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Resumo de Raul Machado Horta "Limites ao Constituinte Estadual"

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RESUMO DE RAUL MACHADO HORTA
	A primeira discussão que o autor traz no texto é relacionada a distinção entre regra e princípio. Diz que norma designa mandamento, poderes, ordem. E que as normas jurídicas são diferentes das morais e éticas pelo fato de serem dotadas de coercibilidade. Mas a norma ela se expressa de duas formas (norma gênero, regra e princípio espécie) regras e princípios. Diz o autor que a norma princípio é dotada de um maior grau de generalidade e abstração, servindo como meio de orientação e finalidades nas atividades do Estado. A regra, ao contrário, possuí menor grau de abstração, estabelece domínio e funcionamento do Estado.
	A ideia que o autor quer realmente trabalhar é a posição destas normas no ordenamento jurídico. Sustenta ele que há diferenças, pela hierarquia, partes, sanção etc. Mas a análise que o autor fará e que nos importa é na esfera constitucional. O autor vai buscar a natureza das normas inseridas no texto constitucional. 
	Após esse raciocínio Raul Machado Horta entra na definição de normas centrais. Diz o autor que essas normas centrais possuem características de normas jurídicas e existem dentro do texto constitucional para manter a homogeneidade dentra pluralidade. O que isso quer dizer? Que essas normas centrais são um conjunto de normas constitucionais que buscam assegurar, p. ex. a autonomia dos Estados e Municípios dentro da pluralidade que é o federalismo. Elas estão presentes na CF para posterior projeção nas constituições estaduais. Ressalta o autor, e já foi cobrado na prova, que nem sempre dispõem de aplicação imediata e automática. É o figurino de federação que o constituinte estadual deve observar. Não são normas inócuas (Que não causa dano; não nocivo). E importante, a infrigência de uma dessas normas na CF ou leis que adotarem geram a inconstitucionalidade. São variáveis no tempo e no espaço.
	Horta ainda faz um brevíssima alusão a história das normas centrais. Afirma ele que no federalismo clássico da sociedade liberal do século XIX, as normas centrais eram restritas, abrangiam a separação dos poderes, a forma de governo e Estado e os direitos e garantias individuais, como exemplo a Constituição Americana de 1787. No federalismo contemporâneo, aconteceu o contrário, se dilatou (aumentau, expandiu) as normas centrais. Assim, além dos restritos do federalismo clássico, se acrescentou as novas domensões dos direitos fundamentais, a repartição de competências e a ordem social e conômica. 
	Kelsen prega a presença de uma comunidade jurídica total, que compreende uma constituição da União, uma dos Estados-membros e uma total. A Constituição Norte-Americana há pouca presença de normas centrais, ao contrário da Áustria, que apresenta um grau mais elevado destas. Esse excesso, diz o autor, causou uma certa desconfiguração da autonimia assegurada no texto maior. Horta diz que na CF de 1988, para se preservar essa autonomia dos Estados e municípios há crescente número de normas centrais dentro do texto constitucinal. 
	Outro ponto relevante e que desperta duvidas é sobre a distinção entre constituoção total e constituição federal. Diz o autor que a total é o conjunto de normas centrais para que sejam projetadas nas constituições estaduais. Mas é apenas SEGMENTO da Federal. Sendo assim, não tem existência formal própria. Sem a CF não existiria. As normas centrais são de suas naturezas, uma de imediaticidade, como os direitos fundamentais, forma reppublicana etc, INDPENDEM da transplantação do constituinte estadual. Já as de outra natureza requer atuação do constituinte estadual para a implementação em suas constituições. O que o autor chama de FEDERALISMO DE EQUILÍBRIO consiste na superação da ausência de normas centrais que mais parece uma confederação e o excesso destas que se assemelha com o Estado Unitário. Esse equilíbrio nas normas centrais é fundamental para assegurar a organização e funcionamento do complexo Federal.
	Uma observação que deve ser sempre feita, pois Raul Machado Horta faz em seu texto, é que além de ser membro do Estado Federal, os Estados dispões de autonomia, tendo vontade própria. 
·	LIMITAÇÕES AO CONSTITUINTE ESTADUAL
	Apesar dos autos e baixos do processo histórico que passou o federalismo brasileiro no que tange a autonomia dos Estados federais, a CF de 1988 adotou a técnica da autonomia controlada. Desta forma, não adotou excessos de centralização. 
	As normas centrais são aquelas que a CF diz "observando os princípios desta constituição". As normas centrais na CLASSIFICAÇÃO de Raul Machado Horta abrange as Deferidas aos Estados e as preordenadas. 
	Os "Princípios desta Constituição" são aqueles dispersos na CF. Se encontra por pesquisa. Equivale aos estabelecidos na classificação de José Afonso. Já os ditos "Princípios Constitucionais" são aqueles do art. 37, VII da CF. Já as "Normas de Competências Deferidas aos Estados" são aquelas que a CF defere ao Constituinte Estadual que faça. As "Normas de Preordenação" são relativas a regras postas, preordenadas. Dizem respeito basicamente a regramentos, tais como número de deputados etc.

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