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I - Conceitos de Prisão e Emancipação

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Ryan Gabriel

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Conceitos de Prisão e Emancipação. O indivíduo, a coletividade e a solidariedade no centro da reflexão ética e política no pensamento filosófico dos séculos XIX e XX para a compreensão das dinâmicas socioeconômicas; O liberalismo, anarquismo, socialismo e comunismo e seus ideais de liberdade e propriedade na relação com a produção e o consumo de tecnologia na sociedade contemporânea:
Conceitos de Prisão e Emancipação
A prisão é a restrição da liberdade de locomoção, podendo ser de natureza penal (após condenação definitiva), processual (cautelar, durante o processo ou investigação) ou civil.
As prisões processuais, como a preventiva e a temporária, são medidas excepcionais e visam garantir a investigação, o processo ou a aplicação da lei penal, não se confundindo com antecipação de pena.
Já a prisão em flagrante é a primeira forma de restrição de liberdade, que pode ocorrer durante ou logo após a prática de um crime.
A prisão civil pode ser uma possibilidade para um menor emancipado que não pague alimentos, mas existem duas vertentes doutrinárias sobre o assunto. 
A emancipação é a decretação de que um menor de idade se tornou capaz de exercer direitos e deveres civis. A partir desse momento, o menor pode se casar, viajar, comprar e vender bens, assinar documentos e contratos, entre outros direitos.
A emancipação pode ser voluntária, judicial ou legal:
· Voluntária: Ocorre com a autorização dos pais.
· Judicial: Ocorre por meio de sentença, quando um dos pais não concorda com a emancipação ou se o menor estiver sob assistência de tutor. 
· Legal: Ocorre de forma automática, quando o menor passa por algumas situações previstas em lei, como casamento, emprego público, colação de grau de ensino superior ou ter renda própria aos 16 anos. 
O indivíduo, a coletividade e a solidariedade no centro da reflexão ética e política no pensamento filosófico dos séculos XIX e XX para a compreensão das dinâmicas socioeconômicas 
A Filosofia Contemporânea, cronologicamente, situa-se entre algum período impreciso do século XIX até os dias atuais. Alguns estudiosos preferem classificar os pressupostos teóricos e pensamentos filosóficos produzidos no século XIX como parte da Filosofia Moderna.
O século XIX foi marcado pelo positivismo, que defendia o avanço científico como caminho para a felicidade, e por ideologias como o marxismo e o liberalismo.
Já o século XX, impulsionado pelas incertezas das Guerras Mundiais, viu o surgimento de movimentos como o existencialismo (Pensadores como Jean-Paul Sartre, focando na liberdade individual, na responsabilidade e na angústia da existência) e a fenomenologia (Proposta por Edmund Husserl, focou na observação e descrição minuciosa dos fenômenos para entender a consciência e a relação entre sujeito e objeto), que questionavam a razão e a certeza.
O filósofo alemão Arthur Schopenhauer, opondo-se à visão idealista e aos sistemas totalizantes da razão moderna, que pretendiam enquadrar o ser humano em um molde inteiramente racional, lança o conceito de Vontade como uma força motriz da natureza que tudo causa, ao acaso, independentemente de qualquer vontade humana e de qualquer existência divina.
Kierkegaard lança a ideia de que a Filosofia deve prestar atenção à vida individual humana, para que o próprio ser humano entenda e se conforme com a sua condição, muitas vezes permeada pela angústia.
De todos os pensadores que marcaram o início da contemporaneidade, talvez esteja em Friedrich Nietzsche a maior ruptura com a filosofia tradicional e uma grande enunciação do que viria no século XX. 
Nietzsche criticou a pretensão do ser humano de se chegar a uma verdade objetiva e puramente racional, fundamentando o conhecimento no que ele chamou de perspectivismo. 
Além da crítica à teoria do conhecimento e a fundação de um novo método filosófico para entender o mundo, Nietzsche elabora uma crítica aos sistemas morais que pretendem estabelecer uma valoração unilateral e desprezam a origem histórica e cultural dos valores morais.
Já em uma marca cosmológica, Nietzsche trabalha com o conceito de Vontade de Poder, que seria uma espécie de força que tudo conduz mediante o acaso promovido pelo embate de forças naturais opostas. 
Seria a Vontade de Poder o que moveria a natureza e as pulsões humanas, a vida animal, as determinações cósmicas.
O liberalismo, anarquismo, socialismo e comunismo e seus ideais de liberdade e propriedade na relação com a produção e o consumo de tecnologia na sociedade contemporânea:
Liberalismo: Ideologia política que defende a liberdade individual, a propriedade privada, a livre iniciativa e a não intervenção do Estado na economia.
Seu principal defensor foi Adam Smith, que escreveu a obra "A Riqueza das Nações", que se tornou um clássico da economia. 
Outros autores importantes foram John Locke, considerado um dos fundadores do Liberalismo, e Friedrich Hayek, que ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 1974. 
O Liberalismo teve grande influência na Revolução Francesa e na formação dos Estados Unidos, e ainda é uma corrente política relevante na atualidade.
Socialismo: Corrente política e econômica que busca a igualdade social, a justiça econômica e a abolição da propriedade privada dos meios de produção.
O socialismo é um sistema político e econômico que surgiu como resposta às desigualdades sociais geradas pelo capitalismo, em que os meios de produção são coletivizados e gerenciados pelo Estado ou pelos trabalhadores.
O socialismo utópico foi uma corrente precursora do socialismo científico, que propunha uma sociedade igualitária e justa, mas sem um projeto político claro. Já o socialismo científico, desenvolvido por Karl Marx e Friedrich Engels, propunha uma revolução proletária que derrubaria a burguesia e estabeleceria um governo operário.
Anarquismo: Ideologia política que defende a abolição do Estado e a auto-organização da sociedade, baseada na cooperação e na liberdade individual.
O anarquismo propõe uma sociedade baseada na liberdade, igualdade e solidariedade, em que a organização social seria feita de forma descentralizada e sugestionada pelos próprios indivíduos.
Entre os principais autores do anarquismo, destacam-se Pierre-Joseph Proudhon, Mikhail Bakunin, Emma Goldman e Murray Bookchin. 
Proudhon é considerado o pai do anarquismo, com sua obra "O que é a propriedade?", que influenciou muitos dos pensadores subsequentes.
Comunismo: Propõe uma sociedade sem classes sociais e sem Estado, com igualdade para todos.
Seu objetivo final é a abolição da propriedade privada, das classes sociais e, eventualmente, do próprio Estado, com os bens distribuídos de acordo com a necessidade de cada indivíduo.
A doutrina, fortemente associada aos trabalhos de Karl Marx e Friedrich Engels, é vista como o estágio final do socialismo. 
A produção tecnológica implica no avanço do conhecimento, enquanto a produção técnica faz referência à aplicação ou replicação de algo previamente desenvolvido. 
Consumismo tecnológico é o hábito de adquirir excessivamente produtos e serviços tecnológicos, impulsionado por inovações constantes, marketing agressivo e a busca por status social.
Este comportamento acelera a obsolescência de produtos, gera acúmulo de lixo eletrônico com impacto ambiental significativo e pode levar a efeitos negativos na saúde mental, como ansiedade e dependência digital.
O consumo excessivo pode gerar ansiedade, dependência, isolamento social e uma sensação de insuficiência.

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