
Os movimentos pela emancipação do estado sofreu uma 
reviravolta, a Revolução Farroupilha, que acontecia no Rio 
Grande do Sul com o propósito de libertar-se do 
conservadorismo do império, conflitos com o mesmo tema 
no Rio de Janeiro. Contudo, Curitiba tinha dois papeis nesse 
período: o de posição estratégica, e o de obstáculo natural 
entre o sudeste e sul do país. Com isso em mente o 
governador de São Paulo, Barão de Monte Alegre, envia um 
negociador para convencer os curitibanos a lutarem juntos 
aos liberais, com a promessa de aprovar a emancipação do 
estado. Porém a luta parlamentar durou 10 anos, motivadas 
pelas divergências entre mineiros e paulistas, que não 
queriam a conquista paranaense. 
 
 
 
Reserva News 
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Aula 04: Imigração 
 
 
 
Imagem de imigrantes orientais cultivando a terra 
 
ANTESCEDENTES 
 
O território do Paraná era ocupado por populações indígenas 
(guaranis e kaingangs), colonos portugueses e espanhóis. 
Durante o período das colônias, a região fazia parte da 
Capitania de São Vicente e, posteriormente, da Capitania de 
São Paulo. 
 
Sua economia era pautada na extração da madeira, criação 
de gado e produção de erva-mate, produto que ganhou 
destaque no território. Emancipado em 1853, o Paraná 
passou a buscar por maneiras para desenvolver a economia 
do estado e aumentar a população. 
 
MOTIVAÇÕES 
 
O Brasil como um todo, tanto no Império quanto na 
República, implementou políticas que incentivassem à 
imigração numa tentativa de branquear a população, 
substituir a mão de obra escrava, após a abolição da 
escravatura, e ocupar territórios menos povoados. 
 
No caso do Paraná, a vasta extensão de terras férteis foi 
visto como uma região ideal para a instalação de colônias 
agrícolas. Já na Europa, a imigração foi impulsionada pelas 
crises econômicas e fome, conflitos políticos e religiosos e a 
promessa de terra e liberdade no território brasileiro. 
 
IMIGRANTES 
 
Alemães: um dos primeiros imigrantes europeus a chegar na 
região. Eles se estabeleceram em colônias agrícolas, como a 
Colônia Dona Francisca (atual Joinville, que fazia parte do 
Paraná na época) e em áreas próximas a Curitiba. 
 
Poloneses: Um dos maiores grupos de imigrantes que 
chegaram ao Paraná. Essas pessoas estavam fugindo da 
opressão e pobreza que assolava a Polônia, que nesse 
período estava sob o domínio da Rússia, Prússia e Áustria, se 
estabelecendo em áreas como Abranches, Santa Cândida e 
Campo Largo. 
Italianos: Chegaram ao país depois da unificação da Itália, 
fugindo das crises econômicas epolíticas do país. Esses 
imigrantes foram fundamentais para o desenvolvimento da 
viticultura no estado. Se fixaram nas regiões de Santa 
Felicidade e no interior, como em Castro e Ponta Grossa. 
 
Ucranianos: Esses imigrantes vieram para a região fugindo da 
pobreza e perseguição religiosa no Império Austro-Húngaro. 
Se estabeleceram principalmente em Prudentópolis, hoje 
conhecida como a "Ucrânia Brasileira", e em áreas rurais 
próximas a Curitiba. 
 
Japoneses: Após a Primeira Guerra Mundial, muitos 
japoneses foram atraídos para o Paraná pelas oportunidades 
na agricultura, principalmente no cultivo de algodão, arroz e 
chá. A maior parte deles foram para cidades como Londrina e 
Maringá, contribuindo com o desenvolvimento agrícola e 
comercial do estado. 
 
IMPACTOS 
 
A imigração teve importante papel para a transformação da 
economia do Paraná, que passou de uma base extrativista 
para uma economia agrícola diversificada. Os imigrantes 
trouxeram com eles novas técnicas de agricultura e 
introduziram culturas como milho, trigo, soja e vinho. A 
imigração impulsionou o crescimento das cidades, 
principalmente de Curitiba que recebeu o maior número de 
imigrantes. A vinda desses europeus deixou uma marca 
profunda na identidade cultural do estado com suas 
tradições, festas, culinária, arquitetura e religião, 
contribuindo para a formação de uma sociedade plural e 
multicultural. 
 
Contudo nem tudo foi tranquilo, apesar dos benefícios, a 
imigração também gerou conflitos com a população local, em 
destaque os indígenas, que foram expulsos de suas terras 
para dar lugar às colônias de imigrantes. Essa expansão 
gerou um impacto profundo sobre as populações indígenas. 
Povos como os kaingangs e guaranis foram deslocado de suas 
terras tradicionais, gerando conflitos violentos. Toda a 
política de colonização desconsiderou os direitos dos povos 
originários, que foram marginalizados no processo de 
desenvolvimento do estado. 
 
 
 
Conselho indigenista missionário 
 
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Aula 05: Revolta do Vintém (1893) 
 
 
 
Ilustração da época retrata choque entre manifestantes e Manifestação. 
 
A Revolta do Vintém foi uma manifestação popular ocorrida 
no Rio de Janeiro na década de 1880, durante o Segundo 
Reinado do imperador D. Pedro II, motivada pela criação de 
um imposto de 20 réis, ou 1 vintém, sobre as passagens dos 
bondes de tração animal que circulavam na capital do 
império. Mesmo sendo centrado no Rio de Janeiro, sua 
repercussão teve impacto em outras províncias do Brasil. 
Essa revolta é considerada uma das primeiras manifestações 
de caráter popular contra medidas fiscais no Brasil. 
 
 
 
Dicionário Informal. 
 
Diante da forte resistência popular e da incapacidade de 
controlar a revolta de forma eficiente, o governo decidiu 
revogar o imposto do vintém, a medida foi um 
reconhecimento da força do movimento popular e 
demonstrou que, mesmo durante o Império, a população 
urbana tinha capacidade de organização e protesto. A 
Revolta do Vintém teve um impacto importante na formação 
da consciência política das classes populares urbanas, 
mostrando que os cidadãos podiam se mobilizar contra 
medidas impopulares e influenciar decisões do governo. 
 
PARANÁ 
 
Durante o conflito, o Paraná estava passando por um 
processo de urbanização e modernização semelhante ao do 
Rio de Janeiro. O estado, que era independente desde 1853, 
estava investindo em infraestrutura, transporte e 
crescimento urbano. 
O episódio do Vintém foi amplamente divulgado nos jornais 
da época e causou grande repercussão em outras provinciais. 
No Paraná, o evento foi interpretado como um alerta para os 
governos locais sobre a insatisfação popular com aumentos 
de tarifas e impostos sem a devida contrapartida em serviços 
públicos. O estado também estava passando por um 
processo de modernização do transporte, com a implantação 
de bondes puxados por burros em Curitiba, que começariam 
a operar em 1887. A Revolta do Vintém obrigou o governo e 
as empresas locais fossem mais cautelosas com a 
implementação de políticas tarifárias para evitar 
descontentamento da população, como no Rio de Janeiro. 
 
 
 
Arquivo/Marcelo Almirante 
 
A manifestação dos cariocas serviu como exemplo para os 
movimentos populares em outras regiões. O evento 
mostrou que a população urbana poderia se organizar e 
exercer pressão sobre o governo para reverter medidas 
impopulares. No Paraná as camadas populares começaram a 
se mobilizar contra problemas semelhantes, como o 
aumento do custo de vida, a falta de infraestrutura urbana 
adequada e a exploração por empresas estrangeiras. 
 
O impacto da Revolta do Vintém fez com que os 
administradores públicos do Paraná se preocupassem mais 
com a gestão urbana e com a política de transporte. Quando 
os bondes começaram a operar em Curitiba, em 1887, o 
governo adotou políticas para evitar aumentos excessivos 
nas tarifas, temendo uma reação popular semelhante à 
ocorrida no Rio de Janeiro. 
 
 
 
Revolta dos posseiros, 1957, sudoeste do Paraná. 
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Aula 06: Revolução Federalista 
 
 
 
Chefes maragatos na Revolução Federalista 
 
A Revolução Federalista foi um conflito civil que ocorreu no 
sul do Brasil durante a Primeira República, sendo um embate 
político entre grupos com diferentes visões sobre o modelo 
de governo que o Brasil deveria adotar após a Proclamação 
da República, em 1889. O Paraná foi um dos principais 
campos de batalha dessa guerra, podendo ressaltar o Cerco 
da Lapa. 
 
BRASIL PÓS PROCLAMAÇÃO 
 
 
 
"Proclamação da República", 1893, óleo sobre tela de Benedito Calixto 
(1853-1927). 
 
Em 1889, o Brasil deixou de ser uma monarquia e adotou o 
regime republicano sob tutela do Exército e influência das 
ideias positivistas. O primeiro presidente brasileiro foi o 
marechal Deodoro da Fonseca, seguido por Floriano Peixoto. 
Esse período ficou conhecido como República da Espada, 
uma clara referência aos militares. 
 
Contudo, mesmo com um novo regime, não houve 
estabilidade imediata. Com divergência sobre a melhor 
forma de governo que deveria ser adotada. De um lado tinha 
o governo central que defendia uma república fortemente 
centralizada, inspirado no modelo positivista francês, e do 
outro muitos líderes regionais, que defendiam uma república 
mais federalista, onde os estados tinham mais autonomia. 
 
No palco principal do conflito estava o Rio Grande do Sul e 
duas facções políticas rivais: 
 
Republicanos ou Pica-paus: defendiam o governo 
centralizado da Primeira República e eram aliados de Júlio de 
Castilhos, presidente do Rio Grande do Sul. Castilhos era um 
político fortemente influenciado pelas ideias positivistas e 
propunha um governo autoritário e centralizado. 
 
Federalistas ou Maragatos: defendiam uma república 
federalista, onde os estados teriam mais autonomia. Muitos 
desses federalistastinham vínculos com antigos 
monarquistas ou eram simpatizantes do parlamentarismo. 
 
PARANÁ 
 
 
 
"A morte do General Antônio Ernesto Gomes Carneiro", Theodoro De Bona 
 
O Paraná teve um importante papel na disputa, já que 
controlava as rotas que ligavam o sul do Brasil ao restante do 
país. Para os federalistas, conquistar o Paraná significava 
abrir caminho para avançar ao Rio de Janeiro e tentar 
derrubar o governo de Floriano Peixoto. Do lado dos 
republicanos, controlar o Paraná era essencial para impedir 
que os federalistas chegassem ao centro do país. 
 
O Cerco da Lapa foi um episódio mais importante do 
envolvimento do Paraná no conflito. Os federalistas, 
comandados por Gumersindo Saraiva, avançaram 
rapidamente pelo sul do Brasil, ao chegarem no Paraná, 
tinham o objetivo de tomar Curitiba. Mas como a cidade da 
Lapa era considerada uma fortaleza natural, foi defendida 
por tropas leais ao governo federal, lideradas pelo general 
Carneiro de Campos, o Barão do Serro Azul. 
 
Os federalistas cercaram a cidade por quase um mês, 
impondo condições extremamente difíceis para os 
defensores da Lapa. Mesmo com tropas inferiores em 
número e mal equipadas, os republicanos resistiram 
heroicamente ao cerco, atrasando o avanço dos federalistas. 
O cerco foi caracterizado por combates violentos, fome e 
dificuldades para ambos os lados. Embora os federalistas 
tenham conseguido tomar a cidade após semanas de 
combate, o atraso causado pela resistência na Lapa foi 
decisivo para o fracasso da Revolução Federalista. 
 
O tempo ganho permitiu que o governo federal 
reorganizasse suas tropas e enviasse reforços para conter o 
avanço rebelde. O Cerco da Lapa é lembrado como um dos 
episódios mais heroicos da história do Paraná e do Brasil. 
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Aula 07: Questão de Palmas e Guerra do 
Contestado 
 
 
 
Presidente Grover Cleveland que desempenhou o papel de árbitro na 
questão. 
 
A Questão de Palmas foi uma disputa territorial entre o 
Brasil e a Argentina no final do século XIX, envolvendo 
especificamente a região do sudoeste do estado do Paraná e 
o nordeste da província argentina de Misiones. Esse conflito 
girava em torno da delimitação da fronteira entre os dois 
países, estabelecida de forma ambígua no Tratado de 1981, 
que não especificou claramente os limites na região das 
bacias dos rios Iguaçu e Uruguai. 
 
Depois a Guerra da Tríplice Aliança, o Brasil, Argentina e 
Uruguai precisaram redefinir a consolidar suas fronteiras. O 
Tratado de 1851 entre brasileiros e argentinos estabelecia 
que a fronteira seguiria o divisor de águas entre as bacias do 
Rio Iguaçu, afluente do Rio Paraná, pertencente ao Brasil, e 
do Rio Uruguai, cuja a bacia abrangia áreas de interesse da 
Argentina. Mas a interpretação sobre qual seria exatamente 
essa linha divisória gerou a disputa. 
 
O Paraná se envolveu na disputa, já que a área contestada 
fazia parte do seu território administrativo. Tanto o governo 
quanto os locais viam essa questão como uma ameaça à 
integridade territorial do estado. Durante esse período, o 
governo do Paraná incentivou a ocupação da área de Palmas, 
promovendo o povoamento com colonos e a instalação de 
pequenas comunidades para reforçar a presença brasileira 
na região. A cidade de Palmas, que dá nome à questão, 
tornou-se um símbolo dessa disputa territorial. 
 
Como a disputa persistiu sem solução, ambos os países 
decidiram recorrer à arbitragem internacional, um método 
comum à época para resolver conflitos fronteiriços sem 
recorrer à guerra. O árbitro escolhido foi o então presidente 
dos Estados Unidos, Grover Cleveland, que, após análise 
detalhada dos argumentos e documentos apresentados por 
Brasil e Argentina, deu o parecer favorável ao Brasil em 5 de 
fevereiro de 1895. 
GUERRA DO CONTESTADO 
 
 
 
Guerra do Contestado: Tropa do Exército guarnecendo serraria durante 
ataque rebelde em Três Barras (SC). 
 
A Guerra do contestado foi um conflito que ocorreu na 
região fronteiriça entre o Paraná e Santa Catarina, e recebeu 
esse nome por referir-se à disputa territorial entre esses dois 
estados, mas além dos limites geográficos, ele envolveu 
tensões sociais, econômicas e religiosas. 
 
A região do Contestado tinha terras ricas em madeira e erva-
mate, e ficava localizada entre os rios Iguaçu e Uruguai, 
ocupada por pequenos posseiros, agricultores e caboclos. 
Essa disputa de limites entre Paraná e Santa Catarina, 
descende desde o século XIX, e foi agravada pela indefinição 
das fronteiras após a criação do estado do Paraná em 1853. 
 
Quando foi concedida as terras para a construção da Estrada 
de Ferro São Paulo-Rio Grande para a empresa norte-
americana Brazil Railway Company, controlada por Percival 
Farquehar, que também explorava a madeira e promovia o 
desmatamento, que o conflito explodiu. Muitas famílias 
foram despejadas para dar lugar à ferrovia e às atividades da 
empresa. Posteriormente os milhares de trabalhadores que 
foram contratadas para a construção da ferrovia foram 
demitidos após o termino da obra, fato que agravou o 
desemprego e a miséria na região. 
 
O Paraná teve um papel importante na Guerra do 
Contestado, tanto pelo fato de parte da região em disputa 
estar dentro de seus limites quanto pelo desenvolvimento 
direto do governo do estado na repressão do movimento. O 
governo paranaense colaborou com o envio de tropas para 
reprimir o movimento, que consideravam os revoltosos uma 
ameaça à ordem e ao progresso econômico. O estado queria 
garantir o controle da região e proteger os interesses das 
empresas que atuavam na área. 
 
Após anos de batalhas sangrentas e destruição de 
comunidades inteiras, o movimento foi derroto, com a prisão 
e execução dos líderes restantes, e região foi pacificada à 
força. 
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Aula 08: Movimento Paranista 
 
 
 
Petit-Pavé com temática paranista nas calçadas de Curitiba 
 
O Movimento Paranista foi um movimento cultural, artístico 
e político que surgiu no estado do Paraná no início do século 
XX, e tinha como objetivo construir uma identidade cultural 
do estado distinta dentro do contexto brasileira. Buscando 
valorizar a história, as tradições, a natureza e símbolos locais, 
promovendo o desenvolvimento de estética própria que 
refletisse as características da região. 
 
No início do século passado o Paraná, independente de São 
Paulo desde 1853, buscava afirmar sua identidade como 
estado dentre da federação. Em crescimento econômico, 
resultado pelo cultivo de erva-mate e pela imigração 
europeia, contribuiu para o surgimento de uma nova classe 
média urbana que desejava valorizar essa cultura local. 
 
O Paranismo se destacou por características únicas que o 
diferenciava de outros movimentos culturais do período: 
 
Valorização da natureza local: a flora e fauna paranaense 
tornaram-se símbolos recorrentes usados em obras dearte e 
na arquitetura. 
 
 
 
Foto: Diego Ianoski. 
 
Resgate da história regional: buscava resgatar e valorizar a 
história do Paraná, incluindo os bandeirantes paulistas, a 
presença indígena e imigração europeia. 
 
 
 
(Arte: Emily Curbani/Foto: Rafael Mayer/CMC) 
 
Símbolos regionais: criou uma iconografia própria, que 
incorporava elementos com o pinheiro, pinhão, o barigui e 
outros símbolos da natureza local 
 
 
 
Foto: Rudimar Narciso Cipriani/Acervo Pessoal 
 
Estilo artístico próprio: buscava criar um estilo estético que 
misturava influência do Art Nouveau com elementos da 
cultura local. 
 
 
 
PROTEÇÃO GRALHA AZUL COM MÁSCARAS (junho 2020) 
 
Integração entre Arte e Arquitetura: influenciou a 
arquitetura, com edifícios públicos e privados incorporando 
elementos decorativos inspirados na natureza local. 
 
 
 
martinskariny/Pixabay 
 
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Aula 09: Revoltas no interior do Paraná 
 
 
 
Agência estadual de notícias 
 
REVOLTA DE PORECATU 
 
A Revolta de Porecatu foi um conflito agrário ocorrido no 
norte do estado do Paraná, entre 1949 e 1951, marcado pela 
luta de posseiros contra grandes proprietários de terra e o 
governo estadual. Em 1949, um grupo de posseiros começou 
a se organizar para resistir à expulsão de suas terras. O 
movimento foi liderado por figuras locais, mas também com 
o apoio de sindicatos rurais e movimentos de trabalhadores, 
que viam na luta uma oportunidade para pressionar por 
reformas agrárias mais amplas. O governo estadual adotou 
uma postura repressiva em relação ao movimento, alegando 
que as terras em disputa pertenciam legalmente as empresas 
privadas ou ao estado. Em 1951, o governo estadual vence e 
muitos posseiros foram mortos, presos ou expulsos da 
região. 
 
CANGO 
 
A Companhia Agrícola e Colonizadora General Osório, ou 
CANGO, desempenhou um papel importante no processo de 
colonização e desenvolvimento do sudoeste do estado do 
Paraná. Após sua criação, a companhia iniciou um processo 
de demarcação e distribuição de terras no sudoeste 
paranaense, elaborando planos de colonização que incluíam 
a subdivisão das terras em lotes agrícolas, a construção de 
estradas e a implementação de infraestrutura básica para 
atender aos colonos. A distribuição de terras promovida pela 
CANGO resultou na formação de uma paisagem agrícola 
caracterizada por pequenas e médias propriedades 
familiares, voltada principalmente para a agricultura de 
subsistência e, posteriormente, para a produção comercial. 
Mas mesmo com os avanços, o processo de colonização 
passou por desafios e conflitos. Questões relacionadas à 
posse da terra foram levantadas, disputas entre colonos e a 
companhia, além da dificuldade na adaptação às condições 
ambientais e climáticas da região, foram obstáculos 
enfrentados pelos pioneiros. 
 
GUERRA DOS POSSEIROS 
 
A Guerra dos Posseiros foi um conflito agrário ocorrido no 
norte do Paraná, entre 1957 e 1965, que envolveu posseiros, 
grileiros, grandes empresas colonizadoras e forças policiais. 
O estopim para a Guerra dos Posseiros foi a tentativa das 
autoridades de desalojar famílias que ocupavam terras na 
região de Jacarezinho, no norte do Paraná, em 1957. A ação 
violenta da polícia e de jagunços gerou revolta entre os 
posseiros, que começaram a se organizar para resistir. Os 
posseiros formaram associações e comitês de defesa para 
proteger suas terras e enfrentar as forças repressivas, muitas 
vezes utilizando táticas de guerrilha, emboscadas e bloqueios 
de estradas. 
 
Após o Golpe Militar de 1964, o novo regime adotou uma 
postura ainda mais repressiva contra os movimentos sociais. 
A Guerra dos Posseiros foi considerada uma ameaça à 
ordem pública e, sob a justificativa de combate ao 
comunismo, o governo intensificou a repressão. Muitos 
líderes foram presos, mortos ou desapareceram. 
 
GUERRA DO PENTE 
 
A Guerra do Pente foi uma revolta popular que ocorreu em 
Curitiba no final de 1959. Nesse período o governo estadual 
promovia a campanha "Seu Talão Vale um Milhão", 
incentivando os consumidores a exigirem notas fiscais em 
suas compras e a cada 3000 cruzeiros de notas fiscais, o 
consumidor recebia um cupom para concorrer a prêmios de 
um milhão de cruzeiros. Em 8 de dezembro de 1959, por 
volta das 18 horas, o subtenente da Polícia Militar do Paraná, 
Antônio Tavares, dirigiu-se ao Bazar Centenário, localizado na 
Praça Tiradentes, para comprar um pente no valor de 15 
cruzeiros. Após a compra, Tavares solicitou a emissão da 
nota fiscal, mas o proprietário da loja, o libanês Ahmed 
Najar, recusou-se a fornecê-la, possivelmente devido ao 
baixo valor da mercadoria. A recusa resultou em uma 
discussão acalorada que culminou em agressão física. A 
agressão foi testemunhada por diversas pessoas que 
estavam nas proximidades, incluindo frequentadores do "Bar 
Rei". Indignados, esses indivíduos invadiram e depredaram o 
local. O conflito se estendeu até a madrugada, quando forças 
policiais e bombeiros intervieram para conter a desordem. 
No dia seguinte ao incidente a multidão, estimada em cerca 
de duas mil pessoas, continuou a depredar estabelecimentos 
comerciais, muitos dos quais pertencentes a imigrantes 
árabes. Diante da gravidade da situação, o governador do 
estado, Moysés Lupion, solicitou a intervenção do Exército 
para restaurar a ordem. Tanques e tropas militares foram 
mobilizados para conter os manifestantes. 
 
 
 
 
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Aula 10: Paraná Moderno 
 
BENTO MUNHOZ 
 
 
 
Bento Munhoz da Rocha Netto 
 
Bento Munhoz da Rocha Netto, foi eleito deputado federal 
constituinte em 1946 e durante seu mandato, destacou-se 
pela defesa da reintegração do Território Federal do Iguaçu 
ao Paraná, território que havia sido desmembrado durante o 
Estado Novo. Em 1950 foi eleito governador do Paraná e seu 
governo foi caracterizado por uma série de reformas e 
iniciativas que visavam modernizar o estado. Entre suas 
realizações destacam-se a criação da Companhia Paranaense 
de Energia (Copel), a fundação da Biblioteca Pública do 
Paraná, construção do Teatro Guaíra e desenvolvimento do 
Centro Cívico de Curitiba, que se tornou um marco 
arquitetônico e administrativo da capital paranaense. 
 
NEY BRAGA 
 
 
 
BRDE 
 
Ney Aminthas de Barros Braga ingressou na vida política em 
1951, quando foi nomeado membro do Conselho Regional de 
Desportos do Paraná. Em 1954, foi eleito prefeito de Curitiba, 
tornando-se o primeiro prefeito eleito diretamente na 
capital. Enquanto prefeito, de 1954 a 1958, implementou 
reformas urbanas, modernizando a cidade, racionalizou o 
sistema de transportes coletivos e promovendo a expansão 
da energia elétrica para os bairros, instituiu a primeira 
Comissão de Cultura, isentou circos e teatros de impostos 
municipais e estimulou programas de preservação de áreas 
verdes. Seu primeiro mandato como governador,de 1961 a 
1965, foi marcado por investimentos em infraestrutura, 
educação e saúde, consolidando base para o 
desenvolvimento econômico e social do Paraná. De 1965 a 
1966, foi Ministro da agricultura. Em 1966, assumiu o cargo 
de senador até 1974. Em 1974, foi nomeado Ministro da 
Educação. Em 1979, Braga retorna ao governo do Paraná, 
dando continuidade em seus projetos de desenvolvimento 
até 1982. Entre seus feitos destaca-se: CODEPAR, SANEPAR, 
CELEPAR, TELEPAR, FUNDEPAR E Rodovia do Café 
PAULO CRUZ PIMENTEL 
 
 
 
Casa Civil 
 
Paulo Cruz Pimentel começou sua vida política quando foi 
convidado por Ney Braga para assumir a Secretaria de 
Agricultura do Paraná em 1961 e sua gestão focou na 
modernização da agricultura, incentivando a diversificação 
agrícola e implementando políticas de apoio à pecuária e ao 
cultivo do café. Em 1965 foi eleito governador do Paraná e 
seu governo foi marcado por investimentos significativos em 
educação e infraestrutura. Destacam-se a criação das 
universidades estaduais de Londrina, Maringá e Ponta 
Grossa, a pavimentação de 1800 km de estradas, a 
construção da hidrelétrica de Capivari-Cachoeira, a expansão 
da Telepar e transformou a antiga CODEPAR em Badep, 
Banco de Desenvolvimento do Paraná. Dava uma atenção 
especial a saúde, garantindo campanhas de vacinação em 
massa da poliomielite, tétano, difteria e outras doenças. 
 
JOSÉ RICHA 
 
 
 
Londrina Histórica 
 
José Richa iniciou sua trajetória no movimento estudantil, 
onde presidiu a União Paranaense dos Estudantes entre 1957 
e 1958. Em 1962 e 1966 foi eleito deputado federal. Em 
1972 foi eleito prefeito de Londrina e durante sua gestão 
implementou políticas públicas voltadas para o 
desenvolvimento urbano e social da cidade, destacando-se 
pela administração progressista e pelo diálogo com diversos 
setores da sociedade. Em 1978 foi eleito senador do Paraná 
e destacou-se pela defesa da redemocratização do país e 
pela participação ativa em debates nacional relevantes. Em 
1982, foi eleito governador do Paraná e seu governo foi 
marcado por investimentos significativos em áreas, como 
educação, saúde e infraestrutura, implementou projetos 
sociais inovadores e promoveu a participação popular nas 
decisões governamentais. 
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