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O RIO DE JANEIRO
❖ Aspectos gerais do Rio de Janeiro
❖ Mapas diversos do Rio de Janeiro
❖ Geologia do Rio de Janeiro 
❖ Estudo de Caso: Arpoador
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ASPECTOS GERAIS
❖ Dimensões
– Área do município de 1.255,3 km² (incluindo ilhas e águas 
continentais)
– Mede de leste a oeste 70 km e de norte a sul 44 km
– O município está dividido em 32 Regiões Administrativas com 159 
bairros
❖ Área metropolitana
– A RMRJ é composta por outros 17 municípios
– Constituem o chamado Grande Rio, com uma área de 5.384 km
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ASPECTOS GERAIS
❖ Relevo
– O relevo carioca está filiado ao sistema da serra do Mar
– Recoberto pela floresta da Mata Atlântica
– É caracterizado por contrastes marcantes, montanhas e mar, 
florestas e praias, paredões rochosos subindo abruptamente de 
baixadas extensas
– O Rio de Janeiro apresenta três importantes grupos montanhosos, 
mais alguns conjuntos de serras menores e morros isolados em 
meio a planícies circundadas por esses maciços principais
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ASPECTOS GERAIS
Maciços Pontos Culminantes Altitudes
Pedra Branca Pico da Pedra Branca 1.025m
Tijuca Pico da Tijuca 1.022m
Gericinó Pico do Guandu 964m
Serras Engenho Novo e Misericórdia
Morros Isolados Pão de Açúcar, Viúva e Inhoaiba
Colinas Outeiro da Glória
Planícies Guaratiba, Jacarepaguá e Campo Grande
Restingas Copacabana, Ipanema-Leblon, Marambaia e 
Jacarepaguá
Tômbolos Pontal de Sernambetiba e Arpoador
Esporões Cara de Cão ou São João e Ponta do Joá
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ASPECTOS GERAIS
❖ Rios
– O maior rio genuinamente carioca é o Cabuçu ou Piraquê que 
deságua na Baía de Sepetiba após um percurso de 22 km
– Os mais conhecidos são: 
• Carioca, primeiro a ser utilizado no abastecimento da população
• Cachoeira, por ser o formador das mais belas cascatas da Floresta da 
Tijuca
– O rio Guandu, originário de município vizinho, é o curso d'água de 
maior importância e abastece de água potável a cidade
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ASPECTOS GERAIS
❖ Lagoas
– São poucas, pequenas e costeiras
• A maior delas é a de Jacarepaguá, com cerca de 11 km² de área
• Marapendi
• Lagoinha
• A Lagoa Rodrigo de Freitas, antiga de Sacopenapã é 
constituída por um espelho d'água com aproximadamente 
2,4 km²
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ASPECTOS GERAIS
❖ Litoral
– Extensão de cerca de 246 km
– Divido em 3 setores 
• Baía de Guanabara: o maior, o mais recortado e o de mais 
antiga ocupação
• Oceano Atlântico: do Pão de Açúcar até a Barra de Guaratiba. 
Relevo variável 
• Baía de Sepetiba: da Barra de Guaratiba até a foz do Rio 
Guandu. Zona de colônia de pesca
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http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/index.htm
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http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/index.htm
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GEOLOGIA DO RIO DE JANEIRO
➢ O substrato rochoso das encostas do Rio de Janeiro é formado por
• rochas metamórficas (gnaisses e migmatitos)
• rochas ígneas intrusivas graníticas
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GEOLOGIA DO RIO DE JANEIRO
➢ Formação das rochas desta região há cerca de 600 ma, quando
ocorreu o encontro da placa tectônica africana com a sul americana
➢ Estruturação de uma grande cordilheira depois da colisão destas
duas placas, com altitudes médias de 5000 metros (Alpes e
Himalaia)
➢ No final deste encontro de placas tectônicas, ao redor de 550 ma, as
condições de temperatura e pressão reinantes em profundidade,
levaram à fusão parcial das rochas locais, gerando magmas, que
deram origem a rochas graníticas, a maioria na forma de corpos
tabulares (Pedra da Gávea)
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GEOLOGIA DO RIO DE JANEIRO
➢ Após o término do movimento de encontro de placas, a cordilheira
recém formada passou a estar predominantemente sob a ação
destruidora da erosão, sendo paulatinamente arrasada
➢ À medida que isto acontecia, a crosta local foi sendo soerguida para
compensar o equilíbrio isostático. Este movimento de ascensão
permitiu que rochas que estavam a profundidades de 15 km, fossem
expostas à superfície, tal como as vemos agora
➢ O continente originado pela junção destas duas placas recebeu o
nome de Gondwana.
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GEOLOGIA DO RIO DE JANEIRO
➢ Há cerca de 150 ma a crosta continental, então consolidada,
começou a se romper devido a um movimento contrário ao que
levara ao surgimento do Gondwana
➢ Esta ruptura iniciou pelo sul, e paulatinamente deu origem aos
continentes Sul Americano e Africano
➢ No local da separação surgiu o Oceano Atlântico
➢ Estes dois continentes até hoje estão se separando a uma velocidade
de alguns centímetros por ano, e à medida que isto acontece, o
Atlântico se alarga.
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GEOLOGIA DO RIO DE JANEIRO
➢ A Serra do Mar e a Mantiqueira, representam, hoje, o que sobrou
daquela antiga cordilheira e as rochas que naquela época formavam
suas raízes, hoje estão expostas na superfície devido à erosão e ao
decorrente soerguimento provocado pela compensação isostática.
➢ Toda esta herança geológica está impressa nas rochas, tal como
podemos ver no Arpoador
Fonte: Eurico Zimbres, www.meioambiente.pro.br
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
Fonte: Eurico Zimbres, www.meioambiente.pro.br
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
❖ Gnaisse facoidal (Augen Gnaisse)
– Rocha mais abundante no local, e que também ocorre em outros 
locais da cidade do Rio de Janeiro (morro do Pão de Açúcar)
– Nome devido aos grandes cristais elípticos de feldspato, com a 
aparência de olhos
– Rocha metamórfica, cuja composição química e mineralógica é 
notavelmente homogênea, muito provavelmente originada pelo 
metamorfismo de rochas ígneas graníticas
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
Fonte: Eurico Zimbres, www.meioambiente.pro.br
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
❖ Gnaisse facoidal (Augen Gnaisse)
– No Rio de Janeiro, há um grande número de edificações e 
monumentos do século XIX e início do século XX construídas 
com estas rochas
– Trabalho artesanal de difícil execução, devido à granulometria 
grosseira da rocha
– Na cidade de Ouro Preto há alguns monumentos construídos com 
esta rocha, muito provavelmente levados da cidade do Rio de 
Janeiro
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
❖ Leptinito
– Gnaisse muito claro, composto essencialmente de quartzo e 
feldspato, com pequeno teor de granada almandina
– Nesta rocha a mica é praticamente ausente e a foliação gnáissica é 
pouco pronunciada, tendo a rocha, apesar de metamórfica, um 
aspecto de rocha ígnea
– No Arpoador o leptinito ocorre como corpos alongados e pouco 
espessos, dobrados e deformados pelos esforços tectônicos. Devido 
à sua granulometria fina, esta rocha se altera com mais dificuldade 
do que o gnaisse facoidal, ficando realçada
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
Fonte: Eurico Zimbres, www.meioambiente.pro.br
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
❖ Leptinito
– Na cidade do Rio de Janeiro, esta rocha foi muito usada no século 
XIX como pedra de talhe na construção civil
– Nos edifícios, igrejas e monumentos onde está presente é 
facilmente identificada pelo aspecto claro, granulação fina e 
homogênea, e pela presença dos cristais arredondados de granada 
cor de vinho
– É uma rocha mais fácil de ser trabalhada artesanalmente, quando 
comparada ao gnaisse facoidal, pois permite a escultura de detalhes 
difíceis de serem esculpidos em rochas de granulação grosseira 
como o gnaisse facoidal
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
❖ Anfibolito
– Rocha metamófica escura, composta essencialmente 
por anfibólios e secundariamente feldspatos e quartzo
– É provável que este anfibolito tenha se originado pelo 
metamorfismo de rochas (diques) básicas ígneas
– No Arpoador, o anfibolito está restrito a algumas lentes 
métricas na face oeste do rochedo
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
Fonte: Eurico Zimbres, www.meioambiente.pro.br
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
❖ Granito– Rocha ígnea pouco comum no Arpoador, onde ocorre 
como corpos pequenos e tabulares, de cor cinza
– Sua origem está associada à consolidação de magma 
formado, muito provavelmente, no processo de fusão 
parcial dos gnaisses locais
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
Fonte: Eurico Zimbres, www.meioambiente.pro.br
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
❖ Pegmatito
– Rocha ígnea composta por grandes cristais de feldspato, quartzo e 
mica biotita
– Magma originou-se no processo de fusão parcial das rochas locais
– No Arpoador o pegmatito ocorre como veios, em geral 
preenchendo fraturas ou falhas transversais à direção de foliação 
predominante
– Esta falha (foto) é um importante indício de que as rochas do 
Arpoador, hoje expostas à superfície, foram formadas entre 13 e 15 
km de profundidade
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
Fonte: Eurico Zimbres, www.meioambiente.pro.br
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
❖ Intemperismo físico
– No Arpoador, devido ao fato da rocha estar, em sua maior parte 
exposta, o intemperismo físico exerce um papel importante
– Variação da temperatura: com o seu aumento os minerais sofrem 
dilatação, desenvolvendo pressões internas que desagregam os 
minerais e desenvolvem microfraturas, por onde penetrarão a água, 
sais e raízes vegetais
– Cristalização de sais: o sal trazido pela maresia, se cristaliza nas 
fraturas, desenvolvendo pressões que ampliam efeito desagregador
– Atividades biológicas: orifícios de ouriços do mar - Ação 
desagregadora das raízes 
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
Fonte: Eurico Zimbres, 
www.meioambiente.pro.br
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
❖ Intemperismo químico
– A ação das soluções aquosas sobre o feldspato e sobre a mica 
biotita, leva à produção de argilas e à formação do solo
– A principal argila formada é o caulim, que é branco quando puro 
(raro)
– A cor vermelha do solo se deve aos óxidos de Ferro e Manganês 
liberados pela alteração da biotita e outros minerais que possuem 
estes elementos químicos em sua fórmula
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
Fonte: Eurico Zimbres, www.meioambiente.pro.br
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
❖ Erosão eólica
– Provocada pelo vento
– No Arpoador encontram-se, principalmente na face 
oeste do rochedo, cavidades arredondadas (alvéolos) 
produzidas pelo movimento circular (redemoinhos) de 
partículas arenosas transportadas pelo vento
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
Fonte: Eurico Zimbres, 
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
❖ Erosão marinha
– O embate das ondas é capaz de desgastar as rochas, devido à 
energia dissipada e às partículas de areia transportadas em 
suspensão pela água
– As correntes marinhas litorâneas distribuem o material erodido ao 
longo da costa
– Variações sazonais nos movimentos destas correntes podem levar 
ao retrabalhamento de sedimentos já depositado nas praias
– No Arpoador este fenômeno tem sido responsável pela variação 
cíclica da largura da faixa de areia da praia
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ESTUDO DE CASO: ARPOADOR
Fonte: Eurico Zimbres, 
www.meioambiente.pro.br

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