Buscar

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE O Cenario Urbano colonial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: HISTORIA DO BRASIL I
Francisco de Sousa Silva Júnior
Cajazeiras
2015
No texto intitulado “O Cenário urbano” Emanuel Araújo apresenta-nos a cidade colonial brasileira nos séculos XVI, XVII e XVIII. Aqui irei citar como foi apresentada a cidade colonial pelo autor, e construído o debate sobre o tema, e quais fontes históricas foram utilizadas pelo mesmo.
 	O autor começa descrevendo sobre o dia 18 de abril de 1768 que abortou em Salvador como capitão-general da Bahia o Marquês do Lavradio, em que o mesmo ficava perdido, sem saber o que fazer, pois que para o Marquês passara “a governar um povo o mais grosseiro, ingrato e atrevido da America...”. Uma feira de gente grosseira. 
Em um ponto o autor Emanuel Araujo concorda, da plena razão ao Marquês que no geral: eram povos sumamente pobres, vivendo quase sempre em más condições, materiais desfavoráveis.
A localidade onde eram construídas as cidades já era desconfortável, para a circulação, idas e vindas das pessoas. Esses problemas pelo fato de os portugueses terem tido como base uma tradição medieval de ruas em ladeiras tortuosas e íngremes, formando labirintos. Cidades como Olinda, Salvador e Rio de Janeiro, cresceram de maneira tão irregular como Luanda, Goa ou Macua.
Outra descrição foi a de Anchieta em 1585 ai dizer que Salvador, capital da Colônia: “esta mal situada em um monte”, cheio de quebras e ladeiras.
As autoridades portuguesas dos séculos XVI e XVII poucas vezes procuravam seguir as concepções do urbanismo renascentista pois alegavam que essas escolas quanto a colocação das cidades coloniais se devia por motivos de defesa, quando na verdade como já citado era apenas uma tradição medieval. Bem diferente espanhóis que se submeteram desde cedo a construção de cidades coloniais seguindo a regras fixas esquemas geometrizantes da velha concepção romana de vitrúvio, considerações de defesa e de comercio e também de beneficio para o morador, em particular no decorrente a saúde e as facilidades de locomoção. Não sabendo os portugueses que essa forma de construção infelizmente propiciaria um conjunto de morros que mais a frente se tonando mais prejudicial ainda.
O autor vai dizer ainda que tudo isso se deve ao fato de que havia um desleixo da própria urbanização, um desapego ao lugar. Pois os colonos por mais de um século quase sempre encararam o Brasil como coisa provisória, em que se via apenas como modo de ganho, de consumo, de acumular riquezas. Terra em que se podia facilmente enriquecer e logo retornar à metrópole.
As autoridades coloniais que nesta época assumiam algum posto permaneciam aqui no Brasil apenas para o cumprimento dos seus deveres e logo retornavam a Portugal.
Melhor dizendo o Brasil era coisa efêmera onde se tinha as melhores oportunidades para enriquecer, apenas para enriquecer e retornar.
No andar do século XVII a situação continuava a mesma. Predominando teimosamente o mundo rural.
A cidade do Rio de Janeiro também se estabeleceu na no alto de um morro em 1576, os porquês diziam ser as fortalezas (castelos como conhecido na época). 
Nas grandes cidades as ruas não eram calçadas, péssima iluminação, o lixo era jogado nas ruas, animais soltos. Em 1625 determinava-se punições, ordenava-se que todo escravo que botasse lixo nas ruas ou travessas e terreiro de colégios, por onde anda gente, paguem seus senhores quinhentos reais, mas não mudou muita coisa porque não era apenas os escravos que andavam as ruas dessa maneira. Assim no ano seguinte foi passada as determinações a todas as pessoas da cidade.
Mesmo a tudo isso, também não tinham uma alimentação de boa qualidade, onde os frigoríficos tiveram que passar a ser fiscalizados por conta da quantidade de carne que se tinha estragada. A farinha da mandioca que era o alimento mais acessível e mais utilizado nesse período. Todas essas irregularidades contribuíram para as epidemias como malaria, febre amarela, sarampo e tantas outras.
As fontes históricas utilizadas pelo autor se deram com base em relatórios, documentos oficiais que confirmam as descrições, cartas ao rei, cartas de padres como exemplo do padre Manoel da Nóbrega. Cartas do Rio, cartas da Bahia, atas das câmaras dos veriadores.
Expondo meu ponto de Vista
	Com relação a atualidade posso dizer que no século XXI infelizmente as coisas não mudaram tanto, a desvalorização quanto a urbanização continua a mesma ou pior. Autoridades que continuam apenas enriquecendo com as riquezas do Brasil levando o dinheiro para bancos suíços como exemplo. Govenantes que vem a lamentável condição das cidades mas nada fazem ou fingem que fazem.
	Sendo assim as palavras do poeta Gregório de Matos do século XVII citado no texto ainda são bem atuais: “que os brasileiros são bestas / e estarão a trabalhar toda a vida por manter magnos de Portugal”. Os magnos de Portugal posso bem trocar por magnos da própria terra.
	Porque da própria terra, pois como bem cita o texto: “Consternado, acrescenta o sacerdote Frei Vicente do Salvador: E isto não tem só os que de La vieram, mas ainda os que cá nasceram, que uns e outros usam da terra não como senhores, mas como usufrutários, só para desfrutarem e a deixarem destruída. (pag.33)
Então hoje não se é necessário que venham pessoas ou autoridades de fora para que nos desvalorize, pois isso já é feito pelos próprios filhos da terra, claro com suas diferenças mas em partes muito aparenta.
Sendo assim essa realidade que foi vivida nos séculos XVI, XVII e XVIII ainda é vivida hoje e amanha talvez não seja diferente. (Júnior Fenômeno)

Continue navegando