Logo Passei Direto
Buscar

~temp_1744312847105-compressed

User badge image
Erika Tavares

em

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

TEORIA DA
CONSTITUIÇÃO
Prof. Phillipe Martins
CONTEÚDO DO SEMESTRE
- Conceito de Constituição e de Direito Constitucional. 
- Classificação de Constituição. 
- História do Constitucionalismo.
- Constitucionalismo antigo e moderno.
- História Constitucional Brasileira. 
- As Normas Constitucionais.
- Hermenêutica Constitucional. 
- Princípios constitucionais.
- Princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito. 
- Teoria dos Direitos Fundamentais.
- Poder Constituinte.
- Nacionalidade.
- Direitos políticos e partidos políticos.
1.TEORIA DA CONSTITUIÇÃO
• Conceito de Constituição – “É a reunião das normas que organizam 
os elementos constitutivos do Estado.” (José Afonso da Silva) 
- Direito Constitucional Geral;
- Direito Constitucional Especial (ou positivo);
- Direito Constitucional Comparado.
1.1 MOVIMENTO DO CONSTITUCIONALISMO
- Constituição dos EUA de 1787 e francesa de 1791.
1.2 OBJETO DO DIREITO CONSTITUCIONAL
1.3 Espécies 
2.CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO
• CONCEITO SOCIOLÓGICO (Ferdinand Lassale);
• CONCEITO POLÍTICO (Carl Schmitt);
• CONCEITO JURÍDICO (Hans Kelsen);
- Teoria da Força normativa da Constituição (Konrad Hesse);
- Teoria da Sociedade aberta aos intérpretes da Constituição (Peter Haberle);
- Teoria da Constituição simbólica (Marcelo Neves).
Soma dos fatores reais do poder.
Decisão Política Fundamental.
Norma Jurídica pura – Lógico jurídico e jurídico-positivo.
Quanto à forma
- Constituição escrita;
- Não-escrita.
3.CLASSIFICAÇÃO DAS 
CONSTITUIÇÕES
3.CLASSIFICAÇÃO DAS 
CONSTITUIÇÕES
Quanto ao conteúdo
- Material (ou substancial);
- Formal.
Quanto à origem
- Constituição democrática, promulgada, popular ou votada;
- Constituição outorgada. 
- Pactuada, mista ou dualista. 
- Constituição cesarista, bonapartista ou plebiscitária. 
3.CLASSIFICAÇÃO DAS 
CONSTITUIÇÕES
Quanto ao modo de elaboração
- Constituição dogmática;
- Constituição histórica.
3.CLASSIFICAÇÃO DAS 
CONSTITUIÇÕES
Quanto à estabilidade, alterabilidade ou mutabilidade
- Constituição imutável;
- Constituição fixa;
- Constituição rígida;
- Constituição flexível;
- Semi-rígida ou semi-flexível.
3.CLASSIFICAÇÃO DAS 
CONSTITUIÇÕES
• Quanto à extensão
- Constituição breve, concisa ou sintética; Ex. Constituição dos 
EUA de 1787, até hoje vigente.
- Constituição longa, prolixa ou analítica. Ex. Constituição 
brasileira de 1988.
3.CLASSIFICAÇÃO DAS 
CONSTITUIÇÕES
• Quanto à finalidade
- Constituição-garantia; Ex. Constituição dos EUA.
- Constituição-dirigente; Ex. Constituição brasileira de 1988. 
- Constituição balanço; Ex. Constituições soviéticas de 1924, 
1936 e 1977. 
3.CLASSIFICAÇÃO DAS 
CONSTITUIÇÕES
• Quanto ao objeto
- Constituição liberal; (Ex. Constituição americana de 1787)
- Constituição social.(Ex. Constituição mexicana de 1917)
3.CLASSIFICAÇÃO DAS 
CONSTITUIÇÕES
• Quanto à concordância entre normas e realidade
- Constituição normativa; Ex. Constituição dos EUA.
- Constituição semântica; Ex. CF brasileiras de 1937 e 1967 
(com a emenda de 1969).
- Constituição nominal; Ex. CF brasileiras de 1891, 1934 e 1946.
3.CLASSIFICAÇÃO DAS 
CONSTITUIÇÕES
• Preâmbulo;
• Parte dogmática;
• Disposições transitórias.
4. ESTRUTURA DA 
CONSTITUIÇÃO E 1988
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um 
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma 
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem 
interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, 
a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
PREÂMBULO
REVISÃO
(EJEF - 2006 - TJ-MG – Juiz) A jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal vem adotando, quanto ao valor jurídico do preâmbulo 
constitucional, a teoria da:
a) relevância jurídica;
b) relevância jurídica direta;
c) irrelevância jurídica;
d) relevância jurídica indireta.
REVISÃO
(EJEF - 2006 - TJ-MG – Juiz) A jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal vem adotando, quanto ao valor jurídico do preâmbulo 
constitucional, a teoria da:
a) relevância jurídica;
b) relevância jurídica direta;
c) irrelevância jurídica;
d) relevância jurídica indireta.
REVISÃO
(CESPE / CEBRASPE - 2021 - AL-CE - Analista Legislativo - 
Consultoria Técnica Legislativa) No que concerne a conteúdo, a 
constituição que estabelece preceitos cuja matéria não é 
constitucional classifica-se como:
a) flexível.
b) formal.
c) eclética.
d) semirrígida.
e) analítica.
REVISÃO
(CESPE / CEBRASPE - 2021 - AL-CE - Analista Legislativo - 
Consultoria Técnica Legislativa) No que concerne a conteúdo, a 
constituição que estabelece preceitos cuja matéria não é 
constitucional classifica-se como:
a) flexível.
b) formal.
c) eclética.
d) semirrígida.
e) analítica.
REVISÃO
(INSTITUTO AOCP - 2021 - SANESUL – Advogado)“A Constituição, 
segundo a conceituação de [...], seria, então, a somatória dos 
fatores reais do poder dentro de uma sociedade.” Esse excerto 
exterioriza a ideia do conceito de Constituição no sentido
a) sociológico.
b) político.
c) jurídico.
d) culturalista.
e) NDA
REVISÃO
(INSTITUTO AOCP - 2021 - SANESUL – Advogado)“A Constituição, 
segundo a conceituação de [...], seria, então, a somatória dos 
fatores reais do poder dentro de uma sociedade.” Esse excerto 
exterioriza a ideia do conceito de Constituição no sentido
a) sociológico.
b) político.
c) jurídico.
d) culturalista.
e) NDA.
NORMAS CONSTITUCIONAIS
5.1 Normas Constitucionais quanto a sua eficácia:
• Normas de Eficácia Plena: 
 Ex: Art. 5º, inciso XXXV da CF – “a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito”;
• Normas de Eficácia Contida (redutível ou restringível).
 Ex: Art. 5º, inciso XIII da CF - “é livre o exercício de qualquer trabalho, 
ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer;”
Normas-regras: 
Normas-princípios: 
Alta carga valorativa, alto grau de abstração e generalidade, 
multifuncionalidade e aplicação “na medida do possível”.
Baixa carga valorativa, descrição de fatos determinados, unifuncionalidade e 
atende a regra do “tudo ou nada”
5. NORMAS CONSTITUCIONAIS
NORMAS CONSTITUCIONAIS
• Normas de Eficácia Limitada. 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social:
 XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante 
incentivos específicos, nos termos da lei;
Normas de Princípio Institutivo: Arts. 113, 131, 192.
Normas Programáticas: Art. 215. 218.
5. NORMAS CONSTITUCIONAIS
RESUMO
Normas constitucionais de 
eficácia plena
Possuem eficácia jurídica Aplicabilidade imediata e 
eficácia social plena.
Normas constitucionais de 
eficácia contida (redutível ou 
restringível)
Possuem eficácia jurídica Aplicabilidade imediata e 
eficácia social redutível por lei 
ou conceitos abstratos.
Normas constitucionais de 
eficácia limitada de princípio 
institutivo.
Possuem eficácia jurídica Aplicabilidade mediata e 
eficácia social limitada, 
dependendo de regulamentação 
do legislador.
Normas constitucionais de 
eficácia limitada de princípio 
programático (normas 
programáticas)
Possuem eficácia jurídica Aplicabilidade mediata e 
eficácia social limitada, 
dependendo de regulamentação 
do legislador. 
6.1 Conceito – Poder capaz de estabelecer normas constitucionais.
6. PODER CONSTITUINTE
Teoria do Poder Constituinte (Abade de Sieyès) – “O que é o Terceiro Estado?’’ - 1789 
6.2 Natureza jurídica:
Corrente positivista: Caráter absoluto, sem limites (poder de fato).
Corrente jusnaturalista: Legitimidade nas normas de direito natural (poder de direito).
Poder político: Parte da própria vontade de um povo ou nação. 
•Titular = Povo
•Exercício = Representantes
6. PODERCONSTITUINTE
6.3 Titularidade x exercício
• Poder Constituinte material e formal 
• Poder Constituinte histórico e revolucionário 
• Poder Constituinte fundacional e pós-fundacional 
• Poder Constituinte originário e derivado 
6. PODER CONSTITUINTE
6.4 Espécies
6.5 Poder Constituinte Originário (Características)
• Inicial – inaugura uma nova ordem jurídica;
• Ilimitado juridicamente – sem limitações do Direito Positivo anterior;
• Incondicionado – sem necessidade de seguir formas e procedimentos determinados;
• Permanente – não se esgota após a criação da Constituição;
• Extraordinário – É fato incomum, ou seja excepcional. 
6. PODER CONSTITUINTE
PODER CONSTITUINTE 
DERIVADO
• Conceito – poder de reformar a Constituição já existente e criar 
constituições dos estados-membros.
Características 
1) Derivado (Poder de direito);
2) Subordinado (limitado juridicamente); 
3) Condicionado – limitado (agir de acordo com a Constituição).
Reforma Constitucional X Mutação Constitucional
ESPÉCIES
• Poder Constituinte derivado reformador – possibilidade de se 
alterar o texto da Constituição. Podem ser pontuais (emenda 
constitucional, art. 60 CF) ou globais (revisão constitucional, art. 
3º da ADCT). 
• Poder Constituinte derivado decorrente – auto-organização dos 
Estados-membros. 
LIMITES MATERIAIS
• Limites Materiais Expressos – Cláusulas Pétreas (Art. 60, parágrafo 4º da 
CF). 
• Limites Materiais Implícitos – Cláusulas Pétreas Implícitas.
 Teoria da dupla revisão: modificação dos limites constitucionais de 
reforma. 
Observação 1 : Os Direitos e garantias coletivos são cláusulas pétreas?
Observação 2 : Os Direitos sociais são cláusulas pétreas?
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
EXEMPLO
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Seria revogado
Revoga-se a norma proibitiva para que a modificação possa ocorrer 
sem limitações. 
Em síntese: 
• Art. 60, parágrafo 1º da CF: 
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
LIMITES CIRCUNSTANCIAIS
LIMITES PROCEDIMENTAIS OU 
FORMAIS
- Regras do processo legislativo (Art. 60 da CF).
1) Recepção
2) Repristinação
3) Desconstitucionalização
FENÔMENOS DE DIREITO 
CONSTITUCIONAL INTERTEMPORAL
1) (FCC - 2006 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) A proposta de Emenda Constitucional será 
discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, considerando-se aprovada, se obtiver, em ambos:
a) 2/3 (dois terços) dos votos de seus respectivos membros.
b) 3/5 (três quintos) dos votos de seus respectivos membros.
c) a maioria absoluta dos votos de seus respectivos membros.
d) a maioria simples dos votos de seus respectivos membros.
e) metade dos votos de seus respectivos membros.
1) (FCC - 2006 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) A proposta de Emenda Constitucional será 
discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, considerando-se aprovada, se obtiver, em ambos:
a) 2/3 (dois terços) dos votos de seus respectivos membros.
b) 3/5 (três quintos) dos votos de seus respectivos membros.
c) a maioria absoluta dos votos de seus respectivos membros.
d) a maioria simples dos votos de seus respectivos membros.
e) metade dos votos de seus respectivos membros.
2) (FCC - 2006 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - 
Área Administrativa)Promulgada uma nova Constituição 
Federal, a legislação ordinária compatível perde o suporte de 
validade da Constituição antiga, mas continua válida pela 
teoria
a) da constitucionalização.
b) da desconstitucionalização.
c) da repristinação.
d) do poder constituinte subordinado.
e) da recepção.
2) (FCC - 2006 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - 
Área Administrativa)Promulgada uma nova Constituição 
Federal, a legislação ordinária compatível perde o suporte de 
validade da Constituição antiga, mas continua válida pela 
teoria
a) da constitucionalização.
b) da desconstitucionalização.
c) da repristinação.
d) do poder constituinte subordinado.
e) da recepção.
Hermenêutica x Interpretação – Declaratória ou constitutiva?
7.1 Princípios de hermenêutica constitucional
- Princípio da unidade da constituição: as normas devem ser 
consideradas como partes de um sistema, e não isoladamente;
- Princípio do efeito integrador: visa garantir a integração entre os setores 
da sociedade e a unidade política;
- Princípio da justeza, correção ou conformidade funcional: respeito ao 
sistema organizatório funcional. (Ex. súmula 339 do STF);
- Princípio da concordância prática ou da harmonização: busca a 
harmonia entre bens jurídicos protegidos pela Constituição. (ex. liberdade 
de expressão).
7. HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
7. HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
7.1 Princípios de hermenêutica constitucional
- Princípio da força normativa da Constituição: A Constituição possui força ativa 
para mudar a realidade, necessitando de uma constante atualização de suas 
normas (não é mera folha de papel). 
- Princípio da interpretação das leis em conformidade com a Constituição: as 
normas constitucionais devem ser interpretadas em conformidade com a 
Constituição, jamais o inverso. 
- Princípio da máxima efetividade: deve-se atribuir à norma sentido que lhe 
garanta maior eficácia. 
7. HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
- Método jurídico ou hermenêutico-clássico: considerando a Constituição como 
uma lei, deve a mesma ser interpretada usando métodos clássicos de 
hermenêutica utilizados para as leis em geral (gramatical, lógico, sistemático 
etc);
- Método tópico-problemático: Constituição como sistema aberto. Deve partir do 
problema, ou seja, do caso concreto;
7.2 Métodos de hermenêutica constitucional
- Método científico-espiritual: A Constituição é um instrumento de integração 
social e política, e assim sendo, deve o intérprete guiar-se por valores que 
formam a “essência” ou “espírito da Constituição”; 
7. HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
7.3 Métodos de hermenêutica constitucional
- Método hermenêutico concretizador: a leitura do texto constitucional deve 
começar pela “pré-compreensão” do intérprete (concretizar a norma);
- Método normativo estruturante: a interpretação da Constituição não deve se 
limitar ao texto legal. Texto legal é apenas a ponta do “iceberg’’;
- Método da comparação constitucional: confronto entre pontos comuns e 
divergentes envolvendo sistemas constitucionais divergentes.
8. TEORIA DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS
8.1 Origem: limitar e controlar eventuais abusos do poder estatal. 
- O título II da CF/88 divide os Direitos e Garantias Fundamentais em 5 (cinco) capítulos:
a) Direitos individuais e coletivos;
b) Direitos sociais;
c) Direito da nacionalidade;
d) Direitos Políticos;
e) Partidos políticos.
8. TEORIA DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS
• Direitos de primeira dimensão (direitos de defesa) – Final do século XVIII;
• Direitos de segunda dimensão (direitos de prestação) – Início do século XX;
• Direitos de terceira dimensão (transindividuais) – Final do século XX; 
• Direitos de quarta dimensão – globalização política;
• Direitos de quinta dimensão – paz universal
Liberdade 
Igualdade 
Fraternidade 
8.2 Dimensões dos direitos fundamentais
- Direitos civis e políticos
- Direitos econômicos, sociais e culturais.
- Direito à paz, ao progresso, meio ambiente saudável etc.
- Direito à democracia, informação, patrimônio genético etc.
8.3 Características do direitos fundamentais:
I – Historicidade: 
II – Inalienabilidade;
III – Irrenunciabilidade;
IV – Indisponibilidade;
V – Universalidade;
VI – Relatividade;
VII – Complementaridade; 
VIII – Não taxatividade.
8. TEORIA DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS
8.4 Colisão entre direitos fundamentais8. TEORIA DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS
Situação 1: Com receio de ser castigado pelos deuses, indígena sacrifica o seu filho portador de 
deficiência física.
Situação 2: Passeata de pedófilos que, mesmo não praticando pedofilia, defendem leis mais brandas para 
a validade do consentimento de atos sexuais. 
Regra da proporcionalidade
- Adequação: adequação dos meios ao fim buscado pelo poder público.
- Necessidade: o meio pode ser substituído por outro menos oneroso?
- Proporcionalidade em sentido estrito: sintonia.
8. TEORIA DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS
8.4 Colisão entre direitos fundamentais
Exemplo 1: lei federal 14.485/22, com o pretexto de reduzir a violência 
doméstica, assim como os acidentes automobilísticos, venha a proibir o 
consumo de bebidas alcoólicas, de forma incondicional.
Adequação: A lei proibitiva se adequa aos fins que se propõe, estando a mesma apta a reduzir a 
violência doméstica e os acidentes de trânsito?
Necessidade: Seria essa lei o meio menos gravoso para alcançar os objetivos?
Inconstitucional
8. TEORIA DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS
8.4 Colisão entre direitos fundamentais
Exemplo 2: considere que uma lei X, buscando impedir novas formas de 
contágios de HIV, busque “prender” pessoas portadoras do vírus.
Adequação: A lei proibitiva se adequa aos fins que se propõe, estando a mesma apta a reduzir novas 
contaminações?
Necessidade: Seria essa lei o meio menos gravoso para alcançar os objetivos?
Inconstitucional
9. BREVE HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES
• 1824 – Constituição Imperial
(Executivo, legislativo, judiciário e moderador)
• Constituição de 1891 – Constituição de Rui Barbosa 
• Constituição de 1934
Habeas Corpus, Estado laico.
Mandado de segurança, direitos sociais, Ministério Público.
• Constituição de 1937 – “Polaca” 
Autoritarismo (Censura e pena de morte)
• Constituição de 1946 – Fim do Estado Novo 
Teve como base as Constituições de 1891 e 1934 – Fim da pena de morte 
Fortalecimento das instituições. Capital do Brasil para o DF.
9. BREVE HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES
• Constituição de 1967 e emenda nº 1/1969
Inspirada na Constituição de 37 (enfraquecimento do federalismo)
• Constituição de 1988 – Constituição cidadã
RESUMO
Constituição de 1824
Outorgada
Constituição de 1891
Promulgada
Constituição de 1934
Promulgada Outorgada
Constituição de 1937
Constituição de 1946
Promulgada Outorgada
Constituição de 1967/EC. 69
Promulgada
Constituição de 1988
10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
Natureza jurídica – Direito Público interno.
10.1Conceito: 
Sentido sociológico - Conjunto de pessoas que se unem em torno de um 
elemento agregador (cultura, história, costumes etc).
Sentido jurídico – vínculo jurídico-político permanente que liga um indivíduo a um 
determinado Estado.
Conceitos correlatos:
- População, Povo, Nação, Natural, Nacional, Cidadão, Estrangeiro, Apátrida e Polipátrida. 
10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
• Nacionalidade primária ou originária (jus soli ou jus sanguinis);
• Nacionalidade secundária, derivada ou adquirida;
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não 
estejam a serviço de seu país (jus soli);
10.2 ESPÉCIES DE NACIONALIDADE
Observação 1 – Pais estrangeiros, ainda que trabalhem para seu país, mas estejam por conta própria no Brasil. 
Observação 2 – Pais estrangeiros que estiverem a serviço de outro país. 
Atenção: basta que um dos pais estrangeiros esteja a serviço do país?
10.2.1 Nacionalidade primária
10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde 
que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
- Jus sanguinis + critério funcional 
Observação 1 – A mãe ou o pai brasileiro pode ser nato ou naturalizado.
Observação 2 – O filho adotivo adotado no exterior também será considerado brasileiro nato. 
Atenção: estar a serviço do país significa desempenho de função ou prestação 
de serviço público de natureza diplomática, administrativa ou consular.
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, 
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou 
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em 
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade 
brasileira;
10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
c) I - os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe 
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira 
competente ou (II - venham a residir na República Federativa do 
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a 
maioridade, pela nacionalidade brasileira) (jus sanguinis + critério 
residencial + opção confirmativa);
10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
Atenção: e como fica o caso dos nascidos entre 1994 e 2007?
Art. 95 do ADCT. 
I - Primeira parte: 
10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
II – Segunda parte: 
Nacionalidade potestativa (o Estado não pode recusar a condição de nacional).
Observação 1 – O indivíduo deve residir em território nacional, a qualquer tempo. 
Observação 2 – Opção confirmativa é ato personalíssimo.
- Condição suspensiva (efeitos ex tunc).
10.2.2 Nacionalidade secundária
10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
Art. 12, II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países 
de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
- Naturalização tácita: Constituição de 1824 (Art. 6º, inciso IV) e CF de 1891 (Art. 69, 
parágrafos 4º e 5º).
- Naturalização expressa: declaração volitiva por parte do interessado (ordinária e 
extraordinária). 
10.2.2.1 Naturalização ordinária
Lei 13.445/2017 (lei de migração).
10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há 
mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a 
nacionalidade brasileira.
10.2.2.2 Naturalização extraordinária
- Três requisitos:
1) Ausência de condenação penal;
2) Residência continua no Brasil por mais de quinze anos; e
3) Requerimento do interessado.
Ato vinculado por parte do Estado.
Observação 1 – Residência ininterrupta não pode ser confundida com permanência 
ininterrupta. 
10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
10.2.3 Quase nacionalidade (ou brasileiros por equiparação)
Art. 12, § 1º da CF ”Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade 
em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos 
nesta Constituição.”
Condição de quase nacionais.
Observação 1 – Permanecem estrangeiros. 
10.3 CONFLITO POSITIVO E NEGATIVO DE NACIONALIDADE
- Negativo: não possui nenhuma pátria (apátrida);
- Positivo: possui mais de uma pátria.
10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
10.4 Tratamento diferenciado entre brasileiro nato e naturalizado
Art. 12, § 2º da CF “A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e 
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.”
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Preservação da linha sucessória e de substituição do Presidente da República e razões 
de segurança nacional.
10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
10.5 Perda da nacionalidade
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de fraude relacionada ao 
processo de naturalização ou de atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
II - fizer pedido expresso de perda da nacionalidade brasileira perante autoridade brasileira competente, 
ressalvadas situações que acarretemapatridia.
§ 5º A renúncia da nacionalidade, nos termos do inciso II do § 4º deste artigo, não impede o interessado 
de readquirir sua nacionalidade brasileira originária, nos termos da lei.
11.1 Conceito – Instrumentos por meio do qual o indivíduo vai exercer a 
sua cidadania. São prerrogativas ligadas à cidadania. 
11. DIREITOS POLÍTICOS
Alexandre de Moraes – “Regras que disciplinam as formas de atuação da soberania popular’’. 
11.2 Classificação 
dos
Direitos Políticos 
- Direitos políticos positivos: participação ativa dos 
indivíduos na vida pública estatal. Inclui o direito de votar 
(capacidade eleitoral ativa) e ser votado (capacidade 
eleitoral passiva). 
- Direitos políticos negativos: normas impeditivas de 
participação no processo político (inelegibilidades, perda e 
suspensão dos direitos políticos).
11.3 Direitos Políticos positivos 
11.3.1 Soberania popular
11.3.1.1 sufrágio universal
- Conceito de sufrágio universal: direito público subjetivo de participar da 
organização política estatal. 
Características do voto:
- Direto (atenção: art. 81, § 1º, da CF/88);
- Secreto;
- Periódico;
- Universal;
- Personalíssimo;
- Obrigatório;
- Livre.
11. DIREITOS POLÍTICOS
11.3 Direitos Políticos positivos 
11.3.1.2 Ação popular: Art. 5º, inciso LXXIII da CF/88:
“qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, 
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada 
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;”
Quem é parte legítima para propor? nacional em pleno gozo dos direitos políticos.
Observação 1 – A prova da cidadania é feita pelo título de eleitor ou documento correspondente (lei 4.717/65).
11. DIREITOS POLÍTICOS
11.3.1 Soberania popular
11.3.1.3 Iniciativa popular das leis 
- Âmbito Federal: 
Art. 61, § 2º da CF/88 “A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara 
dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado 
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por 
cento dos eleitores de cada um deles.”
11.3 Direitos Políticos positivos 
- Âmbito Municipal:
Art. 29, XIII da CF/88 - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do 
Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por 
cento do eleitorado.
- Âmbito Estadual: Art. 27, § 4º da CF/88. 
11. DIREITOS POLÍTICOS
11.3.1 Soberania popular
11. DIREITOS POLÍTICOS
11.3.1 Soberania popular
11.3.1.4 Plebiscito e Referendo
I – Plebiscito: convocado antes do ato legislativo ou administrativo 
(perguntas diretas: sim ou não). 
II – Referendo: confirmação de um tema já transformado em lei para 
que o povo confirme ou rejeite o ato. 
Lei 9.709/98
11.4 Capacidade eleitoral ativa - capacidade de ser eleitor (alistabilidade).
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I.- obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II.- facultativos para:
a)os analfabetos;
b)os maiores de setenta anos;
c)os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os
conscritos.
11.5 Elegibilidade - capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado)
 Condições de elegibilidade (Art. 14, § 3º da CF/88).
11. DIREITOS POLÍTICOS
11.5.1 Das condições de elegibilidade (Art. 14, § 3º da CF/88)
São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I.- a nacionalidade brasileira;
II.- o pleno exercício dos direitos políticos; 
III. o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
 V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a)trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b)trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c)vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d)dezoito anos para Vereador.
Importante: Vereador menor de 18 anos pode se candidatar?
11. DIREITOS POLÍTICOS
11.6. DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
11.6.1 Inelegibilidades
- As inelegibilidades são divididas em:
- Absolutas: os inalistáveis (estrangeiros e conscritos) e os analfabetos
(Art. 14, § 4º da CF/88);
- Relativas:
- Inelegibilidade em razão da função exercida (Art. 14, § 5º e 6º);
- Inelegibilidade em razão do parentesco (Art. 14, § 7º );
- Inelegibilidade relativa do militar (Art. 14, § 8º );
- De previsão legal. (Lei Complementar 64/90).
Inelegibilidade absoluta impedimento subjetivo.
11. DIREITOS POLÍTICOS
11.6.2 Privação dos direitos políticos
11.6.2.1. Perda dos direitos políticos (Art. 15 da CF/88);
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
11.6.2.2. Suspensão dos direitos políticos (Art. 15 da CF/88);
II.- incapacidade civil absoluta;
III.- condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV.- recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
11. DIREITOS POLÍTICOS
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a 
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa 
humana e observados os seguintes preceitos:
I.- caráter nacional;
II.- proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de
subordinação a estes;
III.- prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV.- funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
Observação 1: Liberdade e autonomia partidária.
Observação 2: Financiamento eleitoral.
12. PARTIDOS POLÍTICOS
	Slide 1: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO
	Slide 2: CONTEÚDO DO SEMESTRE
	Slide 3: 1.TEORIA DA CONSTITUIÇÃO
	Slide 4: 2.CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15: REVISÃO
	Slide 16: REVISÃO
	Slide 17: REVISÃO
	Slide 18: REVISÃO
	Slide 19: REVISÃO
	Slide 20: REVISÃO
	Slide 21: NORMAS CONSTITUCIONAIS
	Slide 22: NORMAS CONSTITUCIONAIS
	Slide 23: RESUMO
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27: 6.5 Poder Constituinte Originário (Características)
	Slide 28: PODER CONSTITUINTE DERIVADO
	Slide 29
	Slide 30: LIMITES MATERIAIS
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33: 1) Recepção 2) Repristinação 3) Desconstitucionalização
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41
	Slide 42: 8. TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
	Slide 43
	Slide 44
	Slide 45
	Slide 46
	Slide 47
	Slide 48: 9. BREVE HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES
	Slide 49: 9. BREVE HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES
	Slide 50: RESUMO
	Slide 51: 10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
	Slide 52: 10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
	Slide 53: 10. DIREITOS DE NACIONALIDADE
	Slide 54
	Slide 55
	Slide 56
	Slide 57
	Slide 58
	Slide 59
	Slide 60
	Slide 61
	Slide 62
	Slide 63
	Slide 64
	Slide 65
	Slide 66
	Slide 67
	Slide 68
	Slide 69
	Slide 70
	Slide 71

Mais conteúdos dessa disciplina