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Doenças intestinais Maria Paula Mileip Nutricionista Nutr. Mª. Paula MIleip Saúde intestinal, intolerâncias alimentares e FODMAPs Nutr. Mª. Paula MIleip Constipação Nutr. Mª. Paula MIleip Constipação • A constipação é uma desordem bastante comum e atinge diferentes faixas etárias. • No lactante e na criança segundo o ROMA IV prevalência de constipação funcional, sendo mais prevalente em crianças com idade média de 2 anos. Os sintomas podem incluir movimentos intestinais difíceis e dolorosos e as crianças geralmente apresentam incontinência fecal. Nutr. Mª. Paula MIleip Constipação • Roma III : – esforço ao evacuar, – fezes endurecidas ou fragmentadas, – sensação de evacuação incompleta, – sensação de obstrução ou bloqueio anorretal, manobras manuais para facilitar as evacuações e menos de três evacuações por semana. A presença de dois ou mais critérios já caracteriza a constipação (Longstreth ,2006) Nutr. Mª. Paula MIleip Constipação • A cronicidade dos sintomas pode ter o conseqüências o surgimento de outros problemas como: • Doença diverticular do cólon, • Hemorróidas, fissuras anais e • Fecalomas com impactação fecal. (Collete,2010). Nutr. Mª. Paula MIleip 7 Constipação • Três categorias: 1. constipação de transito normal; 2. constipação de transito lento; 3. doenças do ato evacuatório. Nutr. Mª. Paula MIleip Constipação Nutr. Mª. Paula MIleip Constipação Terapêutica • Incrementadores do bolo fecal – Com a ingestão suplementar de fibras aumenta-se o volume fecal, diminui-se a consistência das fezes e estimula-se fisiologicamente a evacuação. – Ingestão hídrica (30 a 50mL/ kg/dia), dependente de sua atividade e do clima onde reside. Nutr. Mª. Paula MIleip Constipação Terapêutica • Laxativos osmóticos; • Laxativos irritativos; • Laxativos procinéticos; • Laxativos amaciante; Nutr. Mª. Paula MIleip Constipação Nutr. Mª. Paula MIleip Alves; 2013 Constipação Avaliação diagnóstica • Tempo de trânsito colônico (TTC); • Manometria anorretal • Balão de expulsão • Defecografia Nutr. Mª. Paula MIleip Constipação Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Curto Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Curto Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Curto • A síndrome do intestino curto representa condição clínica crítica, que envolve a predominante deficiência de absorção nutrientes no intestino ocasionando um quadro de desnutrição grave. Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Curto • O encurtamento se dá pela necessidade de ressecção de extensas de segmentos intestinais, causadas por afecções congênitas, doenças malignas, radiação e insuficiência vascular; na criança, enterocolite necrotizante e anormalidades intestinais. (Tannuri,2004). Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Curto • As repercussões fisiopatológicas dependem do comprimento e do local da ressecção. • Área remanescente menor que 100 cm de intestino delgado, sem o cólon, representa uma plena dificuldade de absorção de nutrientes sendo necessário a nutrição parenteral. • A preservação do cólon pode viabilizar a nutrição via oral mesmo com quando a área total de intestino delgado for menor que 50 cm. (Franzon,2010). Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Curto • As repercussões fisiopatológicas dependem do comprimento e do local da ressecção. • Área remanescente menor que 100 cm de intestino delgado, sem o cólon, representa uma plena dificuldade de absorção de nutrientes sendo necessário a nutrição parenteral. • A preservação do cólon pode viabilizar a nutrição via oral mesmo com quando a área total de intestino delgado for menor que 50 cm. (Franzon,2010). Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Curto As adaptações fisiologias • 90 dias • há desequilíbrio hidroeletrolítico decorrente da diarreia intensa. • Acarretando a perda de eletrólitos e vitaminas hidrossolúveis agravando o achatamento das vilosidades. • Nesse momento a utilização da terapia nutricional parenteral exclusiva, a finalidade de reposição de líquidos e tentar manter o e poupar o estado nutricional. Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Curto As adaptações fisiologias • 6 a 12 meses • Redução dos quadros diarreicos, permitindo o início da dieta via oral. • A reintrodução da deita começa com pequenas porções de líquidos como água, chá e sucos adoçados com adoçante artificial. • Em pequenas porções, 7 a 8 vezes/dia, em intervalos constantes de 1,5 a 2 horas Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Curto As adaptações fisiologias • 18 a 24 meses • Por último a adaptação total é atingida e dieta via oral. • Sempre é necessario obeservar e respeitar a tolerancia do paciente. • A reposição de proteínas via modulo se faz necessário, uma vez que pode ocorrer intolerância a lactose. (Nonino,2001). Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável • A síndrome do intestino irritável (SII) é uma condição clínica muito comum em todo o mundo. • Estudos de prevalência realizados nos Estados Unidos estimam que entre 10% a 15% da população apresenta sintomas da síndrome, com predomínio nas mulheres Nutr. Mª. Paula MIleip ssss Síndrome do Intestino Irritável Nutr. Mª. Paula MIleip ssss Síndrome do Intestino Irritável Nutr. Mª. Paula MIleip ssss Síndrome do Intestino Irritável Subclassificação • De acordo com as características predominantes das fezes: • SII com obstipação (SII-O); • SII com diarreia (SII-D); • SII com padrão misto ou cíclico (SII-M); • SII não classificável (SII-NC) Nutr. Mª. Paula MIleip ssss Síndrome do Intestino Irritável • Desconforto ou dor abdominal, geralmente localizados na região baixa do abdômen, • Constipação, • Diarréia • Alternância constipação e diarréia • Muco nas fezes, • Urgência retal, • Distensão abdominal • Flatulência Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável • Os múltiplos sintomas associados à SII exercem considerável impacto sobre a qualidade de vida do paciente, limitando a sua vida social, as oportunidades educacionais e a produtividade no trabalho. Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável • Aumento da motilidade cólica: pode aumentar com vários estímulos, tanto endógenos. • A dor abdominal, parece estar associada à propagação de contrações de alta amplitude (PCAPs). • obstipação pode ser secundária a um aumento de contrações segmentares (não-propulsivas), diminuição das PCAPs, ou redução da sensibilidade retal Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável • Uma disfunção no sistema nervoso autónomo (SNA), com consequente aumento da atividade simpática, também parece estar relacionada com as alterações na atividade motora intestinal verificadas nos doentes com SII Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável • No eixo do intestino-cérebro, existe uma relação recíproca clara entre esses dois principais órgãos, onde a operação de um influencia o outro. • O hormônio liberador de corticotropina - serotonina - é um importante mediador das respostas ao estresse, influenciando o cérebro e intestino. (DEL’ARCO,2017) Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável • O sistema neuroendócrino e, em particular, a serotonina, são atualmente considerados fatores relevantes no contexto de sintomas de GI porque relacionam-se ao funcionamento do intestino . (DEL’ARCO,2017)Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável • Os antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, imipramina, desipramina, doxepina) • Os antidepressivos inibidores da captação da serotonina (fluoxetina, sertralina, paroxetina) • Essas drogas têm propriedades neuromoduladoras e analgésicas, independentes da ação psicotrópica. • Doses mais baixas do que aquelas usualmente empregadas para o tratamento da depressão Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável • Os antiespasmódicos são frequentemente utilizados na SII com o intuito de diminuir a dor abdominal aguda; • Laxantes para indivíduos com SII-O é, normalmente, recomendado um aumento da ingestão de fibras solúvel • Antidiarreicos SII-D os análogos opióides apresentam- se como um tratamento eficaz, apesar de não atuarem sobre a dor ou distensão abdominal. ex loperamida Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável • Antibióticos • sobrecrescimento bacteriano tem sido proposto a utilização de antibióticos de largo espectro de ação: • neomicina, a ciprofloxacina e o metronidazol, e mais recentemente a rifaximina • Para atenuar as queixas de distensão abdominal e diarreia. Nutr. Mª. Paula MIleip Síndrome do Intestino Irritável • Probióticos • Indivíduos com SII possuem alterações na flora intestinal, desta forma, o uso de probióticos, para modular a flora intestinal. Nutr. Mª. Paula MIleip