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SEMIOLOGIA DOS ANIMAIS Profª Aisla N da Silva Conteúdo Programático INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA “As pessoas se esquecem do que ouvem; lembram do que lêem; porém, só aprendem, de fato, aquilo que fazem.” (Adão Roberto da Silva) SEMIOLOGIA ■ Semeion = sintomas/sinais + logos = ciência/estudo – Parte da Medicina que estuda os métodos de exames clínicos, pesquisa os sintomas e os interpreta→ elementos necessários para contruir o diagnóstico e presumir a evolução da enfermidade (FEITOSA, 2008) SEMIOLOGIA ■ Premissa I – A SEMIOLOGIA está baseada em três pontos fundamentais: ■ 1. Ética ■ 2. Relação médico-paciente ■ 3. Raciocínio científico SEMIOLOGIA ■ Premissa II – PROPEDÊUTICA CLÍNICA “conjunto de técnicas e procedimentos pelos quais um paciente é examinado, com a finalidade de se chegar a uma hipótese diagnóstica” Divisões da SEMIOLOGIA ■ Semiotécnica. É a utilização, por parte do examinador, de todos os recursos disponíveis para se examinar o paciente enfermo. – Observação do animal ↔ realização de exames complexos – Física – funcional e experimental ■ Clínica Propedêutica. ■ Semiogênese. Divisões da SEMIOLOGIA ■ Semiotécnica. É a utilização, por parte do examinador, de todos os recursos disponíveis para se examinar o paciente enfermo. – Observação do animal ↔ realização de exames complexos – Física – funcional e experimental ■ Clínica Propedêutica. Reúne e interpreta o grupo de dados obtidos através do exame do paciente. – Elemento de RACIOCÍNIO E ANÁLISE fundamental, na clínica médica, para o estabelecimento do diagnóstico. ■ Semiogênese. Busca explicar os mecanismos pelos quais os sintomas aparecem e se desenvolvem. SEMIOLOGIA – CONCEITOS GERAIS Medicina humana ■ Sensação subjetiva anormal, sentida pelo paciente e não visualizada pelo examinador (dor, náusea, dormência). ■ Sinal é um dado objetivo, que pode ser notado pelo examinador por inspeção, palpa- ção, percussão, auscultação ou evidenciado por meio de exames complementares (tosse, edema, cia- nose, sangue oculto). Medicina VETERINÁRIA ■ Todo o fenómeno anormal, orgânico ou funcional, pelo qual as doenças se revelam no animal (tosse, claudicação, dispneia, aumento de volume). ■ Não se limita à observação da manifestação anormal apresentada pelo animal, mas principalmente, a avaliação e a conclusão que o clínico retira do(s) sintoma(s) observado(s) e/ ou por métodos físicos de exame. – Sinal de godet → Depressão local após pressão ■ Sintoma ou Sinal? – sintein = acontecimento ■ UM FATOR → DIFERENTES SINTOMAS → – Desnutrição – Aumento de volume → edema, abcesso... ■ UM SINTOMAS → MANIFESTADO POS VÁRIOS CAUSAS – Febre – Diarréia ■ SINTOMAS – LOCAIS→ delimitados; claudicação; – GERAIS → todo; neoplasia mamária com metástase. – PATOGNOMÔNICOS→ Classificação dos sintomas ■ Evolução – Iniciais ■ Primeiros observados→ reveladores da doença – Tardios ■ Aparecem no período de estabilização ou declínio da enfermidade; – Residuais ■ Recuperação do animal.→ Mioclonoas na cinomose ■ Mecanismo de produção – Anatômico ■ Altera a forma do órgão (hepatomegalia) – Funcional ■ Alteração da função (claudicação) – Reflexo ■ Sintomas distantes→ sudorese em cólicas, icterícia em hepatites SÍNDROMES ■ syndromos = que correm juntos ■ Conjunto de sintomas clínicos, de múltiplas causas e que afetam diversos sistemas; – síndrome cólica equina – FEBRE DIAGNÓSTICO ■ Diagnosis = ato de discernir, de conhecer – Reconhecer as enfermidades – Manifestações clínicas – Prever a evolução - prognóstico DIAGNÓSTICO ■ Diagnóstico nosológico – clínico → conclusão sobre a doença. ■ Diagnóstico terapêutico → fechado após resposta positiva a terapia instituída. ■ Diagnósticos – Anatômicos – lesão da tricuspide – Etiológicos – fator deternminante da doença – tétano(Clostridium tetani) – Histopatológico – Radiológico ■ Nem sempre é possível estabelecer de imediato o diagnostico – Provável – Presuntivo - provisório ERRO DIAGNÓSTICO ■ PRINCIPAIS CAUSAS – Anamenese incompleta – Exame físico superficial – Avaliação precipitada ou falsa dos achados clínicos. – Conhecimento ou domínio insuficiente dos métodos dos exames físicos disponíveis. – Impulso precipitado cm tratar o paciente antes mesmo de se estabelecer o diagnóstico DIAGNÓSTICO • Seqüência cronológica do exame do paciente • Exame Clínico Subjetivo • Anamnese • Identificação, Queixa Principal, Histórico, Saúde Geral • Sintomas • Exame Clínico Objetivo • Sinais • Sinais Extra-Bucais • Sinais Intra-Bucais • Exames Complementares Prognóstico ■ Consiste em prever a evolução da doença e suas prováveis consequências ■ Considera-se: – 1. Perspectiva de salvar a vida; – 2. perspectiva de recuperar a saúde ou de curar o paciente; – 3. perspectiva de manter a capacidade funcional do(s) órgão(s) acometido(s) – FAVORÁVEL – DESFAVORÁVEL – DUVIDOSO Resolução do problema 1. Elaborar hipóteses; 2. Avaliar as hipóteses obtidas ■ Princípios de Hutchinson TRATAMENTO ■ COMBATER A DOENÇA; ■ FINALIDADES – Causal → hipocalcemia-cálcio – Sintomático - analgésicos – Patogênico – modificar o mecanismo - tétano - – Vital – evitar aparecimento de complicações letais - tranfusão Métodos gerais da exploração clínica ■ Aporte humano básico necessário: – Conhecimento. – Raciocínio. – Visão, audição, tato, olfação. – Sensatez – Organização. – Paciência. ■ Material básico necessário: – Papel e caneta para anotações. – Aparelho de ausculta. – Martelo e plexímetro para percussão – Termómetro. – Aparelho de iluminação (lanterna) – Luvas de procedimento – Luvas de palpação retal – Otoscópio e oftalmoscópio – Especulos vaginais – Frascos para acondicionamento de amostras. – Material específico para contenção (cordas, cachimbo, mordaças, etc.). Inspeção ■ Superficie corporal ■ Cavidade – regiões mais acessíveis – Boa iluminação – Observaçõ no ambiente de origem – Não conter antes de uma inspeção cautelosa – Descrever o que de fato está vendo Inspeção ■ Panoraminca – animal visto no todo ■ Localizada – alterações em determinadas aréas ■ Direta (ectoscopia) – visão – pelos, pele, mucosa, movimentos respiratórios ■ Indireta – De iluminação (Otoscópio, Laringoscópi, oftalmoscópio) – De raio x – Mensuração – Gráfico – eletrocardiograma – Ultra sonografia PALPAÇÃO ■ Inspeção e palpação – complementares – Informações mais profundas – grau de oleosidade, reflexo a dor, diagnóstico gestacionais, pressão... – Direta – mãos, dedos – Indireta – sondas, cateter, pinças... PALPAÇÃO 1. Palpação com a mão espalmada, usando toda a palma de uma ou de ambas as mãos. 1. Pesquisa de flutuação 2. Palpação com a mão espalmada, usando apenas as polpas digitais e parte ventra/ dos dedos. 3. Palpação usando-se o polegar e o indicador, formando uma pinça. PALPAÇÃO 4. Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos (específico para a avaliação da temperatura). 5. Dígito-pressão realizada com a polpa do polegar ou indicador. Consiste na compressão de uma área com diferentes objetivos: pesquisar a existência de dor, detectar a presença de edema (godet positivo) e avaliar a circula ção cutânea. 6. Punho-pressão é feita com a mão fechada, particularmente, em grandes ruminantes, com a finalidade de avaliar à consistência de estruturas de maior tamanho (rúmen, abomaso) e para denotar, também, aumento de sensibilidade na cavidade abdominal. PALPAÇÃO 1. Palpação com a mão espalmada, usando toda a palma de uma ou de ambas as mãos. 2. Palpação com a mão espalmada, usando apenas as polpas digitais e parte ventra/ dos dedos. 3. Palpação usando-se o polegar e o indicador, formando uma pinça. 4. Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos (específico para a avaliação da temperatura). 5. Dígito-pressão realizada com a polpa do polegar ou indicador. Consiste na compressão de uma área com diferentes objetivos: pesquisara existência de dor, detectar a presença de edema (godet positivo) e avaliar a circula 6. 7. Vltropressão é realizada com a ajuda de uma lâmina de vidro que é comprimida contra a pele, analisando-se a área por meio da própria lâmina. Sua principal aplicação é permitir a distinção entre eritema e púrpura (o eritema desaparece e a púrpura não se altera com a vitro ou dígito-pressão). http://semiodepequenos2015.blogspot.com/2015/12/semiologia-da-pele.html Tipos de Consistência ■ Mole. Quando uma determinada estrutura reassume sua forma normal após cessar a aplicação de pressão à mesma (tecido adiposo). É uma estrutura macia, porém, flexível. ■ Firme. → estrutura oferece resistência à pressão, mas acaba cedendo e voltando ao normal com seu fim (fígado, músculo). ■ Dura → estrutura não cede, por mais forte que seja a pressão (ossos e alguns tecidos tumorais). ■ Pastosa→ cede facilmente à pressão e permanece a impressão do objeto que a pressionava, mesmo quando cessada (edema: sinal de godet positivo). ■ Flutuante. → acúmulo de líquidos, tais como sangue, soro, pus ou urina em uma estrutura ou região; resultará em um movimento ondulante, mediante a aplicação de pressão alternada. Se o líquido estiver muito comprimido, as ondulações poderão estar ausentes. ■ Crepitante. Presença de ar ou gás em seu interior. Tem-sc, à palpação, a sensação de movimentação de bolhas gasosas. É facilmente verificado nos casos de enfisema subcutâneo. Auscultação ■ Avaliação dos ruídos que o diferentes órgãos produzem espontaneamente. – Direta ou imediata – ouvido direto na região – Indireta mediana – estetoscópio, doppler – Aparelhos de boa qualidade – Ambientte tranquilo – Atenção ao ruido – Contençaõ adequada ■ Percussão – o examinador promove os sons ■ Fonte: Google imagens PERCURSÃO OUTRAS FERRAMENTAS ■ OLFAÇÃO ■ EXAMES COMPLEMENTARES RESENHA ANAMNESES MÉTODOS DE CONTENÇÃO E DERRUBAMENTO; EXAME CLÍNICO ■ O exame clínico reúne todas as informações necessárias para o estabelecimento do diagnóstico, enquanto o exame – Exame físico→ é uma parte do exame clínico do animal, resumindo-se à colheita dos sintomas e dos sinais por métodos físicos de exame, tais como inspeção, palpação, percussão, auscultação c olfação. Métodos gerais da exploração clínica ■ Aporte humano básico necessário: – Conhecimento. – Raciocínio. – Visão, audição, tato, olfação. – Sensatez – Organização. – Paciência. ■ Material básico necessário: – Papel e caneta para anotações. – Aparelho de ausculta. – Martelo e plexímetro para percussão – Termómetro. – Aparelho de iluminação (lanterna) – Luvas de procedimento – Luvas de palpação retal – Otoscópio e oftalmoscópio – Especulos vaginais – Frascos para acondicionamento de amostras. – Material específico para contenção (cordas, cachimbo, mordaças, etc.). Exame clínico – procedimentos básicos 1. Identificação do animal ou dos animais (resenha). 2. Investigação da história do animal (anamnese). 3. Exame Físico: - Geral: avaliação do estado geral do animal (atitude, comportamento, estado nutricional, estado de hidratação, coloração de mucosas, exame de linfonodos, etc.) parâmetros vitais (frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura, movimentos ruminais e/ou cecais); -Especial: exame físico direcionado ao(s) sistema(s) envolvido(s). 4. Solicitação e interpretação dos exames subsidiários (caso necessário). 5. Diagnóstico e prognóstico. 6. Tratamento (resolução do problema). Resenha - identificação do paciente ■ Espécie – suscetibilidade de uma espécie varia consideravelmente em relação às doenças infecciosas e/ou parasitárias e ao comprometimento de determinados sistemas ou órgãos – Equinos → suscetíveis à anemia infecciosa equina e ao garrotilho ■ Raça – Quanto mais puras são mais suscetíveis a doenças. – As raças mistas ou os animais sem raça definida (SRD) → rusticidade e geralmente reagem favoravelmente, quando devidamente diagnosticados e tratados. – Objetivo da criação → exigência nutricional ■ Sexo – adenocarcinomas mamários – Mastites – Hérnias escrotais ■ Idade – problemas umbilicais em animais recém-nascidos – Verminose e parvovirose em cães filhotes – endocardioses adquiridas costumam acometer os animais de meia-idade ou velhos → Prognóstico ■ Peso ■ Coloração da pelagem do animal → pelagem escura são mais resistentes aos raios solares ■ Origem do animal FO N TE: H ILL’S, 2 0 1 6 . ANAMNESE - ENTREVISTA ■ Atenção. Ouça atenciosamente a história; não despreze inicialmente os detalhes. ■ Estimulação. Estimule o proprietário a falar tudo sobre o caso, separando os dados relevantes dos inaproveitáveis. Selecione, agora, as informações. ■ Inquisição. Inquira, tanto quanto necessário, sobre os fatos que não ficaram claros ou foram esquecidos. ■ Observação. Observe se as informações obtidas são ou não confiáveis, levando-se em conta a aparência geral do animal e o comportamento do proprietário. Não hesite em repetir a mesma pergunta utilizando- se de outras palavras para confirmar a informação. ■ União. Agrupe os dados de importância e verifique se a história tem início, meio e fim. ANAMNESE - ENTREVISTA a) Fonte e confiabilidade → filho, vizinho, tratador, sogra... b) Queixa principal →manifestação imediata da doença do animal que fez com que o proprietário procurasse atendimento veterinário c) História médica recente (HMR)→ alterações recentes na saúde do animal que levaram o proprietário a procurar auxílio médico. História médica recente (HMR) ■ Um rottweiler, com três meses de idade, foi levado pelo proprietário (fonte e confiabilidade) por desenvolver diarreia (queixa principal: sintoma-guia e provável localização: sistema digestório). O problema teve início há três dias (início) e persiste até o momento (duração). A diarreia ocorre várias vezes ao dia (frequência) e apresenta sangue nas fezes em grande quantidade (gravidade). Começou a demonstrar anorexia, vomito, desidratação e febre há um dia (problemas associados) e o animal tem ficado cada vez mais apático desde então (evolução) ANAMNESE - ENTREVISTA d) Comportamento dos órgãos (revisão dos sistemas)→ interrogatório sintomatológico – Sequência recomendada e) História médica pregressa (HMP)→avaliação geral da saúde do animal, antes da ocorrência ou da manifestação da doença atual f) História ambiental e de manejo; g) História familiar ou do rebanho→ informações sobre a saúde de todos os animais pertencentes àquela família ou rebanho, vivos ou mortos. CARACTERÍSTICAS DO PROPRIETÁRIO ■ Proprietário Loquaz → entrevista como o convém ■ Proprietário Tímido ■ Proprietário Hostil ■ Proprietário Insaciável ■ Proprietário Agradável ■ Proprietário Embratel ■ Proprietário Não-Sei ■ Proprietário Anjo-da-Guarda CONTENÇÃO EXAME FISICO GERAL EXAME FÍSICO GERAL ➢ NÍVEL DE CONSCIÊNCIA. Alerta (normal), diminuído (deprimido, apático), aumentado (excitado). ➢ POSTURA E LOCOMOÇÃO. Normal ou anormal (sugerindo dor localizada, fratura, luxação ou doenças neurológicas); observe o animal em repouso e, em seguida, em movimento. ➢ CONDIÇÃO FÍSICA OU CORPORAL. Obeso, gordo, normal, magro, caquético. ➢ PELAME. Pêlos limpos, brilhantes ou eriçados, presença de ectoparasitas (carrapatos, piolhos, pulgas, etc.)--. a pele é o espelho da saúde". ➢ FORMA ABDOMINAL. Normal, anormal (timpanismo, ascite, etc.). ➢ CARACTERÍSTICAS RESPIRATÓRIAS. Eupnéia ou dispneia, tipo respiratório, secreção nasal, etc. ➢ OUTROS. Apetite, sede, defecação, vómito, secreções (vaginal, nasal, ocular) micção... EXAME FÍSICO GERAL ■ PELAME. Pêlos limpos, brilhantes ou eriçados, presença de ectoparasitas (carrapatos, piolhos, pulgas, etc.)--. a pele é o espelho da saúde". Parâmetros fisiológicos Normotermicos Hipotérmicos hipertérmicos Exame das mucosas ■ Mucosas aparentes (inflamação, tumores, edema) – Alterações que reflitam comprometimento do sistema circulatórioou a existência de doenças em outras partes do corpo (icterícia) ■ oculopalpebrais (conjuntivas e palpebrais), mucosas nasal, bucal, vulvar, prepudal e, raramente, anal. Exame das mucosas ■ Coloração – Limite entre a coloração normal e a patológica – Problema localizado ou uma peculiaridade particular do animal, – Envolvimento de várias mucosas → comprometimento sistémico. ■ Tempo de preenchimento capilar – Difícil de avaliar em cães e gatos em virtude da falta de contraste – Reflete o estado circulatório do animal (volemia) – Animal sadio: 1-2 segundos – Animal desidratado: 2-4 segundos – Animal gravemente desidratado: > 5 segundos AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS ■ Via acessória pela qual os líquidos podem fluir dos espaços intersticiais para o sangue. ■ Eliminação de partículas ■ Absorção de nutrientes ■ Tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade e a temperatura de todos os linfonodos examináveis e ■ Bilateralmente ■ Inspeção, palpação e, caso necessário, realização de biópsia dos linfonodos. AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS ■ Participa dos processos patológicos que ocorrem nas áreas ou regiões por eles drenadas; – As alterações que ocorrem no sistema linfático podem identificar o órgão ou a região que está acometida. ■ 2. Os linfonodos, como os vasos linfáticos, apresentam alterações características em várias doenças infecciosas – Leucose bovina, a linfadenite caseosa dos caprinos e ovinos, a leishmaniose visceral canina... – Fator fundamental para o estabelecimento do diagnóstico nosológico. ■ 3. A dilatação ou hipertrofia anormal dos linfonodos, que ocorre na maioria dos processos infecciosos e inflamatórios, pode comprometer a função de alguns órgãos vizinhos, agravando ainda mais o quadro geral do animal, tais como: – Disfagia e timpanismo → linfonodos mediastínicos (por compressão de vago, nos casos de tuberculose e actinobacilose em bovinos) Sistema Linfático e LINFONODOS ■ Capilares linfáticos, vasos linfáticos, ductos linfáticos e linfonodos ■ Partes superficiais da pele, sistema nervoso central, regiões mais profundas dos nervos periféricos e ossos → ausência de vasos linfáticos ■ Filtração – Via acessória pela qual os líquidos podem fluir dos espaços intersticiais para o sangue. – Linfa → deriva do líquido intersticial que flui para os vasos linfáticos. Linfonodos ■ Linfonodos mandibulares → – Localizados superficialmente entre a veia facial. Nos equinos estão situados mais profundamente e ventralmente à língua. – Drena a região ventral da cabeça (cavidade nasal, lábios, língua e glândulas salivares) ■ Retrofaríngeos laterais e mediais localizam-se na região cervical, entre o atlas e a parede da faringe. Recebem linfa das partes internas da cabeça, incluindo o esôfago proximal, palato e a faringe. Linfonodos ■ Linfonodos cervicais (pré-escapulares) → ■ São palpáveis na face lateral da porção distal do pescoço→ músculos trapézio, braquiocefálico e omotransverso. ■ Pavilhão auricular, o pescoço, o ombro, os membros torácicos e o terço proximal do tórax. Linfonodos ■ Linfonodos pré-femorais → pré-crurais ■ podem ser palpados no terço inferior do abdome, a meia distância da prega do flanco e da tuberosidade ilíaca. ■ Ausente em animais de companhia ■ Recebe linfa da região posterior do corpo e do segmento craniolateral da coxa Linfonodos ■ Linfonodos mamários → ■ Dois nódulos de cada lado, entre o assoalho ósseo da pelve e a parte caudal do úbere (transição da parede abdominal e parênquima glandular). ■ Drenam o úbere e as partes posteriores das coxas. ■ Palpados em fêmeas de ruminates domésticos Linfonodos ■ Linfonodos linfonodos inguinais superficiais ou escrotais – apresentam-se medial e lateral ao corpo do pênis. Serve de centro linfático para os órgãos genitais masculinos externos. Normalmente palpados em cães. ■ Os linfonodos poplíteos superficiais, – Ausentes nos equinos, estão localizados na origem do gastrocnêmio, entre os músculos bíceps femoral e semitendíneo, posteriormente a articulação fêmoro-tíbio- patelar. ■ Drenam pele, músculos, tendões e articulações dos membros posteriores. ■ É palpável em cães e gatos. Semiologia do Sistema Linfático • MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO CLÍNICA ✓ Dos vasos linfáticos e linfonodos ✓ Inspeção ✓ Palpação ✓ Punção ✓ Linfografia (vasos linfáticos) • Tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade e a temperatura de todos os linfonodos examináveis e bilateralmente Sistema Linfático e LINFONODOS ✓ Enfermidades ✓ Obstruções ✓ Linfangites agudas e crônicas ✓ Adenites - Linfadenites ✓ Leucose bovina, ✓ Linfadenite caseosa dos caprinos e ovinos, ✓ Leishmaniose visceral canina, ✓ fator fundamental para o estabelecimento do diagnóstico nosológico. ileofemoral (espaço retroperitoneal, cranial e medial ao corpo do íleo) linfonodos da bifurcação aórtica (parte caudal do flanco, medial ao íleo) Semiologia do Sistema Linfático • MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO CLÍNICA ✓ Dos Linfonodos ✓ Inspeção - Localização ✓ Palpação ✓ Forma ✓ Tamanho/Volume ✓ Sensibilidade ✓ Mobilidade ✓ superfície ✓ Lisa/rugosa ✓ Regular/irregular ✓ Temperatura ✓ Consistência ✓ Adenites agudas (Macia, tensa, firme, elástica) Evolução: Abscedação, maturação, supuração ✓ Adenites crônicas (firme, dura, tendinosa Semiologia do Sistema Linfático e Baço • Anatomofisiologia do Baço ✓ Localização ✓ Monogástricos ✓ Ruminantes ✓ Funções ✓ Defesa ✓ Produção de anticorpos ✓ Hemocaterese - sequestro dos eritrócitos do sangue periférico através do sistema retículo endotelial – remoção das hemácias que entram em apoptose. ✓ Hemodinâmica Som maciço à percursão; Avaliação por USG. Borda caudal palpável - palpação retal em equinos http://blog.equinovet.com.br/colica-em- equinos-tudo-o-que-voce-precisa-saber/ Semiologia do Sistema Linfático e Baço • MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO CLÍNICA ✓ Do Baço ✓ Inspeção ✓ Palpação ✓ Pequenos animais ✓ Grandes animais ✓ Percussão ✓ Pequenos animais ✓ Grandes animais ✓ Ultrassonografia abdominal