Engenharia de Software: Conceitos Fundamentais

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Engenharia de Software - Conceitos Gerais
ENGENHARIA DE SOFTWARE
ENGENHARIA DE SOFTWARE - CONCEITOS GERAIS
CONCEITOS GERAIS DE ENGENHARIA DE SOFTWARE
Aborda-se conceitos gerais de engenharia de software, discutindo fontes, referên-
cias e questões clássicas para a preparação em concursos nesta área.
É fundamental compreender o conceito de software, segundo renomados engenhei-
ros como Sommerville e Pressman, cujas obras são utilizadas no curso. A definição de 
software, conforme Sommerville, é essencial para entender a engenharia de software. 
SOFTWARE
O software é composto por instruções, estrutura de dados e documentação. Ian 
Sommerville, autor clássico frequentemente citado em bancas, destaca a importância 
da documentação, ampliando o escopo para além do programa em si. A engenharia de 
software, alinhada ao caráter de engenharia, abrange diversas atividades, inspirada em 
disciplinas estabelecidas como a Engenharia Automotiva e de Produção.
Originada nos anos 70 em resposta à crise do software, essa disciplina surgiu devido 
ao descompasso entre a evolução dos computadores e o desenvolvimento de software 
amador e carente de processos estruturados. A necessidade de uma abordagem mais 
profissional levou à adoção de práticas organizadas na engenharia de software, afastan-
do-se da abordagem amadora e solitária.
Na busca por superar a crise, abandonou-se a abordagem linear inicial, semelhante 
a uma linha de produção, em prol de uma abordagem mais adaptável aos variados cená-
rios de desenvolvimento de software.
EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS: FLUXO, PROCESSO E MODELOS
Os conceitos de fluxo, processo e modelos de processo serão explorados nas próxi-
mas aulas, evidenciando as limitações da abordagem linear.
ABORDAGEM DISCIPLINADA E INTEGRADA
A engenharia de software adota uma abordagem disciplinada e integrada, reconhe-
cendo a importância de evitar a dependência de um único programador. A ênfase na 
qualidade requer a implementação de processos, métodos e ferramentas, visando supe-
rar problemas decorrentes da dependência exclusiva de um profissional.
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É comum na área de Tecnologia da Informação (TI) observar uma preferência por fer-
ramentas, especialmente entre indivíduos sem formação específica na área. Este é um 
equívoco comum resultante da falta de familiaridade com a abordagem disciplinada e 
integrada necessária na engenharia de software. 
FERRAMENTAS NA ENGENHARIA DE SOFTWARE: 
ESTRATÉGIA E IMPLEMENTAÇÃO
As ferramentas ocupam uma posição estratégica, não sendo adequadas como a pri-
meira camada, pois, em caso de inadequação do processo, apenas automatizaram defi-
ciências existentes. A prioridade é aprimorar a forma de trabalho, conforme estudos 
da engenharia de software indicam. Após a implementação de processos e métodos, 
incluindo os ágeis, as ferramentas podem ser introduzidas.
A adoção de ferramentas sem processos estruturados e métodos estabelecidos 
resulta na automação de ambientes caóticos, sem resolver efetivamente o problema. 
Sommerville, em sua obra clássica, abordou problemas recorrentes na época da crise do 
software, como estouros de orçamento, descumprimento de prazos, software que não 
atende aos requisitos e código de difícil manutenção.
Esses desafios refletem situações comuns na área de TI, evidenciando a necessidade 
de uma gestão adequada do projeto e do código fonte. Hoje, a falta de aplicação dos prin-
cípios da engenharia de software é vista como a principal causa de problemas em projetos.
Ao longo dos anos, a engenharia de software desenvolveu processos, métodos e fer-
ramentas para solucionar esses problemas, como a análise estática de código, ante-
riormente complexa e hoje facilitada por ferramentas especializadas. O curso abordará 
exemplos práticos dessas ferramentas, destacando como o avanço tecnológico sim-
plificou tarefas desafiadoras e ressaltando que a não aplicação desses conhecimentos 
reflete uma abordagem obsoleta atualmente. 
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DISCUSSÃO SOBRE A HISTÓRIA DA CRISE DO SOFTWARE
Ao discutir a história da crise do software e a necessidade de organização diante do caos, 
observa-se que em outras áreas para solucionar problemas semelhantes adotam processos 
estruturados. O contexto é comparado ao desenvolvimento de um carro, onde atividades 
são detalhadas e seguem um processo antes de chegar à produção. A engenharia de soft-
ware precisou se adaptar ao longo do tempo, e essa evolução será explorada posteriormente.
Dentre os autores relevantes, Pressman destaca o processo de software como a 
metodologia para atividades, ações e tarefas necessárias ao desenvolvimento de um 
software de alta qualidade. O foco na qualidade é considerado fundamental, e aulas 
específicas sobre qualidade de software, que envolvem verificações e validações do pro-
duto, serão abordadas posteriormente.
É enfatizado que não se deve adotar ferramentas de forma precipitada para resolver pro-
blemas, pois a ferramenta, mesmo útil, depende de um processo organizado, atividades bem 
delineadas e métodos apropriados para o contexto do software em construção. Sommerville 
complementa, descrevendo o processo de software como um conjunto de atividades rela-
cionadas que resultam na produção de um produto de software. Esse processo culmina na 
entrega de um produto, e futuramente serão discutidas as verificações e validações do pro-
cesso e do produto, temas abordados por outros autores clássicos da engenharia de software.
Observa-se que, ao longo do tempo, as práticas na área evoluíram. No passado, os 
processos eram mais prescritivos, seguindo a abordagem “dirigido a planos” proposta 
por Sommerville. Isso se assemelhava à engenharia civil, onde um plano é seguido à risca 
na construção de um prédio. No entanto, percebeu-se que, ao contrário de um edifício, 
o software está sujeito a muitas mudanças, incluindo alterações nos requisitos. Esse 
entendimento marca uma transição na abordagem da engenharia de software, desta-
cando a necessidade de flexibilidade e agilidade nos processos para melhor se adaptar 
às dinâmicas do desenvolvimento de software. 
PROCESSO ADAPTÁVEL NA ENGENHARIA DE SOFTWARE
O processo não deve ser excessivamente rígido; ele precisa ser ágil e adaptável. 
Essa flexibilidade é crucial, e posteriormente serão abordados modelos de processo, que 
podem transformar-se em modelos genéricos passíveis de adaptação. Teorias de apren-
dizagem, provenientes da formação em licenciatura em informática, contribuirão para a 
compreensão progressiva desses conceitos.
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COMPLEXIDADE E ADAPTAÇÃO NOS PROCESSOS
Os processos são complexos e dependem de fatores como o produto a ser desenvol-
vido, a equipe envolvida e os recursos disponíveis. Não há um processo universalmente 
ideal; sua adaptação ao contexto é não apenas possível, mas necessária. A flexibilidade 
pode variar entre uma abordagem mais formal e outra mais flexível. Essa discussão é 
essencial, pois os modelos de processo, destacados por Pressman e Sommerville, têm 
visões distintas sobre as atividades envolvidas, possibilitando adaptação.
ATIVIDADES (PRESSMAN)
Pressman categoriza as atividades em comunicação, planejamento, modelagem, 
programação, construção e entrega. Entender essas atividades é fundamental, visto 
que questões de concursos frequentemente exploramdetalhes específicos conforme 
apresentados no livro de Pressman. Em concursos, as bancas podem escolher questões 
de diferentes fontes, sendo relevante focar nas mais recorrentes.
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ATIVIDADES DE APOIO (PRESSMAN)
Além disso, Pressman inclui atividades de apoio, que variam e não demandam uma aten-
ção especial, uma vez que sua compreensão ocorre naturalmente no decorrer do aprendizado.
Compreender o conjunto de atividades é essencial, sendo possível explorar as ati-
vidades de apoio conforme necessário dentro do processo global, adaptando-se con-
forme a abordagem específica de cada autor.
CONTROLE E ACOMPANHAMENTO DO PROJETO
Para qualquer processo de software, em determinado momento, haverá a necessi-
dade de controle e acompanhamento do projeto. Isso ocorre porque, ao implementar 
um processo, muitas vezes, há a criação de um projeto associado. Esse entendimento é 
derivado dos estudos em gerenciamento de projetos, nos quais a engenharia de soft-
ware incorporou elementos provenientes dessas análises. Dessa forma, ao lidar com um 
projeto de desenvolvimento de software, é imprescindível estabelecer mecanismos de 
controle e acompanhamento, envolvendo a avaliação contínua do progresso, o cum-
primento do cronograma e a administração de riscos, conforme orientações presentes 
em guias como o PMBOK e em normas como as ISOs. Vale destacar que, além de espe-
cialista em segurança da informação pelo IB, também possui a certificação ISO 27.002, 
focada nesse campo, reconhecendo a importância desses princípios atualmente. 
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NORMAS ISO E ADMINISTRAÇÃO DE RISCOS
As normas ISO, em destaque a ISO 27005 para riscos à segurança da informação e 
a ISO 31000 para riscos de forma genérica, são fundamentais na engenharia de soft-
ware. A administração de riscos é constante, sendo uma análise recorrente durante o 
desenvolvimento. Essa prática, mais estruturada na engenharia de software, difere-se 
da abordagem cotidiana. Outras atividades incluem garantia da qualidade, revisões téc-
nicas, medição, gerenciamento de configuração de software, gerenciamento da capaci-
dade de reuso e elaboração e produção de artefatos. A garantia de qualidade e revisões 
técnicas serão detalhadas em aulas específicas sobre qualidade. A medição é a área de 
estudo do professor, com doutorado e mestrado nesse campo. O gerenciamento de con-
figuração será amplamente discutido, destacando o controle e a diversificação.
ATIVIDADES FUNDAMENTAIS (SOMMERVILLE)
As atividades fundamentais, especificação do software, projeto, implementação 
e evolução, são essenciais para o desenvolvimento, compreendidas pelo modelo de pro-
cesso. A variedade de processos existe para atender à diversidade de tipos de software 
e adaptar-se ao produto em questão.
O processo, contudo, permanece constante. A dúvida surge quando todo projeto, indepen-
dente do produto, utiliza o mesmo processo. Isso pode não ser apropriado, especialmente ao 
desenvolver um sistema de prateleira, como um editor de texto. Já para um software custo-
mizado, comum em órgãos públicos, onde a evolução ocorre conforme as demandas do usuá-
rio, a abordagem é consideravelmente diferente. A ideia de que um único processo se aplica a 
todas as situações era um erro comum no desenvolvimento da engenharia de software. Agora, 
entende-se que os processos precisam ser adaptados conforme a necessidade.
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Fica evidente que não há uma solução única para todos os problemas, e os processos 
precisam ser ajustados. Neste primeiro bloco, apresenta-se uma visão geral da enge-
nharia de software, uma disciplina que integra elementos de outras engenharias para 
estabelecer processos. A partir desses processos, são aplicados métodos nas atividades, 
inclusive nas de apoio, como medição, uma atividade de apoio, e gerenciamento de con-
figuração, amplamente utilizado na fase de construção. 
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� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Washington Henrique Almeida. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.