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1 1 Contabilidade de derivativos e hedge accounting Prof. Eric Barreto 1 ► Apresentação ► O que são derivativos ► Contabilidade de instrumentos financeiros ► Contabilização de derivativos e hedge ► Hedge accounting ► Divulgação e casos de hedge accounting ► Encerramento 2 As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128 ERIC BARRETO Doutorando, Mestre e Graduado em Ciências Contábeis pela FEA- USP, é professor do Insper e Saint Paul e sócio da M2M. Atua como palestrante e parecerista na área de contabilidade; Possui mais de 17 anos de experiência nas áreas de contabilidade e finanças, é autor do livro “Contabilidade a Valor Justo” e coautor do livro “IFRS no Brasil: temas avançados abordados a parQr de casos reais”; Foi execuQvo em bancos e empresas de consultoria. 3 ► Apresentação ► O que são derivativos ► Contabilidade de instrumentos financeiros ► Contabilização de derivativos e hedge ► Hedge accounting ► Divulgação e casos de hedge accounting ► Encerramento 4 As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128 5 Características: » preço estabelecido entre as partes » risco de crédito entre as partes » dificuldade de fiscalização » as partes se conhecem Exemplos: Ø CDB/RDB Ø CDI Ø Câmbio Ø Debêntures Ø Ações no lançamento (primário) Ø Empréstimos Mercado de Balcão É o mercado de negociação de ativos diretamente entre as partes. TIPOS DE MERCADO Banco Aplicadores Tomadores de Crédito PF PME Private Corporate CDI Venda SELIC CDI Compra SELIC PF PME Private Corporate > >de Fernando em relação ao contrato assinado? Direitos: receber boi no futuro Obrigações: pagar valor previamente estipulado LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA 25 26 Em 1/2/2010, com o objetivo de se proteger contra a variação cambial do dólar americano, uma entidade adquiriu US$ 500,000 a termo, fixando o preço da moeda em R$ 1,90 na data de 31/12/2010. Em 30/06/2010, com o dólar cotado a R$ 1,80 no mercado a vista, taxa de mercado em Reais a 12% a.a. e DOL FUT a R$ 1,85, qual deveria ser o valor justo desse instrumento financeiro? MERCADO A TERMO 26 27 Em 1/2/2010, com o objetivo de se proteger contra a variação cambial do dólar americano, uma entidade adquiriu US$ 500,000 a termo, fixando o preço da moeda em R$ 1,90 na data de 31/12/2010. Em 30/06/2010, com o dólar cotado a R$ 1,80 no mercado a vista, taxa de mercado em Reais a 12% a.a. e DOL FUT a R$ 1,85, qual deveria ser o valor justo desse instrumento financeiro? MERCADO A TERMO 27 28 Dificuldade 1: Operações a termo negociadas em prazos diferentes são difíceis de serem comparadas, impactando em dificuldade na criação de um mercado secundário. D0 AT=100 60 d D+1 AT=102 60 d Dificuldade 2: Não é possível a liquidação por diferença. No mercado de balcão exige-se a entrega física. Dificuldade 3: Quem fixa o preço? Os veículos de comunicação apresentam diferenças de preços, inclusive por região. Dificuldade 4: Como é o boi? A cotação deve variar de acordo com as características do animal. Aspectos didá&cos inspirados nas aulas do Prof. José Roberto Securato (FEA – USP) PROBLEMAS COMUNS NAS OPERAÇÕES A TERMO 28 29 Cliente Corretora Bolsa Corretora Cliente - Define as características dos ativos a serem negociados; - Fixa vencimentos das operações; - Faz a liquidação por diferença e cria regras para liquidação física, e - Estabelece critérios para fixar o preço do ativo no vencimento. A isso dá-se o nome de Mercado Futuro (não mais Termo). Típico mercado de bolsa. MERCADO FUTURO 29 Fonte: Mark 2 Market • O sistema de Ajuste Diário é uma forma de minimizar o r i s c o d a B o l s a e d a s Corretoras. • Para evitar o risco decorrente do início da inadimplência pede-se Margem Inicial de Garan&a (R$, btulos, ouro, carta de fiança) que cubra de 2 a 3 dias de ajuste. MERCADO FUTURO 30 31 Mercado futuro 7,90 7,95 8,00 8,05 8,10 8,15 8,20 16 /02 /98 17 /02 /98 18 /02 /98 19 /02 /98 20 /02 /98 25 /02 /98 26 /02 /98 27 /02 /98 02 /03 98 US $/ sc 8,03 7,98 8,07 8,05 8,00 7,95 8,02 8,12 8,18 MERCADO FUTURO 31 Fonte: Aulas Prof. Alexsandro B. Lopes 32 Comprador Preço Ajuste Vendedor Acum. Diário 8,03 Diário Acum. - 0,05 - 0,05 7,98 + 0,05 + 0,05 + 0,04 + 0,09 8,07 - 0,09 - 0,04 + 0,02 - 0,02 8,05 + 0,02 - 0,02 - 0,03 - 0,05 8,00 + 0,05 + 0,03 - 0,08 - 0,05 7,95 + 0,05 + 0,08 - 0,01 + 0,07 8,02 - 0,07 + 0,01 + 0,09 + 0,10 8,12 - 0,10 - 0,09 ... mercado futuro MERCADO FUTURO 32 Fonte: Aulas Prof. Alexsandro B. Lopes 33 Preço futuro Preço à vista Preço à vista Preço futuro tempo tempo MERCADO FUTURO 33 Fonte: Aulas Prof. Alexsandro B. Lopes 34 Como as datas são fixadas pelas bolsas, na grande maioria das vezes não batem com as operações físicas. Praticamente não tem entrega física. Ajuste diário gera necessidade de gestão diária do caixa. PROBLEMAS COMUNS NO MERCADO DE FUTUROS 34 35 BM&F Agronegócio (hedge, posição física, datas próprias, sem expertise na gestão de fluxos de caixa) -AT +AT Especuladores precisam dos seus iguais termo Hedger Especulador Aspectos didá&cos inspirados nas aulas do Prof. José Roberto Securato (FEA – USP) O ECOSSISTEMA DO MERCADO 35 36 • Futuro de DI – negocia a taxa de juros em reais; • Futuro de DDI – negocia o diferencial entre o CDI e a variação de taxa de câmbio de R$/US$; • Futuro de DOL – negocia dólar norte-americano. MERCADO FUTURO 36 37 Em 01/12/20X6, a Cia. Barreto faz compra a prazo no exterior por US$ 15.000.000. O pagamento será realizado em 02/01/20X7, então, a empresa contrata um hedge em 01/12/20X6, comprando DOL FUT FX7. 1 contrato de DOL FUT = US$ 50.000 Quantos contratos serão necessários? N = 15.000.000/50.000 = 300 contratos Em 01/12/20X6, o preço de DOL FUT FX7 é 2.515 => R$/US$ 2,515 FUTURO DÓLAR Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas. US$ 15.000.000 x R$ 2,55 = R$ 38.250.000 Importação = Derivativo = (R$ 2,55 – R$ 2,515) x 300 x US$ 50.000 = R$ 525.000 Desembolso = R$ 38.250.000 - R$ 525.000 = R$ 37.725.000 R$ 37.725.000 / 15.000.000 = 2,515 = DOL FUT FX7 Em 02/01/20X7, o dólar spot é cotado a R$ 2,55. FUTURO DÓLAR 38 Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas. T.O.B. = 0,2% do valor transacionado (com base no PAD-1) Corretora dá desconto de 80% sobre a T.O.B. Dado => PAD-1 = 2.512 T.O.B. = 0,2% x 300 x 2,512 x 50.000 = 75.360 75.360 x 0,20 = R$ 15.072 Taxa da Bolsa (emolumentos) US$ 1,50 por contrato (converter usando PTAXD-1= R$ 2,49) = 300 x US$ 1,5 x R$ 2,49 = R$ 1.120,50 Taxa de registro 5% dos emolumentos = R$ 1.120,50 x 5% = 56,03 Custo total para abrir posição = R$ 16.248,53 FUTURO DÓLAR 39 Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas. T.O.B. = 0,2% do valor transacionado (com base no PAD-1) Corretora dá desconto de 80% sobre a T.O.B. Dado => PAD-1 =2,55 T.O.B. = 0,2% x 300 x 2,55 x 50.000 = 76.500 76.500 x 0,20 = R$ 15.300 Taxa da Bolsa (emolumentos) US$ 1,50 por contrato (converter usando PAD-1= R$ 2,55) = 300 x US$ 1,5 x R$ 2,55 = R$ 1.147,50 Taxa de registro 5% dos emolumentos = R$ 1.147,50 x 5% = 57,38 Custo total para fechar posição = R$ 16.594,88 Taxa de permanência R$ 0,015 x 300 x 20 d.u. = R$ 90 FUTURO DÓLAR 40 Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas. Desembolso líquido = R$ 38.250.000 - R$ 525.000 = R$ 37.725.000,00 + 16.594,88 + 16.248,53 = R$ 37.757.843,41 Quanto teria desembolsado sem o hedge? R$ 38.250.000 Efeito do hedge = Evitou perda de R$ 38.250.000,00 – R$ 37.757.843,41 = R$ 492.156,59 FUTURO DÓLAR 41 Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas. 42 Ø Negociado em taxa de juros – efe&va 252 du; Ø Vencimento no primeiro dia ú&l dos meses janeiro, fevereiro, março, abril, julho e outubro; Ø Valor final do contrato: R$ 100.000,00. 252)1( 000.100 n i PU + = Se a taxa cai, PU sobe Se a taxa sobe, PU cai Comprar taxa = Vender PU DI FUTURO 42 43 Calcular o PU do seguinte contrato futuro: DI1 para m+2 = 12% a.a. 91,128.98 %)121( 000.100 252 42 = + =PU NMFCPAPAAD TTT ×××−= − )]([ 1 252 1 1 ) 100 1( −+= TDIFC Valor em BRL de cada ponto de PU Número de contratos Para ter comparabilidade, o ajuste do dia anterior é corrigido em 1 dia DI FUTURO 43 44 O valor do contrato é a diferença entre o valor do ativo e o valor do passivo. No momento da contratação, o valor do contrato = “zero” VC = 100.000 - PU0 x (1+iDI) (1+ipre) Tendo passivos em CDI, como proteger-se contra o risco de alta na taxa de juros? Comprando taxa DI FUTURO 1 DIA 44 A taxa de cupom cambial (objeto do contrato de DDI)pode ser definida como a taxa de juros doméstica acima da variação cambial. 1 )var1( )1( − + + = cambial rC Taxa de juros domés&ca em BRL pelo prazo da operação Variação % da taxa de câmbio de BRL/USD no período Um investidor americano possuía USD 100.000 e os converteu em Reais quando 1 USD = 2 BRL. O investidor comprou LTN com vencimento em 12 meses à taxa prefixada de 15% a.a. Após 1 ano, com câmbio de 1 USD = 2,30 BRL, qual o ganho desse investidor? 000.230$)15,1(000.200 RLTN =×= 000.100$ 30,2 000.230$ USR = Quanto ele ganhou/perdeu? Calcule o cupom cambial da operação. FUTURO DDI 45 DDI = Diferencial entre CDI e variação cambial (dólar PTAXd-1) Cupom sujo 1 contrato = US$ 50.000 Uma entidade tem ativos em BRL e passivos em USD. Que risco corre essa entidade? CDI USD Risco = ΔCDI até o Vencimento Disponíveis para a venda Custo amor]zado Custo amor]zado Valor justo Valor justo Contrapar]da no Resultado Contrapar]da no PL 61 CATEGORIAS DE ATIVOS FINANCEIROS Emprés0mos e Recebíveis Inclui a&vos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em mercado a]vo. Por exemplo, emprés&mos concedidos e contas a receber de clientes. C at eg or ia s de In st ru m en to s Fi na nc ei ro s 62 CATEGORIAS DE ATIVOS FINANCEIROS Ao valor justo contra resultado Pode ser subdividida em duas subcategorias: A&vos para negociação e a&vos designados para esta categoria no momento de seu registro inicial. Instrumentos financeiros deriva]vos sempre são enquadrados nesta categoria, exceto aqueles designados como instrumento de hedge. C at eg or ia s de In st ru m en to s Fi na nc ei ro s 63 CATEGORIAS DE ATIVOS FINANCEIROS Man0dos até o Vencimento Assim como os emprés&mos e recebíveis, os a&vos man&dos até o vencimento têm pagamentos fixos ou determináveis, na data de vencimento. A en&dade precisa ter intenção e capacidade de manter os a&vos até o vencimento. C at eg or ia s de In st ru m en to s Fi na nc ei ro s Se um a&vo dessa categoria é vendido ou reclassificado, a en&dade é obrigada a reclassificar todos os demais a&vos e, durante 2 anos, fica proibida de u&lizar essa categoria. 64 CATEGORIAS DE ATIVOS FINANCEIROS Os a&vos financeiros não classificados em nenhuma das três categorias anteriores entram na classificação de a&vos financeiros disponíveis para a venda. Disponíveis para a venda Desde que o a&vo não atenda a definição de valor justo contra resultado, a en]dade pode designá-lo como Disponível para a venda no momento inicial. C at eg or ia s de In st ru m en to s Fi na nc ei ro s 65 CATEGORIAS DE ATIVOS FINANCEIROS Outros passivos financeiros Ao valor justo contra resultado Custo amor]zado Valor justo Contrapar]da no Resultado 66 CATEGORIAS DE PASSIVOS FINANCEIROS Negociação imediata? Intenção de vender no curto prazo? Deriva&vo? Instrumento de hedge? Designado como VJR ou DPV? Hedge accoun&ng VJR DPV E&R VCT Emprés&mos ou recebíveis não cotados em um mercado a&vo? Pagamentos fixos/ determináveis, vencimento fixo e intenção de manter até o vencimento? Outros instrumentos financeiros Sim Não Sim Sim Sim Não Não Não Sim Não Não Sim Sim Não 67 CATEGORIAS DE ATIVOS FINANCEIROS Transferido De: Transferido para: Ao valor justo através do resultado Emprés]mos e recebíveis Man]do até o vencimento Disponível para venda Ao valor justo através do resultado N/A Não Permi]do Não Permi]do Permi]do, exceto para opção de valor justo Emprés]mos e recebíveis Não Permi]do N/A Não Permi]do Não Permi]do Man]do até o vencimento Não Permi]do Não Permi]do N/A Mandatório, nos casos de reclassificação Disponível para Venda Não Permi]do Pemi]do Pemi]do N/A 68 RECLASSIFICAÇÕES ENTRE CATEGORIAS ( DPV) Em qual categoria de instrumentos financeiros os a&vos e passivos abaixo deveriam ser enquadrados, segundo a IAS 39 (CPC 38)? Ações da Petrobrás, que a en&dade pretende manter como um inves&mento de longo prazo. ( VJR ) Ações da Embraer, que a en&dade pretende negociar no curto prazo. Uma carteira de recebíveis que será vendida para um Fundo de Inves&mento. ( VJR ) ( DPV ) Inves&mento em btulos públicos que será man&do até o vencimento. ( VCT ) Inves&mento em btulos privados não negociados em um mercado a&vo. ( E&R ) Se a en&dade &ver capacidade financeira para... 69 CATEGORIAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS ( VJR ) Em qual categoria de instrumentos financeiros os a&vos e passivos abaixo deveriam ser enquadrados, segundo a IAS 39 (CPC 38)? Swaps não caracterizados como hedge. ( VJR ) Opções u&lizadas para hedge econômico, mas não designadas para hedge accoun&ng. Um recebível de clientes que será man&do em carteira ou, eventualmente, negociado. ( E&R ) Uma dívida que será recomprada em curbssimo prazo. ( VJR ) 70 CATEGORIAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS ► Apresentação ► O que são derivativos ► Contabilidade de instrumentos financeiros ► Contabilização de derivativos e hedge ► Hedge accounting ► Divulgação e casos de hedge accounting ► Encerramento 71 As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128 • Instrumento financeiro ou outro contrato com todas as três características: • valor altera-se em resposta à alteração na taxa de juros especificada, preço de instrumento financeiro, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas, avaliação ou índice de crédito, ou outra variável; • não é necessário qualquer investimento líquido inicial ou investimento líquido inicial que não seja significativo; e • é liquidado em data futura. 72 DEFINIÇÃO DO IASB PARA DERIVATIVOS Futuros Swaps Termos Opções Mensuração a valor justo e contrapar]da na DRE 73 REGRA GERAL PARA A CONTABILIZAÇÃO DE DERIVATIVOS 37.650.000 a a 37.650.000 Captação Caixa e Bancos Registre contabilmente a captação realizada pelo Banco Barreto, de US$ 15.000.000 em 01/12/20X1, quando o dólar spot estava cotado a R$ 2,51. 74 EXEMPLO COM DÓLAR FUTURO 1.800.000 b a 37.650.000 b 1.800.000 Caixa e Bancos Conta de Margem Para proteger o passivo em dólares, o banco adquiriu 300 contratos de DOL FUT, e teve que efetuar um depósito de margem de R$ 6.000 por contrato. Contabilize a saída desse recurso de disponibilidades para a conta de margem. 75 EXEMPLO COM DÓLAR FUTURO No fechamento do ano, em 31/12/20X1, contabilize a valorização do passivo, com o dólar spot cotado a R$ 2,57. 37.650.000 a c 900.000 900.000 c Captação Resultado com VC 76 EXEMPLO COM DÓLAR FUTURO Por fim, registre a valorização do contrato de DOL FUT em 31/12/20X1, sabendo que o preço de ajuste na data era de R$ 2,568 enquanto o preço de ajuste inicial foi de R$ 2,515. VJ Ativo (Passivo) = (2,568 - 2,515) x 300 x 50.000 = 795.000,00 d 795.000 795.000 d Mercado futuro - ajustes diários - Ativo Resultado contratos futuros 77 EXEMPLO COM DÓLAR FUTURO A empresa XYZ possui um pagamento a realizar no valor de USD 100.000 proveniente de um emprés&mo contraído junto a um banco. Preocupada com o risco de variação cambial decide realizar um Swap, onde troca a VC (variação cambial) + juros de 4% pela variação de 130% do CDI. O valor em R$ a ser corrigido por 130% do CDI é igual ao da obrigação: Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo VC + 4% VC + 4% 130% CDI 130% CDI + Obrigação Swap Nova Obrigação Depois do Swap = Ativo Passivo VC + 4% Antes do Swap Obrigação EXEMPLO COM SWAP BULLET • A liquidação da operação será através de ajuste financeiro: • Resultado = Ponta Ativa – Ponta Passiva • Cenários possíveis para liquidação, supondo taxa de câmbio na contratação igual a R$/US$1,64: • Tomemos o cenário 2 como modelo para tratamento contábil. CEN1 CEN2 CEN3 CEN4 CEN5 VP 164.000,00 164.000,00 164.000,00 164.000,00 164.000,00 130% CDI 5,00% 5,00% 5,00% 5,00% 5,00% R$/USD t liq 1,44 1,54 1,64 1,74 1,84 VF ATIVO 149.760,00 160.160,00 170.560,00 180.960,00 191.360,00 VF PASSIVO 172.200,00 172.200,00 172.200,00 172.200,00 172.200,00 RESULTADO 22.440,00- 12.040,00- 1.640,00- 8.760,00 19.160,00 EXEMPLO COM SWAP BULLET • Registro contábil da operação antes do SWAP: • Registro na liquidação do SWAP: 164.000,00 Empréstimos a Pagar 12.040,00 12.040,00 Diferencial a Pagar Perda em Derivativos 164.000,00 6.560,00 10.400,00 10.400,006.560,00 Empréstimos a Pagar Despesa de Juros Resultado com VC EXEMPLO COM SWAP BULLET Em 01/01/20X0 a empresa W realizou uma operação de swap pré x CDI, com duração de 3 anos e notional de R$ 100 milhões. Pelo contrato, ao final de cada ano a empresa recebe um pagamento fixo baseado em uma taxa de 16,5% a.a. e paga CDI + 0,5% a.a., com reset no início de cada ano. Os cálculos são feitos sobre o notional. Em 01/01/20X0 o CDI é de 16% a.a. A tabela a seguir resume os resultados da operação, ao longo dos 3 anos: Data CDI Leg ativa 16,5% a.a. Leg passiva CDI + 0,5% Diferencial a receber (pagar) % Diferencial a receber (pagar) $ Valor justo Variação Valor Justo 01/01/2010 16,00% 16,50% 16,50% 0,000000% - - N/A 01/01/2011 16,10% 16,50% 16,60% -0,100000% 100.000 - 160.321 - 160.321 - 01/01/2012 16,30% 16,50% 16,80% -0,300000% 300.000 - 257.954 - 97.633 - 01/01/2013 17,10% 16,50% 17,60% -1,100000% 1.100.000 - - 257.954 81 EXEMPLO DE SWAP COM RESET Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas. a. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/20X1. b. Reconheça o valor justo da operação. Disponibilidades Despesas em operações com derivativos Swap (diferencial a pagar) 100.000 a a 100.000 160.321 b b 160.321 Disponibilidades Despesas em operações com derivativos 100.000 a a 100.000 160.321 b 82 EXEMPLO DE SWAP COM RESET Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas. c. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/20X2. d. Reconheça o valor justo da operação. Disponibilidades Despesas em operações com derivativos Swap (diferencial a pagar) 100.000 a a 100.000 160.321 b 300.000 c b 160.321 c 300.000 Disponibilidades Despesas em operações com derivativos Swap (diferencial a pagar) 100.000 a a 100.000 160.321 b 300.000 c b 160.321 97.633 d c 300.000 d 97.633 83 EXEMPLO DE SWAP COM RESET Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas. e. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/20X3. f. Reconheça o valor justo da operação. Disponibilidades Despesas em operações com derivativos Swap (diferencial a pagar) 100.000 a A 100.000 160.321 b 300.000 c b 160.321 97.633 d 1.100.000 e C 300.000 D 97.633 E 1.100.000 Disponibilidades Despesas em operações com derivativos Swap (diferencial a pagar) 100.000 a a 100.000 257.954 f f 257.954 160.321 b 300.000 c b 160.321 97.633 d 1.100.000 e c 300.000 d 97.633 1.500.000 e 1.100.000 - - 1.500.000 84 EXEMPLO DE SWAP COM RESET Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas. Deriva&vo protegendo uma dívida em USD Dívida em USD • No obje&vo do hedge; • No impacto contábil. 85 SITUAÇÕES PARA PENSAR... CR em USD Deriva&vo protegendo o CR em USD • No obje&vo do hedge; • No impacto contábil. 86 SITUAÇÕES PARA PENSAR... Estoque de Commodi&es Deriva&vo protegendo o valor do estoque • No obje&vo do hedge; • No impacto contábil. 87 SITUAÇÕES PARA PENSAR... Deriva&vo protegendo receitas futuras em USD • No obje&vo do hedge; • No impacto contábil. 88 SITUAÇÕES PARA PENSAR... ► Apresentação ► O que são derivativos ► Contabilidade de instrumentos financeiros ► Contabilização de derivativos e hedge ► Hedge accounting ► Divulgação e casos de hedge accounting ► Encerramento 89 As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128 Hedge Accoun]ng Hedge Também chamado de hedge econômico, é uma estratégia u]lizada para proteger a]vos, passivos ou fluxos de caixa. É um critério contábil opcional que permite relacionar o instrumento de hedge com o item protegido, de forma que as DFs reflitam de maneira mais precisa o regime de competência. Só é possível quando existe uma estratégia de hedge econômico. 90 HEDGE ACCOUNTING 91 HEDGE ACCOUNTING Hedge significa proteção, e tem natureza financeira, enquanto hedge accoun&ng é um disposi&vo contábil. A aplicação desse disposi&vo altera o critério de mensuração e/ou contabilização do objeto de hedge e/ou do instrumento de hedge, de forma que a contabilidade demonstre a essência econômica da operação, resolvendo ou mi&gando o problema do regime de competência, ou seja, da confrontação dos resultados dos instrumentos de hedge com os resultados dos itens protegidos (objetos de hedge). Para se qualificar para a contabilidade de hedge, o hedge tem de se relacionar com um risco específico iden]ficado e designado, e não meramente com os riscos comerciais gerais da en&dade, e em úl&ma análise tem de afetar os resultados da en&dade. Objeto de Hedge Ø ou grupos das operações mencionadas acima (macro hedge) Ø ou partes das operações mencionadas acima Ativo Reconhecido Passivo Reconhecido Compromisso Firme Investimento líquido no exterior Fluxo de Caixa previsto 92 OBJETO DE HEDGE O objeto de hedge se refere ao item protegido, sobre o qual existe uma exposição a risco. Nos instrumentos financeiros, os principais riscos protegidos são: risco de taxa de juros, risco de variação em moeda estrangeira, risco de crédito e risco de preço. Nos a&vos e passivos não financeiros, em geral protege-se o risco total ou o risco de variação em moeda estrangeira (risco cambial). Não podem ser Objeto de Hedge 93 • A&vos financeiros man&dos até o vencimento; • Inves&mentos líquidos em a&vos e passivos (exceto se forem exposições em inves&mentos líquidos man&dos no exterior); • Compromisso firme de aquisição de um negócio; • A&vos, passivos ou fluxos de caixa com contraparte que faça parte do mesmo grupo econômico. OBJETO DE HEDGE Instrumento de Hedge Ø É um derivativo ou ativo ou passivo financeiro não derivativo em que se espera que o valor justo ou fluxos de caixa compense as alterações no valor justo ou nos fluxos de caixa de um objeto de hedge. Ø Instrumento financeiro não derivativo só pode ser designado como instrumento de hedge no caso de proteção de risco cambial. Ø Operações entre empresas do grupo não podem ser usadas como instrumento de proteção. Swap de Taxa de Juros Swap de Moeda Opção Compradas DI Futuro Contas a Receber em EUR (risco cambial) Exemplos 94 INSTRUMENTO DE HEDGE Hedge de valor justo Hedge de fluxo de caixa Hedge de inves]mentolíquido no exterior • Preços de ativos e passivos • Ativos financeiros prefixados • Ativos financeiros pós-fixados • Fluxos de caixa previstos ou compromissos firmes • Hedge de investimentos líquidos (Ativos – Passivos) em entidades situadas em países estrangeiros. 95 CATEGORIAS DE HEDGE ACCOUNTING Instrumento de Hedge Valor Justo Objeto de Hedge Valor justo com respeito ao risco sendo mi]gado Mudança de valor justo impacta a DRE • O risco sendo mitigado é a mudança no valor justo (Fair Value Hedge) 96 HEDGE DE VALOR JUSTO Fonte: Ronaldo Dias e Ivan Nacsa Instrumento de Hedge Valor Justo Objeto de Hedge Não muda base de contabilização Mudanças no Valor justo Patrimônio Mudanças no Valor justo Resultado parte efe]va parte inefe]va • O risco sendo mitigado é a potencial volatilidade dos fluxos de caixa futuros (Cash Flow Hedge). 97 HEDGE DE FLUXO DE CAIXA Fonte: Ronaldo Dias e Ivan Nacsa Instrumento de Hedge Valor Justo Objeto de Hedge Não muda base de contabilização Mudanças no Valor justo Patrimônio Mudanças no Valor justo Resultado parte efe]va parte inefe]va Consolidação 98 HEDGE DE INVESTIMENTO LÍQUIDO NO EXTERIOR Um derivativo designado como instrumento de cobertura é sempre mensurado pelo valor justo Um derivativo não designado como instrumento de cobertura é sempre mensurado pelo valor justo Um não-derivativo pode ser designado como instrumento de hedge somente para cobertura de risco cambial A parcela inefetiva de um instrumento de hedge de valor justo é contabilizada no PL, sendo evidenciada na DRA (Demonstração de Resultados Abrangentes) ( F ) ( V ) ( V ) ( V ) 99 ASSINALE “V” OU “F” • Exposição deve no final impactar o resultado • Transação prevista deve ser altamente provável • O hedge deve se manter altamente efetivo • Efetividade deve ser medida de forma confiável • Relação de Hedge deve ser formalmente documentada • Externalização dos riscos 100 REQUERIMENTOS PARA HEDGE ACCOUNTING • Politica de hedge formalmente definida, incluindo o uso do hedge accounting e suas implicações. Fonte: Ronaldo Dias e Ivan Nacsa ü identificação do instrumento de hedge; ü identificação do objeto de hedge; ü natureza do risco a ser coberto; e ü forma como a entidade vai avaliar a efetividade. A documentação de hedge deve conter: 101 DOCUMENTAÇÃO DO HEDGE ACCOUNTING Teste Prospectivo Desempenho Futuro Teste Retrospectivo Desempenho Passado 102 A efe&vidade do hedge mede o grau em que a mudança no valor justo ou no fluxo de caixa do item objeto de hedge atribuível ao risco protegido é compensada pela mudança no valor justo ou no fluxo de caixa do instrumento de hedge. A demonstração da efe&vidade do hedge é um dos grandes desafios no enquadramento de uma operação dentro da metodologia de hedge accoun&ng. O método selecionado para cálculo da efe&vidade deve ser documentado no início da operação, e aplicado de maneira consistente no decorrer do seu prazo, sendo que, para ser considerado eficiente, o hedge deve ter efe&vidade no intervalo de 80% a 125%. HEDGE ACCOUNTING - EFETIVIDADE 103 Um hedge é considerado como sendo altamente efe]vo somente se ambas as condições são a&ngidas: - Na data de designação e subsequentemente, espera-se que o hedge seja altamente efe]vo em compensar as variações no valor justo ou fluxo de caixa atribuíveis ao risco protegido durante o período para o qual o hedge foi designado. Tal expecta&va pode ser demonstrada de várias maneiras, incluindo uma comparação de variações passadas no valor justo ou no fluxo de caixa do objeto de hedge com as variações passadas no valor justo ou no fluxo de caixa do instrumento de hedge, ou demonstrando uma alta correlação esta}s]ca entre o valor justo ou fluxo de caixa do objeto de hedge e do instrumento de hedge; - Os resultados reais do hedge estão dentro do intervalo de 80-125%. A eficácia deve ser avaliada, no mínimo, no momento em que a en&dade prepara as suas demonstrações financeiras anuais ou intercalares. HEDGE ACCOUNTING - EFETIVIDADE Efetividade = Fair Value Objeto de Hedge Fair Value Instrumento de Hedge Efe]vo se 80%justo do objeto de hedge; = médias das alterações no valor justo do instrumento de hedge. Em seguida, deve-se calcular o coeficiente de determinação da regressão, dada por R2, através da fórmula: Onde: ∑ ∑ = = − − = n i i n i i yy yY R 1 2 1 2 2 )( )( Há evidências de efe&vidade prospec&va do hedge se, além de o coeficiente angular da correlação (b) for nega&vo e próximo de –1, indicando que as variáveis x e y são inversamente proporcionais, R2 for maior ou igual a 0,7, o que representa uma correlação superior a 80% entre as duas variáveis (R2 = 64%). 108 Outro critério geralmente u&lizado para comprovar a efe&vidade do hedge é o confronto dos termos crí&cos (cri&cal terms match), que consiste na comparação dos principais termos do objeto de hedge com os termos do instrumento de hedge. HEDGE ACCOUNTING - EFETIVIDADE Confronto dos termos crí]cos: Objeto de hedge Data de vencimento Volume/quan&dade Indexador Moeda Instrumento de hedge Data de vencimento Volume/quan&dade Indexador Moeda Fonte: www.mark2market.com.br 109 HEDGE ACCOUNTING - EFETIVIDADE Fonte: www.mark2market.com.br 110 HEDGE EFETIVO Fonte: www.mark2market.com.br 111 HEDGE NÃO EFETIVO ü o instrumento de hedge expirar ou for vendido, terminado ou exercido; ü o hedge deixar de sa]sfazer os critérios para contabilidade de hedge; ü a en]dade revogar a designação. A estratégia de hedge accounting deverá ser descontinuada prospectivamente se: 112 DESCONTINUAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE HEDGE ACCOUNTING Classifique as transações seguintes em: (a) derivativos ao valor justo pelo resultado; (b) hedge de valor justo; (c) hedge de fluxo de caixa; e (d) hedge de investimento líquido no exterior. (b) Contrato de swap no qual pago CDI e recebo uma taxa prefixada utilizado para proteger uma dívida prefixada. (c) Contrato de venda de dólar a termo para proteger uma venda projetada de barris de petróleo no mercado externo. (c) Contrato de venda de DI futuro para proteger uma aplicação financeira indexada ao CDI. (b) Opção de venda de ações PETR3 para proteger uma carteira de ações da Petrobrás. 113 EXERCÍCIO - CATEGORIAS DE HEDGE ACCOUNTING Classifique as transações seguintes em: (a) derivativos ao valor justo pelo resultado; (b) hedge de valor justo; (c) hedge de fluxo de caixa; e (d) hedge de investimento líquido no exterior. (c) Proteção de um Contas a Receber em dólar com a venda de dólares a termo. (d) Hedge do patrimônio líquido de uma controlada situada em Cayman (b) Contrato de venda futura de café para proteção do estoque. (c) Swap de moeda contratado para proteger uma dívida que será emitida no próximo mês. 114 EXERCÍCIO - CATEGORIAS DE HEDGE ACCOUNTING ► Apresentação ► O que são derivativos ► Contabilidade de instrumentos financeiros ► Contabilização de derivativos e hedge ► Hedge accounting ► Divulgação e casos de hedge accounting ► Encerramento 115 As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128 apresentar a relevância dos instrumentos financeiros para a empresa, as estratégias e gestão de riscos u&lizadas, bem como os impactos financeiros relacionados as posições em risco man&das na carteira. Obje]vo Abordagem CPC 40 SIGNIFICÂNCIA DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS Balanço Patrimonial DRE Outras divulgações NATUREZA E EXTENÇÃO DOS RISCOS Informações qualita&vas Informações quan&ta&vas Fonte: Thiago Escrivão, 2011 DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7 A tiv os F in an ce iro s valor justo através do resultado mantidos até o vencimento Intenção de geração de resultado no curto prazo, derivativos ou Fair Value Option Intenção e capacidade financeira de manter até o vencimento Inexistência de mercado ativo Não se enquadrar em nenhuma das categorias Empréstimos e recebíveis Pa ss iv os F in an ce iro s Fair Value Option Demais passivos cobertos no escopo do IAS 39 Valor justo através do resultado Mensurados pelo custo amortizado disponível para venda Fonte: Thiago Escrivão, 2011 DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7 Valor justo e contábil Garan&as e Provisões Reclassificação Desreconhecimento Balanço Patrimonial Fonte: Thiago Escrivão, 2011 DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7 Ganhos e perdas Contabilização de hedge Metodologia de cálculo do valor justo Polí&cas contábeis DRE e Outras Divulgações Fonte: Thiago Escrivão, 2011 DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7 • Identificação da exposição ao risco • Estrutura organizacional • Estratégias, objetivos, políticas e processos • Metodologias de mensuração In fo rm aç õe s qu al it a] va s Geral • Sumarização das exposições ao risco • Concentração ao risco Risco de Crédito • Valor da exposição e qualidade do crédito • Garantias • Ativos vencidos (valor e prazo) Risco de Liquidez • Fluxo de vencimento do passivo In fo rm aç õe s qu an ] ta ] va s Risco de Mercado • VaR (Value at Risk) • Análise de sensibilidade Fonte: Thiago Escrivão, 2011 DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7 121 A entidade deve divulgar separadamente os itens a seguir para cada tipo de hedge descrito no Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (isto é, hedge de valor justo, hedge de fluxo de caixa e hedge de investimento realizado no exterior): (a) descrição de cada tipo de hedge; (a) descrição dos instrumentos 4inanceiros designados como instrumentos de hedge e seus valores justos na data das demonstrações contábeis; e (a) a natureza dos riscos que estão sendo objeto do hedge. DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7 122 Para hedges de fluxo de caixa, a entidade deve divulgar: • os períodos em que se espera que o 4luxo de caixa irá ocorrer e quando espera-se que eles afetarão o resultado; • uma descrição de qualquer operação prevista em que foi utilizada a contabilidade de hedge, mas que já não se espera que ocorra; • o montante que tenha sido reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período; • a quantia que tenha sido reclassi:icada do patrimônio líquido para o resultado do período, mostrando o montante incluído em cada item da demonstração do resultado abrangente; e • o montante que tenha sido removido do patrimônio líquido durante o período e incluído no custo inicial ou outro valor contábil de ativo não :inanceiro ou passivo não :inanceiro cuja aquisição ou incorrência tenha sido um hedge de operação prevista e altamente provável. DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7 123 A entidade deve divulgar separadamente: a. em hedges de valor justo, ganhos ou perdas: i. sobre o instrumento de hedge; e ii. sobre o objeto de hedge atribuído ao risco coberto; b. a ine:icácia do hedge reconhecida no resultado que decorre de hedges de :luxo de caixa; e c. a ine:icácia do hedge reconhecida no resultado que decorre de hedges de investimentos líquidos em operações no exterior. DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7 divulgação de informações quan&ta&vas e qualita&vas dos instrumentos financeiros, segregados por instrumentos especula&vos e hedges. Obje]vo Abordagem Análise de sensibilidade • Evidenciar o efeito da análise por fator de risco de mercado • Descrever as metodologias e premissas u&lizadas nos cenários (três) Operações de hedge • Apresentar o objeto de hedge e o instrumento financeiro derivativo utilizado • Mostrar a efe&vidade do hedge na análise de sensibilidade Fonte: Thiago Escrivão, 2011 INSTRUÇÃO CVM 475 – ANÁLISE DE SENSIBILIDADE Cenário I • Cenário provável e referenciado porfonte externa independente Cenário II • Variação de 25% dos fatores de risco Cenário III • Variação de 50% Fonte: Thiago Escrivão, 2011 INSTRUÇÃO CVM 475 – ANÁLISE DE SENSIBILIDADE ► Apresentação ► O que são derivativos ► Contabilidade de instrumentos financeiros ► Contabilização de derivativos e hedge ► Hedge accounting ► Divulgação e casos de hedge accounting ► Encerramento 126 As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128 Professor Eric Barreto eric.barreto@m2msaber.com.br ESPERAMOS ENCONTRÁ-LOS EM BREVE (11) 4302-5926 www.m2msaber.com.br Av. Brig. Faria Lima, 1685, 4º andar Direitos autorais: Os autores permitem a u&lização total ou parcial deste material, desde que a fonte seja citada conforme abaixo: BARRETO, Eric; ALMEIDA, Diana. Contabilização de deriva&vos e accoun&ng. Disponível em: m2msaber.com.br, 2015. ( DPV) Em qual categoria de instrumentos financeiros os a&vos e passivos abaixo deveriam ser enquadrados, segundo a IAS 39 (CPC 38)? Ações da Petrobrás, que a en&dade pretende manter como um inves&mento de longo prazo. ( VJR ) Ações da Embraer, que a en&dade pretende negociar no curto prazo. Uma carteira de recebíveis que será vendida para um Fundo de Inves&mento. ( VJR ) ( DPV ) Inves&mento em btulos públicos que será man&do até o vencimento. ( VCT ) Inves&mento em btulos privados não negociados em um mercado a&vo. ( E&R ) Se a en&dade &ver capacidade financeira para... 128 RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – CLASSIF. IF ( VJR ) Em qual categoria de instrumentos financeiros os a&vos e passivos abaixo deveriam ser enquadrados, segundo a IAS 39 (CPC 38)? Swaps não caracterizados como hedge. ( VJR ) Opções u&lizadas para hedge econômico, mas não designadas para hedge accoun&ng. Um recebível de clientes que será man&do em carteira ou, eventualmente, negociado. ( E&R ) Uma dívida que será recomprada em curbssimo prazo. ( VJR ) 129 RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – CLASSIF. IF 37.650.000 a a 37.650.000 Captação Caixa e Bancos Registre contabilmente a captação realizada pelo Banco Barreto, de US$ 15.000.000 em 01/12/2006, quando o dólar spot estava cotado a R$ 2,51. 130 RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – FUTURO DÓLAR 1.800.000 b a 37.650.000 b 1.800.000 Caixa e Bancos Conta de Margem Para proteger o passivo em dólares, o banco adquiriu 300 contratos de DOL FUT, e teve que efetuar um depósito de margem de R$ 6.000 por contrato. Contabilize a saída desse recurso de disponibilidades para a conta de margem. 131 RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – FUTURO DÓLAR No fechamento do ano, em 31/12/2006, contabilize a valorização do passivo, com o dólar spot cotado a R$ 2,57. 37.650.000 a c 900.000 900.000 c Captação Resultado com VC 132 RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – FUTURO DÓLAR Por fim, registre a valorização do contrato de DOL FUT em 31/12/2006, sabendo que o preço de ajuste na data era de R$ 2,568 enquanto o preço de ajuste inicial foi de R$ 2,515. VJ Ativo (Passivo) = (2,568 - 2,515) x 300 x 50.000 = 795.000,00 d 795.000 795.000 d Mercado futuro - ajustes diários - Ativo Resultado contratos futuros 133 RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – FUTURO DÓLAR Em 01/01/2010 a empresa W realizou uma operação de swap pré x CDI, com duração de 3 anos e notional de R$ 100 milhões. Pelo contrato, ao final de cada ano a empresa recebe um pagamento fixo baseado em uma taxa de 16,5% a.a. e paga CDI + 0,5% a.a., com reset no início de cada ano. Os cálculos são feitos sobre o notional. Em 01/01/2010 o CDI é de 16% a.a. A tabela a seguir resume os resultados da operação, ao longo dos 3 anos: Data CDI Leg ativa 16,5% a.a. Leg passiva CDI + 0,5% Diferencial a receber (pagar) % Diferencial a receber (pagar) $ Valor justo Variação Valor Justo 01/01/2010 16,00% 16,50% 16,50% 0,000000% - - N/A 01/01/2011 16,10% 16,50% 16,60% -0,100000% 100.000- 160.321- 160.321- 01/01/2012 16,30% 16,50% 16,80% -0,300000% 300.000- 257.954- 97.633- 01/01/2013 17,10% 16,50% 17,60% -1,100000% 1.100.000- - 257.954 134 RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – SWAP RESET a. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/2011. b. Reconheça o valor justo da operação. Disponibilidades Despesas em operações com derivativos Swap (diferencial a pagar) 100.000 a a 100.000 160.321 b b 160.321 Disponibilidades Despesas em operações com derivativos 100.000 a a 100.000 160.321 b 135 RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – SWAP RESET c. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/2012. d. Reconheça o valor justo da operação. Disponibilidades Despesas em operações com derivativos Swap (diferencial a pagar) 100.000 a a 100.000 160.321 b 300.000 c b 160.321 c 300.000 Disponibilidades Despesas em operações com derivativos Swap (diferencial a pagar) 100.000 a a 100.000 160.321 b 300.000 c b 160.321 97.633 d c 300.000 d 97.633 136 RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – SWAP RESET e. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/2013. f. Reconheça o valor justo da operação. Disponibilidades Despesas em operações com derivativos Swap (diferencial a pagar) 100.000 a A 100.000 160.321 b 300.000 c b 160.321 97.633 d 1.100.000 e C 300.000 D 97.633 E 1.100.000 Disponibilidades Despesas em operações com derivativos Swap (diferencial a pagar) 100.000 a a 100.000 257.954 f f 257.954 160.321 b 300.000 c b 160.321 97.633 d 1.100.000 e c 300.000 d 97.633 1.500.000 e 1.100.000 - - 1.500.000 137 RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – SWAP RESET Um derivativo designado como instrumento de cobertura é sempre mensurado pelo valor justo Um derivativo não designado como instrumento de cobertura é sempre mensurado pelo valor justo Um não-derivativo pode ser designado como instrumento de hedge somente para cobertura de risco cambial A parcela inefetiva de um instrumento de hedge de valor justo é contabilizada no PL, sendo evidenciada na DRA (Demonstração de Resultados Abrangentes) ( F ) ( V ) ( V ) ( V ) 138 RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – V OU F Classifique as transações seguintes em: (a) derivativos ao valor justo pelo resultado; (b) hedge de valor justo; (c) hedge de fluxo de caixa; e (d) hedge de investimento líquido no exterior. (b) Contrato de swap no qual pago CDI e recebo uma taxa prefixada utilizado para proteger uma dívida prefixada. (c) Contrato de venda de dólar a termo para proteger uma venda projetada de barris de petróleo no mercado externo. (c) Contrato de venda de DI futuro para proteger uma aplicação financeira indexada ao CDI. (b) Opção de venda de ações PETR3 para proteger uma carteira de ações da Petrobrás. 139 EXERCÍCIO - CATEGORIAS DE HEDGE ACCOUNTING Classifique as transações seguintes em: (a) derivativos ao valor justo pelo resultado; (b) hedge de valor justo; (c) hedge de fluxo de caixa; e (d) hedge de investimentolíquido no exterior. (c) Proteção de um Contas a Receber em dólar com a venda de dólares a termo. (d) Hedge do patrimônio líquido de uma controlada situada em Cayman (b) Contrato de venda futura de café para proteção do estoque. (c) Swap de moeda contratado para proteger uma dívida que será emitida no próximo mês. 140 EXERCÍCIO - CATEGORIAS DE HEDGE ACCOUNTING Direitos autorais: Os autores permitem a u&lização total ou parcial deste material, desde que a fonte seja citada conforme abaixo: BARRETO, Eric; ALMEIDA, Diana. Contabilização de deriva&vos e accoun&ng. Disponível em: m2msaber.com.br, 2015. Professor Eric Barreto eric.barreto@m2msaber.com.br (11) 4302-5926 www.m2msaber.com.br Av. Brig. Faria Lima, 1685, 4º andar ESPERAMOS ENCONTRÁ-LOS EM BREVE