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Relatório de aula prática Tema: Células Animais Prática: Observação de células do epitélio (mucosa) bucal Introdução: O Epitélio O epitélio é um tecido celular existente nos animais, formado por uma só ou várias camadas, que limita as superfícies externas e internas do corpo. O epitélio bucal, tal como o próprio nome indica, o tecido animal que reveste a mucosa bucal, essencialmente caracterizado por apresentar células arredondadas ou alongadas que não possuem parede celular rígida como as células vegetais. Técnicas e meio de montagem A observação de material microscópico exige a aplicação de diversas técnicas para uma observação pormenorizada dos componentes celulares, visto que as células são de reduzidas dimensões e não apresentam contraste entre os seus constituintes. Estas técnicas primam pelo mínimo de alteração possível das características originais do material a observar, e conservam-no por um período de tempo mais longo do que o habitual, uma vez que as células rapidamente se danificam devido á evaporação do meio de montagem, que é acompanhado de um processo progressivo de degradação e autólise. A coloração é uma técnica que permite evidenciar determinados constituintes celulares, pois estes tendem a absorver certos corantes. Assim sendo, de acordo com os constituintes a observar, devemos utilizar o corante certo. Tal como nesta atividade experimental, utilizou-se a solução de azul de metileno, um corante básico que atua preferencialmente sobre o núcleo corando-o de azul, permitindo uma boa visualização deste organito. Os corantes possuem técnicas de aplicação, sendo uma delas a técnica de irrigação ou capilaridade. Esta técnica consiste em aplicar uma gota de corante num dos bordos da lamela, e no lado oposto da lamela, coloca-se uma tira de papel de filtro, cujo efeito de sucção permite ao material biológico entrar em contacto com o corante, realçando as estruturas que não contrastam suficientemente de modo a tornarem-se distintas umas das outras. Esfregaço é uma leve camada de matéria orgânica sobre uma lâmina de vidro, para exame microscópico. A técnica do esfregaço que é utilizada para material que se encontra formado por células isoladas, como por exemplo as células da mucosa bucal. Esta consiste em espalhar uma gota do material biológico a observar sobre uma lâmina de vidro formando uma fina película para uma melhor observação ao microscópio, que mais tarde pode ser submetida a uma coloração para evidenciar alguns constituintes desse material a ser visualizado. Objetivos: Preparar lâmina “a fresco” das células da mucosa bucal com e sem coloração. Material: Palitos de madeira (Swab). Lâmina e lamínula. Solução salina 2%. Azul de metileno. Papel de filtro. Procedimento A: Raspou-se a mucosa bucal com auxílio de um palito de madeira. Com o material colhido fez-se um esfregaço fino e transparente sobre uma lâmina seca. Deixou-se a lâmina secar movimentando-a no ar. Pingou-se uma gota de solução salina sobre o material. Cobriu-se com lamínula e observou-se ao microscópio com as objetivas de 4x, 10x, 40x. Esquematizou-se o material observado na objetiva de 40x Procedimento B: Retirou-se a lâmina do microscópio. Substitui-se, por capilaridade, a solução salina da mesma preparação pelo corante azul de metileno. Esperou-se cinco minutos para corar bem e observou-se ao microscópio. Esquematizou-se o material observando nas objetivas de 10x, 40x, 100x, identificando as estruturas celulares reconhecidas. Resultados: Procedimento A: Sem corante: Nesta objetiva e sem corante não é possível ver tantos detalhes, mas podemos ver claramente o núcleo e o citoplasma granuloso. 400x 40/0.6 Procedimento B: O corante azul de metileno utilizado nesta atividade experimental corou o núcleo, o que vai de encontro á sua função que é precisamente evidenciar esta organela. Contudo, o resto da célula também ficou azul, embora numa tonalidade mais clara, o que permitiu observar mais pormenorizadamente os seus constituintes e verificar as diferenças existentes entre a célula eucariótica animal e a célula eucariótica vegetal. O citoplasma não se mistura com o meio concluímos que ele é delimitado por uma membrana, não visível ao microscópio óptico, denominada membrana plasmática, esta que por sua vez tem a função de controlar o que entra e o que sai da célula. O envoltório presentes nas células eucariontes animais é o glicocálix, sua visualização é possível com aumento de 400x, porem sua visualização não foi evidenciada na pratica, porque são estruturas pouco perceptíveis. Com corante: 100x 10/0.25 400x 40/0.65 A célula agora com muito mais detalhes é possível ver o seu núcleo bem no centro e pode-se perceber que eram duas células uma encima da outra, 1000x 100/1.25 Discussão: Quais estruturas foram observadas nas células coradas e não coradas? R:O limite entre a célula e o seu meio, o núcleo, citoplasma. Qual foi a ação do corante vital utilizado nas células? R: Corantes vitais são substâncias tintoriais utilizadas para corar tecidos vivos. No caso corar o núcleo. Foi possível observar a membrana plasmática? O que é o limite celular? R: A membrana plasmática não é visualizada ao microscópio óptico. É o limite entre o limite celular e o limite extracelular. Que diferença foi possível observar entre o citoplasma das células da mucosa bucal e das células vegetais? R: A célula da mucosa tem o citoplasma granuloso e as vegetais não. Descreva a forma das células da mucosa bucal. R: As células animais apresentam formas ovais e arredondadas Qual a forma do núcleo e que posição ocupa nessas células? R: O núcleo tem forma arredondada oval, o se situa em sua maioria na observação no centro e não mais na lateral. Por que há necessidade de se fazer o esfregaço para observação adequada dessas células? R: É uma técnica que permite a separação de células em meio líquido. Consiste em espalhar um fragmento de tecido ou de uma colônia sobre uma lâmina de vidro, o que provoca a dissociação de alguns elementos celulares e a sua aderência ao vidro. Forma-se assim uma fina camada de células, facilitando a observação. Este método é usado na observação de sangue e outros líquidos orgânicos, em que se coloca uma gota do líquido sobre uma lâmina, e com a ajuda de outra lâmina ou lamela se espalha bem. Depois de seco o material pode ser corado e fixado.
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