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N1 Embriologia

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N1 - Embriologia Veterinária 
21/08 – aula prática: anatomia e histologia do sistema 
reprodutor 
04/09 – aula prática: morfofisiologia espermática 
11/09 – sacameve 
18/09 – N1 (peso 10,0) 
16/10 – N2 (peso 10,0) 
06/11 – aula pratica: aplicação da ultrassonografia a 
embriologia e na avaliação fetal 
13/11 – seminários (5,0) 
27/11 – N3 (5,0) 
 
Aula 1 – Introdução à Embriologia 
 Aplicação da embriologia na medicina veterinária 
 Conceitos -> Concepto, Embrião e Feto 
 Embriogênese em aves e mamíferos 
 Placentação 
 
 
 
 
 
 
 
 A embriologia é fundamental porque ela: 
 Explica malformações congênitas; 
 Auxilia na compreensão de técnicas 
reprodutivas, como IA, TE; 
 Contribui acompanhar o desenvolvimento dos 
órgãos e fases gestacionais; 
 Diagnósticos de prenhes; 
 
 Gametas: são células sexuais  espermatozoide e 
óvulo; e ainda antes da formação dos gametas, 
existem as células germinativas primordiais, que são 
as células progenitoras dos gametas. 
 Fecundação: é a união do espermatozoide com o 
óvulo, formando o ZIGOTO, que dá início ao 
desenvolvimento embrionário. 
 Embrião: é o estágio inicial do desenvolvimento, 
onde os órgãos estão sendo formados. 
 Bovinos e equinos: vida embrionária dura cerca 
de 42 a 45 dias; 
 Cães e gatos: 32 a 35 dias. 
 Feto: é o estágio após a embriogênese, quando os 
órgãos já estão formados, e o organismo está em 
processo de crescimento e amadurecimento. 
 Concepto: se refere a todo o produto da concepção, 
incluindo -> embrião, feto, membranas fetais, 
placenta... É o conjunto completo da gestação, 
independentemente da fase. 
Perda embrionária ≠ Aborto (perda fetal) 
Perda embrionária: ocorre antes do estágio fetal (ou 
seja, durante a fase embrionária). 
Aborto: é a perda do concepto já em estágio fetal. 
 
Aplicação da Embriologia na Medicina Veterinária 
Embasamento Obstetrícia Veterinária 
 Diagnóstico de gestação 
 Viabilidade embrionária 
 Fases de desenvolvimento embrionário 
 Estimativa da idade gestacional 
 
 Nem sempre uma fêmea prenhe tem uma gestação 
viável! Pra avaliar isso a ultrassonografia é usada: 
 A partir de 11 dias em equinos 
 25 dias em cadelas. 
 É avaliado na ultrassonografia (US): 
 Morfologia do embrião; 
 Presença de atividade cardíaca (detectável em 
equinos a partir dos 24 dias); 
 Contorno da vesícula embrionária (anecoica) 
com a linha hiperecogênica em “volta” – se não tiver 
essa linha pode ser cisto (líquido); 
 Ausência de alterações como ‘pontinhos 
hiperecogênicos dentro da vesícula embrionária, isso 
pode indicar pus/inflamação; 
 Início da placentação. 
 Nos equinos: é o mais fácil de visualizar detalhes. 
Detecta primeiro. É maior. O embrião não está 
conectado ao útero até cerca de 35 dias, até lá ele 
absorve o leite uterino, que serva pra sua nutrição. A 
nidação acontece por volta de 35 dias de gestação. 
Até chegar esse momento o embrião migra 
livremente pelo útero. Só depois se fixa para formar 
o cordão umbilical e a placenta. Gestação da égua 
em média de 340 dias/11 meses. 
*nidação/implantação é a mesma coisa  é quando 
o embrião fixa na parede do útero (endométrio) para 
dar continuidade ao desenvolvimento, onde ele vai 
se conectar ao sistema circulatório materno. 
 Bovinos: quando o embrião ainda não está 
implantado, mas já está no útero, a nutrição inicial 
dele é por meio do VITELO (reserva do embrião) e 
leite uterino (secreções do endométrio). A 
implantação ocorre em torno de 18-19 dias; Só após 
a implantação o embrião começa a formar uma 
conexão com os vasos sanguíneos maternos (futura 
placenta), aqui o vitelo não é mais suficiente. Tempo 
de gestação é media de 280 dias/9 meses. 
*Isso é diferente de fecundação (união do 
espermatozoide com o óvulo), não confundir! 
 Se a implantação falha, por exemplo, ocorre morte 
embrionária precoce, e a vaca entra no cio 21 dias 
após o último como se nada tivesse acontecido. 
 Cadelas: a implantação acontece em torno de 16 a 
17 dias após a fecundação. Antes disso, o embrião 
produz o vitelo por uns 4 dias (antes da 
implantação) e depois consome esse vitelo 
(nutriente inicial). Assim que o vitelo acaba o 
embrião precisa se implantar para continuar vivo. A 
gestação é de 60-63 dias, em média 2 meses. 
Animais pluríparos como cadelas podem ter 
conceptos com idades diferentes. 
O cordão umbilical se forma simultaneamente com a 
nidação! Ao mesmo tempo... 
 
Princípios Básicos da Ultrassonografia 
Hiperecogênico = estruturas densas (ex: ossos) 
 Frequência do transdutor: 
 Alta frequência  menor profundidade  
melhor resolução de imagem. 
 Baixa frequência  maior profundidade  
mas resolução mais baixa de imagem. (pra 
intestino por ex, abdominal). 
 US retal em grandes animais: geralmente de 5 a 8 
MHz. 
 
 
15 dias -> vesícula embrionária. 
“a” “Al” -> alantoide. 
“ys” -> vesícula vitelínica. 
28 dias -> embrião visível. 
42 dias -> “u” útero, “e” embrião. 
Basicamente, vesícula embrionária contém líquido, 
que serve de nutrição inicial par o embrião; 
Alantoide: armazena excretas metabólicas. 
 
 Pra ESTIMATIVA da idade gestacional, em cadelas, 
por exemplo, que são pluríparas, se considera o 
concepto mais velho. Ele geralmente está mais 
próximo da cérvix (pari primeiro); diferença muito 
grande entre os conceptos pode causar problemas! 
 
Morte embrionária precoce x tardia x aborto 
Precoce: antes da formação do feto (ex: até 30 dias 
nos cães) -> pode ocorrer reabsorção. Mantém o ciclo 
reprodutivo normal (intervalo entre cios). 
Tardia: após o início da formação fetal, mas antes do 
parto. Pode causar alterações no ciclo reprodutivo. 
Aborto: perda fetal, ou seja, após a formação dos 
órgãos. Exemplo: em cães como buldogue Frances, 
aos 32 dias já é feto, se sofre perda -> aborto! Se 
acontece ainda no embrião, antes da formação do 
feto -> morte embrionária. Interessante em cadelas 
iniciar suplementação precoce, pois grande parte das 
mortes ocorre antes dos 30 dias. E depois que já deve 
reabsorção, por exemplo, não adianta querer 
suplementar. 
 Isso se relaciona muito com alterações no ciclo. 
Uma vaca tem seu ciclo de 21 em 21 dias, por 
exemplo, alterações podem indicar  morte 
embrionária tardia (alterações maiores no ciclo). 
*EM CADELAS E ÉGUAS NÃO SE FAZ IATF, ao 
contrário dos bovinos... É menos previsível 
hormonalmente, a resposta individual ao ciclo 
reprodutivo pode variar muito. 
 
Aula 2 – Embasamento para as técnicas de 
reprodução assistida 
 Transferência de Embriões em Tempo Fixo - T.E.T.F; 
Produção do embrião in vivo (na 
fêmea/reprodutora). 
 Produção in vitro de Embriões - PIVE/F.I.V; coletar 
um óvulo, e através desse óvulo, ele é maturado, 
efetua a IA e no final tem-se o embrião em 
laboratório. 
 Produção células tronco embrionárias; 
 Transferência Nuclear de Células Somáticas- 
T.N.S.C; 
 Produção de animais transgênicos – Transgenia; Ex: 
se quero aumentar uma enzima no leite, que 
embora presente, está em baixas concentrações. 
Posso aumentar as []. 
 
Transferência de Embriões em Tempo Fixo – T.E.T.F 
 Conhecimento das fases de produção 
 Estádio de desenvolvimento embrionário 
 Avaliação da qualidade embrionária 
 Manipulação embrionária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Embriões são coletados a partir do 6,7º dia após a 
ovulação da doadora; precisa fazer uma 
sincronização das receptoras (manipulação 
hormonal) com a doadora. 
 Embrião de 7 dias precisa também uma condição 
uterina de 7 dias de ovulação; uma condição uterina 
favorável de acordo com a idade embrionária. 
Preciso que estejam na mesma fase do ciclo 
reprodutivo. 
 Geralmente a IA têm em media 10 dias de 
antecedência no protocolo; Ex: se a transferência vai 
ser hoje, eu normalmente coletei os embriões 7 dias 
após a ovulação da doadora. Pra isso, 10dias antes 
eu já tinha começado o protocolo hormonal tanto na 
doadora quanto nas receptoras; assim uma semana 
depois da ovulação já terei o embrião formado e 
pronto pra coleta. 
 O embrião não vai herdar as características 
genéticas da receptora; Porém, o ambiente uterino 
da receptora vai influenciar do desenvolvimento 
dele e o potencial genético que poderia ser 
manifestado pode não se manifestar por conta desse 
ambiente. 
 Algumas características no embrião possibilita que 
faça uma seleção de embriões antes da 
transferência. 
 Em média 6 a 7 embriões viáveis por coleta. 
 
Produção in vitro de Embriões – PIVE/F.I.V 
 Aspiração de oócitos guiada por ultrassonografia - 
OPU 
 Maturação in vitro 
 Fertilização in vitro 
 Cultivo in vitro 
 Transferência do embrião – inovulação 
 
 Coleta dos óvulos é feita por via transvaginal, por 
meio da aspiração de oócitos; depois de aspirar, os 
óvulos são enviados ao laboratório, onde vai ocorrer: 
 Seleção dos melhores oócitos; 
 Maturação dos oócitos; 
 Inseminação no laboratório -> Fertilização in 
vitro -> união do óvulo com o espermatozoide 
(embrião = oócito + espermatozoide). 
 Os embriões produzidos por FIV não são 
congelados, e sim vidrificados, podendo ser 
armazenados por tempo indeterminado. 
 Depois são transferidos para as receptoras pela 
mesma técnica usada na transferência convencional 
de embriões. 
 Isso não deixa de ser uma ferramenta de 
melhoramento genético para o rebanho! 
 Numa monta natural, leva em média 8 anos pra 
melhorar geneticamente um rebanho 
 Por seleção artificial, em média 6 anos, focando 
principalmente na genética do touro (melhorando 
características reprodutivas e sexuais) 
 Na TE em média 3 anos e meio, pois além do 
macho, também seleciona fêmeas de alto valor 
genético. 
 Através da TE vou conseguir em média de 12,13 
bezerros nascidos dentro de um ano, onde em 
condições naturais conseguiria 1 bezerro por 
fêmea/ano. 
 Na PIVE, melhor ainda, efetuando uma aspiração a 
cada 2 semanas  se tem a média de 1 bezerro 
nascido por coleta. Então em 1 ano, mais ou menos 
52 bezerros nascidos por fêmea doadora. 
 Durante esse processo tem perca de cerca de 50% 
dos embriões. 
 Geralmente com 1 palheta de sêmen dá pra 
fertilizar cerca de 200 oócitos. Depois de depositar 
os espermatozoides, em cerca de 2 dias já se forma 
embriões iniciais; o papel do útero e da tuba uterina 
nesse caso é reproduzido na estufa, com 
temperatura media de 38,5 a 39ºC. 
 
 
 
 
 
Transferência nuclear de células somáticas – T.N.S.C 
Clonagem 
 Conhecimento sobre epigenética 
 Teratogenias e problemas genéticos 
 Obtenção de espécies em extinção 
 Suporte à Transgenia 
 
 Óvulos e espermatozoides não são considerados 
células somáticas. O resto tudo no corpo é célula 
somática. 
 O procedimento consiste em pegar uma célula 
somática (qualquer célula do corpo; o fibroblasto é 
considerado o melhor); daí remove o núcleo do 
óvulo (ovócito anucleado) e transfere o núcleo da 
célula somática para o óvulo anucleado. 
 De todo o material genético que está presente 
numa célula, só 3% dessa célula é expresso, 
definindo as características da célula. 
 Epigenética  conjunto de genes ativados que 
determinam a função da célula (Ex: fibroblasto -> 
célula de tecido conjuntivo). Todas as células de 
tecido conjuntivo vêm de células mesenquimais, que 
por sua vez vêm de células-tronco. 
 Reprogramação epigenética  o núcleo transferido 
é reprogramado para voltar a ser uma célula-tronco 
totipotente (capaz de formar qualquer estrutura). 
 Exemplo: se um blastômero for colocado no 
encéfalo de um cavalo para regeneração, o ambiente 
fará com que ele gere um neurônio. 
 Um clone geneticamente é idêntico ao doador, mas 
fenotipicamente pode haver diferenças. O clone foi 
gerado a partir dela própria (material genético), mas 
a fêmea receptora não é a “mãe” no sentido 
biológico. 
 Idade cromossômica ≠ idade biológica. A cada 
divisão celular ocorre encurtamento do telômeros; 
alterações epigenéticas ou falhas na reprogramação 
podem fazer com que genes importantes não sejam 
expressos, gerando problemas. Algum fatores vão 
influenciar nessas falhas, como: idade avançada do 
animal doador, problemas na reprogramação 
genética e falta de conhecimento total sobre o DNA 
mitocondrial. 
 A mitocôndria é a organela citoplasmática que 
possui DNA próprio (completo). 
 
Revisão da anatomia do sistema reprodutor da 
fêmea 
 Estruturas: 
 Ligamento largo do útero (sustentação) 
 Ovários 
 Tubas uterinas 
 Útero 
o Cornos uterinos 
o Corpo do útero 
o Colo do útero 
 Vagina 
 Vestíbulo vaginal 
 
Ligamento largo do útero – se divide em três partes 
Dependendo de cada porção que está sendo 
sustentada, existem denominações diferentes. 
Importante na embriologia para a formação das 
gônadas (ovários e testículos), que se formam em 
conjunto com o ovário. 
 MESOVÁRIO → Região que sustenta o ovário e por 
onde a artéria ovariana, veia ovariana, nervo 
ovariano e vaso linfático chegam até o ovário. Vasos 
sanguíneos entram pelo hilo do ovário e levam 
nutrição para o ovário. 
 MESOSALPINGE → Região que sustenta a tuba 
uterina e por onde a artéria tubárica, veia tubárica, 
nervo tubárico e vaso linfático chegam até a tuba 
uterina. Porção que sustenta a tuba uterina, conduz 
vasos sanguíneos e a reveste. 
 MESOMÉTRIO → Região que sustenta o útero e por 
onde a artéria uterina, veia uterina, nervo uterino e 
vaso linfático chegam até o útero. Revestimento do 
ligamento largo do útero; é a última camada que 
reveste. 
Camadas do útero: endométrio, miométrio e 
perimétrio (mesométrio). 
Basicamente a importância desse ligamento é que liga 
o ovário e, ao mesmo tempo, faz revestimento do 
ovário e útero. 
 
 
Topografia do Trato Reprodutivo – Vaca 
 Localiza-se na entrada da cavidade pélvica 
 Disposto horizontalmente na entrada da cavidade 
abdominal 
 Pequenos ruminantes encontram-se no mesmo 
plano 
 Disposto ventralmente Sua localização depende se 
a fêmea está prenhe ou não-prenhe 
Na foto a tuba uterina foi 
rebatida pra ver o ovário. 
Corpo lúteo hemorrágico 
também da pra ver. E o 
acesso é feito pela 
curvatura maior. 
 
Topografia do Trato Reprodutivo - Porca 
 Localiza-se praticamente todo na cavidade 
abdominal 
 Ligamento largo do útero longo, em comparação às 
outras espécies. 
 
 O corpo uterino é longo, devido à grande quantidade 
de fetos; 
 Região mais caudal chamada fundo de saco vaginal; 
não possui saculação como outras espécies -> facilita 
introdução do aplicador. 
 Ejaculação do macho é intrauterina (cervix = colo do 
útero). 
 
Topografia do Trato Reprodutivo - Égua 
 
 Trato reprodutivo fixo no teto da cavidade 
abdominal 
 
Ovário – Córtex e Medula 
 
 Órgão par situado na cavidade abdominal, caudal 
aos rins 
 CÓRTEX: → Parte que envolve o ovário* → Local 
onde estão situados os folículos ovarianos 
 MEDULA: → Parte interna envolvida pela córtex* → 
Local onde estã situados os vasos sanguíneos 
 Hilo ovário: Local por onde os vasos sanguíneos, 
linfáticos e nervos passam até chegar na medula 
 
*bolinhas mais escuras -> folículo antral. 
 Ovário é dividido em córtex e medula 
 É o local onde acontece não só a estocagem dos 
ovócitos dentro dos folículos ovarianos, mas 
também resquícios do corpo lúteo anterior. 
 Túnica albugínea -> mesma estrutura que no 
testículo. Todo estoque de gametas está no córtex. 
Disposição Córtex Medula 
 Na maioria das espécies, exceto equídeos, o córtex 
envolve os folículos e excede a região do hilo. 
 Na égua o córtex fica limitado à extremidade do 
ovário; o restante é medula. Formando a fossa de 
ovulação. 
 Égua a gente não superovula, em função dela ter o 
córtex restrito; o folículo pré-ovulatórioé maior 
(3,7cm, maioria 4cm); já a vaca 2cm, metade em 
relação a égua, isso que tem o córtex totalmente 
distribuído... 
 Em função dessa restrição anatômica, os primeiros 
óvulos são captados; o corpo hemorrágico que 
origina o corpo lúteo impede que a tuba uterina 
capte os próximos, fazendo com que caiam na 
cavidade abdominal. 
 O problema não é na superovulação! Ela não 
compensa de ser utilizada na égua devido uma 
restrição anatômica; 
 
OVÁRIO – CÓRTEX – estruturas 
 FOLÍCULOS OVARIANOS: Oócitos - óvulos 
 CORPO LÚTEO: Glândula temporária → 
Progesterona 
 
Tipos de Folículos ovarianos 
Apresentam diferentes formas, de acordo com o 
desenvolvimento folicular. 
 
 
*Zona pelúcida – 
capa que protege o 
ovócito 
*Antro folicular – 
repleto de líquido 
folicular. 
O que enxerga 
macroscopicamente – 
antro. 
 
 
*o folículo secundário tem o ovócito no centro, 
envolto pela zona pelúcida; ao redor, várias camadas 
de células da granulosa; e por fim a camada externa 
– células da teca. Ainda não existe antro! 
*o folículo terciário também tem ovócito e zona 
pelúcida. Muitas camadas de células da granulosa e 
teca presente em volta também. Mas agora surge o 
antro folicular (cavidade cheia de líquido). 
 Células da granulosa: tem função de nutrir o 
ovócito e produzir estrógenos (em conjunto com a 
teca). 
 Células da teca: envolvem o folículo e produzem 
andrógenos, que são convertidos em estrógenos 
pelas células da granulosa. 
 
Tubas Uterinas 
 Órgão oco, que antigamente era denominado de 
”Trompas de Falópio” 
 Situa-se entre os ovários e o útero 
 Funções: 
 Captura do óvulo no ovário 
 Sítio de fecundação 
 Local onde ocorre as primeiras fases de 
desenvolvimento embrionário. 
 Onde acontece a fecundação. 
 Dividida em 3 partes: infundíbulo (captura do 
ovócito), ampola (local fecundação) e istmo(conduz 
o embrião ao útero). 
 A tuba possibilita a maturação de gametas, tanto 
dos ovócitos quanto dos espermatozoides; e 
também possibilita o desenvolvimento inicial do 
embrião. 
 Em ruminantes e caninos o embrião fica presente 
até o 4º de vida dentro da tuba uterina. No quarto 
dia em diante ele vai para o útero; No equino: 5 dias 
e meio. 
 Tem uma estrutura entre a tuba e o útero, chamada 
junção úterotubárica, aqui acontece um processo de 
seleção dos espermatozoides, como se fosse uma 
espécie de esfíncter que possibilita não só essa 
função, mas acaba fazendo o fechamento da tuba 
em relação ao útero. 
 Infecções podem levar a aderências e obstruir a 
tuba, impedindo a fecundação, em casos assim, a FIV 
seria uma opção. 
 Salpingografia -> exame par avaliar a 
permeabilidade. 
 
Útero 
 Órgão oco 
 Apresentam os cornos 
uterinos 
 Corpo 
 Colo do útero – cérvix 
 
 
 
 Todas as técnicas de inseminação são de acordo 
com o formato do cérvix. 
 O cérvix de uma ovelha é parecido com o da vaca, 
mas tem uma peculiaridade na espécie; O cérvix é 
formado por anéis de Burdi, proporcionalmente mais 
comprido que outros ruminantes, e muito tortuosos. 
Não é possível palpar via retal (ovelha e cabra) como 
a vaca. 
 O aplicador comum não consegue passar reto, 
preciso de um cateterizador especial. 
 Pra sêmen fresco é depositado na entrada do cérvix; 
já o congelado é necessário depositar mais 
cranialmente, pra isso é feito por laparoscopia, com 
deposição em cada corno uterino. 
 
Útero – Ruminantes 
 
 
Comparações Útero 
 
 
 
Tubas uterinas 
 
 
Tubas uterinas e útero – cérvix 
 
 No caso da porca, na região mais caudal há o fundo 
de saco vaginal, mas na porca essa saculação não é 
tão robusta como em outras espécies, facilitando a 
introdução do aplicador. A ejaculação do macho é 
intrauterina (cérvix é útero, também pode ser 
chamado de colo de útero). Nas outras espécies é 
ejaculado na entrada do cérvix ou fundo de saco 
vaginal. 
 Na égua, o cérvix é totalmente muscular, por isso 
insemina diferente do que uma vaca. Na vaca pelo 
reto localiza o cérvix, porque é fibromuscular, e 
consigo encaixar o aplicador. Na égua não consegue 
ter uma boa noção pra vestir o aplicador de 
inseminação numa estrutura tão flácida. Com a 
pipeta de inseminação eu vou pela via vaginal e 
localiza onde esta o cérvix. 
 
Endométrio Ruminantes 
 
 No caso dos ruminantes temos as carúnculas. Em 
função da gestação é tendência que elas sofram uma 
hiperplasia; com a palpação retal das carúnculas e os 
cotilédones da placenta a gente consegue estimar 
idade gestacional em equinos, muito mais fiel que 
US. 
 
Vagina e vestíbulo vaginal 
Fundo de saco vaginal. 
Em cadela levantar os posteriores, se dá pela 
disposição topográfica da cérvix. 
 
Genitália externa - Vulva 
 
 
 
 Estro – seria o período de aceitação sexual; 
 Na vaca a ovulação ocorre no metaestro (após o 
cio). Inicio do metaestro = momento da ovulação! 
 A vaca permanece, em média, 18 horas no cio. 
 Por que inseminar no metaestro? Sêmen de IA tem 
menor [] que o sêmen fresco! Outra coisa é que a 
dose inseminada é pequena comparada à ejaculação 
do touro. E ainda o sêmen foi congelado, muitas 
células sofrem danos -> menor viabilidade. Por isso, 
com a IA, se procura inseminar quando a fêmea esta 
saindo do cio (inicio do metaestro), para coincidir 
com a ovulação e aumentar a taxa de prenhez. 
Depois do parto, a vaca leva cerca de 40 dias para 
estar apta à reprodução novamente (tempo 
necessário pra recuperação uterina e retorno da 
atividade hormonal). 
 Égua tem duração média do cio de 7 dias. 
 Outra particularidade é ciclos não ovulatórios -> na 
transição, a égua pode apresentar cio discreto sem 
ovular. 
 Em dias de maior fotoperíodo, a égua pode ficar até 
4 dias no cio. O fotoperíodo (quantidade de luz do 
dia) determina o início e a duração do estro. 
 Ciclo estral: dura em media 21 dias -> sendo 14 dias 
de diestro (fase lútea) e 7 dias de estro (fase 
folicular). A gestação: aproximadamente 11 meses; 
 Cio do potro -> ocorre cerca de 4 dias após o parto. 
 
Aula 3 – Anatomia do Sistema Reprodutor – Macho 
 TESTÍCULOS 
 EPIDÍDIMOS: 
 Cabeça 
 Corpo 
 Cauda 
 DUCTO DIFERENTE 
 GLÂNDULAS SEXUAIS ANEXAS: 
 Vesículas seminais 
 Próstata 
 Bulboretrais 
 PÊNIS 
 
Bolsa escrotal 
 
 
 Função: proteção e termorregulação testicular 
 Os testículos são separados por um septo 
Comunicação dorsal com a cavidade abdominal 
 Camadas: Fora → Dentro: Pele→ Túnica Dartos→ 
Fáscia escrotal → Túnica Parietal Vaginal → Túnica 
Parietal Visceral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A bolsa escrotal envolve os testículos; faz a 
proteção deles e também a termorregulação -> vai 
manter a temperatura testicular mais ou menos 5ºC 
abaixo da corporal (fundamental para 
espermatogênese – evitar superaquecimento -> que 
causa danos aos espermatozoides). 
 Nas aves, os testículos ficam dentro da cavidade 
abdominal -> não precisa de bolsa escrotal! 
 Sobre a posição dos testículos, nos 
ruminantes/equinos/cães -> testículos 
perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. 
Suínos -> posição oblíqua (isso desloca a posição 
aparente do epidídimo). 
 Bolsa escrotal basicamente faz ajuste da 
temperatura com o ambiente. Estruturas que 
auxiliam na termorregulação: Músculo cremáster -> 
aproxima ou afasta os testículos da região inguinal; e 
a túnica dartos -> aumenta espessura (com frio) e 
diminui quando está quente. 
 Já a regulação interna  pelo plexo 
pampiniforme: durante o percurso da artéria 
testicular, a veia testicular que retorna a 34ºC está 
enovelada. E ai acontece o resfriamento do sangue 
arterial que entra no testículo e aquecimento do 
venoso que sai. 
 Pode acontecer um problema chamado Varicocele. 
É a dilatação das veias do plexo (como um 
‘aneurisma’). A parede venosa fica fina. O fluxo de 
sangue mais lento  superaquecimento testicular.A 
célula mais prejudicada é a espermatogônia (que da 
origem aos espermatozoides). 
 Criptorquida geralmente tem azoospermia – sai só 
plasma no ejaculado! Consequentemente a 
produção de testosterona é muito maior. Tem 
comportamento sexual mais aflorado que o animal 
fértil. E não há liberação de inibina (pois não tem 
espermatozoides no túbulo seminífero). 
 Criptorquidismo – problema genético na maioria 
dos casos. Como acontece a descida testicular? É 
feita pelo gubernáculo a tração, dependente de DHT 
(dihidrotestosterona). 
 Funículo espermático curto (detectado em 
palpação retal, por exemplo) -> problema genético 
(não consegue tracionar). 
 Funículo flácido -> não é genético, pode 
responder ao tratamento hormonal (LH -> aumenta 
força de tração do gubernáculo). 
 Hormônios envolvidos  FSH, LH, Testosterona, 
Inibina (produzida com espermatogênese ativa -> 
feedback negativo sobre FSH). 
 Em um touro ‘parado’ -> aumenta []; acumula 
espermatozoides na cauda do epidídimo -> aumento 
de inibina. 
 Os espermatozoides ficam armazenados 
principalmente na cauda do epidídimo. Em suíno a 
cauda do epidídimo vai ter posição anatômica 
diferente (mais oblíqua)! 
 
Testículo 
 Formato ovóide 
 Diferentes tamanhos variando com a espécie e 
porte 
 
 Externamente envolvido pela túnica albugínea 
*cápsula de tecido conjuntivo denso 
 Hilo Testicular: situa-se próximo a cabeça do 
epidídimo; 
 Região por onde entram: Vasos sanguíneos, vasos 
linfáticos e nervos; 
 Local onde se fixa o funículo espermático. 
 Ampola do ducto deferente; ampola = dilatação do 
lúmen do ducto deferente. Ela não é glândula 
(apenas dilatação anatômica). Bovinos e suínos 
apresentam alargamento das ampolas. Garanhão 
pode ocorrer Síndrome da ampola -> acúmulo de 
células defeituosas quando o animal fica muito 
tempo sem coleta. Pode levar a 
ressecamento/impactação nessa região. 
 
 
Testículo – Suíno 
 
 Externo → Túnica albugínea; *mediastino 
 
Testículo – Bovino 
 
*ausência de mediastino. 
 
Testículo – Posicionamento topográfico 
 
 Ruminantes – Perpendicular 
 Equino – Longitudinal 
 Suíno - Oblíquo 
 
Epidídimo 
 Divide-se em: Cabeça, Corpo e Cauda. 
 
 
 
 Cabeça – Formada por ductos eferentes que parte 
do mediastino; 
 Corpo – Porção mais delgada; 
 Conecta à cauda. 
 Cauda – Porção mais Volumosa do epidídimo 
 Reserva de espermatozoides 
 Local onde parte o DUCTO DEFERENTE 
 
Epidídimo – Loc. Topog. 
 Cabeça – porção localizada no polo testicular 
Variações: Equino – cranial; Suíno – ventro-cranial; 
Ruminantes – dorsal 
 Cauda – porção localizada no polo testicular; 
Variações: Equino – caudal; Suíno – dorsal-caudal; 
Ruminantes – dorsal. 
 
 
Ducto Deferente 
 Antigamente chamado de vaso deferente 
 Conecta a cauda com o utrículo prostático 
 Par 
 Ducto muscular que faz parte funículo espermático 
 Equino e touro a parte terminal possui as ampôlas – 
reserva de espermatozoides 
 Dilatação do ducto deferente 
 Suíno – ausente 
 
Funículo Espermático 
É o que palpamos lá pra ver se é curto ou flácido. 
 Estrutura formada pelas seguintes estruturas: 
 Ducto deferente 
 Músculo cremaster 
 Artéria testicular 
 Veia testicular – Plexo Pampiniforme 
 Nervo testicular 
 Vaso linfático 
 Envolvido pela túnica parietal vaginal derivada do 
canal inguinal 
 
 Plexo Pampiniforme 
 Enovelamento da veia testicular sobre a artéria 
 Auxilia na termorregulação testicular 
 Músculo Cremáster 
 Envolve vasos e ducto deferente 
 Contração – aproxima o testículo na cavidade 
inguinal 
 Auxilia na termorregulação 
 Conectado no entorno do hilo testicular 
 
Canal inguinal 
 Canal localizado na região 
inguinal que comunica a 
cavidade escrotal com a 
cavidade abdômen 
 
 
Glândulas sexuais assessórias 
 Vesículas Seminais (02) 
 Próstata (01) 
 Glândulas bulboretrais (02) 
Funções principais: 
 Transporte dos espermatozoides 
 Nutrientes para os espermatozoides 
 Limpeza do canal da uretra 
 Vesículas seminais e Próstata = depositam suas 
secreções no utrículo prostático 
Elas vão influenciar também pra formação do plasma 
seminal! 
Suíno tem produção espermática muito maior que 
outras espécies. Ruminantes e equino – 5 a 6 bilhões 
de espermatozoide no ejaculado. Cachaço 60 bilhões 
(10x mais). 
 Próstata – equino -> Parcialmente envolta pelo 
músculo uretral 
 Maiores – agregam o maior volume do ejaculado 
 
Uretra 
Dividi-se: 
 Pélvica envolvida pelo músculo prostático 
 Extrapélvica 
 Ventralmente ao corpo do pênis 
 
 
Pênis 
Varia conforme a espécie: 
 Equino → Formado por tecido erétil Seios 
cavernosos + Glande 
 Ruminantes e Suínos → fibroelástico + extremidade 
Glande (tecido erétil) 
 
 
 
 
 
 
 RUMINANTES: Flexura sigmóide - “S” peniano 
caudalmente à bolsa escrotal 
 Glande – erétil 
 Artérias penianas – dorsalmente pelo pênis até a 
glande 
 
Pênis – Estruturas adjacentes 
 MÚSCULO RETRATOR DO PÊNIS: Face ventral do 
pênis 
 Ruminantes – perpassa o S peninano 
 Quando relaxado possibilita que o pênis seja 
exposto do prepúcio 
 MÚSCULO ISQUIOCAVERNOSO: Inserido na base do 
pênis (Auxilia na ereção) 
 
Prepúcio 
 Varia conforme a espécie 
 Prega de pele que envolve o pênis 
 Suínos – divertículo prepucial 
 
Formação das células germinativas primordiais e 
transformação em gametas 
→ Formação dos gametas e gônadas: 
 Desenvolvimento das células germinativas 
primordiais 
 Migração das células germinativas primordiais 
 Formação da gônada indiferenciada 
 Diferenciação Sexual e a sua influencia na 
formação dos gametas 
→ Divisão celular: 
 Ciclo celular 
 Mitose 
 Meiose 
 
Origem dos gametas 
 As células germinativas primordiais derivam do 
saco vitelínico. São consideradas ‘células-tronco’ 
reprodutivas – podem originar tanto 
espermatozoides quanto ovócitos. 
 Essas células migram até a região dos rins, sendo 
envoltas pelo parênquima do rim primitivo  aí se 
formam os cordões sexuais, que darão suporte à 
formação das gônadas. A partir delas: formação dos 
testículos e dos túbulos seminíferos (macho); ou 
formação das estruturas foliculares (fêmea). 
 Inicialmente o embrião possui duas gônadas 
indiferenciadas e dois pares de ductos: Ductos 
mesonéfricos (de Wolff) e Ductos paramesonéfricos 
(de Muller); nessa fase ainda não há definição de 
sexo. 
 Pra formação dos gametas: 
 A espermatogônia (célula-tronco que dará 
origem aos espermatozoides) se forma após o 
nascimento, durante a vida reprodutiva do 
macho. 
 A ovogônia (célula que dará origem ao ovócito) 
inicia sua formação ainda na vida uterina da 
fêmea, ou seja, a fêmea já nasce com seus 
futuros ovócitos em desenvolvimento. Essa é 
uma diferença crucial entre macho e fêmea. 
 Durante essa diferenciação, algumas células do rim 
primitivo originam as células de Sertoli (suporte dos 
túbulos seminíferos) e células de Leydig (produção 
hormonal). 
 Pra diferenciação sexual: se tiver cromossomos XY, 
o gene SRY expressa o fator determinante testicular 
(TDF) -> diferenciação em testículo. 
 O testículo produz o hormônio antimulleriano 
(AMH) -> atrofia os ductos de Muller. 
 A testosterona estimula a manutenção e 
diferenciação dos ductos de Wolff -> vias 
espermáticas e glândulas acessórias. 
 Se não houver expressão do SRY (XX): os ductos de 
Muller se desenvolvem -> tuba uterina, útero e parte 
da vagina; os de Wolff entram em atrofia 
espontânea (pela falta de testosterona). Ou seja, 
com a ausência do SRY – gônada indiferenciada se 
transforma em ovário. 
 Hormônios envolvidos: testosterona e 
principalmente a dihidrotestosterona (DHT) são 
fundamentais para diferenciação masculina. 
 Sem testosterona, os ductos de Wolff atrofiam 
naturamente. 
Aspectos adicionais: Embrião: enquanto os órgãos estão em formação, 
os gametas também passam por diferenciação. 
 Anexos embrinários: SACO VITELÍNICO -> origem 
das CGPs e fonte de nutrientes; ALANTOIDE -> 
funções de excreção e vascularização. 
 Determinação do sexo: quem determina o sexo do 
embrião é o PAI (leva X ou Y no espermatozoide), a 
mãe fornece sempre o X; 
Alterações: 
 Hermafroditas verdadeiros: presença de tecido 
ovariano e testicular; 
 Pseudo-hermafroditas: gônada de um sexo, mas 
fenótipo com características do outro; 
 Freemartinismo (fêmea ‘machorra’): em gestações 
gemelares macho-fêmea, há troca de sangue -> a 
fêmea sofre mais, ficando estéril e com fenótipo 
masculinizado; o macho pouco afetado. A fêmea já 
sobre ação de hormônios masculinos – fêmea 
machorra – genitália alterada, infertilidade... 
 Tem cavalos que chamam de ‘fêmero’, porque nos 
espermatozoides dele tem mais cromossomo Y do 
que X. 
 
Aula 4 – Divisão celular: Mitose e Meiose 
Mitose 
 Processo que ocorre em células somáticas (2n); 
 Antes da divisão, precisa haver duplicação do 
material genético -> a célula passa temporariamente 
para ‘4n’; 
 Ao final da mitose -> formam-se duas células-filhas 
geneticamente idênticas – dividido os cromossomos 
para duas células (2n e 2n); 
 A mitose é utilizada em todas as células somáticas 
do corpo e também na fase inicial da 
espermatogênese e da ovogênese; 
 Tanto a espermatogônia quanto a ovogônia 
realizam sua multiplicação por mitoses sucessivas, 
garantindo um estoque de células germinativas; 
 Esse estoque é fundamental para sustentar o 
processo reprodutivo ao longo da vida; 
 No caso da ovogênese, o ‘estoque completo’ precisa 
ser formado e armazenado no córtex do ovário ainda 
na fase inicial, antes de iniciar a meiose. 
 Ou seja, primeiro ocorre a multiplicação por mitose 
 depois se inicia a meiose. 
 
 
 
 
 
 
Meiose 
 Acontece em células germinativas (espermatogônias 
e ovogônias); 
 Também inicia com duplicação do material genético 
(4n); 
 Ao final, origina 4 gametas haploides (n); 
 Funções principais: reduzir o número de 
cromossomos à metade e garantir a variabilidade 
genética entre os gametas. 
 A meiose apresenta 2 fases: meiose I e meiose II 
 A meiose I (reducional): ocorre o crossing over ou 
permutação genética; é nessa fase que ocorre a 
variabilidade genética. 
 A meiose II (equacional): é muito semelhante à 
mitose. Tem a função de apenas separar as 
cromátides-irmãs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo celular 
 Mostra os períodos de atividade e repouso das 
células; 
 Quando a célula não está se dividindo, pode estar: 
se recuperando da divisão anterior ou se preparando 
para a próxima divisão; 
 Dividida em 3 fases: 
 G1  a célula acabou de sair de um processo de 
divisão; está em fase de recuperação. 
 S (síntese)  ocorre a duplicação do DNA 
(material genético), preparando-se para a divisão. 
Neste ponto, a célula está se preparando pra virar 
‘4n’. 
 G2  é a fase de preparação para a próxima 
divisão celular, garantindo que todos os 
componentes necessários estejam prontos. Aqui já é 
‘4n’, já duplicou material genético. 
 
 ‘n’ -> significa número de cromossomos (conjunto 
haploide). Exemplo: Humano -> 46 cromossomos (23 
do pai + 23 da mãe); Equino -> 64 (32+32); Bovino -> 
60 (30 + 30 cromossomos homólogos). 
 Cromossomo -> estrutura de DNA condensado; 
2n 4n 
 
2n 
 
2n 
 
2n 4n 
4n 
4n 
4n 
4n 
 Epigenética -> se refere ao que está sendo expresso 
ou não no DNA; 
 Autossômicos -> cromossomos não sexuais (do 
corpo); 
 Sexuais -> determinam o sexo. Por exemplo: Bovinos 
 tem 30 pares de cromossomos, sendo 29 
autossômicos e 1 par sexual. 
 Homólogos -> pares de cromossomos que possuem 
os mesmos genes, um herdado da mãe e outro do 
pai. 
 
Endogamia 
 Genes endogâmicos -> podemos dizer que há mais 
chance de endogamia quando há consanguinidade 
(cruzamento entre irmãos, por exemplo); 
 Consequência: maior chance de expressão de genes 
deletérios e malformações. 
 Quanto maior a distância genética entre os animais 
 maior variabilidade e menor risco de problemas. 
Exemplo: Charolês x Zebu  mesmo que ambos 
tenha a mesma origem, a consanguinidade é menor. 
 
Espermatogênese 
 Processo de formação dos espermatozoides, 
realizado em três fases principais: 
 
 
Fase de proliferação 
 Realizada por mitoses; 
 Objetivo: aumentar o estoque de espermatozoides. 
 Estádio da espermatogênese observado aqui: 
espermatogônias. 
 As espermatogônias -> localizadas na periferia dos 
túbulos seminíferos, acabam se multiplicando 
(fazem mitose) pra ter estoque de espermatozoide. 
Essa fase ocorre desde o nascimento, mas se 
intensifica na puberdade. Puberdade é fundamental 
porque, com o desenvolvimento corpóreo, o 
processo se acelera. 
 Até chegar a um espermatozoide maduro, o 
processo ocorre do exterior para o centro do túbulo. 
 Lembrar que antes da divisão celular tem que ter 
duplicação genética – ocorrer mitose. 
Qual a relação de ser macho ou fêmea? 
Meiose 
 Nem todas as espermatogônias entram em 
meiose; algumas permanecem em mitose para 
manter o estoque. 
 As que entram -> se diferenciam em 
espermatócitos tipo I. 
 Espermatócito tipo I -> é a célula que possui 
capacidade de iniciar a meiose. Antes da meiose, 
ocorre a duplicação genética. 
 Na meiose I -> ocorre o crossing over; 
 Na meiose II -> ocorre a divisão equacional, 
formando espermatócitos tipo II. Depois que 
começa a diferenciação. 
Diferenciação 
 De uma célula haploide, começa a fase de 
diferenciação. 
 A célula haploide passa a se transformar em 
espermátide. 
 A espermátide, inicialmente célula redonda, sofre 
modificações: formação do acrossomo (cabeça); 
formação do flagelo (cauda); redução do citoplasma 
(formando a gota citoplasmática, que migra para a 
peça intermediária). – dá pra visualizar na analise de 
sêmen. 
 Resultado final = espermatozoide maduro. 
 
 
Estádios de espermatogênese 
 Espermatogônia: se diferenciam em 
espermatócito I 
 Espermatócito I 
 Espermatócito II 
 Espermátide 
 Espermatozoide 
 Animal que não atingiu a puberdade não tem todas 
essas fases acontecendo dentro dos túbulos 
seminíferos. 
 Bovinos  puberdade em torno de 13 a 14 meses, 
mas pode atrasar para 15-16 meses se o 
desenvolvimento corporal for insuficiente. 
Aqui no caso a fase G1, S e G2 já aconteceram antes. 
 
Morfologia espermática e tempo de formação 
 
 Exemplo: touro; tempo de formação 
(espermatogênese): 61 dias. Desses, cerca de 13,5 
dias correspondem ao período da espermatogônia 
até o espermatozoide. Os outros 47 dias -> 
maturação no epidídimo. 
 Por isso, um exame andrológico (avaliação de 
sêmen) tem validade de 60 dias. O sêmen analisada 
reflete o que foi produzido 2 meses antes. Se ocorrer 
algum trauma hoje, só será visível no sêmen dali a 60 
dias. 
 A finalidade do exame então é: pra comercialização 
de reprodutores e garantir qualidade do sêmen e da 
fertilidade. 
 O exame inclui também avaliação da genitália 
externa (ex: edema de bolsa escrotal, algum 
trauma...). 
 
Aula 5 – Prática Laboratório 
O exame andrológico é realizado em duas etapas e 
tem como objetivo avaliar se o macho é fértil e se 
apresenta condições adequadas para reprodução. 
1. Inspeção da genitália externa e interna 
 Verifica-se se há alterações anatômicas ou 
funcionais que possam comprometer a fertilidade. 
Por exemplo, ver qual segmento pode ter 
contribuído para a infertilidade de tal animal? Ele 
tem alguma lesão em posterior? (lesão -> dor -> sem 
libido). Ele está viável pra cópula? 
2. Avaliação do sêmen 
 Analisa-se a qualidade do sêmen; 
 Observa-se a motilidade (capacidade de movimento 
progressivo dos espermatozoides). 
 Avalia-se a morfologia: se há defeitos na cabeça, 
peçaintermediária ou cauda. Alterações de cauda, 
por exemplo, comprometem a motilidade. 
 
Um animal pode apresentar impotência reprodutiva 
mesmo tendo alta qualidade de sêmen, às vezes não 
tem boas condições pra cópula. 
 
Estrutura do Espermatozoide e Funções 
1. Cabeça 
 Capuz acrossômico: contém enzimas importantes 
para a fecundação; libera enzimas como a 
hialuronidase, que degradam o ácido hialurônico, 
facilitando a penetração no ovócito. 
 Mas pra penetrar, o espermatozoide primeiro 
precisa se ligar ao receptor ZP3 da zona pelúcida do 
óvulo. Daí depois de ligar, desencadeia a reação 
acrossômica -> liberação das enzimas do capuz. 
 Placa equatorial: localizado entre o acrossoma e o 
núcleo. É o local da fusão espermatozoide-óvulo. 
 
2. Peça Intermediária 
 Contém mitocôndrias. 
 Função é gerar energia (ATP) para o movimento do 
flagelo. 
 Essa energia vem principalmente da frutose, que é a 
principal fonte energética do espermatozoide. 
 
3. Cauda (flagelo) 
 Responsável pela motilidade. 
 
Metabolismo e Nutrição do Espermatozoide 
*espermatozoide sem capuz não presta! Não 
consegue realizar a reação acrossômica, logo não 
fecunda. 
 O espermatozoide não tem capacidade de prover 
nutrientes para si mesmo. Esse papel é das 
glândulas anexas (vesícula seminal, próstata, 
glândulas bulbouretrais), que produzem o plasma 
seminal. 
 Durante o processo de conservação e congelamento, 
o sêmen precisa ser misturado a diluidores e 
crioprotetores; 
 A diluição é feita para fornecer suporte metabólico 
(nutriente); reduzir o acúmulo de ácido lático que 
seria prejudicial; proteger os espermatozoides 
durante o resfriamento/congelação. 
 Crioprotetores: como o glicerol, promovem uma 
desidratação controlada da célula e reduz a 
formação de cristais de gelo dentro do 
espermatozoide, o que evita lesões estruturais. 
 
Condições de armazenamento 
 O sêmen congelado é conservado em nitrogênio 
líquido (-196 ºC). 
 Tempo de retirada da rack até o banho Maria -> 4 
segundos. 
 Deve ser aquecido rapidamente a 37 ºC por 30 
segundos.

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