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HISTÓRIA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO Tatiana Peixoto dos Santos Alves Lima Conhecimento científico nos filósofos naturais Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir filosofia natural. Descrever a produção do conhecimento científico pelos filósofos naturais na Renascença. Identificar o legado do conhecimento científico produzido na Renascença. Introdução A filosofia natural já era difundida entre os gregos, na Antiguidade Clássica. Como o período da Renascença retoma muito da cultura e da produção do conhecimento greco-romano, é de se entender que a filosofia natural também fosse reestabelecida entre os pensadores entre os séculos XIV e XVI. Neste capítulo, você vai estudar o que é a filosofia natural e se essa filosofia já era considerada ciência. Vai ler sobre as preocupações e so- luções que esses filósofos apresentaram para os problemas da época e, principalmente, como essa produção, não só científica, mas literária, artística, arquitetônica, legou à ciência moderna, a partir do século XVII, seu espírito investigativo e possibilitou o avanço da ciência e suas diversas áreas. 1 Filosofia natural no Renascimento Alguns estudiosos atribuem a passagem do mito à razão na fi losofi a grega à Odisseia, de Homero. Outros estudiosos atribuem à Divina comédia, de Dante Alighieri, evidências do interesse científi co que instituiu a fi losofi a da natureza entre os pensadores italianos no Renascimento. Jacob Burckhardt (2009), em seu livro A cultura do Renascimento da Itá- lia: um ensaio, refere-se à obra de Dante, apontando como o literato observa a realidade. Para ele, as observações que extrai do mundo não são apenas ilustração para as belas letras; sua escrita tem um objetivo bem definido: o de oportunizar que o leitor tenha uma percepção integral e apropriada da realidade que o cerca. Além de abordar o cotidiano humano, que já vem sofrendo muitas mudanças, Dante chama a atenção do leitor para a astronomia. É nesse sentido, o da astronomia, que Burckhardt (2009) aponta Dante Alighieri como um conhecedor da ciência. A Figura 1 mostra uma estátua de Dante Alighieri em Florença, destacando a importância desse artista para o Renascimento e, consequentemente, para o desenvolvimento que segue a esse período, na mudança operada na forma de ver e entender o homem e a ciência. Figura 1. Estátua de Dante Alighieri em Florença, Itália. Fonte: Wikimedia Commons (c2020, documento on-line). Conhecimento científico nos filósofos naturais2 Efetivamente, a efervescência da modernidade se concretizou na Itália, e a cidade de Florença é o principal berço desse momento tão efusivo para a gênese da ciência moderna. Entretanto, o caminho até o pensamento científico foi longo e permeado por todas as manifestações culturais e artísticas daquele momento. A Figura 2 mostra uma imagem panorâmica da cidade de Florença. Perceba como a cidade é referência nas obras renascentistas, especialmente por sua arquitetura, até os dias atuais. Figura 2. Arquitetura da cidade de Florença. Fonte: Neves (2018, documento on-line). A gradual mudança de um momento teocêntrico para o humanismo pos- sibilitou que os estudiosos daquele momento se percebessem senhores da natureza que os cercava. Assim, o temor à natureza e a submissão à religiosi- dade começaram a ser desmistificados. Esse abandono, mesmo que gradual, fez ressurgir a filosofia natural. O espírito investigativo desses pensadores foi dando forma à filosofia natural. Se na filosofia medieval a preocupação era a metafísica aplicada aos estudos teológicos — especialmente tratados por Tomás de Aquino —, no Renascimento, as questões relacionadas à física voltaram a fazer sentido. Isso porque, na filosofia natural, é necessário agir sobre a natureza para dominá-la, o que, durante a Idade Média, podia ser considerado magia e combatido de maneira muito enfática pela Igreja. Na Idade Média, os escritos de Aristóteles, que já no século IV a.C. estudava a física, foram interpretados por Tomás de Aquino e outros filósofos ligados à Escolástica. No Renascimento, os pensadores passaram a estudar Aristóteles 3Conhecimento científico nos filósofos naturais por ele mesmo, ou seja, desconsiderando as interpretações escolásticas e lendo o próprio filósofo grego. Por isso, muitos conceitos, como o de natureza, foram sendo ressignificados de acordo com os ideais gregos. Para Aristóteles, a natureza é o “[…] princípio de vida e de movimento de todas as coisas que existem” (ABBAGNANO, 2007, p. 699). A partir dessa conceituação aristotélica, os renascentistas passaram a determinar a natureza como tudo que é encontrado no universo e, acima de tudo, como a ordem do mundo. Assim se deu o pensamento que ampara a gênese da ciência moderna, como em Leonardo da Vinci, por exemplo. O conceito de natureza no Renascimento é “[…] o de ordem necessária e de caráter matemático, que a ciência deve descobrir e descrever”. Para Leonardo da Vinci, “A necessidade é tema e inventora da natureza, freio e regra eterna” (ABBAGNANO, 2007, p. 700). A filosofia natural surgiu desse apanhado de ressignificações empreendidas pelos renascentistas e suas necessidades de domínio da natureza. A física, a astronomia, a matemática, a medicina e a química, antes mesmo do efetivo surgimento da ciência moderna, eram preocupações da filosofia natural. No período renascentista, muitos artistas apresentavam em suas obras conceitos comuns ao que os pensadores da filosofia natural apresentavam em seus escritos. Entretanto, de acordo com Kickhöfel (2004), os artistas utilizavam seus conhecimentos empíricos, que no máximo estavam esquematizados em desenhos; já os filósofos traziam esses conhecimentos de forma discursiva e sistematizada. Portanto, a filosofia natural pode ser definida como aquela que estuda como se interligam os diversos elementos presentes na natureza, seja para entender o comportamento dos corpos físicos com o ar, como o planador, de Da Vinci, seja direcionar nosso olhar a uma perspectiva em três dimensões, criada por Filippo Brunelleschi. Não devemos confundir filosofia natural com filosofia da natureza. Filosofia da na- tureza foi um termo utilizado posteriormente por Immanuel Kant (ABBAGNANO, 2007), que constitui uma disciplina completamente a parte da ciência. A filosofia da natureza estuda as relações da natureza, mas não faz experimentações científicas. Já a filosofia natural, apesar de ainda não ser considerada ciência, é pautada na investigação científica. Conhecimento científico nos filósofos naturais4 2 Filósofos naturais na Renascença Tão importante quanto a defi nição de fi losofi a natural e como esse processo se deu no período da Renascença é a produção científi ca desse momento. Nesta seção, você vai estudar sobre quatro grandes nomes desse período e seus importantes estudos: Filippo Brunelleschi (1377–1446), Leonardo da Vinci (1452–1519), Girolamo Cardano (1501–1576), François Viéte (1540–1603) e Jean-Baptiste Van Helmont (1580–1644). Filippo Brunelleschi (1377–1446) Filippo Brunelleschi, nascido em Florença, na Itália, no ano de 1377, foi um dos grandes destaques na Renascença. Brunelleschi foi um exímio arquiteto e, tendo estudado os templos romanos por um longo período, reproduziu em Florença algumas de suas aplicações. Porém, segundo Gombrich (2000), sua intenção não foi reproduzir de modo idêntico as construções romanas, mas utilizar alguns conceitos e atender às expectativas de sua época, com infl uência marcadamente romana, característica do Renascimento. O abandono da arquitetura gótica em favor de um novo estilo com influência romana não é seu único legado. Mais importante foi a ideia que Brunelles- chi trouxe para as pinturas renascentistas e a utilização da geometria e da matemática como forma de alcançar a perspectiva em seus trabalhos, que posteriormente foi amplamente utilizada por diversos artistasrenascentistas. Como grande exemplo do legado de Brunelleschi, a Figura 3 mostra a cúpula da Catedral de Florença, que Brunelleschi construiu. Para finalizar a cúpula, ele criou os instrumentos, possibilitando que esse exemplar da arquitetura renascentista ficasse com a magnitude desejada. 5Conhecimento científico nos filósofos naturais Figura 3. Cúpula da catedral de Florença concluída por Filippo Brunelleschi. Fonte: Betoni (2015, documento on-line). Em sua formação, Brunelleschi foi além da matemática, que era comum aos jovens da época, aquela que era apenas pautada para operações que atendessem às neces- sidades comerciais. Ele tinha conhecimentos em estereometria (técnica de medição e geometria), além de ter tido contato com estudiosos de física e mecânica, que lhe permitiram alcançar conhecimentos avançados na área (CAMELO, 2009). Leonardo da Vinci (1452–1519) Leonardo da Vinci, se não é o nome mais importante da Renascença, é ao menos o mais citado. Suas contribuições em diversas áreas até hoje são estu- dadas, visitadas e admiradas. Gombrich (2000) aponta diversos fatores para a genialidade do período, não só de Da Vinci, mas de outros grandes nomes do período. Conhecimento científico nos filósofos naturais6 É nesse contexto que Leonardo da Vinci se destaca. Suas contribuições estão presentes nas mais diversas áreas: pintura, botânica, arquitetura, engenharia, matemática, anatomia. Em todas as suas empreitadas, Da Vinci aliava a arte com a ciência, até mesmo quando pretendia construir artefatos bélicos. Os esboços de da Vinci, como o da Figura 4, demonstram a sua genialidade. Você pode ver que a anatomia humana foi um de seus fascínios e inspirou o realismo presente em suas obras de arte que abordam o corpo humano. Figura 4. Esboço de Leonardo da Vinci. Fonte: Kwirry/Shutterstock.com. Girolamo Cardano (1501–1576) Girolamo Cardano nasceu em Roma, fi lho de um jurista. Estudou medicina, mas, além de praticar sua profi ssão por formação, demonstrava interesse na 7Conhecimento científico nos filósofos naturais matemática. Deixou inúmeras contribuições para a álgebra, tendo desenvolvido um método apropriado de resolução para equações de terceiro grau, que publicou em seu livro Ars Magna. Entretanto, alguns historiadores afi rmam que o método foi criado por Tartaglia e que Cardano o publicou, o que resultou em uma grande troca de insultos entre os dois, por longo tempo (SILVA, 2011). François Viète (1540–1603) François Viète deixou valiosas contribuições na matemática, nos campos de aritmética, álgebra, geometria e trigonometria. Viète, de acordo com Hillesheim e Moretti (2016), convencionou o uso de uma vogal e uma consoante para representação de números desconhecidos e parâmetros. A vogal representa uma quantidade indeterminada, e a consoante, uma grandeza. Jean Baptiste Van Helmont (1579–1644) Médico e químico belga, fi cou conhecido pelo princípio da abiogênese, de- fendendo que os seres vivos podem nascer de uma geração espontânea. Fez diversas experiências a esse respeito e chegou a concluir receitas para criar organismos vivos. Além da defesa da abiogênese, de acordo com Porto (1995), o médico belga teve algumas divergências com o conhecido médico Paracelso, especialmente no que diz respeito aos elementos químicos e suas possíveis separações. 3 Contribuições dos renascentistas italianos Você conheceu um pouco sobre Filippo Brunelleschi, Leonardo da Vinci e Girolamo Cardano. Agora, vai conhecer mais sobre as contribuições que eles deixaram para a ciência moderna. Assim como François Viète e Jean Baptiste Van Helmont, eles não são ainda considerados cientistas, mas suas contribui- ções permitiram que a partir do século XVII a ciência moderna pudesse se desenvolver com maiores possibilidades. Foi a partir dos estudos registrados pela fi losofi a natural no Renascimento que o método científi co pode caminhar com o rigor necessário para a ciência. Gombrich (2000) chama a atenção para o fato de Filippo Brunelleschi ter apresentado o método matemático que solucionou o problema da perspectiva nas pinturas, o que pode ser conferido nas obras de seus aprendizes. A pers- Conhecimento científico nos filósofos naturais8 pectiva linear de Brunelleschi foi realizada por meio de um método que pode ter ajudado a revolucionar a ciência moderna. O método consiste na tabuleta da perspectiva, que foi descrito por Antônio Manetti com riqueza de detalhes. Aparenta ser simplório, mas exige algumas condições específicas. O que Brunelleschi propõe é “[…] retirar diretamente do espelho, a construção da perspectiva. Lembremos, no entanto, que o objeto a ser refletido, no nosso caso, a pintura, precisa estar invertida para se encaixar à paisagem atrás do espelho” (CAMELO, 2009, p. 35). A obra de Masaccio (Figura 4) é um exemplo da aplicação dessa técnica. Figura 5. Santíssima Trindade, de Masaccio. Fonte: Web Gallery of Art (2010, documento on-line). 9Conhecimento científico nos filósofos naturais Samuel Y. Edgerton (2006), em seu artigo “O espelho de Brunelleschi, a Janela de Alberti e o ‘tubo’ de Galileu”, levantou a hipótese de que Galileu não teria compreendido o que seu telescópio ótico lhe mostrava ao observar os astros celestes. Portanto, segundo essa teoria, a perspectiva linear criada por Brunelleschi foi de vital importância e influência para o surgimento da ciência moderna no século XVII. Leonardo da Vinci, com seu interesse pela matemática, evidenciou a ne- cessidade de aprimorar seus projetos em arquitetura e engenharia. Ele sempre valorizava a simetria e a proporção. Muitos de seus projetos ficaram inacabados, mas boa parte estava detalhada ricamente, possibilitando que alguns fossem reproduzidos muito tempo depois. De acordo com Silva e Paschoarelli (2010), os fatores humanos nos projetos de Da Vinci apresentam grande relevância, dada sua inventividade na engenha- ria. Um exemplo é o projeto de uma catapulta gigante. Da Vinci desenvolveu esse projeto considerando uma pessoa que a operasse. Outro exemplo pode ser visto nos projetos de sua máquina voadora: a posição do homem que a pilotaria é a mesma que hoje ainda é utilizada na aviação contemporânea. Assim, podemos inferir que o homem tem um status de homem máquina, conforme afirmam os autores, além de percebermos o quão visionário Da Vinci foi para o seu tempo. Como todo renascentista, Cardano também deixou algumas contribuições nas artes — no seu caso, na música. Seus estudos se concentraram em de- monstrar que música tinha poder curativo. Aliou, dessa forma, a medicina, a filosofia platônica e a música. Conforme aponta Prins (2014, p. 48) em seu artigo “Imaginação musical, melancolia e gota na filosofia de Girolamo Cardano”, “Cardano é herdeiro de um sistema complexo, no qual a música pode ser aplicada de diversas maneiras para gerar saúde espiritual e corporal tanto para curar doenças psíquicas quanto somáticas”. Além disso, Cardano foi pioneiro na instrução de surdos por meio da linguagem de sinais. Esse tipo de instrução era inexistente. De acordo com Sousa e Silva (2015), na ausência de escola para surdos, Cardano utilizava sinais e linguagem escrita para se comunicar com as pessoas portadoras de deficiência auditiva. Neste capítulo, você viu que os renascentistas legaram grande contribuição, não somente para o progresso científi co, mas também, e sobretudo, para a mudança que se operou na humanidade. A forma como produziram a arte e o pensamento de seu tempo proporcionou alterações signifi cativas no curso da Conhecimento científico nos filósofos naturais10 história. Todo esse legado foi possibilitado pela fi losofi a natural, que é retomada nesse momento do Renascimento. Foi um retorno à curiosidade e à tentativa de explicar os fenômenos sem apontar o divino como determinista em todas as coisas, algo que só pode se desenvolver naquelas condições específi cas, na cidade e com interesses voltados paraseu cotidiano prático. No entanto, é importante ressaltar que não houve uma ruptura abrupta com a igreja, mas muito gradual e cuidadosa. Muitos dos pensadores no século XVII sofreram com a inquisição, tentando provar seus intentos científicos. Ainda nas primeiras fases do Renascimento, apesar do humanismo crescente, não houve uma afronta à igreja, apenas possibilidades de soluções para problemas que as cidades renascentistas apresentavam. ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. BETONI, S. O duomo de Florença. [S. l.]: O Guia de Milão, 2015. Disponível em: https:// www.oguiademilao.com/o-duomo-de-florenca/. 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