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LEI PENAL NO ESPAÇO LUGAR DO CRIME: - a determinação do lugar em que o crime se considera praticado é decisiva no tocante à competência penal internacional; - Art. 70 do CPP – Se a conduta e o resultado forem no mesmo país, a questão é resolvida pelo artigo 70 do CPP. - Se for crime a distância (ação ou omissão em um país e o resultado em outro, a questão é resolvida pelo artigo 6º do CP.) EX. se um brasileiro atira em um Paraguaio que se encontra em seu país e vem a morrer, qual lei a ser aplicada? - Um Argentino envia uma carta-bomba de seu país para um brasileiro que se encontra em Curitiba vindo esta a explodir, qual lei a ser aplicada? - se um brasileiro atravessa a fronteira Brasil/Paraguai atirando em uma pessoa, qual lei a ser a plicada? TEORIAS: art.6º do CP: Crimes à distância: - Atividade; - resultado; - mista. ARTIGO 70 DO CPP: crimes dentro do Brasil. (Crimes pluri locais) PARA APLICAÇÃO DA LEI= 1- AGENTE NACIONAL; 2- LUGAR DO CRIME; 3- BEM JURÍDICO LESADO; A lei penal vige em todo o território de um Estado politicamente organizado. No entanto, pode ocorrer, em certos casos, para um combate eficaz à criminalidade: A necessidade de que os efeitos da lei penal ultrapassem os limites territoriais para regular os fatos ocorridos além de sua soberania; a ocorrência de determinada infração penal pode afetar a ordem jurídica de dois ou mais Estados soberanos. Surge, assim, a necessidade de limitar a eficácia espacial da lei penal, disciplinando qual lei deve ser aplicada em tais hipóteses. Pode um crime violar interesses de dois ou mais países, quer por ter sido a ação praticada no território de um e a consumação dar-se em outro, quer porque o delito atinge o bem jurídico de um Estado embora praticado no exterior, quer pela necessidade da extradição para a aplicação da lei penal. MACETES: sempre ver: 1- nacionalidade do agente; 2- nacionalidade do bem jurídico lesado; 3- local onde foi praticado; PRINCÍPIOS QUE SOLUCIONAM: TERRITORIALIDADE: - prevê a aplicação da lei nacional ao fato praticado no território do próprio país; NACIONALIDADE: - cogita da aplicação da lei do país de origem do agente, pouco importando o local onde foi cometido o crime. O Estado exige do Cidadão um comportamento no estrangeiro. DA PROTEÇÃO (da competência Real – de defesa) - aplica-se a lei do país ao fato que atinge bem jurídico nacional, sem nenhuma consideração a respeito do local onde foi praticado o crime ou da nacionalidade do agente. DA COMPETÊNCIA UNIVERSAL (da justiça cosmopolita): - O criminoso deve ser julgado e punido onde for detido, segundo as leis desse país, não se levando em conta o lugar do crime, a nacionalidade do autor ou o bem jurídico lesado. DA REPRESENTAÇÃO (subsidiário): Determina a lei do país quando, por deficiência legislativa ou desinteresse de outro que deveria reprimir o crime, este não o faz, e diz respeito aos delitos cometidos em aeronaves ou embarcações. Refere-se ao meio de transporte em que ocorreu o crime. TERRITORIALIDADE: TERRITÓRIO: CONCEITO: é todo o espaço correspondente a um país, com limites reconhecidos. PODE SER: Material e Jurídico - MATERIAL: geográfico, compreendendo o espaço delimitado por fronteiras. - JURÍDICO: Abrange todo espaço em que o Estado exerce sua soberania: - águas interiores: - mar territorial – 12 milhas marítimas. [1: Lei8.617/93, Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil.Art. 6º A zona econômica exclusiva brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.] - território por extensão (FICÇÃO) Art. 5º, § 1º CP. - embarcações e aeronaves públicas e privadas - - Lei da bandeira ou do pavilhão. - destroços de navios. - O Brasil abriu mão de aplicação de lei penal a crime cometido em espaço aéreo brasileiro em alguns casos. (de. 479/69). Se não causar reflexos no território brasileiro. EXTRATERRITORIALIDADEart. 7º DO CP – Analisar todos eles demonstrando os princípios; EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA: diz-se condicionada porque a aplicação da lei penal brasileira se subordina à ocorrência de certos requisitos(Art. 7º, §§ 2º e 3º do CP). - PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU COSMOPOLITA; - PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE OU PERSONALIDADE; - PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO; EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA: - diz-se incondicionada a extraterritorialidade excepcional da lei penal brasileira, porque a sua aplicação não se subordina a qualquer requisito. - funda-se a incondicionalidade na circunstância de esses crimes ofenderem bens jurídicos de capital importância, afetando interesses relevantes do Estado. “ PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO OU REAL OU DE DEFESA” - O ART. 8ºMITIGA O RIGORISMO DA ESTRATERRIT. INCON. Art. 7º §1º. CONTRAVENÇÕES (artigo2º do dec. Lei nº 3.688/41). Art. 2º. A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional. EFICÁCIA DA LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS QUE EXERCEM DETERMINADAS FUNÇÕES PÚBLICAS: - não é exceção ao princípio da igualdade. Não tem em vista a pessoa e sim a função. IMUNIDADES DIPLOMÁTICAS: A convenção de Viena, promulgada no Brasil pelo Decreto 56.435/65, estabelece para o diplomata imunidade de jurisdição penal, ficando sujeito à Jurisdição do Estado a que representa (art. 31) - não há isenção de pena e sim exclusão da jurisdição penal; - inclui os funcionários do corpo diplomático e seus familiares; Os funcionários particulares do corpo diplomático não tem tal imunidade. -DIPLOMATA: exerce mandato de representação política de um governo soberano; CÔNSUL: agente fiscal de um país em outro país (autoridade administrativa, oficial de registro, juiz de paz – fazem serviços administrativos) SEDE DE EMBAIXADA: segundo a teoria da extraterritorialidade absoluta é sede de governos estrangeiros. CHEFES DE GOVERNOS - presidente da república – art. 86 da CF; - ver artigo 86 § 3º Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. § 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. IMUNIDADE PARLAMENTAR MATERIAL OU ABSOLUTA– art. 53 caputda CF Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. DELITOS DE OPINIÕES: - deputados federais - senadores; - deputados estaduais – - vereadores - Art 29, VIII, CF. Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercíciodo mandato e na circunscrição do Município; - discursos fora do mandato (permite a crítica e a denúncia de eventuais irregularidades, sem a cautela necessária bincoao cidadão em geral). - se um particular pratica um crime de opinião em co-autoria com um parlamentar? IMUNIDADE PARLAMENTAR FORMAL OU PROCESSUAL OU RELATIVA (art. 53 § 1º CF). - deputados federais; - Senadores; - CRIMES AFIANÇÁVEIS - PRISÃO EM CRIMES INAFIANÇÁVEIS; - deputados estaduais – Estendida pelo artigo 27, § 1º, CF). Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. SÚMULA 03 STF: "A imunidade concedida a Deputados Estaduais é restrita à Justiça do Estado Súmula superada pelo RE 456679 DF: Parlamentar distrital: imunidade formal: CF, art. 53, § 2º c/c os arts. 27, § 1º, e 32, § 3º: incidência. Com o advento da Constituição de 1988 (art. 27, § 1º), que tornou aplicáveis, sem restrições, aos membros das Assembléias Legislativas dos Estados e do Distrito Federal, as normas sobre imunidades parlamentares dos integrantes do Congresso Nacional, ficou superada a tese da Súmula 3/STF ("A imunidade concedida a Deputados Estaduais é restrita à Justiça do Estado"), que tem por suporte necessário que o reconhecimento aos deputados estaduais das imunidades dos congressistas não derivava necessariamente da Constituição Federal, mas decorreria de decisão autônoma do constituinte local. EXTRADIÇÃO: Não é concedida quando: se tratar de brasileiro nato ou naturalizado; quanto ao naturalizado, pode ocorrer duas situações de exceção: a) Ter sido obtida a naturalização após o fato que motivou o pedido de extradição; b) quando for comprovada, por sentença transitada em julgado a prática do crime de tráfico ilícito de entorpecentes. (art. 5º, LI, CF). a lei brasileira impuser ao crime a pena de prisão igual ou inferior a um ano; o Extraditando estiver respondendo a processo ou já houver sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o pedido; estiver extinta a punibilidade pela prescrição segundo a lei brasileira ou do Requerente; o fato constituir crime político; o extraditando houver de responder no Estado requerente perante tribunal ou juízo de Exceção. Para a extradição exige-se o exame jurídico e político do ato: JURÍDICO: deverá ser julgado pelo Plenário do STF a extradição concedendo ao poder Executivo a autorização para a extradição. A análise da legalidade e admissibilidade do pedido de extradição é da competência exclusiva do STF (art. 102, I, g, CF). POLÍTICO: concedida a autorização pelo STF, aquele não está obrigado a extraditar, gozando de discricionariedade para examinar a conveniência e oportunidade da medida.
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