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01 O que é Liturgia? “Liturgia” quer dizer ação do povo, serviço do povo. A liturgia tem uma alma: Toda expressão do culto, sem a fé, é um corpo sem alma. Seria uma religiosidade fingida, que Deus não aceitaria. Com palavras severas Ele condenou essa falsa piedade dos fariseus: “Este povo me louva com os lábios, mas seu coração está longe de mim” (Mt 15,8). Liturgia é, pois, o culto público da Igreja, que assume oficialmente as palavras e os gestos de Jesus, bem como a fé e os sentimentos do povo de Deus, tornando presente e atuante a Obra da Salvação. A Liturgia inclui dois elementos: o divino e o humano. Ela nos leva ao encontro pessoal com Deus, tendo como Mediador o próprio Cristo, que, nascido de Maria, reúne em Si a Divindade e a Humanidade. “A Liturgia, como exercício do sacerdócio de Jesus Cristo, tem duas dimensões fundamentais: a glorificação de Deus e a santificação da humanidade. Trata-se de duas dimensões e não de dois tempos ou duas atividades estanques. A comunidade que celebra tem o compromisso de evangelizar o mundo.” Eis o que diz alguns parágrafos da Constituição “Sacrossantum Concilium” sobre a sagrada liturgia. Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente em sua Igreja, e especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro, pois aquele que agora se oferece pelo ministério sacerdotal é o “mesmo que, outrora, se ofereceu na cruz”, como sobretudo nas espécies Eucarísticas. Ele está presente pela sua virtude nos sacramentos, de tal modo que, quando alguém é batizado, é o próprio Cristo quem batiza. Está presente na sua palavra, pois é ele quem fala quando na Igreja se leem as Sagradas Escrituras. Está presente, por fim, quando a Igreja ora e salmodia, ele que prometeu: “onde se acharem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18,20). Realmente, nesta grandiosa obra, pela qual Deus é perfeitamente glorificado e os homens são santificados, Cristo sempre associa a si a Igreja, sua amadíssima esposa, que invoca seu Senhor, e por ele presta culto ao eterno Pai. Com razão, portanto, a liturgia é considerada como exercício da função sacerdotal de Cristo. Ela simboliza através de sinais sensíveis e realiza em modo próprio a cada um a santificação dos homens; nela o corpo místico de Jesus Cristo, cabeça e membros, presta a Deus o culto público integral. Por isso, toda celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote e do seu corpo, que é a Igreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia nenhuma outra ação da Igreja iguala, sob o mesmo título e grau. Na liturgia da terra nós participamos, saboreando-a já, da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual nos encaminhamos como peregrinos, onde o Cristo está sentado à direita de Deus, qual ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; com toda a milícia do exército celeste entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a memória dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; esperamos pelo salvador, nosso Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareceremos com ele na glória. Por isso, toda celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote e do seu corpo, que é a Igreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia nenhuma outra ação da Igreja iguala, sob o mesmo título e grau. Na liturgia da terra nós participamos, saboreando-a já, da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual nos encaminhamos como peregrinos, onde o Cristo está sentado à direita de Deus, qual ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; com toda a milícia do exército celeste entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a memória dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; esperamos pelo salvador, nosso Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareceremos com ele na glória. Contudo, a Liturgia é o cume para o qual se dirige a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte donde emana toda a sua força. Na verdade, o trabalho apostólico ordena-se a conseguir que todos os que se tornaram filhos de Deus pela fé e pelo batismo, se reúnam em assembleia, louvem a Deus na Igreja, participem no sacrifício e comam a Ceia do Senhor. A liturgia, por sua vez, impele os fiéis, saciados pelos “mistérios pascais”, a viverem “em união perfeita”, e pede que “sejam fiéis na vida a quanto receberam pela fé”. A renovação, na Eucaristia, da aliança do Senhor com os homens, solicita e estimula os fiéis para a imperiosa caridade de Cristo. Da liturgia, portanto, e particularmente da Eucaristia, como de uma fonte, corre sobre nós a graça, e por meio dela conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus, a que se ordenam como a seu fim todas as outras obras da Igreja. É desejo ardente da mãe Igreja que todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente e ativa participação na celebração litúrgica que a própria natureza da liturgia exige e à qual o povo cristão, “raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido” (1Pd 2,9; cf. 2,4-5), tem direito e obrigação, por força do batismo. A esta plena e ativa participação de todo o povo cumpre dar especial atenção na reforma e incremento da sagrada liturgia: com efeito, ela é a primeira e necessária fonte, da qual os fiéis podem haurir o espírito genuinamente cristão. Esta é a razão que deve levar os pastores de almas, em toda as suas atividades pastorais, a procurarem-na com o máximo empenho, através da devida formação. Dia após dia, a liturgia vai nos transformando interiormente em templos santos do Senhor e morada espiritual de Deus, até a plenitude de Cristo, de tal forma que nos dá a força necessária para pregar Cristo e mostrar ao mundo o que é a Igreja, como a reunião de todos os filhos de Deus ainda dispersos até que se tornem um só rebanho, sob um único pastor. Não há dúvida de que a reforma litúrgica do Concílio tem tido grandes vantagens para uma participação mais consciente, ativa e frutuosa dos fiéis no santo Sacrifício do altar». Certamente, «não faltam sombras». Assim, não se pode calar ante aos abusos, inclusive gravíssimos, contra a natureza da Liturgia e dos sacramentos, também contra a tradição e autoridade da Igreja, abusos que em nossos tempos, não raramente, prejudicam as Celebrações litúrgicas em diversos âmbitos eclesiais. Em alguns lugares, os abusos litúrgicos se têm convertido em um costume, no qual não se pode admitir e se deve terminar. 2 Os abusos, sem dúvida, «contribuem para obscurecer a reta da fé e a doutrina católica sobre este admirável Sacramento». De esta forma, também se impede que possam «os fiéis reviver de algum modo a experiência dos discípulos de Emaús: Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram». Convém que todos os fiéis tenham e revivam aqueles sentimentos que receberam pela paixão salvadora do Filho Unigênito, que manifesta a majestade de Deus, já que estão ante à força, à divindade e ao esplendor da bondade de Deus, especialmente presente no sacramento da Eucaristia. Portanto, deve-se conhecer de tão plena forma esse sagrado mistério a fim de sermos, com a ajuda do Espírito Santo, verdadeiros paráclitos da sagrada Liturgia. Comecemos a formação para podermos participar mais frutuosamente da Liturgia, não só como fiéis leigos, mas também como servidores dela. 3 Objetos Litúrgicos e Suas Funções 4 É usado para queimar o incenso durante as celebrações e realizar as incensações. É usada para guardar o incenso em grãos que será queimado no turíbulo. Material de suave odor que se é colocado na naveta e futuramente é despejado em pequenas quantidades no turíbulo. Turíbulo Naveta Incenso Cruz que contém a imagem de Cristo Crucificado e que possui uma longa haste. Utilizada para indicar o início da Procissão. Caso a Cruz Processional não seja posta no presbitério, deve- se ter preparado com antecedência uma Cruz para o altar. É obrigatório uma das duas, somente,na Celebração. Deve ser retirada se houver Adoração. Deve-se estar presente sempre em toda missa, uma Cruz com o Cristo Crucificado, no altar ou perto dele e que a assembleia possa ver bem, para recordar aos fiéis a paixão salvadora do Senhor. Cruz Processional Cruz Do Altar Tochas E Castiçais São utilizadas em procissões para levar as velas que serão ou não utilizadas no altar, e em qualquer celebração, dispõem-se, no altar ou em volta dele, como for mais conveniente, pelo menos dois castiçais com velas acessas, ou quatro, ou seis, sobretudo no caso da Missa Dominical 5 Contém água para ser benzida e, depois, para aspergir os fiéis, objetos e coisas. Dentro dela, fica mergulhado o aspersório, também chamado de asperges, ele serve para aspergir a água. Caldeirinha São panos usados na liturgia e que não devem ser tratados de qualquer maneira, pois possuem utilização específica. no que se refere a todas as alfaias sagradas, a Igreja admite as formas de expressão artística próprias de cada região e aceita as adaptações que melhor se harmonizem com a mentalidade e as tradições dos diversos povos, contanto que correspondam adequadamente ao uso a que as mesmas alfaias sagradas se destinam. Jarra E Bacia(Lavabo) Alfaias Manustérgio Do latim manutergium, “Pano de limpar as mãos”. É uma pequena toalha utilizada pelo sacerdote para enxugar as mãos após a utilização do Lavabo na Liturgia Eucarística. É uma alfaia. 6 Sobre ele coloca-se o cálice, a patena, as âmbulas e também o ostensório. É usado para recolher os fragmentos do Corpo de Cristo que poderiam cair no chão. Corporal O jarro é em metal e armazena água para ser utilizada na Purificação das mãos do Sacerdote na Liturgia Eucarística. A bacia serve para aparar a água após derramada nas mãos do celebrante. O conjunto se chama “lavabo”. manustérgio: Véus: Corporal: Sanguíneo: Deve-se ter um respeito particular pelos vasos sagrados, pois serve para oferecer, consagrar e comungar o pão ou o vinho na Celebração. Sanguíneo Vasos Sagrados Âmbula Vaso Sagrado em metal utilizado para armazenar hóstias que serão consagradas durante a Missa para distribuição aos fiéis e também para serem guardadas no sacrário. 7 Prato pequeno que comporta a hóstia utilizada pelo sacerdote. Em alguns lugares, utiliza-se a patena no momento da comunhão, para evitar que fragmentos da hóstia caia no chão. Após seu uso, ela será purificada e os fragmentos depositados dentro do cálice. Patena Alfaia destinada para a purificação (secagem) dos vasos sagrados (âmbula, patena, teca, cálice) juntamente com água. Também se utiliza para secar o Sangue de Cristo que possa vir a escorrer pelo cálice ou nos lábios do Sacerdote. Âmbula Patena Cálice Teca Luneta e Custódia Recipiente destinado para se guardar Eucaristias destinadas a enfermos ou que serão usadas em adoração ao Santíssimo Sacramento. Em sumo, é para o “transporte das reservas eucarísticas”. Cálice Teca Custódia E Naveta Luneta é o objeto que apara a Eucaristia para que esta fique em pé para ser colocada dentro do Ostensório. O espaço vazio no ostensório destinado à luneta com a Eucaristia, chama-se Custódia. 8 É usada para expor a hóstia consagrada, destinada à adoração, procissão e benção. Quando está exposto o Santíssimo Sacramento, não se deve tocar no ostensório de mãos nuas usando para isso o véu umeral. Ostensório Utilizado na consagração do vinho em Sangue de Cristo durante as Celebrações Eucarísticas. Diferente das Santas Reservas, o Sangue deve ser consumido em totalidade no Rito. Se houver necessidade de mais de um cálice na missa, que cada um contenha suas alfaias. Espécie de “tampa” rígida para o cálice que impede qualquer tipo de impureza ou insetos de entrar em contato direto com o Sangue de Cristo. Galhetas Pala Santa Reserva As Reservas Eucarísticas são o Corpo de Cristo ou Eucaristias (não mais hóstias) que não foram consumidas na Missa e que são levadas à um local devido para adoração até o próximo Rito. 9 São objetos tocados durante a Consagração e Transubstanciação do Corpo e Sangue de Cristo, assim como nas Adorações ao Santíssimo Sacramento. Sineta/Sino/Carrilhão Galhetas são os recipientes de cristal, vidro ou metal (com ou sem asa) em que se coloca o vinho de missa e a água para serem utilizados nas celebrações. O pratinho é o objeto em que as galhetas se encontram. Âmbula Patena Cálice Teca Luneta e Custódia É onde se guarda as hóstias consagradas destinadas à comunhão dos fiéis e à adoração. Próximo ao sacrário, sempre há uma lâmpada vermelha que indica a presença de Jesus ali. Ao passar diante do sacrário, deve-se fazer genuflexão, exceto nas procissões. Matraca Sacrário Véu da Âmbula Véu utilizado para indicar que determinada âmbula contém o Corpo de Cristo. Tudo que é sagrado a Igreja tem o costume de cobrir-se com um véu. 10 “Cortina” ou, mais apropriadamente, véu utilizado para se cobrir o Sacrário Conopeu Substitui a Sineta, Sino ou Carrilhão durante o Tríduo Sacro, haja vista que, durante o Tempo Quaresmal e a Semana Santa não se toca tais sinos. Espécie de Tenda em que se utiliza em procissões com o Santíssimo Sacramento. Somente o Padre com o Ostensório deve permanecer dentro desta. Véu do Cálice Pálio Livros Litúrgicos Os livros litúrgicos hão de ser tratados com cuidado e respeito, pois é deles que se proclama a Palavra de Deus, de onde se profere a oração da Igreja, onde consta os sagrados ritos ou qualquer outro assunto pertinente a Santa Igreja e ao mistério da vivência em Cristo. 11 contém as orações, prefácios, orações eucarísticas, bençãos ritos, rubricas entre outros e os textos da missa. É sempre apresentado pelo lado esquerdo do sacerdote. As fitas servem para marcar as páginas que vão ser utilizadas na missa. Missal Romano Utilizado para cobrir todo o Conjunto Cálice. É louvável e mostra o quão sagrado é todos os componentes do kit e quão respeitoso deve ser o tratamento com estes. Missal Romano Lecionário Evangeliário Livros Sacramentais Diretório Litúrgico contém somente os Evangelhos das Celebrações e é mais comumente utilizado nas grandes solenidades. Pode-se adentrar na procissão e colocado sobre o altar, depois, é levado solenemente em procissão até o ambão. Evangeliário LivrosSacramentais (Rituais Romanos) Lecionário São Livros com ritos específicos como: Batismo de Crianças, Iniciação Cristã de Adultos, Unção dos Enfermos, Matrimônio, Confirmação, Exéquias, Ritual de Bençãos, Sacramentário, Liturgia Eucarística etc. 12 O Diretório litúrgico é um livro, por onde podemos nos guiar para saber, o que é celebrado na liturgia, a cada dia do ano. É o livro que contém as leituras para as diferentes celebrações do ano. O lecionário é dividido em 4 volumes: o Lecionário Dominical, o Lecionário Semanal, o Lecionário Santoral e o Lecionário Pontifical. Diretório Litúrgico Pequena mesa em que se deixa preparado todos os objetos litúrgicos, livros e demais objetos que hão de ser usados na Celebração. Credência Ambão Cátedra É o altar da palavra, é dele que se ouvem as Sagradas Leituras. A dignidade da palavra de Deus requer que haja na igreja um lugar adequado para a sua proclamação e para o qual, durante a liturgia da palavra, convirja espontaneamente a atenção dos fiéis. 13 Cadeira Principal destina ao Papa, Bispo ou Padre Presidente da Celebração nas Igrejas. A cadeira do sacerdote celebrante deve significar a sua função de presidente da assembleia e guia da oração. Por isso, o lugar mais indicado é ao fundo do presbitério, de frente para o povo. Círio Pascal Pia Batismal Altar É o altar da Eucaristia, onde se prepara e atualiza o Sacrifício Redentor e Incruento de Cristo e que deve ser coberto pelo menos com uma toalha de cor branca. É nele que se torna presente sob os sinais sacramentais o sacrifício da cruz, é também a mesa do Senhor, na qual o povo de Deus é chamado a participar quando é convocado para a Missa; o altar é também o centro da ação de graças celebradana Eucaristia. Vela que representa a Luz de Cristo. É uma grande vela enfeitada com o Alfa e o Ômega, a cruz com os grãos representam as chagas e possui a data do ano (há uma vela nova pra cada ano). É usado na Benção do Fogo e no Anúncio da Páscoa na Vigília Pascal e permanece acesso durante todo o Tempo Pascal, após este, deve-se utilizar ao celebrar Batismos e Crismas. Local destinado ao batismo das crianças ou adultos. Pode já conter a água para o batismo, ou esta pode ser derramada via algum Jarro. 14 Menorá Santos Óleos Coroa Do Advento Utilizada durante o Tempo do Advento para marcar os domingos até o Natal. Geralmente todas as velas são roxas, porém, pode-se usar as cores mostradas para uma melhor introdução ao sentimento. São os óleos benzidos pelo Bispo Arquidiocesano que são utilizados em alguns ritos específicos como Unção dos enfermos, Crisma e Batizados etc. Os Óleos são: Catecúmenos, Crisma e Enfermos. Do hebraico “menorah”: castiçal, candelabro é muito utilizado para representar os 7 dons do Espírito Santo: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, conhecimento, temor do Senhor e prazer no Senhor. 15 Vestes Litúrgicas e Suas Funções Veste própria do sacerdote e dos bispos somente. É usada na Missa e outras ações sagradas diretamente ligadas com ela, salvo indicação em contrário. Veste-se sobre a alva e a estola. Caso haja grande número de concelebrantes, podem estes permanecerem sem a casula, exceto o presidente. Casula Dalmática é a veste própria do diácono. É usada sobre a estola e segue a cor litúrgica da celebração. 16 O pluvial, ou capa de asperges, é usado pelo sacerdote nas procissões e outras funções sagradas Capa Pluvial Ou Asperge Veste própria de quem leva o ostensório, ou seja, do celebrante, de outro sacerdote ou de um diácono. É utilizada sobre a Capa Asperge Véu Umeral Estola Alva Ou Tunica 17 é usada somente pelos ministros ordenados. Fica sobre a túnica e presa ao cíngulo. Segue a cor litúrgica da celebração. Os diáconos a usam a tiracolo e os padres e bispos, pendentes sobre o peito. Representa o poder dos ministros ordenados. É a veste sagrada comum a todos os ministros ordenados e instituídos, assim como para os outros ministros leigos (acólitos, leitores e outros), seja qual for o seu grau. Todos que vão revestidos com a alva. Sobrepeliz Veste utilizada sobre a batina nas vestes corais e traz mais solenidade ao que se celebra Gremial O colarinho romano ou clerigma é usado em roupas “civis” e identifica o sacerdote fora do seu serviço. O Amito é a veste utilizada por baixo da Alva para esconder as vestes que não são relativas à celebração. Seu uso é dispensado caso a própria alva já faça essa função. Colarinho Romano E Amito 18 Espécie de avental de linho utilizada para proteger as vestes em determinadas celebrações como Lava Pés e Vigília Pascal no Batismo. Cíngulo Deve-se usar na altura dos rins sobre a Alva. Batina E Faixa Possui 33 botões (idade de Cristo), 5 abotoaduras (chagas) e na união das pregas laterais e traseira há um triângulo (trindade). O preto representa a morte ao mundo. Utilizada por Mestre de Cerimônias, Seminaristas e membros do Clero. Uso principal na veste talar 19 (Veste do Dia a Dia) Mozeta É a parte da veste talar que cai sobre os ombros e tem uma pequena abertura pela frente. Hábito Talar Batina Faixa mozeta Solidéu (na cor da ordem) Frisos e botões na cor da ordem Padre Bispo Cardeal Papa Cores Das Ordens e dos Títulos Padre – frisos e botões em preto Bispo – detalhes em violáceo (roxo) Cardeal – detalhes em vermelho Papa – todo em branco Padre Bispo Cardeal Papa 20 (Veste do Dia a Dia) Barrete Substituiu o antigo Galero no hábito coral. Cada ordem tem o seu próprio galero, sendo o monsenhor tendo um galero preto com o “pompom” violáceo. Hábito Colar Barrete Veste talar (sem mozeta) Sobrepeliz mozeta (na cor da ordem) Cruz peitoral (nas ordens previstas) Padre Bispo Cardeal Papa (Mozeta De Verão / Inverno) Papa Emérito Insígnas Episcopais 21 Sinal claro dos cristãos, o Bispo utiliza sempre acima das vestes, vale lembrar que o Bispo é representante dos apóstolos. Simboliza a autoridade. fidelidade e a aliança espiritual que une o Bispo e a Igreja. Usa-se na mão direita, cuja mão utiliza para abençoar. Pode adotar inúmeros formatos e detalhes. Símbolo do ofício do Bom Pastor e deriva do cajado usado por pastores e viajantes usado para se sustentar ou defesa do rebanho. É usado somente dentro de sua diocese a não ser com o consentimento do bispo local. Cruz Peitoral Anel Episcopal Báculo Mitra Citada em Lev 8, 13, suas duas pontas que se unem no cume, mostra a sabedoria acerca dos dois Testamentos. As ínfulas (fitas) representam a plenitude do poder sacerdotal. É sumariamente branca, lembrando a castidade. 22 Vestimenta de lã branca utilizada sobre os ombros do Arcebispo. Representa a ovelha que o pastor leva nos ombros, assim como fez Cristo com a ovelha perdida. É o símbolo da missão pastoral do bispo e demonstra a comunhão com a Santa Sé. Os cravos são colocados nas cruzes do pálio relembrando suas santas Chagas. Pálio E Cravos Insígnas E Vestes Papais 23 O Papa não utiliza báculo, demonstrando assim, que não possui um pode restrito, mas amplo. Ele utiliza uma cruz na ponta do bastão. Pode ou não conter a imagem de Cristo. Há um modelo que possui 3 hastes representando a Igreja militante, padecente e triunfante, assim como o múnus episcopal (sacerdotal, profético e régio). Era usada no primeiro dia do pontificado de cada novo papa (na coroação) e em ocasiões especialmente solenes. Sua função original era de afirmar que o poder papal era superior ao de qualquer outro soberano da Terra. As três coroas indicam a antiga fórmula do tríplice poder papal: "pai dos príncipes e reis, reitor do mundo e Vigário de Cristo". O Papa João Paulo II não à utilizou, nem seu antecessor Paulo VI. João Paulo II disse: “Este não é o momento de voltar a uma cerimônia e um objeto considerado, erradamente, como um símbolo do poder temporal dos papas.” Férula Tiara Papal Insígnas E Vestes Papais 24 Veste papal para missas pontificais. Tem formato arredondado e é posta nos ombros simbolizando o escudo da fé. Suas duas cores simbolizam unidade entre a Igreja Católica Ocidental e a Igreja Católica Oriental. O fanon são duas vestes. Uma fica impercebível e a outra é o círculo que vemos. Significa a prevalência da Nova Lei de Cristo sobre a Antiga Aliança. Fanon Anel Do Pescador Anel exclusivamente papal e que demonstra visivelmente a sucessão direta São de Pedro, chefe dos apóstolos. Possui impresso em baixo relevo Pedro pescando com redes em um barco, símbolo derivado da tradição em que os apóstolos eram “Pescadores de homens” (Marcos 1, 17). Outras Vestes De Leigos 25 Veste utilizada pelos acólitos ou ministros para manuseio de objetos litúrgicos solenemente como as Insígnias Episcopais e livros. Detalhe: ao se portar o báculo, a curvatura fica sempre voltada para o ministro. Vestes próprias dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística. Pode-se usar diferentes vestes para os ministros leigos desde que legitimamente aprovadas pela Conferência Episcopal em cada região, assim como os demais ministros (acólitos, leitores e outros). Vimpa Opa O Ano E Os Tempos Litúrgicos No decorrer do ano, a Santa Igreja comemora em dias determinados a obra salvífica de Cristo. Cada semana, no dia chamado Domingo (dia do Senhor), ela recorda a ressurreição do Senhor, que celebra também, uma vez por ano, com a bem- aventurada Paixão na solenidade máxima da Páscoa. Durante o ciclo anual desenvolve-se todo o mistério de Cristo e comemoram-se os aniversários dos Santos. O Ano Litúrgico tem seu início quase no fim de novembro: o Advento, concluindo-se no Natal e manifestando-se na Epifania e no Batismo do Senhor. Segue-se um período de vivência dos mistérios celebrados no ciclo do Natal (Tempo comum) e entramos no período de quarenta dias –a Quaresma – vividos em penitência em oração como preparação como maior evento da história da salvação. “Como Cristo realizou a obra da Redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, principalmente pelo seu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando renovou a vida, o sagrado Tríduo Pascal (Ceia, Paixão e Morte, Vigília Pascal) resplandece como ápice de todo o ano litúrgico” (Sacrosanctum Concilium nº5), culminando na maior de todas as solenidades: a Páscoa da Ressurreição. Os Cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o de Pentecostes são celebrados com alegria e exultação como se fosse um só dia de festa com seis oitavas, ou melhor, como um único longo Domingo. Além do Ciclo do Natal e do Ciclo da Páscoa, sobram trinta e três ou trinta e quatro semanas no ciclo anual em que não se celebra nenhum aspecto peculiar do mistério de Cristo; antes se comemora, na sua plenitude, esse mesmo mistério de Cristo, de modo especial aos Domingos. Este mesmo período designa-se Tempo Comum ou Ordinário. Assim cada dia do ano está enquadrado no plano divino, é um instante da eternidade que deixa um sinal (o dia no Tempo, o que permite dizer-se que cada Domingo (dies Domini = Dia do Senhor) é uma Páscoa Semanal. Na periferia do ciclo litúrgico, “as festas dos santos proclamam as maravilhas de Cristo nos seus servos e oferecem aos fiéis oportunos exemplos a serem ilimitados” (SC nº11), sobressaindo as festas da Virgem Mãe de Deus, e a seguir, as dos Apóstolos e Evangelistas, dos Mártires, Pastores, Doutores, Virgens, Santos e Santas. 26 Veja mais abaixo mais informações sobre ano litúrgico (os dias, o Domingo, as solenidades, festas e memórias) e algo mais detalhado sobre o Ciclo anual com os Tempos fortes do ano litúrgico: 27 Os Dias Litúrgicos O Domingo Durante muitos séculos, o Domingo foi a única celebração cristã. Desde o dia da ressurreição de Jesus, os discípulos se reuniam para partilhar a Palavra e celebrar a Eucaristia em memória da Páscoa do Senhor. Pouco a pouco, o que se chamava “primeiro dia da semana” passou a ser chamado de “dia do Senhor” pelos cristãos As Solenidades, Festas E Memórias No ciclo anual, a Igreja, celebrando o mistério de Cristo, venera também com particular amor a Santa Virgem Maria, Mãe de Deus, e propõe à piedade dos fiéis as memórias dos santos Mártires e outros Santos. As celebrações, que se distinguem segundo sua importância, são denominadas: solenidade, festa e memória. As solenidades são constituídas pelos dias mais importantes, cuja celebração começa no dia precedente com as Primeiras Vésperas. Algumas solenidades são também enriquecidas com uma Missa própria para a Vigília, que deve ser usada na Véspera quando houver Missa vespertina. A celebração das duas maiores solenidades, Páscoa e Natal, prolonga-se por oito dias seguidos. Ambas as Oitavas são regidas por leis próprias. 28 Ciclo Anual Através do ciclo anual a Igreja comemora todo o mistério de Cristo, da encarnação ao dia de Pentecostes e à vinda do Senhor. 29 Advento O Tempo do Advento possui dupla característica. sendo um Tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um Tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos Tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do Advento se apresenta como um Tempo de piedosa e alegre expectativa. Inicia-se após o último Domingo do Tempo comum (Solenidade de Cristo Rei) e termina no dia 24 de dezembro (vésperas do Natal do Senhor). São chamados 1º,2º,3º e 4º Domingos do Advento. Os dias de semana dos dias 17 a 24 de dezembro inclusive visam de modo direto a preparação do Natal do Senhor. O Natal A Igreja nada considera mais venerável, após a celebração anual do mistério da Páscoa, do que comemorar o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, o que se realiza no Tempo do Natal. O Tempo do Natal vai das Primeiras Vésperas do Natal do Senhor ao Domingo depois da Epifania ou ao Domingo depois do dia 6 de janeiro inclusive. O Natal do Senhor tem a sua oitava. O Domingo que ocorre entre os dias 2 e 6 de janeiro é o 2º Domingo depois do Natal. A Epifania do Senhor é celebrada no dia 6 de janeiro, a não ser que seja transferida para o Domingo entre os dias 2 e 8 de janeiro, nos lugares onde não for considerada dia santo de guarda No Domingo depois do dia 6 de janeiro celebra-se a festa do Batismo do Senhor. 30 Quaresma O Tempo da Quaresma visa preparar a celebração da Páscoa; a liturgia quaresmal, com efeito, dispõe para a celebração do mistério pascal tanto os catecúmenos, pelos diversos graus de iniciação cristã, como os fiéis, pela comemoração do batismo e penitência. O Tempo da Quaresma vai de Quarta- feira de Cinzas até a Missa na Ceia do Senhor exclusive. Do início da Quaresma até a Vigília pascal não se diz o Aleluia. Na Quartafeira de abertura da Quaresma, que é por toda a parte dia de jejum, faz-se a imposição das cinzas. Os Domingos deste Tempo são 1º,2º,3º,4º e 5º Domingos da Quaresma. O 6º Domingo, com qual se inicia a Semana Santa, é chamado “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”. A Semana Santa visa recordar a Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em Jerusalém. Pela manhã da Quinta- feira da Semana Santa, o Bispo, presidindo a Missa concelebrada com seu presbitério, benze os santos óleos e consagra o crisma. O Tríodo Pascal O sagrado Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor resplandece como ápice de todo o ano litúrgico. O Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor começa com a Missa vespertina na Ceia do Senhor, possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição. Na Sexta-feira da Paixão do Senhor, observe-se por toda a parte o sagrado jejum pascal. E, onde for oportuno, também no Sábado Santo até a Vigília pascal. A Vigília pascal, na noite santa em que o Senhor ressuscitou, seja considerada a “mãe de todas as vigílias”, na qual a Igreja espera, velando, a Ressurreição de Cristo, e a celebra nos sacramentos. Portanto, toda a celebração desta sagrada vigília deve realizar-se à noite, de tal modo que comece depois do anoitecer ou termine antes da aurora do Domingo. 31 Tempo Pascal Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, “como um grande Domingo”. É principalmente nesses dias que se canta o Aleluia. O Domingo de Pentecostes encerra este Tempo sagrado de cinquenta dias. Os oito primeiros dias do Tempo pascal formam a oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades do Senhor. No quadragésimo dia depois da Páscoa celebra-se a Ascensão do Senhor. Tempo Comum Além dos Tempos que têm característica própria, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais não se celebra nenhum aspecto especial do mistério do Cristo; comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos Domingos. O Tempo Comum começa na Segundafeira que segue ao Domingo depois do dia 6 de janeiro e se estende até a terça-feira antes da quaresma inclusive; recomeça na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e termina antes das primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento. 32 Os Anos Litúrgicos (Leitura) Dentro do universo litúrgico das leituras, temos também um ciclo que dura três anos, isto quer dizer que a cada três anos voltam às mesmas leituras. Cada ano deste ciclo é representado por evangelhos que são o foco destes. 1) O ano A percorre o Evangelho de São Mateus. 2) O ano B percorre o Evangelho de São Marcos e o capítulo 6 de São João. 3) O ano C percorre o Evangelho de São Lucas. Nas grandes festas e nos Tempos litúrgicos “fortes” (advento, natal, quaresma, Tempo pascal), o Evangelho é quase sempre tirado de São João que é reservado para tais ocasiões. A primeira leitura é tirada do Antigotestamento e acompanha o sentido do Evangelho daquele dia. (No Tempo pascal, a primeira leitura é dos Atos dos Apóstolos). O Salmo responsorial acompanha o sentido da primeira leitura. A segunda leitura é independente. Não tem ligação nem com o Evangelho, nem com a primeira leitura. (A não ser nas festas e nos Tempos litúrgicos fortes). É uma leitura semi-contínua das cartas do Novo Testamento ou do Apocalipse. 33 A diversidade de cores das vestes sagradas tem por finalidade exprimir externamente de modo mais eficaz, por um lado, o carácter peculiar dos mistérios da fé que se celebram e, por outro, o sentido progressivo da vida cristã ao longo do ano litúrgico. Quanto à cor das vestes sagradas, mantenha-se o uso tradicional, isto é: Roxa Indica penitência, recolhimento, conversão, luto. Usado em: Tempo Quaresmal Tempo do Advento Celebração de finados Ritual das Exéquias Sacramento da Penitêcia Indica sangue, fogo, sacrifício, Espírito Santo, amor divino, martírio. Usado em: Domingo de Ramos Paixão do Senhor Domingo de Pentecoste Na festa de Apóstolos e Evangelistas Celebrações dos Santos Mártires Missas do Crisma Vermelho Cores Litúrgicas Indica alegria, festa, glória a Deus, felicidade, vitória, paz, alma pura. Usado em: - Celebração dos Sacramentos - Ceia do Senhor - Vigília Pascal - Tempo Pascal - Tempo Natalino - Missas Marianas - Dos Santos Anjos - Dos Santos (não Mártires) - Festa de Todos os Santos - São João Batista - São João Evangelista - Cadeira de São Pedro - Conversão de São Paulo - Demais solenidades e dias de Festa 34 Branca Indica esperança. Usado em: Tempo Comum Verde 35 Roxa – Variações Pode usar-se, onde for costume, nos domingos: Gaudete (3º do Advento); Laetare (4º da Quaresma). Preta Rosa Pode usar-se, onde for costume, nas missas de defuntos. As Conferências Episcopais podem, no que respeita às cores litúrgicas, determinar e propor à Sé Apostólica as adaptações que entenderem mais conformes com as necessidades e a mentalidade dos povos. No Brasil, há o costume do uso da cor prata e dourado como variações da branca, assim como a azul utilizada em missas marianas. Segue-se exemplos: 36 Santa Missa A Missa consta, por assim dizer, de duas partes: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Estas duas partes, porém, estão entre si tão estreitamente ligadas que constituem um único ato de culto. De fato, na Missa é posta a mesa, tanto da palavra de Deus como do Corpo de Cristo, mesa em que os fiéis recebem instrução e alimento. Como presidente, o sacerdote pronuncia as orações em nome da Igreja e da comunidade reunida, mas, por vezes, também o faz em nome pessoal, para despertar maior atenção e piedade no exercício do seu ministério. Estas orações, propostas para antes da leitura do Evangelho, na preparação dos dons, e antes e depois da comunhão do sacerdote, são ditas em silêncio. Ritos Iniciais Os ritos que precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, ato penitencial, Kyrie (Senhor, tende piedade de nós), Glória e oração coleta – têm o carácter de exórdio, introdução e preparação. É sua finalidade estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem dignamente a Eucaristia. Em algumas celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos, se ligam à Missa, os ritos iniciais omitem-se ou realizam-se de modo específico como a missa da Vigília Pascal, Domingo de Ramos, Paixão do Senhor etc. Entrada Reunido o povo, o Turiferário, caso use-se, apresenta o turíbulo com as brasas ao Celebrante e o mesmo faz o Naveteiro com a naveta. O celebrante deita incenso no turíbulo 3 vezes e abençoa sem dizer nada. O Turiferário e o Naveteiro tomam suas posições na procissão que já deve estar preparada pelo responsável pela Procissão que pode ser um cerimoniário. O sacerdote e os ministros, revestidos com as vestes sagradas, encaminham-se para o altar dois a dois por esta ordem: Os diáconos, padres, bispos e o celebrante aproximam-se do altar e venera-o com um beijo. Logo a seguir, o presidente da celebração lhe é apresentado a naveta com o incenso e o turíbulo aberto, deita o incenso e incensa a cruz e o altar, andando em volta dele. Caso haja alguma imagem, relíquia ou o Círio Pascal, também os incensa. Após terminar o incensação, o celebrante devolve o objeto ao Turiferário que se retira do altar com o Naveteiro. Feito isto, o sacerdote vai para a cadeira. Terminado o cântico de entrada, celebrante e fiéis, todos de pé, benzem- se com o sinal da cruz. O sacerdote diz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. O povo responde: Amem. 37 Em seguida, pela saudação, faz sentir à comunidade reunida a presença do Senhor. Com esta saudação e a resposta do povo manifestase o mistério da Igreja reunida. Em seguida, o sacerdote, voltado para o povo e abrindo os braços, saúda-o, utilizando uma das fórmulas propostas. Pela saudação, faz sentir à comunidade reunida a presença do Senhor. Com esta saudação e a resposta do povo manifesta- se o mistério da Igreja reunida. Pode também o próprio sacerdote ou outro ministro fazer aos fiéis uma introdução, com brevíssimas palavras, na Missa desse dia. Ato Penitencial Em seguida, o sacerdote convida ao ato penitencial, o qual, após uma breve pausa de silêncio, é feito por toda a comunidade com uma fórmula de confissão geral e termina com a absolvição do sacerdote; esta absolvição, porém, carece da eficácia do sacramento da penitência. Ao domingo, principalmente no tempo pascal, em vez do costumado ato penitencial pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água em memória do batismo. Kýrie, Eleison Depois do ato penitencial, diz sempre o “Senhor, tende piedade de nós” (Kyrie, Eleison), a não ser que já tenha sido incluído no ato penitencial. Dado tratar-se de um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é normalmente executado por todos. Glória In Excelsis Deo O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino por outro. Canta-se ou recita-se nos domingos (não em missas semanais) fora do Advento e da Quaresma, bem como nas solenidades e festas, e em particulares celebrações mais solenes. Oração Da Coleta Em seguida, o sacerdote convida o povo à oração; e todos, juntamente com ele, se recolhem uns momentos em silêncio, a fim de tomarem consciência de que se encontram na presença de Deus e poderem formular interiormente as suas intenções. Então o sacerdote diz a oração que se chama «coleta», pela qual se exprime o carácter da celebração. 38 Litúrgia Da Palavra A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura com os cânticos intercalares. São seu desenvolvimento e conclusão a homilia, a profissão de fé e a oração universal ou oração dos fiéis. Nas leituras, comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo, revela-lhe o mistério da redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua palavra, o próprio Cristo está presente no meio dos fiéis. O povo faz sua esta palavra divina com o silêncio e com os cânticos e a ela adere com a profissão de fé. Assim alimentado, eleva a Deus as suas preces na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro. Segundo a tradição, a função de proferir as leituras não é presidencial, mas sim ministerial. Por isso as leituras são proclamadas por um leitor, mas o Evangelho é anunciado pelo diácono ou por outro sacerdote. Se, porém, não estiver presente o diácono nem outro sacerdote, leia o Evangelho o próprio sacerdote celebrante; e se também faltar outro leitor idôneo o sacerdote celebrante proclame igualmente as outras leituras. Não se substituam as leituras sem consultar os livros litúrgicos, assim como é proibido omitir as leituras prescritas. Assim se segue: terminada a oração coleta,todos se sentam. O sacerdote pode, com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na liturgia da palavra. O leitor vai à frente do altar com um Cerimoniário, fazem a reverência e sobem ao presbitério, o leitor vai ao ambão e, a partir do lecionário aí colocado antes da Missa, proclama a primeira leitura, que todos escutam. No fim, o leitor profere a aclamação: Palavra do Senhor (Verbum Domini); e todos respondem: Graças a Deus (Deo Gratias). Na celebração da Missa com o povo, as leituras proclamam-se sempre do ambão e não é lícito substituir as leituras e o salmo responsorial, que contêm a palavra de Deus, por outros textos não bíblicos. Pode então observar-se, se for oportuno, um breve espaço de silêncio, para que todos meditem brevemente no que ouviram. Depois, o salmista ou o próprio leitor recita o versículo do salmo, ao qual o povo responde habitualmente com o refrão. O Salmo é parte integrante da liturgia da palavra e tem, por si mesmo, grande importância litúrgica e pastoral, pois favorece a meditação da Palavra de Deus. Convém que o salmo responsorial seja cantado, pelo menos no que se refere à resposta do povo. O salmista ou cantor do salmo, do ambão ou de outro local conveniente, recita os versículos do salmo; toda a assembleia escuta sentada, ou, de preferência, nele participa do modo costumado com o refrão, a não ser que o salmo seja recitado todo seguido, sem refrão. Se o salmo não puder ser cantado, recita-se do modo mais indicado para favorecer a meditação da palavra de Deus. Se há segunda leitura antes do Evangelho, o leitor proclama-a do ambão. Todos escutam em silêncio e no fim respondem com a aclamação, como acima se disse sobre a primeira leitura. A seguir, se for oportuno, pode observar-se um breve espaço de silêncio. Leituras 39 Evangelho A leitura do Evangelho constitui o ponto culminante da liturgia da palavra, por isso, todos se levantam e canta-se o Aleluia ou outro cântico, conforme o tempo litúrgico. Deste modo a aclamação constitui um rito ou um ato com valor por si próprio, pelo qual a assembleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que lhe vai falar no Evangelho, e professa a sua fé por meio do canto. É cantada por todos de pé, iniciada por um cantor, e pode-se repetir, se for conveniente. O Aleluia canta-se em todos os tempos fora da Quaresma. Enquanto isso, os ceroferários precedidos do turiferário e o naveteiro apresentam o turíbulo e naveta respectivamente ao sacerdote que impõe e benze o incenso, quando se usa (se o sacerdote se encontra sentado, os ministros apresentam o turíbulo e o incenso ajoelhados, se o sacerdote está de pé, apresentam também de pé). Em seguida, o turiferário, naveteiro e ceroferários se dirigem ao ambão precedendo o sacerdote. Este, profundamente inclinado diante do altar, de mãos juntas, diz uma oração em secreto, toma então o Evangeliário, se está sobre o altar, e dirige-se para o ambão, levando o Evangeliário um pouco elevado, precedido pelos ministros leigos. Os presentes voltam-se para o ambão, manifestando uma especial reverência ao Evangelho de Cristo. Tendo chegado ao ambão, o sacerdote abre o livro e, de mão juntas, diz: O Senhor esteja convosco (Dominus vobiscum); o povo responde: Ele está no meio de nós (Et cum spiritu tuo), e a seguir Evangelho de Nosso Senhor..., fazendo o sinal da cruz sobre o livro e sobre si mesmo na fronte, na boca e no peito, e todos fazem o mesmo. O povo aclama, dizendo: Glória a Vós, Senhor (Gloria tibi, Domine). Depois, se se usa o incenso, o sacerdote incensa o livro e o Círio Pascal, caso este esteja presente. A seguir proclama o Evangelho, e no fim diz a aclamação: Palavra da salvação (Verbum Domini). Todos respondem: Glória a Vós, Senhor (Laus tibi, Christe). O sacerdote beija o livro, dizendo em secreto uma oração. Os ministros leigos (turiferário, naveteiro e ceroferários) se retiram. Homilia O sacerdote, em pé, da cadeira ou do próprio ambão, ou, se for oportuno, noutro lugar conveniente, faz a homilia. Terminada a homilia, pode observar-se, se for oportuno, um espaço de silêncio. A homilia é parte da liturgia e muito recomendada: é um elemento necessário para alimentar a vida cristã. Deve ser a explanação de algum aspecto das leituras da Sagrada Escritura tendo sempre em conta o mistério que se celebra, bem como as necessidades peculiares dos ouvintes. Habitualmente deve ser feita pelo sacerdote celebrante ou por um sacerdote concelebrante, por ele encarregado, ou algumas vezes, se for oportuno, também por um diácono, mas nunca por um leigo. 40 Prossição De Fé O Símbolo, ou profissão de fé, tem como finalidade permitir que todo o povo reunido, responda à palavra de Deus anunciada nas leituras da sagrada Escritura e exposta na homilia, e que, proclamando a regra da fé, segundo a fórmula aprovada para o uso litúrgico, recorde e professe os grandes mistérios da fé, antes de começarem a ser celebrados na Eucaristia. Pode-se cantar ou recitar, começado pelo sacerdote e continuado pelo povo, estando todos de pé. Às palavras “e se encarnou” todos se inclinam profundamente, porém nas solenidades da Anunciação e do Natal do Senhor, genuflectem. Nunca se utilize um “Credo” que não se encontre em livros litúrgicos devidamente aprovados. Litúrgia Eucarística Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e banquete pascal, por meio do qual, todas as vezes que o sacerdote, representando a Cristo Senhor, faz o mesmo que o Senhor fez e mandou aos discípulos que fizessem em sua memória, se torna continuamente presente o sacrifício da cruz. 1) Na preparação dos dons, levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, os mesmos elementos que Cristo tomou em suas mãos. 2) Na Oração eucarística, dão-se graças a Deus por toda a obra da salvação, e as oblatas convertem-se no Corpo e Sangue de Cristo. 3) Pela fração do pão e pela Comunhão, os fiéis, embora muitos, recebem, de um só pão, o Corpo e Sangue do Senhor, do mesmo modo que os Apóstolos o receberam das mãos do próprio Cristo. Oração Universal Terminado o Símbolo, o sacerdote, de pé junto da cadeira, de mãos juntas, convida os fiéis à oração universal com uma breve admonição. Então um diácono ou um cantor, ou um leitor ou outro, no ambão ou noutro lugar conveniente, voltado para o povo, propõe as intenções, a que o povo responde suplicante com a sua parte ou com uma invocação comum proferida depois de cada intenção, ou orando em silêncio, mas sempre de pé. Por fim o sacerdote, de braços abertos, conclui as preces com uma oração. Na oração universal ou oração dos fiéis, o povo responde, de algum modo à palavra de Deus recebida na fé e, exercendo a função do seu sacerdócio batismal, apresenta preces a Deus pela salvação de todos. Convém que em todas as Missas com participação do povo se faça esta oração, na qual se pede pela santa Igreja, pelos governantes, pelos que se encontram em necessidade, por todos os homens em geral e pela salvação do mundo inteiro. 41 Preparação Dos Dons ou Oferendas Quando Terminada a oração universal, todos se sentam, e começa o cântico do ofertório, se há procissão dos dons. Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística. O acólito ou outro ministro leigo coloca sobre o altar o corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o missal. As ofertas dos fiéis são recebidas pelo sacerdote com a ajuda do acólito ou de outro ministro. O pão e o vinho, galhetas e âmbulas com hóstias destinados à Eucaristia são levados ao ate onde esta o celebrante, que os coloca sobre o altar; os outros dons são colocados noutro lugar conveniente. Além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro da Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar conveniente, fora da mesa eucarística. Caso não haja a apresentação dos dons, após entregar o missal o acólito leva da credência ao altar as âmbulas com hóstias e as galhetas com vinho e águae apresenta ao sacerdote. O sacerdote, junto do altar, recebe a patena com o pão; e, sustentando-a, com ambas as mãos, um pouco elevada sobre o altar e ora em secreto. Em seguida, depõe a patena com o pão sobre o corporal. O sacerdote vai depois ao lado do altar, onde o ministro lhe apresenta as galhetas, e deita o vinho no cálice e um pouco de água, novamente ora em secreto. Volta ao meio do altar, toma o cálice com ambas as mãos e, sustentando-o um pouco elevado sobre o altar, então reza em secreto. Depõe, em seguida, o cálice sobre o corporal e, se parecer oportuno, cobre-o com a pala. O sacerdote inclina-se profundamente e reza em secreto. A seguir, se se usa o incenso, o sacerdote incensa as oblatas, a cruz e o altar. Um ministro ou Acólito, de pé ao lado do altar, incensa o sacerdote, e depois o povo. Deste modo se pretende significar que a oblação e oração da Igreja seja elevada, como a fumaça de incenso, à presença de Deus. O sacerdote, por causa do sagrado ministério, e o povo, em razão da dignidade batismal. Se houver mais de um concelebrante, estes recebem a incensação ou conjuntamente com o presidente ou após, porém que seja antes de incensar o povo. Depois da incensação, o sacerdote vai ao lado do altar e lava as mãos no lavabo que é o jarro e a bacia juntamente com o manustérgio que um ou mais acólitos trazem, dizendo em silêncio: Lavai- me, Senhor, enquanto o ministro lhe serve a água. com este rito se exprime o desejo de uma purificação interior. O sacerdote aguarda o término da incensação ao povo, caso ainda não se tenha terminado, depois vai ao meio do altar e, voltado para o povo, abrindo e juntando as mãos, convida-os à oração, dizendo: Orai, irmãos... O povo levanta-se e responde: Receba o Senhor... Logo após sacerdote, recita, de braços abertos, a oração sobre as oblatas. No fim o povo aclama: Amem. 42 Oração Eucarística Inicia-se então o momento central e mais importante de toda a celebração, a Oração eucarística, que é uma oração de ação de graças e de consagração. Segundo as rubricas, escolhe uma das que se encontram no Missal Romano, ou que a Santa Sé tenha aprovado. Por sua natureza, a Oração eucarística exige que seja só o sacerdote, em virtude da ordenação, a dizê-la. O povo, porém, associe-se ao sacerdote, na fé e em silêncio, e com as intervenções previstas na Oração eucarística, isto é: as respostas ao diálogo do Prefácio, o Sanctus (Santo), a aclamação depois da consagração e a aclamação Amém depois da doxologia final, e ainda com outras aclamações aprovadas pela Conferência Episcopal e confirmadas pela Santa Sé. O sacerdote convida o povo a elevar os corações para o Senhor, na oração e na ação de graças, e associa-o a si na oração que ele, em nome de toda a comunidade, dirige a Deus Pai por Jesus Cristo no Espírito Santo. O sentido desta oração é que toda a assembleia dos fiéis se una a Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício. O sacerdote, abrindo os braços, canta ou diz: O Senhor esteja convosco (Dominus vobiscum), e o povo responde: Ele está no meio de nós (Et cum spiritu tuo). Em seguida continua elevando as mãos: Corações ao alto (Sursum corda). O povo responde: O nosso coração está em Deus (Habemus ad Dominum). Então o sacerdote, de braços abertos, acrescenta: Dêmos graças ao Senhor nosso Deus (Gratias agamus Domino Deo nostro). E o povo responde: É nosso dever, é nossa salvação (Dignum et iustum est). Depois o sacerdote, de mãos estendidas, continua o Prefácio, no fim do qual junta as mãos e, juntamente com todos os presentes, canta ou recita em voz alta: Santo... (Sanctus). Logo após o santo o sacerdote prossegue a Oração Eucarística segundo as rubricas apresentadas em cada uma das Orações. Se se usa incenso, o ministro ou Acólito incensa a hóstia e o cálice, ao serem mostrados ao povo depois da consagração. A seguir à consagração, depois de o sacerdote dizer: Mistério da fé, o povo aclama, utilizando uma das fórmulas prescritas. No fim da Oração Eucarística, o sacerdote toma a patena com a hóstia e o cálice e, elevando-os ambos, diz sozinho a doxologia: Por Cristo... No fim o povo aclama: Amém. A seguir o sacerdote depõe a patena e o cálice sobre o corporal. 43 Elementos Da Oração Eucarística 1)Ação de graças ou Prefácio: em nome de todo o povo santo, o sacerdote glorifica a Deus Pai e dá-Lhe graças por toda a obra da salvação ou por algum dos seus aspectos particulares, conforme o dia, a festa ou o tempo litúrgico. 2) Aclamação: toda a assembleia, em união com os coros celestes, canta o Sanctus (Santo). Esta aclamação, que faz parte da Oração Eucarística, é proferida por todo o povo juntamente com o sacerdote. 3) Epiclese: consta de invocações especiais, pelas quais a Igreja implora o poder do Espírito Santo, para que os dons oferecidos pelos homens sejam consagrados, isto é, se convertam no Corpo e Sangue de Cristo; e para que a hóstia imaculada, que vai ser recebida na Comunhão, opere a salvação daqueles que dela vão participar. 4) Narração da instituição e consagração: mediante as palavras e gestos de Cristo, realiza-se o sacrifício que o próprio Cristo instituiu na última Ceia, quando ofereceu o seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho e os deu a comer e a beber aos Apóstolos, ao mesmo tempo que lhes confiou o mandato de perpetuar este mistério. 5) Anamnese: em obediência a este mandato, recebido de Cristo Senhor através dos Apóstolos, a Igreja celebra a memória do mesmo Cristo, recordando de modo particular a sua bem-aventurada paixão, gloriosa ressurreição e ascensão aos Céus. 6) Oblação: neste memorial, a Igreja, de modo especial aquela que nesse momento e nesse lugar está reunida, oferece a Deus Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada. A Igreja deseja que os fiéis não somente ofereçam a hóstia imaculada, mas aprendam a oferecer-se também a si mesmos e, por Cristo mediador, se esforcem por realizar de dia para dia a unidade perfeita com Deus e entre si, até que finalmente Deus seja tudo em todos. 7) Intercessões: por elas se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto do Céu como da terra, e que a oblação é feita em proveito dela e de todos os seus membros, vivos e defuntos, chamados todos a tomar parte na redenção e salvação adquirida pelo Corpo e Sangue de Cristo. 8) Doxologia final: exprime a glorificação de Deus e é ratificada e concluída pela aclamação Amém do povo. 44 Oração Dominical (Pai Nosso) Na Oração dominical pede-se o pão de cada dia, que para os cristãos evoca principalmente o pão eucarístico; igualmente se pede a purificação dos pecados, de modo que efetivamente “as coisas santas sejam dadas aos santos”. Terminada a Oração eucarística, o sacerdote, de mãos juntas, diz a admonição que antecede a oração dominical; e a seguir recita, de braços abertos, esta oração juntamente com o povo. Terminada a oração dominical, o sacerdote, de braços abertos, diz sozinho o embolismo Livrai-nos de todo o mal, Senhor... No fim o povo aclama com a doxologia: Vosso é o reino...O embolismo é o desenvolvimento da última petição da oração dominical; nele se pede para toda a comunidade dos fiéis a libertação do poder do mal. Rito Da Paz egue-se o rito da paz, no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si própria e para toda a família humana, e os féis exprimem uns aos outros a comunhão eclesial e a caridade mútua, antes de comungarem no Sacramento. O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta a oração “Senhor Jesus Cristo, que dissestes...”; uma vez terminada, o sacerdote, abrindo e juntando as mãos, anuncia a paz, voltado para o povo, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre convosco (Pax Domini sit semper vobiscum); e o povo responde: O amor de Cristo nos uniu (Et cum spiritu tuo). Logo a seguir, se parecer oportuno, acrescenta: Saudai-vos na paz de Cristo. O sacerdote pode dar a paz aos ministros, mas permanece sempre dentro do presbitério, a fim de não perturbar a celebração. Procede do mesmo modo se, pormotivos razoáveis, quiser dar a paz a alguns poucos fiéis. E todos, segundo as determinações da Conferência Episcopal, se saúdam uns aos outros em sinal de mútua paz, comunhão e caridade. Enquanto se dá a paz, pode dizer-se: A paz do Senhor esteja sempre contigo (Pax Domini sit semper tecum), ao que se responde: Amem.94 44 Fração Do Pão E Cordeiro De Deus A seguir, O sacerdote parte o pão eucarístico. O gesto da fração, praticado por Cristo na última Ceia, e que serviu para designar, nos tempos apostólicos, toda a ação eucarística, significa que os fiéis, apesar de muitos, se tornam um só Corpo, pela Comunhão do mesmo pão da vida que é Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo (1 Cor 10, 17). Enquanto o sacerdote parte o pão sobre a patena e deita uma parte da hóstia no cálice, o sacerdote recita voz alta a invocação Cordeiro de Deus, a que todo o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão, pelo que pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito. Na última vez conclui-se com as palavras: Dai-nos a paz. Comunhão O sacerdote prepara-se para receber frutuosamente o Corpo e Sangue de Cristo rezando uma oração em silêncio. Os fiéis fazem o mesmo, orando em silêncio. Depois o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e convida-os para o banquete de Cristo; e, juntamente com os fiéis, faz um ato de humildade, utilizando as palavras evangélicas prescritas. Voltado para o povo, diz: Felizes os convidados...; e, juntamente com o povo, acrescenta uma só vez: Senhor, eu não sou digno... Depois, voltado para o altar, o sacerdote reza em silêncio e comunga com reverência o Corpo de Cristo. A seguir, toma o cálice e comunga com reverência o Sangue de Cristo. Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, começa-se o canto da Comunhão que deve exprimir, com a unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, manifestar a alegria do coração daqueles que vão receber a Eucaristia. O cântico prolonga-se enquanto se ministra aos fiéis o Sacramento. Depois o Sacerdote pega na patena ou na âmbula e aproxima-se dos comungantes, que habitualmente se aproximam em procissão. Não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado nem o cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de mão em mão. Os fiéis comungam de joelhos ou de pé, segundo a determinação da Conferência Episcopal. Quando comungam de pé, recomenda-se que, antes de receberem o Sacramento, façam a devida reverência, estabelecida pelas mesmas normas. Se a Comunhão for distribuída unicamente sob a espécie do pão, o sacerdote levanta um pouco a hóstia e, mostrando-a a cada um dos comungantes, diz: O Corpo de Cristo ou Corpus Christi. O comungante responde: Amém, e recebe o Sacramento na boca, ou, onde for permitido, na mão conforme preferir. O comungante recebe a hóstia e comunga-a. 45 A sagrada Comunhão adquire a sua forma mais plena, enquanto sinal, quando é feita sob as duas espécies. Nesta forma manifesta-se mais perfeitamente o sinal do banquete eucarístico, e exprime-se mais claramente a vontade de ratificar a nova e eterna aliança selada pelo Sangue do Senhor, bem como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico no reino do Pai. Antes de mais devem advertir os fiéis de que a fé católica ensina que, mesmo sob uma única espécie, é Cristo todo e inteiro e o verdadeiro Sacramento que se recebe; consequentemente, quem receber uma só das duas espécies nem por isso fica privado de qualquer graça necessária à salvação Quando a Comunhão se faz sob as duas espécies, habitualmente quem ministra ao cálice é o diácono, ou, na sua ausência, o presbítero; ou também o acólito devidamente instituído ou outro ministro extraordinário da sagrada Comunhão; ou o fiel a quem, em caso de necessidade, se chama para este ofício em cada caso. Na distribuição da Comunhão, o sacerdote pode ser ajudado por outros presbíteros eventualmente presentes. Se estes não estiverem disponíveis e o número dos comungantes for demasiado grande, o sacerdote pode chamar em seu auxílio os ministros extraordinários, isto é, o acólito devidamente instituído ou também outros fiéis, que tenham sido devidamente nomeados para isso (MESCE). Em caso de necessidade, o sacerdote pode designar, só para essa ocasião, alguns fiéis idôneos. Estes ministros não devem aproximar-se do altar antes de o sacerdote ter tomado a Comunhão; e recebem sempre da mão do sacerdote celebrante o vaso com as espécies da Santíssima Eucaristia a distribuir aos fiéis. Terminada a distribuição da Comunhão, o sacerdote, no altar, consome imediatamente todo o vinho consagrado que porventura tiver sobrado; quanto às hóstias consagradas que sobrarem, ou as consome no altar ou leva-as ao lugar destinado a guardar a Eucaristia. O sacerdote, regressado ao altar, recolhe os fragmentos que porventura houver. Depois vai ao lado do altar ou à credência e purifica a patena ou a âmbula sobre o cálice; a seguir, purifica o cálice, enquanto reza em silêncio e limpa o cálice com o sanguinho. Se os vasos são purificados no altar, o ministro leva-os para a credência. Os vasos a purificar, sobretudo se forem vários, também se podem deixar no altar ou na credência, sobre o corporal, devidamente cobertos, sendo purificados imediatamente depois da Missa, após a despedida do povo. Depois o sacerdote pode voltar para a cadeira. Entretanto, podem guardar-se uns momentos de silêncio sagrado, ou cantar ou recitar um salmo ou outro cântico de louvor ou um hino que deve terminar a tempo. Procure-se que também os cantores possam comungar comodamente. Para completar a oração do povo de Deus e concluir todo o rito da Comunhão, o sacerdote diz a oração depois da Comunhão, na qual implora os frutos do mistério celebrado. 46