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TRABALHO DE PESQUISA - GENÉTICA HUMANA

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Rilson Gomes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO DELTA DO PARNAÍBA – UFDPar 
CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO 
CURSO: BACHARELADO EM PSICOLOGIA 
DISCIPLINA: GENÉTICA HUMANA 
PROFA. Dra. ZÁIRA ARTHEMISA MESQUITA ARAÚJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RILSON DO NASCIMENTO GOMES 
 
 
 
 
 
A GENÉTICA DA ANSIEDADE PATOLÓGICA: SINTOMATOLOGIA E O CENÁRIO 
GENÉTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARNAÍBA 
 2025 
 
 
 
 
 
 
 
RILSON DO NASCIMENTO GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A GENÉTICA DA ANSIEDADE PATOLÓGICA: SINTOMATOLOGIA E O CENÁRIO 
GENÉTICO 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Genética Humana 
da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), 
sob orientação da Professora Dra. Záira Arthemisa 
Mesquita Araújo como requisito parcial para obtenção de 
nota. 
 
 
 
 
 
 
PARNAÍBA 
2025
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 3 
2 TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) ......................................... 3 
2.1 SINTOMATOLOGIA ........................................................................................................... 3 
2.2 CENÁRIO GÉNETICO ....................................................................................................... 4 
3 TRASTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (TAS) .............................................................. 5 
3.1 SINTOMATOLOGIA ........................................................................................................... 5 
3.2 CENÁRIO GÉNETICO ....................................................................................................... 5 
4 TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (TEPT) ..................................... 6 
4.1 SINTOMATOLOGIA ........................................................................................................... 6 
4.2 CENÁRIO GENÉTICO ....................................................................................................... 6 
5 TRANSTORNO OBESSESSIVO-COMPULSIVO (TOC) ................................................ 7 
5.1 SINTOMATOLOGIA ........................................................................................................... 7 
5.2 CENÁRIO GENÉTICO ....................................................................................................... 8 
6 TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO (TAS) ........................................... 8 
6.1 SINTOMATOLOGIA ........................................................................................................... 8 
6.2 CENÁRIO GENÉTICO ....................................................................................................... 9 
7 TRANSTORNO DO PÂNICO (TP)..................................................................................... 9 
7.1 SINTOMATOLOGIA ........................................................................................................... 9 
7.2 CENÁRIO GENÉTICO ..................................................................................................... 10 
8 AGORAFOBIA .................................................................................................................... 10 
8.1 SINTOMATOLOGIA ......................................................................................................... 10 
8. 2 CENÁRIO GENÉTICO .................................................................................................... 10 
9 FOBIAS ESPECÍFICAS ..................................................................................................... 11 
9.1 SINTOMATOLOGIA ......................................................................................................... 11 
9.2 CENÁRIO GENÉTICO ..................................................................................................... 11 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A ansiedade patológica pode se manifestar de diferentes maneiras, incluindo transtornos 
como o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), o transtorno de pânico, as fobias, entre 
outros, impactando significativamente a qualidade de vida dos indivíduos afetados. 
Os transtornos de ansiedade têm se mostrado um dos grupos de condições psiquiátricas 
mais prevalentes globalmente, afetando uma proporção substancial da população, com 
estimativas que sugerem que até 20% da população mundial possa ser afetada por algum tipo 
de transtorno de ansiedade ao longo da vida. 
A compreensão dos transtornos de ansiedade exige uma abordagem multidisciplinar, 
considerando fatores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para o desenvolvimento 
e a manutenção desses quadros. Diversos fatores têm sido identificados como 
determinantes para o risco de desenvolvimento de transtornos de ansiedade, incluindo 
fatores genéticos e ambientais. Estudos genéticos têm mostrado que existe uma predisposição 
hereditária para esses transtornos, com evidências de que variantes genéticas específicas 
podem influenciar a vulnerabilidade ao desenvolvimento de ansiedade. Por outro lado, 
fatores ambientais, como experiências traumáticas, estresse crônico, abuso de substâncias e 
estilos parentais disfuncionais, também desempenham um papel crucial na gênese desses 
transtornos. 
Esses fatores interagem de forma complexa, formando uma rede de influências que 
afetam a biologia do cérebro, as estruturas neuroanatômicas e a função neuroquímica, 
resultando em alterações nos sistemas de resposta ao estresse e na regulação emocional. 
 
2 TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) 
2.1 SINTOMATOLOGIA 
 
O Transtorno de Ansiedade Generalizada é caracterizado por sintomas marcados de 
ansiedade que persistem por pelo menos vários meses, por mais dias do que não, que se 
manifesta por qualquer apreensão geral (ou seja, 'flutuando livremente ansiedade') ou 
preocupação excessiva com foco em vários eventos diários, na maioria das vezes sobre família, 
saúde, finanças e escola ou trabalho, juntamente com sintomas adicionais, tais como tensão 
muscular ou inquietação motora, autonômicos excesso de atividade, a experiência subjetiva 
 
 
 
 
4 
 
simpática do nervosismo, dificuldade em manter a concentração, irritabilidade, ou distúrbios 
do sono. Os sintomas resultar em sofrimento significativo ou prejuízo significativo na vida 
pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou outras áreas importantes de 
funcionamento. 
 
2.2 CENÁRIO GÉNETICO 
 
O Transtorno de Ansiedade Generalizada é uma doença multifatorial, sendo 
influenciada por fatores biológicos, genéticos, temperamentais, ambientais e pelas condições 
de desenvolvimento e de cognição. Assim, não existe somente uma teoria que justifique a 
fisiopatologia e as manifestações clínicas do paciente. 
Acerca dos fatores genéticos, o TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) é uma 
condição hereditária com risco genético moderado (hereditariedade de aproximadamente 30%). 
Dentro do espectro da ansiedade, está intimamente relacionado à ansiedade de separação na 
infância, fobia social e pânico, enquanto que, em estágios posteriores do desenvolvimento, 
torna-se evidente uma origem genética compartilhada com outros transtornos internalizantes, 
especialmente o Transtorno Depressivo Maior (TDM). Essa sobreposição com o TP (Transtorno 
de Personalidade) e o TDM pode ser parcialmente explicada por contribuições genéticas para o 
neuroticismo. 
Os estudos de associação genômica ampla (GWAS) mais promissores sobre a gravidade 
da ansiedade traço ou escores de fatores latentes de transtorno de ansiedade detectaram 
resultados encorajadores em THBS2 e CAMKMT, além de estudos centrados no neuroticismo, 
apontando repetidamente para SNPs (polimorfismos de nucleotídeoúnico) em um 
polimorfismo de inversão no cromossomo 8, que mostraram correlação genética estendida com 
um fenótipo de transtorno de ansiedade. 
 Além disso, em estudos de genes candidatos — em parte combinados com exames de 
imagem e análises fisiológicas — evidências convergentes foram reunidas para genes de 
susceptibilidade ao TAG dentro dos sistemas serotoninérgico e catecolaminérgico (5-HTT, 5-
HT1A, MAOA), bem como para o gene BDNF. 
Por fim, estudos sobre a interação entre genes e ambiente destacaram a importância do 
trauma no início do desenvolvimento e de eventos estressantes recentes na vida, em interação 
com marcadores de plasticidade molecular e sua relevância combinada para o TAG, ansiedade 
 
 
 
 
5 
 
traço e sensibilidade à ansiedade (5-HTT, NPSR1, COMT, MAOA, CRHR1, RGS2). Finalmente, 
abordagens farmacogenéticas aplicadas ao tratamento do TAG com ISRS e ISRN apontam para 
um papel potencialmente preditivo de genes candidatos serotoninérgicos (5-HTT, 5-HT2A), 
bem como dos genes COMT e CRHR1. 
 
3 TRASTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (TAS) 
3.1 SINTOMATOLOGIA 
 
O Transtorno de Ansiedade Social é caracterizado pelo medo ou ansiedade que ocorre 
de forma consistente em uma ou mais situações sociais, tais como interações sociais marcados 
e excessiva (por exemplo, ter uma conversa), sendo observado (por exemplo, comer ou beber), 
ou realizando na frente dos outros (por exemplo, dando um discurso). O indivíduo está 
preocupado que ele ou ela vai agir de uma maneira, ou mostrar sintomas de ansiedade, que 
serão avaliados negativamente por outros. 
As situações sociais são constantemente evitadas ou então suportadas com intensa 
ansiedade ou medo. Os sintomas persistirem por pelo menos vários meses e são suficientemente 
grave para resultar em sofrimento significativo ou prejuízo significativo na vida pessoal, 
familiar, social, educacional, ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento. 
 
3.2 CENÁRIO GÉNETICO 
 
Relativamente pouco se sabe sobre a genética da ansiedade social ou do TAS. Mas, 
existe uma base hereditária para a ansiedade social e para o TAS. Uma meta-análise recente de 
13 coortes (42.585 indivíduos) mostrou que fatores genéticos e ambientais não compartilhados 
explicam a maior parte das diferenças individuais tanto para a ansiedade social como traço 
quanto para a ansiedade social como transtorno. Embora diversos estudos de genes candidatos 
tenham relatado associações com o TAS e traços relacionados (por exemplo, timidez) nenhum 
foi replicado de forma satisfatória. 
O Transtorno de Ansiedade Social (TAS) é considerado por alguns como um extremo 
temperamental da ansiedade social, embora fatores além da gravidade possam desempenhar um 
papel na distinção entre uma característica normal e um transtorno. Não há dúvida, no entanto, 
 
 
 
 
6 
 
de que a ansiedade social é uma característica central do TAS e, como tal, uma melhor 
compreensão da base biológica da primeira contribuirá para um conhecimento mais profundo 
sobre a fisiopatologia do segundo. 
Retornando com o assunto da influência genética no Transtorno de Ansiedade Social, 
estudos realizados com gêmeos mostraram que fatores genéticos que influenciam a variação 
individual em extroversão e neuroticismo parecem explicar inteiramente o risco genético para 
o TAS, destacando a importância de examinar os determinantes genéticos moleculares dessas 
duas características como meio de identificar loci de risco para o TAS. 
 
4 TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (TEPT) 
4.1 SINTOMATOLOGIA 
 
 O transtorno de Estresse pós-Traumático (TEPT)) é uma síndrome que se desenvolve 
após a exposição a um evento ou série de eventos que é caracterizada por todos os seguintes 
extremamente ameaçadora ou terrível: 1) reexperimentar um ou mais eventos traumáticos na 
presente na forma de memórias vívidas intrusivas, flashbacks ou pesadelos, que normalmente 
são acompanhados por emoções fortes e esmagadoras, como medo ou horror e fortes sensações 
físicas, ou sentimentos de ser oprimido ou imerso nas mesmas emoções intensas que foram 
experimentadas durante o evento traumático; 2) evitar pensamentos e memórias do evento ou 
eventos, ou evitar atividades, situações ou pessoas que lembram o evento ou eventos; e 3) as 
percepções persistentes de ameaça atual elevada, por exemplo, como indicado por 
hipervigilante ou uma reação de sobressalto aumentada a estímulos, tais como ruídos 
inesperados. Os sintomas devem persistir por pelo menos várias semanas e causar prejuízo 
significativo no pessoal, familiar, educacional, ocupacional ou em outras áreas sociais 
importantes de funcionamento. 
 
4.2 CENÁRIO GENÉTICO 
 
Se o risco de TEPT for parcialmente explicado por fatores genéticos, parentes biológicos 
(membros da família) de indivíduos com TEPT devem apresentar uma prevalência maior de 
TEPT do que controles expostos a traumas semelhantes que não desenvolveram TEPT. Em 
 
 
 
 
7 
 
consonância com a contribuição genética no TEPT, filhos adultos de sobreviventes do 
Holocausto com TEPT apresentaram um risco maior de desenvolver TEPT após o trauma, em 
comparação com filhos adultos de sobreviventes do Holocausto sem TEPT. 
Da mesma forma, crianças refugiadas cambojanas cujos pais tinham TEPT 
apresentaram uma probabilidade cinco vezes maior de receber o diagnóstico do que crianças 
refugiadas cujos pais não tinham TEPT. 
Entretanto, estudos familiares não podem nos dizer se um transtorno, como o TEPT, 
ocorre em famílias por razões genéticas ou ambientais. Estudos com gêmeos têm sido utilizados 
para distinguir entre influências genéticas e ambientais na etiologia do transtorno. 
Estudos com gêmeos contribuíram de quatro maneiras principais para a nossa 
compreensão da etiologia genética do TEPT. Primeiro, eles indicam que fatores genéticos 
influenciam a exposição a eventos potencialmente traumáticos (EPTs). Isso é conhecido como 
correlação gene-ambiente, em que a seleção do ambiente e, consequentemente, o potencial de 
exposição ao trauma, é parcialmente determinada por fatores genéticos. 
Em segundo lugar, estudos com gêmeos sugerem que influências genéticas explicam 
uma proporção substancial da vulnerabilidade ao TEPT, mesmo após considerar as influências 
genéticas na exposição ao trauma. 
 
5 TRANSTORNO OBESSESSIVO-COMPULSIVO (TOC) 
5.1 SINTOMATOLOGIA 
 
O Transtorno Obsessivo-compulsivo e transtornos relacionados é um grupo de doenças 
caracterizadas por pensamentos e comportamentos repetitivos que são acreditados para 
compartilhar semelhanças na etiologia e validadores de diagnóstico chave. fenómenos 
cognitivos tais como obsessões, pensamentos intrusivos e preocupações são centrais para um 
subconjunto destas condições (ou seja, o transtorno obsessivo-compulsivo, distúrbio dismórfica 
corpo, hipocondria, e desordem de referência olfativo) e são acompanhados por 
comportamentos repetitivos relacionados. Transtorno entesouramento não está associada a 
pensamentos indesejados intrusivas, mas é caracterizada por uma necessidade compulsiva de 
acumular bens e sofrimento relacionados com a descartá-los. 
Também estão incluídos no agrupamento são distúrbios de comportamento repetitivo 
focado o organismo, que são caracterizados principalmente por ações recorrentes e habituais 
 
 
 
 
8 
 
dirigidos no tegumento (por exemplo, cabelo-puxando, pele-picking) e falta um aspecto 
cognitivo proeminente. Os sintomas resultar em sofrimento significativo ou prejuízo 
significativo na vida pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou outras áreas 
importantes de funcionamento. 
 
5.2 CENÁRIO GENÉTICO 
 
 A literatura existente indica que os fatores genéticos podem contribuir 
significativamente para a predisposição ao TOC, conforme evidenciado em estudos de gêmeos 
que demonstram uma hereditariedade substancial do comportamento obsessivo-compulsivo. 
Fatorescomo estressores ambientais, experiências traumáticas e contextos familiares 
têm sido identificados como elementos que podem precipitar ou agravar os sintomas do TOC 
A interação entre esses fatores sugere que o TOC não é simplesmente uma condição genética 
ou ambiental, mas sim um transtorno que resulta da intersecção de múltiplas influências. 
Além disso, a pesquisa sobre a genética do TOC tem se expandido para incluir a 
identificação de marcadores genéticos que podem servir como biomarcadores 
diagnósticos ou prognósticos. A meta-análise de estudos de associação genética revelou uma 
variedade de polimorfismos associados ao TOC, incluindo aqueles relacionados ao 
metabolismo da serotonina e à função dopaminérgica. 
 
6 TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO (TAS) 
6.1 SINTOMATOLOGIA 
 
O Transtorno de Ansiedade de Separação é caracterizado pelo medo ou ansiedade em 
relação à separação das figuras de fixação específicos marcada e excessiva. Em crianças, a 
ansiedade de separação normalmente se concentra em profissionais de saúde, pais ou outros 
membros da família; em adultos é tipicamente um parceiro romântico ou crianças. 
Manifestações de ansiedade de separação podem incluir pensamentos de dano ou eventos 
adversos a figura de apego, a relutância em ir para a escola ou trabalho, sofrimento excessivo 
recorrente após a separação, a relutância ou recusa a dormir longe da figura de apego, e 
pesadelos recorrentes sobre separação. Os sintomas persistirem por pelo menos vários meses e 
 
 
 
 
9 
 
são suficientemente grave para resultar em sofrimento significativo ou prejuízo significativo na 
vida pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou outras áreas importantes de 
funcionamento. 
 
6.2 CENÁRIO GENÉTICO 
 
A herdabilidade do TAS varia de pouco para moderada de acordo com diferentes 
estudos. Um estudo de larga escala com gêmeos sugeriu uma influência genética significativa 
para TAS, apontando para herdabilidade em torno de 73%. A maioria dos estudos sugere que 
os transtornos de ansiedade ocorrem em famílias, e que a pessoa pode herdar vulnerabilidade 
para qualquer transtorno de ansiedade mais do que para um transtorno de ansiedade específico. 
Crianças com pais ansiosos têm cinco vezes mais probabilidade de apresentar um transtorno de 
ansiedade. Alguns pesquisadores têm relatado uma associação entre transtorno do pânico nos 
pais e TAS nos descendentes, embora isto não tenha sido confirmado. 
 
7 TRANSTORNO DO PÂNICO (TP) 
7.1 SINTOMATOLOGIA 
 
 O Transtorno do Pânico é caracterizado por ataques de pânico inesperados recorrentes, 
que não são restritas a determinados estímulos ou situações. Os ataques de pânico são episódios 
discretos de intenso medo ou apreensão acompanhados pelo rápido início e simultânea de vários 
sintomas característicos (por exemplo, palpitações ou aumento da frequência cardíaca, 
sudorese, tremores, falta de ar, dor no peito, tonturas ou vertigens, calafrios, afrontamentos, o 
medo de morte iminente). 
Além disso, transtorno do pânico é caracterizado pela preocupação persistente sobre a 
recorrência ou o significado de ataques de pânico, ou comportamentos destinados a evitar a sua 
repetição, que resulta em prejuízo significativo em pessoal, familiar, social, educacional, 
ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento. Os sintomas não são uma 
manifestação de uma outra condição de saúde e não são devido aos efeitos de uma substância 
ou medicação no sistema nervoso central. 
 
 
 
 
 
10 
 
7.2 CENÁRIO GENÉTICO 
 
Sabe-se que o transtorno de pânico possui origem multifatorial com origem relacionada 
à união de fatores extrínsecos e intrínsecos ao paciente. Fatores genéticos, biológicos e 
ambientais mostram-se presentes na etiopatogenia do transtorno. Como fatores genéticos pode-
se citar padrões familiares que apresentam maior incidência para parentes de primeiro grau e 
fenótipos intermediários. Esses fenótipos são totalmente inespecíficos, mas existem indícios de 
sua relação com o transtorno de pânico. Comportamento inibido, sensibilidade à ansiedade, 
neuroticismo, temperamentos que busquem a evitação de danos fazem uma relação direta com 
quadros característicos de ansiedade que podem ligar a um possível desenvolvimento de pânico. 
 
8 AGORAFOBIA 
8.1 SINTOMATOLOGIA 
 
Agorafobia é caracterizado por medo ou ansiedade acentuada e excessivo que ocorre 
em resposta a várias situações onde escapar pode ser difícil ou ajuda podem não estar 
disponíveis, como o uso de transporte público, sendo em multidões, estando fora sozinho a casa 
(por exemplo, em lojas, teatros, em pé na fila). O indivíduo é constantemente preocupado com 
essas situações devido a um medo de resultados negativos específicos (por exemplo, ataques de 
outros sintomas físicos incapacitantes ou embaraçosas pânico). As situações estão ativamente 
evitadas, entrou apenas em circunstâncias específicas, tais como na presença de um 
companheiro de confiança, ou suportadas com intensa ansiedade ou medo. Os sintomas 
persistirem por pelo menos vários meses, e são suficientemente grave para resultar em 
sofrimento significativo ou prejuízo significativo na vida pessoal, familiar, social, educacional 
e ocupacional. 
 
8. 2 CENÁRIO GENÉTICO 
 
Assim como outras condições de saúde mental, a agorafobia resulta de uma interação 
complexa de causas ambientais e genéticas. No entanto, de acordo com o Manual Diagnóstico 
e Estatístico de Transtornos Mentais, Quinta Edição (DSM-5-TR), a hereditariedade na 
 
 
 
 
11 
 
agorafobia é notavelmente alta, de 61%. A genética desempenha um papel significativo no risco 
de desenvolver esse transtorno de ansiedade. 
Aprender que os genes desempenham um papel importante na agorafobia não tem a ver 
com culpa ou destino; pelo contrário, tem a ver com compreensão. Saber que aproximadamente 
61% do risco de agorafobia vem dos genes de uma pessoa ajuda a explicar por que essa condição 
pode ser hereditária e por que algumas pessoas têm mais dificuldade com certos medos do que 
outras. Esse conhecimento pode ser reconfortante para aqueles que se perguntam "Por que eu?" 
há tanto tempo. 
Além disso, compreender o lado genético da agorafobia abre portas para um melhor 
tratamento. À medida que os médicos aprendem mais sobre como os genes afetam os medos, 
podem criar tratamentos mais eficazes. 
9 FOBIAS ESPECÍFICAS 
9.1 SINTOMATOLOGIA 
 
A Fobia Específica é caracterizada por um medo ou ansiedade marcada e excessiva que 
consistentemente ocorre quando expostos a um ou mais específicos objetos ou situações (por 
exemplo, a proximidade de certos animais, que voam, alturas, espaços fechados, visão de 
sangue ou lesões) e que está fora de proporção com perigo real. Os objetos fóbicos ou situações 
são evitadas ou então suportadas com intensa ansiedade ou medo. Os sintomas persistirem por 
pelo menos vários meses e são suficientemente grave para resultar em sofrimento significativo 
ou significativo prejuízo no contexto pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional, ou 
outras áreas importantes de funcionamento. 
 
9.2 CENÁRIO GENÉTICO 
 
A observação de que os processos de condicionamento nem sempre são necessários para 
a aquisição de um medo e, portanto, para diversas fobias específicas, implica que outros fatores 
inatos, incluindo a suscetibilidade genética, podem desempenhar um papel no desenvolvimento 
dessas fobias. O modelo que descreve essa combinação de influências genéticas e ambientais é 
o modelo diátese-estresse da doença. Esse modelo busca explicar comportamentos ou 
transtornos psicológicos como resultado da interação entre a vulnerabilidade ou predisposição 
 
 
 
 
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genética (diátese) com o ambiente e eventos da vida (estressores). De acordo com esse modelo 
clássico, existe uma relação inversa entre o nível de predisposição genética e o nível de 
estressores ambientaisrelacionados ao início da doença. 
Uma meta-análise realizada sugeriu que as fobias são moderadamente hereditárias, com 
uma hereditariedade estimada entre 20% e 40%. No entanto, neste estudo, dentro de cada 
categoria individual, as fobias específicas foram agrupadas com as outras categorias principais 
de fobias (ou seja, fobia social, fobia social generalizada e agorafobia), dificultando a estimativa 
da variância explicada por fatores genéticos para a fobia específica em si. 
As mulheres têm o dobro da probabilidade de serem afetadas em comparação aos 
homens e as fobias de altura e de animais são as mais prevalentes. Há também alguma 
hereditariedade moderada, de acordo com uma meta-análise publicada no Journal of Anxiety 
Disorders, que analisou estudos com gêmeos. Embora a hereditariedade de subtipos específicos 
de fobia tenha variado amplamente, a maior incidência parece ser o medo de animais e a fobia 
de injeções, ferimentos e sangue. 
Outras pesquisas indicam que fobias às vezes são hereditárias, sugerindo um 
componente genético. Filhos de pais com transtornos de ansiedade ou fobias têm maior 
probabilidade de desenvolver condições semelhantes. O artigo “Genética dos Transtornos de 
Ansiedade”, de Smoller et al. (2009), destaca que “fatores genéticos contribuem 
significativamente para o risco de desenvolver fobias.” 
 
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