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Suzana Cristina Barbosa Fernandes - 32703965893
Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães 
 Aula 7 
 
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Administração Financeira e Orçamentária – 
TCU e TC-DF 
 
Aula 7 – AFO na Constituição 
Federal 
AFO p/ TCU e TC-DF 
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Prof. Marcel Guimarães 
 
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Sumário 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA (ART. 24) ................................................................................................... 6 
MEDIDAS PROVISÓRIAS (ART. 62) .......................................................................................................... 8 
LEI COMPLEMENTAR (ART. 163, 165 E 169) ............................................................................................. 9 
MOEDA E BANCO CENTRAL (ART. 164) .................................................................................................. 12 
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL – PPA, LDO E LOA (ART. 165 E 166) ................. 15 
EMENDAS IMPOSITIVAS (ART. 166) ....................................................................................................... 25 
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS (ART. 167) ............................................................................................. 36 
RECURSOS DESTINADOS AOS ÓRGÃOS DOS DEMAIS PODERES (ART. 168) ............................................ 43 
DESPESAS COM PESSOAL (ART. 169) ..................................................................................................... 44 
AUMENTO DE DESPESAS COM PESSOAL ................................................................................................................... 44 
NÃO OBSERVÂNCIA DOS LIMITES DE DESPESAS COM PESSOAL ..................................................................................... 45 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL “SECA” ......................................................................................................... 48 
QUESTÕES COMENTADAS – CESPE ....................................................................................................... 55 
LISTA DE QUESTÕES – CESPE ............................................................................................................... 68 
GABARITO – CESPE ............................................................................................................................... 72 
RESUMO DIRECIONADO ........................................................................................................................ 73 
 
 
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Dica de um concursado para um concurseiro 
Não existe melhor método de estudo. Existe o melhor método de estudo para você! 
Ciclos, revisões, técnicas de leitura e de resolução de questões são todos muito legais e você deve escutar 
pessoas que têm conhecimento do assunto. Isso pode lhe ganhar muito tempo em sua preparação! 😉 
Agora, o que você não deve ficar fazendo é ficar sempre caçando aquele novo e melhor método de estudo. 
Encontrou algo recomendado por especialistas e que funciona para você? Pronto! Só continue estudando. 
Cada pessoa aprende de uma forma diferente. Alguns gostam de mapas mentais, outros preferem 
resumos, outros preferem a letra da lei. 
Enfim, encontre algo que funcione para você e estude! 😃 Essa é a dica! 😉 
Não existe melhor método de estudo. Existe melhor método de estudo para você! 
 
Mentalidade dos campeões 🏆 
Pessoas de sucesso não nascem assim. Elas se tornam bem-sucedidas estabelecendo o hábito de fazer coisas que 
pessoas sem sucesso não gostam de fazer 
Sabe qual é uma coisa que as pessoas sem sucesso não gostam de fazer? ESTUDAR! 😄 
 
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A Constituição Federal de 1988 atribuiu grande importância às finanças públicas e aos orçamentos. É 
tanto que há um capítulo e uma seção só para isso! Trata-se da Seção II (dos orçamentos), que fica dentro do 
Capítulo II (das finanças públicas), que, por sua vez, fica dentro do Título VI (da tributação e do orçamento). 
Assim: 
TÍTULO VI 
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO 
CAPÍTULO II 
DAS FINANÇAS PÚBLICAS 
Seção I 
NORMAS GERAIS 
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS 
“Então tudo que é relacionado a AFO está dentro desse capítulo II da Constituição, professor?” 🤨 
Não, nem tudo relacionado a AFO está lá. Embora os dispositivos mais importantes sejam aqueles que 
estão no Capítulo II – das finanças públicas (artigos 163 a 169), há outros artigos relacionados à disciplina de 
Administração Financeira e Orçamentária (AFO) espalhados pela Constituição. E é isso que nós vamos ver nesta 
aula! 😉 
Ah! Diversas vezes as questões irão se ater à literalidade da Constituição Federal. Por isso, vamos trazer 
os dispositivos na íntegra e comentá-los quando necessário. 😊 
Ao final da aula, também vamos trazer a “lei seca”, ou, nesse caso, “Constituição Federal seca”, com todos 
os dispositivos pertinentes à nossa disciplina e que apresentamos na aula (na ordem em que aparecem na 
CF/88) 😅. Esse tipo de leitura também é importante. E você também pode usar essa seção como um resumo, 
sempre disponível para consulta. 😉 
Vamos lá? 😃
 
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Competência legislativa (art. 24) 
Vamos começar com uma pergunta: de quem é a competência para legislar sobre Direito Financeiro? E 
para legislar sobre Orçamento? 🤔 
A resposta está lá no artigo 24 da gloriosa CF/88, vejamos: 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II – orçamento; (...) 
Não sei vocês, mas eu gosto do mnemônico: 
Tri Fi Pen Ec Ur O 
Tem gente que gosta do PUFETO (Penitenciário, Urbanístico, Financeiro, Econômico, Tributário e 
Orçamento). Escolha o que você achar melhor! 
PUFETO 
Você deve prestar atenção no seguinte: os municípios não estão inseridos expressamente na 
competência concorrente para legislar. Você notou que o caput do artigo 24 somente fala da União, Estados e 
Distrito Federal? 😏 
Pois é. A banca vai tentar fazer pegadinha aqui. Vai colocar os municípios no meio desse bolo. Não caia 
nessa! 😑 
“Espera aí, professor. Então os municípios vão ficar fora dessa?” 🤔 
Não, porque eles possuem competência legislativa suplementar, observe: 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (...) 
“É verdade, professor. Você mesmo já disse que os municípios também possuem PPA, LDO e LOA” 😅 
Pois é... 😄 
Continuando, o artigo 24 ainda nos diz mais: 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, adespesas discricionárias incluídas pelo Chefe do Poder 
Executivo, igualmente não afetadas por contingenciamento na hipótese do não atingimento da meta de resultado fiscal 
prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
d) com obrigatoriedade da execução orçamentária e financeira das programações decorrentes, salvo impedimentos de 
ordem técnica, comportando redução, até a mesma proporção incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias, na 
hipótese de não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
e) havendo precedência da liberação financeira para as programações decorrentes das emendas inseridas em tal limite em 
relação àquelas destinadas a despesas discricionárias, sendo apenas estas últimas atingidas por limitações de empenho 
decorrentes de frustração da previsão de receita de impostos. 
Comentários: 
Vejamos as alternativas: 
a) Errada. Caso a execução obrigatória dependa de transferência obrigatória da União, não importa se o ente federativo 
se encontra inadimplente. 
b) Errada. Não é destinado integralmente. Somente metade dele: 0,6%. 
c) Errada. Na hipótese do não atingimento da meta de resultado fiscal prevista na LDO, as despesas discricionárias e as 
emendas individuais são afetadas pelo contingenciamento. Veja só (CF/88): 
Art. 166, § 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de 
resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no § 11 deste artigo poderá ser reduzido 
em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. 
d) Correta. 
e) Errada. Não existe essa precedência. As emendas individuais são afetadas na mesma proporção da limitação incidente 
sobre o conjunto das despesas discricionárias. 
Gabarito: D 
FCC – SEFAZ-SC - Auditor-Fiscal da Receita Estadual – 2018 
De acordo com a disciplina constitucional em matéria de lei orçamentária anual federal, as emendas individuais ao projeto 
de lei orçamentária anual serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente 
líquida prevista no projeto encaminhado pelo Presidente da República, devendo dois terços desse percentual ser destinado 
a ações e serviços públicos de saúde. 
Comentários: 
Dois terços? Não! 
Metade desse percentual, ou seja, 0,6% deverá ser destinado a ações e serviços públicos de saúde (CF/88, Art. 166, § 9º). 
Lembre-se que somente as emendas individuais terão metade de seu percentual destinado a ações e serviços públicos de 
saúde. As emendas de bancada não! ☝ 
Gabarito: Errado 
FCC – SEFAZ-SC - Auditor-Fiscal da Receita Estadual – 2018 
De acordo com a disciplina constitucional em matéria de lei orçamentária anual federal, é obrigatória a execução 
orçamentária e financeira das programações contidas na Lei Orçamentária Anual, em montante correspondente a 1,2% 
(um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. 
Comentários: 
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É obrigatória a execução de todas as programações contidas na Lei Orçamentária Anual? 😅 Claro que não! Nosso 
orçamento é autorizativo. 
Obrigatória é a execução somente das programações provenientes das emendas parlamentares individuais, em 
montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício 
anterior. E essa garantia de execução também se aplica às programações incluídas por todas as emendas de iniciativa de 
bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no montante de até 1% (um por cento) da receita corrente 
líquida realizada no exercício anterior (CF/88, art. 166, §§ 11 e 12). 
Esses são os pedaços de orçamento impositivo que temos no meio do nosso orçamento autorizativo. 😉 
Gabarito: Errado 
Questão inédita – Professor Sérgio Machado – 2019 
As emendas parlamentares coletivas serão de execução obrigatória em montante correspondente a 1% da receita corrente 
líquida realizada no exercício anterior. 
Comentários: 
Opa! As emendas coletivas serão de execução obrigatória? 🤔 
Nem todas! As emendas coletivas podem ser emendas de bancada ou de comissões. As emendas de bancada serão de 
execução obrigatória. Mas as emendas de comissões não! 😏 
Gabarito: Errado 
Questão inédita – Professor Sérgio Machado – 2019 
As emendas de bancada ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1% da receita corrente líquida prevista 
no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços 
públicos de saúde. 
Comentários: 
Já falei e vou repetir: somente as emendas individuais terão metade de seu percentual destinado a ações e serviços 
públicos de saúde. As emendas de bancada não! ☝ 
Gabarito: Errado 
Questão inédita – Professor Sérgio Machado – 2019 
Quando a transferência voluntária da União para a execução da programação proveniente das emendas individuais 
impositivas e emendas de bancada de parlamentares for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, 
independerá da adimplência do ente federativo destinatário e integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para 
fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal. 
Comentários: 
Eu disse para você prestar atenção nessas pegadinhas! 😬 
Na verdade, caso a execução obrigatória dependa de transferência obrigatória da União, não importa se o ente federativo 
se encontra inadimplente. E essa receita de transferência não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para 
fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal. 
Veja a regra correta: 
Art. 166, § 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista nos §§ 11 e 12 deste 
artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo destinatário 
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e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que 
trata o caput do art. 169. 
Gabarito: Errado 
Vedações constitucionais (art. 167) 
Atenção agora! Essa parte aqui é muito cobrada em concursos! 😱 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
Quer dizer: a Administração não pode iniciar um programa ou um projeto se ele não estiver na LOA. É 
simples: quer começar um programa ou projeto? Se não estiver na LOA, não pode começar! Afinal, a 
Administração Pública está sujeita ao princípio da legalidade. 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários 
ou adicionais; 
A Administração tem que respeitar o limite dos créditos orçamentários ou adicionais. Afinal, ela só pode 
fazer aquilo que ela está autorizada por lei a fazer (de novo: princípio da legalidade). 
Por exemplo: o gestor público já gastou os R$ 5.000,00 de créditos orçamentários destinados à compra de material de 
expediente (papel A4, envelopes, grampos, etc.), mas ele quer comprar ainda mais! 😬 Mesmo que ele tenha dinheiro em 
caixa, enquanto ele não tiver crédito orçamentário para isso, ele não poderá adquirir mais material de expediente. 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas 
as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta; 
Pare um pouquinho e respire, porque essa regra aqui é importante! 😄 Essa é a famosaregra de ouro! 💰 
“E o que é essa regra de ouro, professor? O que ela diz?” 
Ela diz que não é possível realizar (arrecadar) receitas de operações de créditos (OC) que excedam o 
montante das despesas de capital (DK), ou seja, a regra proíbe as operações de crédito (OC) que excedam as 
despesas de capital (DK). Matematicamente falando: as operações créditos devem ser menores ou iguais às 
despesas de capital. 
Preste atenção! 
Regra de ouro: OC £ DK 
Perceba: ela não proíbe todas as operações de crédito. É plenamente concebível realizar operações de 
créditos. O que é proibido é realizar operações de créditos que excedam as despesas de capital. 😏 
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Por exemplo: se as despesas de capital somam R$ 1.000.000,00, não é possível ter R$ 1.500.000,00 em operações de 
crédito. Esses R$ 500.000,00 excedentes estão proibidos! 
A mensagem que essa regra passa é que o endividamento só pode ser admitido para a realização de 
investimento ou abatimento da dívida. A ideia é evitar o endividamento para financiar despesas correntes. 
Se o ente público recorrer ao endividamento, que seja para adquirir ou construir algo que possa ser 
utilizado durante anos por ele mesmo ou pela população local – que é o caso das despesas de capital, que 
contribuem diretamente para a aquisição ou construção de um bem de capital (escolas, postos de saúde, 
rodovias etc.; ou aquisição de equipamentos e materiais permanentes em geral)1. 
Por exemplo: tomar empréstimo para comprar um apartamento, um carro, é “normal”. Mas tomar um empréstimo para 
pagar despesas corriqueiras (alimentação, aluguel, etc.) não é nada bom! 😬 
Mas como toda boa regra, há exceção. Isso mesmo: a regra de ouro pode ser “quebrada”. 
“E como ela será ‘quebrada’, professor?” 🧐 
É o seguinte: é vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de 
capital. Até aqui ok. Mas se essas operações de créditos forem utilizadas para financiar a abertura de crédito 
suplementares ou especiais com finalidade precisa e aprovados pelo Poder Legislativo por maioria 
absoluta, então elas serão permitidas! 😄 
Grave bem esses requisitos: 
• Créditos suplementares ou especiais; 
• Finalidade precisa; 
• Aprovados por maioria absoluta. 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto 
da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações 
e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de 
atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 
37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; 
Esse é o princípio da não vinculação (não afetação) da receita de impostos. 😃 
Agora atenção: o princípio veda a vinculação da receita de impostos (e não de tributos) a órgão, fundo 
ou despesa. De acordo com a CF/88, existem 5 (cinco) espécies de tributos (essa é a chamada “teoria 
pentapartida”) e os impostos são somente uma das espécies de tributos. Esse é o truque mais velho das 
bancas. Não vai cair nessa, por favor! 😑 
Preste atenção! 
O princípio da não vinculação (não afetação) da receita de impostos veda a vinculação da receita de 
impostos (e não de tributos) a órgão, fundo ou despesa. 
 
1 PALUDO, Augustinho. Orçamento público, AFO e LRF, 5ª edição, editora Método, 2015. 
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“E as exceções desse princípio, professor? Estou vendo que são várias!” 😬 
Ah! Mas não se preocupe! É para isso que a Lady Gaga está aqui rezando por você! 
“Lady Gaga? Rezando?” 🤨 
É! Olha só: 
Aqui estão as exceções ao princípio da não vinculação da receita de impostos: 
Repartição constitucional do produto da arrecadação dos impostos; 
Destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino; 
Destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde; 
Destinação de recursos para a realização de atividades da administração tributária; 
Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita (ARO); 
Prestação de garantia ou contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta. 
Percebeu as marcações? Elas formam o seguinte mnemônico: 
RESA GaGa 🙏 
 
Lady Gaga ajudando alunos a lembrar das exceções ao princípio da não vinculação de receita de impostos. 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação 
dos recursos correspondentes; 
Para abrir créditos adicionais suplementares e especiais é preciso ter autorização legislativa! É preciso 
ter uma lei! Também é necessário indicar de onde vem o dinheiro para pagar por essas despesas, ou seja, é 
necessário indicar a fonte dos recursos. Isso é meio óbvio: se a Administração Pública quer (ou precisa) gastar 
mais, ela precisa de autorização do dono do dinheiro (o povo) e precisa dizer onde conseguirá recursos para 
arcar com esses gastos, já que dinheiro não nasce em árvore, não é mesmo? 😅 
Os créditos extraordinários, por sua vez, independem de autorização legislativa e não precisam 
indicar a fonte dos recursos na ocasião da abertura, ou seja, a indicação da fonte de recursos aqui é 
facultativa! Só depois é que essa fonte será indicada. Isso mesmo: primeiro resolvemos a urgência e depois nos 
preocupamos em conseguir os recursos e a autorização legislativa. 
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VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
Pergunta: a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro é proibida? 
A resposta é: depende. 
Há prévia autorização legislativa? 
• Sim: então tudo bem. É permitida! 😃 
• Não: então é proibida! 🚫 
Esse é o princípio da proibição do estorno e ele determina que o gestor público não pode transpor, 
remanejar ou transferir recursos sem autorização legislativa, do contrário toda a finalidade do orçamento 
público e do princípio da legalidade estariam em risco. 😬 
Explicamos: de que adianta autorizar o orçamento se quando da execução do mesmo ele será todo 
alterado à discricionariedade do gestor público? Será que a alteração será compatível com o interesse público? 
Só que esse princípio possui uma exceção, lá no § 5º desse mesmo artigo: 
Art. 167, § 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de 
viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade 
da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. 
Portanto, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, e com o objetivo de viabilizar os 
resultados de projetos restritos a essas funções, a transposição, o remanejamento ou a transferência pode ser feita 
sem necessidade da prévia autorização legislativa. 😉 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
Os recursos são finitos. Então porque os créditos seriam infinitos, ilimitados? Você daria o seu cartão de 
crédito com limite infinito para outra pessoa? 🤔 Paraela lhe endividar infinitamente? Melhor não, né? 😅 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive 
dos mencionados no art. 165, § 5º; 
A utilização de recursos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social para cobrir déficit de empresas, 
fundações e fundos é permitida... 
“Como assim, professor? Utilizar dinheiro público para cobrir déficit de empresas?!” 😳 
Calma, deixa eu completar! 😅 
A utilização de recursos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social para cobrir déficit de empresas, 
fundações e fundos é permitida, desde que haja autorização legislativa específica! 🧐 Se o povo (diretamente 
ou por meio de seus representantes – Poder Legislativo) disser que pode, então pode, ué! 😅 O povo é quem 
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manda! Lembre-se: “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, (...)” (CF/88, art. 1º, Parágrafo único). 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
Quer instituir um fundo? Então precisa de autorização legislativa! 
“Tá certo, mas o que é mesmo um fundo, professor?” 🤔 
Fundo é um conjunto de recursos com a finalidade de desenvolver ou consolidar, através de 
financiamento ou negociação, uma atividade pública específica. 
Por exemplo: Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT): fundo especial, de natureza contábil-financeira, vinculado ao 
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, destinado ao custeio do Programa do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial 
e ao financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico. 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de 
receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas 
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Transferência voluntária é aquela transferência que não decorre de obrigação constitucional ou legal. 
Se você quiser uma definição mais formal, aqui está: “entende-se por transferência voluntária a entrega de 
recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência 
financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de 
Saúde” (LRF, art. 25). 
Muito bem! 
Então, voltando ao dispositivo constitucional, é vedado fazer transferência voluntária ou conceder 
empréstimo para pagar salários, para pagar despesas com pessoal ativo, inativo ou pensionista! 😤 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para 
a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de 
que trata o art. 201. 
Vamos entender a lógica: os recursos provenientes dessas contribuições não podem ser utilizados para 
pagar algo diferente do benefício do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Ou seja: esses recursos são 
utilizados para pagar os benefícios do RGPS. 
Agora atenção: os recursos provenientes das demais contribuições listadas no artigo 195 da CF podem ter 
outra destinação, diferente do pagamento de benefícios do RGPS. Mas os recursos provenientes do art. 195, I, 
a, e II, não! Esses devem ser destinados ao pagamento de benefícios do RGPS. Entendeu? 😄 
“Entendi. Mas que duas contribuições sociais são essas?” 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos 
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
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a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa 
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
Perceba que o empregador (a empresa, por exemplo) deve pagar contribuições sociais incidentes sobre 
três “eventos”. Um deles é a folha de salário. O trabalhador e demais segurados da previdência social também 
vão pagar contribuições sociais. Pronto! Os recursos que forem arrecadados com essas duas coisas deverão ser 
utilizados para pagamento de benefícios do RGPS (eles não podem ser utilizados para realização de despesas 
distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social). 😉 
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem 
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade. 
Então: 
• Investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro: precisa estar no PPA. 
• Investimento cuja execução seja inferior a um exercício financeiro: não precisa estar no PPA. 
“E se essa regra for desrespeitada, o que acontece?” 🧐 
Crime de responsabilidade! 😁 
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, 
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício 
financeiro subsequente. 
Traduzindo: os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do 
exercício podem ser reabertos no exercício seguinte nos limites de seus saldos e viger até o término desse 
exercício financeiro. 
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§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e 
urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto 
no art. 62. 
Os créditos extraordinários são os destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como as 
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. 
Repare no texto constitucional: “despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de...”. Essa 
simples palavra nos mostra que a Constituição Federal, na verdade, citou exemplos de situações em que os 
créditos extraordinários podem ser abertos. Trata-se de um rol exemplificativo (e não taxativo). Portanto, é 
possível abrir créditos extraordinários em casos que não sejam de guerra, comoção interna ou calamidade 
pública, desde que se tratem de despesas imprevisíveis e urgentes. Entendeu? 😉 
“E esse artigo 62 aí, professor?” 🧐 
O artigo 62 da Constituição Federal versa sobre Medidas Provisórias. Isso significa que, no âmbito 
federal, os créditos extraordinários são autorizados e abertos por Medida Provisória. Nos entes que possuam 
esse instrumento jurídico, os créditos extraordinários também serão abertos por Medida Provisória. E nos 
demais entes, os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo. 
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 
156, e dos recursos de quetratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou 
contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. 
Essa é uma das exceções ao princípio da não vinculação (não afetação) da receita de impostos. 
Lembre-se do RESA GaGa 🙏. Esse é o segundo “Ga”, de prestação de garantia ou contragarantia à 
União e para pagamento de débitos para com esta. 
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o 
objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, 
sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. 
Essa é a exceção ao princípio da proibição do estorno. Lembre-se: ciência, tecnologia e inovação: sem 
necessidade de prévia autorização (rimou 😅). 
setembro-18
janeiro-18 junho-18 dezembro-18 junho-19 dezembro-19
Créditos ordinários
Créditos suplementares
Créditos especiais
Créditos extraordinários
Créditos especiais (últimos quatro meses)
Créditos extraordinários (últimos quatro meses)
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Questões para fixar 
FCC – MPE-PE – Analista ministerial – 2018 
Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de 
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus 
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. 
Comentários: 
Nos diga se a banca mudou alguma palavra (CF/88): 
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo 
se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de 
seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. 
Gabarito: Certo 
CESPE – TCE-PE – Analista de gestão: administração – 2017 
A respeito do ciclo, do processo e dos princípios do orçamento público, julgue o item subsequente. 
O tratamento dado aos recursos destinados à educação e à saúde constitui uma exceção ao princípio orçamentário da não 
vinculação. 
Comentários: 
Ainda bem que a Lady Gaga está aqui rezando por você para lhe ajudar: RESA GaGa 🙏 
“Destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino” e “Destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde” são duas das exceções ao princípio da não afetação da receita de impostos. Representam a 
letra “E” e a letra “S” no nosso mnemônico. 
Gabarito: Certo 
CESPE – TCE-PR – Analista de Controle – 2016 
Se a execução do investimento ultrapassar um exercício financeiro, tal investimento só poderá ser iniciado após prévia 
inclusão no plano plurianual (PPA) ou em lei que autorize a sua inclusão. 
Comentários: 
É exatamente isso! Recapitulando: 
Investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro: precisa estar no PPA. 
Investimento cuja execução seja inferior a um exercício financeiro: não precisa estar no PPA. 
Essa é a regra do art. 167, § 1º, da CF/88: “Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade”. 
Gabarito: Certo 
Recursos destinados aos órgãos dos demais Poderes 
(art. 168) 
Sem querer, a CF/88 definiu o cronograma de desembolso dos demais Poderes, observe: 
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Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos 
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério 
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na 
forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. 
O Poder Executivo é quem arrecada mais dinheiro na Administração Pública, portanto é ele quem fica, 
quem guarda, com o dinheiro. Pois bem, o que a regra constitucional está dizendo é que o Poder Executivo irá 
entregar o dinheiro destinado aos demais órgãos até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. 
“E por que que isso significa que a CF/88 definiu (sem querer) o cronograma de desembolso dos demais 
Poderes?” 🤔 
Ora, se o Poder Legislativo, por exemplo, sabe que receberá o dinheiro até o dia 20 daquele mês, ele fica 
praticamente obrigado a pagar os servidores somente após o dia 20. Já pensou se o Poder Legislativo define 
que o pagamento dos servidores será no dia 10, mas o Poder Executivo só repassa os recursos no dia 15? Assim 
não dá! Por isso, que essa regra constitucional já define muito do cronograma de desembolso dos demais 
Poderes. 😄 
Preste atenção! 
A CF/88 acaba definindo o cronograma mensal de desembolso dos Poderes Legislativo e Judiciário, 
do Ministério Público e da Defensoria Pública. 
“E o que é duodécimos, professor?” 🧐 
Ah! Quem vai definir isso é a Lei Complementar a que se refere o art. 165, § 9º. E ela ainda não foi 
elaborada! 😄 
Despesas com pessoal (art. 169) 
Nós já vimos que os limites da despesa com pessoal são estabelecidos em lei complementar. 
Qual lei complementar? 🤔 
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em seus artigos 19 e 20. 😏 
Olha só: 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
Aumento de despesas com pessoal 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e 
funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a 
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
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I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos 
acréscimos dela decorrentes; 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista. 
Isso significa que se quiserem aumentar as despesas com pessoal, seja concedendo vantagem ou 
aumento de remuneração, seja contratando pessoal, seja criando cargos ou alterando a estrutura de carreiras: 
• de Empresas Públicas (EP) e Sociedades de Economia Mista (SEM): não é necessária 
autorização específica na LDO; 
• de qualquer outro órgão, entidade ou fundação: é necessária autorização específica na LDO. 
Não observância dos limites de despesas com pessoal 
Aqui é que as coisas começam a ficar interessantes... 😏 
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos 
parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou 
estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites. 
A LRF dá um prazo para que os entes retornem suas despesas com pessoal para os parâmetros definidos 
na própria LRF. Se decorrido esse prazo e a adaptação não for feita, serão imediatamente suspensos todos os 
repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem 
os referidos limites. 
Mas istoaqui que é importante: 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei 
complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as 
seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de 
confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis. 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o 
cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá 
perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade 
funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. 
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente 
a um mês de remuneração por ano de serviço. 
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a 
criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. 
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§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4º. 
Então vamos lá! Se um ente estiver com problemas em suas despesas com pessoal, os primeiros a 
“rodarem” são aqueles que ocupam cargos em comissão e função de confiança, porque esses são mais fáceis: 
eles são de livre preenchimento e exoneração. Perceba que são as despesas (e não o número de cargos e 
funções) que devem ser reduzidas em 20%. 
Em seguida, quem vai “rodar” são os servidores não estáveis! Eles serão exonerados (não demitidos)! 
Esse é um dos motivos pelos quais o servidor não estável fica um pouco preocupado com as despesas com 
pessoal do seu ente federativo. 
“Caramba, professor. Então os servidores não estáveis podem ser exonerados assim? Tão fácil? 
É. Só que antes devem ser reduzidos, pelo menos em 20%, as despesas com cargos em comissão e 
funções de confiança. 
“E os coitados não fazem jus nem a uma indenização?” 
Não. Os coitados dos servidores não estáveis são exonerados e só recebem um tapinha nas costas de 
consolo... 😟 
“Tá certo. E se, mesmo reduzindo as despesas com cargos em comissão e funções de confiança e exonerando 
servidores não estáveis, o problema ainda não for resolvido?” 🤔 
Aqui é que o bicho pega! Se antes só se cortava gordura, agora vamos começar a cortar a carne! 😬 
Agora chegou a vez dos servidores estáveis “dançarem”! 
“Os servidores estáveis podem perder o cargo por conta de não observância dos limites de despesas com 
pessoal, professor?” 😱 
É isso mesmo! Podem! Veja a seriedade do assunto... 
“Mas eles ganham, pelo menos, alguma coisa a mais do que os servidores não estáveis?” 😕 
Ah! Aqui sim. Os servidores estáveis ganham mais do que um tapinha de consolo. Eles fazem jus a uma 
indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. 
Por exemplo: Peixoto tinha 10 anos de serviço e seu cargo foi considerado extinto por conta de não observância dos limites 
de despesas com pessoal. Ele receberá uma indenização de 10 meses de remuneração. Se a sua remuneração mensal era 
de R$ 1.000,00, Peixoto receberá R$ 10.000,00. 
Mas não vá achando que é assim tão fácil exonerar um servidor estável. Se for fazer isso, a Administração 
precisa justificar, por meio ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, 
o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. 
E tem mais: o cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, 
vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro 
anos. Essa foi a forma encontrada pelo legislador constituinte para dificultar a utilização desse artifício 
(protegendo os servidores estáveis) e para evitar que a Administração “dê uma de espertinha”, extinguindo os 
cargos, mas logo depois criando outros iguais ou assemelhados. 😒 
“Tem que esperar essa quarentena aí de quatro anos, Administração!” 😄 
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Por exemplo: não seria injusto se a Administração extinguisse o cargo de “auditor de receitas estaduais” sob o pretexto de 
cumprimento dos limites de despesas com pessoal, só para depois de 1 mês criar um novo cargo chamado “auditor de 
receitas do estado” com as mesmas atribuições do cargo antigo? 
Questões para fixar 
FCC – TCE-CE - Analista de Controle Externo - Auditoria de Tecnologia da Informação – 2015 
Considerando que a despesa com pessoal ativo e inativo vinculado ao Poder Executivo do Estado superou o limite 
estabelecido em lei complementar, o Governador determinou a redução em 20% das despesas com cargos em comissão 
e funções de confiança e a exoneração de servidores não estáveis. No entanto, as medidas tomadas pelo Estado foram 
insuficientes para que o limite da despesa com pessoal ativo e inativo fosse atingido no prazo previsto na Lei 
Complementar, o que motivou a União a suspender os repasses de verbas federais ao Estado. A determinação do 
Governador para a redução em 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança 
A) é incompatível com a Constituição Federal, assim como a exoneração de servidores não estáveis. Também 
incompatibiliza-se com a Constituição Federal a determinação da União. 
B) é incompatível com a Constituição Federal, assim como a exoneração de servidores não estáveis. No entanto, é 
compatível com a Constituição Federal a determinação da União. 
C) encontra respaldo na Constituição Federal, assim como a exoneração de servidores não estáveis. No entanto, a 
determinação da União é inconstitucional. 
D) encontra respaldo na Constituição Federal, assim como a determinação da União. No entanto, o ato do Governador 
que prescreveu a exoneração de servidores não estáveis é inconstitucional. 
E) encontra respaldo na Constituição Federal, assim como a exoneração de servidores não estáveis. Também 
compatibiliza-se com a Constituição Federal a determinação da União. 
Comentários: 
Será se as providências tomadas pelo Governador encontram respaldo na Constituição Federal? 🤔 Vejamos: 
Art. 169, § 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos parâmetros 
ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites. 
Art. 169, § 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei 
complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis. 
Então o Governador fez tudo certinho! 😄 
Gabarito: E 
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Constituição Federal “seca” 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II – orçamento; (...) 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais. 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementardos Estados. 
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe 
for contrário. 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (...) 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho 
e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias. 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, 
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, 
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º. 
Art. 150, § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, 
anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei 
específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o 
correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. 
CAPÍTULO II 
DAS FINANÇAS PÚBLICAS 
Seção I 
NORMAS GERAIS 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
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II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas 
pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as 
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. 
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e 
a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo 
de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS 
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada. 
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da 
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório 
resumido da execução orçamentária. 
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão 
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
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§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração 
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre 
as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
§ 9º Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como 
condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados 
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das 
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. 
§ 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os meios e as 
medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual 
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento 
comum. 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas 
anualmente pelo Presidente da República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos 
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das 
demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. 
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, 
na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem 
ser aprovadas caso: 
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I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, 
excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando 
incompatíveis com o plano plurianual. 
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor 
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da 
parte cuja alteração é proposta. 
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão 
enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere 
o art. 165, § 9º. 
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, 
as demais normas relativas ao processo legislativo. 
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, 
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais 
ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro 
e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, 
sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive 
custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para 
pagamento de pessoal ou encargos sociais. 
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste 
artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida 
realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na 
lei complementar prevista no § 9º do art. 165. 
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações incluídas 
por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no 
montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. 
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de execução 
obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. 
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§ 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 deste artigo, os órgãos de execução deverão 
observar, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias, cronograma para análise e verificação de eventuais 
impedimentos das programações e demais procedimentos necessários à viabilização da execução dos 
respectivos montantes. 
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, o Poder 
Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo as 
justificativas do impedimento; 
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder 
Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; 
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo 
encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; 
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o 
Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder 
Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária. 
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentárias previstas no § 11 não serão 
de execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I do § 14. 
§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista nos §§ 11 e 
12 deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do 
ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação 
dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169. 
§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 poderão 
ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 0,6% (seis décimos por 
cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, para as programações das emendas 
individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as programações das emendas de iniciativa 
de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal. 
§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da 
meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos nos §§ 11 e 12 
deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das 
demais despesas discricionárias. 
§ 19. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe critérios 
objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, 
independentemente da autoria. 
§ 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem sobre o início de investimentos 
com duração de mais de 1 (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido iniciada, deverão ser 
objeto de emenda pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão da obra ou do 
empreendimento. 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
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II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários 
ou adicionais; 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, 
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados 
pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto 
da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades 
da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a 
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem 
como o disposto no § 4º deste artigo; 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação 
dos recursos correspondentes; 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscale da 
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos 
mencionados no art. 165, § 5º; 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de 
receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com 
pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para 
a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que 
trata o art. 201. 
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem 
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade. 
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso 
em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro 
subsequente. 
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis 
e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no 
art. 62. 
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 
e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou 
contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. 
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§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo 
de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem 
necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. 
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos 
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público 
e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei 
complementar a que se refere o art. 165, § 9º. 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e 
funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer 
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas 
pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e 
aos acréscimos dela decorrentes; 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista. 
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos 
parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites. 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na 
lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as 
seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de 
confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis. 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o 
cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o 
cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão 
ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. 
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente 
a um mês de remuneração por ano de serviço. 
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a 
criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. 
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4º.
 
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Questões comentadas – Cespe 
1. CESPE – PGM Manaus – Procurador do Município – 2018 
É vedado autorizar a abertura de créditos suplementares no texto da lei orçamentária anual municipal. 
Comentários: 
Não, não, não. A LOA pode sim conter autorização para abertura de créditos suplementares. 
Olha só o que diz a CF/88: 
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação 
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
Esse é o princípio da exclusividade! 😄 Resumidamente, ele preceitua que a LOA não conterá matéria 
estranha à previsão da receita e à fixação da despesa. Mas, além da previsão de receitas e fixação de despesas, 
também poderão estar na LOA: 
• Autorização para abertura de créditos adicionais suplementares (só os suplementares); 
• Autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita 
orçamentária (ARO). 
Gabarito: Errado 
2. CESPE – ABIN – Oficial Técnico de Inteligência - Área 1 – 2018 
São reservadas à lei de diretrizes orçamentárias disposições sobre exercício financeiro, vigência, prazos, 
elaboração e organização do plano plurianual. 
Comentários: 
Opa! Atenção! Essas matérias não são reservadas à lei de diretrizes orçamentárias! São reservadas à lei 
complementar! Quer ver? 
Art. 165, § 9º Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
Gabarito: Errado 
3. CESPE – ABIN – Oficial Técnico de Inteligência - Área 1 – 2018 
É vedada a prorrogação de vigência de créditos especiais para exercício financeiro diverso daquele em que os 
referidos créditos foram autorizados. 
Comentários: 
Vedada a prorrogação de vigência de créditos especiais? Vejamos: 
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§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, 
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício 
financeiro subsequente. 
Veja como os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do 
exercício podem sim ter a sua vigênciaprorrogada para exercício financeiro diverso daquele em que os 
referidos créditos foram autorizados. 
Já os créditos suplementares possuem vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que 
foram abertos, ou seja, terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos (Lei 4.320/64, art. 
45). 
Gabarito: Errado 
4. CESPE – CGM João Pessoa – Auditor – 2018 
É vedada a vinculação das receitas próprias geradas pelos impostos municipais à prestação de contragarantia 
à União. 
Comentários: 
A questão trata do princípio da não vinculação (não afetação) da receita de impostos, que veda a 
vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Esse princípio possui 6 exceções: 
• Repartição constitucional do produto da arrecadação dos impostos; 
• Destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino; 
• Destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde; 
• Destinação de recursos para a realização de atividades da administração tributária; 
• Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita (ARO); 
• Prestação de garantia ou contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta. 
Mas ainda bem que a Lady Gaga está aqui rezando por você para lhe ajudar: RESA GaGa 🙏 
Portanto, é vedado vincular receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, mas quando se tratar de 
prestação de contragarantia à União, essa vinculação é permitida! Por isso que a questão errada! 
Gabarito: Errado 
5. CESPE – CGM João Pessoa – Auditor – 2018 
No âmbito das finanças públicas, é necessária a existência de prévia autorização legislativa para a instituição 
de fundos de qualquer natureza. 
Comentários: 
Olha só como conhecer a literalidade da norma constitucional é importante: 
Art. 167. São vedados: 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
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Então, a questão está mesmo certo. Para a instituição de fundos de qualquer natureza é necessária a 
existência de prévia autorização legislativa! 
Lembrando que fundo é um conjunto de recursos com a finalidade de desenvolver ou consolidar, através 
de financiamento ou negociação, uma atividade pública específica. 
Gabarito: Certo 
6. CESPE – TCE-PB – Auditor de Contas Públicas – 2018 
No que se refere a vedações constitucionais em matéria orçamentária dispostas nas normas gerais de direito 
financeiro da CF, assinale a opção correta. 
A) A CF não veda a abertura de crédito suplementar ou especial, mesmo sem a indicação dos recursos 
correspondentes e a prévia autorização legislativa. 
B) O início de programas e projetos não incluídos na LOA é admitido excepcionalmente pela CF, desde que a 
sua execução não ultrapasse a previsão orçamentária fixada no exercício financeiro anterior. 
C) A CF veda aos estados e às suas instituições financeiras a realização de transferência voluntária de recursos 
aos municípios para pagamento de despesas com pessoal. 
D) A LOA permite a inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. 
E) A CF admite a edição de medida provisória para a abertura de crédito extraordinário para o atendimento de 
despesas imprevisíveis e urgentes, desde que haja autorização prévia do Poder Legislativo. 
Comentários: 
Vamos logo para as alternativas? 😄 
a) Errada. A CF veda isso sim! Olha só: 
Art. 167. São vedados: 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação 
dos recursos correspondentes; 
b) Errada. Essa exceção aí não existe. Veja: 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
Não há exceções aqui. É simples: se o programa ou projeto não estiverem incluídos na LOA, não poderão 
ser iniciados. 
c) Correta. É verdade! É vedado fazer transferência voluntária ou conceder empréstimo para pagar 
salários, para pagar despesas com pessoal ativo, inativo ou pensionista! 😤 
Art. 167. São vedados: 
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X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de 
receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas 
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
d) Errada. Será mesmo que a LOA permite a inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa? Veja com seus próprios olhos: 
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
Esse é o princípio da exclusividade! 😄 A LOA não é lugar para “besteiras”. A LOA é lugar para previsão 
da receita e à fixação da despesa. 
e) Errada. Não precisa dessa autorização prévia do Poder Legislativo. A Medida Provisória é editada e 
depois é que é submetida ao Poder Legislativo. Afinal, estamos falando de despesas imprevisíveis e urgentes. 
Primeiro resolvemos a urgência e depois nos preocupamos em conseguir os recursos e a autorização legislativa, 
pois se esperássemos por isso, a despesa não iria mais fazer sentido. 
Por exemplo: de que adianta resgatar as vítimas de uma tragédia 2 semanas depois do ocorrido? 😳 O resgate tem que ser 
imediato! 
Vamos ver como isso está na CF/88: 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, 
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, 
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º. 
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, 
observado o disposto no art. 62.” 
Gabarito: C 
7. CESPE – TRT-7ª – Analista judiciário – 2017 
De acordo com os dispositivos constitucionais sobre finanças públicas, ordem econômica e financeira, devem 
ser disciplinadas por lei complementar matérias como a 
A) remessa de lucros ao exterior por empresas de capital estrangeiro. 
B) repressão ao abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados. 
C) concessão de garantias pelas entidades públicas. 
D) emissão de moeda pelo Banco Central do Brasil. 
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Comentários: 
Vamos relembrar o artigo 163? Lá encontramos várias matérias que devem ser reguladas por lei 
complementar: 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas 
pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as 
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 
Olha só oque nós marcamos para você! Justamente o que aparece na alternativa C. Eis o nosso gabarito! 
Detalhe (na alternativa D) é que a emissão de moeda pelo Banco Central do Brasil não é matéria de lei 
complementar, mas “a competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco 
central” (CF/88, art. 164). 
Gabarito: C 
8. CESPE – TCE-PE – Auditor de controle externo – 2017 
Além de apresentar harmonia com o plano plurianual e estar voltado para a redução de desigualdades entre as 
diversas regiões brasileiras, o orçamento federal de investimento deve conter as previsões de receitas e 
despesas de todas as empresas nas quais a União detenha participação societária. 
Comentários: 
Primeiro, o Orçamento de Investimento (OI) deve estar em harmonia com o plano plurianual? Claro! 😃 
Segundo, grave o seguinte: 
Os orçamentos Fiscal (OF) e de Investimento (OI) terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-
regionais, segundo critério populacional. 
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Agora vem a parte interessante. E como adoram fazer essa pegadinha! 😅 
O Orçamento de Investimento contém previsões de receitas e despesas de todas as empresas nas quais 
a União detenha participação societária? 
NÃO! O Orçamento de Investimento (OI) contém as empresas em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto. Não é qualquer percentual do capital social! É maioria 
do capital social. E tem mais: maioria do capital social com direito a voto. 
E é foi por isso que a questão ficou errada! 
Gabarito: Errado 
9. CESPE – Prefeitura de Fortaleza – Procurador do município – 2017 
As disponibilidades financeiras do município devem ser depositadas em instituições financeiras oficiais, 
cabendo unicamente à União, mediante lei nacional, definir eventuais exceções a essa regra geral. 
Comentários: 
É isso mesmo! Confira na CF/88: 
Art. 164, § 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, 
do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
Note que se a União (e somente a União) pode definir, mediante lei de caráter nacional, eventuais 
exceções a essa regra geral. Essa foi uma decisão do STF, confira: 
As disponibilidades de caixa dos Estados-membros, dos órgãos ou entidades que os integram e das 
empresas por eles controladas deverão ser depositadas em instituições financeiras oficiais, cabendo, 
unicamente, à União Federal, mediante lei de caráter nacional, definir as exceções autorizadas pelo 
art. 164, § 3º, da Constituição da República. [ADI 2.661 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 5-6-2002, P, DJ 
de 23-8-2002.] 
E aqui vai um esqueminha para você visualizar: 
Reduzir desigualdades 
inter-regionais
OF e OI SIM
OSS NÃO
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Gabarito: Certo 
10. CESPE – PGE-AM – Procurador do Estado – 2016 
De acordo com a CF, o presidente da República não pode propor alterações ao projeto de lei orçamentária em 
relação a matéria cuja votação já tenha se iniciado na comissão mista permanente competente para emitir 
parecer no âmbito do Congresso Nacional. 
Comentários: 
É isso mesmo! Está tudo certo aí! 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos 
projetos (não é na proposta e nem nas leis) a que se refere este artigo enquanto não iniciada (e não finalizada) 
a votação (e não a discussão), na Comissão mista (não é no Plenário), da parte cuja alteração é proposta 
(somente da parte que está sendo alterada). 
Gabarito: Certo 
11. CESPE – TCE-PA – Auditor de Controle Externo – 2016 
Depende de autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias do estado-membro a admissão ou 
contratação de pessoal por sociedade de economia mista estadual. 
Comentários: 
É! Aumento de despesas com pessoal é coisa séria! 😄 Se quiser aumentar as despesas com pessoal, de 
qualquer forma (seja concedendo vantagem ou aumento de remuneração, seja contratando pessoal, seja 
criando cargos ou alterando a estrutura de carreiras): 
• de Empresas Públicas (EP) e Sociedades de Economia Mista (SEM): não é necessária 
autorização específica na LDO; 
• de qualquer outro órgão, entidade ou fundação: é necessária autorização específica na LDO. 
Agora vejamos a questão: ela pergunta sobre a admissão ou contratação de pessoal por Sociedade de 
Economia Mista (SEM). Depende de autorização específica na LDO? NÃO! 
A questão diz que sim! E é por isso que ela está errada! 
Gabarito: Errado 
 
• Depositadas no BacenDisponibilidades da 
União
• Depositadas em instituições financeiras 
oficiais, ressalvados os casos previstos em lei
Disponibilidades dos 
Estados, DF, Municípios, 
e órgãos ou entidades 
públicas
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12. CESPE – DPE-RN – Defensor Público substituto – 2015 
Assinale a opção correta acerca do regime constitucional dos gastos públicos. 
A) A existência de prévia autorização legislativa é requisito suficiente para a abertura de crédito suplementar 
ou especial. 
B) A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para 
outra ou de um órgão para outro não depende de prévia autorização legislativa. 
C) A instituição de fundos de qualquer natureza pode ser autorizada por decreto do Poder Executivo, 
circunstância em que tal ato terá a natureza de decreto autônomo. 
D) Para se iniciar investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, basta que esse investimento 
esteja previsto na LOA do primeiro exercício financeiro de sua execução. 
E) O início de programas e projetos governamentais não será possível sem a inclusão deles na LOA. 
Comentários: 
Alternativas? SIM! 😃 
a) Errada. Para abrir créditos suplementares ou especiais, não basta ter prévia autorização legislativa. 
Também é necessário indicar de onde vem o dinheiro para pagar por essas despesas, ou seja, é necessário 
indicar a fonte dos recursos. 
Isso porque (CF/88): 
Art. 167. São vedados: 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação 
dos recursos correspondentes; 
b) Errada. Opa. Depende sim. Observe (CF/88): 
Art. 167. São vedados: 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
c) Errada. Instituir fundos por decreto? Nada disso! É por lei! 
Art. 167. São vedados: 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
d) Errada. Para se iniciar investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, ele precisa estar 
previsto no Plano Plurianual (PPA), porque (CF/88): 
Art. 167, § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime 
de responsabilidade. 
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e) Correta. É simples: se o programa ou projeto não estiverem incluídos na LOA, não poderão ser 
iniciados. 
Art. 167. São vedados: 
I - o iníciocompetência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais. 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar 
dos Estados. 
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§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe 
for contrário. 
“Como é isso aí, professor?” 🤨 
Calma! Vou simplificar pra você. ☺ Funciona assim: 
Quem faz as normas gerais é a União. A competência da União se limita a isso! ☝ 
E essa competência da União não impede os Estados de editarem normas suplementares, ou seja, “não 
exclui a competência suplementar dos Estados”. 
Caso a União não edite normas gerais, ou seja, “inexistindo lei federal sobre normas gerais”, então cada 
Estado pode fazer suas próprias normas gerais, exercendo a sua “competência legislativa plena, para atender 
a suas peculiaridades”. 😃 
“E se o Estado tiver exercido sua competência legislativa plena e depois a União venha editar normas gerais? 
O que acontece, professor?” 🤔 
Excelente pergunta! Em outras palavras, você está perguntando: e no caso de superveniência de lei 
federal sobre normas gerais, o que acontece? 
Acontece o seguinte: os dispositivos da lei estadual que forem conflitantes com os dispositivos da lei 
federal (somente esses dispositivos e não a lei toda) terão sua eficácia suspensa. 
Atenção: a lei não será revogada! Essa é a pegadinha! 
 
Preste atenção! 
A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia (e não revoga) da lei 
estadual, somente no que lhe for contrário (e não toda a lei) 
Questões para fixar 
CESPE – SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual – 2019 
A respeito da organização do Estado, a União, os estados federados e o Distrito Federal podem legislar concorrentemente 
sobre 
A) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. 
B) ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. 
C) combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores 
desfavorecidos. 
D) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. 
E) política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores. 
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Comentários: 
Prova de alto nível, mas com uma resolução simples. Observe a alternativa A. Agora observe o disposto na CF/88: 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
É só lembrar do Tri Fi Pen Ec Ur O ou do PUFETO. 
Veja que a questão também tomou o cuidado de não citar os municípios, para ficar igualzinha ao artigo 24 da CF/88. 
Pronto, já encontramos nosso gabarito. As demais alternativas são temas de direito constitucional! 😆 
Gabarito: A 
CESPE – PGE-AM - Procurador do Estado – 2018 
A competência legislativa municipal suplementar não se estende ao direito financeiro, uma vez que o constituinte, ao 
tratar da competência concorrente para legislar sobre tal matéria, não contemplou os municípios. 
Comentários: 
Opa! A competência legislativa municipal suplementar se estende ao direito financeiro sim! A banca primeiro diz uma 
mentira e depois coloca uma justificativa “bonita” para você escorregar! Cuidado! 
É verdade que os municípios não estão expressamente inseridos no artigo 24, mas isso não retira deles a sua competência 
legislativa suplementar para legislar sobre direito financeiro. Afinal de contas, municípios também possuem orçamento 
público, não é mesmo? 😏 
Gabarito: Errado 
Medidas Provisórias (art. 62) 
Vejamos: 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, 
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, 
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º. 
Opa! Tem uma ressalva aí! Que ressalva é essa? 🤨 
É para a abertura de créditos extraordinários: 
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, 
observado o disposto no art. 62.” 
Pronto. Com isso, podemos afirmar que: a única matéria de AFO que pode ser regulada por medida 
provisória é abertura de créditos extraordinários. Eu disse extraordinários (não adicionais, não 
suplementares, não especiais. Só os extraordinários). 
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Resumindo 
É vedada a edição de medidas provisórias sobre qualquer coisa relacionada a orçamento, exceto 
sobre créditos extraordinários. 
 
Lei Complementar (art. 163, 165 e 169) 
Vamos começar explicando o óbvio: a lei complementar complementa a Constituição! 😉 
“Ó, professor! Não me digam!” 😱 
É! Vou dizer! 😂 
A Lei Complementar (LC) tem o propósito de complementar a Constituição, explicando, adicionando ou 
completando determinado assunto. E a Constituição aponta quais matérias cabem à lei complementar. É como 
se ela dissesse: 
“Olha, o assunto X precisa ser melhor explicado, precisa ser complementado. E quem vai fazer isso é a lei complementar. 
Portanto, cabe à lei complementar dispor sobre o assunto X!” 
Muito bem. Você também tem que saber que, enquanto as leis ordinárias são aprovadas por maioria 
simples: 
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. 
E tem mais: somente uma lei complementar pode alterar ou revogar outra lei complementar, por conta 
de sua matéria específica e de seu quórum diferenciado (maioria absoluta). Afinal você acha justo uma lei que 
foi designada pela Constituição Federal para tratar de um assunto e que foi aprovada por maioria absoluta ser 
alterada ou revogada por uma lei que não recebeu esse privilégio da Constituição e que pode ser aprovada por 
maioria simples? 🤔 
Não, não é mesmo?! 😄 
Conclusão: 
Uma lei ordinária não pode alterar ou revogar uma lei complementar! 
Então, beleza! Agora é a hora que você pergunta: 
“Professor, no âmbito das finanças públicas, o que a CF/88 exige que seja regulado por meio de lei 
complementar (LC)? Em outras palavras: o que cabe à lei complementar?” 🧐 
Uh! Era aqui onde eu precisava chegar. 😎 
Em seguida, vou transcrever os dispositivos constitucionais e fazer os devidos comentários (essa parte é 
assim mesmo. Tem que saber o que é tema de lei complementar e o que não é. Mas eu destacarei o que é mais 
importante, claro! 😄): 
 
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CAPÍTULO II 
DAS FINANÇAS PÚBLICAS 
Seção I 
NORMAS GERAIS 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas 
pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
Vde programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
Gabarito: E 
13. CESPE – TCE-RN – Auditor – 2015 
Segundo a CF, é vedado ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro 
Nacional ou a órgão ou entidade que não seja integrante do sistema financeiro. 
Comentários: 
Literalidade da Constituição Federal. E é por isso que você precisa estar afiado nela! Confira: 
Art. 164, § 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro 
Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
O banco central é o banco dos bancos 🏦 
Portanto, o banco central pode conceder empréstimos para: 
• instituições financeiras: sim! 
• órgão ou entidade que não seja instituição financeira: não! 
Gabarito: Certo 
14. CESPE – Prefeitura de Salvador - BA – Procurador do município – 2015 
A exoneração de servidor público estável, se necessária, não gerará direito a indenização, pois o desligamento 
visa obter redução dos custos da máquina pública e não produzir mais despesas. 
Comentários: 
Quem não fará jus a indenização, nesse caso, é o servidor público não estável! Esse só ganha um tapinha 
nas costas de consolo mesmo... 😬 
O servidor público estável faz jus a indenização sim, correspondente a um mês de remuneração por ano 
de serviço. Então, por exemplo, se o servidor tinha 5 anos de serviço, receberá uma indenização de 5 salários. 
😉 
Gabarito: Errado 
15. CESPE – Prefeitura de Salvador - BA – Procurador do município – 2015 
Os cargos vagos por conta da dispensa de servidores estáveis serão declarados extintos, sendo vedada a criação 
de cargos, empregos ou funções de atribuições iguais ou assemelhadas pelo período de quatro anos. 
Comentários: 
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Exatamente! Essa quarentena deve ser respeitada! Isso serve para dificultar a utilização desse artifício 
(protegendo os servidores estáveis) e para evitar que a Administração “dê uma de espertinha”, extinguindo os 
cargos, mas logo depois criando outros iguais ou assemelhados. 😒 
Veja como isso aparece na CF/88: 
Art. 169, § 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, 
vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de 
quatro anos. 
Gabarito: Certo 
16. CESPE – TJ-PB – Juiz substituto – 2015 
A respeito da disciplina constitucional sobre finanças públicas e orçamentos, assinale a opção correta. 
A) A fim de adequar-se aos limites legais de despesa com pessoal e evitar a suspensão de repasses federais, o 
Estado deverá reduzir despesas com cargos comissionados e funções de confiança, vedada a exoneração de 
concursados. 
B) É vedada a concessão de empréstimos pelas instituições financeiras públicas para pagamento de despesas 
com pessoal ativo e inativo dos estados, do DF e dos municípios. 
C) O princípio da anualidade tributária proíbe a aplicação de tributo no mesmo exercício financeiro em que ele 
for criado. 
D) Compete às duas Casas do Congresso Nacional fixar, por proposta do presidente, na lei orçamentária anual, 
os limites globais da dívida consolidada da União, dos estados, do DF e dos municípios. 
E) A lei de iniciativa do presidente que instituir o plano plurianual estabelecerá, entre outros temas, as metas 
da administração federal, incluindo-se as despesas de capital para o exercício seguinte e as orientações para a 
elaboração da lei orçamentária anual. 
Comentários: 
Vejamos nossas alternativas: 
a) Errada. Por mais triste que essa regra seja para você, a exoneração de concursados é possível nessa 
situação. Portanto, ela não é vedada. Eis o erro da alternativa. Vejamos a regra constitucional: 
Art. 169, § 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação 
aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou 
estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites. 
Art. 169, § 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo 
fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
adotarão as seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de 
confiança; 
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II - exoneração dos servidores não estáveis. 
b) Correta. Isso mesmo! É vedado fazer transferência voluntária ou conceder empréstimo para pagar 
salários, para pagar despesas com pessoal ativo, inativo ou pensionista! 😤 Veja: 
Art. 167. São vedados: 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de 
receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas 
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
c) Errada. Esse é o princípio da anterioridade tributária (e não anualidade). 😉 
d) Errada. Isso não compete às duas Casas do Congresso Nacional. Compete somente ao Senado 
Federal. Confira aqui: 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
e) Errada. Eita! A alternativa misturou disposições do PPA e da LDO. 
O PPA, de fato, estabelecerá, entre outros temas, as metas da administração federal, mas não as metas 
para as despesas de capital para o exercício seguinte e também não estabelecerá as orientações para a 
elaboração da lei orçamentária anual, porque quem faz isso é a LDO! 😄 
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para 
as relativas aos programas de duração continuada. 
PPA regional DOM DK ODD PDC 
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a 
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá 
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Gabarito: B 
17. CESPE – TCE-RN – Auditor – 2015 
A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra 
ou de um órgão para outro são proibidos se não houver prévia autorização legislativa, exceto no âmbito das 
atividades de ciência, tecnologia e inovação, quando o objetivo for viabilizar os resultados de projetos restritos 
a essas funções. 
Comentários: 
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Esse é o princípio da proibição do estorno. Normalmente, o gestor público não pode transpor, 
remanejar ou transferir recursos sem autorização legislativa, do contrário toda a finalidade do orçamento 
público e do princípio da legalidade estariam em risco. 😬 
Porém, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, e com o objetivo de viabilizar os 
resultados de projetos restritos a essas funções, a transposição, o remanejamento ou a transferência pode ser feita 
sem necessidade da prévia autorização legislativa. 😉 
É isso que a regra constitucional nos diz: 
§ 5º A transposição,o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o 
objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, 
sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. 
Lembre-se: ciência, tecnologia e inovação: sem necessidade de prévia autorização (até rima 😅). 
Gabarito: Certo 
18. CESPE – MEC – Especialista em Regulação da Educação Superior– 2014 
As despesas com o pessoal ativo e inativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios somente 
poderão exceder os limites estabelecidos em lei complementar, quando devidamente justificadas e aprovadas 
pelo Ministério Público. 
Comentários: 
Essa exceção não existe. Eis o disposto na CF/88: 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
E ponto final! 😤 
Gabarito: Errado 
19. CESPE – TCE-ES – Auditor – 2012 
É conhecida como regra de ouro a vedação, prevista na CF, à realização de operações de créditos que excedam 
o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares, ou especiais, 
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta. 
Comentários: 
Essa é a literalidade da Constituição Federal. Confira: 
Art. 167. São vedados: 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas 
as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta; 
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Matematicamente falando: 
Regra de ouro: OC £ DK 
E grave bem esses requisitos das ressalvas: 
• Créditos suplementares ou especiais; 
• Finalidade precisa; 
• Aprovados por maioria absoluta. 
Gabarito: Certo 
20. CESPE – UNIPAMPA – Contador – 2013 
Na Constituição Federal de 1988, é vedada a realização de operações de crédito que excedam o montante das 
despesas de capital, a fim de evitar o desequilíbrio orçamentário, em especial, o déficit das operações correntes. 
Comentários: 
A famosa regra de ouro! É isso mesmo: 
Art. 167. São vedados: 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas 
as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta; 
A mensagem que essa regra passa é que o endividamento só pode ser admitido para a realização de 
investimento ou abatimento da dívida. A ideia é evitar o endividamento para financiar despesas correntes. 
Por exemplo: já pensou você tomando empréstimos e entrando no cheque especial para pagar despesas corriqueiras, 
como alimentação, aluguel, energia, etc? Isso não seria nada bom! 😬 Se sua renda não consegue cobrir nem essas 
despesas correntes, é sinal de que sua situação financeira não está nada boa, é sinal de que o orçamento está 
desequilibrado. 
Então é verdade que a regra de ouro serve para evitar o desequilíbrio orçamentário, em especial, o 
déficit das operações correntes. 
Gabarito: Certo 
 
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Lista de questões – Cespe 
1. CESPE – PGM Manaus – Procurador do Município – 2018 
É vedado autorizar a abertura de créditos suplementares no texto da lei orçamentária anual municipal. 
2. CESPE – ABIN – Oficial Técnico de Inteligência - Área 1 – 2018 
São reservadas à lei de diretrizes orçamentárias disposições sobre exercício financeiro, vigência, prazos, 
elaboração e organização do plano plurianual. 
3. CESPE – ABIN – Oficial Técnico de Inteligência - Área 1 – 2018 
É vedada a prorrogação de vigência de créditos especiais para exercício financeiro diverso daquele em que os 
referidos créditos foram autorizados. 
4. CESPE – CGM João Pessoa – Auditor – 2018 
É vedada a vinculação das receitas próprias geradas pelos impostos municipais à prestação de contragarantia 
à União. 
5. CESPE – CGM João Pessoa – Auditor – 2018 
No âmbito das finanças públicas, é necessária a existência de prévia autorização legislativa para a instituição 
de fundos de qualquer natureza. 
6. CESPE – TCE-PB – Auditor de Contas Públicas – 2018 
No que se refere a vedações constitucionais em matéria orçamentária dispostas nas normas gerais de direito 
financeiro da CF, assinale a opção correta. 
A) A CF não veda a abertura de crédito suplementar ou especial, mesmo sem a indicação dos recursos 
correspondentes e a prévia autorização legislativa. 
B) O início de programas e projetos não incluídos na LOA é admitido excepcionalmente pela CF, desde que a 
sua execução não ultrapasse a previsão orçamentária fixada no exercício financeiro anterior. 
C) A CF veda aos estados e às suas instituições financeiras a realização de transferência voluntária de recursos 
aos municípios para pagamento de despesas com pessoal. 
D) A LOA permite a inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. 
E) A CF admite a edição de medida provisória para a abertura de crédito extraordinário para o atendimento de 
despesas imprevisíveis e urgentes, desde que haja autorização prévia do Poder Legislativo. 
 
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7. CESPE – TRT-7ª – Analista judiciário – 2017 
De acordo com os dispositivos constitucionais sobre finanças públicas, ordem econômica e financeira, devem 
ser disciplinadas por lei complementar matérias como a 
A) remessa de lucros ao exterior por empresas de capital estrangeiro. 
B) repressão ao abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados. 
C) concessão de garantias pelas entidades públicas. 
D) emissão de moeda pelo Banco Central do Brasil. 
8. CESPE – TCE-PE – Auditor de controle externo – 2017 
Além de apresentar harmonia com o plano plurianual e estar voltado para a redução de desigualdades entre as 
diversas regiões brasileiras, o orçamento federal de investimento deve conter as previsões de receitas e 
despesas de todas as empresas nas quais a União detenha participação societária. 
9. CESPE – Prefeitura de Fortaleza – Procurador do município – 2017 
As disponibilidades financeiras do município devem ser depositadas em instituições financeiras oficiais, 
cabendo unicamente à União, mediante lei nacional, definir eventuais exceções a essa regra geral. 
10. CESPE – PGE-AM – Procurador do Estado – 2016 
De acordo com a CF, o presidente da República não pode propor alterações ao projeto de lei orçamentária em 
relação a matéria cuja votação já tenha se iniciado na comissão mista permanente competente para emitir 
parecer no âmbito do Congresso Nacional. 
11. CESPE – TCE-PA – Auditor de Controle Externo – 2016 
Depende de autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias do estado-membro a admissão ou 
contratação de pessoal por sociedade de economia mista estadual. 
12. CESPE – DPE-RN – Defensor Público substituto – 2015 
Assinale a opção correta acerca do regime constitucional dos gastos públicos. 
A) A existência de prévia autorização legislativa é requisito suficiente para a abertura de crédito suplementar 
ou especial. 
B) A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para 
outra ou de um órgão para outro não depende de préviaautorização legislativa. 
C) A instituição de fundos de qualquer natureza pode ser autorizada por decreto do Poder Executivo, 
circunstância em que tal ato terá a natureza de decreto autônomo. 
D) Para se iniciar investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, basta que esse investimento 
esteja previsto na LOA do primeiro exercício financeiro de sua execução. 
E) O início de programas e projetos governamentais não será possível sem a inclusão deles na LOA. 
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13. CESPE – TCE-RN – Auditor – 2015 
Segundo a CF, é vedado ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro 
Nacional ou a órgão ou entidade que não seja integrante do sistema financeiro. 
14. CESPE – Prefeitura de Salvador - BA – Procurador do município – 2015 
A exoneração de servidor público estável, se necessária, não gerará direito a indenização, pois o desligamento 
visa obter redução dos custos da máquina pública e não produzir mais despesas. 
15. CESPE – Prefeitura de Salvador - BA – Procurador do município – 2015 
Os cargos vagos por conta da dispensa de servidores estáveis serão declarados extintos, sendo vedada a criação 
de cargos, empregos ou funções de atribuições iguais ou assemelhadas pelo período de quatro anos. 
16. CESPE – TJ-PB – Juiz substituto – 2015 
A respeito da disciplina constitucional sobre finanças públicas e orçamentos, assinale a opção correta. 
A) A fim de adequar-se aos limites legais de despesa com pessoal e evitar a suspensão de repasses federais, o 
Estado deverá reduzir despesas com cargos comissionados e funções de confiança, vedada a exoneração de 
concursados. 
B) É vedada a concessão de empréstimos pelas instituições financeiras públicas para pagamento de despesas 
com pessoal ativo e inativo dos estados, do DF e dos municípios. 
C) O princípio da anualidade tributária proíbe a aplicação de tributo no mesmo exercício financeiro em que ele 
for criado. 
D) Compete às duas Casas do Congresso Nacional fixar, por proposta do presidente, na lei orçamentária anual, 
os limites globais da dívida consolidada da União, dos estados, do DF e dos municípios. 
E) A lei de iniciativa do presidente que instituir o plano plurianual estabelecerá, entre outros temas, as metas 
da administração federal, incluindo-se as despesas de capital para o exercício seguinte e as orientações para a 
elaboração da lei orçamentária anual. 
17. CESPE – TCE-RN – Auditor – 2015 
A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra 
ou de um órgão para outro são proibidos se não houver prévia autorização legislativa, exceto no âmbito das 
atividades de ciência, tecnologia e inovação, quando o objetivo for viabilizar os resultados de projetos restritos 
a essas funções. 
18. CESPE – MEC – Especialista em Regulação da Educação Superior– 2014 
As despesas com o pessoal ativo e inativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios somente 
poderão exceder os limites estabelecidos em lei complementar, quando devidamente justificadas e aprovadas 
pelo Ministério Público. 
 
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19. CESPE – TCE-ES – Auditor – 2012 
É conhecida como regra de ouro a vedação, prevista na CF, à realização de operações de créditos que excedam 
o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares, ou especiais, 
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta. 
20. CESPE – UNIPAMPA – Contador – 2013 
Na Constituição Federal de 1988, é vedada a realização de operações de crédito que excedam o montante das 
despesas de capital, a fim de evitar o desequilíbrio orçamentário, em especial, o déficit das operações correntes. 
 
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Gabarito – Cespe 
1. Errado 
2. Errado 
3. Errado 
4. Errado 
5. Certo 
6. C 
7. C 
8. Errado 
9. Certo 
10. Certo 
11. Errado 
12. E 
13. Certo 
14. Errado 
15. Certo 
16. B 
17. Certo 
18. Errado 
19. Certo 
20. Certo
 
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Resumo direcionado 
1. Competência legislativa (art. 24) 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II – orçamento; (...) 
Tri Fi Pen Ec Ur O 
ou 
PUFETO 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais. 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar 
dos Estados. 
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe 
for contrário. 
2. Medidas Provisórias (art. 62) 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, 
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, 
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º. 
É vedada a edição de medidas provisórias sobre qualquer coisa relacionada a orçamento, exceto 
sobre créditos extraordinários. 
 
 
 
 
 
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3. Lei Complementar (art. 163, 165 e 169) 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas 
pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as 
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 
Art. 165, § 9º Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como 
condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando 
houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações 
de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
4. Moeda e Banco Central (art. 164) 
Art. 164, § 1º Évedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro 
Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
O banco central é o banco dos bancos 🏦 
 
 
•Depositadas no BacenDisponibilidades da União
•Depositadas em instituições financeiras oficiais, 
ressalvados os casos previstos em lei
Disponibilidades dos 
Estados, DF, Municípios, e 
órgãos ou entidades 
públicas
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5. Instrumentos de planejamento governamental – PPA, LDO e LOA (art. 165 e 166) 
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para 
as relativas aos programas de duração continuada. 
 
 
 
 
 
LDO
Metas e Prioridades (MP)
DK para exercício subsequente
Orienta a elaboração da LOA
Dispõe sobre alterações na 
legislação tributária
Estabelece a política de aplicação 
das ag. financ. oficiais de fomento
• Empresas estatais independentesInvestimento
• PAS (Previdência, Assistência social e Saúde)Seguridade Social
• "O resto": toda a Adm. Pública, exceto OSS e OIFiscal
Reduzir 
desigualdades 
inter-regionais
OF e OI SIM
OSS NÃO
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Art. 165, § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório 
resumido da execução orçamentária. 
 
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação 
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor 
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão 
mista, da parte cuja alteração é proposta. 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos 
(não é na proposta e nem nas leis) a que se refere este artigo enquanto não iniciada (e não finalizada) a votação 
(e não a discussão), na Comissão mista (não é no Plenário), da parte cuja alteração é proposta (somente da parte 
que está sendo alterada). 
6. Emendas individuais impositivas (art. 166) 
 
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro 
e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder 
Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste 
artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente 
líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação 
definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. 
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações incluídas 
por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no 
montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. 
Somente as emendas individuais terão metade de seu percentual destinado a ações e serviços 
públicos de saúde. As emendas de bancada não! 
• Bimestre (2 meses)RREO
• Quadrimestre (4 meses)RGF
Emendas 
parlamentares
Individuais EC 86/2015
Coletivas
De bancada EC 100/2019
De comissão
de Relatoria
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Nas emendas individuais impositivas (art. 166, § 11): 
Planejamento Execução 
Aprovadas no limite de 
É obrigatória a execução orçamentária e 
financeira das emendas parlamentares 
individuais, em montante correspondente a 
1,2% da RCL 1,2% da RCL 
Prevista no projeto encaminhado pelo Poder 
Executivo. 
Realizada no exercício anterior 
Mas nas emendas de bancada impositivas não há essa divisão. É 1% da RCL realizada no exercício 
anterior e pronto! 
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de execução 
obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. 
Antes, no caso de impedimentos de ordem técnica, as medidas a serem adotas estavam dispostas na 
própria CF/88. Hoje elas estão definidas na LDO! 
 
Art. 165, § 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os 
meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à 
sociedade. 
 
Restos a pagar
Podem ser 
considerados na 
execução 
financeira
Emendas 
individuais
1,2% 
0,6% da RCL 
executada no 
exercício 
anterior
Emendas de 
bancada
1%
0,5% da RCL 
executada no 
exercício 
anterior
Emendas 
individuais 
impositivas
Orçamento ainda 
em discussão (2a
etapa do ciclo 
orçamentário)
1,2% da RCL 
prevista no PLOA
(metade para a 
saúde: 0,6%)
Orçamento já em 
execução (3a etapa 
do ciclo 
orçamentário)
1,2% da RCL 
realizada no 
exercício anterior
não serão de execução 
obrigatória nos casos 
dos impedimentos 
de ordem técnica
restos a pagar 
poderão ser 
considerados até o 
limite de 0,6% da RCL 
realizada no exercício 
anterior
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7. Vedações constitucionais (art. 167) 
Art. 167. São vedados: 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas 
as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta; 
Regra de ouro: OC £ DK 
O endividamento só pode ser admitido para a realização de investimento ou abatimento da dívida. A 
ideia é evitar o endividamento para financiar despesas correntes. 
Mas como toda boa regra, há exceção. A regra de ouro pode ser “quebrada”. Grave bem os requisitos 
para isso: 
• Créditos suplementares ou especiais; 
• Finalidade precisa; 
• Aprovados por maioria absoluta. 
Princípio da não vinculação (não afetação) da receita de impostos 
Repartição constitucional do produto da arrecadação dos impostos; 
Destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino; 
Destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde; 
Destinação de recursos para a realização de atividades da administração tributária; 
Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita (ARO); 
Prestação de garantia ou contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta. 
 
Emendas de 
bancada
1% da RCL realizada
no exercício anterior
não serão de execução obrigatória nos casos 
dos impedimentos de ordem técnica
restos a pagar poderão ser considerados
até o limite de 0,5% da RCL realizada no 
exercício anterior
início de investimentos com duração de mais 
de 1 (um) exercício financeiro ou cuja 
execução já tenha iniciado: emenda pela 
mesma bancada estadual, a cada exercício, 
até a conclusão da obra
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Mnemônico: 
RESA GaGa 🙏 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
E agora vem a exceção: 
Art. 167, § 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e 
inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do 
Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. 
Lembre-se: ciência, tecnologia e inovação: sem necessidade de prévia autorização (rimou 😅). 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive 
dos mencionados no art. 165, § 5º; 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de 
receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas 
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para 
a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de 
que trata o art. 201. 
Os recursos provenientes dessas contribuições não podem ser utilizados para pagar algo diferente do 
benefício do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Ou seja: esses recursos são utilizados para pagar os 
benefícios do RGPS. Que contribuições são essas: 
• Contribuição social do empregador sobre a folha de salários; 
• Contribuição social do trabalhador e dos demais segurados da previdência social. 
Art. 167, § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime 
de responsabilidade. 
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, 
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício 
financeiro subsequente. 
Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício 
podem ser reabertos no exercício seguinte nos limites de seus saldos e viger até o término desse exercício 
financeiro. 
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8. Recursos destinados aos órgãos dos demais Poderes (art. 168) 
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos 
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério 
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na 
forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. 
A CF/88 acaba definindo o cronograma mensal de desembolso dos Poderes Legislativo e Judiciário, do 
Ministério Público e da Defensoria Pública. 
9. Despesas com pessoal (art. 169) 
9.1. Aumento de despesas com pessoal 
Se quiserem aumentar as despesas com pessoal, seja concedendo vantagem ou aumento de 
remuneração, seja contratando pessoal, seja criando cargos ou alterando a estrutura de carreiras: 
• de Empresas Públicas (EP) e Sociedades de Economia Mista (SEM): não é necessária 
autorização específica na LDO; 
• de qualquer outro órgão, entidade ou fundação: é necessária autorização específica na LDO. 
9.2. Não observância dos limites de despesas com pessoal 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei 
complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as 
seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de 
confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis. 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o 
cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá 
perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade 
funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. 
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente 
a um mês de remuneração por ano de serviço. 
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a 
criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. 
 
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Eu quero 
 
ouvir você! 
E você? Quer aulas melhores? 😃 
Então me diz: 
O que você achou da aula? 
Só com a sua ajuda é que eu vou conseguir melhorar! 😄 
Se você gostou: ótimo! Agora, se não gostou, pode “tacar o pau”! 😂 Não fique com vergonha! Seja 
honesto(a) mesmo! Eu não vou ficar com raiva. Eu vou é lhe agradecer! E muito! 😃 ? 
Me diz aí: o que eu poderia fazer melhor no futuro? O que pode melhorar na minha aula? O que você 
gostou e o que você não gostou na aula? O que você achou do ritmo da aula? O que eu fiz errado e o que eu fiz 
certo? 
Você pode: 
 me mandar um e-mail neste endereço: profsergiomachadofilho@gmail.com 👈 
 me mandar um inbox no Facebook: ProfSergioMachado (https://www.facebook.com/profsergiomachado) 👈 
 me mandar um direct no Instagram: ProfSergioMachado (https://www.instagram.com/profsergiomachado) 👈 
 
Muito obrigado! ?- fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as 
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 
“Espera aí, professor. Tem alguma lei que trata desses temas aí, não tem?” 🧐 
Opa! Tem sim. E o nome dela é: Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 😄 
A LRF dispõe sobre esses assuntos. O artigo 163 serviu de base para a elaboração da LRF. 
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS 
(...) 
Art. 165, § 9º Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
“Já sei, professor. A LRF também trata desses assuntos!” 😃 
Huuum! Mais ou menos! 😑 
A LRF aborda parcialmente esses temas. Isso quer dizer que a LRF não é a tão sonhada nova lei de 
finanças públicas (aquela que irá substituir a Lei 4.320/64), prevista no art. 165, § 9º, I, da CF/88. 
Por exemplo: a LRF dispõe sobre PPA, LDO e LOA, mas os prazos de encaminhamento e devolução para sanção dessas 
leis orçamentárias (no âmbito da União) em vigor atualmente ainda são aqueles estabelecidos no art. 35 do ADCT. 
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II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como 
condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando 
houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações 
de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. 
O que é execução equitativa? É a execução das programações de caráter obrigatório que que observe 
critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas parlamentares 
apresentadas. 
Quais são os critérios da execução equitativa? É a lei complementar quem vai dizer! 😅 
E a lei complementar também vai dispor sobre: 
• procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos; 
• cumprimento de restos a pagar; e 
• limitação das programações de caráter obrigatório. 
“E para que tudo isso, professor?” 
Para realizar o disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. 
“E esses dispositivos falam sobre o quê?” 
Sobre emendas parlamentares impositivas! O pedacinho de orçamento impositivo que temos dentro 
do nosso orçamento autorizativo! 😉 Eis os mencionados dispositivos: 
Art. 166, § 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em 
montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício 
anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no 
§ 9º do art. 165. 
Art. 166, § 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações incluídas por 
todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no montante de até 1% 
(um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. 
Viu aí onde estão definidos os critérios para a execução equitativa da programação? 😏 
Muito bem! 
Para que mais a CF/88 exige lei complementar, no âmbito das finanças públicas? 🤔 
Limites da despesa com pessoal! 😄 Senão vejamos: 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
Então, os limites para despesa com pessoal são estabelecidos onde? 🧐 
Em lei complementar! Mais especificamente na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em seus artigos 19 
e 20. 😉 
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Ah! Então é assim: 
 
Moeda e Banco Central (art. 164) 
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. 
A União detém a competência para emitir moeda (CF/88, art. 21, VII). 
Certo. E essa competência, essa emissão de moeda pode ser feita por qualquer um? 
NÃO! Somente pelo banco central! 😄 É uma competência exclusiva do banco central. Não é do Banco 
do Brasil. É do Banco Central! 
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e 
a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
Entenda o seguinte: 
O banco central é o banco dos bancos 🏦 
Se você entender isso, então você conclui que o banco central só pode emprestar dinheiro para 
instituições financeiras. E, por isso, não pode emprestar para o Tesouro Nacional e nem para órgão ou entidade 
que não seja instituição financeira. 
Então, eu pergunto: 
• se for instituição financeira, pode receber empréstimo do Bacen? PODE! 😃 
• se não for instituição financeira, pode receber empréstimo do Bacen? NÃO! 😤 
Lembre-se: a proibição é para a concessão de empréstimos a qualquer órgão ou entidade que não seja 
instituição financeira. 😉 
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de 
regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
“Que é isso, professor? Comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional? Regular a oferta de moeda 
ou a taxa de juros?” 
É isso mesmo. O banco central regula a oferta de moeda e a taxa de juros por meio da compra e venda de 
títulos de emissão do Tesouro Nacional. 😄 
Pense na lei da oferta e da procura (lá da disciplina de economia). Quando há muita oferta de um 
produto, o seu preço é baixo. Quando há pouca oferta de um produto, o seu preço é alto. Agora imagine que a 
moeda é esse produto. Quando há muita moeda circulando, o preço da moeda é baixo. Quando há pouca 
moeda circulando, o preço da moeda é alto. 
Limites da 
despesa com 
pessoal
Lei 
complementar 
(LRF)
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“E o que é esse preço da moeda, professor?” 🧐 
É a taxa de juros. A taxa de juros é o preço da moeda. 
 
 
Portanto, 
• Se o banco central quer reduzir a oferta de moeda (e aumentar a taxa de juros), ele vai vender 
títulos de emissão do Tesouro Nacional: as pessoas vão entregar a sua moeda e receber títulos. 
Isso vai retirar moeda de circulação, enxugando o mercado; 
• Se o banco central quer aumentar a oferta de moeda (e reduzir a taxa de juros), ele vai comprar 
títulos de emissão do Tesouro Nacional: o banco central vai entregar a sua moeda (que não estava 
em circulação) e pegar títulos. Agora essa moeda estará em circulação. 
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
Simplificando: as disponibilidades (o dinheiro, a grana, a bufunfa 💰) da União são depositadas no Bacen. 
Agora atenção: a Conta Única do Tesouro Nacional é mantida no Bacen, mas é operacionalizada pelo 
Banco do Brasil. Isso significa que o Banco do Brasil somente arrecada as receitas. Posteriormente, essas 
receitas são recolhidas para o banco central, que é onde está a Conta Única.“E o resto da Administração Pública? Eles podem depositar onde quiserem?” 🤔 
O resto da Administração Pública vai depositar em instituições financeiras oficiais (ressalvados os casos 
previstos em lei). 
Aqui vai um esqueminha para você visualizar: 
 
Conta Única do 
Tesouro Nacional
Operacionalizada pelo Banco do Brasil
Mantida no Banco Central
• Depositadas no BacenDisponibilidades da 
União
• Depositadas em instituições financeiras 
oficiais, ressalvados os casos previstos em lei
Disponibilidades dos 
Estados, DF, Municípios, 
e órgãos ou entidades 
públicas
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Fonte: CRUZ, Victor. Constituição Federal anotada para concursos. 10ª edição. Rio de Janeiro, Ferreira, 2017. 
 
 
Questões para fixar 
VUNESP – Prefeitura de Sorocaba - SP - Procurador do Município – 2018 
A legislação nacional impõe uma série de restrições à aplicação das disponibilidades de caixa dos entes da federação, com 
o intuito de evitar aplicações temerárias de recursos públicos, em prejuízo de toda a sociedade. A respeito desse tema, é 
correto afirmar que 
A) as disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco do Brasil; as dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, em instituições financeiras brasileiras. 
B) não se aplicam às empresas controladas pela União, pelos Estados e pelos Municípios as restrições constitucionais à 
aplicação de suas disponibilidades de caixa apenas em títulos emitidos por instituições privadas nacionais. 
C) as disponibilidades de caixa da União serão depositadas na Caixa Econômica Federal, e as reservas internacionais, no 
Banco Central do Brasil. 
D) as disponibilidades de caixa dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas serão aplicadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
E) as disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social próprio dos servidores públicos ficarão depositadas em 
conta única, juntamente às demais disponibilidades de cada ente, e serão aplicadas nas condições de mercado. 
Comentários: 
Olha aí a pegadinha logo na alternativa A! As disponibilidades de caixa da União não são depositadas no Banco do Brasil e 
nem são depositadas na Caixa Econômica Federal (alternativa C). Elas são depositadas no Banco Central. 
Já as disponibilidades dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das 
empresas por ele controladas, serão depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em 
lei (justamente como diz a alternativa D). 
Gabarito: D 
CESPE – TC-DF - Analista de Administração Pública - Sistemas de TI – 2014 
Com relação às finanças públicas e ao sistema tributário nacional, julgue o item subsequente. 
Cabem ao Banco Central a emissão de moeda, a função de depositário das disponibilidades de caixa da União e a atribuição 
de conceder empréstimos ao Tesouro Nacional. 
Comentários: 
Uh! Quase. O Banco Central emite moeda (inclusive, essa é uma competência exclusiva dele). O Banco Central é 
depositário das disponibilidades de caixa da União (o “resto” da Administração Pública” deposita em instituições 
financeiras oficiais). Mas o Banco Central não concede empréstimos ao Tesouro Nacional. Isso é vedado pela CF/88: 
Art. 164, § 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer 
órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
Gabarito: Errado 
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Instrumentos de planejamento governamental – 
PPA, LDO e LOA (art. 165 e 166) 
Esses dispositivos são muito importantes. Muitos deles, nós já vimos, portanto, vamos dar uma revisada. 
Outros serão novidade e, por isso, explicaremos com mais profundidade. 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
A iniciativa não é do Poder Legislativo! No Brasil, adotamos o tipo de orçamento misto: o Poder 
Executivo elabora e executa, enquanto o Poder Legislativo vota e controla. 😄 
 
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para 
as relativas aos programas de duração continuada. 
Mnemônicos que você pode usar para gravar: 
PPA regional DOM DK ODD PDC 
Ou então: 
DOM Drift King Oráculo Da Direção Piloto De Corrida. 
Perceba que o PPA estabelecerá diretrizes, objetivos e metas (DOM), de forma regionalizada, não só 
para as despesas de capital (DK), mas também para outras despesas decorrentes dessas despesas de capital 
(ODD – Outras Delas Decorrentes). 
•Legislativo•Executivo
•Executivo•Legislativo
Controle e 
avaliação Elaboração
Discussão, 
votação, 
aprovação
Execução
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§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a 
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Atenção: apesar de seu nome ser “Lei de Diretrizes Orçamentárias”, a LDO estabelecerá metas e 
prioridades (MP), enquanto que o PPA estabelecerá diretrizes, objetivos e metas (DOM). 
 
 
A LDO é o elo entre o PPA e a LOA. É a LDO que faz o meio de campo entre esses dois instrumentos 
de planejamento. Ela representa o planejamento tático e busca dar concretude ao PPA. 
 
A LDO também disporá sobre as alterações na legislação tributária. Aqui você também tem que prestar 
atenção em eventuais pegadinhas: a LDO não fará alterações na legislação tributária (por exemplo: aumento 
ou redução de alíquota). Ela simplesmente irá dispor sobre essas alterações, ok? 😉 
 
• DOM (diretrizes, objetivos e metas)PPA
• MP (metas e prioridades)LDO
LDO
Metas e Prioridades (MP)
DK para exercício subsequente
Orienta a elaboração da LOA
Dispõe sobre alterações na 
legislação tributária
Estabelece a política de aplicação 
das ag. financ. oficiais de fomento
PPA LDO LOA
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§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório 
resumido da execução orçamentária. 
Esse é o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO). A primeira (e importantíssima) 
informação sobre ele é a sua periodicidade: bimestral (2 meses). 
E se ele é publicado a cada bimestre, quantos relatórios serão produzidos para aquele exercício 
financeiro? 
“Vixe, professor! Deixa eu me lembrar das aulas de Raciocínio Lógico. O ano tem 12 meses. Um relatório a 
cada 2 meses. Então vou dividir 12 por 2, o que dá 6 relatórios para cada exercício financeiro!” 😃 
Opa! Você está afiado, hein?! 😏 
Repare também que ele será publica 30 dias após o encerramento de cada bimestre. 
Isso significa que o RREO do 1º bimestre (referente aos meses de janeiro e fevereiro) será publicado no final de março (30 
dias após o encerramento do mês de fevereiro). 
“E por que é importante saber essa periodicidade,professor?” 🧐 
Principalmente porque existe um outro relatório chamado de Relatório de Gestão Fiscal (RGF), que está 
lá no artigo 54 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Este relatório será publicado até após o encerramento do 
período a que corresponder. 
“E qual é a periodicidade do RGF, professor?” 🤔 
Quadrimestral (4 meses)! 😱 
Já está percebendo que isso é prato cheio para as questões? Elas vão tentar fazer confusão aqui! 😬 
Portanto, grave: 
 
Além disso, você tem que saber que: 
• O RREO está na CF/88 (como acabamos de ver) e na LRF; 
• Já o RGF está somente na LRF. 
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão 
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
Alertamos para outra pegadinha: como os planos e programas, muitas vezes, são mais longos do que o 
PPA, as questões adoram dizer que o PPA será elaborado em consonância com os planos e programas. 
Isso é mentira! 😤 
Os planos e programas é que são elaborados em consonância com o PPA (não é o contrário)! ☝ 
• Bimestre (2 meses)RREO
• Quadrimestre (4 meses)RGF
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Preste atenção 
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais serão elaborados em consonância com o PPA (e não o contrário) 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração 
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. 
 
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre 
as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
É o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) que será acompanhado desse demonstrativo. Não é o 
projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária (PLDO) e nem é o projeto de Plano Plurianual (projeto de PPA). 
“E esse demonstrativo demonstra o que mesmo, professor?” 🤔 
Ele demonstra qual será o efeito das renúncias de receita sobre as receitas e despesas. E o detalhe é 
que ele é regionalizado, ok? 😉 
Agora repare nesse dispositivo constitucional (vamos voltar um pouco até o artigo 150): 
Art. 150, § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, 
anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei 
específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou 
o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. 
• Empresas estatais independentesInvestimento
• PAS (Previdência, Assistência social e Saúde)Seguridade Social
• "O resto": toda a Adm. Pública, exceto OSS e OIFiscal
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Ou seja: qualquer renúncia de receita que estiver relacionada com impostos, taxas ou contribuições só 
poderá ser concedida mediante lei específica! E essa lei específica deve regular exclusivamente essas 
matérias. 
Isso significa que se governo quiser fazer uma renúncia de receita, ele deve: 
• Demonstrar o efeito regionalizado da renúncia no PLOA; 
• Obedecer às regras do art. 14 da LRF; 
• Editar lei específica. 
Detalhe é que a lei específica deve ser do ente que está concedendo a renúncia de receita e que detém 
aquela competência. 
Por exemplo: a União pode dar isenção do Imposto de Renda por meio de uma lei específica, mas não pode conceder 
isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, pois esse imposto é de competência dos Estados. Ou 
seja: não dá para “fazer cortesia com chapéu alheio”, não é mesmo? 
Continuando... 
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
 
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
Esse é o princípio da exclusividade! 😄 Resumidamente, ele preceitua que a LOA não conterá matéria 
estranha à previsão da receita e à fixação da despesa. Mas, além da previsão de receitas e fixação de despesas, 
também poderão estar na LOA: 
• Autorização para abertura de créditos adicionais suplementares (só os suplementares); 
• Autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita 
orçamentária (ARO). 
Pulamos agora para o artigo 166: 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual 
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
Reduzir desigualdades 
inter-regionais
OF e OI SIM
OSS NÃO
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No âmbito federal, esses projetos serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional. Não é só 
pela Câmara dos Deputados e nem só pelo Senado Federal. É pelas duas! 🧐 
 
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas 
anualmente pelo Presidente da República; 
 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos 
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação 
das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. 
 
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, 
na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 
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Então, preste atenção! As emendas são: 
• Apresentadas na Comissão mista (que sobre elas emitirá parecer); e 
• Apreciadas pelo Plenário. 
São verbos diferentes, ok? 😉 
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem 
ser aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, 
excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
 
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando 
incompatíveis com o plano plurianual. 
A única condição para queas emendas ao PLDO sejam aprovadas é que elas sejam compatíveis com o 
PPA. Só isso! 😌 
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor 
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão 
mista, da parte cuja alteração é proposta. 
 
Condições 
para 
aprovação 
de 
emendas 
ao PLOA
compatíveis 
com PPA e 
LDO
se 
demandar 
recursos 
públicos, 
indique os 
recuros
Recurso só 
poderão ser 
provenientes 
de anulação 
de despesas
Mas não
poderão 
ser 
anuladas 
despesas 
com
Pessoal
Serviços da 
dívida
TRANS TRI CO
se estiver 
relacionada 
a erros ou 
omissões 
Poderá haver reestimativa de 
receita e aumento da despesa
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Em outras palavras: 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos 
(não é na proposta e nem nas leis) a que se refere este artigo enquanto não iniciada (e não finalizada) a votação 
(e não a discussão), na Comissão mista (não é no Plenário), da parte cuja alteração é proposta (somente da parte 
que está sendo alterada). 
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão 
enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que 
se refere o art. 165, § 9º. 
A lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, é a nova lei de finanças públicas, que irá dispor, dentre 
outras matérias, sobre a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias 
e da lei orçamentária anual. 
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as 
demais normas relativas ao processo legislativo. 
Sabe as normas relativas ao processo legislativo que você estuda em direito constitucional? Elas se 
aplicam aos projetos de PPA, LDO e LOA. A não ser que essas normas contrariem algum dispositivo da Seção 
II – dos orçamentos, caso em que será aplicada a regra específica desta seção. 
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, 
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos 
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
“Professor, como eu vou memorizar isso?” 😕 
Você pode usar o mnemônico: 
VER-SE 
• V: veto 
• E: emenda 
• R: rejeição 
• S: suplementares 
• E: especiais 
Para concluir, vamos falar sobre os prazos dos instrumentos de planejamento. Eles não estão no artigo 
165 e 166, mas sim no artigo 35 do ADCT, acompanhe: 
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as 
seguintes normas: 
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato 
presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro 
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
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II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do 
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro 
período da sessão legislativa; 
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento 
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
*PPA é elaborado a cada 4 anos 
Para não confundir os prazos, grave o prazo da LDO. 
Faça assim: LDO termina com a letra O. Passe um traço (–) e divida essa letra O no meio. Ficou parecendo um 8 não foi? 
Parece um 8, mas é a letra O partida no meio. Viu? 8 meses e meio! 😃 
“Mas quando é que começam e terminam as sessões e os períodos legislativos, professor?” 
A resposta está no artigo 57 da CF/88: 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho 
e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
Detalhe é que: 
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias. 
Repare que o dispositivo fala em aprovação (e não votação) do PLDO. Não basta só começar a votar. Ele 
(o projeto de LDO) deve ser aprovado! E atenção: o que deve ser aprovado é o projeto de LDO e não a LDO 
propriamente dita, pois esta já é a lei em vigor. 
Isso só acontece com o PLDO, ok? Não acontece com o projeto de PPA e com o projeto de LOA! Ou seja: 
a sessão legislativa poderá ser interrompida mesmo sem a aprovação do projeto de lei do PPA e do orçamento 
anual. 
Concluímos, então, que, de acordo com a CF/88, não se admite a rejeição o PLDO. Tem que aprovar! 
Caso contrário, a sessão não será interrompida! 😤 
Prazos
PPA* e LOA
Para o Executivo 
encaminhar ao Legislativo
4 meses antes do 
encerramento do exercício 
financeiro
Para o Legislativo devolver 
ao Executivo para sanção
encerramento da sessão 
legislativa
LDO
Para o Executivo 
encaminhar ao Legislativo
8 ½ meses antes do 
encerramento do exercício 
financeiro 
Para o Legislativo devolver 
ao Executivo para sanção
encerramento do primeiro 
período da sessão 
legislativa
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Questões para fixar 
CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo – Administração – 2018 
O chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor modificação nos projetos de lei 
orçamentária enquanto não iniciada a discussão da parte para a qual se propõe alteração. 
Comentários: 
Certa, né? 😅 NÃO! ERRADA! 😳 
O chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor modificação nos projetos de lei 
orçamentária enquanto não iniciada a votação (e não a discussão) da parte para a qual se propõe alteração. Olha só a 
literalidade da CF/88: 
Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos 
projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
Está vendo o nível de atenção que você deve dar a esse dispositivo constitucional? Eu avisei! 😄 
Gabarito: Errado 
FCC – TRF- 3ª – Analista judiciário – 2016 
Quanto ao processo de elaboração, discussão, votação e aprovação da proposta orçamentária, a Constituição Federal 
estabelece que no caso de emendas ao projeto da lei do orçamento anual, somente são admitidas as indicações de recursos 
advindos de anulação de despesa. 
Comentários: 
Exatamente! Se quiser fazer uma emenda ao PLOA tem que indicar de onde os recursos necessários para realiza-la serão 
tirados. E somente será admitido tirar dinheiro da anulação de uma outra despesa. Lembrando que nem todas as despesas 
poderão ser anuladas! Algumas despesas jamais poderão ser anuladas. Isso tudo está lá na CF/88: 
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser 
aprovadas caso: 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam 
sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou 
Gabarito: Certo 
CESPE – DPF – Delegado – 2013 
Cabe à comissão mista permanente de senadorese deputados federais examinar e emitir parecer sobre as contas 
apresentadas pelo presidente da República. 
Comentários: 
Sim! É isso mesmo, confira (CF/88): 
Art. 166, § 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo 
Presidente da República; 
Gabarito: Certo 
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Emendas impositivas (art. 166) 
O orçamento público brasileiro é autorizativo, mas possui traços de orçamento impositivo. 
Nossos traços de orçamento impositivo foram inicialmente inseridos na Constituição Federal em 2015, 
com a promulgação da Emenda Constitucional (EC) 86/2015. Foi quando a primeira mexa branca apareceu na 
Vampira. 😅 
Recentemente, o nosso orçamento ficou um pouco mais impositivo, por conta da EC 100/2019. Agora a 
mexa branca da Vampira aumentou! 😂 
Com o advento da EC 86/2015 as bancas enlouqueceram! Esse assunto começou a despencar em provas (inclusive 
discursivas). Agora com advento da EC 100/2019, eu imagino que acontecerá a mesma coisa! 😬 
Portanto, muita atenção agora! ☝ 
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), enquanto tramita pelo Poder Legislativo (durante a fase de 
discussão, votação e aprovação), pode sofrer alterações por meio de emendas. 
E existem os seguintes tipos de emendas ao orçamento: 
• individual (de autoria de cada senador ou deputado); 
• Coletivas: 
o de bancada (e autoria das bancadas estaduais ou regionais); 
o de comissão (presentadas pelas comissões técnicas da Câmara e do Senado); e 
• de relatoria. 
As emendas individuais ganharam grande destaque (na mídia e nas provas 😅) depois da EC 86/2015, 
pois elas representavam o único pedacinho de orçamento impositivo que tínhamos em nosso orçamento 
autorizativo. As emendas individuais impositivas eram a única gota de orçamento impositivo no meio desse 
oceano de orçamento autorizativo. 🌊 
Mas agora essa gota tem companhia: a EC 100/2019 trouxe o orçamento impositivo para as emendas de 
bancada! 😃 
E eu já quero chamar a sua atenção aqui! ☝ 
Como você viu, as emendas coletivas podem ser emendas de bancada ou emendas de comissão. Em 
outras palavras: emendas coletivas são gênero e emendas de bancada e de comissão são espécies. 
Pois bem: 
Dentre as emendas coletivas, somente as emendas de bancada é que são impositivas! As emendas 
de comissão não o são! 
Portanto, se uma questão disser que as emendas coletivas são impositivas, pode marcar errado sem 
medo! 😏 
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Beleza! Agora vamos lá! 😏 
A EC 86/15 adicionou diversos parágrafos ao artigo 166 da CF/88. Quatro anos mais tarde, a EC 100/19 
alterou alguns deles e adicionou mais outros. Vou apresentá-los agora. Lá vai: 
“Espera aí, professor! Espera aí! Por que essa coisa de orçamento impositivo? Por que isso surgiu, por que foi 
ampliado? Qual o objetivo disso tudo?” 
Respondo com uma palavra só: política! 😬 
É. Os parlamentares estão lá para representar o seu eleitorado, para trazer obras, melhorias, 
investimentos para a sua base eleitoral. 
Imagine um deputado que prometeu a seus eleitores a construção de uma praça. Com muito esforço, ele 
conseguiu colocar isso no orçamento. Mas o chefe do Poder Executivo sabe que o orçamento é autorizativo e 
não está nem um pouco interessado em fazer essa obra. O deputado, então, empenhado em trazer essa 
melhoria para o seu povo, arregaça as mangas e começa a babar o chefe do Poder Executivo! 😄 São longas 
conversas, negociações inacabáveis. Numa dessas, o chefe do Executivo pode até pedir aquela “ajudinha” ao 
parlamentar, para que vote a favor de seus projetos. Ou seja: é o famoso “toma lá dá cá”. 
Mas no final das contas, a praça não foi construída. E quem saiu mais “queimado” nessa história foi o 
deputado, que prometeu e não cumpriu. 
Cansados dessa história, os parlamentares tiveram uma ideia: “isso só acontece porque o orçamento é 
autorizativo. Se ele fosse impositivo, o Poder Executivo seria obrigado a executar o que está no orçamento e 
esse jogo político não existiria”. 
E foi assim que nasceram as emendas parlamentares impositivas! 😄 Antes, somente as emendas 
individuais eram impositivas. Hoje, as emendas de bancadas também são! 😉 
Agora sim! Vamos conhecer os parágrafos ao artigo 166 da CF/88! Eles serão apresentados em ordem 
didática, comentando sempre que necessário, ok? 
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro 
e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder 
Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
Emendas 
parlamentares
Individuais EC 86/2015
Coletivas
De bancada EC 100/2019
De comissão
de Relatoria
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§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste 
artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente 
líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação 
definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. 
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações incluídas 
por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no 
montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019) 
Esses são os parágrafos mais importantes desse assunto. Você deve saber que as emendas individuais e 
as emendas de bancada serão de execução obrigatória. A LOA e suas demais emendas são autorizativas, ou 
seja, a Administração está autorizada (e não obrigada) a executar aquela programação. Mas as emendas 
individuais e as de bancada são diferentes: elas serão de execução obrigatória! 
Mas, obviamente, há um limite para isso. E preste atenção, porque aqui tem novidade! ☝ 
Para as emendas individuais impositivas esse limite é de 1,2%, sendo que metade deste percentual 
(0,6%) será destinada a ações e serviços públicos de saúde (só saúde! Educação, segurança, seguridade social 
não!). 
Para as emendas de bancada esse limite é de 1% (por sinal, ele será de 0,8% em 2020, passando a ser 1% 
somente em 2021). 
“E metade desse 1% vai para a saúde também, não é, professor?” 😃 
Não! Não é! 😤 Nas emendas de bancada não existe isso de metade do percentual ser destinado a ações 
e serviços públicos de saúde. Preste atenção para não cair em pegadinhas! 
Preste atenção! 
Somente as emendas individuais terão metade de seu percentual destinado a ações e serviços 
públicos de saúde. As emendas de bancada não! 
“Beleza, professor. Mas 1,2% e 1% de que?” 🧐 
Aqui há uma pegadinha sutil. No que diz respeito às emendas individuais impositivas, perceba que no § 
9º, quando ainda estamos na segunda etapa do ciclo orçamentário (discussão, votação e aprovação), ainda no 
planejamento, utiliza-se como base de cálculo a receita corrente líquida (RCL) prevista no projeto 
encaminhado pelo Poder Executivo (veja que ainda estamos no projeto de lei orçamentária). 
Já no § 11, na terceira etapa do ciclo orçamentário (execução), utiliza-se como base de cálculo a receita 
corrente líquida (RCL) realizada no exercício anterior.Planejamento Execução 
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Aprovadas no limite de 
É obrigatória a execução orçamentária e 
financeira das emendas parlamentares 
individuais, em montante correspondente a 
1,2% da RCL 1,2% da RCL 
Prevista no projeto encaminhado pelo Poder 
Executivo. 
Realizada no exercício anterior 
Já no que diz respeito às emendas de bancada impositivas não há essa divisão. O § 12 deixa claro que é 
obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações das emendas de bancada, em montante 
correspondente a 1% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. 
“E esses 1,2% e 1% serão sempre de execução obrigatória? Não há alguma exceção?” 🤨 
Há sim! Vejamos: 
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de execução 
obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. 
Portanto, no caso de impedimentos de ordem técnica, a Administração não precisa executar as 
programações orçamentárias provenientes das emendas parlamentares individuais e de bancada. 
Mas não é tão fácil assim livrar-se delas! 😅 
§ 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 deste artigo, os órgãos de execução deverão 
observar, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias, cronograma para análise e verificação de 
eventuais impedimentos das programações e demais procedimentos necessários à viabilização da 
execução dos respectivos montantes. 
É a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO (não é o PPA, não é a LOA e não é a LRF) que vai definir: 
• o cronograma para análise e verificação de eventuais impedimentos das programações; e 
• demais procedimentos necessários à viabilização da execução dos respectivos montantes. 
E aqui eu também tenho que chamar sua atenção, pois antigamente algumas medidas tinham de ser 
adotadas, observe: 
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, na 
forma do § 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas: 
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, 
o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo as 
justificativas do impedimento; 
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder 
Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; 
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III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo 
encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; 
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o Congresso 
Nacional não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder 
Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária. 
Esse parágrafo foi revogado! 🚫 
Quer dizer, antes, no caso de impedimentos de ordem técnica, as medidas a serem adotas estavam 
dispostas na própria CF/88. Hoje elas estão definidas na LDO! 
“Quer dizer que não tenho mais que decorar essa sequência, professor?” 😃 
Exatamente! 😉 Mas ainda acho interessante você dar uma lida, para conseguir identificar quando uma 
questão está tentando fazer uma pegadinha com você. 
Outra regra revogada foi a seguinte: 
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentárias previstas no § 11 não serão 
de execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I do § 
14. 
Quer dizer, tentava-se (de todo jeito 😅) contornar os impedimentos técnicos, até que chegava um ponto 
que não valia mais a pena. O exercício financeiro já ia terminar e já tinha se tentado tudo. Só então as 
programações orçamentárias previstas no § 11 (emendas individuais) não seriam mais de execução 
obrigatória. 
Mas essa regra foi revogada! Então esqueça isso! 
“Se é para eu esquecer, por que você colocou isso na aula, professor?” 🤔 
De novo: para você não cair em pegadinhas da banca! 😏 
Ah! Aqui vale lembrar que caberá a uma lei complementar dispor sobre procedimentos que serão 
adotados quando houver impedimentos legais e técnicos (CF/88, art. 165, § 9º, III). 
Continuando, mais novidade: 
§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 poderão 
ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 0,6% (seis décimos 
por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, para as programações das emendas 
individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as programações das emendas de 
iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal. 
Traduzindo: os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias das emendas individuais 
poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira das próprias emendas individuais 
até o limite de 0,6% da RCL realizada no exercício anterior. E os restos a pagar provenientes das programações 
orçamentárias das emendas de bancada poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução 
financeira das próprias emendas de bancada até o limite de 0,5% da RCL realizada no exercício anterior 
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Perceba: é sempre metade do limite original! Emendas individuais têm limite de 1,2%. E emendas de 
bancada têm limite de 1%. 
 
Vale destacar que caberá também a uma lei complementar dispor sobre o cumprimento de restos a 
pagar (CF/88, art. 165, § 9º, III). 
§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da 
meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos nos §§ 11 
e 12 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o 
conjunto das demais despesas discricionárias. 
A regra é assim: se a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta 
de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o gestor só poderá cortar os gastos das 
programações orçamentárias oriundas de emendas parlamentares individuais ou de bancada na mesma 
proporção do corte (contingenciamento) de gastos das despesas discricionárias. 
Por exemplo: se o gestor cortou 50% das despesas discricionárias, ele pode cortar até 50% das despesas relacionadas às 
emendas parlamentares individuais. Se reduzir em 10% as despesas discricionárias: reduz no máximo em 10% as despesas 
relacionadas às emendas parlamentares individuais. O que não pode acontecer é o gestor cortar, por exemplo, 10% das 
despesas discricionárias e 50% das emendas parlamentares individuais. 
Também caberá a uma lei complementar dispor sobre limitação das programações de caráter 
obrigatório (CF/88, art. 165, § 9º, III). 
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive 
custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação 
para pagamento de pessoal ou encargos sociais. 
Esse parágrafo nos informa que o montante que for executado em ações e serviços públicos de saúde 
(aqueles 0,6% da RCL, provenientes das emendas individuais) será computado para fins do cumprimento da 
aplicação mínima de recursos na saúde. E esses recursos não poderão ser destinadosao pagamento de 
pessoal ou encargos sociais (essa é uma forma de garantir que esses recursos serão gastos em materiais, 
equipamentos, investimentos, obras, etc.). 
§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista nos §§ 11 e 
12 deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência 
do ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de 
aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169. 
Restos a pagar
Podem ser 
considerados na 
execução 
financeira
Emendas 
individuais
1,2% 
0,6% da RCL 
executada no 
exercício 
anterior
Emendas de 
bancada
1%
0,5% da RCL 
executada no 
exercício 
anterior
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Mesmo que o ente federativo destinatário esteja inadimplente, ele receberá a transferência obrigatória 
da União para executar a programação prevista nos §§ 11 e 12 (emendas parlamentares individuais e de 
bancada, respectivamente). Em outras palavras: caso a execução obrigatória dependa de transferência 
obrigatória da União, não importa se o ente federativo se encontra inadimplente. 
E esses recursos que o ente recebeu, ou seja, essa receita de transferência do ente não integrará a base 
de cálculo da RCL para fins de apuração dos limites de gastos de pessoal da LRF. 
Sabe onde estão as pegadinhas aqui? A questão vai lhe falar sobre transferências voluntárias. Sabe por 
quê? Porque, de acordo com o artigo 25 da LRF, o recebimento de transferências voluntárias depende da 
adimplência do ente recebedor quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao 
ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos. 
Só que aqui nas emendas impositivas nós estamos falando de transferência obrigatórias! E não 
voluntárias! 
Preste atenção 
Mesmo que o ente federativo destinatário esteja inadimplente, ele receberá a transferência obrigatória da 
União para executar a programação prevista nas emendas parlamentares individuais e de bancada 
A outra pegadinha é dizer que essa receita de transferência integrará a base de cálculo da RCL para fins 
de apuração dos limites de gastos de pessoal da LRF. Mentira! Não integrará! 
Em frente, pois temos mais uma novidade: 
§ 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem sobre o início de investimentos 
com duração de mais de 1 (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido iniciada, deverão 
ser objeto de emenda pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão da obra ou do 
empreendimento. 
Esse dispositivo trata especificamente das emendas de bancada, ok? ☝ 
Quando tais emendas versarem sobre: 
• o início de investimentos com duração de mais de 1 (um) exercício financeiro; ou 
• investimentos cuja execução já tenha sido iniciada, 
elas deverão ser objeto de emenda pela mesma bancada estadual (a mesma! Não pode ser outra!), a 
cada exercício, até a conclusão da obra ou do empreendimento. 
Estamos acabando... 😅 
§ 19. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe critérios 
objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, 
independentemente da autoria. 
Perceba que não importa quem seja o autor da emenda. Se a execução das programações observou 
critérios objetivos e imparciais e atendeu de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, então 
podemos considerar que essa execução foi equitativa. 
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E só para evitar surpresas, vamos ver como era o texto antigo: 
§ 18. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma 
igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. 
Não mudou muito, não é? A única mudança foi o acréscimo da expressão “que observe critérios objetivos 
e imparciais”. 😉 
“Mas como eu vou saber exatamente o que é uma execução equitativa?” 🤔 
Mais uma vez, caberá a uma lei complementar dispor sobre critérios para a execução equitativa (art. 
165, § 9º, III). Vamos ver esse dispositivo por completo, finalmente? 
Art. 165, § 9º Cabe à lei complementar: (...) 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando 
houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações 
de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. 
E para finalizar: 
Art. 165, § 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os 
meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à 
sociedade. 
Esse dispositivo tenta aumentar o caráter impositivo do orçamento. Ele diz que a Administração tem o 
dever de executar as programações orçamentárias. Mas isso não significa que ela vai executar as 
programações orçamentárias, até porque você já sabe que o nosso orçamento é autorizativo. 
De qualquer forma, esse é um dever da Administração. E ela deverá adotar os meios e as medidas 
necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. 
Ou seja: a Administração tem que fazer de tudo para tentar cumprir o que está escrito no orçamento. É 
basicamente isso que esse parágrafo diz! 😉 
Resumindo 
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Questões para fixar 
VUNESP – Procurador do Estado de São Paulo – 2018 
A Emenda Constitucional 86, de 2015, introduziu o conceito de execução equitativa das emendas individuais ao projeto de 
Lei Orçamentária Anual. Para tanto, estabeleceu o limite percentual de 1,2% da receita corrente líquida, 
a) cuja liberação financeira não pode ser obstada pelo Poder Executivo, salvo quando a execução da programação 
orçamentária correspondente for destinada a outros entes federados que estejam inadimplentes, ainda que 
temporariamente. 
b) destinado integralmente a ações e serviços públicos de saúde, vedada a aplicação em despesas de pessoal ou encargos 
sociais, admitindo-se o cômputo das programações correspondentes no cálculo do percentual mínimo de aplicação em 
saúde fixado na Constituição Federal. 
Emendas 
individuais 
impositivas
Orçamento ainda 
em discussão (2a
etapa do ciclo 
orçamentário)
1,2% da RCL 
prevista no PLOA
(metade para a 
saúde: 0,6%)
Orçamento já em 
execução (3a etapa 
do ciclo 
orçamentário)
1,2% da RCL 
realizada no 
exercício anterior
não serão de execução 
obrigatória nos casos 
dos impedimentos 
de ordem técnica
restos a pagar 
poderão ser 
considerados até o 
limite de 0,6% da RCL 
realizada no exercício 
anterior
Emendas de 
bancada
1% da RCL realizada
no exercício anterior
não serão de execução obrigatória nos casos 
dos impedimentos de ordem técnica
restos a pagar poderão ser considerados
até o limite de 0,5% da RCL realizada no 
exercício anterior
início de investimentos com duração de mais 
de 1 (um) exercício financeiro ou cuja 
execução já tenha iniciado: emenda pela 
mesma bancada estadual, a cada exercício, 
até a conclusão da obra
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c) no qual se inserem também as programações oriundas de

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