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TEMA 2
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma
dissertação, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o seguinte tema:
"A persistência do racismo estrutural na sociedade brasileira"
EIXO TEMÁTICO - PRECONCEITO E EXCLUSÃO
TEXTO 1 TEXTO 2
(DEBRET, J-B. Um jantar brasileiro, 1827.)
60% dos jovens de periferia
Sem antecedentes criminais já sofreram violência policial
A cada quatro pessoas mortas pela polícia, três são negras
Nas universidades brasileiras, apenas 2% dos alunos são negros
A cada quatro horas, um jovem negro morre violentamente em São Paulo
Aqui quem fala é Primo Preto, mais um sobrevivente
RACIONAIS MC's. Sobrevivendo no inferno, 1997.
A carne mais barata do mercado é a carne negra
(Só-só cego não vê)
Que vai de graça pro presídio
E para debaixo do plástico
E vai de graça pro subemprego
E pros hospitais psiquíatricos
A carne mais barata do mercado é a carne negra
(Dizem por aí)
A carne mais barata do mercado é a carne negra
Que fez e faz história
Segurando esse país no braço, meu irmão
O cabra que não se sente revoltado
Porque o revólver já está engatilhado
E o vingador eleito
Mas muito bem intencionado
E esse país vai deixando todo mundo preto
E o cabelo esticado
Mas mesmo assim ainda guarda o direito
De algum antepassado da cor
Brigar sutilmente por respeito
Brigar bravamente por respeito
Brigar por justiça e por respeito (pode acreditar)
TEXTO 3
TEXTO 4
(Reprodução de propaganda da cerveja Devassa, 2010.)
SOARES, E. A carne, 2002.
TEXTO 5
Uma mulher negra, que trabalha como cozinheira, foi agredida covardemente por uma mulher branca, que aparenta ser mais jovem, em um prédio de
luxo localizado na Rua Oscar Freire, uma das regiões mais ricas de São Paulo. A polícia investiga o caso como racismo. Em entrevista à Band, a cozinheira
Eliane Aparecida de Paula disse que as agressões começaram após a mulher insultá-la por estar sentada no hall de entrada do prédio. “Ela me aborda
com uma frase muito difícil: ‘Que mulher esquisita, que negra estranha. O que essa negra está fazendo aqui?’ Eu tento dialogar com ela, em um primeiro
momento, e ela continua com as ofensas. Ela fala esse monte de coisas e sai”, disse a cozinheira, que foi atrás da mulher para pedir explicações. Em
seguida, a agressora - identificada como Patrícia Brito Debatin - tenta entrar no prédio. Impedida pela cozinheira, ela começa a puxar o cabelo da mulher
e a desferir joelhadas contra ela. “Nesse momento que ela me intimida eu tento passar para ela exatamente a situação: ‘Isso que você está fazendo é
racismo, isso que você está fazendo não é legal'". disse a mulher agredida.
 Revista Fórum, abril de 2022. (adaptado)
Em uma sociedade em que o racismo está presente na vida cotidiana, as
instituições que não tratarem de maneira ativa e como um problema a
desigualdade racial irão facilmente reproduzir as práticas racistas já tidas
como “normais” em toda a sociedade. É o que geralmente acontece nos
governos, empresas e escolas em que não há espaços ou mecanismos
institucionais para tratar de conflitos raciais e sexuais. Nesse caso, as relações
do cotidiano no interior das instituições vão reproduzir as práticas sociais
corriqueiras, dentre as quais o racismo, na forma de violência explícita ou de
microagressões – piadas, silenciamento, isolamento etc. Enfim, sem nada fazer,
toda instituição irá se tornar uma correia de transmissão de privilégios e
violências racistas e sexistas. 
ALMEIDA, S. Racismo estrutural.
TEXTO 6
63
A T E L I Ê D A R E D A Ç Ã O
A P O S T I L A 2 0 2 3

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