Prévia do material em texto
Figura (A obra mostra Platão e Aristóteles no centro, simbolizando suas visões opostas: o mundo das ideias e o mundo sensível) Fonte: Rafael Sanzio, A Escola de Atenas (1511), domínio público.Disponível em https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola- de-atenas-de-rafael-sanzio/ acesso em 02/0 SOARES, Eveline de Lima Fernandes Arquitetura e Urbanismo - 2º período e-mail: evelinefernandessoares@outlook.com 1. RESUMO Este trabalho analisa a estética de Aristóteles como resposta direta às críticas formuladas por Platão à mímesis. Enquanto Platão considera a arte uma imitação enganosa e moralmente perigosa, Aristóteles compreende a imitação como uma disposição natural e educativa do ser humano. A partir da Poética, investiga-se o papel da tékhne (saber técnico) e da poiésis (produção criadora) como fundamentos da arte, bem como a estrutura da tragédia e a função catártica. A pesquisa demonstra que, para Aristóteles, a arte não afasta da verdade, mas revela aspectos profundos da experiência humana e contribui para a formação ética e política do cidadão. Palavras-chaves: Aristóteles, Mimesís, Tekhné, Poiesis, Platão 3. METODOLOGIA A metodologia adotada é bibliográfica e hermenêutica, focando na interpretação aprofundada de textos filosóficos. A pesquisa baseia-se na leitura integral da Poética de Aristóteles, contrastando seus conceitos com a República (Livro X) de Platão. O objetivo é interpretar a tragédia grega como conhecimento moral, utilizando também a análise de comentadores contemporâneos e uma leitura simbólica da pintura A Escola de Atenas para ilustrar visualmente a divergência entre os dois filósofos. 4. REFERENCIAL TEÓRICO O núcleo da estética aristotélica defende que a mímesis (imitação) é um processo natural de aprendizado e compreensão da realidade, e não uma simples cópia. A arte é o resultado da tékhnē (saber-fazer metódico) e da poiésis (criação de significado). Diferente de Platão, que via a arte como corruptora, Aristóteles argumenta que a que a tragédia e a catarse (purificação emocional) refinam, educam e promovem a clareza moral do ser humano. 5. RESULTADOS Os resultados desta pesquisa demonstram que Aristóteles oferece uma resposta sistemática e robusta à condenação platônica da arte. A análise dos conceitos de tékhnē e poiésis evidencia que a atividade artística é racional, técnica e criadora, superando a noção de mera reprodução inferior. A tragédia, ao produzir a catarse, contribui fundamentalmente para a vida ética e política. Assim, este estudo permite compreender a arte como uma ferramenta essencial de formação humana, reforçando sua relevância no debate estético e cultural contemporâneo. 6. REFERÊNCIAS BIBLILIOGRÁFICAS ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Rafael Brunhara. Porto Alegre: L&PM, 2021. PLATÃO. A República [recurso eletrônico]. Tradução de Fábio Meneses Santos. Jandira, SP: Principis, 2021. 640 p. (Clássicos da literatura mundial). ISBN 978-65-5552-465-9. TÉKHNĒ E POIÉSIS EM ARISTÓTELES: UMA RESPOSTA À CRÍTICA PLATÔNICA À MIMSIS 2. QUESTÃO-PROBLEMA Aristóteles, em sua Poética, redefine a arte como uma forma de imitação que possui valor cognitivo e educativo, contrastando com a visão platônica que considera a mímesis como uma reprodução inferior da realidade. A partir da tradução de Rafael Brunhara, e também à luz das interpretações modernas de Martha Nussbaum, que explora o papel da arte e da tragédia na formação moral e ética, surge a seguinte questão: De que maneira a tékhnē e a poíesis, conforme definidas por Aristóteles na Poética de Brunhara, constituem uma defesa da arte contra a crítica platônica à mímesis? (Nussbaum, 1990) S E M I N Á R I O T E M Á T I C O ESTÉTICA - Arquitetura e Design “O prazer da imitação é natural ao ser humano.” — Aristóteles, Poética (cap. 4), paráfrase https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ https://conhecerepensar.wordpress.com/2016/02/13/a-escola-de-atenas-de-rafael-sanzio/ Slide 1