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Universidade federal fluminense Pensamento econômico 4 Andres Guasque Fichamento: HICKS, John. O sr Keynes e os clássicos: Uma sugestão de interpretação. In: Moeda, capital e outras reservas de valor, p. 143-157. O capítulo tem como objetivo mostrar a interpretação segundo Hicks, dos economistas clássicos e de Keynes ( A teoria geral ) da formulação do funcionamento da economia e como as principais variáveis se relacionam, investimento, emprego, renda, taxa de juros e mercado monetário. O autor usa uma metodologia bastante matemática, buscando transcrever em equações matemáticas o que segundo ele seria a economia clássica consagrada e também o faz com as teorias de Keynes, estilo bem diferente de exposição desse segundo, que raras vezes usava a formalização matemática em sua explicação. Hicks deixa bem claro no início de sua fala, que Keynes desenvolveu uma teoria original somente em alguns aspectos, que recorreu aos clássicos para explicar muitas coisas. Há uma interpretação simplista em alguns aspectos sobre a teoria de Keynes, o autor não dá importância ao fator precaução, e, o mais importante, o fator especulação. Segundo sua visão para Keynes a demanda por moeda se dava basicamente pelo nível de renda e da taxa de juros. A teoria geral de Keynes, é explicada também em um gráfico consagrado na macroeconomia, conhecido como o modelo IS-LM. Em que é relacionado o mercado de bens, e o mercado monetário, relacionando também juros e produto. Há uma forte crítica quanto ao juro, pois para Hicks é uma variável essencial na poupança e no investimento, estando mais alinhado aqui a visão clássica. “Mas se esta é a verdadeira A teoria geral, como é que o sr. Keynes tem a coragem de fazer aquelas afirmações de que um aumento nos incentivos para investir não eleva a taxa de juros? Pareceria, segundo o nosso diagrama, que um aumento no esquema da eficiência marginal do capital deve deslocar para a direita a curva IS; e portanto, embora aumente a renda e os empregos, elevará também a taxa de juros.”(p.151) A economia só poderia ser explicada por Keynes em momentos de recessão, assim como para ele os clássicos só explicavam seu funcionamento apenas no pleno emprego. “Assim sendo, Teoria Geral do Emprego é a Teoria Econômica da Depressão.’’(p.153)
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