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autismo e brincadeiras
103 pág.

Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem Humanas / SociaisHumanas / Sociais

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Resumo sobre Crianças Autistas em Situação de Brincadeira: Apontamentos para as Práticas Educativas A dissertação de Alessandra Dilair Formagio Martins, apresentada à Universidade Metodista de Piracicaba, aborda a complexa relação entre crianças autistas e a brincadeira, enfatizando a importância dessa atividade no desenvolvimento infantil. O trabalho se fundamenta na teoria histórico-cultural de Lev Vygotsky, que considera a brincadeira como uma instância essencial para o desenvolvimento de funções psíquicas superiores. A pesquisa busca analisar como crianças autistas se orientam em relação a pessoas e objetos durante situações de brincadeira, desafiando a visão tradicional que considera a interação social e o uso de objetos por essas crianças como meramente mecânicos ou desprovidos de significado. O estudo foi realizado com três crianças autistas, com idades entre seis e doze anos, que frequentavam uma instituição especial. A metodologia incluiu 13 sessões de brincadeira livre, onde a pesquisadora atuou como mediadora, buscando atribuir significados às interações e objetos. As análises foram organizadas em três unidades temáticas: sorrindo e tocando, buscando provocar ações do outro e engajando em brincadeiras. Os resultados indicaram que, apesar das dificuldades globais, as crianças demonstraram formas variadas de buscar a interação com os outros e utilizar os objetos de maneira significativa, sugerindo que a relação entre sujeito e objeto não é tão dicotômica quanto frequentemente se pensa. A pesquisa conclui que é fundamental romper com a visão que opõe a orientação para objetos à orientação para sujeitos, promovendo práticas educativas que favoreçam a interação social e a significação das experiências. A autora enfatiza a necessidade de considerar não apenas como as crianças autistas se relacionam com os outros, mas também como os outros se relacionam com elas. Essa abordagem pode levar a inovações nas práticas sociais e educativas, contribuindo para um tratamento mais eficaz e inclusivo das crianças autistas. Destaques A pesquisa analisa a brincadeira como uma esfera fundamental para o desenvolvimento de crianças autistas, desafiando a visão tradicional que a considera restrita e mecânica. Utilizando a teoria histórico-cultural de Vygotsky, o estudo investiga como crianças autistas se orientam em relação a pessoas e objetos durante a brincadeira. Os resultados mostram que, apesar das dificuldades, as crianças buscam interações significativas e utilizam objetos de maneira não mecânica. A pesquisa sugere a necessidade de práticas educativas que promovam a interação social e a significação das experiências para crianças autistas. A autora defende que é crucial considerar a relação mútua entre crianças autistas e seus interlocutores, visando inovações nas práticas sociais e educativas.

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