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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Marketing Aluna: Ana Gabriely Avila Martins Matrícula: 1240120040 Disciplina: Novos Negócios para Mercado Global Posicionamento Estratégico de Produtos Brasileiros no Mercado Global: Havaianas e Natura Tijuca/RJ 2025 1 Sumário Introdução................................................................................................................................. 3 Desenvolvimento................................................................................................................ 3 Conclusão..................................................................................................................... 4 Referências Bibliográficas.......................................................................................4 2 Introdução Quando se fala em internacionalização de produtos brasileiros, muitos ainda associam o país apenas às exportações de commodities, como café, soja e minério de ferro. No entanto, o Brasil também exporta marcas, ideias e identidades. A globalização, entendida como a diminuição das fronteiras econômicas, culturais e informacionais, abriu espaço para que empresas brasileiras ganhassem visibilidade no mercado mundial. Este trabalho analisa dois exemplos representativos: as sandálias Havaianas, que passaram de um “sapato de pobre” a ícone global de estilo de vida, e a Natura, que construiu sua reputação ao vincular cosméticos à sustentabilidade e à inovação. O objetivo é comparar o posicionamento estratégico de cada marca e relacionar esses casos com conceitos abordados na disciplina, como globalização, estandardização e experiência de marca. Desenvolvimento As Havaianas surgiram em 1962 como um calçado simples e acessível, inspirado nas tradicionais sandálias japonesas. Durante muito tempo foram vistas como produto popular, associado às classes de menor renda. A transformação aconteceu nos anos 1990, quando a marca passou a investir em cores vibrantes, campanhas criativas e parcerias com estilistas. Esse reposicionamento ilustra a lógica da globalização: a capacidade de oferecer o mesmo produto em diferentes países, preservando sua identidade, mas adaptando a linguagem ao consumidor local. Assim, as Havaianas deixaram de ser apenas chinelos funcionais para se tornarem uma experiência cultural associada ao Brasil, ao verão e à autenticidade. Como destacam Kotler e Keller (2010), muitas vezes o consumidor consome primeiro a imagem do produto antes da experiência real. Esse fator explica como um item simples alcançou vitrines em Paris, Nova Iorque e Tóquio, além de atrair celebridades e consumidores em busca de autenticidade. A Natura seguiu outro caminho. Fundada em 1969, a empresa apostou na biodiversidade brasileira como diferencial competitivo, unindo inovação em cosméticos e responsabilidade socioambiental. Sua expansão para a América Latina e Europa exigiu respeito às legislações e costumes locais, sem abrir mão da identidade global. Esse modelo se aproxima do conceito de empresas transnacionais discutido na disciplina: organizações que mantêm a matriz em seu país de origem, mas adaptam operações ao contexto de cada mercado. O posicionamento da Natura se consolidou em torno da ideia de “beleza com propósito”, transformando sustentabilidade em estratégia central. Além disso, reforçou sua presença internacional por meio de aquisições relevantes, como a Aesop e a The Body 3 Shop. Nesse sentido, vale retomar o que Kotler observou: uma marca não se sustenta apenas pelo nome, mas pela capacidade de criar associações fortes. A Natura conseguiu vincular sua marca a ética, inovação e respeito ambiental, atributos que fortaleceram sua imagem global. Ao comparar os dois casos, percebe-se que trajetórias diferentes podem conduzir a resultados semelhantes. As Havaianas apostaram na simplicidade transformada em estilo e exportaram a imagem de um Brasil alegre, colorido e autêntico. A Natura, por sua vez, construiu um modelo baseado em inovação sustentável, projetando o Brasil como país capaz de liderar práticas de consumo consciente. As duas confirmam o que vimos na disciplina sobre estandardização e experiência de marca: oferecer produtos consistentes em qualquer mercado, mas acompanhados de narrativas capazes de dialogar com diferentes culturas. Conclusão Os casos de Havaianas e Natura mostram que não existe um único caminho para a internacionalização de marcas brasileiras. As Havaianas provaram que um produto cotidiano pode se transformar em ícone global quando a empresa trabalha bem o branding cultural. A Natura mostrou que é possível ocupar espaço no setor de cosméticos de alto nível ao unir inovação com responsabilidade socioambiental. Ambas confirmam os conceitos vistos: a importância da padronização, a adaptação às legislações locais e, principalmente, a construção da experiência de marca. Em resumo, seja ao calçar um par de Havaianas ou ao usar um creme da Natura, o consumidor recebe mais do que um produto, mas recebe também uma narrativa que traduz a identidade brasileira no cenário internacional. Referências Bibliográficas ALMEIDA, F. A. Internacionalização de Empresas Brasileiras: Desafios e Oportunidades. São Paulo: Atlas, 2017. CAVUSGIL, S. T.; KNIGHT, G.; RIESENBERGER, J. R. Negócios Internacionais: Estratégia, Gestão e Novas Realidades. São Paulo: Pearson, 2020. Havaianas. História da Marca. Disponível em: https://havaianas.com.br. Acesso em: 03 set. 2025. 4 Natura. Relatórios de Sustentabilidade. Disponível em: https://natura.com.br. Acesso em: 03 set. 2025. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson, 2010 5 Introdução Desenvolvimento Conclusão Referências Bibliográficas