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Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 2 Exemplos de Dimensionamento Exemplo 6.1) Dimensione o disjuntor para proteção do circuito terminal de um chuveiro, com a seguintes características: • S= 5400 VA, V=127V • Dois condutores de cobre carregados, instalados em eletroduto embutido em alvenaria • Temperatura ambiente: 35oC • Corrente de curto-circuito presumida no ponto de instalação do disjuntor: Ik=1 kA • Quadro ventilado • Considere que a corrente de sobrecarga do condutor ao longo de sua vida útil seja controlada e não superará 100 horas durante 12 meses consecutivos ou 500 horas ao longo da vida útil do condutor Mobile User Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 3 Resolução - Cálculo da proteção (DTM) - Proteção contra sobrecarga: - Substituindo (c) em (b) temos: - A inequação (d) já está presente em (a), logo basta utilizar a inequação (a) para dimensionar o DTM: (𝑎) 𝐼𝑃 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 𝐼𝑧 (𝑏) 𝐼2 ≤ 1,45 × 𝐼𝑧 NBR IEC 60898 -> 𝐼2 = 1,45 × 𝐼𝑛 (c) 𝐼2 = 1,45 × 𝐼𝑛 ≤ 1,45 × 𝐼𝑧 → 𝐼𝑛 ≤ 𝐼𝑧 (d) (𝑎) 𝐼𝑃 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 𝐼𝑧 Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 4 Resolução - Cálculo de Ip: - Cálculo de Iz : - Assim: 𝐼𝑃 = 𝑆 𝑉 = 5400 127 = 42,52 A 𝐼𝑍 = 𝐼𝐶 × 𝐹𝐶𝑇 × 𝐹𝐶𝑅 × 𝐹𝐶𝐴 → =1, pois só há um circuito no eletroduto. =1, pois o eletroduto não está enterrado no solo. = 0,94 ( 35oC, Tabela 10.14). = 57 A ( B1, 2CC, 30oC, Tabela 10.10). 42,52 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 53,58 𝐼𝑍 = 57 × 1 × 1 0,94 = 53,58 A DTM com In = 50A com curva tipo B ( Folha técnica GE). Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 5 Resolução - Proteção contra curto-circuito: Ics ≥ Ik Ics ≥ 1 kA Ics=3kA ( Folha técnica GE). - Especificação final do DTM: - Minidisjuntor monopolar - In=50 A - 127 V - Ics= 3kA - 60 Hz - Curva B Curva B Mobile User Tabelas UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 7 Tabelas • Fabricante de disjuntores GE I2 Int Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 8 6.4- Dispositivos Diferenciais Residuais • Segundo a NBR 5410 os dispositivos diferenciais residuais possuem múltiplas funções, como: – Proteção dos condutores contra sobrecorrentes; – Proteção das pessoas contra choques elétricos; – Proteção contra incêndios; – Controlam o isolamento da instalação elétrica, impedindo o desperdício de energia por fuga excessiva de corrente na instalação elétrica. • O que vem a ser um dispositivo diferencial residual? – São dispositivos de proteção que atuam quando existe uma corrente residual (fuga de corrente) circulando na instalação; – Tem a principal função de proteger as pessoas contra eventuais acidentes com choques choque elétricos, diretos e indiretos; Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 9 Princípio de funcionamento do DDR • Fuga de Corrente: – São causadas primordialmente por falha no isolamento ou por falhas internas dos equipamentos. • I1 = I2 + Id – Em condições normais: Id = 0 • A corrente de fuga pode ser devido a falha de isolação ou a um choque elétrico. – Id= I1-I2 – O DDR atua medindo a todo instante a corrente diferencial residual. Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 10 Funcionamento do DDR • DDR Bipolar – Formado por uma bobina principal, enrolada sobre um núcleo magnético. – Em condições normais de operação o fluxo resultante é nulo. – A bobina secundária é ligada a um relé. – Caso a corrente diferencial-residual seja superior ao limite de atuação, a bobina secundária envia um sinal para o relé abrir os contatos principais. – O botão de teste (T) permite testar o DR. Este causa um desequilíbrio, provocando a atuação do DR. DDR Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 11 Funcionamento do DDR • Sensibilidade: – É o valor de corrente que fará com que o DDR desarme, chamada corrente diferencial- residual de atuação (I∆n); – DR com I∆n 30mA são classificados como DR de baixa sensibilidade. • São utilizados na proteção contra incêndios e em esquemas de aterramento IT. • Observação: – Um DDR já atua instantaneamente para I∆n /2 Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 12 Curva de Atuação do DDR Fonte: Catalogo de Produtos Pial Legrand 2004 e 2005 Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 13 Especificação Técnica do Dispositivo DR • As principais características técnicas são: – Corrente Nominal (In – A); – Corrente diferencial-residual nominal de atuação – IΔN(mA); • 30 mA, 100 mA, 300 mA, 500 mA. – Tensão nominal – Vn(V); – Capacidade de Interrupção – Icn(kA); – Frequência- f (Hz); – Número de pólos – 2 ou 4 pólos (bipolar ou tetrapolar). • Podem ser encontrados de diversos tipos: – Interruptores diferenciais – residuais; – Disjuntores com proteção diferencial residual incorporada; – Tomadas com interruptor diferencial – residual incorporado; – Blocos diferenciais acopláveis à disjuntores de caixa moldada ou a disjuntores modulares (mini- disjuntores). Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 14 Disjuntor Diferencial Residual Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 15 Interruptor Diferencial Residual Fonte: Catálogo de Produtos GE Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 16 6.4.1- O DDR e a Proteção contra Choque Elétrico • O que é um choque elétrico? – É a sensação fisiopatológica sentida por uma pessoa ao ficar sujeita a uma diferença de potencial entre as mãos, entre mão(s) e pé(s), entre os pés, ou entre a cabeça e membro(s). • Classificação do choque elétrico – Contato direto: • É o contato de pessoas e animais diretamente com partes energizadas de uma instalação elétrica. – Contato indireto: • É o contato de pessoas e animais com partes metálicas (equipamentos) ou elementos condutores que por falta de isolação ficaram acidentalmente energizados. • Estudos na década de 20 levaram ao levantamento dos efeitos da correntes no corpo humano. – Normas IEC 479, 479-1 e 479-2. Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 17 Reações Fisiológicas do Choque Elétrico • A figura abaixo ilustra as zonas tempo/corrente dos efeitos da corrente alternada, bem como as reações fisiológicas sobre as pessoas. Mobile User DDR e a proteção contra Choque Elétrico UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 18 • Para uma corrente de 10 mA qual o tempo de atuação do DR? E para 15 mA e 30 mA? Curva DR Regiões de Choque Elétrico Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 19 Corrente de Choque Elétrico • Quando uma pessoa toca uma parte ativa da instalação, duas resistências são importantes: – A resistência interna da pessoa (RM); – A resistência da ligação à terra (Rst). • No caso de acidente, o pior caso ocorre para quando Rst=0. • A resistência do corpo humano varia: – Entre as mãos ou entre a mão e pé, possui valor médio de 1000 Ω; • Para uma tensão de falha de 220V, a corrente que circula pelo corpo humano é de 220 mA ( 127 mA para 127V). • Esta corrente pode matar? E aí que atua o DDR.... Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 20 6.4.2- Prescrições da NBR 5410 sobre DDR • A NBR 5410:2004 estabelece as prescrições mínimas quanto a aplicação dos dispositivos DR: – Deve-se usar DR de alta sensibilidade (IΔn≤30mA) para proteção contra contato direto e indireto; – Obrigatoriedade do uso de dispositivos DR de alta sensibilidade: • Locais que contenham banheira ou chuveiro deve possuir proteção IΔn≤30mA; • Circuitos que sirvam pontos de utilização em locais como banheira ou chuveiro; • Circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos no exterior; • Circuitos que, em locais de habitação, sirvam pontos de utilização situados em cozinha, copas- cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e em áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens. – O uso de DR não dispensa, em nenhuma hipótese o uso do condutor de proteção, em toda sua extensão; Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 21 6.4.3-Instalação do DDR no QDC Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 22 Instalação do DDR no QDC Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 23 Instalação do DDR no QDC Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 24 Instalação do Interruptor Diferencial Residual Mobile User UFES - Instalações Elétricas Prediais - Prof. Hélio M. A. Antunes 25 Instalação do Disjuntor Diferencial Residual Mobile User