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Prof. Fabio SUMÁRIO 1. HISTÓRICO DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 3 1.1 AUTOMAÇÃO NO INÍCIO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 3 1.2 SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 3 1.3 AS DUAS GRANDES DIVISÕES DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 3 1.4 ANOS 50 4 1.5 ANOS 60 4 1.6 ANOS 70 A 80 4 1.7 ANOS 90 5 2. CONTATOS ELÉTRICOS 6 2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS CONTATOS ELÉTRICOS 6 2.1.1 CONTATO NORMALMENTE ABERTO (NA) 6 2.1.2 CONTATO NORMALMENTE FECHADO (NF) 6 2.1.3 CONTATO REVERSÍVEL 6 2.2 DISPOSITIVOS ACIONADORES DOS CONTATOS 7 2.3 DISPOSITIVOS AUXILIARES PARA COMANDO PROVOCADO 7 2.4 DISPOSITIVOS AUXILIARES PARA COMANDO AUTOMÁTICO 8 3. LÓGICA 14 3.1 LÓGICA DOS CONTATOS ELÉTRICOS 14 3.2 FUNÇÕES LÓGICAS 15 3.3 FUNÇÕES LÓGICAS BÁSICAS E DERIVADAS 16 3.3.1 FUNÇÃO NÃO (NOT OU INVERSOR) 16 3.3.2 FUNÇÃO E (AND) 17 3.3.3 FUNÇÃO OU (OR) 17 3.3.4 FUNÇÃO NÃO E (NAND) 18 3.3.5 FUNÇÃO NÃO OU (NOR) 18 3.3.6 FUNÇÃO OU EXCLUSIVO (XOR) 19 3.3.7 FUNÇÃO COINCIDÊNCIA 19 3.4 AS PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DA ÁLGEBRA DE CHAVEAMENTO 19 3.5 AS REGRAS DA ÁLGEBRA DE BOOLE 21 4. CONCEITOS BÁSICOS 24 4.1 DEFINIÇÃO DOS NÍVEIS DE AUTOMAÇÃO 24 4.2 OS CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS ( CLPS) 25 4.3 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM CLP 26 4.3.1 CONCEITOS BÁSICOS ASSOCIADOS AOS CLPS 26 4.3.2 CICLO DE VARREDURA 27 4.4 LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO DOS CLPS 28 4.4.1 LINGUAGEM DE RELÉS (LADDER) 28 4.4.2 LISTA DE INSTRUÇÕES 29 4.4.3 DIAGRAMA LÓGICO 29 4.4.4 GRAFCET 29 5. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O HARDWARE 31 5.1 UNIDADE PRINCIPAL 31 5.1.1 FONTE DE ALIMENTAÇÃO 32 5.1.2 UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO 32 5.1.3 MEMÓRIAS 32 5.1.4 DISPOSITIVOS DE E/S OU MÓDULOS DE E/S 34 5.1.5 SOFTWARE DE PROGRAMAÇÃO 34 Prof. Fabio 5.2 CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE O HARDWARE 35 5.3 DEFINIÇÃO DE MODELOS DA SÉRIE FX 36 5.4 LIGAÇÕES EXTERNAS 37 5.4.1 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS CIRCUITOS DE SAÍDA 44 6. COMPOSIÇÃO DE UM SISTEMA AUTOMÁTICO 45 7. DETALHES DOS REGISTROS INTERNOS DOS CLPS FAMÍLIA FX 49 7.1 PRINCIPAIS REGISTROS 49 7.2 INSTRUÇÕES BÁSICAS 57 7.3 ESCOLHENDO UM CLP 66 8. SOFTWARE DE PROGRAMAÇÃO GX DEVELOPER 70 8.1 EXECUTANDO O GX 71 8.2 MENU DAS FUNÇÕES DO GX 72 8.2.1 CRIANDO NOVO PROJETO 72 8.2.2 ABRINDO UM PROJETO EXISTENTE 73 8.2.3 SALVANDO UM PROJETO 74 8.2.4 DANDO NOME A UM NOVO PROJETO 75 8.2.5 IMPRIMINDO UM PROJETO 76 8.2.6 FECHANDO O GX 76 8.3 EDITANDO UM PROGRAMA 77 8.3.1 EDITANDO UM CONTATO 77 8.3.2 EDITANDO UMA FUNÇÃO BOBINA 78 8.3.3 EDITANDO AS FUNÇÕES 79 8.4 CONVERÇÃO DO PROGRAMA 79 8.5 FUNÇÕES DE TRANSFERENCIA E MONITORAÇÃO 80 8.5.1 ESCREVENDO UM PROGRAMA NA CPU 80 8.5.2 LENDO UM PROGRAMA NA CPU 81 8.5.3 MONITORANDO O PROGRAMA E A CPU 81 8.6 TECLAS DE ATALHO 83 8.7 COMO CRIAR UM NOVO PROJETO E TESTÁ-LO NO LOGIC TEST 84 9. TEORIA DE PROJETOS 85 10. TEORIA BÁSICA DE GRAFCET (SFC) 87 10.1 O GRAFCET 88 10.1.1 ETAPA 89 10.1.2 TRANSIÇÃO 90 10.1.3 ARCO ORIENTADO 90 10.1.4 AÇÃO 90 10.1.5 RECEPTIVIDADE 91 10.1.6 ESTRUTURA SEQUENCIAL 91 11. SISTEMAS SUPERVISÓRIOS E INTERFACES HOMEM- MÁQUINA 94 11.1 IHM 94 11.2 SISTEMAS SUPERVISÓRIOS 94 Prof. Fabio 1. HISTÓRICO DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 1.1 AUTOMAÇÃO NO INÍCIO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Sincronização mecânica de máquinas, onde, com apenas um acionador e todo um intrincado sistema mecânico, se conseguia realizar várias tarefas, como é o caso, ainda de hoje, de algumas máquinas. Ex.: Máquinas de Corte e Solda de Plástico - Um só motor para efetuar o avanço do produto e s operações de corte, soldagem e empilhagem do produto. Linha de Montagem, onde várias máquinas e/ou operadores eram colocados “em linha”, numa sequência tal que, a partir de subprodutos se chegasse ao final da linha com um produto acabado. Cada máquina ou processo era desprovido de controles e a interação entre As máquinas era realizada pelos operadores. Nos processos que exigiam controle de grandezas físicas como temperatura, pressão, vazão, etc..., esses controles eram inteiramente manuais, baseados em instrumentos de medição rudimentares. Surgem os indicadores de temperatura, pressão, etc..., baseados em princípios físicos (ex.: dilatação de materiais), permitindo a visualização das grandezas. O controle continua a ser manual. O passo seguinte foi o surgimento dos instrumentos de controle automático (pneumáticos) que manobravam automaticamente os atuadores, visando manter a grandeza controlada em um valor definido (“Set-point”). 1.2 SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Durante a 2a Guerra a noção de controle de processo foi largamente expandida. Nesta época foram aprimorados, a nível de aplicação militar, os controles de servomecanismos elétricos e hidráulicos. No pós guerra, os princípios desenvolvidos para os armamentos foram adaptados as aplicações industriais. A indústria pode contar, ainda, com um grande contingente de mão-de-obra qualificada para o desenvolvimento e manutenção destes novos equipamentos. 1.3 AS DUAS GRANDES DIVISÕES DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Automação de Manufatura Segmento representado pelos equipamentos de controle da automação de máquinas, transporte de materiais, etc... ( ANIMAÇÃO ). Controle de Processo Prof. Fabio Segmento representado pelos equipamentos de monitoração e controle de grandezas físicas de um processo. 1.4 ANOS 50 Invenção do TRANSISTOR - surgem os instrumentos eletrônicos analógicos para o controle de processo, que rapidamente ganham terreno frente aos pneumáticos, devido a seu tamanho reduzido e a facilidade de calibração e transmissão dos sinais. Surgem os primeiros Variadores de Velocidade para motores cc, em substituição aos reostatos de controle manual. Lógica de comando das máquinas (comando de motores, cilindros, etc...) feita com dispositivos Eletromecânicos ( contatores e reles ), conhecida como Lógica à Relés. 1.5 ANOS 60 Surge o conceito de Eletrônica Digital, a princípio com o advento de Portas Lógicas Discretas. Surgem os primeiros COMPUTADORES e as primeiras tentativas de utilização dos mesmos em controle de processo, sem muito sucesso, devido a :custo elevado baixa velocidade de processamento memória de armazenamento de dados limitada linguagens de programação de domínio restrito baixa confiabilidade No fim dos anos 60, com o advento dos CI’s, surgem os primeiros Controladores Lógicos Programáveis. Vantagens em relação a Lógica à Relés : podiam ser aplicados a diferentes processos e máquinas, ao contrario da lógica à relés que eram dedicados a cada processo. permitiam a alteração dos ciclos de máquina por modificação do programa, sem necessidade de alterações no cabeamento. Problemas : custo elevado baixa confiabilidade 1.6 ANOS 70 E 80 Desenvolvimento dos MICROPROCESSADORES, com possibilidades de aplicação a todos os equipamentos, tanto de Automação de Manufatura, como de Controle de Processo: Prof. Fabio desenvolvimento dos Microcomputadores, mais rápidos, menores, mais confiáveis e mais baratos. o mesmo aconteceu com os CLP’s e Controladores de Processo (“Single-Loop’s” e “Multi-Loop’s”) Simultaneamente, duas outras áreas apresentaram progressos surpreendentes : Comunicação : Com o desenvolvimento de REDES que permitiam a comunicação entre elementos “inteligentes”, com velocidade de transmissão e segurança cada vez maior. Software : com o desenvolvimento de “Linguagens” específicas para os profissionais da área da automação, como é o caso da Linguagem “LADDER”, usada em praticamente todos os CLP’s. Com a constante redução do tamanho físico, aliada ao aumento da capacidade computacional e a redução dos preços, os equipamentos de automação puderam ser distribuídos ao longo das áreas deprocesso, interligados por redes a Estações de Supervisão. A tal estrutura, destinada a área de Controle de Processo, deu-se o nome de SDCD ( Sistema Digital de Controle Distribuído ). Os CLP’s, que a princípio foram desenvolvidos para substituir painéis de relés em automação de máquinas, incorporaram elementos de controle de processo, como entradas e saídas analógicas, entradas para termopares, instruções PID, etc..., tornando-se capazes de atuar tanto em Automação de Manufatura como em Controle de Processo. 1.7 ANOS 90 Com o contínuo avanço dos “Micro-Chip’s” e a consequente redução no tamanho e preço dos equipamentos, bem como aumento da velocidade de tratamento, surgem os MICRO-CLP’s. No que se refere a conectividade, duas grandes linhas estão em desenvolvimento, com possibilidades surpreendentes : Redes de altíssima velocidade para ligação entre CLP’s e CLP’s e Micros corporativos , permitindo um grande tráfego de informações “ON-LINE”. Redes de Campo ( “Field-Bus” ), permitindo a ligação entre os CLP’s e os diversos elementos de campo ( sensores, inversores, interfaces, eletroválvulas, etc... ), com um simples “par de fios”, o que representa uma enorme redução nos custos de projeto e instalação. Prof. Fabio Ação que atua o contato 2. OS CONTATOS ELÉTRICOS Contato elétrico é um meio condutor móvel destinado a fechar ou abrir circuitos elétricos, permitindo ou não a circulação de corrente elétrica. 2.1. Classificação dos contatos elétricos: Podemos classificar os contatos elétricos em três tipos, segundo suas características de fabricação: 2.1.1- Contato normalmente aberto (NA): Este tipo de contato é construído de maneira que permaneça aberto durante o repouso do aparelho ao qual pertença. Quando acionado o aparelho, o contato NA é fechado permitindo a circulação de corrente elétrica pelo circuito. Também é chamado de contato fechamento, contato de trabalho ou normally open contact (NO). 2.1.2- Contato normalmente fechado (NF): Este tipo de contato é construído de maneira que, quando acionado abre o circuito interrompendo a passagem da corrente elétrica. Também é chamado de contato abertura, contato de repouso ou normally closed contact (NC). 2.1.3- Contato reversível: Este tipo de contato possui características tanto de contato NA quanto de contato NF. Pode possuir um terminal de ponto comum ou terminais independentes. Ação que atua o contato NA NF Ação que atua o contato COMUM NA NF Ação que atua o contato NA NF Terminal de ponto comum Terminais independentes Prof. Fabio 2.2 Dispositivos acionadores dos contatos: As ações responsáveis pela atuação dos contatos elétricos são provenientes de dispositivos acionadores (também conhecidos como "dispositivos auxiliares para comando") os quais dividimos essencialmente em dois tipos: Dispositivos auxiliares para comando provocado e Dispositivos auxiliares para comando automático. Os dispositivos acionadores são construídos para muitos tipos de aplicações diferentes, possuindo por isso, formatos e modos de operação variados. 2.3 Dispositivos auxiliares para comando provocado: Geralmente recebem ação manual para seu acionamento, por exemplo: interruptores, comutadores e botões. Os interruptores são os aparelhos de comutação mais utilizados nas instalações elétricas interiores (para controle de iluminação). Esses aparelhos conservam a posição adquirida quando se deixa de agir sobre eles, apresentam portanto, dois estados estáveis. Os comutadores, assim como os interruptores, acionam contatos elétricos porém, estes dispositivos podem conter mais de um contato de tipos diferentes (NA e NF). Além disso, também podem assumir várias posições estáveis ou contar com mecanismo de retorno automático à posição original. Estes dispositivos podem ter acionadores do tipo manopla curta, manopla longa ou com chave. Exemplo de um comutador (com manopla longa) de 3 posições: INTERRUPTOR ELÉTRICO COM ACIONADOR TIPO TECLA TECLA Acionador tipo TECLA Contato elétrico (NA) 1.1.1.1 LÂ MPADA Bornes de ligação Prof. Fabio Os botões, por sua vez, quanto ao tipo de aplicação, podem ter seus sistemas de acionamento embutidos no corpo (evitando acionamentos involuntários) ou externos (tipo pedal ou soco, proporcionando grande rapidez de manobra), os quais são utilizados, principalmente, em comandos no pé ou para desligamento das instalações em casos de emergência. Os botões podem ser classificados em dois tipos básicos: - Botão de impulso (mais conhecido como botão pulsador): Possui apenas uma posição estável, isto é, quando se deixa de agir sobre ele a força de uma mola provoca seu retorno a posição original (de repouso). - Botão de contato mantido (mais conhecido como botão liga/desliga) possui duas posições estáveis, ou seja, alterna os estados de seus contatos a cada acionamento realizado. 2.4 Dispositivos auxiliares para comando automático: Estes dispositivos são órgãos de detecção de informações, em função da ação de um operador, da variação de uma grandeza física ou da posição de um móvel, como por exemplo, chaves de fim de curso. As chaves de fim de curso (ou LIMIT SWTCHES) encontram-se dentre os dispositivos "mecânicos" auxiliares para comando automático mais encontrados em máquinas e processos. Estes dispositivos possuem muitas variações de formas construtivas e de especificações, tais como: Fabricante; Tamanho; Características elétricas (faixa de tensão, faixa de corrente, resistência de isolamento, arranjo dos contatos, tipo de terminais, ...); Características mecânicas (resistência a vibração, posição de trabalho, tipo de atuador,...),etc. 0 2 1 Vista frontal 1 0 2 Símbolo Vista lateral Prof. Fabio Os limit switches compõem-se basicamente de: corpo (que contém os contatos, geralmente 1NA + 1NF) e cabeça ou cabeçote (que suporta o sistema atuador). O atuador é a parte responsável pelo contato com a superfície que acionará o limit switch. Existe um atuador específico para cada tipo de superfície de contato e, normalmente, é permitida a troca do mecanismo atuador aproveitando-se o corpo. Atuador Cabeça Corpo Tampa Limit Switch Prof. Fabio Exemplos de atuadores para limit switches: Símbolos: Os dispositivos de comando são representados nos diagramas elétricos através de símbolos gráficos que definem os tipos de acionadores, de contatos utilizados, assim como, o estado inicial do dispositivo. Como por exemplo: Os contatos elétricos também podem pertencer a dispositivos de comando eletromecânicos como RELÉS e CONTATORES. Vejamos, então, algumas características destes dispositivos. Os relés são interruptores com comando por eletroímã a distância. Possuem uma que, quando energizada, cria um campo magnético provocando Botão pulsador (com 1NA + 1NF) Chave de fim de curso acionada no repouso (com 1NA + 1NF) Chave de fim de curso desacionada no repouso (com 1NA + 1NF) Tipo comando por roldana com atuaçãobidirecional com uma posição estável. Tipo lira com atuação bidirecional e duas posições estáveis (memória do sentido do deslocamento). Tipo haste ou vareta (rígida ou flexível) com atuação unidirecional ou bidirecional, com uma posição estável. Tipo comando esférico com uma posição estável. Tipo alavanca com roldana com atuação unidirecional, com uma posição estável. Prof. Fabio o acionamento de seus contatos que podem formar a lógica de controle de um sistema ou serem utilizados para acionamento de pequenas cargas. Principais partes de um relé: A caixa é o invólucro do relé, moldada em plástico endurecido pelo calor. Dá suporte a todos os componentes e possibilita a fixação do relé diretamente ao fundo de painéis, a perfis ou suportes. A bobina é um condutor de cobre eletrolítico estirado, isolado com verniz ou esmalte sintético, e bobinado num carretel isolante de matéria plástica. Tem como função produzir o campo magnético necessário a atração do circuito magnético móvel. Contato Suporte móvel Circuito magnético Caixa Terminal da bobina Terminal do contato Bobina Mola recuperadora Espira de Frager Comum NF NA Terminais da bobina Mola Núcleo Símbolo gráfico: Esquema funcional a b b a C NA NF Prof. Fabio O circuito magnético é composto por chapas de aço-silício ligadas entre si através de rebites para diminuir as perdas por correntes de Foucault. O circuito magnético compõe-se de 3 braços com um entreferro mediano. Constitui, com a bobina, o eletroímã que é o órgão motor do relé. Possui dois anéis de defasagem (espiras de Frager) que garantem um funcionamento silencioso eliminando as vibrações. Os contatores, também chamados de chaves contatoras, diferenciam-se dos relés principalmente por possuírem três contatos especiais (chamados de contatos de potência ou principais) além dos contatos comuns (chamados de contatos de comando ou auxiliares). Seus contatos principais (sempre do tipo NA) possuem um poder de corte importante, devido a forma, a disposição e a presença de um dispositivo eficaz de corte do arco voltaico, permitindo geralmente o corte de intensidades muito superiores à intensidade nominal. Destinam-se a partida de motores, circuitos de iluminação importantes, etc. utilizando uma potência de controle muito pequena. Identificação dos terminais: Os terminais da bobina geralmente trazem as marcações: "a e b" ou "A1 e A2" sendo, a ou A1 no terminal superior e b ou A2 no terminal inferior. Os terminais dos contatos principais trazem as marcações: "1 e 2, 3 e 4, 5 e 6" sendo, 1,3,5 nos terminais superiores e 2,4,6 nos terminais inferiores. Os terminais dos contatos auxiliares trazem marcações compostas por dois dígitos sendo que, o primeiro dígito indica a posição do contato e o segundo indica o tipo do contato. Marcação com final 1,2 = contato NF Marcação com final 3,4 = contato NA Exemplo: a b 1 3 5 13 21 2 4 6 14 22 Símbolo gráfico: Símbolo gráfico: Prof. Fabio (Além dos dispositivos de comandos automáticos mecânicos e eletromecânicos, também são muito utilizados, principalmente na indústria, os dispositivos eletrônicos sensores, os quais estudaremos mais adiante). Prof. Fabio 3. LÓGICA Os sistemas lógicos são estudados pela "álgebra de chaveamentos" (um ramo da álgebra moderna), também conhecida como "álgebra de Boole", conceituada pelo lógico e matemático inglês George Boole (1815 - 1864). Boole construiu sua lógica a partir de símbolos, representando as expressões por letras e ligando-as através de símbolos algébricos chamados de "conectivos". A investigação de Boole volta-se prioritariamente para o estabelecimento de relações entre a lógica e a álgebra. Seu projeto é exprimir as operações lógicas valendo-se dos símbolos algébricos. Boole foi, ainda, o primeiro matemático a afirmar que os números e grandezas não constituem os únicos objetos matemáticos. A matemática pertencem, ainda, entidades de caráter geral, denominadas "classes". Este termo pode ser definido como um conjunto de entidades que possuem, pelo menos, uma característica em comum. A álgebra de Boole trabalha com apenas duas grandezas: falso ou verdadeiro. Essas grandezas são representadas pelos símbolos "0" e "1" que definem "estados lógicos". Estado lógico é um estado perfeitamente definido, não admitindo dúvidas. Assume apenas dois valores distintos, ou seja, "grandezas binárias". 0 = falso = aberto = GND = Lo = Off 1 = verdadeiro = fechado = Vcc = Hi = On Vimos no módulo anterior que os dispositivos acionadores também podem assumir dois estados distintos ("atuado" ou "não atuado") e que, em cnseqüência disso, os contatos elétricos também podem assumir estados diferentes perfeitamente definidos ("aberto" ou "fechado") podendo, então, ter suas associações expressas na forma algébrica definida por Boole. 3.1 Lógica dos contatos elétricos: Para que possamos representar a lógica existente nas associações entre os contatos elétricos adotaremos o seguinte critério: Contato tipo NA Não atuado = Circuito aberto = 0 Atuado = Circuito fechado = 1 Contato tipo NF Não atuado = Circuito fechado = 1 Atuado = Circuito aberto = 0 Prof. Fabio Notamos que nesta convenção o estado lógico está relacionado com o estado elétrico do contato, ou seja, “0”=aberto e “1”=fechado, não levando em consideração o estado físico (atuado / não atuado) do dispositivo que o aciona. Já que o estado elétrico de um contato pode ser representado por uma variável binária (0 ou 1) podemos então identificar os conectivos (elementos lógicos ou funções lógicas) existentes nas associações destes contatos, e descrevê-los de forma algébrica. 3.2 Funções lógicas: Uma função lógica pode ser expressa de várias maneiras: 1- Sentença: Os circuitos realizam funções complexas, cuja representação geralmente não é óbvia. O processo para realização de uma função através de um circuito começa na sua descrição verbal (descrição do comportamento de suas possíveis saídas, em função das diversas combinações possíveis de seus sinais de entrada), como por exemplo: - Para que a saída “S” de uma função “E” de duas entradas assuma o estado lógico “1 (verdadeiro)” suas variáveis de entrada “a” e “b” devem assumir o estado lógico “1 (verdadeiro)”. 2- Tabela Verdade: Com a descrição do funcionamento do circuito é possível então, possível montar uma tabela verdade, considerando todas as combinações possíveis dos estados das entradas e anotando os resultados na saída, como mostrado a seguir. a b S 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 3- Forma algébrica: A partir da tabela verdade produzida é possível chegar à expressão Booleana que representa o comportamento do circuito. Este procedimento será detalhado mais adiante. Na tabela verdade acima, a saída "S" só é igual a "1" se as variáveis de entrada "a" e "b" forem iguais a "1". Essa lógica pode ser expressa da seguinte maneira: S = a . b , S = a x b , S = a b Tabela verdade da "função E" de 2 entradas Prof. Fabio As expressões Booleanas traduzem a relação existente entre o estado da variável de saída (receptor) e o estado das variáveis de entrada (dispositivos de controle).Na álgebra Booleana a função “OU” é representada pelo símbolo “+” (soma) referindo-se a dispositivos ligados em paralelo , enquanto que a função “E” é representada pelo símbolo “.” (multiplicação) referindo-se a dispositivos ligados em série. 4- Forma Simbólica: Tendo determinada a expressão algébrica, pode-se, então, construir o circuito utilizando símbolos gráficos. - Blocos lógicos: - Portas lógicas: a a & S S b b - Diagramas elétricos: No diagrama elétrico acima, notamos que a bobina "S" será acionada somente se os contatos "a" E "b" estiverem fechados, assim, este circuito representa uma função "E" de duas entradas (S = a . b), assim como, o bloco lógico e a porta lógica apresentados. 3.3 Funções lógicas básicas e derivadas: Existem três funções lógicas básicas: E (AND), OU (OR) e NÃO (NOT ou INVERSOR) e mais quatro derivadas destas que são as funções : NÃO E (NAND), NÃO OU (NOR), OU EXCLUSIVO (XOR) e a FUNÇÃO COINCIDÊNCIA (NEXOR) também conhecida como FUNÇÃO IGUALDADE. A seguir, estas funções serão detalhadas e mostradas nas formas algébrica, diagrama elétrico e bloco lógico. 3.3.1 Função NÃO (NOT ou INVERSOR): Esta função inverte o sinal de entrada (executa a NEGAÇÃO do sinal de entrada), ou seja, se o sinal de entrada for 0 ela produz uma saída 1, se a entrada for 1 ela produz uma saída 0. b a S & Prof. Fabio Note que o círculo traçado ao nível da saída de uma função, indica que a função ou variável correspondente está complementada, ou seja, o seu estado lógico está invertido. Na forma de expressão algébrica essa complementação é representada por uma linha horizontal traçada sobre a variável, e na forma de diagrama elétrico é representada pelo contato "r" do relé "R". Duas funções NÃO , agrupadas em série anulam-se: 3.3.2 Função E (AND): Esta função combina dois ou mais sinais de entrada de forma equivalente a um circuito em série, para produzir um único sinal de saída, ou seja, ela produz uma saída 1, se todos os sinais de entrada forem "1"; caso qualquer um dos sinais de entrada for "0", o sinal de saída produzido será "0". 3.3.3 Função OU (OR): Esta função combina dois ou mais sinais de entrada de forma equivalente a um circuito em paralelo, para produzir um único sinal de saída, ou seja, ela produz uma saída "1", se qualquer um dos sinais de entrada for igual a "1"; a função "OU" produzirá um sinal de saída igual a "0" apenas se todos os sinais de entrada forem "0". Diagrama elétrico Expressão Bloco lógico Diagrama elétrico Expressão Bloco lógico T.V. e1 e2 S 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 Prof. Fabio 3.3.4 Função NÃO E (NAND) : Esta função é equivalente a uma função "E" seguida por uma função "NÃO", isto é, ela produz uma saída que é o inverso da saída produzida pela função "E". 3.3.5 Função NÃO OU (NOR) : Esta função é equivalente a uma função "OU" seguida por uma função "NÃO", isto é, ela produz uma saída que é o inverso da saída produzida pela função "OU". Diagrama elétrico Expressão Bloco lógico Diagrama elétrico Expressão Bloco lógico Diagrama elétrico Expressão Bloco lógico T.V. e1 e2 S 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 T.V. e1 e2 S 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 T.V. e1 e2 S 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 0 Prof. Fabio 3.3.6 Função OU EXCLUSIVO (XOR) : Esta função compara os bits; ela produz saída "0" quando todos os bits de entrada são iguais e produz saída "1" quando um dos bits de entrada é diferente dos demais. 3.3.7 Função COINCIDÊNCIA : Esta função é equivalente a uma função "OU EXCLUSIVO" seguida por uma função "NÃO", isto é, compara os bits produzindo saída "1" quando todas as entradas são iguais e produzindo saída "0" quando pelo menos uma das entradas é diferente das demais. 3.4 As propriedades fundamentais da álgebra de chaveamento: - Caso Observando o diagrama elétrico podemos notar que a saída “S” assumirá o nível lógico “1” somente quando o contato “a” estiver fechado, pois, a condição em paralelo com o contato “a” é um circuito aberto que será sempre igual a “0”, então: a + 0 = a. a S 0 Diagrama elétrico Expressão Bloco lógico Diagrama elétrico Expressão Bloco lógico T.V. e1 e2 S 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 0 T.V. e1 e2 S 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 Prof. Fabio - Caso Neste diagrama elétrico podemos notar que a saída “S” assumirá o nível lógico “1” somente quando o contato “a” estiver fechado, pois, a condição em série com o contato “a” é um circuito fechado que será sempre igual a “1”, então: a . 1 = a. - Caso Neste diagrama a condição em série com o contato “a” é um circuito aberto que será sempre igual a “0”, então: a . 0 = 0. - Caso Neste diagrama a condição em paralelo com o contato “a” é um circuito fechado que será sempre igual a “1”, então: a + 1 = 1. - Caso Neste caso, foram utilizados dois contatos NA do mesmo relé para acionar a saída, logo, houve uma redundância, então: a + a = a , assim como, a . a = a . a S 0 a S 1 a S a a S a a S 1 Prof. Fabio - Caso Neste caso, foram utilizados dois contatos NF do mesmo relé para acionar a saída. Também houve redundância, então: a + a = a ,assim como, a . a = a . - Caso Neste caso, foram utilizados contatos NA e NF do mesmo relé para acionar a saída, então, a + a = 1 e a . a = 0 . 3.5 As regras da álgebra de Boole: As regras do cálculo algébrico Booleano são idênticas às do cálculo algébrico clássico, exceto as relativas à propriedade de idempotência (visto não existirem expoentes nem coeficientes) e a de distributividade (a álgebra Booleana permite a distributividade também na soma) . -Propriedade de idempotência: Para o cálculo algébrico clássico a x a = a2 a + a = 2a Para o cálculo algébrico Booleano a x a = a a + a = a -Propriedade de distributividade: Para o cálculo algébrico clássico a ( b + c ) = a b + a c a S a S a a a a S a S a Prof. Fabio a + b c = a + b c Para o cálculo algébrico Booleano a ( b + c ) = a b + a c a + b c = ( a + b ) ( a + c ) Teorema de De Morgan: - O complemento do produto (função NÃO E) é igual a soma (função OU) dos complementos, então: a . b = a + b - O complemento da soma (função NÃO OU) é igual ao produto (função E) dos complementos, então: a + b = a . b a b S 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 a b S 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 = a b S 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 0 a b S 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 = NÃO E OU NÃO OU E Prof. Fabio Agora que conhecemos as regras da álgebra Booleana,podemos concluir que: a . b = a + b a . b = a . b a . b = a + b a + b = a . b a . b = a + b a + b = a . b + a .b a + ab = a a ( a + b ) = a a b = a . b + a . b a ( b + c ) = a b + a c a + b c = ( a + b ) ( a + c ) Quadro para consultas: Propriedades da álgebra Booleana: Prof. Fabio 4. CONCEITOS BÁSICOS 4.1 DEFINIÇÃO DOS NÍVEIS DE AUTOMAÇÃO De uma forma geral, podemos dividir um sistema de Automação em 4 níveis, a saber : NÍVEL 0 - Representa o “Chão-de-fábrica”, quer disser, os equipamentos instalados diretamente nas máquinas ou planta de processo. Exemplos : Motores, Sensores, Acionadores, Painéis de Comando, Sinalizações. NÍVEL 1 - Representa a parte lógica, ligada diretamente a animação e controle das máquinas ou planta de processo. Exemplos : CLP`s e sua programação, Interfaces- Homem- Máquina, Sistemas eletrônicos específicos de controle. NÍVEL 2 - É o nível de supervisão, ou gestão, de um processo. Normalmente não participa diretamente na animação e controle, embora algumas vezes isto aconteça. Sua função principal é trabalhar na gestão dos dados envidados ou gerados pelo processo. Fisicamente, este nível é constituído por Microcomputadores ou Computadores de maior porte. Exemplos de funcionalidades N2 : Gestão de receitas ( parâmetros do processo) e envio destas ao N1 Geração de relatórios de produção, através de dados recebidos do N1 Geração de gráficos históricos ou de tendências de variáveis do processo. Gestão de eventos , mensagens de defeitos ou alarmes do processo. NÍVEIS 3 - É a interface entre o(s) processo(s) e os Sistemas Corporativos. Exemplos de funcionalidades N3 : Gestão de estoque Gestão de produção Traçabilidade Controle estatístico do processo Prof. Fabio NÍVEL 0 NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 4.2 OS CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS ( CLPS ) Os CLPs são os principais equipamentos dos atuais sistemas de automação, tanto industrial como predial. O CLP é um dispositivo de controle lógico, de estado sólido, funcionalmente semelhante a um microcomputador, para aplicações bem definidas. Conforme indica o termo “programável”, sua memória pode ser facilmente alterada para atender as evoluções das diversas exigências de controle de um processo. CLP (Controlador Lógico Programável) ou PLC (Programming Logic Controler): É um sistema de controle de estado sólido, como dito anteriormente (é na verdade um computador), composto por uma UCP (unidade central de processamento), memória programável para armazenamento de instruções da lógica de controle, memória para armazenamento de dados (variáveis do processo) e diversas portas de entrada e saída. A esta estrutura chamamos de hardware, a qual utilizamos para realizar as funções de controle e supervisão de processos. O PLC é ideal para aplicações em sistemas de controle efetuados com relés e contatores, os quais, se utilizam intensamente de fiação, dificultando desta forma, o acesso para manutenção ou possíveis modificações e ampliações do circuito de controle existente (reaproveitamento). Os PLCs foram desenvolvidos para serem reprogramados quando as alterações dos procedimentos de controle tornam-se necessárias, sem que se implementem modificações no hardware. O PLC destina-se a substituir sistemas controlados por dispositivos eletromecânicos. Este equipamento substitui quadros de comandos elétricos, Prof. Fabio relés e suas interligações, por programas que executam a lógica de controle, simulando dinamicamente estes componentes. Os PLCs são projetados para operar em ambientes adversos (apresentando alimentação AC variável, altas temperaturas, umidade, vibrações, ruídos de RF e outros parâmetros semelhantes) ou seja, não se exigem proteções especiais ao equipamento.. Os PLCs substituem tarefas tipicamente mentais, realizadas por operadores de máquinas ou processos tais como, memorizações, cálculos e supervisões, as quais, são extremamente suscetíveis a erros humanos. Os PLCs dominam os dispositivos pneumáticos, hidráulicos, mecânicos e eletroeletrônicos. Substituem a ação do homem como elemento de controle, e podem controlar grandezas tais como: Vazão, temperatura, pressão, nível, velocidade, torque, densidade, rotação, voltagem e corrente elétrica (variáveis de controle). Estas informações necessitam ser adequadamente tratadas através de sensores específicos, a fim de que possam ser convertidas em valores elétricos compatíveis ao interfaceamento com os PLC`s. O PLC monitora o estado das entradas e saídas, em resposta às instruções programadas na memória do usuário, ativa ou desativa as saídas, dependendo do resultado lógico obtido através das instruções do programa. O programa é uma seqüência de instruções a serem executadas pelo PLC. A tarefa do PLC é ler, de forma cíclica, as instruções programadas, interpretá-las e processar as operações correspondentes. 4.3 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM CLP 4.3.1 Conceitos básicos associados aos CLPs As variáveis de estado de um processo são transmitidas à “CPU” do CLP através dos PONTOS DE ENTRADA, que, após submete-las à sequência do programa, atualiza os PONTOS DE SAÍDA, controlando desta forma os dispositivos à eles conectados. Ponto de Entrada - Todo sinal recebido pelo CLP, a partir de dispositivos ou componentes externos : Detetores Botões Fins-de-curso Fotocélulas Termopares, etc... Ponto de Saída - Todo sinal produzido pelo CLP para acionar dispositivos ou componentes externos : Lâmpadas Solenóides Relés ou Contatores, etc... Programa - É a lógica que define como serão atuados os pontos de saída, em função do estado dos diversos pontos de entrada. Prof. Fabio 4.3.2 Ciclo de Varredura O PLC processa o programa do usuário em ciclo fechado. O processamento é realizado a partir do início da memória até um ponto de parada tal como, o fim da memória ou fim do programa. A este processamento chamamos de varredura do programa. (1) ler as entradas (2) atualizar memória imagem das entradas (5) atualizar saídas (3) Executar o programa (4) atualizar memória imagem das saídas Prof. Fabio (1) Antes que as instruções do programa sejam executadas, o PLC lê os estados (on/off) de todas os terminais de entrada. (2) Cria uma imagem das condições de entrada em sua memória. (3) Lê os estados de todos os elementos da memória imagem, das entradas e dos outros elementos internos ( registros, contadores, temporizadores e etc...), em seguida executa as operações e registra os resultados de acordo com as instruções do programa. (4) O estado da imagem de cada um dos elementos, altera-se dinamicamente a medida que, o programa vai sendo executado. (5) Quando todas as instruções do programa forem executadas, os estados (on/off) da memória imagem das saídas serão transferidos para os terminais de saída do PLC. O tempo de varredura de um programa varia com o tipo do PLC (alguns milisegundos por Kbyte de instruções). 4.4 LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO DOS CLP`S Os primeiros CLP’s eram programados em linguagens de baixo nível (Assembler, por exemplo), o que gerava o inconveniente de ter-se que recorrer a profissionais de informática para programa-los. Com o avanço da tecnologia de Software,surgiram linguagens específicas visando permitir a programação e compreensão dos programas aos profissionais de Automação. 4.4.1 LINGUAGEM DE RELÉS (LADDER) Foi uma das primeiras linguagens específicas para CLP’s e é, sem dúvida, a mais difundida. A principal vocação dos CLP’s é substituir os sistemas de comando convencionais a relés. Desta forma, foi desenvolvida uma linguagem de programação “imitando” os diagramas de comando a relés. Prof. Fabio 4.4.2 LISTA DE INSTRUÇÕES É a representação Termo-a-Termo de uma Equação Lógica. A Lista de Instruções não é uma representação gráfica, mas a descrição literal do programa. 4.4.3 DIAGRAMA LÓGICO É a representação gráfica das associações lógicas, utilizando a simbologia de PORTAS LÓGICAS. 4.4.4 GRAFCET O GRAFCET descreva todo sistema cujas evoluções podem ser expressas sequencialmente, quer dizer, todo sistema em que é possível a decomposição em ETAPAS. Prof. Fabio O GRAFCET é uma ferramenta gráfica simples, não ambígua e rigorosa. Sua principal qualidade é permitir ao pessoal não especializado a compreensão de um processo automatizado. É um meio de comunicação entre pessoas de diferentes formações : produção, manutenção, projeto, etc... Prof. Fabio 5. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE O HARDWARE Os CLP’s da MITSUBISHI estão divididos em duas famílias , sendo: Família dos CLP’s série FX e família dos CLP’s série A (não será objeto desse curso). Os CLP’s da série FX foram divididos em dois grupos, da seguinte forma: CLP’s não expansíveis CLP’s composto de CPU, pontos de entradas e saídas digitais discretas, tensão de alimentação da CPU em versão AC 100 a 240V, tensão de alimentação dos pontos de entradas em 24Vcc e 82 à 132Vac optoacopladas, saídas relé ou transistorizada com tensões de trabalho ate 30Vcc e 250Vac chegando ate 8A. CLP’s não expansíveis FX0 e FX0S CLP’s compostos de CPU, pontos de entradas e saídas digitais discretas, tensão de alimentação da CPU em versão AC 100 a 240V, fonte para alimentação de componentes externos ate 200mA, tensão de alimentação dos pontos de entrada em 24Vcc e 82 a 132Vac optoacopladas, alguns pontos de entrada com capacidade de leitura de sinais com até 7KH de frequência, saídas a relê ou transistorizada com tensões de trabalho ate 30Vcc e 250Vac podendo chegar até 8A. CLP’s expansíveis FX0N - FX - FX2C - FX2N CLP’s compostos de CPU, pontos de entradas e saídas digitais discretas, tensão de alimentação da CPU em versão AC 100 a 240V, tensão de alimentação dos pontos de entrada em 24Vcc e 82 a 132Vac optoacopladas, saídas a relê, transistorizada ou triac, com tensões de trabalho podendo chegar à 30Vcc e 250Vac com capacidade de até 8A. 5.1 UNIDADE PRINCIPAL Composição de um PLC: Os componentes básicos de um PLC são: Prof. Fabio a) Fonte de alimentação; b) Unidade Central de Processamento (UCP); c) Memórias; d) Dispositivos de E/S; e) Software de programação. 5.1.1 Fonte de alimentação: A fonte de alimentação é um dispositivo que converte a voltagem da rede elétrica local (AC) para o nível de voltagem utilizada pelos circuitos internos do PLC (DC). Uma bateria de backup mantém os dados na memória, em caso de falta de energia ou falha na alimentação do PLC. Diagrama resumido do sistema de alimentação do PLC: 5.1.2 Unidade Central de Processamento: A UCP inclui os circuitos que permitem, a interpretação e execução do programa armazenado na memória do usuário. Na verdade, cada instrução para ser executada, são necessários três ciclos, ou seja, ciclo de busca da instrução na memória, ciclo de interpretação da instrução e ciclo de execução. Podemos então resumir que na UCP estão todos os circuitos que permitem o controle seqüencial no tempo, para a realização das instruções lógicas, aritméticas e de controle. 5.1.3 Memórias: Memória EPROM: A memória EPROM utiliza tecnologia, a qual permite que o programa desenvolvido pelo fabricante do PLC, seja gravado por ocasião da sua fabricação e o mesmo não se perca mesmo que, o equipamento fique desligado. Este programa de controle permite ao hardware executar um conjunto de tarefas genéricas tais como, a inicialização do PLC após a sua alimentação, o armazenamento dos programas de aplicação do usuário (sistemas), o gerenciamento do roteiro de leitura de dados e atualizações das saídas, o controle da seqüência de operações a executar e etc.... A UCP alimentação da rede local 127 VAC 220 VAC PLC em funcionamento fonte de alimentação e estabilização compartimento da bateria de backup Prof. Fabio trabalha subordinada a este programa elaborado pelo fabricante de modo que, o PLC assuma um conjunto de características técnicas e de desempenho. Memória RAM: A memória RAM utiliza tecnologia volátil ou seja, as informações armazenadas nela perdem-se caso o equipamento seja desligado. Nesta área será gravado o programa de aplicação do usuário, nela também estarão armazenados os dados relativos às entradas e saídas. De um modo geral podemos subdividir, funcionalmente, a memória RAM em três partes: 1) Memória do USUÁRIO: Esta área está reservada, para o armazenamento do programa de aplicação do usuário o qual, será executado pela UCP. 2) Memória de DADOS: É uma área reservada para controle do programa do usuário. Nela encontram-se dados referentes ao processamento do programa do usuário. Todos os bytes desta área, são utilizados como informação para alguma tarefa de controle a ser executada 3) Memória de IMAGEM das E/S: Esta área é reservada para interligação entre PLC’s e equipamentos. Nela temos os dados ou informações, sobre os equipamentos, sejam eles de entrada ou de saída. Todos os estados das entradas e das saídas do PLC em um determinado momento no tempo, estão armazenados sob a forma de dados, que dizemos ser a imagem real dos estados lógicos das E/S. A medida que estes estados se alteram dinamicamente no tempo, alteram-se também os dados na memória imagem. Memória imagem das E/S Prof. Fabio 5.1.4 Dispositivos de E/S ou Módulos de E/S: São circuitos eletrônicos que realizam a interface entre a CPU e os equipamentos de campo. Módulos de ENTRADA: Os módulos de entrada recebem informações sobre os estados dos equipamentos que estão conectados ao PLC, transferindo-as para a memória de imagens das entradas. Quando um terminal de entrada é acionado, ou seja, um determinado nível de tensão é colocado nesta entrada, seu bit correspondente na memória imagem será “setado” (assume nível lógico “1”). Por outro lado, se o equipamento conectado àquela entrada, não for acionado, a entrada estará desativada e o bit correspondente aquela entrada terá valor lógico “0”. Módulos de SAÍDA: Os módulos de saída recebem informações sobre o processamento do programa do usuário, através da memória imagem das saídas e as transferem para os equipamentos de campo. Quando um bit da memória é “setado” (assume nível lógico 1) em decorrência de uma operação, no programa do usuário, o terminal de saída correspondente ao equipamento, será energizado. No caso inverso, em conseqüência de uma operação no programa, se o bit na memória imagem correspondente a saída for resetado (assume nível lógico 0), a saída será desenergizada. 5.1.5 Software de programação: É um programa ferramenta, destinado a gerenciar as tarefas de criação de programas de aplicação do usuário, permite inclusão de comentários, realiza transferência do projeto de/parao PLC, executa impressões e cópias, etc. Configuração de um programa: A execução de um programa se baseia na sequência passo a passo das instruções, esta característica é conhecida como capacidade de programação.. Todas as instruções que se encontram entre o passo 0 e a instrução END são executadas repetidamente. Isto é conhecido como ciclo de processamento e o tempo necessário para que um ciclo seja completado é conhecido como tempo de varredura ( processing cycle ou scan time ). Principais ferramentas de programação: 1) Painel de Programação: Este dispositivo pode ser conectado diretamente ao PLC ou via cabo de extensão. Contém funções de monitoração que permitem revisar o estado interno do PLC durante sua operação. Prof. Fabio 2) Programador gráfico: Este é um dispositivo que utiliza um monitor e pode conter funções de gravação de chip’s de memória EPROM, além de possuir uma interface para impressora. 3) Software de programação: MEDOC - Mitsubishi Electric DOCumentation software: Para ambiente MS-DOS, é totalmente gráfico podendo utilizar os estilos de programação LAD (Ladder Diagram) ou LIST (Statement List). Possui funções de inclusão de comentários, administração de projetos, utilitários de transferência de/para CLP, monitoramento em tempo real da operação do CLP, forçamento dos operandos de E/S, etc. 5.2 CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE O HARDWARE: Os sistemas PLC’s de pequeno porte podem ser compostos por três módulos básicos: UCP, módulos de extensão e módulos especiais. Input Output 1 - Trilho DIN. 2 - Furação para montagem direta. 3 - Terminais de entrada. 4,9 - Protetor de terminais. 6 - Compartimento do conector para as unidades ou blocos de extensão. 8 - Trava para trilho DIN. 10 - Terminais de saída. 11 - Led’s indicadores dos estados das entradas e das saídas. 12 - Compartimento do conector para dispositivos de programação. 13 - Compartimento dos conectores para bateria de backup e cartucho de memória. Prof. Fabio 1) UCP: Esta unidade forma a base de uma configuração, podendo suportar um número de pontos E/S que varia conforme sua série e modelo. 2) MÓDULOS DE EXTENSÃO: Destinam-se a acrescentar pontos de E/S ao sistema, de acordo com a necessidade do projeto. 3) MÓDULOS ESPECIAIS: Estes módulos permitem: A interligação das UCP’s através de rede utilizando cabos óticos ou linha bifilar. Conexão com E/S analógicas. Interfaceamento via RS232, possibilitando a comunicação da UCP com dispositivos homem-máquina, permitindo o monitoramento dos estados do processo em tempo real, alteração de estados de E/S, etc. 5.3 DEFINIÇÃO DE MODELOS DA SÉRIE FX Fx - 16 M R - ES Variantes de modelos DS = Tensão de alimentação cc, tensão das entradas cc. ES = Tensão de alimentação ca, tensão das entradas cc. UA1 = Tensão de alimentação ca, tensão entradas ca. Tecnologia das saídas R = Relé S = Triac (SSR) T = Transistor Tipo de unidade M = Unidade de base ( CPU ) E = Módulo de expansão de E/S, com fonte de alimentação incorporada. EX = Módulo de expansão de Entradas, sem fonte de alimentação. EY = Módulo de expansão de Saídas, sem fonte de alimentação. Número de pontos de E/S Tipo do CLP ( FX0, FX0S, FX0N, etc... ) Prof. Fabio 5.4 LIGAÇÕES EXTERNAS Ligações externas do PLC: O PLC, através de seus terminais de saída, controla diversos tipos de dispositivos que provocam variações no estado da máquina ou do processo controlado. Estas variações são monitoradas através de dispositivos sensores conectados aos terminais de entrada do PLC. A seguir mostramos os princípios de funcionamento dos sensores de proximidade e dos sensores ópticos. Funcionamento dos sensores de proximidade: Os sensores são dispositivos eletrônicos capazes de detectar a presença de peças metálicas, líquidos, papéis, plásticos, madeiras, etc. Os sensores de proximidade têm vida longa, pois o acionamento se dá com a aproximação do objeto à face sonsora, sem contato físico entre as partes. Símbolo gráfico: O estágio de saída dos sensores é composto por transistores que podem ser do tipo PNP (chaveamento do sinal positivo, como mostrado no símbolo gráfico acima) ou do tipo NPN (chaveamento do sinal negativo, como mostrado abaixo). Além dos tipos de saída, os sensores de proximidade também podem possuir configurações de contatos (NA e NF) e princípios de funcionamento diferentes. Quanto ao princípio de funcionamento, os sensores de proximidade podem ser Indutivos ou Capacitivos. VM (3) BC (4) AZ (2) PT (1) + - PNP PT (1) BC (4) AZ (2) VM (3) - + NPN Prof. Fabio Sensor de Proximidade Indutivo: Este tipo de sensor é utilizado para detectar a aproximação de materiais metálicos. Seu funcionamento baseia-se na variação de seu campo magnético com a introdução de um metal, como mostrado nas figuras a seguir. Sensor de Proximidade Capacitivo: Este tipo de sensor é utilizado para detectar a presença de líquidos, papéis, plásticos, madeiras, metais, materiais orgânicos, etc . Seu funcionamento baseia-se na variação de seu campo elétrico com a introdução do objeto, como mostrado nas figuras a seguir. Sensor óptico ou fotoelétrico: Este tipo de sensor tem seu funcionamento baseado no princípio da emissão e recepção de luz infravermelha. É composto por dois tipos de circuitos: 1- Circuito emissor: Emite luz infravermelha através de um LED (diodo emissor de luz); 2- Circuito receptor: Utiliza um fototransistor ou um fotodiodo para receber o feixe de luz proveniente do circuito emissor. Sensor desacionado Sensor acionado Objeto metálico Fase do sensor Campo magnético Bobina Circuito magnético Objeto metálico Fase do sensor Capacitor Sensor acionado Sensor desacionado Campo elétrico Prof. Fabio Os circuitos emissor e receptor podem estar montados no mesmo corpo (Sensor óptico difusor) ou em corpos separados (Sensor óptico de barreira). A seguir são mostrados estes sistemas. Sensor óptico difusor: Neste tipo de sensor a luz infravermelha emitida pode ser, a curta distância ( d = distância de flexão), refletida pelo objeto a detectar. Porém, a utilização de um refletor prismático pode aumentar bastante a faixa de trabalho ( t = distância de trabalho) se considerado o momento de corte do feixe de luz refletido, como mostrado abaixo. Sensor óptico com feixe de luz refletido pelo objeto ( t = d): Sensor óptico utilizando um refletor prismático ( t = r - d): SENSOR OBJETO SENSOR d FEIXE DE LUZ EMITIDO FEIXE DE LUZ REFLETIDO OBJETO Sensor desacionado Sensor acionado FEIXE DE LUZ EMITIDO OBJETO R E F L E T O R r (distância do refletor) Sensor desacionado SENSOR d t SENSOR FEIXE DE LUZ REFLETIDO R E F L E T O R Sensor acionado Prof. Fabio Os esquemas de ligações dos sensores ópticos são idênticos aos dos sensores de proximidade. Conexão dos sensores às entradasdo PLC: Conexão tipo fonte (source): Nos diagramas abaixo observamos as interligações de sensores com transistor PNP às entradas do PLC, utilizando fonte de alimentação interna e externa. Utilizando fonte de alimentação interna Utilizando fonte de alimentação externa Observamos no diagrama acima, que o circuito primário das entradas está isolado galvânicamente do circuito de comutação secundário, por meio de fotoacopladores. Há também na entrada, uma malha RC para desacoplar ruídos provenientes de comutações de chaves, por este motivo, devemos considerar um retardo de 10 ms nas entradas. Conexão tipo sumidouro (sink): Nos diagramas abaixo observamos as interligações de sensores com transistor NPN às entradas do PLC, utilizando fonte de alimentação interna e externa. Utilizando fonte de alimentação interna Utilizando fonte de alimentação externa Símbolo gráfico: Prof. Fabio OBS.: O tipo de ligação dos dispositivos de entrada é definido segundo o tipo de elemento sensor a ser utilizado (PNP ou NPN). Alguns PLC’s não possuem o terminal S/S para escolha da ligação desejada, neste caso o tipo do elemento sensor é fundamental para a escolha do modelo apropriado de PLC Conexão dos dispositivos de saída Os circuitos de saída do PLC podem ser alimentados com tensões do tipo 120-240 Vac ou 24 Vcc. Toda vez que o terminal de saída estiver ativado o led correspondente estará aceso. Os circuitos internos do PLC encontram-se isolados eletricamente dos circuitos de saída, para evitar danos ao equipamento. Saídas a relé: A figura abaixo ilustra um circuito utilizando saídas a relé. máx. 30 Vcc Observamos no diagrama acima que, se nos circuitos de saída não forem previstos fusíveis, devemos instalá-los externamente (5 a 10A para cada 4 saídas). Carga C.C.: No diagrama abaixo verificamos que a utilização de um diodo em paralelo com a carga indutiva, conforme indicado, reduz os efeitos elétricos gerados pelo chaveamento, aumentando a vida útil do relé de saída. Prof. Fabio Carga C.A.: No diagrama abaixo verificamos que a utilização de um circuito RC em paralelo com a carga indutiva, elimina os efeitos transientes de corrente, resultantes do chaveamento. S0 Intertravamento: Dois terminais de saída que atuem sobre cargas que tenham influência mútua (como por exemplo, circuito de acionamento da inversão do sentido de rotação de um motor), devem contar com uma proteção física contra a possibilidade de atuação simultânea. O diagrama abaixo ilustra um intertravamento utilizando contatos externos. S0 S1 MC2 MC1 MC1 MC2 Tempo de resposta: É o tempo decorrente entre o comando e o fechamento dos contatos do relé. O valor típico é de 10ms. Corrente de saída: Uma tensão máxima de 250 Vac pode ativar as seguintes cargas: - Carga ohmica: 2A por terminal. - Carga indutiva: máximo 80 VA. - Lâmpada: 100 W. A vida útil dos contatos de saída está diretamente ligada à corrente nesses contatos. Fornecemos abaixo alguns exemplos. C R Prof. Fabio Corrente/Tensão Operações 0,35A / 100 VAC 3.000.000 0,15A / 240 VAC 3.000.000 0,8A / 100 VAC 1.000.000 0,33A / 240 VAC 1.000.000 1,2 A / 100 VAC 200.000 0,5 A / 240 VAC 200.000 Teste de corrente de fuga: Conectando uma lâmpada neon no contato de saída, estando este aberto, se a lâmpada permanecer apagada, não há corrente de fuga através do contato. Saídas a triac: A figura abaixo ilustra um circuito utilizando este tipo de saídas. Tempo de resposta: Típico 1 a 10ms. Corrente de saída: A corrente de carga máxima por triac é de 0,3A/ Terminal. O diagrama abaixo, ilustra uma situação onde temos uma corrente de pico de 4A. É importante observar, através do exemplo, um método para o cálculo do valor RMS da corrente no período indicado. Observamos que o mesmo está abaixo do valor máximo. 42 x 0,02 + 0,42 x 0,7 = 0,2 A 4 A 0,4 A 0,02 + 0,7 + 10 0,02s 0,7s 10s Correntes de fuga: Quando o circuito está aberto existe uma corrente de fuga pelo triac de 1mA (100Vac), 2,2mA (220Vac). Estas correntes podem provocar a ativação acidental de cargas sensíveis a estes níveis de corrente. Prof. Fabio Para isto seja evitado recomenda-se a utilização de cargas com potência mínima de 0,6VA. Saídas a transistor: No diagrama abaixo, observamos um exemplo das conexões dos diversos dispositivos de saída. Observações: Tempo de resposta: Típico 0,2ms para 24V, 200mA. Corrente de saída: A corrente de saída máxima por transistor é de 0,5A/terminal. Uma saída a transistor produz uma queda de tensão entre coletor e emissor de 1,5V. Isto deve ser considerado no caso de ativação de semi- condutores. Corrente de fuga: Menor que 100 A. 5.4.1 Características técnicas dos circuitos de saída. Circuito de saída Relé Triac Transistor Alimentação externa 250Vac máx/ 30 Vccmáx 240 Vac 30 Vcc Carga ôhmica máxima 2A/ terminal 0,3 / terminal 0,5A / terminal Carga indutiva máxima 80 VA 15 VA/100Vac 12W/24Vcc Carga de lâmpadas 100W 30W 1,5 W/ 24Vcc Corrente de fugas ----- 1ma / 100 Vca 0,1 ma / 30 Vcc Tempo resposta na conexão 10 ms 1 ms 0,2 ms Tempo resposta no desligamento 10 ms 10 ms máx. 0,2 ms Isolamento relé optoacoplador optoacoplador Indicação led led led Obs.: Estes dados variam com o tipo de PLC empregado. Para se obter as características técnicas precisas deve-se consultar o manual do fabricante. Prof. Fabio 6. COMPOSIÇÃO DE UM SISTEMA AUTOMÁTICO Um sistema automático constitui-se de três partes básicas: Parte de operação, parte de comando e parte operativa. Parte de operação ( painel do operador ): A parte de operação dá o comando de partida do ciclo e decide o momento oportuno de pará-lo parcial ou totalmente. É informada do estado da máquina através das sinalizações. Parte operativa ( força motriz e sensores ): A parte operativa recebe as ordens da parte de comando e as transforma em ações que geram um retorno de informações sobre seu estado. Parte de comando ( PLC ): COMANDOS SINALIZAÇÕES PARTE DE COMANDO INFORMAÇÕES ORDENS OPERAÇÃO COMANDOS SINALIZAÇÕES PARTE OPERATIVA INFORMAÇÕES ORDENS Prof. Fabio A parte de comando leva em conta os comandos e as informações para dar as ordens aos órgãos de potência da parte operativa e sinalizar as evoluções importantes ao operador. Fluxo dos sinais no sistema: O operador dá um sinal de COMANDO que chega aos terminais de entrada do PLC que os processa (segundo um programa de controle) resultando em sinais de ORDENS que o PLC envia à máquina através de seus terminais de saída. Os sinais de ORDENS causam alterações no estado da máquina que, por meio de sensores, retorna sinais de INFORMAÇÕES para o PLC. Com o processamento destas novas informações, o PLC retorna ao operador as sinalizações que permitem supervisionar o funcionamento do sistema. Relação entre os estados dos sinais de entrada e os de saída doPLC. O PLC aceita comandos de acordo com dois tipos de entradas: a) Entradas por INSTRUÇÕES: São normalmente geradas pelo operador, através de um quadro de comando por meio de botões, chaves seletoras ou chaves digitais. b) Entradas por REGISTRO: São geradas por eventos físicos intrínsecos ao processo, tais como chaves de fim-de-curso, sensores de proximidade, fotosensores, os quais detectam o estado da operação de uma máquina num dado momento. Em resposta a estas entradas, o PLC controla dois tipos de saídas: a) Resposta de COMANDO: Tem por objetivos, acionar elementos de campo tais como, válvulas solenóides, motores, relés e etc. b) Resposta de SINALIZAÇÃO Visa levar informações ao operador, através de por exemplo, lâmpadas piloto, anunciadores digitais... PLC MÁQUINA INFORMAÇÕES ORDENS OPERADOR COMANDOS SINALIZAÇÕES Prof. Fabio A relação entre os estados dos sinais de entrada e os de saída, é determinada pelo conteúdo do programa do usuário, armazenado no PLC. A figura abaixo ilustra o fluxo de informações no sistema. O PLC é capaz de acionar diretamente pequenas cargas, tais como, válvulas solenóide, lâmpadas piloto. Isto se deve a restrições de natureza elétrica de seus circuitos de saída. Se for necessário o controle de cargas maiores (motores ou válvulas de maior potência) devem-se utilizar contatores ou relés como forma de interface de potência. OPERADOR PAINEL DE CONTROLE Resposta de SINALIZAÇÃO Entrada por INSTRUÇÕES PLC PROGRAMA DO USUÁRIO Resposta de COMANDO Entrada Por REGISTRO MÁQUINA PROCESSO Prof. Fabio Exemplo de sistema automático : Ordens Comandos PARTE DE COMANDO PARTE DE OPERAÇÃO Informações Sinalizações Parte operativa Prof. Fabio 7. DETALHES DOS REGISTROS INTERNOS DO PLC SÉRIE FX Os PLCs possuem diversos tipos de registradores, com aplicações específicas, como descrito a seguir. As faixas de registros variam com o modelo do PLC devendo-se consultar o manual do fabricante do equipamento a ser utilizado. As faixas de endereçamento apresentadas aqui são referentes à performance do PLC série Fx da Mitsubishi. 7.1 PRINCIPAIS REGISTROS Registros de entrada : Relés de entrada. Os sinais dos dispositivos externos são transferidos aos terminais de entrada do PLC, por meio dos relés de entrada opto-isolados. Esses contatos de entrada são comumente representados, nas condições de trabalho (NA) ou de repouso (NF). Faixa de endereçamento: X0 a X177 (octal) Máximo de 128 pontos de entrada. Registros de saída: Relés de saída. Os sinais processados internamente são enviados aos terminais de saída, após cada ciclo de execução do programa, por meio desses dispositivos, que podem operar nas condições trabalho ou repouso. Os registros do PLC podem ser expressos em sistema decimal ou sistema octal. Faixa de endereçamento: Y0 a Y177 (octal) Máximo de 128 pontos de saída. Registros de marcadores: Relés auxiliares internos. São de uso geral, fazemos analogia entre este tipo de registros e relés, os quais refletem os estados de determinadas condições, que podem ser usadas em diversos pontos do programa do PLC. Esses dispositivos, não podem ativar diretamente elementos externos. Faixa de endereçamento: M0 a M3071 M500 a M3071 (retentivos) M8000 a M8255 (especiais) Os relés auxiliares do tipo retentivo mantém sua última condição durante uma falha na alimentação. Podem ser livremente utilizados no PLC. Os endereços M8000 a M8255 são posições de memória com funções específicas. Estes endereços podem variar com o modelo do controlador Prof. Fabio cabendo, assim, consultar o manual do equipamento. Dentre os mais utilizados podemos citar: M8002 - Pulso inicial (NA); M8011 - Oscilador com base de tempo 10 ms; M8012 - Oscilador com base de tempo 100 ms; M8013 - Oscilador com base de tempo 1s; M8014 - Oscilador com base de tempo 1min; M8034 a M8036 - Controle Run/Stop por software; M8200 a M8234 - Controle bidirecional; Constantes: Podemos utilizar tanto constantes decimais (K), como hexadecimais (H). As quais são convertidas automaticamente para a forma binária, após a sua introdução no PLC. Valores BCD: As instruções do tipo aritméticas, de incremento e decremento, utilizam valores binários. Para introduzirmos um valor em BCD no PLC e representarmos dados binários no display de 7 segmentos, devemos utilizar para tanto, as instruções de conversão BCD/ BIN e vice-versa. Temporizadores (Relógios) T. Estão disponíveis temporizadores com base de tempo de 1 ms, 10 ms e 100 ms. Conceito de ativação: Ao fixarmos uma condição de entrada entendemos que, a bobina do relé que aciona o relógio foi ativada. Transcorrido então o tempo pré-determinado, o contato de trabalho será operado. Entrada Saída Prof. Fabio Exemplo: A figura a seguir, mostra que ao ser conectada a entrada X0, o temporizador T200 conta em intervalos de 10ms (0,01seg.). Dizemos então que, o contato do relé associado ao relógio T200 se conectará após 1,23 s ativando a saída Y0 pois, o valor pré-selecionado associado ao relógio é 123. Programa: X 0 ( T200 ) 123 T200 ( Y 0 ) Gráfico do funcionamento: 1,23 s X0 VALOR REAL Y0 Temporizadores retentivos: São elementos similares aos do tipo anterior, com a particularidade de serem protegidos por bateria. Considerando que no exemplo a seguir a base de tempo do relógio T250 seja 0,1s: Programa: X 1 ( T250 ) 345 T250 ( Y 7 ) X 2 RST T250 Prof. Fabio Gráfico do funcionamento: t1 t2 t1 + t2 = 34,5 s X1 VALOR REAL Y7 X2 Observamos que, quando a entrada X1 for conectada, o relógio T250 iniciará a temporização sendo atualizado a cada 0,1s. Ao final do tempo especificado de trabalho de 34,5s, o contato do relé associado ao relógio conectará a saída Y7. Na figura, verificamos ainda que, o relógio T250 se reposicionará (através da instrução RESET) quando a entrada X2 for acionada. Faixa de endereçamento: Base de tempo Valor máximoEndereço 100 ms 0 a 3.276,7 s T0 a T199 10 ms 0 a 327,67 s T200 a T245 1 ms (retentivo) 0 a 32.767 s T246 a T249 100 ms (retentivo) 0 a 3.276,7 s T250 a T255 Contadores C. Esses registros podem ser divididos em três grupos: * Contadores de 16 bits * Contadores de 32 bits * Contadores de alta velocidade. Os contadores de 16 e 32 bits trabalham com sinais de registros internos (freqüências menores que a de varredura de programa). Os contadores de alta velocidade elaboram sinais externos (freqüências maiores que a de varredura de programa). Prof. Fabio Contadores de 16 bits (unidirecionais, contagem progressiva). Faixas de endereçamento: Tipo Valor máximo Endereço 16 bits 0 a 32,767 C0 a C199 16 bits (retentivo) 0 a 32,767 C100 a C199 Programa: X 2 ( C 0 ) X 1 RST C 0 C 0 ( Y 3 ) Gráfico do funcionamento: X1 X2 10 9 8 7 6 5 4 3 2 C0 1 Y3 No exemplo da figura anterior, observamos que, a entrada X1 desativa o contador C0 e que, o contador vai sendo incrementado por X2 até o valor de trabalho (10) e pára a contagem, mesmo com a presença de pulsos na entrada X2. Após o décimo pulso a saída Y3 é ativada e só será desativada quando X1 for ativada, o que implica também no zeramento do contador C0. Prof. Fabio Contadores de 32 bits (bidirecionais). Faixas de endereçamento: Tipo Valor máximo Endereço 32 bits -2.147.483.648 a 2.147.483.647 C200 a C234 32 bits (retentivo) 0 a 3.276,7 s C219 a C234 Controle (R) M8200 a M8234 A direção da contagem (contador crescente ou decrescente) é determinada por registros internos especiais (R) que definem o tipo de operação da instrução contador. Quando o registro está ativado, ocorre contagem decremental, quando desativado, a contagem é incremental. Gráfico do funcionamento: M8200 X3 X4 5 4 4 3 3 2 2 C200 1 1 0 0 0 -1 -1 -2 -2 -3 -3 -4 -4 -5 Y1 Contadores de alta velocidade: Os contadores de alta velocidade são todos de 32 bits. Cada entrada do PLC deve ser utilizada por apenas um contador. Forma de trabalho dos contadores de alta velocidade. Os contadores de alta velocidade atuam segundo o princípio de interrupções, permitindo assim, que a contagem dos eventos, seja feita de forma independente do ciclo de varredura do programa. Prof. Fabio Deve-se ter atenção na utilização do contador de alta velocidade, observando as entradas de alta velocidade pré-determinadas, pela tabela do fabricante. Contadores monofásicos. Os contadores de 32 bits, monofásicos dividem-se em dois grupos: * Sem start e reset ( C235 a C240 ); * Com start e reset ( C241 a C245 ). Intervalo de atuação: Normalmente (-2.147.483.648 a +2.147.483.647) A saída do contador será ativada, quando a contagem alcançar o valor de trabalho (pré-selecionado). Em caso de operação incremental, a saída permanece ativada, para todos os pulsos excedentes ao valor de trabalho. O reposicionamento da saída ocorrerá ao fim de uma operação de reset. sentido da contagem (incremental ou decremental) segue os mesmos princípios descritos para o contador bidirecional. Os Contadores monofásicos com start e reset possuem endereços específicos para entrada de pulsos, sentido da contagem e, entradas extras para determinar a partida (start) e a parada (reset). A faixa de endereçamento varia com o modelo do PLC. Contadores bifásicos. Esses contadores de 32 bits, têm a capacidade de contagem incremental, decremental e possuem ainda entradas para partida (start) e parada (reset). Os contadores bifásicos possuem a particularidade de permitirem que o sentido da contagem seja selecionada através de entradas específicas, e não apenas por registradores especiais como ocorre com os contadores monofásicos. Faixa de endereçamento: de C246 a C250. Contadores de fase A/B. Esses contadores têm faixa de atuação situada no intervalo (- 2.147.483.648 a + 2.147.483.647). Possuem entradas para partida (set) e parada (reset). O conceito de contagem de fase significa, a detecção e totalização das transições de subida (ativação) ou de descida (desativação) dos pulsos de entrada. O sentido de contagem também pode ser selecionado por entradas específicas como nos contadores bifásicos. Faixa de endereçamento: de C251 a C255. Velocidade máxima de um contador de alta velocidade Existem diversos fatores que limitam a máxima capacidade de um contador de alta velocidade, os quais, comentamos a seguir: 1- Tempo de resposta das entradas individuais. Este é limitado pelo hardware, ou seja, pela capacidade que os circuitos dos dispositivos de entrada possuem de reconhecer o sinal elétrico e transformá-lo em informação. 2- O tempo de processamento de todos os contatos utilizados. Prof. Fabio Os contadores operam com o princípio de interrupções (interrompem a varredura do programa para atualização do valor acumulado de contagem na memória do PLC) assim, quanto menor o número de contadores no processo, maior a freqüência possível. Para a série Fx de PLC's, a freqüência combinada não deve ultrapassar a 20
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