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Introdução à Economia
Princípios
 Básicos 
de 
Economia
DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS
O princípio da escassez é o fundamento da ciência econômica. Somente porque os recursos são escassos, face às amplas e variadas necessidades a que devem atender, é que se justifica a preocupação de utilizá-los de forma racional e eficiente. Este é o objetivo básico da Economia.
ECONOMIA
Lionel ROBBINS definiu a Economia como “a ciência que estuda o comportamento humano como toda relação entre fins e meios escassos que tem usos alternativos”, enquanto Tibor SCITOVSKY considera a Economia como “a ciência social que se ocupa da administração de recursos escassos”.
Os principais problemas relacionados com essa administração são:
Assegurar a plena utilização dos recursos escassos;
Distribuir esses recursos entre os seus diferentes usos e para a satisfação de diferentes necessidades;
Distribuir, de forma adequada, entre os consumidores, esses recursos e os bens e os serviços produzidos com o seu auxílio.
Para SCITOVSKY “a tarefa da economia é estudar a organização econômica, avaliar a sua eficiência e equidade e sugerir meios e processos pelos quais as reais imperfeições possam ser diminuídas ou eliminadas”.
Dessa forma as funções da economia são:
Reunir os diferentes recursos em fazendas, oficinas, fábricas e outros centros de produção, para o fim de produzir, com sua ajuda novas riquezas;
Coordenar as atividades dos diferentes centros de produção, fazendo a alocação dos recursos entre eles, e distribuindo os seus produtos;
Já Paul SAMUELSON caracteriza a Economia como “o estudo de como os homens decidem empregar recursos produtivos escassos, que poderiam ter aplicações alternativas, para produzir diversas mercadorias, ao longo do tempo, distribuí-las para consumo, agora e no futuro, por pessoas e grupos da sociedade”.
Esse objetivo social, todavia, é tudo para Oskar LANGE, que diz: “A Economia Política, ou Economia Social, é a ciência das leis sociais que regulam a produção e a distribuição dos meios materiais aptos a satisfazer as necessidades humanas”.
Em todas as definições, porém, repontam algumas características básicas:
O objetivo de satisfazer necessidades humanas;
A escassez dos recursos;
A economia como ciência que ensina a gerir ou administrar a utilização desses recursos.
A ESCASSEZ DE RECURSOS E AS NECESSIDADES ILIMITADAS
Assim como observado, as definições contemporâneas da Economia, superando a clássica trilogia da produção, distribuição e consumo das riquezas, procuram evidenciar que esta é, em ultima análise, a ciência da escassez.
Em todas as sociedades, os recursos humanos e patrimoniais são sempre escassos, para atender as crescentes exigências de consumo e bem-estar. Em contrapartida, enquanto a escassez dos recursos produtivos constitui uma limitação à produção de bens e serviços, parece não haver limites para as necessidades e desejos humanos.
A ESCASSEZ DE RECURSOS
Em seu Elements of Modern Economics (1937), Albert L. Meyers parte de uma interessante observação para explicar a lei da escassez. Ele acentua que, se fosse possível dar a cada indivíduo uma lâmpada de Aladim, todos os problemas de que se ocupam os economistas seriam imediatamente solucionados.
De posse das lâmpadas, todos teriam os bens que desejassem, não haveria mais necessidade de coordenação, divisão ou procura de maior eficiência para o trabalho humano. 
Os problemas decorrentes da produção em massa, da expansão tecnológica e da crescente penetração da ciência nas atividades produtivas deixariam simplesmente de existir.
Todavia, a realidade é bem outra. Apenas o ar é um bem livre. Até mesmo a água, nas sociedades modernas, transformou-se em bem econômico, pois sua obtenção e distribuição requerem trabalho. O poder mágico de Aladim só se encontra nos contos orientais. As sociedades humanas sempre se defrontam com a necessidade de trabalhar para atender as suas necessidades fundamentais.
AS NECESSIDADES ILIMITADAS
Um observador não suficientemente atento poderia inclinar-se a considerar que nas modernas economias, com a definitiva incorporação da ciência e da tecnologia ao aparelhamento produtivo, a lei milenar da escassez já estaria superada.
Entretanto, não se deve perder de vista dois fatos. O primeiro resume-se em que todas as necessidades primarias, da natureza biofisiológica, renova-se dia a dia e exigem contínuo suprimento dos bens destinados a atendê-las. Mesmo que o suprimento desses bens possa ser satisfatoriamente providenciado por pequena parcela da população ativa, o problema de sua situação é perpetuado pela sua continua necessidade.
O segundo fato resume-se em uma observação tão simples quanto a anterior. Trata-se de que, nas modernas economias de tecnologia avançada, caracterizada por uma notável produção em massa, embora as necessidades primárias se encontrem perfeitamente atendidas, o problema da escassez torna-se talvez mais grave que nas economias primitivas.
A razão desse aparente paradoxo encontra-se na constante criação de novos desejos e necessidades, motivados pelas perspectivas que se abre a todos os povos de sempre aumentarem o seu padrão de vida e o seu bem-estar material. 
RECURSOS VERSUS NECESSIDADES
“Enquanto os desejos materiais do homem parecem insaciáveis, os recursos para atendê-los permanecem escassos.”
E é exatamente ai que está a essência dos problemas econômicos. Como os recursos são escassos, seu emprego deve ser racional e as sociedades enfrentam, inicialmente, o problema de administrá-los bem. Primeiro com vista a sua plena utilização; segundo, objetivando sua melhor combinação.
Logicamente, sendo limitados os recursos, as economias devem procurar utilizá-los plenamente, não se justificando o desemprego ou o subemprego de qualquer parcela da população mobilizável para fins produtivos ou ainda a existência de ociosidade na utilização dos equipamentos de produção e outros recursos patrimoniais.
Somam-se assim, ao problema da plena utilização dos recursos os de sua correta combinação e os decorrentes das diversas opções que envolvem o seu emprego.
É eliminado a ociosidade, incorporando aos fluxos de produção os contingentes desempregados e promovendo a ótima combinação dos recursos disponíveis que as economias se tornam capazes de atender com maior eficiência às necessidades e aos desejos da coletividade, sejam eles vitais ou artificialmente criados.
“A ciência que deve cuidar da eficiente administração dos escassos recursos disponíveis, tendo em vista a satisfação dos ilimitados desejos da sociedade.
AS ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO E PLENO EMPREGO DOS RECURSOS
Mas o que significa alcançar eficiência máxima?
Qual o significado do pleno emprego dos recursos disponíveis?
Quando é que uma economia alcança os limites máximos da eficiências produtivas?
E quais serão as melhores alternativas para a canalização dos seus recursos?
Todas essas perguntas têm respostas aparentemente simples: a eficiência máxima e o pleno emprego são alcançados quando se mobilizam todas as possibilidades de produção da economia; e a escolha das melhores alternativas depende das opções sociais ou políticas feitas pela própria sociedade ou pelos seus governantes.
UTILIDADES, BENS E SERVIÇOS
A propriedade que os objetos materiais e serviços tem de satisfazer desejos humanos denomina-se utilidade.
Os objetos que tem utilidade são considerados bens, do ponto de vista econômico.
Aqueles bens que existem em quantidades superiores às necessidades humanas (ex: ar atmosférico) são considerados bens livres e estão fora do âmbito da economia.
Somente os bens escassos, ou disponíveis em quantidade limitada, são considerados bens econômicos.
Os bens econômicos podem ser divididos em dois tipos:
Bens de consumo, que satisfazem diretamente as necessidades;
 Bens de produção, que são utilizados para produzir os bens de consumo e, assim, satisfazem indiretamente as necessidades. Os bens de produção, por sua vez, podem distinguir-se entre bens intermediários – matérias primas e produtos semi-elaboradosque entram na composição de outros bens – e bens de capital – máquinas, equipamentos e instalações que são utilizados na produção de bens econômicos.
FATORES DE PRODUÇÃO
A base de qualquer economia é um estoque de fatores de produção, ou seja, um conjunto de recursos passíveis de utilização na complexa tarefa de satisfazer necessidades humanas, a saber:
 Recursos naturais: todos os bens econômicos, usados na produção, que são obtidos diretamente da natureza (terra, água, minérios);
Trabalho: toda atividade humana que corresponde a aptidão física, habilidade intelectual ou capacidade empresarial;
Capital: todos os bens materiais, produzidos pelo homem, que foram acumulados e agora são utilizados na produção de outros bens;
SISTEMA ECONÔMICO
Esses fatores são combinados de diferentes formas através de uma organização ou conjunto de instituições a que chamamos de sistema econômico.
Os elementos básicos para qualquer sistema econômico são:
O estoque de fatores – terra, trabalho e capital;
Os agentes produtivos – empresário privado ou estatal, que combina esses fatores de diferentes formas para realizar a produção;
As empresas – a organização administrativa em que essas tarefas são executadas;
PROBLEMAS CENTRAIS DO SISTEMA ECONÔMICO
O QUE PRODUZIR? Que bens produzir? Porque café e não trigo? Porque canhões e não manteiga (significando economia de guerra versus economia de paz)? Este é o problema econômico de definir as prioridades no uso dos recursos, faca as diversas possibilidades alternativas;
COMO PRODUZIR? De que forma combinar os fatores de produção? Porque utilizar mais mão de obra e menos capital? Este é o problema técnico de escolher alternativas tecnológicas, uma vez definido o que pretendemos produzir;
PARA QUEM PRODUZIR? Qual a estrutura de distribuição de renda (e de bens) que estamos dispostos a aceitar? Até que ponto vamos admitir que essa estrutura seja determinada exclusivamente pela forças de mercado? Qual o nível de intervenção governamental que julgamos necessário para melhorar a distribuição? De que modo? Que instrumentos legais, financeiros, fiscais, devemos utilizar com esse objetivo? Este é o problema social da distribuição dos bens pela comunidade.
CURVA DE TRANSFORMAÇÃO
O problema de o que produzir pode ser ilustrado com a curva de transformação ou de possibilidade de produção que representa as diferentes combinações de bens que podem ser produzidos, alternativamente com um determinado conjunto de recursos.
O Pleno desemprego. Situação impraticável. Pelo menos um mínimo de produção é necessário para a subsistência.
Q Capacidade Ociosa
P Pleno emprego dos recursos disponíveis
R Nível Impossível, a não ser que haja uma expansão dos recursos.
Em situações normais, os deslocamentos processam-se para a direita, em sentido positivo, indicando, ao longo do tempo e para novos períodos produtivos, que houve expansão das possibilidades de produção da economia. Inversamente, quase sempre sob condições anormais, podem também as curvas sofrer deslocamentos para a esquerda, em sentido negativo, tal como indicado no segmento (b) da Figura 5.3.
Quando em sentido positivo, a causa essencial das diferentes taxas de deslocamento das curvas de possibilidades de produção é a parcela de produção corrente destinada à acumulação. Por acumulação, os economistas entendem o processo de expansão ou melhoria dos recursos de produção preexistentes (tanto humanos, quanto patrimoniais). Os programas educacionais e os investimentos em capital fixo são exemplos típicos de acumulação.
Na figura 5.4 encontram-se visualmente assinaladas duas hipóteses diferentes. A hipótese (a) a de uma economia que destina pequena parcela de seus recursos existentes ao processo de acumulação. Em vez de acumular mais recursos para o futuro, prefere obter maior produção de bens de consumo no presente. Em conseqüência o deslocamento de sua fronteira de produção acaba por ser inferior ao da hipótese (b), referente a uma economia menos perdulária, que destina à acumulação uma parcela maior de suas possibilidades atuais, sacrificando, evidentemente, o consumo corrente.
Por fim, encerrando nossas considerações sobre os deslocamentos das curvas de possibilidades de produção, resta considerar que, modernamente, uma das diferenças fundamentais entre as economias desenvolvidas e as subdesenvolvidas se encontra exatamente nas taxas com que se expandem suas fronteiras de produção.
Embora a produção de bens supérfluos e de luxo dessas economias possam alcançar níveis altos, geralmente seus investimentos básicos e em infra-estrutura tendem a ser significativos, expandindo-se cada vez mais suas capacidades operacionais.
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
O problema de como produzir pode ser ilustrado com o gráfico representativo da função de produção, ou seja, das diferentes combinações de fatores que podem ser utilizadas para obtenção de um mesmo produto.
O problema de para quem produzir constitui o tema da teoria da distribuição da renda, que visa explicar de que forma e em função de que processos se distribuem pela comunidade os bens e serviços produzidos pelo sistema econômico.
Do ponto de vista econômico a distribuição da renda depende da oferta e demanda dos fatores de produção.
A fim de que esses fatores sejam utilizados no processo produtivo, torna-se necessário assegurar aos seus proprietários uma certa remuneração, ao trabalhador, o salário, e ao capitalista, um juro, lucro ou aluguel.
ELEMENTOS BÁSICOS DO SISTEMA ECONOMICO
Estoque de recursos produtivos;
Complexo de unidades de produção
Conjunto de instituições
O primeiro desses três elementos constitui a própria base da atividade econômica. Sem a reunião de recursos humanos e patrimoniais, nenhuma forma de atividade econômica é possível, pois esta só se desenvolve a partir da existência de certa faixa de população economicamente ativa, de capacidade empresarial, de capital, de tecnologia e de recursos naturais.
E são exatamente as unidades de produção – principais células dos sistemas econômicos – que dão origem, empregando os recursos disponíveis, aos fluxos real e monetário (ou da produção e da renda), executando as principais tarefas relacionadas à solução da tríade dos problemas econômicos fundamentais: o quê e quanto, como e para quem produzir.
Por outro lado, completando o quadro, todos os sistemas econômicos devem dispor de um conjunto de instituições jurídicas, políticas, sociais e econômicas que dão forma as atividades desenvolvidas pela sociedade. As instituições definem as relações entre as unidades de produção e os centros de disposição dos recursos produtivos.
CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO REAL 
CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO REAL
As unidades familiares incluem todos os indivíduos que, direta ou indiretamente, participam das atividades produtivas desenvolvidas pelo sistema e consomem os bens e serviços finais elaborados.
De outro lado, as unidades de produção, como registra LEFTWICH, formam um grupo mais restrito, empenhado na compra, aluguel ou emprego de recursos de produção, bem como na venda dos bens ou serviços por elas elaboradas. 
CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO MONETÁRIO
No mercado de recursos de produção (em que se localizam o mercado de trabalho e o mercado de capitais), as unidades familiais exercem funções típicas de oferta, enquanto as unidades de produção exercem a procura
No mercado de bens e serviços ( em que são transacionados todos os bens e serviços finais necessários à satisfação das necessidades das unidades familiares) os papéis encontram-se invertidos. Nesse mercado, as unidades de produção exercem atividades típicas de oferta, enquanto as unidades familiares exercem a procura.
Aspectos Gerais
 da 
Teoria 
Microeconômica
MERCADOS E PREÇOS
A microeconomia trata das decisões tomadas por pequenas unidades econômicas – consumidores, trabalhadores, investidores, proprietários de recursos e empresas. Ela trata também da interação entre consumidores e empresas para formar os mercados e os setores.A microeconomia apóia-se bastante no uso da teoria, que (por meio de simplificações) pode ajudar a explicar como as unidades econômicas se comportam e prever qual comportamento ocorrerá no futuro. Os modelos são representações matemáticas da teoria e podem auxiliar nos processos de explicação e previsão.
A microeconomia trata de questões positivas relacionadas à explicação e à previsão dos fenômenos. Porém, a microeconomia também é importante devido à análise normativa, na qual perguntamos quais são as melhores escolhas – para a empresa ou para toda a sociedade.
O termo mercado diz respeito ao conjunto de compradores e vendedores que interagem, assim como às vendas e compras que podem resultar dessas interações. A microeconomia envolve o estudo tanto dos mercados competitivos, nos quais nenhum comprador ou vendedor tem individualmente influência no preço, como dos mercados não competitivos, nos quais as entidades individuais podem afetar o preço.
O preço de mercado é determinado pela interação entre compradores e vendedores. Em mercados completamente competitivos, um único preço em geral prevalece. Em mercados que não sejam completamente competitivos, diferentes vendedores podem cobrar diferentes preços. Neste caso, o preço de mercados será o preço médio predominante.
Ao discutirmos determinado mercado, devemos ser claros a respeito de sua extensão tanto em termos de limites geográficos como em termos da gama de produtos que nele são vendidos. Alguns mercado (por exemplo, imobiliários) são muito locais, ao passo que outros (por exemplo, de ouro) são mundiais.
Para eliminar os efeitos da inflação, comparamos preços reais (ou preços em moeda constante), em vez de preços nominais (ou preços em moeda corrente). Os preços reais são calculados por meio de um índice agregado de preços, como por exemplo o IPC, para a correção monetária.
O BÁSICO SOBRE A OFERTA E A DEMANDA
A análise da oferta e da demanda é uma ferramenta essencial e poderosa que pode ser aplicada a uma ampla variedade de questões interessantes e importantes. Dentre elas podemos citar:
A compreensão e a previsão de como as variações nas condições econômicas mundiais podem afetar o preço de mercado e a produção.
A avaliação do impacto do controle de preços exercidos pelo governo, do salário mínimo, da sustentação dos preços e dos incentivos à produção.
A determinação do modo como os impostos, os subsídios, as tarifas e as cotas de importação afetam consumidores e produtores.
OFERTA E DEMANDA
O modelo básico da oferta e da demanda é o instrumento chave da microeconomia. Ele ajuda a compreender porque e como os preços mudam e como acontece quando o governo intervém em um mercado. O modelo da oferta e da demanda combina dois conceitos importantes: a curva e oferta e a curva de demanda. 
A CURVA DE OFERTA
A curva de oferta informa-nos a quantidade de mercadoria que os produtores estão dispostos a vender por determinado preço, mantendo-se constantes quaisquer fatores que possam afetar a quantidade ofertada. 
A curva da oferta é, assim, uma relação direta entre quantidade ofertada e preço. Podemos escrever essa relação por meio de uma equação:
Q0 = Q0 (P)
A curva de oferta, denominada de O na figura, mostra como a quantidade ofertada de um bem muda conforme o preço desse bem sofre alterações. A curva da oferta esta inclinada para cima; quanto mais altos os preços, maior a capacidade e o desejo das empresas de produzir e vender. Se o custo da produção cai, as empresas podem produzir a mesma quantidade com um preço menor ou uma quantidade maior com o mesmo preço. A curva de oferta então é deslocada para a direita.
OUTRAS VARIÁVEIS QUE AFETAM A OFERTA
A quantidade ofertada pode depender de outras variáveis além do preço. Por exemplo, a quantidade que os produtores desejam vender depende não apenas do preço que recebem, mas também de seus custos de produção, incluindo salários, taxa de juros e o custo de matérias-primas.
Com custos de matérias-primas mais baixos a produção se torna mais lucrativa e isso encoraja as empresas existentes a expandir a produção e possibilita a entrada de novas empresas no mercado. Se ao mesmo tempo o preço do mercado se mantém constante em P1, devemos observar uma quantidade ofertada maior.
A resposta da quantidade ofertada às variações no preço pode ser representada por movimentos ao longo da curva da oferta. No entanto, a resposta da oferta às mudanças nas outras variáveis determinantes da oferta reflete-se graficamente como uma mudança na própria curva de oferta.
A CURVA DA DEMANDA
A curva da demanda informa-nos a quantidade que os consumidores desejam comprar a medida que muda o preço unitário. Podemos escrever essa relação entre a quantidade demandada e os preços como uma equação:
QD = QD (P)
Note que a curva da demanda nessa figura, indicada por D, tem inclinação para baixo. Os consumidores geralmente estão dispostos a comprar quantidades maiores se o preço esta mais baixo. Por exemplo, um preço mais baixo pode estimular consumidores que já tenham adquirido tal mercadoria a consumir quantidades maiores. Além disso, pode permitir que outros consumidores que anteriormente não dispunham de poder aquisitivo para comprar tal mercadoria comecem a adquiri-la.
A curva da demanda, indicada por D, mostra como a quantidade demandada pelos consumidores depende do preço. A curva da demanda tem inclinação para baixo. Mantendo-se tudo o mais constante, os consumidores desejarão comprar uma quantidade maior de um bem conforme seu preço se reduz. A quantidade demandada pode também depender de outras variáveis, tais como a renda, o clima e o preço de outros bens. Para muitos produtos, a quantidade demandada aumenta quando a renda aumenta. Uma renda mais alta desloca a curva da demanda para a direita.
Obviamente, a quantidade de um bem que os consumidores estão dispostos a comprar pode depender de outras variáveis, além do seu próprio preço. A renda é especialmente importante. Com renda maior, os consumidores podem gastar mais em qualquer dos bens disponíveis, e alguns consumidores farão isso com muitos bens.
Bens substitutos e complementares: Mudanças nos preços de bens relacionados também afetam a demanda. Os bens são substitutos quando um aumento no preço de um deles produz um aumento na quantidade demandada do outro. Por exemplo, o cobre e o alumínio são bens substitutos. Pelo fato de cada um deles poder ser substituído pelo outro em muitos usos industriais, a quantidade de cobre aumentará se o preço do alumínio subir.
Os bens são complementares quando um aumento no preço de um deles leva a um decréscimo na quantidade demandada do outro. Por exemplo, automóveis e gasolina são bens complementares. Como tendem a ser usados em conjunto, um decréscimo no preço da gasolina aumenta a quantidade demandada de automóveis. De igual modo computadores e seus programas são bens complementares.
O MECANISMO DE MERCADO
O próximo passo consiste em colocar a curva de oferta e a curva de demanda juntas. O eixo vertical mostra o preço de um bem, P, novamente medido em dólares por unidade. Esse é agora o preço que os vendedores recebem por uma dada quantidade ofertada e o preço que os compradores pagam por uma dada quantidade demandada. O eixo horizontal mostra a quantidade total demandada e ofertada, Q, medida por meio do número de unidades por período.
Equilíbrio Há uma intersecção das duas curvas no preço e na quantidade de equilíbrio ou de balanceamento do mercado. Nesse preço (a Q0). Denomina-se mecanismo de mercado a tendência, em mercados livres, de que o preço se modifique até que o mercado se torne balanceado – ou seja, até a quantidade ofertada e a quantidade demandada sejam iguais. Nesse ponto há escassez nem excesso de oferta, de tal forma que não existe pressão para que o preço continue se modificando.
Oferta e Demanda
No preço P0 e na quantidade Q0, o mercado torna-se balanceado. Há um preço maior, P1, há um excesso de oferta, e o preço cai. A um preço mais baixo, P2, há excesso de demanda,e o preço sobe.
QUANDO PODEMOS EMPREGAR O MODELO DA OFERTA E DA DEMANDA?
Quando desenhamos curvas de oferta e demanda, estamos supondo que, em qualquer nível de preço, uma determinada quantidade deverá ser produzida e vendida. Isso apenas faz sentido quando o mercado é, pelo menos, quase competitivo. Com isso queremos dizer que tanto compradores como vendedores deveriam dispor de pouco poder de mercado.
MUDANÇAS NO EQUILÍBRIO DO MERCADO
As curvas da oferta e da demanda se deslocam em resposta às mudanças em variáveis como salários, custos de capital e renda. Vimos também como o mecanismo de mercado produz um equilíbrio em que a quantidade ofertada é igual a quantidade demandada. 
Veremos, agora, como esse equilíbrio se altera em face de deslocamentos das curvas de demanda e da oferta.
Novo equilíbrio após um deslocamento da oferta
Quando a curva da oferta se desloca para a direita, o mercado se equilibra a um preço mais baixo P3 e a uma quantidade maior Q3
Novo equilíbrio após um deslocamento da demanda
Quando a curva de demanda se desloca para a direita, o mercado se equilibra a um preço mais alto P3 e uma quantidade maior Q3
Novo equilíbrio após o deslocamento da oferta e demanda
As curvas da oferta e da demanda deslocam-se ao longo do tempo em resposta as mudanças das condições de mercado. Neste exemplo, o deslocamento para a direita de ambas as curvas resultam em preço ligeiramente mais alto que o anterior e em quantidade bem maior que a anterior. Em geral, o preço e a quantidade sofrem modificações que dependem do tamanho dos deslocamentos das curvas e da oferta e da demanda e também da inclinação delas. 
ELASTICIDADE DA OFERTA E DA DEMANDA
A elasticidade mede quanto uma variável pode ser afetada por outra. Mais especificamente, trata-se de um número que nos informa a variação percentual que ocorrerá em uma variável como reação a um aumento relativo em outra variável. Por exemplo, a elasticidade de preço da demanda mede quanto a quantidade demandada pode ser afetada por modificações no preço. Ela nos informa qual a variação percentual na quantidade demandada de uma mercadoria após o aumento relativo no preço de tal mercadoria.
A elasticidade do preço da demanda é geralmente um número negativo. Quando o preço de uma mercadoria aumenta, a quantidade demandada em geral cai e, dessa forma, ∆Q/ ∆P é negativa, e, portanto, Ep é um valor negativo. 
Quando a elasticidade do preço é superior a 1 em magnitude, dizemos que a demanda é elástica ao preço, porque o percentual de redução da quantidade demandada é maior que o percentual de aumento de preço. Se a elasticidade de preço for maior que 1 em magnitude, dizemos que a demanda é inelástica ao preço. Em geral, a elasticidade de preço da demanda por uma mercadoria depende da disponibilidade de outras mercadorias que possam ser substituídas por ela. Quando existem substitutos, um aumento no preço faz com que o consumidor passe a comprar menos de tal mercadoria e mais do bem substituto. Então a demanda será altamente elástica ao preço. Quando não existem substitutos, a demanda tenderá a ser inelástica ao preço.
ELASTICIDADES DA OFERTA
As elasticidades da oferta são definidas de modo semelhante. A elasticidade do preço da oferta corresponde à variação percentual da quantidade ofertada em conseqüência do aumento relativo no preço. Essa elasticidade é normalmente positiva porque um preço mais alto incentiva os produtores a aumentar a produção.
Podemos também falar em elasticidades de oferta em relação a variáveis como taxa de juros, salários e preços de matérias primas e outros bens intermediários que são utilizados para gerar o produto em questão. Por exemplo, a maior parte dos bens produzidos, as elasticidades das ofertas são negativas em relação aos preços das matérias-primas. Um aumento no preço de uma matéria-prima significa custos mais altos para a empresa; assim, se tudo o mais se mantiver constante, a quantidade ofertada cairá.
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